Archive for the ‘Preços’ Category

Regulador quer subir 30% preço da electricidade em 2012

sexta-feira, setembro 16th, 2011

O preço da electricidade para as famílias portuguesas promete registar, no próximo ano, um aumento sem precedentes. As estimativas preliminares da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), segundo o Diário Económico apurou, apontam para um agravamento que andará na casa dos 30%.

Este cenário está a forçar o Governo a encontrar, numa corrida contra o tempo, mecanismos para atenuar as contas do regulador. Esta entidade apresenta, a 15 de Outubro, a proposta tarifária para 2012, sendo fixada depois a 15 de Dezembro.

A justificar esta escalada dos preços da electricidade, que vai ter ainda de incorporar o agravamento da carga fiscal, derivado da subida do IVA de 6% para 23%, a partir de 1 de Outubro, está, não só os custo com a produção de energia, mas acima de tudo os encargos com os chamados custos de interesse económico.

MRA Alliance/DE

Petróleo: Queda das reservas americanas faz subir preços

quarta-feira, julho 20th, 2011
Os preços do crude reagiram positivamente à quebra das reservas divulgada a meio da tarde pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos. Em Londres, o Brent aprecia 0,81% para 118,01 dólares por barril. Em Nova Iorque, o barril de crude WTI, negociado na Nymex, avança 0,92% para 98,4 dólares por barril.
Os inventários de petróleo caíram em 3.727 milhões de barris para 351,7 milhões de barris na semana passada, segundo os dados revelados pelo Departamento de Energia no seu relatório semanal. Os 15 analistas consultados pela Bloomberg esperavam que as reservas caíssem, em média, 2.000 milhões de barris.
MRA Alliance/Agências

Petróleo: Obama dá tiro no pé e preços voltam a disparar

quarta-feira, junho 29th, 2011

As cotações do crude estão a intensificar o movimento de valorização. Primeiro foi a reacção ao anúncio de que as reservas semanais norte-americanas caíram mais do que o previsto. Depois foi a decisão da Agência Internacional de Energia (EIA) de inundar os mercados com milhões de barris retirados às reservas estratégicas dos EUA, com o beneplácito da Administração Obama. Washington informou que, até ao final de Julho, iria retirar 60 milhões de barris das reservas norte-americanas para “compensar as quebras”. Claro que o primeiro objectivo foi provocar uma baixa dos preços. No entanto, para já, o resultado foi o oposto. E, na realidade, as tendências futuras dizem-nos que foi pior a emenda que o soneto…
Senão vejamos. Nas últimas 24 horas, o preço por barril do “benchmark” norte-americano WTI (West Texas Intermediate), para  entrega em Agosto, subiu 2,81% no mercado de Nova Iorque. A cotação foi de 95,50 dólares por barril, contra 93,78 dólares antes do anúncio sobre as reservas norte-americanas. Em 2010, o acumulado regista um ganho de 4,5%. Por seu lado, na tarde de hoje, o Brent do Mar do Norte, crude de referência para a Europa, chegou a valorizar 2,74% para 111,76 dólares. Desde o início do ano, acumula uma subida de 17,9%.
De acordo com a informação divulgada hoje pelo Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos, os “stocks” de crude caíram em 4,37 milhões de barris na semana passada, para 359,5 milhões. Uma dúzia de analistas inquiridos pela Bloomberg apontava para um decréscimo médio de 1,5 milhões de barris.
É verdade que, na semana passada, os efeitos imediatos da decisão da International Energy Agency (IEA) se traduziram num recuo dos preços de quase 10 dólares no mercado dos EUA. Mas, como se constata, foi sol de pouca dura. Acresce que, a quantidade de 60 milhões de barris oferecida por Obama como compensação é manifestamente insignificante para produzir os efeitos pretendidos, no curto e no médio prazo. Num prazo mais longo, certamente, acabará por ter o efeito contrário.
Recorde-se que, em Março passado, o respeitado e veterano analista Paul Horsnell, do Barclays Capital, surpreendeu os mercados ao vaticinar que, em 2020, os preços do WTI e do Brent deverão rondar os 185 dólares/ barril. Horsnell muito raramente emenda as suas previsões e, sobretudo nas de longo prazo, mantém-lhes uma fidelidade canina…
De acordo com a lei, as Reservas Estratégicas de Petróleo (SPR, em inglês) dos EUA só deverão ser usadas em situações que ameaçem a economia ou a segurança do país. Embora a economia norte-americana viva à custa de esteróides monetários e de falácias financeiras e mercantis, não parecem ter sido estas as razões para a acção de Obama e para as recomendações dos seus consultores de Wall Street.
Todos sabem que será praticamente impossível repor as reservas petrolíferas a preços idênticos aos da semana passada. O reabastacimento das SPR será mais caro e a sua origem será de países estrangeiros.  O quadro mostra que as reservas estratégicas representam apenas 0,3% do total da produção diária.

Caroline Bain, da prestigiada Economist Intelligence Unit, não tem dúvidas sobre as consequências das decisões da IEA: “A despeito de o impacto imediato da libertação das reservas por parte da IEA ser o de baixar os preços, num prazo mais dilatado pode desencadear a respectiva subida. As reservas são finitas.”

Curiosamente, nos últimos 50 anos a IEA só tomou uma decisão idêntica por duas vezes e foram sempre seguidas por violentas subidas dos preços. Esta é a terceira vez e um cenário idêntico pode repetir-se. Diversos factores agravam tais receios.

A produção de petróleo do Mar do Norte já não é o que era. Em lugar de excedentes, actualmente está numa curva preocupantemente descendente – menos 20% do que em 1991.  O mesmo acontece com as jazidas petrolíferas do México. A mal disfarçada tentativa de ocupação da Líbia e a instabilidade provocada no Médio Oriente e no Norte de África – do Iémen a Marrocos, passando pelo Afeganistão/Paquistão e pela Arábia Saudita/ Emiratos – são elementos fundamentais nesta equação.

No início de Dezembro passado, quando o crude estava bem abaixo dos 100 dólares, avançámos a possibilidade de, em 2011, o barril de petróleo poder atingir os 150 dólares. Se não se verificar uma queda abrupta no crescimento das principais economias emergentes, nem uma contração violenta na produção industrial global, continuamos a acreditar que tal é possível.

MRA Alliance 

Trichet diz que desequilíbrios entre economias são uma ameça global

domingo, junho 19th, 2011

O presidente do Banco Central Europeu recebeu hoje do Instituto de Estudos Económicos de Kiel (Alemanha) o Prémio de Economia Mundial e  aproveitou a ocasião para fazer a defesa do euro e deixar um alerta. O alargamento dos desequilíbrios entre as economias mundiais que, segundo o líder do BCE, se vai seguir à actual crise financeira terá consequências a nível global.

O chefe máximo do Banco Central Europeu procurou deixar de lado a crise grega – que hoje será abordada numa reunião especial dos ministros das Finanças da Zona Euro -, preferindo sublinhar a força da Zona Euro.

Por outro lado, com a Europa a atravessar um período de forte incerteza, Trichet retomou um dossier que, assegura, continua a ser a principal tarefa do BCE: o controle da inflação e a defesa da estabilidade dos preços.

“O que os cidadãos esperam do BCE é que garanta a estabilidade dos preços”, sublinhou o banqueiro-chefe, que deixaria ainda uma nota sobre receios que se avolumam para o período pós crise quanto à possibilidade de estar em marcha o aprofundamento global dos desequilíbrios.

Na opinião de Trichet, os desequilíbrios – foram já responsabilizados por contribuir para e por agravar os efeitos da crise de 2008 e 2009 – que poderão estabelecer-se a nível mundial constituirão um dos maiores desafios para a economia global.

“A preocupação é que, depois de uma redução parcial operada durante a crise, os desequilíbrios começam de novo a alargar-se”, apontou o banqueiro europeu, para acrescentar que este é um facto que devia colocar em alerta as agências mundiais, nomeadamente para a necessidade de uma vasta cooperação monetária e fiscal.

MRA Alliance/Agências

Petróleo salta para mais de 125 dólares/barril em Londres

sábado, abril 9th, 2011

O petróleo negociado hoje no mercado londrino será entregue aos investidores no próximo mês ao preço de mais de 125 dólares por barril. Por volta das 19h45, o barril estava nos 126,220 dólares, a valorizar 2,813 por cento.
 
Este valor aproxima-se do máximo histórico de 11 de Julho de 2008 e reflecte a escalada do Brent do Mar do Norte nos últimos dias. Por duas vezes esta semana o crude bateu recordes dos últimos dois anos e meio. Superou a casa dos 120 dólares, afastando-se da barreira psicológica dos cem que no início da crise líbia, em Fevereiro. 

Hoje, a NATO confirmou um incêndio na central de Sarir, o que terá contribuído para acentuar a certeza de que um regresso aos níveis normais de produção de petróleo no país vai demorar o seu tempo. Desde o final da semana passada, a alta dos preços era atribuída pelos analistas à inquietude causada nos mercados face ao controlo dos terminais petrolíferos na Líbia, sabendo-se estarem ora nas mãos dos rebeldes, ora nas mãos de forças leais ao coronel Muammar Khadafi.

A Líbia é o 12.º maior país no mundo produtor de petróleo. Tem a terceira cota de produção em África e a Europa é um importante destino de exportação – com Itália sobretudo com interesses na exploração dos 1,49 milhões de barris que, em condições normais, sairiam do país diariamente.

MRA Alliance/Público

Milho em máximos de 30 meses

segunda-feira, abril 4th, 2011

O anúncio de que o nível das reservas de cereal caiu no mês de Março está a provocar uma escalada no preço do milho. O Governo norte-americano anunciou hoje que as reservas de milho caíram para 6,5 mil milhões de alqueires, em Março, o nível mais baixo em quatro anos, devido às fracas colheitas e também ao crescente aumento da procura.

A impulsionar os preços do milho estão ainda as condições climatéricas no Midwest, a principal região produtora nos EUA, que poderão fazer atrasar a colheita de primavera, contribuindo ainda mais para o encolher das reservas cerealíferas.

Dados compilados pela Bloomberg mostram que os agricultores deverão semear, este ano, cerca de 92 milhões de acres (cerca de 37 milhões de hectares), o que representará a maior área semeada desde 1944. No entanto, o aumento da procura por bens alimentares e por cereais para fabrico de biocombustíveis podem condicionar as reservas mundiais.

Os contratos de milho para entrega em Maio apreciavam 2,1% para 7,5175 dólares o alqueire, depois de já terem tocado nos 7,5675 dólares. O milho é a colheita mais valiosa dos EUA, tendo sido avaliada em 66,7 mil milhões de dólares em 2010, segundo dados do Governo norte-americano.

MRA Alliance/DE

Petróleo ultrapassa fasquia dos 120 dólares

segunda-feira, abril 4th, 2011

Em Londres, o ‘brent’, que serve de referência às importações portuguesas, valorizava 1,16% para cotar nos 120,08 dólares por barril, o que representa um máximo de 32 meses. Desde o início do ano, o preço do petróleo já subiu 27%.

Segundo o presidente do Irão, o segundo maior exportador da OPEP, “os preços do ‘ouro-negro’ vão continuar a aumentar e poderão alcançar os 150 dólares no curto prazo” já que, acrescenta, “os actuais preços não são reais”.

A motivar a subida dos preços do ‘ouro negro’ estão os conflitos na Líbia. As últimas notícias davam conta de conflitos entre os rebeldes e as forças de Kadafi pela disputa da cidade petrolífera de Brega.

Segundo um analista da Again Capital, um hedge-fund centrado na energia, “os preços do petróleo só vão estabilizar quando a situação acalmar na Líbia”. Mas para Christopher Bellew, da Bache Commodities, “é cada vez mais claro que a situação na Líbia se deverá prolongar. Quanto mais observamos os conflitos no Médio Oriente melhor percebemos que não vão ser fáceis de resolver”, acrescenta.

Esta subida do petróleo pode atrapalhar ainda mais a evolução da economia portuguesa. No último Boletim Económico, o Banco de Portugal até reviu em alta, de 90 para 111 dólares, a sua previsão para o valor médio do ‘brent’ ao longo do ano. O novo valor já está, contudo, “desactualizado”. O mesmo acontece com o valor inscrito no PEC IV que foi chumbado pelo Parlamento. As contas desse programa tiveram por base um ‘brent’ a cotar nos 107,2 dólares.

MRA Alliance/DE

Petróleo pode chegar aos 200 dólares, prevê o Bank of America

quarta-feira, março 9th, 2011

O preço do barril de ‘Brent’, a referência para as importações portuguesas, está, nesta altura, a subir 0,88% para 114,06 dólares, interrompendo dois dias de quedas, devido à especulação que o conflito na Líbia vai persistir e afectar as reservas de petróleo na Europa. Segundo as projecções dos analistas do Bank of America/ Merrill Lynch, os preços do ‘ouro negro’ em Londres vão continuar a subir.

O banco de investimento americano acredita mesmo que o preço do ‘Brent’ “pode atingir, temporariamente, os 200 dólares o barril se forem perdidos mais de quatro milhões de barris por dia na produção do Médio Oriente e do Norte de África”.

Os mesmos peritos estimam ainda que o petróleo negociado em Londres atingirá os 140 dólares nos próximos três meses, devido ao aumento da procura e à interrupção da produção da Líbia.

Nesse sentido, o Bank of America/Merrill Lynch estima um preço médio do barril de ‘Brent’ nos 122 dólares no segundo trimestre do ano, contra a previsão anterior de 86 dólares.

MRA Alliance/DE