Archive for the ‘Risco’ Category

Banco Central Europeu criticado por Stiglitz e Krugman

sexta-feira, julho 22nd, 2011

O BCE devia adotar uma «posição mais ativa» face à crise soberana na zona euro, diz hoje o Nobel Joseph Stiglitz, enquanto Paul Krugman acusa a instituição de estar a piorar a situação.

Num artigo de opinião publicado no Financial Times, o Nobel da Economia Joseph Stiglitz escreve que «se o Banco Central Europeu (BCE) está preocupado que um evento de crédito vai levar a agitação nos mercados financeiros, deve tomar uma posição mais ativa para abordar os problemas de base, eliminando a falta de transparência nas trocas de derivados, garantindo que os bancos estão adequadamente capitalizados e prevenindo os bancos de estarem excessivamente interligados».

Por seu lado, o também Nobel da Economia Paul Krugman escrevia no New York Times, num artigo intitulado «A depressão menor» (aquilo que denomina como a «era prolongada de elevado desemprego que começou com a grande recessão de 2007-2009 e continua até hoje»), com sarcasmo: «Terei eu mencionado que o BCE — ainda que, felizmente, não a Reserva Federal — parece determinado em piorar as coisas ao aumentar as taxas de juro?»

MRA Alliance/DD

Portugal: Risco de bancarrota galga de 11,7% para 57%

sexta-feira, julho 8th, 2011

O custo dos credit default swaps (cds, derivados financeiros que funcionam como seguros contra o risco de incumprimento) ligados à dívida soberana portuguesa ultrapassaram ontem o limiar dos 1000 pontos base, fixando um máximo de valor de fecho em 1023,63 pontos base. Hoje o Expresso faz as contas e publica a cronologia de uma bancarrota (quase) anunciada, recorrendo a dados da da CMA DataVision, relativos ao primeiro e último trimestres desde 2009.

1º trimestre de 2009: o risco de default finalizou em 11,7%, o custo dos cds fecharam em 139,6 pontos base, e Portugal ocupava o 25º lugar no ranking dos países com maior probabilidade de entrar em incumprimento.

4º trimestre de 2009: o risco baixou para 6,2%, o custo dos cds contraiu-se significativamente para 74 pontos base, e Portugal desceu substancialmente para 47º lugar no ranking. Nada faria, aparentemente, prever a tormenta que se desencadearia no ano seguinte.

1º trimestre de 2010: o risco subiu de novo para 11,7%, o custo dos cds estava em 139,6 pontos base e Portugal subiu para 26º lugar, uma situação quase similar à do início de 2009. Neste trimestre, a Moody’s a 13 de janeiro veio falar da “morte lenta” da Grécia e de Portugal, amalgamando as duas situações, apesar da Grécia ter 25% de risco e estar em 9º lugar no ranking.

4º trimestre de 2010: o risco continuou a subir e fixou-se em 35,9%, o custo dos cds aumentou para 497,3 pontos base, e Portugal galgou 22 lugares no ranking, posicionando-se em 4º lugar (depois da Grécia, Venezuela e Irlanda).

1º trimestre de 2011: o risco prosseguiu a subida até 40,1%, o custo dos cds passou para 578,6 pontos base, e Portugal conservou o 4º lugar no ranking.

Hoje, já depois da assinatura do memorando de entendimento com a troika em maio, o risco de default fechou em 57,01%, o custo dos cds em 1023,63 pontos base (tendo estado inclusive ao final da manhã em 1065,49 pontos base antes do “efeito Trichet”), e Portugal subiu para o 2º lugar do ranking.

No espaço de dois anos e meio, o custo dos cds multiplicou por 7 vezes e a probabilidade de default aumentou quase 45 pontos percentuais, ou seja multiplicou quase por 5.

MRA Alliance

Portugal tem 5 mil milhões de facturas incobráveis

terça-feira, maio 24th, 2011

Em Portugal existem mais de cinco mil milhões de euros incobráveis e o Estado é a entidade que mais tempo demora a pagar as facturas. De acordo com a empresa de gestão de crédito e cobranças Intrum Justitia, que inquiriu seis mil empresas em 25 países europeus, as facturas incobráveis em Portugal, isto é, facturas que chegam ao fim do ciclo de vida sem serem pagas, aumentaram em 14% em 2010.

O inquérito concluiu que, em Portugal, os incobráveis atingiram os 3,3% (acima da média europeia de 2,7%), correspondente a cerca de cinco mil milhões de euros em facturas incobráveis.

Ao todo, na Europa, há mais de 312 mil milhões de euros de dívidas incobráveis, o que segundo o estudo, é mesmo “superior aos pacotes de ajuda externa a Portugal, Grécia e Irlanda”, ainda que o comportamento seja diferenciado entre países.

Se na Alemanha, o valor dos incobráveis caiu 8% em 2010, já na Inglaterra os incobráveis subiram 33%.

Quanto ao Índice de Risco de Pagamentos (IEP), a Intrum Justitia posiciona Portugal na 24.ª posição entre os países com o risco de pagamento mais elevado, logo atrás da Grécia.

MRA Alliance/DE

Retoma do têxtil ameaçada pela subida do algodão mas optimismo mantém-se

domingo, março 6th, 2011

“A subida vertiginosa das matérias-primas, que nos últimos meses duplicaram de preço,” é a grande ameaça que paira sobre a recuperação do sector têxtil, vestuário e calçado, considera João Costa, presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP). A mesma opinião tem Joaquim Fernandes, administrador da Mundifios, a empresa que lidera o ‘ranking’ das PME Líder deste sector: “O principal factor de apreensão é o forte aumento das matérias-primas, nomeadamente do algodão, que obriga a um esforço financeiro muito superior ao normal por parte dos produtores”.

Joaquim Fernandes alerta ainda que “nos casos de uma elevada dependência de capitais alheios, uma elevada necessidade de crédito muito superior à disponível acaba por originar reduções forçadas de produção e a jusante um maior desequilíbrio entre a oferta e a procura”.

Mundifios perspectiva para 2011 “um crescimento sustentado, alicerçado na constante aposta em novos produtos e no desenvolvimento das exportações”, através do amadurecimento da posição em alguns mercados e também pela entrada em novas geografias, adianta Joaquim Fernandes. Para João Costa, este ano pode ser “um ano de crescimento”, nomeadamente pela aposta já feita em 2010 na diversificação dos mercados de exportação. “A avaliar pela tendência positiva do primeiro mês do ano na colocação de encomendas, 2011 será um ano de crescimento”, reforça o presidente da ATP.

Segundo João Costa, o ano passado “foi um ano de melhoria, com crescimentos na exportação da ordem dos 6%”. Embora ainda não hajam números finais, em 2010, o sector do têxtil e vestuário deverá ter exportado quase 3.700 milhões de euros, que corresponde a perto de 70% das vendas globais do sector.

MRA Alliance/DE 

Risco de Portugal agrava-se após mega-emissão de dívida

segunda-feira, fevereiro 7th, 2011

O juro continua acima de 7% após Portugal ter realizado uma emissão de dívida sindicada de larga escala. A ‘yield’ da linha viva das Obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos mais negociada no mercado avança agora para 7,088%, contra os 6,938% registados na sessão anterior. Esta evolução aumentou o diferencial face às ‘bunds’ alemãs da mesma maturidade para 389 pontos base (na sexta-feira fechou nos 379 pontos).

No mesmo sentido, o índice que mede a taxa cobrada pelos investidores para comprar dívida da mesma maturidade está a subir para 7,148%, face aos 7,055% verificados na sexta-feira.

Esta é a primeira reacção do mercado à notícia de que Portugal vendeu hoje sete mil milhões de euros numa operação sindicada de obrigações do Tesouro a cinco anos, quando o montante indicativo era de três mil milhões de euros, adiantou fonte governamental ao Económico.

Segundo duas fontes envolvidas na operação, citadas pela agência Bloomberg, Portugal terá pago um prémio de cerca de 360 pontos base acima da taxa de referência do mercado. Isto significa uma taxa de 6,45%, acima dos 6,24% registados no mercado secundário para a maturidade a cinco anos.

Também a percepção de risco de incumprimento de Portugal, medida pelo custo dos ‘credit default swaps’ (CDS), seguia a subir 10 pontos, com o preço destes instrumentos financeiros sobre obrigações a 5 anos a situar-se nos 415 pontos base, o que significa que por cada 10 milhões de euros aplicados em dívida portuguesa, os investidores têm que pagar 415,33 mil euros por esta espécie de seguro para se protegerem contra o eventual incumprimento de Portugal. É a segunda subida mais acentuada em todo o mundo, depois da Grécia, de acordo com um monitor da Bloomberg.

MRA Alliance/DE

Dívida: Portugal enfrenta teste duro nos leilões de 2011

quinta-feira, dezembro 30th, 2010

O Estado português vai arriscar a abertura de uma nova linha de Obrigações do Tesouro no primeiro trimestre, para a qual será necessário um amplo apetite dos investidores, revela hoje o Jornal de Negócios.

A anterior emissão deste género, prevista para Junho, acabou por não se realizar devido às condições adversas do mercado criadas pela escalada da crise da dívida pública.

No programa de financiamento para 2011, ontem apresentado pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), está prevista a realização de uma a duas emissões sindicadas.

Estas operações diferem dos leilões habituais por envolverem montantes muito superiores e por serem colocadas directamente junto dos investidores institucionais, através dos bancos, o que torna mais arriscada a sua concretização.

MRA Alliance

MetLife paga 200 milhões para se proteger contra incumprimento de Portugal

segunda-feira, dezembro 6th, 2010

A maior seguradora norte-americana do ramo vida pagou 200 milhões de dólares num ‘seguro’ contra eventual incumprimento de Portugal. A MetLife investiu o equivalente a 150,62 milhões de euros em ‘credit-default swaps’ (CDS) sobre obrigações portuguesas, um sinal de que a gigante americana admite que Portugal pode falhar no pagamento dos seus compromissos.Ao comprar CDS indexados a dívida portuguesa, a MetLife garante assim que receberá parte do dinheiro investido em Portugal se o País entrar em ‘default’. O anúncio foi feito hoje pelo ‘Chief Investment Officer’, Steven Kandarian, numa apresentação em Nova Iorque, citada pela Bloomberg, onde também se revela que a exposição da empresa a Portugal é de 379 milhões de dólares e à Grécia de 735 milhões.

MRA Alliance/DE

Dívida: Risco de Portugal foi o que hoje mais caiu no mundo

sexta-feira, outubro 15th, 2010

Os indicadores de risco de Portugal estão em forte queda. Juros e ‘spread’ atingiram mínimos de mais de um mês. A poucas horas da entrega do Orçamento para 2011, a percepção de risco da parte dos investidores em relação a Portugal dá fortes sinais de alívio.

No entanto, os analistas consideram que um eventual chumbo do Orçamento deve levar à subida dos indicadores de risco de Portugal, o que se traduziria no aumento dos custos de financiamento do país, dos bancos e também das famílias.

O prémio que os investidores exigem para comprar Obrigações do Tesouro a 10 anos em vez de títulos de dívida alemães com a mesma maturidade, que são a referência para o mercado, está a afundar 37 pontos para negociar nos 338 pontos. Trata-se da queda mais acentuada desde 10 de Maio, quando o ‘spread’ registou um tombo de 179 pontos, no dia seguinte à criação do mega fundo de ajuda para países do euro em dificuldade.

Esta descida está a empurrar o juro das OT a 10 anos para os 5,7%, devido a uma quebra de 5,36 pontos percentuais, a maior redução desde Julho. Desta forma, a ‘yield’ está em mínimos de um mês.

No mesmo sentido, o preço dos ‘credit default swaps’ (CDS) sobre obrigações do Tesouro a 5 anos, um outro indicador de risco, regista a maior descida no monitor da Bloomberg que acompanha todos os países do mundo.

O preço deste ‘seguro’ contra o eventual incumprimento de um Estado cai 17 pontos para negociar nos 357,52 pontos base, o que significa que por cada 10 milhões de euros aplicados em dívida pública portuguesa os investidores têm de pagar um seguro anual de 357,52 mil euros.

MRA Alliance/Diário Económico

Agências de ‘rating’ cortam classificações de bancos espanhóis

terça-feira, junho 1st, 2010

Banco Sabadell, Banco de Valencia, Bancaja e CAM. Foram as novas “vítimas” da Fitch. A agência que retirou a nota máxima à dívida pública espanhola no final da semana passada, baixou as notas de crédito daquelas instituições, levantando ainda maiores preocupações sobre o sector bancário do país vizinho.

Também a Standard & Poor’s alertou que poderia baixar a nota da dívida da Caja Madrid, uma das maiores ‘cajas de ahorro’ espanholas. Este sector está em crise, depois do banco de Espanha ter intervencionado a CajaSur e com as autoridades a quererem um processo de consolidação rápido entre as dezenas de ‘cajas’ que existem em Espanha.

Entre os argumentos das agências de ‘rating’ para justificarem os cortes na qualidade de dívida de entidades financeiras espanholas estão as débeis perspectivas de crescimento económico e o elevado nível do crédito malparado. Os investidores castigaram a bolsa espanhola, com o IBEX a cair, a meio da sessão, cerca de 3%.

MRA Alliance/DE

Risco de crédito da dívida portuguesa agrava-se drasticamente

domingo, janeiro 17th, 2010

A segunda semana de Janeiro foi marcada pelo brutal aumento dos preços dos credit default swaps (CDS), produtos financeiros derivados para cobrir riscos de crédito, relativos às dívidas soberanas da Grécia e de Portugal.

No caso português, o crescimento semanal situou-se nos 35%. Desde segunda-feira, os preços dos CDS relativos à Grécia cresceram 30%. O diferencial grego (spread) em relação aos títulos alemães atingiu no final da semana 3,3%, enquanto no caso português rondou 1,2%.

Segundo a Markit.com, empresa que acompanha diariamente o mercado CDS, no indicador referente à variação a 28 dias o crescimento dos custos foi de 62% para a Grécia e de 39% para Portugal.

O agravamento da percepção de risco de incumprimento da dívida soberana dos dois países deveu-se a um relatório da agência de rating Moody’s, publicado na quarta-feira. Nesse relatório, Portugal juntamente com a Grécia são declarados em risco de entrar num processo de “morte lenta” (slow death). A situação resulta do agravamento do fosso entre a quantidadede riqueza criada e a necessidade de afectar cada vez mais recursos financeiros para pagar o serviço da dívida soberana.

Ainda assim a Moody’s considera que Portugal, apesar das dificuldades, tem um campo de manobra superior ao da Grécia por ter uma notação mais favorável – Aa2 (com previsão negativa) contra A1 (mais baixa, e com previsão igualmente negativa).

Segundo a agência norte-americana, acresce que a dívida soberana portuguesa terá chegado a 85% do PIB, um ponto percentual acima da média europeia, um grau consideravelmente menos grave do que o registado pela Itália (117%) e pela Grécia(125%).

Caso o novo orçamento português não satisfaça as exigências dos mercados, o apetite pelo risco da dívida portuguesa sofrerá um sério abalo e os respectivos custos de financiamento sofrerão uma nova escalada, atirando as expectativas de uma retoma, ainda que anémica, para as calendas gregas.

MRA Alliance/Agências

Tribunal chumba contas do Estado de 2008

quinta-feira, dezembro 24th, 2009

As Contas do Estado foram criticadas ontem pelo Tribunal de Contas (TC). Os organismos da Administração Pública foram acusados de não saberem o real valor das receitas e das despesas. As garantias bancárias dadas pelo Estado via Caixa Geral de Depósitos ao Banco Privado Português foram liminarmente reprovadas pelo TC.

O parecer sobre a Conta Geral do Estado relativa a 2008 já foi ntregue ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, pelo presidente do tribunal, Guilherme d’Oliveira Martins. A par das habituais criticas à gestão dos dinheiros públicos, o TC manifesta “reservas” sobre as receitas, despesas e o défice na óptica da caixa, apresentados na Conta Geral do Estado para 2008.

“Não é possível confirmar o valor da receita inscrito na Conta Geral do Estado de 2008, relativamente ao da receita efectivamente obtida” devido ao “incumprimento de disposições legais que regulam a execução e a contabilização das receitas, bem como das deficiências que continuam a verificar-se nos respectivos procedimentos e no sistema de controlo interno”, refere o parecer.

O documento chumba o aval do Estado ao Banco Privado Português (BPP), por considerar que, de acordo com a lei o Governo não poderia ter garantido o empréstimo de 450 milhões de euros que o BPP contraiu junto de outras instituições, por não existirem certezas de que o banco possa pagar o empréstimo.

O TC entende que o Estado avaliou de forma “superficial” as contra-garantias dadas pela instituição. “Se à data da concessão da garantia já existia um elevado grau de probabilidade (…) que a garantia iria ser executada”, não se verifica a obrigação legal que “exige que exista segurança suficiente de que a obrigação a assumir será cumprida pelo garantido”. “Não existindo essa segurança, como aconteceu no caso do BPP, a garantia não poderia ter sido concedida”, conclui. Em resposta, o Ministério das Finanças contrapôs que a garantia do Estado ao BPP é totalmente legal.

O TC levanta também dúvidas quanto ao valor dos activos que o BPP entregou ao Estado como contra-garantia, actualmente estimados em 512 milhões de euros. “A maior parte – sublinha o parecer – é constituído por direitos de crédito vivos e por descobertos em depósitos à ordem que ainda não foram adequadamente analisados pelo Banco de Portugal”.

O parecer do TC alerta também para “o significativo aumento das responsabilidades efectivas do Estado por garantias prestadas em quase 1,8 mil milhões de euros.

MRA Alliance/Jornal de Notícias

Fitch baixa rating do BCP para “B/C”

terça-feira, agosto 4th, 2009

A agência de notação de risco Fitch Ratings baixou o rating individual do BCP de “B” para “B/C”, embora tenha mantido a notação de rating de longo prazo “A+” com “Outlook Estável”, informou o banco em comunicado.

“A Fitch refere que a manutenção do “Outlook Estável” reflecte a opinião que as operações bancárias deverão evoluir favoravelmente no longo prazo, apesar da fraca conjuntura económica, bem como a posição relevante que o banco ocupa no sector financeiro português, sólida rendibilidade operacional antes de imparidades, razoável qualidade dos activos, suporte da liquidez pela boa base de depósitos e melhoria dos rácios de capital”, sublinhou o BCP no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Na quinta-feira a agência de notação de risco Standard & Poor’s (S&P) já revira em baixa os ratings do Millennium BCP devido ao impacto da crise económica nos resultados do banco, mas subiu o outlook de “Negativo” para “Estável”.

Estas alterações seguem-se à divulgação dos resultados semestrais do BCP, apresentados a 29 de Julho. O BCP beneficiou de uma subida homóloga dos lucros de 45,5%, para 147,5 milhões de euros no primeiro semestre do ano.

MRA Alliance/Agências

S & P mudou perspectiva de rating da dívida inglesa para negativa

quinta-feira, maio 21st, 2009

A agência de notação de risco Standard & Poor´s (S & P) confirmou a classificação mais alta – “AAA” – da dívida do Reino Unido mas reviu a perspectiva de “estável” para “negativa”. Com a revisão, a agência informou o mercado que o “rating” da dívida britânica pode ser penalizado nos próximos anos.

“Mesmo assumindo um aperto fiscal adicional, o peso da dívida líquida do governo pode aproximar-se de 100% do PIB e permanecer próxima daquele nível no médio prazo”, referiu a S & P em comunicado.

A agência de rating sublinhou que a dívida poderá tornar-se “incompatível” com uma nota AAA. Para já, a S & P manteve em “AAA” o rating da dívida soberana de longo prazo e o de curto prazo em “A- 1+”.

A decisão da agência norte-americana reflecte a significativa deterioração das finanças públicas do Reino Unido causada pelo galopante endividamento público, pela forte quebra nas receitas fiscais e pelas sombrias perspectivas de recuperação económica até ao final de 2010.

O comportamento dos títulos do tesouro britânico “Gilts”, nos próximos meses, será um indicador seguro sobre o sentimento do mercado relativamente à sustentabilidade da política fiscal e orçamental do governo de Gordon Brown no actual contexto económico fortemente recessivo.

MRA Alliance/Agências

Incumprimento no crédito vai bater recorde, avisa Banco de Portugal

terça-feira, maio 19th, 2009

O relatório de Estabilidade Financeira publicado hoje pelo Banco de Portugal admite a possibilidade de este ano o incumprimento no crédito poder ultrapassar o máximo registado na recessão de 2003.

O Banco de Portugal assinala que “existe a expectativa de um aumento significativo do incumprimento no crédito ao sector privado não financeiro”. Este segmento  registou acréscimos substanciais, desde o final de 2007. 

 

A autoridade monetária alerta para o facto de a gravidade da actual recessão ultrapassar largamente a vivida em 2003, ano em que os incumprimentos atingiram valores recorde.

MRA Alliance/Correio da Manhã

EUA: Prejuízos com dinheiro de plástico são a próxima ameaça para os bancos

domingo, maio 10th, 2009

Os 19 maiores bancos dos Estados Unidos poderão acumular prejuízos superiores a USD 82 mil milhões/bilhões (mm/bi), até ao final de 2010, caso se confirme o pior cenário económico possível traçado pelos analistas da Reserva Federal (Fed), encarregados de avaliar os resultados dos testes de resistência (stress tests) da banca, publicados na passada quinta-feira. O endividamento médio das famílias norte-americanas através de cartões de crédito ascende a USD 8.400 por agregado familiar, segundo o site Economy.com, citado pelo jornal New York Times.

Segundo o diário novaiorquino, as previsões relativamente a incidentes de crédito naquele segmento poderão ser fácilmente ultrapassados desde que a taxa de desemprego ultrapasse os 10%. Nos próximos 20 meses, os bancos Citigroup, JP Morgan Chase e American Express correm o risco de um em cada cinco dos clientes com cartões de crédito não conseguir pagar as prestações. No caso do Bank of America e do Wells Fargo o risco é de um em cada quatro. 

A empresa de consultoria financeira Oliver Wyman estima que os prejuízos com dinheiro de plástico, para os bancos sujeitos ao teste, poderão ultrapassar USD 141 mm/bi, em 2010. O risco para a totalidade do sector bancário norte-americano pode atingir USD 180 mm/bi.

O critério adoptado pelos reguladores esconde grande parte dos prejuízos potenciais ao permitir a utilização de esquemas contabilísticos de rigor e seriedade questionáveis.  

De acordo com o diário novaiorquino, em 2008, os bancos amortizaram apenas 5,5% dos incumprimentos relacionados com créditos concedidos através de cartões electrónicos quando a taxa de desemprego oficial já era de 5,8%. No final do ano passado, a taxa de amortizações chegou aos 6,3%. Os especialistas admitem a possibilidade de a taxa de incumprimento das mensalidades dos cartões poder ultrapassar a taxa de desemprego devido à letal combinação entre crise imobiliária, recessão económica e quebra de confiança dos consumidores.

Históricamente, 2009 deverá ser o pior ano para este segmento do crédito bancário, não apenas pelas sombrias perspectivas económicas mas pela adopção de legislação contra práticas predatórias e usura, para conter a revolta dos consumidores e eleitores.

As empresas estão a ter crescentes dificuldades em controlar incumprimentos. Por seu turno, os consumidores estão a fugir deste meio de financiamento caro, estimulador de gastos irracionais e descontrolados e destruidor da capacidade de aforro.

MRA Alliance/NYT/pvc

Portugal alarga informação na megabase de dados europeia de crédito

terça-feira, abril 7th, 2009

A megabase de dados sobre empréstimos nas mãos dos portugueses – Central de Responsabilidade de Crédito – gerida pelo Banco de Portugal (BdP), vai passar a ter novas funcionalidades, alargando o âmbito da informação disponível e a partilhar, noticía hoje o Jornal de Notícias.

São 237 as entidades bancárias que prestam informação mensal à CRC, entre as quais estão vários bancos centrais europeus, como os de Espanha e Itália, e também empresas de leasing e factoring. O objectivo desta base de dados é apoiar as entidades participantes (bancos) na avaliação dos riscos dos empréstimos.

As entidades participantes comunicam automaticamente ao BdP os seguintes elementos sobre cada beneficiário de crédito: a identificação do beneficiário e o montante das responsabilidades por classe e tipo de crédito. Além da informação sobre os seus clientes, os bancos podem ter acesso à informação de potenciais clientes que queiram obter crédito, “desde que obtenham destas a necessária autorização”, informa o banco central.

O BdP passa também a “ter a possibilidade de acesso ao Número de Identificação Fiscal (NIF) de cada pessoa singular, com o objectivo de inequívoca identificação dos devedores. Esta possibilidade pretende evitar registos diferentes para cada pessoa”.

Além disso, registaram-se também ganhos com o alargamento do período de tempo em que a CRC está disponível, das 8 às zero horas, sete dias por semana.

Qualquer pessoa ou empresa pode saber junto do Banco de Portugal que informação sua consta no CRC. Será informado sobre os montantes concedidos, as instituições que comunicaram a informação, a classe de crédito, o tipo de crédito e informação sobre declarações de insolvência emitidas pelos Tribunais.

MRA Alliance 

Cáucaso: Capitais estrangeiros fogem da Rússia por causa da guerra

segunda-feira, agosto 18th, 2008

O ministro russo das Finanças, Alexei Kudrin, revelou que a fuga de capitais da economia da Rússia, como consequência da guerra no Cáucaso, atingiu os € 4.76 mil milhões/bilhões. O ataque da Geórgia à região separatista da Ossétia do Sul para acabar com o domínio dos rebeldes pró-russos, a 7 de Agosto, assustou os investidores e provocou a maior queda da bolsa moscovita nos últimos dois anos. “As saída de divisas da Rússia atingiram USD 6 mm/bi nba sexta-feira e USD mil milhões/um bilhão na segunda-feira” revelou Kudrin num encontro com jornalistas. O ministro russo previu que o conflito possa prejudicar em USD 30-40 mm/bi as estimativas de entradas de capital estrangeiro durante 2008 avançadas pelo banco central da Rússia. “Penso que as entradas de capitais serão um pouco inferiores aos prognósticos do banco central, devido à continuação da turbulência nos mercados financeiros globais e aos riscos políticos que emergiram nos últimos dias”, disse Kudrin. Em 2007, a Rússia registou um recorde nas entradas de capital estrangeiro, com USD 82 mm/bi (€ 55,64 mm/bi). MRA Dep. Data Mining

EUA: Risco de calotes dos fabricantes automóveis aumenta 95%

terça-feira, agosto 5th, 2008

Um dos três fabricantes de automóveis dos Estados Unidos – General Motors (GM), Ford e Chrysler – quase certamente irá entrar em incumprimento financeiro nos próximos 5 anos, segundo os analistas do UniCredit, um banco italiano especializado na análise do segmento do mercado segurador de créditos CDS (credit-default swaps). Os contratos para cobrir os riscos de USD 10 milhões da dívida da GM passaram a custar USD 4,7 milhões à cabeça, acrescidos de USD 500 mil por ano. Estes dados indicam que o risco de incumprimento financeiro por parte da GM aumentou para os 84%. A Ford tem pelo menos 75% de probabilidades de não liquidar as prestações dos seus empréstimos. O UniCredit calcula que os riscos conjugados de um dos três fabricantes americanos de automóveis não conseguir fundos para financiar as suas operações ultrapassa os 95%. “Um incumprimento pode acontecer em qualquer altura” disse Jochen Felsenheimer, estrategista de crédito do UniCredit, o quarto maior banco europeu. “Os custos indicam que a probabilidade de um dos três grandes se tornar insolvente está próxima dos 100%”, concluiu. MRA/Agências