Archive for the ‘Rating’ Category

S&P corta ‘rating’ de Itália

terça-feira, setembro 20th, 2011

A agência de notação financeira informa, em comunicado, que desceu o ‘rating’ de Itália de A+ para A, mantendo o ‘outlook’ negativo, o que indica a possibilidade de um novo ‘downgrade’ nos próximos meses. Isto apesar de Itália ter aprovado este mês um pacote de austeridade de 54 mil milhões de euros, para convencer o Banco Central Europeu (BCE) a comprar títulos de dívida italiana no mercado secundário.

A S&P justifica o corte com a sua previsão de um fraco crescimento da economia italiana A agência reviu em baixa a expansão do PIB de Itália para um ritmo médio anual de 0,7% entre 2011 e 2014, contra a anterior projecção de um crescimento de 1,3%. “Acreditamos que o ritmo reduzido da actividade económica italiana até à data irá fazer com que sejam difíceis de atingir os objectivos orçamentais do Governo”, explica a S&P.

MRA Alliance/DE

Moody’s corta rating dos bancos Société Générale e Crédit Agricole

quarta-feira, setembro 14th, 2011

A agência de notação Moody´s baixou hoje o rating dos bancos franceses Société Générale e Crédit Agricole. No caso do Crédit Agricole, a Moody´s atribui agora a classificação “Aa2” contra a “Aa1” anterior, numa decisão justificada com a exposição da instituição à Grécia. Já a Société Générale vê a sua classificação passar de “Aa2” para “Aa3”.

A agência manteve, no entanto, a nota do BNP Paribas, que se mantém  sob “vigilância negativa”, o que significa que a instituição bancária não está isenta do risco de degradação. A Moody´s alertou em meados de Junho que podia baixar a nota dos três bancos face à sua exposição à Grécia.

MRA Alliance/DE

Ratings de três grandes bancos franceses em risco

segunda-feira, setembro 12th, 2011

Os bancos franceses BNP Paribas, Société Générale e Credit Agricole poderão esta semana ser objecto de um corte na notação da sua saúde financeira por parte da agência de rating norte-americana  Moody’s.

Fontes próximas do processo revelaram à agência financeira de notícias Bloomberg que a Moody’s, após ter colocado as três instituições bancárias francesas sob observação negativa, em Junho, prepara-se para cortar o ‘rating’ destes bancos devido à exposição que têm à dívida e a activos gregos.

Quando colocou o ‘rating’ em revisão, a Moody’s explicou que iria analisar “uma potencial inconsistência” entre o impacto de  uma eventual reestruturação da dívida soberana grega, ou de uma situação de incumprimento das autoridades helénicas no pagamento dos juros aos credores, com as notações de risco daqueles bancos.

MRA Alliance/DE

Agência de notação independente dos EUA diz as verdades inconvenientes…

sábado, setembro 10th, 2011

A Weiss Ratings, agência independente de notação financeira dos Estados Unidos, baixou ontem a classificação do Bank of America (BofA) para lixo (de D+ para D), confirmando crescentes rumores em Wall Street que admitem a possibilidade de o maior banco norte americano em activos – mais de USD 2,2 triliões (2,2 biliões na terminologia europeia) – correr sérios riscos de falência e de poder vir a ser nacionalizado pela administração Obama.

Entre Outubro de 2007 e Setembro de 2011 a cotação do banco passou de cerca de USD 50 (cinquenta) para menos de USD 7 (sete), por acção. Comparado com outras empresas cotadas que apresentam um similar nível de risco, os títulos do Bank of America , no entender da Weiss Ratings, “representam um mau investimento com base na sua cotação e valorização actuais”.

Na semana que agora termina, a agência de notação norte-americana para além de ter reafirmado a notação da dívida soberana dos Estados Unidos em “C–” anunciou ter baixado a notação de seis países europeus, conforme o quadro seguinte:  

Weiss Ratings – Dívidas Soberanas

País Novo
Rating
Rating           Anterior
Áustria C+ B+
Bélgica C– C
República Checa C C+
Finlândia C– C
Suíça B+ A–
Turquia C – C
© 2011 Weiss Ratings. All rights reserved.
Escala Weiss Ratings: A = excelente, B = bom, C = razoável, D = fraco, E = muito fraco; mais/menos = parte superior/inferior da notação.

Afectados por modestos desempenhos em termos de crescimento do PIB e pela evolução das dívidas soberanas dos chamados PIIGS – Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha – todos os países agora analisados foram penalizados  pelos mercados financeiros, nos últimos meses,com particular destaque para os casos da Áustria e da Turquia, refere a agência.

O caso turco foi basicamente agravado pela sua proximidade e dependência do enfraquecido Mercado Único. O problema da proximidade contagiou igualmente a economia suíça. O banco central helvético teve mesmo que, no início da semana, tomar medidas drásticas para defender a sua moeda ao tê-la indexado ao euro e fixado o valor mínimo da moeda única em 1,20 francos suíços.

O analista financeiro da Weiss Ratings, Gavin Magor justificou as novas classificações pelo facto de “à medida que o contágio financeiro europeu se alarga para além dos óbvios candidatos [PIIGS], outras nações têm que adoptar severos programas de austeridade ou pagar juros mais altos aos compradores dos seus títulos de dívida.”

A qualidade das análises da Weiss Ratings é demonstrada por uma taxa de sucesso de 98% nas falências bancárias decretadas em 2011, nos Estados Unidos. Entre 68 acertou em 66…

MRA Alliance

Pedro Varanda de Castro, Consultor

Fitch penaliza Chipre e bancos cipriotas

sexta-feira, agosto 12th, 2011

A agência de notação financeira Fitch baixou a nota e as perspectivas do Banco do Chipre (BC), a maior entidade bancária do país, um dia depois de ter cortado o ‘rating’ da dívida soberana da ilha em dois escalões (de A- para BBB), colocando-a sob observação negativa.

A agência baixou também de «estável» para «negativa» as perspectivas do Marfin Popular Bank’s (MPB) e Hellenic Bank (HB), que mantiveram, contudo, a nota ‘BBB-‘.

Segundo o comunicado da Fitch, citado pela Efe, a nota do BC baixou de ‘BBB+’ para ‘BBB-‘, enquanto a sua perspectiva também passou a ‘negativa’.

MRA Alliance/Agências

Standard & Poor`s admite nova descida do rating dos EUA

segunda-feira, agosto 8th, 2011

O director-geral da agência de notação Standard & Poors (S&P), John Chambers, considerou hoje que o rating da dívida norte-americana poderá voltar a baixar. Também o director da empresa, David Beers, se pronunciou no mesmo sentido, ao reagir às críticas que o Ministério das Finanças dos Estados Unidos tinha emitido sobre a decisão da S&P, de baixar a nota da dívida de AAA para AA+.

Chambers falava à cadeia de televisão ABC e admitiu nessa entrevista que há uma possibilidade em três de a S&P proceder a uma segunda redução do rating da divida dos Estados Unidos nos próximos seis a 24 meses. O director-geral da agência identificou o longo impasse político na negociação sobre o texto da dívida como facto decisivo para a degradação do respectivo rating.

Segundo Chambers, a comissão fiscal bipartidária criada em 2010 pela Administração Obama “fez recomendações prudentes” para reduzir a dívida nacional, incluindo um corte nos gastos, mas “é uma pena que essas recomendações não tenham tido seguimento”.

Entretanto, um outro director da S&P, David Beers, falava à Fox News para defender a decisão da agência face ás duras críticas que lhe dirigira o Ministério das Finanças dos Estados Unidos. Este apontara-lhe o erro de não tomar em conta dois biliões de dólares no seu cálculo sobre a dívida – segundo aquele Ministério, “um erro matemático fundamental, com consequências importantes”. Para Beers, a crítica é uma “distorsão total”. E, acrescentou, persiste o risco de uma nova degradação do rating.

As outras duas grandes agências de rating não acompanham por enquanto o passo da S&P: a Moody’s acha-o “prematuro”, ao passo que a Fitch disse estar ainda a “reflectir”, ambas segundo citação do New York Times.

MRA  Alliance

Credores dos EUA reagem à diminuição da notação da dívida americana

sábado, agosto 6th, 2011

Credores dos Estados Unidos reagiram este sábado com moderação à diminuição da classificação da dívida norte-americana, mas a agência oficial da China, o país que é o primeiro credor de Washington, exortou-os a deixarem de viver acima dos seus meios.

A agência de notação financeira Standard and Poor’s cortou na sexta-feira para AA+ a classificação da dívida norte-americana, o que acontece pela primeira vez na história do país. Referindo “riscos políticos” ligados à dívida pública dos Estados Unidos, a agência retirou a classificação AAA, de que beneficiam os emissores de títulos mais seguros.

A China, de longe o maior credor dos Estados Unidos, considerou que a agência apenas confirmou uma “verdade horrível”. Pequim, que possuía em maio cerca de 1.160 mil milhões de dólares de títulos do Tesouro norte-americanos, “tem agora todos os direitos de exigir que os Estados Unidos tratem do problema estrutural da sua dívida”, afirmou a agência oficial Nova China.

Segundo o ministro da Economia, Finanças e Indústria francês, François Baroin, Paris tem “total confiança na solidez da economia norte-americana e nos seus fundamentos”.  O Japão, segundo credor dos Estados Unidos, afirmou que a sua política de compra de títulos dos EUA se mantém inalterada.”A nossa confiança nos títulos do Tesouro norte-americanos e o seu interesse como investimento não mudará devido a essa acção”, declarou um responsável governamental nipónico à Dow Jones Newswires.

Na Coreia do Sul, altos responsáveis do Ministério das Finanças realizaram hoje uma reunião de urgência para analisar as consequências da diminuição da classificação, mas o governo alertou contra uma reacção exagerada. “Não precisamos de ficar muito preocupados com a nossa economia ou com os mercados financeiros”, declarou o vice-ministro das Finanças, Yim Jong-Yong.

A primeira-ministra australiana, Julia Gillard, apelou os mercados à calma, indicando que “as duas outras grandes agências, Moody’s e Fitch, continuam a classificar a economia norte-americana de AAA”. Para o ministro das Finanças indiano, “a situação é grave”, mas Pranab Mukherjee adiantou que a análise do impacto “vai levar algum tempo”.

A maior parte dos índices bolsistas mundiais caíram fortemente na quinta-feira e na sexta-feira devido a preocupações com a “saúde económica” dos Estados Unidos e com a crise da dívida na zona euro.

MRA Alliance/JN

Itália: Procuradores fazem buscas aos escritórios da Moody’s e S&P

quinta-feira, agosto 4th, 2011

A agências de ‘rating’ são suspeitas de estarem envolvidas em movimentos anómalos nas cotações de acções italianas.  A  justiça  iniciou por isso uma investigação à Moody’s e à Standard & Poor’s por as agências de ‘rating’ serem suspeitas de envolvimento em movimentos anómalos nas cotações de acções italianas, segundo a Reuters.

Segundo um membro do Ministério Público, citado pela Reuters, a medida justifica-se para “verificar se estas agências respeitam os regulamentos enquanto desenvolvem o seu trabalho”. Os procuradores italianos pediram ainda informações ao regulador financeiro do país sobre a actividade das agências de ‘rating’.

Em reacção, a Moody’s referiu que irá cooperar com as autoridades e a S&P disse que irá defender a sua integridade e a dos seus analistas. A investigação acontece depois do Ministério Público ter recebido queixas, em 2010, sobre o impacto dos relatórios das duas agências nas cotações da bolsa italiana.

Em Portugal, a Procuradoria-Geral da República também abriu uma investigação às agências de ‘rating’, depois de uma queixa de um grupo de economistas sobre a responsabilidade destas entidades na crise financeira nacional.

MRA Alliance/DE

Agência chinesa vai baixar o rating dos EUA

domingo, julho 31st, 2011

A agência chinesa de rating Dagong confia num acordo sobre a dívida norte-americana até terça-feira, mas alerta que vai baixar a nota dos EUA, atualmente de A+, devido à capacidade «insuficiente» do país de criar riqueza real.

Em entrevista à Agência Lusa por telefone a partir de Macau, o presidente da Dagong, Guan Jianzhong, afirmou acreditar que democratas e republicanos «irão tentar as medidas que forem necessárias para chegarem a um acordo» sobre o aumento do teto da dívida, evitando que os EUA entrem em incumprimento pela primeira vez na sua história.

«Penso que poderão alcançar um compromisso antes de 02 de agosto, caso contrário as consequências serão extremamente graves, pensamos que serão mesmo mais graves do que a crise financeira de 2008, porque todo o sistema financeiro e de crédito iria entrar em colapso», observou.

MRA Alliance/DD

Fitch adia revisão do rating da dívida portuguesa para Outubro

quinta-feira, julho 28th, 2011

A Fitch vai decidir o eventual corte de ‘rating’ de Portugal, actualmente em ‘BBB’ com ‘outlook’ negativo, no quarto trimestre, revela a agência de notação financeira num relatório, citado pela Reuters.

A revisão da classificação da dívida da República terá em contra três aspectos: a melhoria das condições do fundo europeu de estabilização financeira (FEEF), anunciadas na cimeira do Eurogrupo de 21 de Julho, a primeira avaliação do programa de ajustamento financeiro por parte da Troika (em meados de Setembro), incluindo os progressos do plano de privatizações, e uma nova avaliação das perspectivas económicas e orçamentais de Portugal de médio prazo.

A agência de notação financeira sublinha que o “principal foco” na sua análise sobre Portugal será “a perspectiva de recuperação económica e o progresso em colocar as finanças públicas numa trajectória sustentável”.

Se tal não acontecer até 2013, a agência assumirá que Portugal precisará de um novo resgate, acompanhado de uma reestruturação da dívida, tal como aconteceu à Grécia. Por este motivo as agências Moody’s e Satandard & Poor’s cortaram o ‘rating’ grego para um nível próximo de incumprimento.

MRA Alliance/DE

Novo resgate à Grécia implica incumprimento parcial, diz Fitch

sexta-feira, julho 22nd, 2011

Os termos do segundo programa financeiro que os líderes da zona euro acordaram ontem para a Grécia pressupõe uma entrada em incumprimento parcial da dívida e levará a uma descida do rating para esse nível, confirmou hoje a agência de notação Fitch, citada pelo Público.

Apesar de considerar “positivo” o acordo sobre o pacote grego, a agência norte-americana frisa que os termos do plano prefiguram uma alteração das condições iniciais dos empréstimos já concedidos a Atenas. Segundo os critérios de avaliação da Fitch, isto representa um incumprimento parcial da dívida.

O novo pacote inclui uma modificação das regras do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) com um empréstimo de 109 mil milhões de euros por este fundo de socorro que inclui uma contribuição dos credores privados (50 mil milhões), através da reestruturação da dívida. O reescalonamento ou a renovação da dívida são considerados pelas agências de rating como provas de entrada em incumprimento.

David Riley, o analista da Fitch que assina a nota emitida hoje sobre os termos do novo pacote europeu, sublinha, no entanto, que a revisão da nota da dívida da Grécia – avaliada actualmente pela agência em CCC, correspondente a default – será seguida de novas atribuições de rating aos títulos de dívida helénica que forem emitidos. Isso significa que o efeito positivo (de que fala a agência) que resulta do prolongamento das maturidades da dívida grega será tido em conta em novas notações. Durante o período de vigência do acordo caberá ao FEEF a emissão de garantias sobre os títulos de dívida helénica.

A concordância dos termos do acordo pelo BCE e pelos bancos privados, deram à cimeira de ontem a capacidade para viabilizar o cumprimento imparcial da dívida grega sem abrir novas guerras com as agências norte-americanas de avaliação de risco.

MRA Alliance

Portugal: Exposição à dívida soberana é o maior risco da banca portuguesa, diz Fitch

quarta-feira, julho 20th, 2011

A exposição da banca portuguesa à dívida soberana do País é significativa, estando compreendida entre 59% e 183% do “core capital”. O alerta é lançado pela agência de “rating” Fitch no seu terceiro relatório dedicado à análise dos testes de stress, cujos resultados foram divulgados na semana passada. Os quatro bancos portugueses submetidos aos testes de resistência – Grupo BES, BPI, BCP e CGD – passaram nas provas.

A Fitch salienta que todos os bancos poderão ser significativamente afectados por um potencial “haircut” de 25% sobre a dívida soberana apresentada nos balanços. Essa dívida tem, na sua grande maioria, maturidades de médio prazo. “Haircut”, recorde-se, é a perda de capital e/ou juros resultante da renegociação da dívida ou do incumprimento no pagamento dos juros ou reembolsos.

Segundo o relatório da agência norte-americana de rating, o rácio “Tier 1” resultante cairia para 3,7% no caso do BPI, para 4,6% na CGD e para 4,7% no Millennium bcp. “Isto sublinha a vulnerabilidade do capital aos choques soberanos e a necessidade de um reforço adicional dos seus níveis de capital devido aos crescentes receios em torno da dívida soberana”, refere o documento.

A agência espera que os bancos nacionais reforcem os seus rácios de capital. , Os bancos deverão ter um “Core Tier 1” de 9% no final de 2011 e de 10% no final de 2012. “Se os bancos não conseguirem [estes níveis], terão de recorrer ao fundo de recapitalização de 12 mil milhões de euros providenciado pela UE e pelo FMI no âmbito do pacote de resgate a Portugal no valor de 78 mil milhões de euros”, diz a Fitch .

A agência norte-americana conclui dizendo que os “ratings” para a dívida de longo prazo dos bancos portugueses continuam sob vigilância negativa.

MRA Alliance/Agências

Agências de rating podem precipitar nova crise”, diz Stiegliz

sábado, julho 16th, 2011
Joseph Stiglitz, Prémio Nobel de Economia em 2001, afirmou que as agências de notação financeira podem estar “a precipitar uma nova crise financeira”, depois de se manifestar cético em relação às suas avaliações, noticia o semanário Expresso.
Stiglitz fez as afirmações ontem, em Luanda, onde foi o orador principal da conferência “A Crise Financeira Internacional: Riscos e Oportunidades para as Economias Emergentes como Angola”, organizada pelo jornal Sol e a revista Foreign Policy Lusófona.

Para o Prémio Nobel, as agências de ‘rating’ têm dois problemas, o do modelo de negócio e o da capacidade técnica dos seus analistas. Sobre o modelo de negócio, considerou-o “ultrapassado”, porque as agências “são pagas pelas pessoas a quem atribuem as classificações no sector privado”.
Desta forma, acrescentou, “sentem-se obrigadas a dar melhores classificações às empresas de produtos bancários, por exemplo”.

O ceticismo do antigo chefe do Conselho dos Consultores Económicos da Casa Branca na administração Clinton e ex-economista-chefe do Banco Mundial, estende-se também à capacidade dos recursos humanos das agências de ‘rating’ de fazer “avaliações credíveis”. Stiglitz afirmou que “normalmente as suas avaliações não têm qualquer fundamento científico”.

Acrescentou ainda que “as agências de ‘rating’ têm um historial muito negativo em termos de notações, que têm sido fonte de instabilidade. Por exemplo, deram boas classificações às empresas de hipotecas [nos Estados Unidos], o que desempenhou um papel preponderante na crise financeira”.

MRA Alliance

Moody’s corta rating da CGD, BCP e BES para “lixo”

sexta-feira, julho 15th, 2011

A agência de notação financeira Moody’s cortou hoje o rating a sete bancos portugueses. Dos quatro submetidos aos testes de stress europeus, que superaram com nota positiva, apenas o BPI escapou a um corte da sua nota de risco da dívida para “lixo”. O seu rating desceu, ainda assim, para a classificação Ba1, um nível acima do nível em que está avaliada a dívida da República portuguesa.

A Espírito Santo Financial Group, holding que detém o BES viu também a sua nota descer de Baa1 para Ba2 (o mesmo nível da classificação da dívida do Estado).

A nota do banco presidido por Faria de Oliveira foi a que mais caiu, três níveis (até agora, estava classificado em Baa1). A nota da instituição liderada por Carlos Santos Ferreira caiu um nível (de Baa3) e a do banco presidido por Ricardo Salgado desceu dois níveis, de (Baa2).

O BPI viu também o seu rating revisto em baixa, mas foi das quatro instituições portuguesas que foram a provas a única cuja avaliação não caiu para o nível “lixo”. Ficou em Baa3, a um passo do nível em que está classificado como não tendo categoria de investimento.

A redução em um nível da dívida do Santander Totta, de A3 para Baa1, deixa também este banco a dois níveis da classificação de “lixo”.

Já o Montepio, que estava avaliado como “lixo”, viu a sua nota cair de Ba1 para Ba2 (o mesmo nível da classificação da dívida do Estado).

A revisão decorre do corte (para “lixo”) que a mesma agência fez à nota de risco da dívida de Portugal a 5 de Junho. Já depois disso, a dívida com garantia estatal emitida pela CGD, BCP e BES baixou igualmnente para “lixo”.

MRA Alliance/Público

Moody’s coloca rating dos EUA sob vigilância negativa

quarta-feira, julho 13th, 2011

A agência de notação colocou o rating de ‘AAA’ dos Estados Unidos sob revisão para possível downgrade, pela primeira vez desde 1995. Os Estados Unidos têm “triplo A” desde 1917.

A Moody’s justifica a decisão com a falta de consenso político em relação ao aumento do limite do endividamento dos Estados Unidos, actualmente em 14,3 biliões de dólares, que pode levar  o país a uma situação de default.

Os ratings “triplo A” das instituições financeiras directamente ligadas ao governo norte-americano, incluindo a Fannie Mae e a Freddie Mac, também foram colocados em vigilância negativa.

A Standard & Poor’s colocara o ‘rating’ dos EUA sob vigilância negativa a 18 de Abril, alertando que o país perderia a nota máxima a menos que os responsáveis políticos acordassem um plano para reduzir o défice e a dívida nacional até 2013.

O porta-voz da Câmara baixa do Congresso, John Boehner, disse hoje que não há garantias de que o limite do endividamento dos Estados Unidos seja aumentado se não houver um acordo até 2 de Agosto. “É arriscado”, disse, citado pela Associated Press.

MRA Alliance/DE

Agência chinesa prepara-se para baixar rating da dívida dos EUA

quarta-feira, julho 13th, 2011

A agência de rating chinesa Dagong anunciou hoje que está a poderar a possibilidade de rever em baixa a notação da dívida soberana dos Estados Unidos independentemente de o Congresso chegue a acordo sobre aumento dos limites de endividamento.

“Se o limite da dívida for aumentado e a dívida pública continuar a aumentar isso continuará a prejudicar a capacidade de pagamento da dívida norte-americana, que é um dos factores chave da nossa avaliação, pelo que consideraremos o abaixamento da notação em conformidade,” disse Guan Jianzhong, presidente e CEO da Dagong.

“Caso não seja aprovado o aumento do limite de endividamento e os EUA ficarem confrontados com a possibilidade de incumprimento, o rating será reduzido de forma imediata e substancial,” acrescentou Guan.

Actualmente o rating da Dagong para a dívida norte-americana é de A+, bastante mais baixa do que a notação AAA (triple A, valor máximo) atribuída pelas suas congéneres americanas.

MRA Alliance/China Daily

EUA: Dívida de latão com rating de ouro

quarta-feira, julho 13th, 2011

A dívida pública dos EUA ultrapassa os 14 triliões (mil biliões) de dólares, quase igual ao Produto Interno Bruto (PIB), mas as finanças do país goza do rating mais elevado do mundo por poder fabricar dólares a seu bel prazer.

Os Estados Unidos registam uma dívida equivalente a 98% da riqueza produzida e um défice orçamental de 9%. No entanto, as três agências de rating que dominam o mercado mundial – S&P, Moody’s e Fitch – dão-lhe a nota máxima (AAA), considerando practicamente nula a possibilidade de o país não pagar o que deve aos credores.

Este ano, a dívida pública norte-americana deverá ultrapassar os 15 triliões (mil biliões)  de dólares, devendo crescer até aos 20 triliões (mil biliões), em 2016.

De acordo com as previsões orçamentais da administração Obama, o défice norte-americano vai atingir o valor mais alto de sempre este ano. A redução só começará a partir de 2012, sobretudo à custa do aumento da receita.

MRA Alliance/AF

Moody’s corta rating da Irlanda para “lixo”

quarta-feira, julho 13th, 2011

A agência de notação Moody’s, à semelhança do que recentemente fizera a Portugal e à Grécia, baixou hoje em um escalão o rating da dívida soberana da Irlanda, passando do nível Baa3 para Ba1, considerado “lixo”.

A agência, em comunicado, justifica a decisão com a “crescente possibilidade” de o governo irlandês necessitar de “mais financiamento”
quando o atual fundo de ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional acabar em 2013.

Para receber financiamento adicional e poder regressar ao “mercado privado”, também é provável que necessite da “ajuda do sector de
crédito privado”, acrescenta a nota.

MRA Alliance/Agências

Comissária europeia propõe desmantelamento de agências de rating

segunda-feira, julho 11th, 2011

A comissária europeia para a Justiça, Viviane Reding, propôs hoje o desmantelamento das três agências de “rating” norte-americanas Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch, em declarações ao jornal alemão Die Welt.

“A Europa não pode permitir que o euro seja destruído por três empresas privadas norte-americanas”, disse a comissária luxemburguesa, exigindo mais transparência e mais concorrência na avaliação de Estados pelas referidas agências.

“Só vejo duas soluções, ou os Estados do G-20 decidem desmantelar o cartel das três agências de ‘rating’ norte-americanas, e de três agências fazer seis, por exemplo, ou criar agências de ‘rating’ independentes na Europa e na Ásia”, acrescentou Reding.

A controvérsia em torno das agências de “rating” em questão – que têm sede em Nova Iorque e, por isso, estão fora da esfera de influência da União Europeia – reacendeu-se na semana passada, depois de a Moody’s ter baixado em três níveis a notação da dívida pública de Portugal, passando a classificá-la como lixo.

Por seu turno, o Comissário Europeu para os Mercados Financeiros, Michel Barnier,anunciou hoje pretender que a UE impeça aquelas agências de avaliar o ‘rating’ dos países que beneficiam de um plano de ajuda internacional. Barnier disse ser sua “intenção pedir à presidência polaca da União Europeia para colocar este assunto na agenda do próximo Ecofin”. 

Paralelamente, a líder da delegação do PS no Parlamento Europeu, Edite Estrela, propôs hoje, em Bruxelas, a criação de uma comissão parlamentar especial de inquérito ao funcionamento das agências de notação de risco muito criticadas nos últimos dias. A deputada socialista enviou uma carta aos restantes 21 eurodeputados portugueses, independentemente da cor política, para que cada um defenda junto da sua família europeia a criação desta comissão especial. 

A Comissão Europeia deverá apresentar propostas concretas em Novembro para aumentar a supervisão e a regulamentação destas empresas, mas o projecto de criação de uma agência de notação europeia está a ter resistências, pelo menos por parte do Reino Unido e do Banco Central Europeu, que têm dúvidas sobre a sua futura credibilidade junto dos mercados.

MRA Alliance/Agências

Downgrading do rating obriga RTP a dar 208 milhões a um banco

sexta-feira, julho 8th, 2011

A descida do rating da República terá um forte impacto na RTP, que foi obrigada a renegociar a dívida com o Depfa Bank, entidade que em 2003 garantiu 800 milhões de euros para que a empresa pública pudesse avançar com o plano de reestruturação, informa o Correio da Manhã, citando uma fonte não identificada.

A mesma fonte revela que a RTP está agora obrigada a diminuir a “sua dívida ao Depfa no montante de 208 milhões de euros e não de 47,5 milhões como estava previsto”. Isto significa um aumento de 438 por cento.

Além disso, “a amortização antecipada do empréstimo pode implicar a compra em 2011 do arquivo da RTP”, um negócio que deveria ser concluído até 2013, sublinha o jornal. A operação será efectuada por um valor entre os 110 e os 150 milhões de euros. Para atingir os 208 milhões de euros de amortização, a empresa poderá ser obrigada a outras medidas. Este processo poderá mesmo acelerar a privatização de um dos canais generalistas do grupo, previsto no programa de Governo.

Segundo o CM a referida renegociação começou após a anterior descida do rating e durou várias semanas. O resultado “implica a revisão do plano de amortização do empréstimo, com antecipação de parte do reembolso final, inicialmente previsto para 2013 e o agravamento das condições de pricing”, neste caso, diz a empresa, só em 2011 o aumento dos custos financeiros será na ordem dos 10 milhões de euros.

MRA Alliance

Marcelo diz que caso Moody’s encaixa na “estratégia americana contra o Euro”

sexta-feira, julho 8th, 2011

Marcelo Rebelo de Sousa considerou hoje que a descida do ‘rating’ de Portugal se insere numa estratégia dos Estados Unidos contra o Euro e favorável ao Dólar, defendendo que “há muito” que devia existir uma agência de notação europeia, escreve o Diário de Notícias

“Para mim, é evidente que isto entra numa estratégia americana contra o Euro e contra a Europa, em que as agências de ‘rating’ têm um papel muito importante, são americanas, puxam pelo dólar, têm posições em momentos cruciais desfavoráveis ao Euro e a economias europeias”, afirmou o antigo presidente do PSD aos jornalistas.

O social-democrata e também comentador político falava hoje à entrada para um seminário na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, numa curta declaração aos jornalistas. Para Marcelo Rebelo de Sousa, as agências norte-americanas de notação financeira estão a querer “à  força, neste momento, inviabilizar o apoio à Grécia e colar Portugal à Grécia”. “Foi este o objectivo, nitidamente, da Moody’s”, advogou.

Rebelo de Sousa defendeu ainda que a União Europeia “já devia ter criado há muito tempo” uma agência própria e teceu críticas ao modo de actuar dos 27.

“A União Europeia está a reagir ao que se está a passar com um atraso de dois a três anos, esses dois a três anos estão a ser muito graves para as economias europeias”, concluiu.

MRA Alliance

BCE classifica opinião de agências de ‘rating’ sobre dívida portuguesa como “lixo”

sexta-feira, julho 8th, 2011

Jean-Claude Trichet avançou hoje que o Banco Central Europeu (BCE) vai continuar a aceitar dívida portuguesa como colateral nas operações de refinanciamento dos bancos, apesar da notação da República ter sido reduzida para “lixo” pela agência Moody’s.

“Hoje o conselho de governadores decidiu suspender a aplicação do requisito mínimo para crédito em relação a obrigações garantidas pelo governo português”, disse Jean Claude Trichet. O programa de ajustamento adoptado pelo governo portugues é “apropriado”, disse o presidente do BCE.

Trichet falava na habitual conferência de imprensa que se segue à reunião mensal de política monetária, que hoje decidiu subir os juros em 25 pontos base para 1,50%. Esta “excepção” hoje anunciada para Portugal também já tinha sido accionada para a Grécia e a Irlanda, os outros países do euro que também pediram assistência financeira e que também fora alvo de sucessivos ‘downgrades’ por parte das agências de ‘rating’.

Isto significa que mesmo que as quatros agências decidam baixar o ‘rating’ de Portugal para notação conhecida como lixo, no seguimento da decisão da Moody’s esta semana, o BCE vai continuar a aceitar a divida soberana portuguesa como boa para continuar a fornecer liquidez ao sistema bancário.

A decisão de classificar como “lixo” as opiniões dos raters norte-americanos foi tomada hoje unanimemente pelo conselho de governadores do BCE em Frankfurt.

MRA Alliance/DE

Estado emite dívida na ressaca do corte de rating

quarta-feira, julho 6th, 2011

Portugal realiza hoje o quinto leilão de dívida desde que pediu ajuda externa e 24 horas depois de ter sofrido novo corte de rating para a temível classificação de «lixo». O Estado pretende angariar entre 750 e mil milhões de euros numa emissão de dívida com maturidade a três meses.

A agência de notação financeira Moody`s cortou em quatro níveis o rating de Portugal de Baa1 para Ba2, igual a lixo (junk, no jargão financeiro ibnternacional), colocando a dívida soberana portuguesa como na categoria de alto risco para os investidores. A decisão promete por isso causar turbulência nos mercados. Na bolsa, o PSI20 abriu no vermelho,  com a banca em destaque.

De acordo com o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP), o leilão de hoje tem um montante indicativo entre os 750 e os mil milhões de euros a colocar na linha de Bilhetes do Tesouro com maturidade em 21 de Outubro deste ano.

Depois do pedido de ajuda endereçado a Bruxelas e ao Fundo Monetário Internacional (FMI) – Portugal deverá receber 78 mil milhões de euros caso cumpra o programa de ajustamento acordado com a troika -, Portugal orientou o seu programa de financiamento para empréstimos de curto prazo.

Durante o terceiro trimestre, de acordo com as linhas mestras publicadas pelo IGCP, Portugal irá tentar financiar no mercado entre 4,5 e 6,75 mil milhões de euros, através de dívida de curto prazo, maioritariamente em linhas que atingem a maturidade este ano.

Entretanto a decisão da Moody’s suscitou um conjunto de reacções que oscilam entre a irritação e a relativização por parte dos agentes económicos e analistas.

Manuel Caldeira Cabral disse esta terça-feira que a decisão da Moody¿s de cortar em quatro níveis o «rating» de Portugal «é profundamente injusta e mal fundamentada na análise económica». Para o economista «é um erro estar a associar demasiado o caso português ao caso grego».

«Prefiro uma crise em «v», afundar rápido para depois começar a subir, do que uma crise que não tem «v», é só um dos lados, é um plano inclinado», afirmou ontem o economista João Duque, presidente do ISEG, citado pela Lusa. Com «algum esforço e muita dureza» Portugal pode «voltar rapidamente aos eixos», e o importante agora, frisa João Duque, é mostrar «até final do ano» que o país está a cumprir o acordo firmado com a «troika» internacional.

O Ministério das Finanças, em comunicado citado pela Reuters, reagiu ontem afirmando que «o downgrade ora anunciado revela o ambiente adverso da crise da dívida soberana e as vulnerabilidades da economia portuguesa neste contexto». A seguir, acrescentou que a agência «não terá tido em devida conta o amplo consenso político que suporta a execução das medidas acordadas com a troika, traduzidas numa votação de mais de 80% nos partidos que subscreveram os memorandos».

Por seu turno, o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Faria de Oliveira, exige que as autoridades europeias se manifestem contra o «ataque» da agência de notação classificando a sua decisão de «imoral e insultuosa». «Imoral em relação aos argumentos e fundamentos, insultuosa para Portugal, que com um novo Governo maioritário e o apoio de 80% dos eleitores está a aplicar rápida e determinadamente o acordo com a troika», disse à Lusa o presidente da CGD.

O economista Luís Nazaré, ex-presidente dos CTT, considerou hoje que o corte de rating de Portugal pela Moody’s é a confirmação do «comportamento incompetente e lesivo das economias europeias periféricas», mas também da incompetência das agências de notação, que pelas regras do mercado, já deviam ter desaparecido.

«Este corte significa a confirmação das motivações e do comportamento incompetente e lesivo das economias europeias, principalmente das periféricas, mas não só, também das agências de notação», disse à Lusa Luís Nazaré horas depois de a Moody’s ter cortado o rating de Portugal para «lixo».

«Se o mercado (de que as agências tanto reclamam) funcionasse como deve ser, as três agências de notação internacionais norte-americanas já teriam sido varridas a alcatrão e penas da cena internacional, dadas as provas manifestas de completa incompetência que revelaram no passado e que conduziram em larga medida à situação que hoje vivemos», disse o economista.

O Estado e as empresas portuguesas paguem por ano cerca de 9 milhões de euros às agências de rating que têm baixado sucessivamente a nota à dívida soberana e que a colocam agora a nível de lixo financeiro.

O Estado ou um banco pagam de que cada vez que pedem uma avaliação das agências de rating. Em mercado, esta é a forma de cumprirem as exigências dos investidores, que confiam nas notas das agências… para decidirem onde, como e quanto devem investir.

Agências de rating há muitas, mas só três norte-americanas são seguidas pelos investidores: Standard and Poor’s, Moody’s e Fitch que, entre elas, representm 95% do mercado. Na Europa também as há, e em Portugal também, mas não convencem quem decide onde vai aplicar o seu dinheiro.

Seja como for e à falta de alternativa, são as agências norte-americanas que ditam as regras do jogo da alta finança mundial. As mesmas que antes da crise financeira davam como bons investimentos de alto risco.

MRA Alliance/AF

Ameaça da Moody’s sobre dívida americana deprime índices bolsistas

quinta-feira, junho 2nd, 2011

A ameaça de que a Moody’s pode rever o ‘rating’ da maior economia do mundo e as expectativas sobre o emprego penalizaram os índices.

A agência de notação financeira Moody’s avisou hoje que poderá colocar o ‘rating’ dos EUA sob revisão se nas próximas semanas o Congresso não mexer no limite máximo da dívida pública. Um alerta lançado dias depois de as autoridades norte-americanas revelarem que o País já ultrapassou o limite legal da dívida, actualmente fixado nos 10,1 biliões de euros.

Os índices industrial Dow Jones e S&P500 recuaram, assim, 0,39% e 0,12%, depois de ontem terem caído mais de 2%. Já o tecnológico Nasdaq avançou 0,15%.

Os investidores norte-americanos estão também expectantes quanto aos números do emprego em relação a Maio, que serão divulgados esta sexta-feira pelo Departamento de Trabalho norte-americano.

E isto depois de ontem ADP Employer Services ter revelado que o o sector privado criou mais 38.000 postos de trabalho em Maio, um valor que fica muito aquém dos 175 mil previsto pelos analistas.

Por outro lado, segundo o Departamento do Comércio, as encomendas à indústria norte-americana caíram 1,2% em Abril para 440,37 mil milhões de dólares, quando os analistas esperavam uma quebra de 1%, mostrando assim que a recuperação económica segue a um ritmo lento.

“Ninguém vai investir com uma convicção forte antes do relatório do emprego. Temos assistido a vários dados económicos fracos. Os investidores precisam de sinais evidentes de que se trata de um abrandamento temporário”, explicou Peter Jankovskis, especialista da Oakbrook Investment, à Bloomberg.

MRA Alliance/DE

Moody’s revê o ‘rating’ de 14 instituições financeiras britânicas

terça-feira, maio 24th, 2011

A Moody’s colocou 14 instituições financeiras britânicas em vigilância negativa para possível revisão em baixa, uma decisão que surge após o anúncio de que a agência de notação financeira iria reavaliar os níveis de apoio sistémico decorrentes deste ambiente pós-crise. O processo de avaliação vai durar cerca três meses, anunciou a agência de rating norte-americana.

O Lloyds TSB Bank, liderado pelo português Horta Osório, está na lista da Moody’s com a notação Aa3. As restantes instituições sob escrutínio dos analistas são: Bank of Ireland (UK) (Baa3); Co-Operative Bank (A2); Coventry Building Society (A3); Nationwide Building Society (Aa3); Newcastle Building Society (Baa2); Norwich & Peterborough Building Society (Baa2); Nottingham Building Society (A3); Principality Building Society (Baa2); Royal Bank of Scotland plc (Aa3); Santander UK plc (Aa3); Skipton Building Society (Baa1); West Bromwich Building Society (Baa3); Yorkshire Building Society (Baa1).

MRA Alliance/DE

Moody’s segue Fitch e corta ‘rating’ de sete bancos

quinta-feira, abril 7th, 2011

Ontem, a Moody’s reviu em baixa o ‘rating’ de sete bancos portugueses, um dia após ter tomado decisão idêntica sobre a dívida da República e de a Fitch ter igualmente cortado a notação de seis bancos nacionais. Decisões avançadas antes de o Governo ter admitido que irá pedir ajuda externa.Ao início da manhã de ontem, o comunicado da Moody’s anunciava novos cortes no ‘rating’ da dívida de longo prazo de Banco Santander Totta, BCP, BES, CGD, BPI, Montepio Geral e BPN, um dia depois de ter descido a notação financeira do país de ‘A3′ para ‘Baa1′. As reduções do ‘rating’ foram feitas em um ou mais níveis.

A Moody’s justifica o ‘downgrade’ à banca nacional por três motivos: um enfraquecimento da força financeira da maioria dos bancos; a robustez financeira do Estado ser hoje mais reduzida, que aumenta a probabilidade do Governo poder limitar o apoio aos bancos; e ainda o facto de a República estar a enfrentar difíceis escolhas, numa altura em que o ambiente de apoio aos bancos mais pequenos está a enfraquecer por toda a Europa.

MRA Alliance/DE

Moody´s baixa nota da dívida portuguesa para Baa1

terça-feira, abril 5th, 2011

A agência Moody´s desceu hoje a nota do risco (rating) de longo prazo de incumprimento do reembolso da dívida soberana de Portugal em um nível, de A3 para Baa1, e colocou-a sob revisão negativa, o que significa que vê como provável uma nova descida a curto prazo.

A nota dívida de curto prazo do Governo, que está em (P)Prime-2, também foi colocada sob revisão, com vista a uma possível desclassificação.

A Moody’s, cuja actividade é a avaliação do risco de crédito, justifica esta decisão sobretudo pela “crescente incerteza política, orçamental e económica”, que a agência considera que “aumenta o risco de que o Governo ser incapaz de as suas ambiciosas metas de redução do défice”, estabelecidas no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) para 2011-2014, e de “pôr as suas finanças numa trajectória sustentável”.

São também realçados os desafios de financiamento de médio e longo prazo, “no contexto do recentemente acordado Mecanismo Europeu de Estabilidade (ESM), que contempla a reestruturação de dívida como uma possibilidade” e as “implicações de médio prazo” para a consolidação das contas públicas decorrentes da revisão em alta na semana passada do défice orçamental entre 2007 e 2010 e da dívida pública.

A justificação para, neste contexto, o corte na nota soberana ter sido de apenas um nível é a avaliação da agência de que será fornecida assistência pelos outros membros da zona euro se Portugal necessitar de financiamento rapidamente, antes de poder obter dinheiro do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF). A agência considera mesmo que o novo Governo que sair das eleições de dia 5 de Junho vai pedir dinheiro ao FEEF com carácter de urgência.

A Moody’s diz ainda que a revisão ou manutenção da nota do país no nível Baa será “criticamente influenciada” pela capacidade do país para assegurar fontes sustentáveis de financiamento a médio prazo e pela capacidade das instituições políticas “para manterem o rumo de consolidação fiscal e reformas estruturais”.

MRA Alliance/Público

Fitch esmaga rating de Portugal para quase “lixo”

sexta-feira, abril 1st, 2011

A agência de notação financeira Fitch, uma das mais poderosas do mundo, esmagou hoje o ‘rating’ português em três níveis, de ‘A-‘ para ‘BBB-‘. Isto depois de na semana passar ter cortado a classificação nacional em dois níveis.

A justificação é que a realização de eleições a 5 de Junho vai adiar um pedido de ajuda externa que a agência vê como indispensável nesta altura. “A Fitch vê o suporte do FMI e da UE como necessário para assegurar financiamento e restaurar a sustentabilidade da dívida de médio prazo e a confiança dos investidores em Portugal”, lê-se na nota.

Nesse sentido, “qualquer adiamento em assegurar um programa credível apoiado pelo FMI e a UE aumenta o risco de instabilidade económica e financeira, ao mesmo tempo que a actual crise vai provavelmente agravar a recessão económica”.

No mesmo documento, a agência argumenta que a rejeição parlamentar do PEC IV e a realização de eleições legislativas em Junho significa que Portugal só reforçará o combate ao défice, na melhor das hipóteses, no terceiro trimestre. Tudo isto, a juntar à revisão em alta do défice de 2010, coloca em perigo o objectivo de 2011 de baixar o défice para 4,6% do PIB.

MRA Alliance/DE

FMI: Agências de ‘rating’ são agente de instabilidade na zona euro

quarta-feira, março 30th, 2011

O FMI revela que os cortes de ‘rating’ dos países da zona euro despertam efeitos de contágio nos restantes países da região. Depois das várias críticas de governos e presidentes de alguns bancos sobre a actuação das agências de ‘rating’ nos últimos anos, foi a vez do Fundo Monetário Internacional (FMI) ir ao encontro de algumas dessas críticas.

De acordo com um ‘paper’ desenvolvido por Rabah Arezki, Bertrand Candelon e Amadou N. R. Sy do FMI, divulgado ontem, “os cortes dos ‘ratings’ soberanos apresentam, estatisticamente e economicamente, efeitos de contágio entre os países e os mercados financeiros, implicando que os anúncios das agências de ‘rating’ podem estimular a instabilidade financeira.”

Esta conclusão adveio de uma análise às repercussões que as notícias sobre os ‘ratings’ soberanos tiveram sobre todos os países e sobre os mercados financeiros, recorrendo a dados diários dos ‘spreads’ dos ‘credit default swaps’ (CDS), da evolução dos índices de acções e dos sub-índices do sector bancário e segurador de alguns países europeus entre 2007 e 2010.

MRA Alliance/DE

S&P corta ‘rating’ de Portugal pela segunda vez em 5 dias e juros atingem 9%

terça-feira, março 29th, 2011

A S&P voltou a descer a avaliação de Portugal, tal como tinha alertado, para o nível ‘BBB-‘, a um passo de ‘junk bond’. É o segundo corte de ‘rating’ da S&P para Portugal em menos de uma semana. A agência de ‘rating’ manteve o ‘outlook’ negativo para a avaliação de Portugal, o que significa que pode avançar com novo corte em breve.

O ‘downgrade’ de hoje deve-se ao resultado da cimeira europeia da semana passada, que definiu os termos de empréstimos aos países do euro em dificuldade, confirmando as expectativas da S&P de que uma reestruturação prévia da dívida poderá ser uma condição para os países acederem às ajudas do fundo europeu.

“Devido às fracas condições de acesso de Portugal ao mercado e à sua considerável necessidade de financiamento nos próximos anos, acreditamos que Portugal vai aceder provavelmente ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira e depois ao Mecanismo Europeu de Estabilidade”, o fundo europeu que o vai substituir, a partir de 2013, nota a S&P.

Por este motivo, os juros da dívida nacional voltaram a agravar-se, com a ‘yield’ das obrigações do Tesouro Português a cinco anos a subir para 8,813%, um novo máximo de sempre. No mesmo sentido, o juro das obrigações a 10 anos agrava-se para 7,954%, contra os 7,926% registados ontem. Já o juro da linha viva da dívida portuguesa da mesma maturidade mais negociada no mercado avança para 7,831% (ontem fechou nos 7,817%).

Também o diferencial dos títulos a 10 anos face às ‘bunds’ alemãs, indicador conhecido por ‘spread’, tocou um novo máximo de sempre e fixa-se agora nos 467 pontos base, níveis recorde.

Ao mesmo tempo, o preço dos ‘credit-default swaps’ (CDS) sobre obrigações do Tesouro a cinco anos, instrumentos que servem para proteger as posições detidas em dívida portuguesa, desciam 11 pontos para negociar nos 549 pontos base. O alívio na percepção de risco de incumprimento de Portugal pode sinalizar que o mercado está a antecipar um pedido de resgate.

MRA Alliance/DE