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Tolerância de ponto aos funcionários na visita papal vai custar milhões

quarta-feira, abril 14th, 2010

Um dia e algumas horas de tolerância de ponto para os funcionários públicos durante a visita do Papa a Portugal, em Maio, vai custar alguns milhões de euros. “Tendo em atenção que, na totalidade de feriados e pontes em Portugal custa, nos anos normais, entre 0,5 e 1 por cento do PIB, é razoável admitir que os dias em que há tolerância de ponto e ponte, [estes] possam ter um impacto económico bastante significativo. (…) São com certeza milhões de euros porque são custos directos e indirectos”, explicou o antigo consultor do Banco Mundial, Luís Bento, à TSF.

O Governo vai dar tolerância de ponto a todos os trabalhadores da Administração Pública no dia 13 de Maio na altura da visita do Papa Bento XVI em Portugal. Em Lisboa, os funcionários públicos terão tolerância na parte da tarde de 11 de Maio. No Porto, terão a parte da manhã a 14 de Maio.

“Não podemos deixar de relevar também que, em Portugal, se aproveita um circuncialismo qualquer, sem reflexão, para tomar opções destas. Isto não ajuda nada num momento de crise”, sublinhou, em declarações à TSF, o líder da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP-IN), Carvalho da Silva.

MRA Alliance/ionline

Feriados e pontes laborais custam a Portugal € 5 mil milhões/ano ou 2,5%-3% do PIB…

sábado, fevereiro 2nd, 2008

fabrica inactivaOs feriados e as pontes, em Portugal, representam um prejuízo económico de cinco mil milhões de euros/ano. A estimativa é do professor da Universidade Autónoma, Luís Bento. Embora não existam estudos científicos no país sobre a matéria, o investigador e especialista em Recursos Humanos, garantiu à TSF que «durante este ano, 40 por cento dos dias serão de lazer; portanto, vai haver um efeito brutal sobre a economia», precisou.

No entender de Luis Bento, «os efeitos directos e indirectos sobre a economia, por força das pontes e dos feriados, deverá ter um impacto negativo sobre o crescimento do Produto Interno Bruto e(PIB) entre os 2,5 e três por cento». Assim, Portugal deixará de ganhar 4,8 mil milhões de euros. «Vamos deixar de criar riqueza, exclusivamente, por efeito de não se trabalhar», enfatizou. Todavia, reconheceu que, durante o lazer, a riqueza também pode ser criada nas compras ou em viagens, mas, de acordo com os seus cálculos é «insuficiente». Por considerar que as perdas para a economia são elevadas, Luís Bento defendeu que chegou o momento de Portugal debater a questão dos feriados.

Cepticismo de sindicatos e patrões

O secretário-geral da UGT, admitiu à emissora que a matéria poderá vir a ser debatida entre os parceiros sociais mas desvalorizou a questão. João Proença sublinhou que «Portugal é dos países onde o problema é menos preocupante». Por seu turno, também José António Silva, da Confederação do Comércio, defendeu que acabar com as pontes pode ser «contraproducente»: «De uma forma geral, se obrigarmos os trabalhadores a trabalhar nestes dias, o nível de produtividade vai tornar-se muito baixo, pelo que, provavelmente, será um erro», disse. No entanto, também concordou com a discussão sobre o tema, pelos parceiros sociais, mas logo no início de cada ano. (pvc)