Archive for the ‘Recursos naturais’ Category

Minérios brasileiros são vistos como recursos estratégicos pelos EUA

terça-feira, dezembro 7th, 2010

O site WikiLeaks divulgou hoje uma lista secreta de locais estratégicos para os EUA que incluem cabos submarinos e jazidas de nióbio e manganês no Brasil. Um telegrama diplomático de 2009 pede às missões do país pelo exterior que atualizem uma lista de infraestrutura e recursos pelo mundo “cuja perda poderia impactar criticamente a saúde pública, a segurança econômica e/ou a segurança interna dos EUA”.

A listagem inclui também, por exemplo, oleodutos e fornecedores de vacina contra varíola que, se fossem atacados por terroristas, poderiam ter um “impacto crítico” na segurança do país, na visão do Departamento de Estado.

A lista inclui comunicações, portos, recursos minerais e empresas de importância estratégica no exterior para os EUA em vários países, desde a Áustria até a Nova Zelândia.

Sobre o Brasil, o documento cita cabos de comunicação submarinos com conexões em Fortaleza e no Rio de Janeiro e jazidas de minério de ferro, manganês e nióbio em Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e em Goiás. Não há, porém, detalhes sobre o porquê dessas instalações serem importantes para o governo americano.

O telegrama diplomático diz que o Departamento de Estado, em coordenação com o Departamento de Segurança Interior, estava pedindo informações às embaixadas sobre locais e recursos que, “se destruídos, teriam um efeito imediato e deletério sobre os EUA”. O texto ressalta que os diplomatas não devem consultar os governos locais sobre o tema.

MRA Alliance/Estadão

Petróleo: Chineses sobem fasquia no pré-sal brasileiro

sábado, outubro 2nd, 2010

sinopec_petrobras.jpgA petroleira espanhola Repsol anunciou ontem a venda de 40% de sua subsidiária brasileira para a chinesa Sinopec por US$ 7,1 bilhões. Foi a maior aquisição do setor no País e a segunda maior feita por uma petroleira chinesa no mundo.

Em busca de garantia de suprimento futuro de petróleo, a China já acumula investimentos de mais de US$ 10 bilhões no País e desponta como a principal interessada nos ativos da OGX, de Eike Batista. Segundo a Repsol, os recursos chineses serão aportados na própria Repsol Brasil, em uma espécie de capitalização. A companhia resultante da operação terá capital de US$ 17,8 bilhões e participação em 22 blocos exploratórios e no campo produtor de Albacora Leste, operado pela Petrobrás.

O valor da operação surpreendeu analistas do mercado financeiro, que projetavam números bem mais modestos, e provocou uma corrida por ações de petroleiras na Europa. A diferença pode ser explicada, em parte, pelo apetite chinês por novas fontes de suprimento de petróleo, que vem resultando em várias aquisições no setor. “A precificação dos ativos é subjetiva. Há outros fatores envolvidos”, comentou o advogado Ricardo Assaf, do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice, que assessorou a Sinopec.

Nesse sentido, a maior operação já realizada por uma petroleira chinesa foi a compra da Addax Petroleum pela própria Sinopec por US$ 7,2 bilhões em 2009. Em maio deste ano, a Sinochem anunciou a compra de 40% do campo de Peregrino, na Bacia de Campos, da norueguesa Statoil por US$ 3,07 bilhões. Sinopec e Cnooc estariam negociando ainda a compra de 30% dos ativos da OGX em Campos.

No Brasil, a Sinopec tem participação em dois blocos exploratórios da Petrobrás na Bacia do Pará-Maranhão.

MRA Alliance/Estado São Paulo

Governo impõe “ordem e disciplina” no negócio da água

sábado, julho 18th, 2009

As empresas públicas e privadas de captação de água para abastecimento público em Portugal passaram a estar obrigadas, a partir de ontem, a uma nova “ordem e disciplina”, depois dos novos contratos de concessão assinados com as administrações de Região Hidrográfica.

O ministro do Ambiente, Nunes Correia, que presidiu à assinatura dos contratos, defendeu as novas regras, no âmbito da Lei da Água, visando concentrar num só organismo a gestão e a fiscalização dos contratos, dar mais segurança à água que se bebe e dar provimento a uma recomendação do Tribunal de Contas.

MRA Alliance/Agências

Brasil: Marinha quer submarino nuclear para defender Amazónia Azul

sábado, maio 23rd, 2009

Amazónia Azul (na parte superior)O submarino de propulsão nuclear brasileiro é essencial para garantir a defesa da Amazónia Azul, uma área marítima equivalente à dimensão da Floresta Amazónica, disse o Comandante da Marinha do Brasil, almirante-de-Esquadra Júlio Soares de Moura Neto, citado hoje pela agência Lusa.

O grande espaço chamado de Amazónia Azul inclui uma área de 4,5 milhões de quilómetros quadrados, equivalente a metade do território brasileiro, possui grande quantidade de recursos – como petróleo, 85% do qual é extraído do mar.

“O submarino de propulsão nuclear é fundamental como um instrumento de dissuasão. Eles são silenciosos e operam em águas rasas. São de muita importância para podermos tomar conta de áreas de proximidade de plataformas e para tomarmos conta da nossa Amazónia Azul”, afirmou o almirante Moura Neto, no Rio de Janeiro.

Desde o início do Programa Nuclear desenvolvido pela Marinha do Brasil, em 1979, foram investidos 1 200 milhões de dólares (cerca de 870 milhões de euros). “Já se gastou muito dinheiro, mas as cifras são muito menos do que outros países já gastaram para chegar ao mesmo estádio”, disse o almirante.

Para encerrar o programa nuclear que envolve o domínio da tecnologia de enriquecimento do urânio, a construção de centrífugas e de um gerador de energia eléctrica que produza a partir da energia nuclear, serão precisos mais mil milhões de reais (360 milhões de euros) até 2014, o equivalente anual a 130 milhões de reais (46 milhões de euros). 

A partir de 2014, o Brasil deverá iníciar a construção do submarino nuclear. Prevê-se que possa estar concluído em 2020.

“Existe no mar uma outra Amazónia tão importante quanto a Amazónia verde, com recursos que precisam ser entendidos, preservados e utilizados”, disse o Comandante da Marinha Brasileira.

Neste contexto, o Brasil reivindica o aumento da plataforma continental, para além das 200 milhas, junto da Comissão de Limites das Nações Unidas. O objectivo é ampliar o património marítimo brasileiro em cerca de um milhão de quilómetros quadrados. Até agora, a ONU libertou apenas 800 mil quilómetros quadrados, área que Brasília considera insuficiente.

“Vamos buscar argumentos técnicos para contrabalançar os argumentos da Comissão de Limite. Vamos lutar por esses 200 mil quilómetros. São limites e a gente não cede um milímetro”, afirmou Moura Neto.

MRA Alliance/Lusa

ONU: Portugal quer duplicar ZEE e concretizar “Descobrimentos do Séc. XXI”

segunda-feira, maio 11th, 2009

Portugal entrega hoje nas Nações Unidas (ONU) a proposta para que a Zona Económica Exclusiva (ZEE) passe dos actuais 1800 milhões de quilómetros quadrados para os 3,6 milhões abrindo um procedimento cuja decisão final só deverá ser tomada, no mínimo, dentro de quatro anos.O secretário de Estado da Defesa e dos Assuntos do Mar, João Mira Gomes, afirmou á agência Lusa que a iniciativa do governo pode ser entendida como “os descobrimentos do século XXI”.

Nos últimos 4 anos, a Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental realizou a proposta a entregar na ONU e que pretende a duplicação da ZEE portuguesa. Para que a ONU “aceite a proposta portuguesa, o projecto tem de provar que existe uma continuidade geológica entre a nossa plataforma actual e o resto, encontrar denominadores e composições comuns através das amostras”, disse à Lusa o secretário de Estado.

“A energia é um dos aspectos essenciais, não só as energias fósseis, como o petróleo ou o gás, mas também os minérios e moléculas que podem ser utilizadas na indústria farmacêutica. Tudo isto são áreas que existem (no espaço marítimo nacional) embora não saibamos ainda toda a sua dimensão e todo o seu valor, apesar de sabermos que nos dias de hoje estes são sectores muito importantes”, disse Mira Gomes. Outra situação avaliada com aquele aumento é a possibilidade de se iniciar “o armazenamento no fundo do mar de dióxido de carbono na atmosfera”.

MRA Alliance/Agências 

Rússia é o segundo maior produtor mundial de diamantes

sábado, junho 28th, 2008

A Rússia é o segundo maior produtor de diamantes do mundo, informou hoje o Jornal de Angola. A produção russa representa 25% da extracção mundial. Segundo o periódico de Luanda, os números oficiais mantidos secretos pelo governo de Moscovo, deverão ter atingido USD 2,57 mil milhões em valor e ultrapassado os 38 milhões de quilates em volume. O mineral precioso abunda em Yakutia, região do leste da Sibéria. O país tem uma capacidade de produção de diamante polido por ano, avaliada entre 650 e 800 milhões de dólares. A distribuição de diamantes na Rússia faz-se através da Diamond Chamber of Russia e da Moscow Diamond Bourse, membro da World Federation of Diamond Bourses. MRA-Dep. Data Mining

Pólo Norte: Acordo de cooperação na Cimeira do Árctico

quinta-feira, maio 29th, 2008

Os cinco países ribeirinhos do Árctico, reunidos na Gronelândia, afirmaram a vontade de cooperar para proteger o ambiente marinho da região, no final de um encontro ministerial para discutir os diferendos sobre as suas pretensões territoriais. Na declaração final, os ministros e representantes do Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Noruega e Rússia «comprometeram-se a tomar medidas em conformidade com as leis internacionais e nacionais para assegurar a protecção e a preservação do frágil ambiente marinho do Oceano Árctico». O encontro visou apaziguar os diferendos dos últimos anos entre os vizinhos árcticos numa zona onde o aquecimento global descongela o acesso a importantes riquezas naturais e abre novas rotas marítimas. A corrida às riquezas potenciais do Árctico acelerou-se em consequência das alterações climáticas, que, se prosseguirem, criarão boas condições para os transportes marítimos e a exploração de recursos ainda inexplorados no subsolo marinho. MRA/Agências

Inflação agro-alimentar e petróleo acentuam desigualdades, pobreza e ameaçam paz mundial

terça-feira, abril 29th, 2008

Especialistas internacionais, da ONU/FAO à OMC passando pela OCDE, convergem num ponto: a combinação da inflacão agro-alimentar e energética vai tornar o mundo mais inseguro, mais pobre e mais desigual. Os ambiciosos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) para 2015 não estão apenas comprometidos. São inexequíveis e pura ficção. Os profetas do crescimento e do desenvolvimento perpétuos atiraram o mundo para um beco sem saída.

Ou consumimos menos e de forma mais inteligente, ou dentro de alguns decénios não teremos dinheiro suficiente para comprar comida, combustíveis e medicamentos para tratarmos as doenças que, crescentemente, vão diminuir a nossa qualidade de vida. Mais…

MRA – Dep. Data Mining

Menos 50% de água até 2050 no Médio Oriente, diz Banco Mundial

sexta-feira, abril 11th, 2008

A oferta de água por habitante deve cair para metade no mundo árabe até 2050, em razão da diminuição do volume de chuvas e do aumento da população, advertiu ontem o BIRD (Grupo Banco Mundial). Um relatório do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento, indica que, apesar de o nível actual de recursos hídricos se manter, a explosão demográfica da região e a redução de, no mínimo, 20% das chuvas agravarão a já “crítica” situação dos recursos hídricos da região.

O estudo revela que há um excesso de exploração dos recursos renováveis nos países do Oriente Médio e o Norte da África, e diz que o custo dos problemas ambientais ligados à água consome entre 0,5% e 3% do PIB (Produto Interno Bruto) dos países daquelas regiões. Face à complexidade da situação, os especialistas do BIRD sugerem um melhor planeamento para evitar medidas drásticas. Apesar das perspectivas pessimistas, a instituição acredita que já existem as soluções técnicas e políticas necessárias para resolver o problema.

Recorde-se que se realizou em Março passado, em Berlim, uma conferência internacional sobre formas de prevenir conflitos devido ao futuro agravamento da escassez de água. Por outro lado, segundo um relatório aprovado em 2007, em Valência, pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) o aquecimento global, em 2020, colocará entre 75 milhões e 250 milhões de africanos a viver sem acesso a água potável.

Fonte: MRA/Agências

CVRD enfrenta crescentes desafios no mercado asiático

terça-feira, março 25th, 2008

CVRD - jazidas de ferro - CarajásA Rio Tinto, a gigante mineradora anglo-australiana, declarou que deseja trabalhar com grupos estatais chineses para desenvolver projetos no exterior, no que parece ser uma tentativa deliberada de aprofundar laços com o seu mais importante cliente. Os comentários de Tom Albanese, executivo-chefe da companhia, coincidem com uma crescente e amarga disputa entre a China e a Rio Tinto, e outras mineradoras da Austrália, sobre os preços do minério de ferro. A Rio Tinto tem uma grande presença chinesa na sua base accionista, após a Aluminium Corporation of China (Chinalco) comprar 9% de participação na mineradora, por US$ 14,1 bilhões.

A compra da participação anunciada pela Chinalco, em conjunto com a Alcoa, coloca a estatal chinesa no centro da investida da BHP Billiton, maior mineradora do mundo, para assumir o controle da Rio Tinto – que tem rejeitado a aproximação. Albanese disse que a Rio Tinto não está em “discussões activas” com nenhum grupo chinês sobre negócios no exterior, mas acredita que tal cooperação poderia trazer benefícios para ambas as partes. O executivo sugeriu que a experiência técnica e de engenharia das empresas chinesas poderia combinar bem com a capacidade da Rio Tinto “para encontrar depósitos de minério de classe mundial”.

Recentemente, a mineradora brasileira CVRD – Companhia Vale do Rio Doce – fechou acordos com siderúrgicas do Japão e da China para um aumento de 65% a 71% nos preços dos contratos de minério de ferro. A Rio Tinto e a BHP, no entanto, exigem mais, acusando a Vale de não reflectir no preço a desvantagem dos custos de transporte – o Brasil é três vezes mais longínquo do norte da Ásia do que a Austrália. MRA/Agências

Dia Mundial da Água: Recurso escasso e caro exige novas políticas

sábado, março 22nd, 2008

O Dia Mundial da Água, comemora-se hoje, com um alerta da comunidade científica: no futuro próximo, este bem universal e indispensável à vida, pode tornar-se cada dia mais escasso e caro, se não foram tomadas medidas contra o desperdício e a poluição. Pior, a escassez será uma nova fonte de conflitos e guerras, semelhante aos provocados pelo petróleo desde o século XX.

A data foi instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em 22 de Fevereiro de 1993. A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento chamou à atenção para a questão da escassez da água. A ONU insiste que é urgente solucionar o problema, através de políticas ambientais mais exigentes e rigorosas, e de estímulos à preservação dos aquíferos e ao consumo racional da água potável.

A Terra é constituída por dois terços de água. Porém a esmagadora maioria não é potável nem tem aproveitamento industrial. A equação Água/Terra é ilustrativa da importância estratégica deste recurso: a maioria dela (97.2%) é salgada e forma os oceanos; os recursos potáveis, mas gelados (2,5%), circulam pelos pólos e glaciares. O restante (0,5%) disponível para consumo humano está disperso por aquíferos, lençóis freáticos, lagos e rios alimentados e reciclados com água da chuva. Dos 6,3 mil milhões de habitantes do planeta, mais de mil milhões consomem água contaminada. Cerca de cinco milhões de pessoas morrem anualmente por consumirem água poluída. Fonte: World Business Council for Sustainable Development.

ONU afirma que violência em Darfur é “estratégia militar deliberada”

quinta-feira, março 20th, 2008

darfur - guerraA violência contra civis em Darfur, em três ataques executados pelo Exército sudanês nos últimos dois meses, que causaram pelo menos 115 mortos, demonstram uma “estratégia militar deliberada”, afirma um relatório do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos. “A magnitude dos destroços em bens civis, particularmente em objectos indispensáveis para a sobrevivência da população, faz pensar que estas destruições fazem parte de uma estratégia militar deliberada”, destaca o relatório. Fonte: EFE

Artigo relacionado/MRA Dep. Data Mining:

Controlo de Darfur, petróleo e urânio são os alvos prioritários, não a “crise humanitária”

Moçambique: Índia pretende adquirir minas de carvão

quarta-feira, março 19th, 2008

carvao-mocambique.jpgAs empresas estatais indianas de energia e recursos minerais pretendem conseguir a exploração de minas de carvão em Moçambique informou, em Nova Deli, Dasari Narayana Rao, vice-ministro do Carvão da Índia.

No parlamento indiano, o governante disse que as empresas NTPC, Steel Authority of India, NMDC, Rashtriya Ispat Nigam e Coal India vão constituir empresa-mistas para a aquisição de activos no estrangeiro, entre os quais a ex-colónia portuguesa.

Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a Índia e a China serão responsáveis por um aumento de 73% na procura mundial de carvão até 2030, da ordem dos 5 000 milhões de toneladas, equivalentes à capacidade energética do petróleo. Em 2005 ambos consumiram conjuntamente cerca de 2 900 milhões de toneladas. Fonte: Reuters