Archive for the ‘Segurança Social’ Category

Parceiros sociais rejeitam proposta de fundo de despedimento

terça-feira, setembro 13th, 2011

A criação de um Fundo de Compensação do Trabalho foi um dos temas em debate na reunião de hoje de Concertação Social, tendo os parceiros sociais já reagido de forma negativa à proposta apresentada pelo Governo.

A proposta do Governo para a criação de um Fundo foi enviada aos parceiros na quarta-feira. Segundo o Ministério da Economia, este foi um dos temas abordados com os parceiros no encontro de hoje.

O Executivo defende a criação de um fundo financiado pelas empresas, que terão de descontar periodicamente até um por cento do valor dos salários e das diuturnidades, num mecanismo só aplicável aos novos contratos.

Da reunião de hoje entre o Executivo e os patrões e os sindicatos saiu a decisão de criar três grupos de trabalho sobre o fundo de despedimento, a competitividade e o crescimento, e a reforma laboral e a criação de emprego.

A TSF, divulgou que ficaram já agendas três reuniões destes grupos de trabalho para 21, 22 e 23 de Setembro.

No final da reunião, o ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, desvalorizou as críticas que patrões e centrais sindicais repetiram à saída do encontro. «Para nós o mais importante é avançar com uma estratégia que faça com que Portugal volte a crescer», disse.

A proposta para a criação do FCT decorre do acordo tripartido para a competitividade e o emprego assinado em Março, entre o anterior Executivo e os parceiros sociais.

O fundo pagará parte das indemnizações em caso de cessação dos novos contratos laborais e estabelece que as indemnizações correspondem a 20 dias por cada ano de trabalho, em vez de 30.

As confederações patronais mostraram-se desde logo críticos da proposta do Governo, que aponta para que o valor das contribuições feitas mensalmente pelo empregador – num total de 14 meses – corresponda até 1% da retribuição base.

MRA Alliance/Agências

Governo vai reduzir cargos dirigentes em 15% e indemnizações por despedimento para 20 dias

quarta-feira, julho 20th, 2011

O Conselho de Ministros aprovou hoje a redução de 15 por cento das estruturas orgânicas de cada ministério e ainda o número de cargos dirigentes superiores e intermédios, anunciou o secretário de Estado da Presidência, Marques Guedes, no final do encontro.«Este processo será finalizado no Conselho de Ministros de 26 de Outubro, que aprovará as leis orgânicas dos ministérios», acrescentou.

O gabinete também aprovou hoje a alteração ao Código de Trabalho que abre a porta à redução do valor das indemnizações por despedimento. O Governo garante que as novas regras serão apenas aplicadas aos contratos de trabalho assinados depois da entrada em vigor da nova legislação, em Setembro.

Incerto ainda é o futuro do novo fundo para despedimentos, também previsto no memorando da troika, e que implica um aumento dos descontos das empresas. O documento prevê que as indemnizações por despedimento ou por dispensa de contratados desçam de 30 para 20 dias de salário-base por ano trabalhado.

Numa primeira fase, a reforma deve apenas aplicar-se a contratos assinados depois da entrada em vigor da lei. Metade deste valor deve ser assegurado por um novo fundo, alimentado por contribuições das empresas (que podem chegar a 1% do salário do trabalhador). O objectivo é que o fundo garanta o pagamento de pelo menos metade da indemnização, o que nem sempre acontece.

MRA Alliance/Agências

Fundo de Garantia Salarial gastou mais 20 milhões do que o previsto

sexta-feira, abril 9th, 2010

A Segurança Social pagou 81 milhões de euros a trabalhadores de empresas falidas que solicitaram o Fundo de Garantia Salarial, no ano passado. O valor ficou 20 milhões acima do previsto e orçamentado para este sistema de apoio, noticia a Renascença.

O Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social previa, em Setembro, que fossem apresentados cerca de 13 mil requerimentos ao Fundo de Garantia Salarial, ao longo do ano, correspondentes a uma despesa estimada entre os 55 e 61 milhões.

Todavia, o ano encerrou com cerca do dobro dos pedidos em relação a 2008, 25.385, dos quais 18.265 foram pagos. A despesa de 81 milhões de euros é contabilizada pelo Ministério do Trabalho e Segurança Social.

MRA Alliance/RTP

Novas regras para regularizar dívidas à Segurança Social

terça-feira, abril 6th, 2010

O incentivo ao pagamento de dívidas através de acordos prestacionais é uma das vertentes do Plano de Combate à Fraude Contributiva para este ano. O prazo em que os devedores podem regularizar a sua situação vai subir e os juros de mora vão descer. A dissuasão do incumprimento e a actuação junto de grandes devedores são outros objectivos do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social (IGFSS), que vai apertar a fiscalização.

O Orçamento do Estado volta a alargar os prazos para regularização de dívidas, desta vez para 120 prestações, em função do montante em causa. E aqui passam a estar incluídos os processos executivos e não apenas os processos extraordinários de regularização.

Também está previsto que, este ano, de forma excepcional, a taxa de juro de mora desça para 1% ao ano nas situações em que seja prestada garantia bancária e para 3% quando o executado constitua hipoteca voluntária em primeiro grau sobre imóveis não afectos à exploração. Actualmente, quem apresenta garantia (real ou bancária) conta com uma taxa de juro de 0,5%, mas aplicável ao mês. Aos restantes casos aplica-se 1%.

Sempre que um trabalhador estiver considerado de forma incompleta na declaração de remunerações da empresa, serão emitidas declarações de remuneração oficiosas por parte da Segurança Social. Também será reforçada a fiscalização, principalmente sobre empresas de grande dimensão e com maior volume de negócios.

Será iniciado um processo automático e mensal de cobrança de dívida de empresas com mais de três meses, que dará início a mecanismos de cobrança coerciva, avança o Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC). O mesmo documento revela ainda que serão iniciados processos de cobrança coerciva tempestiva das dívidas de trabalhadores independentes.

Serão citados 13 mil gerentes para pagamento voluntário das dívidas das empresas pelas quais são responsáveis, sob pena de acção coerciva contra bens pessoais.

MRA Alliance/Diário Económico

Previdência: Novo Regime Contributivo promulgado por Cavaco

segunda-feira, agosto 31st, 2009

O Presidente da República (PR), Cavaco Silva, promulgou hoje o novo Regime Contributivo da Segurança Social referindo que a decisão não implica a adesão às opções políticas, segundo uma nota divulgada no site da Presidência.

O Presidente da República decidiu após uma «reflexão atenta e cuidada» dos interesses em causa, tendo em consideração que o extenso regime transitório e o prazo alargado da entrada em vigor vão permitir o «adequado acompanhamento das soluções» aprovadas.

O regime transitório e o prazo alargado irão permitir «a renovação do juízo sobre a oportunidade do início de vigência do Código, bem como a correcção de eventuais inadequações que entretanto venham a ser reconhecidas», explica a nota presidencial.

O diploma foi aprovado na Assembleia da República a 23 de Julho, apenas com votos a favor da maioria socialista.

MRA Alliance/Agências

Estado vai gastar este ano 1200 milhões com sector social

quinta-feira, julho 30th, 2009

As instituições de solidariedade social (IPSS), misericórdias e mutualidades vão receber este ano um montante de 1.200 milhões de euros do Estado, que equivale a uma subida de 12% face a 2008.

Confrontado com o aumento da verba, o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, Vieira da Silva, explicou que tal se deve à “expansão física da rede [PARES – Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais] e aos investimentos na melhoria da qualidade das instalações, nomeadamente no domínio da segurança”.

Os protocolos – assinados ontem entre Vieira da Silva e os presidentes da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), da União das Mutualidades Portuguesas e da União das Misericórdias Portuguesas – contemplam mais de 15 mil acordos, vão abranger mais de três mil instituições e vão chegar a mais de meio milhão de utentes.

MRA Alliance/Agências

Serviços de apoio social só chegam a 2,5% da população de Lisboa

sexta-feira, setembro 12th, 2008

Os equipamentos e serviços de apoio social como os lares e centros de dia cobrem as necessidades de apenas 2,5% dos 120 mil idosos do concelho de Lisboa, revelou Rui Cunha, o provedor da Santa Casa da Misericórdia, que inicia hoje o segundo mandato à frente da instituição. Actualmente, o apoio domiciliário integrado – que inclui entrega de refeições, limpezas e prestação de cuidados de higiene e de saúde – apenas abrange 20 das 53 freguesias lisboetas. “O objectivo é cobrir toda a cidade de Lisboa. Vamos ver se o conseguimos fazer até ao final do mandato”, disse o provedor. Embora nem toda a população idosa precise de apoio, Rui Cunha entende que é preciso reforçar os serviços e anunciou a abertura de mais duas residências assistidas, uma das quais até ao final do ano. A aposta da Santa Casa da Misericórdia será no reforço do serviço de apoio domiciliário, “primordial para não desinserir o idoso do seu meio e para não o fazer sofrer”, proporcionando-lhe condições de vida na própria residência. MRA/ Agências

Segurança Social dos EUA é financeiramente insustentável, diz Paulson

terça-feira, março 25th, 2008

Hank PaulsonO Secretário americano do Tesouro, Henry Paulson, disse hoje ser urgente tomar medidas para salvar a Segurança Social que considerou “financeiramente insustentável.” Em 2017, o governo federal, disse, terá de começar a pagar as suas dívidas aos fundos de financiamento do sistema para que os beneficiários não sejam afectados nos seus direitos. Se nada for feito, acrescentou, em 2041, a Segurança Social só conseguirá pagar 78% dos benefícios aos futuros reformados. Estas são as previsões dos administradores do sistema, que integram o relatório anual, publicado hoje. “Quanto mais depressa actuarmos (…) menos drásticas serão as mudanças”, enfatizou, durante uma conferência de imprensa. Entre 2017-2040, o governo terá que contrair créditos no valor de USD 5,4 milhões de biliões de dólares, segundo valores de 2007, para garantir a integral solvência do sistema.

Fontes: MRA/Agências

EUA: Desemprego mantém-se nos 4,7% em Outubro, apesar dos 166 mil novos postos de trabalho

sábado, novembro 3rd, 2007

Babyboomers, Segurança Social e Desemprego

O número de postos de trabalho líquidos criados nos Estados Unidos em Outubro de 2007 foi de 166 000, acima das previsões (93 000), mas o índice de desemprego manteve-se nos 4,7% da população activa, informou ontem o Departamento de Trabalho, em Washington, D.C., U.S.A.

Os números e a metodologia

Centro de emprego EUANo entanto, os números do Governo também mostram que cerca de 250.000 pessoas deixaram de procurar trabalho. Para as estatísticas oficiais do emprego nos EUA contam apenas as pessoas que estão a trabalhar ou as que, tendo perdido o emprego, procuram uma nova actividade laboral. Quando um trabalhador por conta de outrém ignora a oferta de empregos, após seis meses, é eliminado das estatísticas federais e estaduais de desemprego. Assim, o relatório do governo estadunidense mostra que, entre Outubro de 2006 e 2007, o número de pessoas empregadas caiu de 146,125 milhões para 146 milhões (- 125 mil assalariados). A empregabilidade, no mesmo período, baixou de 63,6% para 62,7% (- 0,9%) e o número de desempregados aumentou. De 6,272 milhões passou para 7,245 milhões de pessoas (+ 973 mil pessoas desempregadas). Perante estes factos, causa alguma perplexidade que os media americanos e as agências estrangeiras, como a espanhola EFE, considerem que “o forte lucro líquido de empregos em Outubro e os dados sobre as remunerações” levem os analistas a concluir que “apesar da crise no sector imobiliário, iniciada há quase um ano, os Estados Unidos evitarão uma recessão económica.”

Sectores “empregadores” e “desempregadores”

Nos Estados Unidos, em Outubro, o sector fabril e a construção civil (pelo efeito da crise imobiliária) foram os principais sectores destruidores de emprego. Em contrapartida, os geradores de novos postos de trabalho foram no sector público, as escolas e os serviços de saúde. No sector privado, os principais empregadores foram os serviços empresariais, as empresas de outsourcing/pessoal temporário e a hotelaria/restauração. A remuneração horária média subiu três centavos (0,2%) em Outubro, para USD 17,58. Nos últimos 12 meses, aquele valor registou um crescimento de 3,8%.

Desemprego: comparação entre Estados Liberais e Estados Providência

O sector do emprego/desemprego, segundo a OCDE, é aquele onde as diferenças e vantagens/desvantagens são mais gritantes. Os países com sistemas sociais de orientação neoliberal, como os EUA e a Grã-Bretanha, praticam políticas de acentuados cortes e restrições de benefícios sociais com o argumento de que é a forma mais eficaz de desencorajar a dependência, o oportunismo económico e a preguiça laboral, forçando a população activa a procurar emprego e a receber menos subsídios, por períodos de tempo mais curtos. Ao contrário, os Estados Providência, como a França e a Alemanha, orçamentam nos seus gastos públicos generosos subsídios, entre outros benefícios sociais, sendo criticados pelos liberais de promover o desemprego e da inflecxibilidade dos seus mercados de trabalho. Enquanto um americano recebe apenas 6% do salário médio que usufruiu durante 60 meses (5 anos) um francês recebe 68%.

(pvc/OG’s/Agências)

Portugal com um sistema sustentável de Segurança Social em 2009

quinta-feira, novembro 1st, 2007

Sustentabilidade social na Europa dos 27Portugal abandonará, em 2009, o grupo de países de alto risco na próxima revisão do Ageint Report, e o Comité de Politica Económica do Conselho da União Europeia validou as novas projecções de longo prazo para a despesa com pensões. A decisão de retirar Portugal do grupo dos países de alto risco foi tomada na segunda-feira pelo Comité de Política Económica. A decisão de retirar Portugal do grupo dos países de alto risco foi tomada segunda-feira pelo Comité de Política Económica.

As projecções do Governo português para a despesa com pensões já serão usadas na apreciação da Comissão Europeia e do Conselho (Ecofin) à sustentabilidade das finanças públicas inerentes à próxima actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento, a apresentar por Portugal em Dezembro. As novas estimativas incorporam os efeitos da reforma dos sistemas de segurança social do Regime Geral e da Caixa Geral de Aposentações.

A Comissão Europeia classifica os vários Estados-membros de acordo com o grau de risco face à sustentabilidade das suas finanças públicas. A classificação considera o envelhecimento da população como um desafio orçamental de longo prazo conjugado com uma série de váriáveis qualitativas. Portugal integrou até agora o grupo de “alto risco”, onde se destacam a Grécia, Eslovénia, Republica Checa, Chipre e Hungria. Em 2009, entrará para a equipa de países com sistemas sustentáveis de Segurança Social, onde se destacam a Alemanha, Grã-Bretanha, Bélgica, Espanha, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, e Republica Eslovaca. (lusa/pvc)