Archive for the ‘Rússia’ Category

domingo, setembro 25th, 2011

O Congresso do maior partido político da Federação Russa, “Rússia Unida”, resolveu a principal intriga política dos últimos tempos, afirma hoje o site “Voz da Rússia”: O presidente Dmitri Medvedev propôs, e o partido apoiou, a nomeação do primeiro-ministro e líder do partido, Vladimir Putin, como candidato para a presidência em 2012. O próprio Medvedev, adianta o site, vai liderar a lista de candidatos do partido “Rússia Unida” já nas eleições de Dezembro para a Duma.

Os especialistas russos citados pela “Voz da Rússia, dividem-se sobre a decisão do congresso. Politicólogos russos dizem que a decisão era absolutamente previsível. 

O especialista do Conselho Alemão para Relações Exteriores, Alexander Rar, afirmou: Acho que tudo estava claro, tanto na Rússia quanto no exterior, que Putin ainda é a figura política dominante no país. O condomínio político entre Medvedev e Putin tem mudado muito durante os quatro anos. Fez a Rússia mais pluralista ao mais alto nível, uma vez que os dois políticos tinham algumas pequenas divergências. O tandem foi formado pacíficamente e também pacificamente será dissolvido agora. Putin será presidente. Medvedev ganhará uma oportunidade única de se tornar príncipe herdeiro de Putin, o seu sucessor.

O politicólogo e editor da revista londrina online “Open Democracy”, Sigmund Dzencholovski, não partilha a opinião de Rar: Eu esperava que ou Medvedev continuava [como presidente] ou apareceria um terceiro candidato. Mas esta escolha também tem uma certa lógica. Mesmo assim, Putin é o líder do país, um homem que goza da maior popularidade e apoio. Mas os tempos difíceis aproximam-se. Entendemos que a próxima década será tão boa e brilhante, como foram os últimos dez anos. Talvez eles tenham chegado à conclusão de que o país deve ser dirigido por uma pessoa mais forte.

Outros especialistas e políticos, reagiram de várias maneiras à continuação da partilha do poder russo entre os dois políticos russos. Vladimir Kachin,  membro do Partido Comunista da Rússia, na oposição, manifestou-se crítico e surpreendido: Pensávamos que o tandem [acordo bilateral] tinha determinado há muito tempo como realizar as eleições para a Duma e as eleições. Se compararmos o estado do país de hoje com o de 10 anos atrás, veremos um enorme colapso na Rússia – na indústria, ciência, agricultura, e o tandem não podia provocar nenhuma divisão ou contradição. E assim, esta política levará ao fracasso do governo no poder tanto nas eleições da Duma como nas presidenciais.

O conhecido chefe da União de Industriais e Empresários do país, Alexander Chokhin, ao contrário, acredita que Dmitri Medvedev e Vladimir Putin têm demonstrado uma atitude equilibrada: Agora há uma base para mudanças pessoais no governo. E eu acho que é importante. É um esquema mais transparente. Portanto, o resultado do Congresso de hoje, na minha opinião, é muito positivo para o sistema político e para a política económica.

O especialista do Instituto Real de Assuntos Internacionais Chatham House, James Nixey, também diz que a decisão do congresso da “Rússia Unida” era previsível:  Há um ano ou dois atrás, muitos pensaram que poderia haver rivalidade entre Medvedev e Putin. O presidente da Rússia num artigo no Financial Times chegou a escrever que não poderia imaginar competir com Vladimir Putin. Por isso, não digo que as declarações de hoje tenham sido uma notícia surpreendente para mim. Dmitri Medvedev tem dirigido o país com competência. Por outro lado, Putin pode voltar a assumir o cargo constitucional e legalmente.

Por seu turno, os analistas ocidentais interrogam-se sobre o que vai mudar na política interna e externa da Rússia. Para já, Dmitri Medvedev e Vladimir Putin falam de unidade e continuidade.

MRA Alliance

Rússia e China boicotam reunião da ONU sobre repressão na Síria

sexta-feira, agosto 26th, 2011

As delegações de Rússia e China boicotaram nesta quinta-feira uma reunião do Conselho de Segurança da ONU referente à situação política na Síria e reiteraram, assim, sua rejeição à proposta de Estados Unidos e Europa para que a organização adote um pacote de sanções contra a Síria.

Um diplomata ocidental confirmou que nem o representante da Rússia nem o da China compareceram a um encontro que o Conselho tinha convocado para analisar o projeto de resolução sobre a Síria que europeus e americanos fizeram circular na terça-feira. “Nem Rússia nem China se apresentaram, mas esperamos que se unam às negociações de maneira construtiva o mais rápido possível”, indicou o mesmo diplomata, que evitou detalhar se já se falou sobre alguma data concreta para apresentar oficialmente a resolução e submetê-la a votação.

A mesma fonte assinalou, no entanto, que europeus e americanos mantêm “conversas construtivas” com os demais membros do Conselho de Segurança e destacou a vontade dessas delegações em convencer russos e chineses de que “não é possível fazer vista grossa diante da terrível situação que vive a Síria”.

MRA Alliance/Terra Brasil

Rússia “preocupada” com Portugal planeia comprar dívida lusitana

sábado, fevereiro 19th, 2011

Moscovo está receoso quanto ao efeito que os problemas da dívida portuguesa poderão ter nos mercados financeiros. Dmitry Pankin, vice-ministro das Finanças da Rússia, confessou hoje que o Kremlin está “preocupado” com a situação portuguesa e com o impacto dos problemas portugueses na estabilidade dos mercados financeiros.

“Claro que [Portugal] nos preocupa. Estamos preocupados dado que poderá causar instabilidade no sistema cambial…a volatilidade provoca saída de capital dos mercados emergentes”, disse Pankin. Em declarações citadas pela Reuters, o responsável de Moscovo admitiu ainda que a Rússia poderá comprar obrigações emitidas pelo fundo de resgate europeu. “Claro que temos de incluir [os títulos emitidos pelo fundo na lista de possíveis investimentos]. Toda a gente está a considerar fazê-lo”, destacou.

MRA Alliance/DE

Rússia aprova tratado de desarmamento nuclear

sábado, dezembro 25th, 2010

Barack Obama e Dimitri MedvedevA Duma, câmara baixa do parlamento russo, aprovou ontem o tratado de redução de armas estratégicas START em primeira leitura. O documento obteve 350 votos a favor e 58 contra.

Os deputados aprovaram o projeto de lei de ratificação do tratado, inscrito na ordem do dia, após a ratificação na quarta-feira pelo Senado norte-americano do documento assinado em abril pelos presidentes Dmitri Medvedev e Barack Obama.O chefe da comissão dos Negócios Estrangeiros da Duma, Konstantin Kossatchev, indicou que o texto de ratificação em segunda leitura, incluindo as disposições adicionadas à resolução pelo Senado norte-americano, será apresentado aos deputados em meados de janeiro.

Antes da votação, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, afirmou que Moscovo “discorda totalmente” com a interpretação do Senado norte-americano na ratificação do START, segundo a qual não existe qualquer ligação entre o tratado e a defesa antimíssil.

MRA Alliance/Agências

China e Rússia abandonam dólar no comércio bilateral

quarta-feira, novembro 24th, 2010

Vladimir Putin e Wen Jiabao assinam acordos entre a Rússia e a ChinaA China e a Rússia deram ontem mais um passo decisivo para o que o dólar perca a médio prazo o estatuto de moeda âncora do sistema financeiro mundial e de divisa de referência nas trocas comerciais globais. A decisão foi anunciada pelos chefes dos governos chinês e russo, Wen Jiabao e Vladimir Putin, respectivamente, durante um encontro realizado em São Petersburgo. 

“Sobre os acordos comerciais, decidimos usar as nossas próprias divisas [rublo e yuan]” disse Putin na conferência de imprensa que marcou o final das conversações com Wen. Os dois países assinaram 12 acordos comerciais e de cooperação, designadamente nas áreas da energia, minérios, aviação e transportes ferroviários, no valor de centenas de biliões de rublos.

Desde a agudização da crise financeira global, em Setembro de 2008, foi crescendo o número de especialistas chineses e russos, nas mais altas esferas da governação, que preconizam o abandono do dólar como moeda de referência global devido aos elevados riscos de volatilidade e de forte instabilidade da divisa americana, exacerbados pela colossal dívida pública e pelos gigantescos défices orçamentais crónicos dos Estados Unidos.

Sun Zhuangzhi, um destacado investigador da Academia Chinesa de Ciências Sociais, em Pequim, considera que a decisão agora tomada segue uma tendência generalizada a nível mundial após as vulnerabilidades do dólar terem sido evidentes desde 2008. Por seu turno, Pang Zhongying, especialista de política internacional na Universidade Renmin, disse que o acordo cambial não pretende desafiar o dólar mas tão somente diminuir os riscos associados à divisa dos EUA.

No mercado interbancário chinês o yuan já está a ser trocado contra o rublo. O mesmo acontecerá em breve no mercado interbancário russo nas transacções rublo-yuan. Esta situação foi caracterizada por Putin como “um passo importante no comércio bilateral” que resulta “da consolidação de sistemas financeiros de países com dimensão global”.

Wen elogiou o facto de as relações entre Pequim e Moscovo “terem um nível sem precedentes” e prometeu que os dois países “nunca serão inimigos um do outro”. “A China continuará firme no caminho do desenvolvimento pacífico e no apoio ao renascimento da Rússia como grande potência”, disse o chefe do governo de Pequim.

Hoje, Wen Jiabao está em Moscovo para um encontro com o presidente russo Dmitry Medvedev.

MRA Alliance/People’s Daily

China: Hu Jintao é o líder mais poderoso do mundo, diz a Forbes

sexta-feira, novembro 5th, 2010

Hu Jintao - Presidente da ChinaO presidente da China Hu Jintao, que realiza uma visita de Estado a Portugal nos próximos dias 6 e 7 do corrente mês,  foi considerado pela revista Forbes como o líder mais poderoso do mundo. Segundo a revista norte-americana, Hu Jintao «exerce um controlo quase ditatorial sobre 1,3 mil milhões de pessoas, um quinto da população mundial.

Em segundo lugar a revista colocou o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recentemente abalado com a meia vitória republicana nas eleições intercalares. “Depois de ter promulgado importantes reformas durante os primeiros dois anos do seu mandato, Obama será nos próximos dois anos testado pela oposição para aplicar o seu programa”, refere a Forbes.

O rei Abdallah da Arábia Saudita, Vladimir Putin, primeiro-ministro da Rússia, Bento XVI e a chanceler alemã Angela Merkel ocupam por esta ordem as posições seguintes do ranking.

A presidente eleita no Brasil, Dilma Rousseff ocupa a 16ª posição e o presidente francês a 19ª. Já Osaba Bin Laden, líder da organização terrorista Al-Qaeda surge em 57º lugar.

O último lugar é ocupado por Julian Assange, fundador do site Wikileaks, especializado em difundir documentos militares secretos, em particular as relacionadas com as operações norte-americanas e dos seus aliados nas guerras em curso no Afeganistão e no Iraque.

MRA Alliance/ionline

China e Rússia reforçam cooperação em áreas estratégicas

segunda-feira, setembro 27th, 2010

A Rússia e a China assinaram hoje um conjunto de acordos e contratos no quadro da visita de Dmitri Medvedev a este país. A cooperação irá desde a área do petróleo e gás à energia eléctrica, passando pela exploração de carvão e energia nuclear.O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, que se encontra de visita à capital chinesa, considera que, até ao fim do ano, as relações comerciais bilaterais irão atingir os números observados antes da crise de 2008.

“Neste ano iremos compensar o tempo perdido e, ao que tudo indica, chegaremos aos índices da cooperação económica registados antes da crise”, declarou Medvedev numa conferência de imprensa realizada após conversações com o seu homólogo chinês, Hu Jintao.

O dirigente russo apontou como áreas estratégicas de cooperação na energia, o desenvolvimento de linhas de distribuição, a energia nuclear, bem como a realização de projectos no domínio das tecnologias avançadas.

No campo dos fornecimentos de petróleo a Rússia irá fornecer, a partir do início do próximo ano, 15 milhões de toneladas de petróleo através do novo oleoduto construído entre os dois países, mas os chineses querem mais.

Serguei Kirienko, director da Agência Atómica da Rússia (Rosatom), anunciou que, no próximo ano, especialistas russos irão dar início à construção de mais dois reactores nucleares na central chinesa de Tianwan, e adiantou a assinatura o homólogo chinês de um acordo de cooperação estratégica sobre o uso pacífico da energia atómica.

Dmitri Medvedev sublinhou particularmente que as posições da Rússia e da China coincidem no campo internacional. “Seguimos firmemente a política de parceria estratégica face a todas as questões da ordem do dia internacional, temos uma boa coordenação, tanto face às questões internacionais como regionais. É produtiva a interacção em plataformas como os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), a Organização de Cooperação de Xangai e o G20”, precisou o líder russo.

MRA Alliance/Diário Digital 

Gazprom corta parcialmente fornecimento de gás à Bielorrússia

segunda-feira, junho 21st, 2010

A gigante gasífera estatal russa Gazprom começou esta manhã a reduzir em 15 por cento as exportações de gás para a vizinha Bielorrússia, país com o qual Moscovo trava desde há meses um conflito financeiro nos fornecimentos de energia.

“A dívida não foi paga e desde as 10 horas [locais, 7h em Portugal] que introduzimos um regime de diminuição dos fornecimentos de gás para a Bielorrússia em relação ao volume habitual”, anunciou o chefe da Gazprom, Alexei Miller. Caso a situação de pagamentos em dívida persista, a Rússia continuará a limitar estes fornecimentos “gradualmente até 85 por cento”, prosseguiu.

A Gazprom reclama ao país vizinho cerca de 200 milhões de dólares pelo gás já fornecido desde o início deste ano. Mas, por seu lado, o regime de Minsk exige o pagamento da mesma quantia em taxas de trânsito do gás para a Europa – sendo que cerca de 20 por cento das exportações gasíferas da Rússia para os clientes europeus passam pela Bielorrússia (e o restante pela Ucrânia).

MRA Alliance/Público

Rússia: Cancelada instalação de mísseis em Kaliningrado

domingo, setembro 20th, 2009

A Rússia desistiu de instalar mísseis no território de Kaliningrado, depois que os Estados Unidos anunciaram o abandono de seu projecto de montar um escudo antimísseis no leste europeu, confirmou ontem um alto funcionário russo.”As medidas que a Rússia havia planeado em resposta à instalação de elementos do escudo antimísseis na Europa serão canceladas”, declarou o vice-ministro russo da Defesa Vladimir Popovkin, à rádio Eco de Moscou.

Popovkin explicou que “uma das medidas era o posicionamento de mísseis Iskander em Kaliningrado”, enclave russo entre a Polónia e a Lituânia.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro russo Vladimir Putin considerou que a decisão americana de abandonar o projecto do escudo antimísseis é “justa e corajosa”.

MRA Alliance/Agências

EUA recua e deixa cair instalação de escudo antimíssil na Europa Oriental

quinta-feira, setembro 17th, 2009

Os Estados Unidos vão cancelar o projecto de construção de um escudo antimíssil na Europa Central noticiou hoje o Wall Street Journal. A notícia foi confirmada pelo primeiro-ministro checo. O governo polaco também reconheceu ter sido informado da decisão norte-americana. Provavelmente ainda hoje, o presidente Barack Obama deverá fazer o anúncio oficial. 

O jornal diz que os peritos norte-americanos concluíram que “o programa de mísseis de longo alcance do Irão não progrediu tão rapidamente como o previsto”.

No ano passado, Varsóvia e Washington chegaram a acordo sobre a instalação de dez interceptores de mísseis balísticos de longo alcance em território polaco, até 2013. Na República Checa, seria colocado um radar de detecção.

Em Agosto, a imprensa avançava com a hipótese de os norte-americanos deslocarem o sistema de defesa para a Turquia ou os Balcãs, para melhor se defenderem da ameaça iraniana.

Fontes da administração Obama negaram que as alterações tivessem como objectivo apaziguar a relação com a Rússia, que sempre considerou o escudo uma “ameaça concreta” à segurança russa.

MRA Alliance/Agências

Rússia: Economia recuou 9,8% no 1º trimestre

sexta-feira, junho 12th, 2009

Saldos - RússiaA economia russa encolheu 9,8% no primeiro trimestre deste ano, informou ontem o instituto de estatísticas da Rússia. A maior queda registou-se nos sectores da indústria transformadora (-23,5%) e da construção (-20,9%), segundo a agência Interfax.

As previsões do Ministério da Economia até ao final do ano apontam para uma queda do PIB entre 6% e 8%. O Ministério de Desenvolvimento Económico, que inicialmente tinha calculado para  2009 uma queda do PIB de 2%, prevê agora um recuo entre 6% e 8%.

Comparativamente, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial sugerem um recuo da economia russa de 6,5% e 4,5%, respectivamente.

Entretanto, Vladimir Laptev, governador da região de Noginsk , 50 km a leste de Moscovo, assinou um decreto proibindo os funcionários públicos de usar a expressão “crise financeira”, sob pena de serem demitidos, noticiou o “Kommersant”.  “A crise está na cabeça das pessoas, não na economia”, disse Laptev, citado pelo jornal moscovita.

MRA Alliance/Agências

Rússia: PIB caiu mais de 23 % no primeiro trimestre

sexta-feira, maio 15th, 2009

O Produto Interno Bruto (PIB) russo sofreu uma quebra de 23,2% no primeiro trimestre deste ano face ao último trimestre de 2008 e contraiu 9,5% em termos homólogos, informou hoje o Gabinete Federal de Estatísticas da Rússia.A economia foi severamente penalizada pela descida dos preços do petróleo, uma das principais exportações do país. O investimento recuou 15% nos primeiros três meses deste ano.

MRA Alliance/Agências 

Rússia: Medvedev admite que desemprego é três vezes superior às estatísticas oficiais

segunda-feira, março 16th, 2009

O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev reconheceu no domingo que o número de desempregados atinge seis milhões de pessoas, o triplo dos números oficialmente reconhecidos pelos organismos estatais. A situação é “complicada”, mas está “sob controlo, embora, nos últimos tempos, os números tenham crescido bastante”, declarou Medvedev, ao primeiro canal da televisão russa.O presidente referiu que o número de desempregados registados é de dois milhões. “[Porém] se falarmos de desemprego real, ou seja, das pessoas que procuram trabalho, mas não se inscreveram no centro de emprego, mais as pessoas que já estão inscritas (…) teremos cerca de seis milhões”, sublinhou. 

“Este número foi revelado pela primeira vez agora, mas não constitui segredo”, concluiu Medvedev.

MRA Alliance/Agências

Rússia quer transformar Espanha num parceiro estratégico

segunda-feira, março 2nd, 2009

Medvedev e ZapateroO presidente russo, Dmitri Medvédev, inicia hoje uma visita oficial a Madrid com o objectivo de transformar a Espanha num aliado de negócios estratégico no sector energético, infraestruturas, ciência e inovação, transporte e turismo, informa hoje o diário ABC.

Medvédev participará hoje, juntamente com uma delegação de 25 empresários russos, num fórum com as principais empresas espanholas para debater estratégias de reforço dos investimentos bilaterais e aumento das trocas comerciais.

MRA Alliance 

Medvedev “satisfeito” com decisão dos EUA relativamente ao não alargamento da NATO

sexta-feira, novembro 28th, 2008

A Rússia está “satisfeita” com a decisão dos Estados Unidos de renunciar à concessão do estatuto de candidato oficial de adesão à NATO para Geórgia e Ucrânia, declarou hoje o presidente russo Dmitri Medvedev, em Havana, durante a visita oficial que realiza a Cuba.

“Estou satisfeito por a razão ter prevalecido”, declarou Medvedev, citado pela agência Ria-Novosti, ao mesmo tempo que lamentou os acontecimentos que marcaram “o fim de actividade da actual administração norte-americana”. “O mais importante é que não se fará mais avançar esta ideia obstinada e absurda, como era o caso há alguns anos”, sublinhou o presidente russo, na última etapa do seu périplo latino-americano.

A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, anuncira na quarta-feira que não vai insistir na concessão à Geórgia e à Ucrânia do estatuto de candidato oficial de adesão à NATO, principal ponto na ordem de trabalhos de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Aliança a 02 e 03 de Dezembro, em Bruxelas.

Em contrapartida, Rice preconizou transformar “a comissão NATO-Geórgia e a comissão NATO-Ucrânia” em “estruturas no seio das quais se pode intensificar o diálogo e as actividades” com os dois países.

Durante a cimeira da NATO, realizada em Março em Bucareste, os 26 países-membros da OTAN não chegaram a um entendimento sobre o Plano de acção tendo em vista a adesão à Aliança Atlântica (MAP) de Kiev e Tbilissi.

Os Estados Unidos e a maior parte dos países da Europa central desejavam a adesão de Geórgia e Ucrânia, ao contrário da Alemanha e da França, preocupadas com a posição da Rússia, hostil à esta perspectiva.

Os líderes aliados reconheceram que a Geórgia e a Ucrânia têm vocação para um dia entrar na NATO e concordaram que a questão do MAP seria alvo de uma “primeira reavaliação” em Dezembro.

MRA Dep. Data Mining

Rússia e Venezuela aprofundam e alargam cooperação estratégica

sábado, novembro 8th, 2008

A Venezuela e a Rússia assinaram ontem quinze acordos de cooperação incluindo a constituição de empresas mistas para a produção de electricidade, o desenvolvimento dos sectores naval, mineiro e cerâmico, a criação de um fundo binacional de quatro mil milhões de dólares e a instalação de uma fábrica de veículos na Venezuela.

Os acordos foram assinados em Caracas pelo vice-primeiro-ministro russo Igor Setchine, na preparação da visita oficial do presidente russo, Dmitri Medvedev, à Venezuela, em 26 e 27 de Novembro, durante a qual serão assinados novos acordos, um dos quais sobre energia nuclear para fins civis.

O presidente venezuelano, Hugo Chavez, tem sublinhado que a Venezuela mantém com a Rússia “relações construtivas de aproximação, de entendimento e de debate no âmbito do respeito mútuo” que envolvem a análise de 40 dossiês.

Chavez e Setchine assistiram ao início da perfuração do primeiro poço de gás nas águas do Golfo da Venezuela efectuada pelos grupos petrolíferos Petroleos da Venezuela (PDVSA) e Gazprom.

MRA Dep. Data Mining/Agências

Cimeira UE-Rússia: Muita parra e pouca uva…

sábado, novembro 8th, 2008

Uma semana antes da cimeira União Europeia-Rússia, a União Europeia (UE)manifestou-se preocupada com a resposta de Moscovo ao escudo antimísseis americano e relevou a necessidade de reatar as negociações sobre a parceria estratégica, para a protecção dos bilionários negócios com o petróleo e gás natural da Rússia.

A UE quer negociar um novo acordo de parceria para conciliar os interesses recíprocos – relações económicas e segurança energética – com as divergências estratégicas nas áreas da defesa, segurança militar e política externa. A decisão de relançar as relações entre Bruxelas e Moscovo carece do aval dos 27 países-membros.

Em Bruxelas, a declaração do presidente russo sobre a instalação de mísseis no enclave de Kalininegrado foi interpretada como um passo político que “não contribui para estabelecer um clima de confiança e a melhoria da segurança na Europa”, de acordo com um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da França, país que preside aos destinos do bloco europeu, até Dezembro.

O anúncio de Medvedev foi o contra-ataque de Moscovo ao escudo antimísseis que os EUA decidiram instalar na Polónia e na República Checa, e surgiu uma semana antes da cimeira UE-Rússia. Em 14 de Novembro, na estância balenear francesa de Nice, os dois lados tentarão retomar as negociações sobre o reforço de uma parceria estratégica, suspensas após a guerra Rússia-Geórgia.

Os estados membros da UE, Lituânia e Polónia acusam Moscovo de não respeitar os compromissos do acordo de cessar-fogo entre a Rússia e Geórgia, ao ter mantido importantes forças militares nas regiões separatistas da Abcásia e da Ossétia do Sul, agora declaradas unilateralmente independentes.

O chefe da diplomacia alemã, Frank-Walter Steinmeier, também criticou o anúncio de Medvedev. “É um mau sinal num mau momento”, disse numa entrevista ao diário germânico FAZ – Frankfurter Allgemeine Zeitung. Sempre cauteloso quando o tema são as relações com Moscovo o ministro germânico desejou que a Rússia não dê “origem a um novo mal-entendido”.

No entanto, a avaliar pela opinião dos especialistas militares, tecnicamente, a jogada russa será mais para consumo interno do que para combater eficazmente o escudo norte-americano a partir de Kalininegrado. “Acho que não é possível por causa dos limites da zona de cobertura”, disse Doug Richardson, director da revista Jane’s Missiles & Rockets, citado pela agência France Press. “Os russos – precisou – estão bem dotados no que diz respeito à tecnologia de enganar o radar, mas as simples leis da física tornam impossível um engano àquela distância [pelo efeito horizonte de radar reduzido pela curvatura da Terra]”.

No plano dos negócios as relações EUA-Rússia fazem orelhas moucas às picardias militares e diplomáticas. Medvedev estava sorridente e bem-disposto durante a inauguração de uma nova fábrica da General Motors, perto de São Petersburgo, 48 horas depois de ter criticado o egoísmo das políticas estadunidenses. A seu lado, também sorridente, o embaixador dos EUA em Moscovo, John Beyrle, sinalizou a boa saúde das relações bilaterais.

MRA Dep. Data/Agências

Rússia: Banco central ameaça bancos estrangeiros sobre fuga de capitais

quinta-feira, outubro 23rd, 2008

As autoridades monetárias russas advertiram as subsidiárias dos bancos estrangeiros para porem fim às práticas que geraram a fuga de USD 50 mil milhões/bilhões (mm/bi)da Rússia nos últimos dois meses, noticiou a edição online do jornal russo Kommersant. O esquema utilizado foi a contracção de empréstimos às casas-mãe. O periódico russo, citando fontes não identificadas, precisa que os dirigentes de alguns daqueles bancos foram ameaçados “com o cancelamento de créditos pelo banco central e por bancos estatais russos e com medidas mais duras” se não “pararem com práticas que encorajam a fuga de capitais da Rússia.” Em Setembro, os débitos dos bancos não residentes “aumentaram drásticamente”. Segundo o Kommersant, o Raiffeisen Bank contratou empréstimos extra no valor de 38,6 mm/bi e o Unicreditbank com 36,9 mm/bi, tendo diminuído a emissão de dívida junto da banca russa em 2,8 mm/bi e 16,7 mm/bi, respectivamente. O jornal adianta que os “analistas interpretam as medidas como uma forma alimentar os cofres das casas-mãe ávidos de dinheiro fresco.” Actualmente, 15% dos maiores bancos russos são total ou parcialmente controlados por bancos estrangeiros. MRA Dep. Data Mining

Corrida Armamentista: Rússia testa primeiros mísseis desde 1984

terça-feira, outubro 7th, 2008

O Exército da Rússia começou hoje os primeiros testes da frota de bombardeiros estratégicos, desde à 25 anos, composta por 20 caças armados com míssieis cruzeiro, noticiou hoje a agência russa RIA Novosti. Este será o maior exercício militar do género realizado desde o colapso da União Soviética. As manobras, que durarão uma semana, destinam-se a testar a capacidade e prontidão das tropas para o uso de armamento de dissuasão nuclear. Integradas no exercício “Estabilidade-2008”, a aviação russa está equipada com caças Tu-160 Blackjack e Tu-95MS Bear-H tendo instruções para disparar a carga máxima de mísseis a bordo. As manobras decorrem dois meses após o início da guerra com a Geórgia e do endurecimento das relações militares com a NATO. MRA Dep. Data Mining

Rússia vai instalar novo sistema de defesa nuclear

sábado, setembro 27th, 2008

O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, anunciou planos para a construção de um novo sistema de defesa nuclear, operacional a partir de 2020, equipado com um sistema de defesa aeroespacial e modernos submarinos nucleares equipados com mísseis. Os comandantes militares russos apresentarão os planos ao executivo liderado por Vladimir Putin, até ao final do ano. O anúncio é a resposta da Rússia ao reforço das operações da NATO na Europa de Leste, após o conflito Rússia-Geórgia, e um acto de retaliação à recente corrida armamentista de Washington, com o anúncio da instalação de um escudo de defesa antimísseis na Polónia. Um analista ocidental, citado pela Reuters, desvalorizou a iniciativa sublinhando que as vulnerabilidades russas são evidentes na área do armamento convencional e não nos sistemas de dissuasão nuclear. “Eu diria que isto é um golpe de teatro contra o Ocidente, idêntico ao envio para a Venezuela de bombardeiros estratégicos. (…) Isto impressiona apenas a audiência doméstica, não o Ocidente“, disse o tenente-coronel Marcel de Haas, especialista em questões russas e de segurança do Instituto de Relações Internacionais Clingendael, na Holanda. MRA Dep. Data Mining

Rússia: Orçamento de segurança do Estado atinge valor recorde

domingo, setembro 14th, 2008

O Governo da Rússia informou que as despesas com a segurança do Estado para o triénio 2009-2011 ascenderão a RUB 1,2 mil biliões/trilhões (mibi/tri), equivalentes a EUR 33 mm/bi. Em 2007, o orçamento para o sector atingiu RUB 700 mm/bi (EUR 19 mm/bi) e, em 2008, RUB 1 mibi/tri (EUR 30 mm/bi). Analistas militares consideram que o crescimento das despesas para os próximos três anos é uma consequência directa do conflito no Cáucaso. Em Julho, um mês antes do ataque da Geórgia à Ossétia do Sul, Moscovo reforçara o orçamento militar com uma dotação extraordinária de Euros 144,8 mm/bi. Oficialmente, os EUA orçamentaram USD 696 mm/bi (Euros 492 mm/bi) para o ano fiscal de 2008. Em 2007, a Rússia foi o segundo maior exportador mundial de armas convencionais, a seguir aos Estados Unidos. MRA Dep. Data Mining

Tensões Rússia-CNN após censura de entrevista a Putin

sexta-feira, setembro 12th, 2008

As relações entre o Governo de Moscovo e a CNN poderão custar os direitos de emissão à cadeia norte-americana de televisão na Federação Russa, após a censura da entrevista com o ex-presidente e actual primeiro-ministro, Vladimir Putin, publicada em 28 de Agosto no site da emissora. As respostas de Putin ao jornalista Matthew Chance, numa conversa que durou 30 minutos, nunca foram transmitidas na íntegra pela CNN apesar da sua inegável importância política.Os telespectadores e consumidores de informação da CNN apenas tiveram acesso a fragmentos de escassos minutos cada um. Entre outras afirmações, Putin acusou militares dos Estados Unidos de terem participado na agressão da Geórgia à Ossétia do Sul, na madrugada de 7 de Agosto, e denunciou o aproveitamento do governo Bush/ Cheney para usar o conflito em benefício da candidatura presidencial do candidato republicano, John McCain. A CNN cortou as declarações de Putin sobre a história, desconhecida no Ocidente, das seculares relações entre a Rússia, a Geórgia e a Ossétia do Sul, desde o século XVIII. Os videoclips disponibilizados no site da CNN dão uma ideia distorcida do contexto e do conteúdo das declarações de Putin. As comparações podem ser feitas através dos clips disponibilizados pela CNN e da versão integral distribuída pela TV Russa através do YouTube. Deixamos a cada um o direito de analisar e de julgar. MRA Dep. Data Mining

Rússia vai estacionar caças e submarinos na Venezuela

terça-feira, setembro 9th, 2008

Vladimir Putin e Hugo ChávezNavios de guerra russos realizarão em 2008 uma visita a um porto da Venezuela e aviões de combate e submarinos serão temporariamente instalados no país do Cone Sul, anunciou Andrei Nesterenko, porta-voz do Ministério russo dos Negócios Estrangeiros. “Até ao fim do ano está prevista a entrada de um grupo de navios da Armada da Rússia num porto da Venezuela. Trata-se do cruzador nuclear pesado Pedro, o Grande, do navio de combate e o submarino Almirante Tchabanenko”, declarou o diplomata. Nesterenko relevou que as decisões dos militares russos “não estão ligadas à crise no Cáucaso” e “não estão viradas contra terceiros países”. No sábado, ao discursar na abertura do Conselho de Estado da Rússia, o presidente russo Dmitri Medvedev não escondeu a irritação com a presença de tropas da NATO no Mar Negro. MRA Dep. Data Mining

Rússia explora debilidades políticas e militares da NATO

sexta-feira, agosto 22nd, 2008

“Se as prioridades [da NATO] são um apoio claro ao falido governo de Saakashvili, se o corte de relações com a Rússia é o preço que eles [países ocidentais] estão dispostos a pagar, então que seja. A culpa não é nossa” Foi nestes termos que o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, comentou o cancelamento pela Aliança Atlântica dos contactos com Moscovo. Em resposta o Kremlin ripostou com a suspensão da cooperação militar no âmbito do Conselho Rússia-NATO. Sobre as vantagens em manter abertas as portas do diálogo bilateral Lavrov foi enfático: “A única coisa que posso dizer é que a Rússia precisa tanto da cooperação com a NATO como a NATO precisa da Rússia.” A observação está relacionada com o acordo entre Moscovo e Bruxelas que permite à Aliança Atlântica transportar armas para o Afeganistão através de território russo. “Após a famosa reunião da NATO alguns representantes de topo da Aliança segredaram-me -‘Vocês não vão impedir o trânsito para o Afeganistão, pois não?'”, precisou Lavrov concluindo: “A sorte da NATO está a ser decidida no Afeganistão.” A dureza da retórica moscovita prenuncia um conjunto de decisões destinadas a fraligizar a já periclitante capacidade negocial dos aliados ocidentais. Alguns observadores russos especulam sobre a possibilidade de, na próxima semana, o parlamento russo aprovar a declaração unilateral de independência aventada pelos parlamentos da Ossétia do Sul e da Abkhásia. Os parlamentos regionais de Tskhinvali e Sukhumi enviaram ontem apelos naquele sentido ao presidente russo Dmitri Medvedev. Paralelamente Lavrov anunciou a intenção da Rússia em manter 500 soldados numa zona-tampão à volta da Ossétia do Sul. “Quero declarar clara e inequivocamente que a Rússia está a cumprir com rigor os seis príncipios acordados entre os presidentes Medvedev e Sarkozy”, precisou o chefe da diplomacia russa. “Aqueles princípios permitem às forças russas de manutenção de paz adoptar medidas adicionais para garantir a segurança na zona-tampão”, disse. Aquela área permite às forças russas manterem-se em zonas estratégicas da Geórgia e controlar a principal autoestrada do país, crucial para a economia georgiana. Por outro lado, está em cima da mesa a possibilidade de a Rússia fornecer armamento sofisticado à Síria satisfazendo um velho desejo do presidente sírio Bashar al-Assad que ontem visitou oficialmente o seu homólogo Medvedev, em Sochi, uma estância de veraneio no Mar Negro. Após o encontro, Lavrov informou os media que a Rússia “está preparada para fornecer armas de carácter defensivo que não violem o equlíbrio estratégico no Médio Oriente.” Observadores americanos interpretam estas declarações como um sinal do provável congelamento da cooperação americano-soviética no combate ao terrorismo e á proliferação nuclear. Os mais pessimistas prevêem o endurecimento da política energética russa face ao Ocidente, pressões acrescidas sobre as bases militares americanas na Ásia Central e o colapso das negociações para o controlo dos armamentos nucleares. Angela Stent, ex-especialista do Conselho de Segurança Nacional dos EUA, disse ao New York Times que existem múltiplas formas de Moscovo “ser menos cooperante do que até aqui”, citando o Irão, a ONU, a Síria, Venezuela, o Hamas e os programas antiterroristas e anti-drogras. Michael McFaul, consultor de Barack Obama para as questões russas, foi mais longe acusando a Rússia de tentar “romper com a ordem internacional” reconhecendo-lhe capacidade para atingir tal desiderato. “O potencial é grande pois, no final de contas, eles são hegemónicos na região e nós não. Isto é um facto”, disse o professor da Universidade de Stanford. O articulista do New York Times especula sobre os mais recentes receios dos estrategistas norte-americanos. “Nos prognósticos sobre o potencial da Rússia para criar problemas, a maioria dos especialistas olha em primeiro lugar para a Ucrânia que deseja integrar a NATO. O pior cenário que circula nos últimos dias é a tentativa de Moscovo para reivindicar a estratégica península da Crimeia com o objectivo de assegurar o acesso ao Mar Negro. Os legisladores ucranianos estão a investigar notícias segundo as quais a Rússia forneceu maciças quantidades de passaportes aos russos que vivem na região, uma táctica usada por Moscovo nas províncias separatistas georgianas da Ossétia do Sul e da Abkhásia, que serviu para justificar a intervenção militar no sentido de proteger os seus cidadãos.” MRA Dep. Data Mining

Russia desinveste 40% no mercado hipotecário americano

quinta-feira, agosto 21st, 2008

A Rússia adoptou uma posição cautelosa no mercado da dívida hipotecária americana diminuindo gradualmente o actual grau de exposição aos papéis transaccionados no mercado. Em Moscovo, o ministro adjunto da Economia, Dmitry Pankin, comentou os investimentos do estado russo nas agências imobiliárias norte-americanas, Fannie Mae e Freddie Mac: “De momento não planeamos aumentar a nossa exposição. Também não planeamos um desinvestimento rápido. Trata-se de títulos que remuneram de forma decente os nossos investimentos.” Pankin acrescentou que o fundo que administra os excedentes gerados pela venda de hidrocarbonetos russos investiu 3,6% dos seus USD 160 mm/bi em títulos de dívida da Freddie Mac e Fannie Mae. O retorno dos investimentos entre 30-01-2008 e 19-08-2008 foi de USD 72 milhões. Especulações sobre a posição de Moscovo foram alimentadas esta semana, na sequência da bem sucedida venda de USD 3 mil milhões/bilhões (mm/bi) de dívida pela Freddie Mac. O banco hipotecário americano de capitais públicos cotado em bolsa, informou que um terço da dívida foi adquirida por bancos centrais. O ministro da Economia, Alexei Kudrin, confirmou que a Rússia continuará a investir nas agências hipotecárias dos EUA, embora em quantidades inferiores. Os títulos que atingem os respectivos prazos de maturidade não serão substituídos por novos investimentos. No início de 2008, a Rússia detinha um sexto das suas reservas monetárias e de ouro – cerca de USD 100 mm/bi – em títulos da Fannie Mae, Freddie Mac e das 12 entidades que integram o sistema Federal Home Loan Banks. O banco central da Rússia informou que este ano o grau de exposição àquele segmento da dívida americana foi reduzido em cerca de 40%. Os investimento públicos governo moscovita foram publicamente criticados por vários media e sectores da opinião pública avessos a investimentos de alto risco. O grau de hostilidade aumentou na sequência do conflito com a Geórgia e após o acordo EUA-Polónia para a instalação de 10 sistemas de intercepção antimísseis em território polaco. MRA Dep. Data Mining

Geórgia: Russos saem, Saakashvili e generais na corda bamba

terça-feira, agosto 19th, 2008

Contra-ataque russo na GeórgiaA retirada das tropas russas da Geórgia iniciada ontem marca o início da segunda fase da crise para o primeiro-ministro Mikhail Saakashvili – o ajuste de contas interno com os líderes da oposição e as faixas descontentes da população. [A crítica] vai começar quando os russos partirem”, escreveu o editorialista Zaza Gachechiladze. Um antigo membro do governo do presidente Zviad Gamsakhurdia nos anos 90 – Temur Koridze – já abriu as hostilidades com o neoconservador georgiano ao afirmar que “nem ele, nem o governo são competentes”, defendendo uma “autoridade saudável e sólida”. “Como comandante-em-chefe [Saakashvili] é um falhado. A sua política bateu no fundo.” Um ministro europeu que esta semana se deslocou a Tbilisi, no âmbito das iniciativas diplomáticas para pôr de pé o frágil cessar-fogo, afirmou a jornalistas ocidentais que dentro do próprio governo começam a ouvir-se vozes dissidentes que questionam a capacidade de avaliação de Saakashvili ao mandar invadir a Ossétia do Sul sem prevenir a reacção russa nem garantir uma protecção eficaz por parte dos aliados ocidentais. Valeri Kvaratskhelia, que integrou o governo do antigo presidente Eduard Shevardnadze aconselhou “o amiguinho de Bush” a pedir desculpa aos ossetas e georgianos e a demitir-se, abrindo caminho a um novo primeiro-ministro para iniciar o processo de reparação dos danos políticos e económicos. [O ataque] não foi apenas um erro, mas um crime”, frisou Kvaratskhelia marcando o tom da campanha anti-Shaakhasvili. As tropas russas e os paramilitares separatistas pró-moscovo encarregaram-se de danificar o que restava da inicipente infra-estrutura da Geórgia, fazendo retroceder o país aos níveis de desenvolvimento da era soviética. Bombardeamentos cirúrgicos, fogos postos e bombardeamentos em zonas militar e economicamente sensíveis, afectaram a circulação interna de pessoas e bens, o fornecimento de energia eléctrica, as telecomunicações e demais serviços essenciais a qualquer economia. Saakashvili e os invisíveis generais do seu exército vão estar na berlinda a partir desta semana. “Será que a Geórgia tem algum exército?”, escreveu com azedume Gachechiladze, editor de um jornal local de língua inglesa. “Há muitas questões a colocar” ao presidente (…) Quem era o comandante encarregado da ofensiva e quem tomou a decisão de invadir a Ossétia do Sul?” Entre a população são frequentes os ataques ao líder, ao governo, à tropa e ao que classificam de “traição ocidental” – a inexistente ajuda militar e política durante a violenta acção punitiva da tropa às ordens do Czar Putin. Alguns analistas ocidentais prognosticam o fim do noivado Geórgia-Ocidente e o cancelamento da boda Nato-Saakashvili. A confirmar-se o prognóstico, vem à colação o ditado português “quem semeia ventos, colhe tempestades.” O crepúsculo de Saakashvili faz lembrar o desabafo de Henry Kissinger, em 1975, na antecâmara da fuga americana do Vietname – “É perigoso ser inimigo dos Estados Unidos, mas ser seu aliado é letal.” MRA Dep. Data Mining

Cáucaso: Capitais estrangeiros fogem da Rússia por causa da guerra

segunda-feira, agosto 18th, 2008

O ministro russo das Finanças, Alexei Kudrin, revelou que a fuga de capitais da economia da Rússia, como consequência da guerra no Cáucaso, atingiu os € 4.76 mil milhões/bilhões. O ataque da Geórgia à região separatista da Ossétia do Sul para acabar com o domínio dos rebeldes pró-russos, a 7 de Agosto, assustou os investidores e provocou a maior queda da bolsa moscovita nos últimos dois anos. “As saída de divisas da Rússia atingiram USD 6 mm/bi nba sexta-feira e USD mil milhões/um bilhão na segunda-feira” revelou Kudrin num encontro com jornalistas. O ministro russo previu que o conflito possa prejudicar em USD 30-40 mm/bi as estimativas de entradas de capital estrangeiro durante 2008 avançadas pelo banco central da Rússia. “Penso que as entradas de capitais serão um pouco inferiores aos prognósticos do banco central, devido à continuação da turbulência nos mercados financeiros globais e aos riscos políticos que emergiram nos últimos dias”, disse Kudrin. Em 2007, a Rússia registou um recorde nas entradas de capital estrangeiro, com USD 82 mm/bi (€ 55,64 mm/bi). MRA Dep. Data Mining

Rússia diz que cessar-fogo assinado por Saakachvili foi alterado

sábado, agosto 16th, 2008

Sergei LavrovO acordo de cessar-fogo assinado pelo presidente da Geórgia, Mikhail Saakachvili, difere do que foi acordado, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia. “Ficámos um tanto preocupados com o facto de o documento assinado por Saakachvili ser diferente do documento que foi acordado pelos presidentes da Rússia e França, por isso iremos precisar esta questão pelos canais diplomáticos”, revelou Serguei Lavrov acrescentando que, não obstante, o presidente Medvedev ordenou o seu cumprimento. Porém, o chefe da diplomacia russa garantiu que a Rússia irá “comparar” os seus próprios “passos para o cumprimento honesto dos acordos assinados com a forma como as outras partes irão cumpri-los”. Lavrov assinalou que Mikhail Saakachvili assinou esse acordo, mas acrescentou que “hoje, continuam a chegar notícias sobre a detenção, ora ali, ora aqui, de camiões carregados de armas”. “Será muito perigoso se esses arsenais forem parar a mãos impróprias”, acrescentou. O ministro anunciou também que “as tropas russas irão ser retiradas da zona do conflito à medida que forem realizadas outras medidas de segurança”. A Geórgia, pelo seu lado, acusa Moscovo de continuar a violar o acordo de cessar de fogo. MRA/Agências

General ameaça Polónia e Rússia planeia retaliação contra escudo antimíssil

sexta-feira, agosto 15th, 2008

O general Anatoly Nogovitsyn disse à imprensa russa que a decisão da Polónia de aceitar a instalação no seu território de bases antimísseis americanas a expõe a ataques com armas nucleares. A declaração foi interpretada por analistas ocidentais como a mais forte ameaça dirigida por um alto quadro militar russo contra a iniciativa dos EUA em ex-países do Pacto de Varsóvia. Firmeza idêntica foi usada pelo presidente russo, Dmitry Medvedev, durante uma conferência de imprensa no final da reunião com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, em Sochi, no mar Negro. “A instalação de forças antimíssil tem como alvo a Federação Russa”, disse o presidente. “O momento foi escolhido a dedo e, portanto, os contos de fadas para justificar a acção de Estados adversários não funcionam mais”, enfatizou Medvedev. “Vamos continuar a trabalhar sobre essa questão e estamos prontos para dar seguimento a negociações com todos os envolvidos. Claramente, porém, esta decisão não acalma as coisas”, sublinhou o chefe de Estado russo. A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, em Tbilisi, na Geórgia, reafirmou que as armas nucleares não têm por alvo a Rússia. Recorde-se que, no princípio do mês, o embaixador russo em Minsk, Alexander Sulikov, informou que, em retaliação, Moscovo deverá instalar sistemas antimísseis Iskander na Bielorrússia, ou enviar aviões para as fronteiras com a Polónia, no Báltico. Washington insiste que o sistema antimíssil é defensivo e visa proteger os EUA e os aliados europeus de eventuais ataques com mísseis de longo alcance por parte do Irão ou de grupos extremistas islâmicos, como a al-Qaeda. O Kremlin considera o escudo uma ameaça à sua segurança o que levou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, a cancelar ontem a viagem marcada para Varsóvia, em Setembro. MRA/Agências

Rússia esvazia poder da Geórgia no Cáucaso

sexta-feira, agosto 15th, 2008

A Rússia saiu politicamente vitoriosa da Guerra dos Três Dias, na Geórgia, enviando uma inequívoca mensagem ao Ocidente para “esquecer” a possibilidade de a ex-república soviética continuar a controlar os enclaves da Ossétia do Sul e da Abkházia. O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, não apenas negou à Geórgia quaisquer veleidades de conseguir reconquistar o poder que detinha no Cáucaso antes da guerra, como disse explicitamente que o presidente georgiano Mikahil Saakasshvilli nunca será um interlocutor de Moscovo nas negociações para apaziguar as tensões bilaterais. “As pessoas podem esquecer qualquer conversa sobre a integridade territorial da Geórgia porque, acredito eu, seria impossível convencer a Ossétia do Sul e a Abkházia a concordar com a lógica de que podem ser forçados a voltar para o Estado georgiano”, afirmou Lavrov a jornalistas ocidentais em Moscovo. Com a entrada em vigor de um frágil cessar-fogo mediado pelo presidente em exercício da União Europeia, Nicolas Sarkozy, as tropas russas aproveitaram para aniquilar o que podiam das infra-estruturas e recursos militares georgianos e controlar posições estratégicas nas vias de comunicação terrestres, marítimas e aéreas. A generalidade dos analistas considera que a humilhação militar impedirá a Geórgia de, a médio prazo, voltar a ter capacidade para arriscar novas tensões na região. Entretanto, em Moscovo, o establishment político e os media estatais e próximos do Kremlin continuam a reagir com indignação ao que classificam de “hipocrisia ocidental”. “Esqueceram-se todos do Iraque?” argumentou Sergei Markedonov, um especialista em política regional, sedeado em Moscovo. MRA Dep. Data Mining