Archive for the ‘Pobreza/Exclusão’ Category

Número de pobres nos EUA ultrapassa 46 milhões

terça-feira, setembro 13th, 2011

A taxa de pobreza dos Estados Unidos subiu em 2010 para o nível mais alto de quase duas décadas. Já o rendimento das famílias registou uma queda. Os números evidenciam o impacto da pior crise financeira em sete décadas, de acordo com a Bloomberg. Os dados foram divulgados pela unidade Census Bureau do Departamento do Comércio dos Estados Unidos, e revelaram que a proporção de pessoas a viver em situação de pobreza subiu para 15,1% no ano passado, contra 14,3% em 2009. O rendimento médio das famílias caiu 2,3% em 2010.

São cerca de 46,2 milhões os norte-americanos que vivem em condições consideradas de pobreza, o que corresponde ao número mais alto desde que o Census Bureau começou a contabilizar este indicador, há 52 anos.

Segundo a Bloomberg, os dados podem também ter piorado nos últimos meses devido ao enfraquecimento da economia. “As famílias estão a lutar para pôr comida na mesa e não têm poder de compra para ajudar a economia a recuperar”, disse Isabel Sawhill, da Brookings Institution, em declarações à Bloomberg.

MRA Alliance/JdN

Itália: Mais austeridade num país com mais de oito milhões de pobres

sexta-feira, julho 15th, 2011

A Itália contava, no final de 2010, mais de oito milhões de pobres, anunciou hoje o Instituto de Estatísticas italiano (ISTAT), dia em que o parlamento vai aprovar um plano de austeridade para tentar poupar 79 mil milhões de euros.

De acordo com os últimos dados, 8.272.000 italianos, ou 13,8 por cento da população, são considerados “relativamente pobres”, com um rendimento inferior a 992,46 euros por mês para duas pessoas. No final de 2009, 7,81 milhões de italianos (13,1 por cento) eram “relativamente pobres”.

A pobreza relativa aumentou nas famílias de cinco ou mais membros, passando de 24,9 por cento para 29,9 por cento, nas famílias monoparentais (de 11,8 para 14,1 por cento), nas famílias com três filhos ou mais menores de idade e nos agredados de idosos nos quais apenas um elemento recebe uma reforma.

A Itália conta também 3,129 milhões de pessoas, 5,2 por cento da população, a viver numa situação de “pobreza absoluta”. Este número estabilizou relativamente a 2009, quando estas pessoas eram 3,074 milhões.

A “pobreza absoluta” caracteriza-se pela impossibilidade de pagar bens e serviços considerados essenciais para ter um nível de vida «minimamente aceitável» e varia em função da tipologia familiar e das zonas – o custo de vida é mais barato no sul do que no norte do país.

MRA Alliance/DN 

Situação social não melhorará nos “tempos mais próximos”, diz PR

terça-feira, julho 5th, 2011

O Presidente da República, Cavaco Silva, afirmou hoje não se poder esperar que “nos tempos mais próximos ocorra uma melhoria significativa da situação social” e reiterou o apelo a uma “distribuição justa dos sacrifícios”.

“Num tempo de austeridade como aqueles que vivemos em Portugal, não podemos esperar que nos tempos mais próximos ocorra uma melhoria significativa da situação social da nossa população”, afirmou Cavaco na entrega dos prémios EDP Solidária 2011, no Museu da Electricidade, em Lisboa.

“Devemos ter bem presente que este é um tempo em que muitos portugueses vivem sérias dificuldades, temos à nossa frente um grande desafio de emergência social. Daí o apelo que eu tenho dirigido, para uma distribuição justa dos sacrifícios que se pedem aos portugueses”, apelou.

MRA Alliance/DE

Portugal: Ricos ganham seis vezes mais que os pobres

sexta-feira, dezembro 24th, 2010

O fosso entre ricos e pobres está a encolher em Portugal, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Mas, mesmo assim, os mais ricos continuam a ganhar seis vezes mais que os mais pobres. «Estima-se que em 2008 o rendimento monetário líquido equivalente de 20% da população com maior rendimento tenha sido seis vezes superior ao rendimento de 20% da população com menor rendimento», revela o Anuário Estatístico de Portugal, divulgado esta quinta-feira.

A diferença existente em Portugal continua a ser muito superior à registada no resto da Europa, onde se situa, em média, nas 4,8 vezes. Mas o documento mostra que, apesar do fosso no nosso país ser grande, ele já foi maior. Por exemplo, em 2003, os ricos ganhavam sete vezes mais que os mais pobres.

No ano de 2008, o último com dados disponíveis, 17,9% da população portuguesa estava em risco de pobreza, ligeiramente menos que os 18,5% registados em 2007. O número só não é maior por causa das prestações sociais e dos apoios aos mais pobres. Sem isso, 24% da população portuguesa caía nessa categoria.

MRA Alliance/Agência Financeira

Mais de meio milhão de portugueses em risco de pobreza

sexta-feira, dezembro 3rd, 2010

Mais de meio milhão de trabalhadores portugueses estão em risco de pobreza e não ganham o suficiente para proporcionar uma vida condigna à família, segundo um estudo do Observatório das Desigualdades do ISCTE, apresentado ontem em Lisboa, que aponta Portugal como um dos países da Europa com a maior disparidade da distribuição de rendimentos.

O coordenador do projeto, Renato Miguel do Carmo, referiu que os baixos salários e pouca escolarização dos trabalhadores são “os dois grandes motores das desigualdades em Portugal” e que levam a um “ciclo vicioso que tem repercussões ao nível da pobreza, do desemprego e da mobilidade social”.

MRA Alliance/Agências

Portugal: Violência social pode vir dos desempregados

domingo, novembro 28th, 2010

O presidente do Instituto de Segurança Social rejeita a ideia de alarme social, mas não nega que a situação social que vivemos pode redundar em violência a prazo, “não por parte dos mais pobres, que sempre viveram em situação de carência, mas daqueles que já tiveram uma vida equilibrada e agora se vêem privados daquilo de que já desfrutaram”. Lembra mesmo que “é preciso não esquecer que metade dos cerca de 600 mil desempregados, perto de 300 mil pessoas, não têm já direito a subsídio e isso é preocupante”.Edmundo Martinho, coordenador nacional do Ano Europeu de Combate à Pobreza e à Exclusão Social, foi o orador convidado da sessão de encerramento do ciclo de seminários sobre “Pobreza e Exclusão Social”, promovido pelo Montepio.

O presidente do ISS também revelou o cálculo mais recente do número de sem-abrigo existentes em Portugal: 2.200. Na opinião de Edmundo Martinho, torna-se “mais barato resolver os seus problemas do que tratá-los [associados a doenças mentais, estupefacientes e estruturas familiares estilhaçadas]”,

Ao nível dos apoios sociais, o especialista afasta a ideia, enraizada na sociedade, relativa ao elevado grau de fraude no Rendimento Social de Inserção (RSI), limitado a um máximo de 190 euros por pessoa, e aponta o dedo a outro tipo de apoios, como o subsídio de doença, o qual não tem ‘plafond’.

Edmundo Martinho descreve um caso, do seu conhecimento, relativo a “um grupo de sete/oito pessoas que, habilmente, criou várias empresas. Numas eram trabalhadores por conta de outrem e noutras gerentes. Nas primeiras, auferiam salários de 20 a 25 mil euros mensais. A empresa declarava as remunerações mas, efectivamente, não as pagava. Uma dessas pessoas apresentou um pedido de subsídio de maternidade de 60 mil euros mensais. Fomos averiguar e desmascarámos a tentativa de fraude. A senhora era administradora em três empresas e trabalhadora noutras três e ganhava 20 mil euros por mês em cada uma delas. Quem faz isso não são os pobres, mas pessoas com qualificações e apoio jurídico. Alguns até utilizam consultores”, concretiza.

MRA Alliance/DE

Metade dos que recorrem a instituições têm menos de 250 euros mensais

segunda-feira, novembro 22nd, 2010

Cerca de metade daqueles que recorrem a instituições de solidariedade social têm menos de 250 euros por mês para viver, segundo um inquérito realizado pela Universidade Católica que abrangeu quase 4700 pessoas.

Numa parceria com o Banco Alimentar e a Associação Entreajuda, o Centro de Estudos e Sondagens da Católica realizou entre Junho e Outubro deste ano uma análise à realidade dos utilizadores do apoio das instituições de solidariedade, que abrangeu mais de 550 organizações.

Relativamente à situação económica, os dados mostram que metade dos inquiridos ficam com menos de 250 euros por mês para viver e cerca de 90% têm rendimentos líquidos abaixo ou a rondar o ordenado mínimo.

MRA Alliance/JN

Portugal: Número de pobres não vai diminuir nos próximos anos

quarta-feira, outubro 6th, 2010

Edmundo Martinho, coordenador do Ano Europeu do Combate à Pobreza e Exclusão Social, diz que o número de pobres não vai diminuir nos próximos anos em Portugal.

Em entrevista à TSF, Martinho afirmou que as medidas de austeridade anunciadas pelo Governo vão prejudicar o trabalho pela redução das taxas de pobreza no País. “Temos que ter a consciência de que estes próximos tempos serão tempos de travagem, certamente, desse processo regressivo das taxas de pobreza”, concretizou.

Questionado se espera um aumento das taxas de pobreza, respondeu que não e explicou: “Nós vamos ter que ser capazes, nomeadamente, nas pessoas que vão perdendo, por exemplo, o subsídio de desemprego, ou o subsídio especial de desemprego, de nos superarmos no que diz respeito à eficácia das nossas soluções. Isto significa encontrar eventualmente respostas novas, mas também significa utilizar melhor aquelas que temos.”

O presidente do Instituto da Segurança Social mostrou-se particularmente preocupado com a pobreza infantil e das pessoas com deficiência. No próximo Orçamento, o Governo pretende cortar em 25 por cento o valor do abono de família das pessoas com mais baixo rendimento, e há outras que perdem mesmo o direito ao apoio.

MRA Alliance/Público

EUA: Pobreza cresce e atinge quatro milhões de americanos

quinta-feira, setembro 16th, 2010

O número de pobres nos Estados Unidos aumentou quase quatro milhões, para 43,7 milhões no último ano, o valor mais elevado desde que os censos começaram a registar dados sobre pobreza na América.

De acordo com dados do censo oficial dos Estados Unidos, relativo a 2009, perto de quatro de milhões de americanos a juntaram-se ao número dos que vivem abaixo do nível de pobreza, com menos de 22.000 dólares (cerca de 16.930 euros) por ano para uma família de quatro elementos.

A taxa de pobreza aumentou, de 13,2 por cento em 2008 para 14,3 por cento em 2009, o que representa uma em cada sete pessoas, a percentagem mais elevada desde 2004, disse aos jornalistas David Johnson, o director do gabinete da divisão da económica familiar do Departamento de Censos dos EUA.

MRA Alliance/IOL

Moçambique: Minérios poderão reduzir dependência dos doadores internacionais

domingo, setembro 5th, 2010

A economia moçambicana continuará dependente dos apoios internacionais, que desde há “muitos anos” financiam grande parte do seu orçamento, devido aos investimentos massivos necessários na educação, saúde e infraestruturas embora, no futuro, a industria mineral possa ter um papel importante na solução do problema.“A questão da dependência total sobre os doadores para o Orçamento do Estado vai continuar durante vários anos, porque em Moçambique o Governo tem de investir grandes quantidades de dinheiro na educação, nas infraestruturas, na saúde, e basicamente não tem os recursos, nem as especialidades necessárias para o fazer”, considerou em conversa com a Agência Lusa, Edward George, economista chefe do departamento de África da Economist Intelligence Unit.

O economista que acompanha vários países africanos, entre os quais Moçambique, considera que os doadores internacionais “vão ter um papel enorme nos próximos cinco, dez anos”, apontando no entanto que têm subsistido algumas dúvidas de alguns dos países e organizações que apoiam financeiramente o país, que apontam reformas estruturais paradas e que é necessário fazer muito mais.

MRA Alliance/Diário Digital

Igreja cria fundo comum para ajudar mais necessitados

sexta-feira, julho 23rd, 2010

O Conselho Consultivo da Pastoral Social propôs ontem a criação de um novo “fundo” conjunto para reunir fundos destinados a apoiar a população mais necessitada. Em conferência de imprensa, D. Carlos Azevedo, presidente daquele organismo da Igreja Católica, revelou que este “fundo novo” da Igreja se destina a promover “mecenato, a generosidade das pessoas, para atender aos apelos das dioceses, das paróquias”. O Bispo auxiliar de Lisboa deixou votos de que “cada paróquia, congregação, movimento inclua no seu plano pastoral a atenção às pessoas mais afectadas pela crise, denuncie injustiças locais, exija empenhamento político da administração pública, motive a comunidade para a partilha dos bens”.

Na sua intervenção, D. Carlos Azevedo considerou que “o mais importante não são palavras, mas obras, uma economia ao serviço do ser humano, uma partilha generosa dos bens, uma organização eficaz das ofertas de ajuda”. “A Igreja tem diante de si um trabalho descomunal e impagável: colaborar na construção de uma cultura da solidariedade e da justiça que elimine o cancro da cultura da satisfação”, observou. O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social pediu que “não haja nenhum programa de caridade sem análise social, sem denúncia política das estruturas sociais de exploração e dependência que impedem a justiça”.Eugénio Fonseca, presidente da Cáritas Portuguesa, explicou que a ideia de um “fundo comum” tem como objectivo “congregar esforços e rentabilizar meios disponíveis. “Se não fosse a generosidade dos portugueses e portuguesas teríamos muito mais dificuldades em atender aos problemas que diariamente nos aparecem”, sublinhou.A Cáritas irá desde já avançar com cerca de 30 mil Euros para iniciar esse fundo, com parte do montante que recolheu na operação de Natal de 2009. “Depois virão outros contributos”, indicou Eugénio Fonseca, assinalando que “seria bom que alguns cristãos quisessem dar, durante algum tempo, uma percentagem dos seus vencimentos”.

A aplicação das verbas será feita em cada diocese, confiando nas paróquias para as fazer chegar “às pessoas em necessidade”, dado que “conhecem melhor a realidade”. “A nossa prioridade será sempre para os mais pobres”, destacou o presidente da Cáritas Portuguesa, organização que ficará responsável por fazer circular os bens.

MRA Alliance/Agência Ecclesia

Subsídios sociais evitam probreza a mais de 40% dos portugueses

quinta-feira, julho 15th, 2010

Os resultados provisórios do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam que 41,5 por cento dos portugueses estaria em risco de pobreza em 2008, mais 1,5 por cento do que no ano anterior, se forem considerados apenas os rendimentos do trabalho, de capital e as transferências privadas.

Para 2009, a previsão é igual à de 2008, de acordo com uma notícia publicada hoje pelo jornal Público.

O inquérito do INE, realizado no ano passado com base nos rendimentos de 2008, mostra que as transferências sociais relacionadas com doença e incapacidade, família, desemprego e inclusão social (excluindo pensões) permitiram reduzir em 6,5 por cento a proporção de população em risco de pobreza.

A isto junta-se ainda o impacto das pensões de reforma e sobrevivência. Só estes rendimentos “extra” permitem reduzir em 17,2 por cento a proporção de indivíduos em risco de pobreza. Assim sendo, sem transferências sociais de qualquer ordem, a taxa de portugueses em risco de pobreza nunca estaria nos 17,9 por cento registados, mas sim em 41,5.

Contudo, se acrescentarmos as pensões ao rendimento dos portugueses, excluindo apenas o contributo de outras transferências sociais, o risco de pobreza seria de 24,3 por cento.

De acordo com o inquérito, a taxa real da população em risco de pobreza diminuiu ligeiramente (0,6 por cento) em 2008, colocando nessa situação 17,9 por cento dos portugueses.

Apesar da descida, a desigualdade na distribuição dos rendimentos continua gritante. Em 2008, o rendimento dos 20 por cento da população mais ricos era seis vezes superior aos rendimentos dos mais pobres.

Além disso, o risco de pobreza agravou-se sobretudo para a população em situação de desemprego, passando de 34,6 por cento para 37.

MRA Alliance

Portugueses mais pobres mas felizes

terça-feira, junho 29th, 2010

As famílias enfrentam cada vez mais dificuldades e, de acordo com um estudo ontem divulgado, existem mesmo 31 por cento de portugueses a viver no escalão imediatamente acima do limiar da pobreza. Apesar desta realidade, os portugueses consideram-se felizes. Mais de 70% dos inquiridos admitem viver satisfeitos, sendo a família e os amigos as justificações apontadas. O grau de felicidade nacional situa-se nos 6,6 pontos (numa escala de 0 a 10) – uma nota que é positiva, embora abaixo da média europeia (7,5).
A investigação realizada pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), de Lisboa, concluiu que começam a proliferar no nosso país as chamadas “famílias sanduíche”, compostas por membros trabalhadores, com rendimentos superiores ao limiar da pobreza, mas que têm muitas dificuldades em suportar todas as despesas.

Segundo o relatório, estas famílias vivem nos centros urbanos e estudaram mais do que os seus pais. Mesmo assim, 21% não têm capacidade financeira para reagir às despesas inesperadas, 12% não conseguem comprar todos os medicamentos de que necessitam e 30% têm muita dificuldade em pagar as contas correntes.

Abaixo do limite encontram-se já 20% dos portugueses, cujo nível de rendimentos é incapaz de satisfazer as suas necessidades, confirmando-se que os mais vulneráveis a este tipo de situação são os idosos, as famílias monoparentais e os menos instruídos.

O ISCTE revela, ainda, que 57% dos pobres ou quase pobres vivem com um orçamento familiar abaixo dos 900 euros, valor que surpreendeu os responsáveis pelo estudo que envolveu 1237 inquiridos.

MRA Alliance/ionline

Portugal é o nono país mais pobre da União Europeia

terça-feira, junho 22nd, 2010

O PIB per capita de 78 por cento mantém Portugal no nono posto na lista dos países mais pobres da União Europeia abaixo da Grécia, segundo dados provisórios do Eurostat, publicados esta sexta-feira.

Espanha, que está seis lugares acima de Portugal, manteve o indicador de riqueza por habitante que tinha em 2008. Itália e Grécia estão entre os dois países. O Luxemburgo é o país mais rico, com um PIB per capita de 268 por cento. O valor é quase três vezes acima da média da União Europeia.

A Irlanda, a Holanda e a Áustria completam a lista dos mais ricos, entre os 27 Estados-membros. A Bulgária continua na cauda, com Letónia, Lituânia, Roménia e Polónia logo atrás, de acordo com o gabinete de estatísticas da União Europeia.

MRA Alliance/Agências

Pobreza ameaçava 18% dos portugueses em 2008

segunda-feira, janeiro 18th, 2010

O Eurostat divulgou hoje dados indicando que o risco de pobreza ameaçava 18% da população portuguesa. Aquele risco diminuiu entre os mais idosos, passando de 26% para 21%.

Num ano, contudo, o risco de pobreza entre os jovens até aos 18 anos, aumentou de 21% para 23%. A população empregada manteve o risco nos 12 pontos percentuais.

Em 2008, 18% da população em Portugal viveu com menos de 5 800 euros por ano, ou seja, menos 60% do Rendimento Nacional per capita.

Os dados do organismo europeu revelam também que em 2008 a Letónia foi o país onde se registou maior risco de pobreza, 26%, seguindo-se a Roménia (23%), Bulgária (21%), Grécia (20%), Espanha (20%) e Lituânia (20%).

A menor taxa de risco de pobreza foi registada na República Checa (9%), Holanda (11%), Eslováquia (11%), Dinamarca, Hungria, Áustria, Eslovénia e Suécia, todos com 12%.

MRA Alliance/Agências

EUA: 20 mil pessoas por dia entram na lista dos pobres com fome

domingo, novembro 29th, 2009

Um em cada oito americanos adultos, e uma em cada quatro crianças,  beneficiam actualmente do programa norte-americano de ajuda alimentar que os políticos conservadores quiseram cancelar nos anos 90. Segundo a edição de hoje do New York Times electrónico, 20 mil americanos por dia engrossam a lista de novos beneficiários do Supplemental Nutrition Assistance Program, financiado com fundos federais.

A crise financeira e a recessão encarregaram-se de revitalizar o programa transformando-o numa ferramenta importante para combater a pobreza e a fome em faixas crescentes e socialmente diversificadas da população dos Estados Unidos.

“Mais de 36 milhões de pessoas usam discretos cupons para se abastecerem de leite, pão e queijo, empurrandos para os balcões dos supermercados em cidades arruinadas e em subúrbios deprimidos pela crise hipotecária”, refere o NYT.

Aos habituais beneficiários, excluídos e pobres de longa duração, juntaram-se casais, mães solteiras, novos desempregados e trabalhadores afectados pela repentina redução dos respectivos salários mensais imposta pelas empresas mais afectadas pela crise económica. 

O NYT indica que, nos Estados Unidos, existem 239 municípios onde, pelo menos, 25% da população recebe senhas para alimentação em zonas de forte densidade populacional como Bronx (Nova Iorque) ou Filadélfia e em pequenas comunidades de norte a sul do país. Em um deles – Owsley County, Kentucky – metade dos 4 600 habitantes recebem as providenciais senhas.

Em mais de 750 municípios o programa contribui para ajudar um em cada três afro-americanos a não passar fome. Em mais de 800, mitiga o problema a uma em cada três crianças. Nas cidades banhadas pelo rio Mississippi – St. Louis, Memphis e Nova Orleans – pelo menos metade das crianças beneficiam do programa. 

As situações de pobreza e escassez alimentar estão crescentemente a afectar cidades e municípios outrora tidas como abastadas – Riverside County, Califórnia, boa parte da área metropolitana de Phoenix, Las Vegas, Atlanta e uma faixa de 200 km, na Flórida, de Bradenton a Everglades.

Kevin Concannon, sub-secretário da Agricultura estima que mais 15 a 16 milhões de americanos poderão ser elegíveis como beneficiários. 

“Chegou a hora de encararmos a realidade. Neste país de abundância existem pessoas com fome”, disse Concannon, citado pelo diário nova-iorquino.

MRA Alliance/NYT

Mundo tem mais 50 milhões de pobres devido à crise

segunda-feira, abril 27th, 2009

A crise económica internacional já criou mais 50 milhões de pobres, de acordo com estimativas do Banco Mundial (BM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), segundo os quais o programa mundial para reduzir a pobreza até 2015 vai falhar os objectivos. 

As duas instituições emitiram um comunicado conjunto no qual alertam que a crise internacional se está a transformar em ‘catástrofe humana e desastre nos países em desenvolvimento’, com tendência para o agravamento. O BM e o FMI reconhecem que a economia mundial se deteriorou consideravelmente desde a última reunião.

‘Esta evolução tem consequências particularmente graves nos países em desenvolvimento, onde a crise financeira e económica se transforma em catástrofe humana e num desastre no plano de desenvolvimento’, refere a nota. ‘Nós devemos atenuar o seu impacto nos países em desenvolvimento e facilitar a contribuição destes para a retoma mundial’, afirmam as duas instituições.

O presidente do BM, Robert Zoellick, mostrou-se reticente em relação ao cumprimento dos oito objectivos do milénio, aprovados em 2000 para reduzir a pobreza até 2015, e que incluem o retrocesso das grandes pandemias, da mortalidade infantil e do analfabetismo, bem como a igualdade dos sexos, a melhoria da saúde materna e a protecção do ambiente.

No passado dia 2 de Abril, em Londres, os líderes do G20 prometeram aumentar os recursos das instituições financeiras internacionais em mais de 1.100 milhões de dólares, para enfrentar os efeitos da crise económica.

MRA Alliance/Agências

Banco de Portugal contabiliza 2 milhões de pobres, em 2006

quarta-feira, abril 15th, 2009

Portugal tinha dois milhões de pobres, em 2006, dos quais 300 mil eram crianças, revela um estudo realizado por Nuno Alves, do Departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal (BP), notica hoje o Correio da Manhã online. Os dados,  publicados no Boletim Económico de Primavera do Banco de Portugal, permitem concluir que 56% desses pobres têm entre 15 e 64 anos.  

O estudo classifica como pobre todo o indivíduo cujo nível de rendimento (despesa), num determinado período, é inferior a 60% do rendimento médio nacional. Em valores, a linha de pobreza calculada com base no rendimento ascendia a 382 euros mensais, em 2005.

O estudo do BdP conclui que as classes mais vulneráveis à situação de pobreza são as famílias em que pelo menos um adulto está desempregado, idosos com baixos níveis de escolaridade, famílias monoparentais com filhos e famílias numerosas em que pelo menos um adulto não trabalha.

MRA Alliance/Correio da Manhã 

Novos pobres inundam autarquias com pedidos de emprego e de subsídios

domingo, novembro 16th, 2008

A crise económica está a levar centenas de portugueses a recorrerem às câmaras para pedir emprego, casa ou ajuda para pagar as contas, realidade que os autarcas admitem não ser nova, mas que se tem acentuado nos últimos tempos, noticia hoje a agência Lusa.

O presidente da Câmara Municipal de Bragança, Jorge Nunes, disse estar a ser cada vez mais procurado por pessoas a pedirem emprego, da mesma forma que aumentam as solicitações de pagamento em prestações no município. Jorge Nunes esclarece que os pedidos de emprego não são feitos no “âmbito do fenómeno da cunha”, mas por “pessoas que necessitam de uma oportunidade de serem ajudadas”, nomeadamente jovens licenciados. Outro grupo que começa a aparecer a pedir ajuda, segundo o autarca, são os trabalhadores da construção civil do concelho e da região, que estão a regressar de Espanha. “Pedem ao presidente da Câmara que se tiver conhecimento de alguma oportunidade de emprego nalguma empresa, alguma instituição, os ajude”, disse. Paralelamente às solicitações de emprego, o município tem registado um aumento dos pedidos de pagamento em prestações. “Também algumas famílias evidenciam uma situação de maior precariedade em termos económicos, dirigindo-se já com maior regularidade ao município no sentido de encontrar soluções faseadas para pagamento de contas, rendas sociais, consumos de água”, afirmou o autarca.

O presidente da Câmara de Aveiro, Élio Maia (PSD/CDS), confronta-se também com o desespero de pequenos construtores à procura de obras – “algo que possam construir que lhes sirva de bóia de salvação”. Maia diz sentir hoje “muito mais” solicitações de munícipes à procura de emprego, do que no início do mandato. O autarca precisou que lhe aparecem “dramas sociais terríveis”, de pessoas que já não têm dinheiro para pagar o infantário, ou os livros dos filhos, perante os quais fica com um sentimento de impotência por nada poder fazer. “São pessoas que não fazem ideia como é que são feitas as admissões de funcionários nas autarquias e que pedem para falar comigo, pensando que lhes posso dizer para aparecerem no dia seguinte para vir trabalhar”, comentou.

Élio Maia disse que o número de pedidos de audiência para pedir emprego tem aumentado nos últimos tempos, sobretudo de pessoas na casa dos 40 ou 50 anos, com poucas habilitações, e que o mercado de trabalho não consegue absorver, mas também de jovens licenciados. Actualmente o município de Aveiro emprega mais de 1 170 pessoas, sendo o segundo maior empregador no concelho, e a redução dos encargos com pessoal é uma das medidas que tem sido defendida para conseguir o reequilíbrio financeiro da autarquia.

Em Pombal, o presidente do município, Narciso Mota, explicou à Lusa que “nos últimos dois, três anos, têm vindo a aumentar exponencialmente os pedidos de audiência para este efeito”. Entre os cerca de 20 munícipes que recebe duas vezes por semana no seu gabinete, entre “30 a 40 por cento trazem questões relacionadas com o emprego”. “Aparecem mais mulheres que homens a pedir emprego para si, para os seus filhos ou outros familiares”, disse. Os pedidos são formulados por munícipes com idades superiores a 40 anos. Os pedidos não são apenas para arranjar emprego nos serviços camarários: “é também para mover as suas influências noutros locais”, sublinhou.

“Recebo pessoas que me dizem: ‘Se souber alguma coisa… como fala com muita gente'”, disse à Lusa a presidente da Câmara de Leiria, Isabel Damasceno, referindo ainda as “quantidades enormes de currículos” que chegam aos Paços do Concelho. A autarca referiu outras situações que reconhece serem reflexo da crise: munícipes que deixam de pagar a conta da água ou que pedem para fazê-lo a prestações, pedido sempre autorizado pelos serviços municipais.

Também o presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, João Salgueiro, nota um “crescimento considerável” de pedidos de emprego nas audiências que concede, principalmente de mulheres entre os 40 e 50 anos, o que o autarca justifica com o encerramento de empresas na área da louça decorativa, sector que emprega, sobretudo, mão-de-obra feminina.

Por outro lado, devido à falência de empresas da área da construção civil, o desemprego afecta também trabalhadores do sexo masculino, reconhece o autarca socialista. “Mas, nestes últimos casos, o mercado de trabalho absorve-os com mais facilidade”, reconheceu João Salgueiro, que revelou: “Sempre que sabemos de ofertas de emprego, como foi o caso recente da abertura de superfícies comerciais, remetemos as pessoas para esses locais”.

Em Portalegre, o presidente da Câmara, Mata Cáceres (PSD), afirmou ser “constante” o recurso à autarquia de habitantes, alguns em “situações dramáticas”, para solicitar emprego ou habitação social. Mata Cáceres explicou ainda que, mais recentemente, “têm aparecido vários casos de munícipes que estavam a receber subsídio de desemprego, na sequência do encerramento de uma fábrica na cidade, e esse mesmo subsídio está a terminar”. Manifestando-se “preocupado” com a situação, o autarca disse ter já solicitado uma reunião ao presidente do Instituto da Segurança Social, Edmundo Martinho, para tentar “minimizar” o problema.

Nas audiências semanais da Câmara de Beja, “os pedidos de emprego e casa são o pão nosso de cada dia”, disse à Lusa o presidente do município, Francisco Santos, mostrando-se “angustiado” porque “a Câmara não tem capacidades para responder a todos os problemas sociais”. “Quando os outros serviços não conseguem dar resposta, as pessoas vêm à Câmara”, disse o autarca, precisando que “sete das nove pessoas” que atendeu recentemente “procuravam emprego e casa”. “O que mais me custa é que são sobretudo pessoas relativamente novas”, confessou, referindo que “há muito tempo que se nota a crise nas audiências semanais da Câmara, apesar de agora ser mais evidente”.

Na vila alentejana de Arraiolos, distrito de Évora, o presidente do município, Jerónimo Lóios, contou à Lusa ter recebido recentemente três pessoas que procuravam emprego, o que “não acontecia há largos meses”. Outro sinal da “crise”, segundo o autarca, é a diminuição do trabalho para as pequenas e médias empresas do sector da construção civil. “Alguns empresários da construção civil do concelho já contactaram a câmara a perguntar sobre as obras municipais previstas, porque lhes começa a faltar trabalho”, relatou Jerónimo Lóios. O autarca indicou ainda o crescente número de currículos de habilitações que são enviados mensalmente para os serviços da câmara.

Também no distrito de Évora, em Vendas Novas, o presidente da câmara, José Figueira (CDU), confirmou que se nota “alguma afluência” de pessoas à autarquia a pedir emprego. A situação, segundo o autarca, está relacionada com o facto de empresas do sector automóvel, instaladas no concelho, “estarem a dispensar trabalhadores”.

Nos últimos dois meses, a Câmara de Faro registou um aumento de pedidos de ajuda dos munícipes para pagar as rendas das casas, mas também a solicitar emprego, admitiu o presidente da autarquia, José Apolinário. Para ajudar a população no sentido de pagarem as rendas, Apolinário pretende avançar em breve com um regulamento municipal de apoio às rendas.

Não é invulgar que, às quartas-feiras, surja alguém a pedir emprego, entre as sete ou oito pessoas que requisitam uma audiência com o presidente da Câmara de Portimão. Mas, nos últimos tempos e sobretudo depois do Verão, “têm surgido cada vez mais pessoas a confidenciar a sua angústia pessoal, do desemprego, das condições degradadas em que vivem e da sua dificuldade em cumprir obrigações a que estão sujeitas”, revelou o autarca Manuel da Luz à Lusa.

A resposta a “situações extremas”, reconheceu, “são sempre complicadas”, especialmente porque “existem algumas limitações ao apoio que a autarquia pode conceder”. Foi possível introduzir a comparticipação ao arrendamento que está ser a principal “bóia de salvação” das vítimas da crise. A quem fizer prova de atravessar dificuldades financeiras, a Câmara subsidia o valor do arrendamento da habitação até ao limite máximo de 50 por cento. Um ano depois de ter sido lançado com uma dotação financeira de 200 mil euros, Manuel da Luz afirma que o apoio “cresceu acima do previsto”, representando já 500 mil euros do orçamento autárquico.

LUSA

EUA: Banqueiros receberam prémios 10 vezes superiores aos empréstimos para desenvolvimento de países pobres

sábado, setembro 27th, 2008

Os principais banqueiros das cinco maiores instituições financeiras de Wall Street receberam USD 3,1 mil milhões/bilhões em salários, bónus e prémios de gestão nos últimos cinco anos, noticiou hoje a agência Bloomberg. Os executivos foram remunerados pelos ruinosos negócios que fizeram com derivativos de crédito. Estes instrumentos financeiros são os principais causadores da maior crise financeira desde a Grande Depressão. O actual secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, recebeu USD 111 milhões, entre 2003 e Julho de 2006, mês em que tomou posse do actual cargo. Após a recusa inicial, Paulson, arquitecto do polémico plano de salvação da indústria financeira americana, aceitou a imposição de limites aos salários dos banqueiros privados durante a audição perante o Congresso, na passada quarta-feira. Os partidos com assento na câmara legislativa exigem a adopção de tal medida como condição para a aprovação do “Plano Paulson”, que prevê que o Estado assuma dívidas e injecte USD 700 mm/bi para consertar o sistema financeiro do país. O valor de USD 3,1 mm/bi é quase 11 vezes superior aos empréstimos concedidos, em 2006, pelas Nações Unidas , a 16 países pobres para investimentos em projectos para a melhoria das condições de vida da população rural. MRA Dep. Data Mining

Pobreza: Porto lidera e Lisboa aproxima-se aceleradamente

domingo, agosto 10th, 2008

A nível nacional, cerca de dois milhões de pessoas (7 000 mil famílias) estão no limiar da pobreza com o distrito do Porto a liderar, segundo dados do Ministério da Segurança Social relativos aos beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI). Logo a seguir está o distrito de Lisboa, onde se verificou a maior subida do número de pessoas e famílias abrangidas pelo RSI nos primeiros seis meses do ano. Santarém foi o único distrito do país onde o número de famílias com direito ao RSI desceu mas o número de pessoas abrangidas aumentou. Bragança mantém-se como o distrito onde as famílias passam menos dificuldades face ao menor número de beneficiários. No final de Junho de 2008, o distrito do Porto registou 637 954beneficiários (251 985 famílias) o que representa um aumento de 54 180 pessoas (+ 9,2%) e de 22 387 famílias (+ 9,7%) comparativamente a igual período de 2007. No ano passado, Lisboa registava 194 204 pessoas e 68 855 agregados familiares beneficiários do RSI no distrito de Lisboa. Um ano depois, o número de beneficiários aumentou, em ambos os casos (+ 37%). Em 30 de Junho de 2008, recebiam o RSI 266 580 pessoas e 94 981 famílias, um aumento de 72 376 pessoas e 22 387 agregados familiares. No período em análise, o distrito de Braga ultrapassou o de Setúbal em termos de beneficiários e ultrapassou o de Viseu em número de famílias, com o terceiro maior crescimento. Os Açores, apesar de terem sido a região em que o número de beneficiários cresceu menos – mais 972 pessoas – continua a ser uma das regiões mais afectadas pelo flagelo da pobreza, com um total de 109 670 beneficiários e 29 622 famílias. Na Madeira existiam 15 962 famílias e 46 361 pessoas a beneficiar do RSI no final do primeiro semestre de 2008, o que representa um crescimento de 438 e 1187 em relação há um ano, respectivamente. Fonte: DN Online

Brasil distribuiu melhor a riqueza produzida

quarta-feira, agosto 6th, 2008

O número de pobres e indigentes no Brasil caiu paralelamente ao aumento do número de ricos, entre 2003 e 2008, nas regiões metropolitanas. Os reflexos do crescimento económico melhoraram a distribuição da riqueza produzida, a redução da pobreza e alargando o número dos brasileiros com maior poder de compra. A conclusão resulta do estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado ontem. A população indigente caiu para metade – de 6,04 milhões para 3,12 milhões – nos cinco anos. Os pobres são 11,35 milhões, ante os 15,44 milhões em 2003, e os ricos passaram de 362,26 mil para 476,59 mil. Os indigentes representavam 13,7% da população, em 2003, diminuindo para 6,6% em 2008. A taxa de pobreza caiu de 35% para 24,1%. A taxa da população com maiores rendimentos passou de 0,8% para 1%, o mesmo patamar atingido em 2006. MRA/Agências

Brasil: 28% dos que recebem Bolsa Família temem passar fome

sábado, junho 28th, 2008

O estudo do Ibase publicado hoje pelo jornal electrónico Folha Online revela que o Bolsa Família tem impactos positivos na alimentação, não causa o chamado «efeito-preguiça», mas não consegue beneficiar todos os que precisam. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE mostram que, em 2006, mais de 50% dos domicílios mais pobres não estavam abrangidos pelo programa. Famílias com menor necessidade receberam ajuda e outras, mais necessitadas, ficaram excluídas. Em 2006, de um total de 8,2 milhões de residências com um rendimento mensal per capita inferior a 120 reais (€ 47,50), apenas 47% recebiam o benefício.

Ao investigar o grau de segurança alimentar dos beneficiários, o estudo do Ibase revela que o nível total de segurança alimentar só abrange 17% dos agregados contemplados com o programa Bolsa Família. Cerca de 28%, no entanto, embora não passem fome nem deixem de consumir alimentos, receiam que tal possa acontecer futuramente. Outro grupo (34%) de famílias enfrentam um «estágio moderado de insegurança» – embora não passem fome são forçados a reduzir o consumo de alimentos. Em 21% dos casos, a insegurança alimentar foi considerada grave. “Não é necessariamente uma situação famélica como a que ocorre na África, mas são domicílios onde faltam alimentos em casa e, por isso, nem todas as refeições são feitas”, disse Francisco Menezes, coordenador-geral do estudo. Além de estudar a situação da segurança alimentar no Brasil, o Ibase conclui que 49% das mulheres beneficiárias disseram sentir-se financeiramente mais independentes. Outros 39% declararam que o seu poder de decisão em relação ao dinheiro da família aumentou. Os recursos do programa são concedidos prioritariamente às mulheres. Algumas aproveitaram o subsídio para porem fim ao casamento. “Repassamos os recursos para as mulheres por entender que elas fazem melhores escolhas para beneficiar a família, mas sabemos que essa política acaba tendo reflexos nas relações de gênero também”, afirmou Rosani Cunha, do Ministério do Desenvolvimento Social.

67 milhões de refugiados batem recorde mundial

terça-feira, junho 17th, 2008

O número de refugiados e pessoas deslocadas que fogem de conflitos armados ou de catástrofes naturais nunca alcançou um nível tão elevado no mundo, chegando a 67 milhões de pessoas no ano passado, informou na terça-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur). “Após uma queda no número de refugiados durante cinco anos, de 2001 a 2005, vimos um aumento pelo segundo ano consecutivo”, declarou o alto comissário da ONU para os refugiados Antonio Guterres num comunicado. Segundo Guterres, há “novas urgências ligadas aos conflitos em pontos quentes do planeta, a governos ruins, à degradação do meio ambiente devido ao clima, que reforça a competição por recursos escassos e ao forte aumento dos preços (…) fonte de instabilidade em vários lugares”. MRA/Agências

Inflação agro-alimentar e petróleo acentuam desigualdades, pobreza e ameaçam paz mundial

terça-feira, abril 29th, 2008

Especialistas internacionais, da ONU/FAO à OMC passando pela OCDE, convergem num ponto: a combinação da inflacão agro-alimentar e energética vai tornar o mundo mais inseguro, mais pobre e mais desigual. Os ambiciosos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) para 2015 não estão apenas comprometidos. São inexequíveis e pura ficção. Os profetas do crescimento e do desenvolvimento perpétuos atiraram o mundo para um beco sem saída.

Ou consumimos menos e de forma mais inteligente, ou dentro de alguns decénios não teremos dinheiro suficiente para comprar comida, combustíveis e medicamentos para tratarmos as doenças que, crescentemente, vão diminuir a nossa qualidade de vida. Mais…

MRA – Dep. Data Mining

China provoca subida dramática dos preços dos fertilizantes

quinta-feira, abril 17th, 2008

Escassez de alimentosO governo chinês abriu os cordões à bolsa e aceitou pagar o triplo, em 2008, pelo carbonato de potássio que importa do Canadá para melhorar a sua produtividade agrícola, num sinal de que o preço da fileira agro-industrial vai continuar o ciclo de subida. O grande beneficiário foi o fornecedor Potash Corp. do Canadá, o mais produtor de fertilizantes do mundo, cujas acções não têm parado de se valorizar na bolsa de Toronto. A Potash Corp. passou a ser a segunda empresa canadiana com maior capitalização bolsista – atrás da Research In Motion e à frente do Royal Bank of Canada e Manulife Financial. O seu valor de mercado é actualmente de 62 mil milhões de dólares canadianos (CAD). Desde 2003, as acções da empresa tiveram uma valorização de 1 000%.

Contratos idênticos estão a ser assinados entre a China e empresas russas como de outros países à escala global. A procura de fertilizantes à base de potássio deverá crescer 4% ao ano, de acordo com fontes do sector. Os preços das commodities agrícolas – trigo, milho, soja e arroz – não param de subir. Mais caras e escassas estão a provocar tensões sociais em muitos países em desenvolvimento, africanos e asiáticos, em particular no Zimbabué, Uganda, Quénia, Sudão, República do Congo, Burundi e Ruanda, bem como nas Filipinas, Indonésia, Índia e China and India. MRA/Agências

UE: 78 milhões de europeus (25% crianças) em risco de pobreza

segunda-feira, fevereiro 25th, 2008

pobreza-eu-ptDos 78 milhões dos 500 milhõees de europeus que vivem em risco de pobreza, 19 milhões são crianças, ou seja 25%, refere um relatório da Comissão Europeia sobre política social divulgado hoje, em Bruxelas, noticiou o Diário Digital.