Archive for the ‘São Tomé e Príncipe’ Category

São Tomé: Pinto da Costa vencedor das eleições presidenciais

segunda-feira, agosto 8th, 2011

Manuel Pinto da Costa venceu a segunda volta das eleições presidenciais em São Tomé e Príncipe com 52,88 por cento, anunciou hoje o presidente da Comissão Eleitoral Nacional.

Segundo dados avançados aos jornalistas por Vítor Correia, presidente do organismo, Pinto da Costa obteve 35.112 dos votos, correspondentes a 52,88 por cento, contra 31.287 dos votos em Evaristo Carvalho, 47,12 por cento.

A abstenção, informou o presidente da Comissão Eleitoral Nacional, desceu desde a última votação dos 32,11 por cento para os 25,96 por cento.

No início da madrugada são audíveis na capital são-tomense os festejos da vitória do candidato suprapartidário Manuel Pinto da Costa, que recebeu o apoio do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe-Partido Social Democrata e Partido da Convergência Democrática, ambos na oposição.

MRA Alliance/Lusa

Chefe do Estado-Maior do Exército de São Tomé implicado em assalto a banco

terça-feira, agosto 4th, 2009

Idalécio Pachire - CEME - São Tomé e PríncipeO Chefe do Estado-Maior do Exército de São Tomé e Príncipe, tenente-coronel Idalécio Pachire, foi envolvido no assalto ocorrido há cerca de dois anos a um banco nigeriano e cujo julgamento decorre em São Tomé, revela hoje a edição electrónica do jornal Oje.

Em causa está o assalto à instituição bancária nigeriana Island Bank, ocorrido em 30 de Julho de 2007, em que foram roubados 130.000 dólares (90.000 euros), 800 milhões de dobras (36.000 euros), 24.000 libras (28.000 euros) e 2.400 euros.

Na sessão de hoje, a segunda, o tenente-coronel Idalécio Pachire foi arrolado como testemunha do processo, tendo um dos arguidos, um sargento das forças armadas, Abdulay Cassandra, afirmado que o chefe militar estava “desde o início a par de toda a operação” do assalto ao banco.

O Chefe de Estado-Maior do Exército confirmou ter recebido informações sobre a preparação do assalto e justificou que o sargento “estava no grupo dos assaltantes como infiltrado”, acrescentando que depois viajou e alegou desconhecer outros detalhes da operação.

O colectivo de três juízes que julga o caso salientou que o chefe militar tinha o dever de partilhar o que sabia com as autoridades competentes, nomeadamente a Polícia Judiciária.

Outra pessoa arrolada na sessão de hoje foi Acácio Elba Bonfim, antigo ministro do Plano e Finanças e actual administrador do Banco Internacional de São Tomé e Príncipe, (BISTEP). Bonfim também é citado pelos arguidos como tendo conhecimento antecipado do plano do assalto ao Island Bank, mas não colaborou na denúncia do assalto.

Dos oito arguidos neste caso dois encontram-se em parte incerta, com os juízes a acreditarem que terão logrado sair do país.

A sessão de hoje foi entretanto suspensa, sem que os juízes tenham marcado nova data para prosseguir a audição dos arguidos e declarantes.

Fonte judicial diz que o “processo ainda se pode arrastar durante vários dias”.

MRA Alliance/Agências

São Tomé e Príncipe deverá indexar dobra ao euro

segunda-feira, julho 27th, 2009

Dobra são-tomenseSão Tomé deverá ser o segundo país africano de língua portuguesa a indexar a sua moeda ao euro, uma prática muito seguida por França em relação às suas ex-colónias.

A medida surge na sequência de um acordo de paridade cambial que São Tomé e Príncipe e Portugal vão assinar esta semana.

O acordo permitirá à moeda são-tomense, a dobra, «ancorar-se ao euro», segundo explicou o director do Centro de Investigação e Análise da Politica de Desenvolvimento, Adelino Castelo David citado pela Lusa.

Cabo Verde foi o primeiro país africano de língua portuguesa a indexar, a 1 de Abril de 1998, o escudo cabo-verdiano ao escudo português e, posteriormente, ao euro. MRA Alliance/Agências

Sonangol passou a controlar petrolífera são-tomense ENCO

terça-feira, setembro 23rd, 2008

O governo de São Tomé e Príncipe vendeu 35% do capital que detinha na Empresa Nacional de Combustíveis e Óleo (ENCO) à Sonangol de Angola, anunciou ontem a ministra são-tomense do Plano e Finanças. Ângela Viegas justificou a venda com a necessidade de “rentabilizar as acções” do Estado na ENCO e também com o programa de privatização para afastar “o Estado das empresas públicas”. A ministra destacou a existência de uma cláusula que garante ao Estado são-tomense “a última palavra antes de se efectuar qualquer aumento de preço dos combustíveis”. A ENCO tem actualmente uma avultada dívida para com a Sonangol, devido à política de não actualizar os preços de venda dos combustíveis. Com a aquisição, a Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) passou a ser o accionista maioritário da ENCO com 75% do capital. O Estado reduziu a participação na ENCO para 16%. Os restantes 9% estão distribuídos por um grupo de pequenos accionistas. A produção angolana de petróleo cresceu 18%, em 2007, para uma média diária de 1,61 milhões de barris, segundo dados da Agência Internacional de Energia. O país lusófono fornece 5% das importações petrolíferas norte-americanas (496 mil barris diários). No 1.º trimestre do ano foi o principal fornecedor de petróleo da China, ultrapassando a Arábia Saudita, graças a um aumento de 55% nas suas exportações para o país asiático. Angola é o maior produtor de petróleo em África, tendo ultrapassado a Nigéria. O estado lusófono assumirá, em 2009, a presidência rotativa da OPEP. MRA Dep. Data Mining

São Tomé e Príncipe à beira de colapso diz ministro

quinta-feira, maio 29th, 2008

stp.jpgO ministro do Planeamento e das Finanças de São Tomé e Príncipe, Raul Cravid, alertou que o país está à beira do colapso com a ameaça de suspensão de financiamentos externos devido à crise política que enfrenta. “O Estado poderá não ter meios para pagar a água e a luz que consome, poderá não ter verbas suficientes para a compra de medicamentos e os salários dos trabalhadores correm sérios riscos”, disse Raul Cravid.
O parlamento aprovou, em 20 de maio, uma moção de censura ao governo que ditou a queda do governo liderado por Patrice Trovoada. Raul Cravid afirmou que, devido à queda do primeiro-ministro, os parceiros de São Tomé e Príncipe se retraíram e os financiamentos estão comprometidos. Segundo o ministro, o Banco Mundial deveria desbloquear em Junho USD 6 milhões e outros USD 10 milhões, angariados pelo país junto de Líbia, Guiné Equatorial e Gabão, mas foram congelados. O ministro português das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, adiou por tempo indeterminado uma visita que deveria começar hoje. Segundo o ministro são-tomense, Teixeira dos Santos deveria assinar um memorando para a concessão de linha de crédito de 50 milhões de euros (R$ 130 milhões), destinada à compra de alimentos e a investimentos, além de um acordo de perdão da dívida com Portugal, estimada em US$ 30,8 milhões. Raul Cravid disse que, se a ajuda externa não chegar, o país poderá conhecer os piores dias de sua história, lembrando que a inflação de doze meses aumentou de 27,7% para mais de 30% em uma semana. Em breve o combustível será reajustado para mais, mas não foram adiantados valores. A Empresa Nacional de Combustíveis e Óleos (ENCO) apresentou há duas semanas uma proposta ao ministro que prevê um aumento de cerca de 24% no preço da gasolina e 30% no óleo diesel. Caberia ao governo a decisão de aprovar ou mandar diminuir as porcentagens do aumento. O Estado são-tomense tem 51% do capital da ENCO, sendo o restante da angolana Sonangol (40%) e de privados (9%). MRA/Alliance

STP: Partidos sem representação parlamentar querem relações com China

quarta-feira, abril 2nd, 2008

Um grupo de partidos políticos de São Tomé e Príncipe defendeu ontem a normalização de relações diplomáticas com Pequim por considerar a China “um gigante comercial” capaz de ajudar o arquipélago a atingir um “desenvolvimento nacional sustentado”, numa conferência de imprensa da Confederação Democrática Nacional (CND) de São Tomé e Príncipe (um grupo formado por três partidos sem representação parlamentar).

Apesar de corte de relações diplomáticas há dez anos devido ao reconhecimento diplomático de Taiwan por parte das autoridades são-tomenses, o porta-voz da CND, Hamilton Vaz, disse que a “debilidade da produção interna” do país melhoraria com a China que poderia ajudar a resolver “de uma vez por todas” as crises energéticas e a falta de infra-estruturas públicas em São Tomé e Príncipe. Esta posição da CND surgiu após rumores de que o maior partido da oposição parlamentar são-tomense, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata, MLSTP-PSD, estaria também a apoiar uma iniciativa para a retoma das relações entre os dois Estados. Nesta equação, as riquezas petrolíferas ainda inexploradas do arquipélago africano desempenhariam um papel crucial.

A República Popular da China, em Maio de 1997, suspendeu as relações de mais de 20 anos com São Tomé e Príncipe por a ex-colónia portuguesa ter estabelecido relações diplomáticas com Taiwan, considerada como parte da China continental. MRA/Agências