Archive for the ‘Petróleo’ Category

Petróleo: Queda das reservas americanas faz subir preços

quarta-feira, julho 20th, 2011
Os preços do crude reagiram positivamente à quebra das reservas divulgada a meio da tarde pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos. Em Londres, o Brent aprecia 0,81% para 118,01 dólares por barril. Em Nova Iorque, o barril de crude WTI, negociado na Nymex, avança 0,92% para 98,4 dólares por barril.
Os inventários de petróleo caíram em 3.727 milhões de barris para 351,7 milhões de barris na semana passada, segundo os dados revelados pelo Departamento de Energia no seu relatório semanal. Os 15 analistas consultados pela Bloomberg esperavam que as reservas caíssem, em média, 2.000 milhões de barris.
MRA Alliance/Agências

OPEP: Venezuela campeão mundial das reservas de crude

quarta-feira, julho 20th, 2011

De acordo com o boletim estatístico anual de 2010/2011 da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), as reservas provadas de petróleo da Venezuela aumentaram 40,4% – de 211,7 milhões (2009) para 296,5 milhões de barris (2010).

A Arábia Saudita, agora em 2º lugar, tinha, na mesma data, 264,5 milhões de barris, permanecendo praticamente inalterada face aos valores de 2009, altura em que era o país com mais barris nos seus inventários nacionais.

A OPEP revelou, no seu relatório, que o terceiro maior país com mais reservas provadas de crude é o Irão (onde os inventários aumentaram 10% entre 2009 e 2010), seguindo-se o Iraque (incremento de 24%) e o Koweit.

Na mesmo período, a produção diária mundial de petróleo também aumentou 1,1% para 69,7 milhões de barris por dia. A OPEP contribuiu com 29,2 milhões diários, 42% do total. A Rússia é o maior produtor do mundo (9,8 milhões de barris por dia), seguida pela Arábia Saudita, Estados Unidos e China. Em quinto lugar surge o Irão e em sexto está a Venezuela.

MRA Alliance/Agências

Portugal provoca baixa do euro e do petróleo

quarta-feira, julho 6th, 2011

Os alarmes voltaram a soar na Europa, depois de a Moddy’s ter descido o ‘rating’ de Portugal em quatro níveis para o nível de lixo (‘Ba2′), Quer isto dizer que a agência de notação financeira considera o investimento em dívida nacional uma aplicação especulativa e, por isso, de alto risco.

A moeda única perde, nesta altura, 0,43% para 1,4367 dólares. “As preocupações em torno de Portugal irão pesar sobre o euro”, afirmou Lee Hardman, especialista da unidade cambial do Bank of Tokyo-Mitsubishi, à Bloomberg.

O ‘downgrade’ de Portugal está ainda a ter efeitos negativos no mercado petrolífero, devido ao receio de que a crise de dívida na Europa limite a procura por combustíveis. O barril de ‘brent’, a referência para as importações portuguesas, perde 0,75% para 112,76 dólares, em Londres, ao mesmo tempo que o barril de crude desce 0,25% para 96,64 dólares em Nova Iorque.

Nas bolsas europeias assiste-se também a quedas acentuadas, depois de um ‘rally’ de sete dias, com Lisboa a protagonizar o pior desempenho. O índice de referência, o PSI 20, desce 2,55%, arrastado sobretudo pelos títulos da banca. O BCP, que tem um banco na Grécia, tomba 5,33% para 0,37 euros, mas já esteve a descer mais de 6% para 0,36 euros, um novo mínimo de sempre. BPI, BES e Banif caem mais de 3%. “O corte do ‘rating’ de Portugal é definitivamente a notícia que está por detrás da atmosfera de hoje”, comentou Mattias Jasper, perito do WGZ Bank.

Nos mercados de dívida os periféricos são os que mais sofrem. No caso de Portugal, os juros das obrigações dispararam hoje mais de 100 pontos base nos prazos mais curtos, ao mesmo tempo que o preço do seguro contra o eventual incumprimento do Estado português escalou mais de 80 pontos.

MRA Alliance/DE

Petróleo: Obama dá tiro no pé e preços voltam a disparar

quarta-feira, junho 29th, 2011

As cotações do crude estão a intensificar o movimento de valorização. Primeiro foi a reacção ao anúncio de que as reservas semanais norte-americanas caíram mais do que o previsto. Depois foi a decisão da Agência Internacional de Energia (EIA) de inundar os mercados com milhões de barris retirados às reservas estratégicas dos EUA, com o beneplácito da Administração Obama. Washington informou que, até ao final de Julho, iria retirar 60 milhões de barris das reservas norte-americanas para “compensar as quebras”. Claro que o primeiro objectivo foi provocar uma baixa dos preços. No entanto, para já, o resultado foi o oposto. E, na realidade, as tendências futuras dizem-nos que foi pior a emenda que o soneto…
Senão vejamos. Nas últimas 24 horas, o preço por barril do “benchmark” norte-americano WTI (West Texas Intermediate), para  entrega em Agosto, subiu 2,81% no mercado de Nova Iorque. A cotação foi de 95,50 dólares por barril, contra 93,78 dólares antes do anúncio sobre as reservas norte-americanas. Em 2010, o acumulado regista um ganho de 4,5%. Por seu lado, na tarde de hoje, o Brent do Mar do Norte, crude de referência para a Europa, chegou a valorizar 2,74% para 111,76 dólares. Desde o início do ano, acumula uma subida de 17,9%.
De acordo com a informação divulgada hoje pelo Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos, os “stocks” de crude caíram em 4,37 milhões de barris na semana passada, para 359,5 milhões. Uma dúzia de analistas inquiridos pela Bloomberg apontava para um decréscimo médio de 1,5 milhões de barris.
É verdade que, na semana passada, os efeitos imediatos da decisão da International Energy Agency (IEA) se traduziram num recuo dos preços de quase 10 dólares no mercado dos EUA. Mas, como se constata, foi sol de pouca dura. Acresce que, a quantidade de 60 milhões de barris oferecida por Obama como compensação é manifestamente insignificante para produzir os efeitos pretendidos, no curto e no médio prazo. Num prazo mais longo, certamente, acabará por ter o efeito contrário.
Recorde-se que, em Março passado, o respeitado e veterano analista Paul Horsnell, do Barclays Capital, surpreendeu os mercados ao vaticinar que, em 2020, os preços do WTI e do Brent deverão rondar os 185 dólares/ barril. Horsnell muito raramente emenda as suas previsões e, sobretudo nas de longo prazo, mantém-lhes uma fidelidade canina…
De acordo com a lei, as Reservas Estratégicas de Petróleo (SPR, em inglês) dos EUA só deverão ser usadas em situações que ameaçem a economia ou a segurança do país. Embora a economia norte-americana viva à custa de esteróides monetários e de falácias financeiras e mercantis, não parecem ter sido estas as razões para a acção de Obama e para as recomendações dos seus consultores de Wall Street.
Todos sabem que será praticamente impossível repor as reservas petrolíferas a preços idênticos aos da semana passada. O reabastacimento das SPR será mais caro e a sua origem será de países estrangeiros.  O quadro mostra que as reservas estratégicas representam apenas 0,3% do total da produção diária.

Caroline Bain, da prestigiada Economist Intelligence Unit, não tem dúvidas sobre as consequências das decisões da IEA: “A despeito de o impacto imediato da libertação das reservas por parte da IEA ser o de baixar os preços, num prazo mais dilatado pode desencadear a respectiva subida. As reservas são finitas.”

Curiosamente, nos últimos 50 anos a IEA só tomou uma decisão idêntica por duas vezes e foram sempre seguidas por violentas subidas dos preços. Esta é a terceira vez e um cenário idêntico pode repetir-se. Diversos factores agravam tais receios.

A produção de petróleo do Mar do Norte já não é o que era. Em lugar de excedentes, actualmente está numa curva preocupantemente descendente – menos 20% do que em 1991.  O mesmo acontece com as jazidas petrolíferas do México. A mal disfarçada tentativa de ocupação da Líbia e a instabilidade provocada no Médio Oriente e no Norte de África – do Iémen a Marrocos, passando pelo Afeganistão/Paquistão e pela Arábia Saudita/ Emiratos – são elementos fundamentais nesta equação.

No início de Dezembro passado, quando o crude estava bem abaixo dos 100 dólares, avançámos a possibilidade de, em 2011, o barril de petróleo poder atingir os 150 dólares. Se não se verificar uma queda abrupta no crescimento das principais economias emergentes, nem uma contração violenta na produção industrial global, continuamos a acreditar que tal é possível.

MRA Alliance 

Petróleo salta para mais de 125 dólares/barril em Londres

sábado, abril 9th, 2011

O petróleo negociado hoje no mercado londrino será entregue aos investidores no próximo mês ao preço de mais de 125 dólares por barril. Por volta das 19h45, o barril estava nos 126,220 dólares, a valorizar 2,813 por cento.
 
Este valor aproxima-se do máximo histórico de 11 de Julho de 2008 e reflecte a escalada do Brent do Mar do Norte nos últimos dias. Por duas vezes esta semana o crude bateu recordes dos últimos dois anos e meio. Superou a casa dos 120 dólares, afastando-se da barreira psicológica dos cem que no início da crise líbia, em Fevereiro. 

Hoje, a NATO confirmou um incêndio na central de Sarir, o que terá contribuído para acentuar a certeza de que um regresso aos níveis normais de produção de petróleo no país vai demorar o seu tempo. Desde o final da semana passada, a alta dos preços era atribuída pelos analistas à inquietude causada nos mercados face ao controlo dos terminais petrolíferos na Líbia, sabendo-se estarem ora nas mãos dos rebeldes, ora nas mãos de forças leais ao coronel Muammar Khadafi.

A Líbia é o 12.º maior país no mundo produtor de petróleo. Tem a terceira cota de produção em África e a Europa é um importante destino de exportação – com Itália sobretudo com interesses na exploração dos 1,49 milhões de barris que, em condições normais, sairiam do país diariamente.

MRA Alliance/Público

Petróleo ultrapassa fasquia dos 120 dólares

segunda-feira, abril 4th, 2011

Em Londres, o ‘brent’, que serve de referência às importações portuguesas, valorizava 1,16% para cotar nos 120,08 dólares por barril, o que representa um máximo de 32 meses. Desde o início do ano, o preço do petróleo já subiu 27%.

Segundo o presidente do Irão, o segundo maior exportador da OPEP, “os preços do ‘ouro-negro’ vão continuar a aumentar e poderão alcançar os 150 dólares no curto prazo” já que, acrescenta, “os actuais preços não são reais”.

A motivar a subida dos preços do ‘ouro negro’ estão os conflitos na Líbia. As últimas notícias davam conta de conflitos entre os rebeldes e as forças de Kadafi pela disputa da cidade petrolífera de Brega.

Segundo um analista da Again Capital, um hedge-fund centrado na energia, “os preços do petróleo só vão estabilizar quando a situação acalmar na Líbia”. Mas para Christopher Bellew, da Bache Commodities, “é cada vez mais claro que a situação na Líbia se deverá prolongar. Quanto mais observamos os conflitos no Médio Oriente melhor percebemos que não vão ser fáceis de resolver”, acrescenta.

Esta subida do petróleo pode atrapalhar ainda mais a evolução da economia portuguesa. No último Boletim Económico, o Banco de Portugal até reviu em alta, de 90 para 111 dólares, a sua previsão para o valor médio do ‘brent’ ao longo do ano. O novo valor já está, contudo, “desactualizado”. O mesmo acontece com o valor inscrito no PEC IV que foi chumbado pelo Parlamento. As contas desse programa tiveram por base um ‘brent’ a cotar nos 107,2 dólares.

MRA Alliance/DE

Estado e Amorim votaram contra alteração de estatutos da Galp

segunda-feira, março 28th, 2011

O acionista Estado e a Amorim Energia inviabilizaram hoje a alteração dos estatutos da Galp que foi defendida pelos italianos da ENI, no decorrer de uma assembleia geral extraordinária da petrolífera.«Quem votou a favor [da alteração dos estatutos] foram os italianos [da ENI] e mais alguns, mas o Estado votou contra e a Amorim Energia também», disse à Lusa o chairman da Galp e representante do acionista Estado, Francisco Murteira Nabo.

«Enquanto não houver uma clarificação acionista, o Estado acha que não será conveniente que haja uma alteração estatutária. É aguardar, há aqui um compasso de espera», acrescentou.

MRA Alliance/Agências

Petróleo pode chegar aos 200 dólares, prevê o Bank of America

quarta-feira, março 9th, 2011

O preço do barril de ‘Brent’, a referência para as importações portuguesas, está, nesta altura, a subir 0,88% para 114,06 dólares, interrompendo dois dias de quedas, devido à especulação que o conflito na Líbia vai persistir e afectar as reservas de petróleo na Europa. Segundo as projecções dos analistas do Bank of America/ Merrill Lynch, os preços do ‘ouro negro’ em Londres vão continuar a subir.

O banco de investimento americano acredita mesmo que o preço do ‘Brent’ “pode atingir, temporariamente, os 200 dólares o barril se forem perdidos mais de quatro milhões de barris por dia na produção do Médio Oriente e do Norte de África”.

Os mesmos peritos estimam ainda que o petróleo negociado em Londres atingirá os 140 dólares nos próximos três meses, devido ao aumento da procura e à interrupção da produção da Líbia.

Nesse sentido, o Bank of America/Merrill Lynch estima um preço médio do barril de ‘Brent’ nos 122 dólares no segundo trimestre do ano, contra a previsão anterior de 86 dólares.

MRA Alliance/DE

Kadhafi continua a receber milhões do petróleo apesar da crise líbia

domingo, março 6th, 2011

Muammar KadhafiO Financial Times revelou que o líder líbio continua a beneficiar das receitas do petróleo, apesar das sanções económicas impostas à Líbia. Os pagamentos das exportações de petróleo estão a ser depositados no banco central líbio, que estará a ser controlado directamente por Muammar Kadhafi, segundo fontes ligadas à indústria do petróleo ocidental contactadas pelo jornal britânico.

As mesmas fontes afirmaram ao FT que a Líbia exportou cerca de 570 mil barris de petróleo por dia na última semana de Fevereiro, período em que começaram os confrontos entre o regime e a oposição, e vendeu outros 400 mil barris por dia na semana passada.

Segundo as contas do FT, a Líbia terá arrecadado 770 milhões de dólares com as exportações de petróleo nas últimas duas semanas.

Isto apesar de vários países ocidentais terem imposto sanções económicas à Líbia, devido à repressão do regime contra os manifestantes que pedem a saída de Kadhafi.

O FT conta ainda que o fluxo das exportações líbias está a diminuir, com cada vez mais petrolíferas a deixarem de fazer negócios com este país do Magrebe. Porém, sublinha o diário britânico, as empresas chinesas e indianas continuam a comprar petróleo à Líbia.

A escalada da violência na Líbia continuou a puxar pelos preços do petróleo nos mercados internacionais, levando-os a novos máximos. O preço do barril de ‘Brent’, a referência para as importações portuguesas, subiu mais de 1% para 115,97 dólares na sexta-feira, mas durante a semana esteve muito perto dos 118 dólares.

MRA Alliance/DE

Tensões na Líbia aceleram aumento do preço do petróleo

segunda-feira, fevereiro 21st, 2011

A iInstabilidade que se vive na Líbia provocou um aumento do preço do petróleo, que atingiu novo máximo desde 2008 e superou a barreira dos 105 dólares. Adivinham-se novas subidas do preço dos combustíveis.

Os confrontos que se registam na Líbia estão a provocar uma subida no barril do petróleo, que atingiu valores que não se verificavam há mais de dois anos. Nesta segunda-feira, o barril de Brent (referência para o mercado europeu) atingiu os 105,08 dólares.

Depois da tensão no Egipto e na Tunísia, agora é a Líbia a abrir caminho à escalada do preço do crude, com perspectivas de novos aumentos dos combustíveis em Portugal. Há receios relativamente ao normal fornecimento desta matéria-prima, o que leva os mercados a aumentar o seu preço. Há tentativas de sabotagem nos poços de petróleo na Líbia (o terceiro produtor africano de petróleo e um dos principais fornecedores para o mercado português).

MRA Alliance/Agências

Galp pode ser moeda de troca na compra de dívida nacional pela China

segunda-feira, fevereiro 14th, 2011

A Jefferies International subiu o ‘target’ da Galp para 17 euros e sugeriu que a China poderá estar interessada na petrolífera. “É difícil acreditar que não haja uma petrolífera chinesa na corrida”, lê-se numa nota de análise libertada hoje, onde a equipa de analistas liderada por Daniel Ekstein sublinha que vários negócios entre a Repsol Brazil e a Sinopec, e também entre a Ineos e a Petrochina, mostram que o gigante asiático já se tornou fundamental para a realização de investimentos estratégicos nas diversas áreas de actuação da Galp.

A Jefferies lembra a recente “cooperação” entre Lisboa e Pequim e sugere que o negócio da Galp poderá servir de moeda de troca à compra de dívida pública portuguesa por parte da China. “A relação política entre Portugal e a China tem-se tornado cada vez mais cooperante, com a China a assumir-se com um forte comprador de dívida soberana portuguesa. Se a China acordou ajudar a economia portuguesa, então talvez a Galp vá emergir como o ‘quid pro quo’ nesse entendimento”, refere.

No entanto, para a casa de investimento a ENI não está disponível para vender a sua participação na Galp abaixo do valor de mercado. À cotação actual, a posição de 33% da ENI vale cerca de 4,3 mil milhões de euros. Ainda sobre a venda da posição da ENI, a Jefferies diz mesmo que “ou o negócio acontece com condições favoráveis para a ENI e, consequentemente, provoca uma valorização da Galp no mercado, ou não acontece de todo”.

A empresa norte-americana informa ainda que subiu o preço-alvo da petrolífera nacional de 16 euros para 17 euros, mantendo a recomendação de ‘comprar’ para as acções. Este ‘target’ implica um ‘upside’ de 7,6%. A suportar esta decisão estão também os resultados positivos apresentados pela Galp, que na sexta-feira reportou um lucro de 306 milhões de euros, o que representa uma subida de 43% face a 2009.

MRA Alliance/DE

“Estou na Galp para ficar”, diz Amorim

domingo, fevereiro 13th, 2011

Em entrevista ao semanário Expresso, Américo Amorim, accionista da Galp Energia, diz que está na petrolífera para ficar: “O meu compromisso com a Galp é de longo prazo. Estou na Galp para ficar”. Américo Amorim é presidente da Amorim Energia, ‘holding’ detida por si em 55%. Os restantes 45% estão nas mãos da Sonangol e de Isabel dos Santos.

A Eni, que controla cerca de 33% do capital da petrolífera esteve recentemente em negociações com a Petrobras para vender a sua posição, negociações que não chagaram a bom porto. Américo Amorim afirma que uma “solução para a Galp tem de passar por mim”.

Na entrevista, Amorim é claro sobre as suas intenções na Galp: “O facto de ter expirado o período de indisponibilidade de acções não altera o meu rumo. O meu compromisso com a Galp é de longo prazo. Esta empresa desempenha um papel estratégico, de interesse nacional, que continuarei a defender. É fundamental que todos entendam isso”.

MRA Alliance

Egipto: Primeiro alvo energético vítima de sabotagem grave

sábado, fevereiro 5th, 2011

O gasoduto que corre pelo Egipto e norte do Sinai e fornece gás a Israel, à Jordânia e alguns outros Estados da região sofreu várias explosões esta manhã na sequência de acções de sabotagem, classificadas como “de grande envergadura”, e foi fechado. Os ataques da madrugada de hoje não foram reivindicados, mas uma fonte da área da segurança citada pela Reuters atribuiu-o a “elementos estrangeiros”.

A AFP dá conta, citando um responsável egípcio, de um ataque durante a madrugada próximo da fronteira com a Faixa de Gaza, na localidade de Lehfen, na região de Cheikh Zouwayed, onde houve explosões no gasoduto e no terminal de gás local, a cerca de dez quilómetros da Faixa de Gaza, junto a Israel. Um responsável ouvido pela televisão egípcia dizia que “a situação é muito perigosa, com explosões contínuas de um local para outro” ao longo deste pipeline. “É uma grande operação terrorista”, disse um repórter da televisão egípcia.

Não é para já claro qual o impacto desta acção de sabotagem nos fornecimentos a partir do Egipto e nos preços do petróleo nos mercados mundiais, a partir da próxima semana. O país não é um grande produtor de petróleo mas os seus fornecimentos de gás natural têm expressão regional, assegurando 40 por cento das necessidades de Israel.

Este ataque surge no 12º dia de protestos contra o regime egípcio e o seu Presidente, Hosni Mubarak, e depois o dia de ontem ter sido assinalado como “Dia da Partida”, pois era o último do prazo dado pelo movimento oposicionista para o Presidente deixar o poder – o que não aconteceu.

Nos últimos dias, através da internet, grupos islamitas apelaram aos seus militantes para explorarem a contestação que está a abalar o Governo, incitando-os mesmo a atacar esta conduta de fornecimento de gás a Israel, que corre entre Arish e Ashkelon.

O Exército egípcio encerrou já a principal fonte de alimentação do gasoduto e estava ainda a tentar controlar os fogos. As cadeias árabes de televisão Al Jazeera e Al Arabiya mostraram imagens de uma torre de chamas no cenário de uma das explosões.

O consórcio israelita que assegura as importações confirmou entretanto que os fornecimentos pararam, “por precaução”, mas disse que as explosões não atingiram os fornecimentos a Israel. Uma fonte do Ministério Nacional das infra-estruturas de Israel disse no entanto à agência Reuters que não sabia por quanto tempo o fornecimento de gás egípcio ao país seria afectado.

MRA Alliance/Público 

Aumento do petróleo baralha cálculos do crescimento português

sexta-feira, fevereiro 4th, 2011

O aumento do preço do petróleo, caso continue ao longo do ano, vai criar dificuldades acrescidas ao crescimento da economia portuguesa, com efeitos sobre o consumo, as exportações e sobre a receita pública, disseram hoje analistas à Lusa.O preço do petróleo atingiu hoje máximos de 28 meses, ultrapassando os 103 dólares, com a violência entre apoiantes e opositores do presidente do Egito, Hosni Mubarak, a espalhar no mercado medos de que a instabilidade egípcia se espalhe aos países do Médio Oriente.

Concordando que é ainda necessário esperar para ver se a tendência deste início de ano se manterá ao longo de 2011, o economista João Duque, Rui Serra, economista-chefe do Montepio e Agostinho Alves, analista do BPI, estão também de acordo que os preços atuais, a continuar, criam novos dificuldades ao crescimento da economia portuguesa.

MRA Alliance/DD

Angola pressiona Petrobras para recuar na Galp e quer impor solução accionista

quinta-feira, fevereiro 3rd, 2011

No Verão passado, a Petrobras suspendeu a compra da participação da Eni na Galp – de 33,34% – até o Brasil eleger um novo presidente e agora comunicou que desistia de entrar na Galp Energia. A notícia, avançada pela Reuters e pelo “Expresso”, foi confirmada ao i online por uma fonte ligada à empresa brasileira.

A decisão da administração da Petrobras, comunicada terça-feira à noite, apanhou de surpresa os envolvidos no negócio, uma vez que os termos da transacção, incluindo o preço, estavam fechados, e até existiam esboços de contratos.

A única explicação para este recuo, ao que parece decisivo, está na crescente pressão angolana contra um negócio entre a Petrobras e a Eni que deixava de fora os objectivos da Sonangol e da holding de Isabel dos Santos para a Galp. O desconforto e os recados crescentes do lado angolano terão sido o argumento decisivo usado por aqueles que dentro da Petrobras estavam, desde o início, contra a compra de uma participação na Galp. A operação era sobretudo apoiada pelo poder político brasileiro próximo do ex-presidente Lula da Silva.

Depois de ter ameaçado vetar a venda de 25% do capital detido pela Eni à Petrobras, e após uma reunião inconclusiva com a Amorim Energia, os representantes angolanos terão vindo a Lisboa falar com o primeiro-ministro.

Fontes próximas do negócio confirmaram ao i que estava marcada para o final de ontem uma reunião com José Sócrates e o advogado António Vitorino, e o presidente da Sonangol, Manuel Vicente, e o chefe da casa civil do presidente angolano, Carlos Feijó. A notícia, avançada pelo “Diário Económico”, não foi confirmada pelo gabinete do primeiro-ministro.

A aparente desistência da Petrobras torna mais difícil uma solução accionista para a Galp e cria um sério embaraço ao governo português. De um lado está a italiana Eni, que sempre disse que, se não pudesse garantir o controlo da empresa portuguesa, vendia. A alienação será ainda o objectivo da Eni, mas vai demorar mais tempo a concretizar, apesar de os italianos dizerem que há interessados.

Do outro lado está a Sonangol que, em teoria, está disponível para ficar com a participação total da Eni na Galp. Mas esta solução não é do agrado do governo português, que ambiciona manter algum poder accionista em mãos nacionais. Por outro lado, se os capitais angolanos são bem-vindos na compra de participações importantes, mas minoritárias, em grandes empresas, como o BCP, o BPI ou a Zon – até para ajudar os empresários nacionais a crescer em Angola -, o cenário muda quando está em causa o controlo de um dos mais importantes grupos.

No meio deste complexo xadrez está Américo Amorim. O empresário trouxe a Sonangol e Isabel dos Santos para a sua holding, a Amorim Energia, que é accionista da Galp com a mesma participação da Eni (33,34%). Mas nos últimos meses tem sido o principal obstáculo a uma entrada directa com uma posição relevante dos capitais angolanos na Galp. O Estado português é o árbitro neste jogo, já que através da Caixa tem direito de preferência na compra das restantes participações – CGD e Parpública são donos de 8%. Só que agora não tem recursos financeiros para fazer a aquisição. Os empresários e os bancos nacionais também não.

MRA Alliance

Barril de petróleo Brent chega aos 100 dólares

segunda-feira, janeiro 31st, 2011

O preço do petróleo Brent, de referência para Portugal, atingiu esta segunda-feira os 100 dólares, marca que não se verificava desde Outubro de 2008. A pressionar os preços está a situação no Egipto. A meio da tarde, o barril de Brent para entrega em Março cotava exactamente nos 100 dólares, uma subida de 0,58% face a sexta-feira.

No início de Dezembro, alertámos para a possibilidade de este ano o petróleo poder chegar aos 150 dólares o barril e complicar as contas orçamentais dos países da UE e agudizar a crise ds dívidas soberanas.

Na base da subida de hoje estão os receios persistentes de que a situação política no Egipto possa perturbar o tráfego habitual do canal do Suez, ponto nevrálgico entre o Médio Oriente e a Europa.

Esta evolução no mercado ocorre apesar da Organização dos Países Exportadores de Petróleo garantir que manterá a oferta em caso de penúria, por fecho do canal, e fontes no mercado de seguros marítimos citados pela agência Reuters frisarem que não há ameaças directas aos navios que passam pelo canal do Suez. 

MRA Alliance/Agências

Petróleo a caminho dos 100 dólares em Londres

sábado, janeiro 29th, 2011

O contrato de crude para entrega em Março registava ganhos de 4,26% para 89,29 dólares em Nova Iorque, depois de já ter estado a disparar 4,78% na sessão, a maior subida desde Maio. Já o barril de ‘brent’ escalava 2% para 99,34 dólares, tendo chegado aos 99,74 dólares, o valor mais elevado desde Setembro de 2008.

Os especialistas explicam as subidas de ontem com os receios de que os confrontos no Egipto se propaguem a outros países do Médio Oriente, e obriguem à interrupção dos fornecimentos de petróleo. Qualquer interrupção nas reservas petrolíferas do Médio Oriente “pode actualmente constituir uma verdadeira ameaça”, afirmou hoje o Secretário da Energia dos EUA, Steven Chu, numa conferência.

“Se isto pode acontecer no Egipto, não existe razão para que não ocorra na Líbia ou na Arábia Saudita”, disse, por sua vez, John Kilduff da Again Capital, em Nova Iorque, à Bloomberg.

MRA Alliance/DE

Angolanos podem bloquear venda da Galp à Petrobras

sexta-feira, janeiro 14th, 2011

O braço de ferro entre a Sonangol e Isabel dos Santos e Américo Amorim e o Estado português, a quem cabe a última palavra sobre a futura estrutura de capital da Galp, não dá mostras de cedência.

Os angolanos, accionistas minoritários da Amorim Energia, sociedade que controla 33,34% da Galp, queixam-se de continuarem à margem do processo de venda da posição que a ENI, outro accionista, possui na Galp.

Mesmo depois da Petrobras ter assumido publicamente estar a negociar a compra dos 33,34% que o grupo italiano Eni tem na petrolífera nacional, operação sobre a qual os angolanos dizem ter uma palavra a dizer.

Em termo práticos, reclamam uma participação directa no capital da Galp, já que a sua presença se faz actualmente por via indirecta, através da Amorim Energia.

Chineses querem entrar no negócio do petróleo da Galp no Brasil

segunda-feira, janeiro 10th, 2011

Os activos petrolíferos da Galp no Brasil estão na mira de grandes multinacionais chinesas, nomeadamente da Petrochina, da Sinopec e da CNOOC.

Um interesse que, de acordo com as informações recolhidas pelo Diário Económico, já foi manifestado às autoridades portuguesas e que ganha particular relevância numa fase em que Portugal tem Pequim entre os seus possíveis aliados para resolver o problema da dívida pública.

O próprio presidente da China, Hu Jintao, admitiu durante a sua visita a Lisboa, no passado mês de Outubro, estudar a possibilidade de apoiar a economia nacional.

Em Dezembro, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, deslocou-se ao Oriente para se encontrar com o seu homólogo chinês, Xie Xuren, e com o governador do Banco Central da China, Zhou Xiaochuan, tendo como tema de fundo este ‘dossier’, precisa o jornal.

MRA Alliance

Preço do petróleo galgou hoje barreira dos 93 dólares/barril

quinta-feira, dezembro 23rd, 2010

O barril de Brent, de referência para Portugal e para entrega em Fevereiro, valia esta quinta-feira 93,79 dólares na abertura do mercado de futuros de Londres, mais 0,14 dólares do que no fecho de quarta feira. Em Nova Iorque o barril de crude avançava para 90,16 dólares, uma valorização de 0,38%.

Na base desta subida estão as expectativas de que a retoma económica norte-americana terá motivado, pela terceira semana consecutiva, uma quebra nas reservas do país, o maior consumidor de petróleo do mundo. O relatório do Departamento do Comércio com esses dados será conhecido ao início da tarde.

A poucos dias do fecho de 2010, o barril de brent segue com uma valorização anual de 10,81%. Já o crude acumula ganhos de 6,5% no mesmo período.

MRA Alliance/Agências

Petróleo pode chegar aos 150 dólares/barril em 2011 e agravar crise das dívidas soberanas

quinta-feira, dezembro 9th, 2010

O principal representante do Irão na OPEP (Organização dos Países Produtores de Petróleo) acha “perfeitamente normal, no curto prazo” que o preço do crude chegue aos 100 dólares o barril. Mohammad Ali Khatibi, em declarações à agência iraniana Mehr, avisou que o mundo enfrentará uma crise de abastecimento de petróleo devido à quebra de 10% na produção. Outros analistas estimam mesmo que, no próximo ano, o preço do crude ultrapasse os 150 dólares/barril.

“O mundo enfrenta grandes incertezas na segurança do aprovisionamento energético. O preço do crude ainda está subavaliado mas pode chegar aos 100 dólares/barril no curto prazo”, disse.

Mohammad Ali Khatibi considera que a era do petróleo barato acabou. Em sua opinião os os preços atuais do “ouro negro” não são realistas quando comparados com o histórico das cotações. Por outro lado, em seu entender, só com a subida dos preços será possível o indispensável financiamento na modernização das infra-estruturas de refinação e de distribuição.

MRA Alliance/Tehran Times 

Angola: Petrolíferas americanas exploram quase metade do petróleo

quinta-feira, agosto 6th, 2009

Chevron - CabindaDuas petrolíferas norte-americanas – Exxon Mobil e Chevron – operam em poços que representam cerca de metade das exportações angolanas de petróleo, revela hoje a agência Lusa.

A notícia surge uma semana depois de a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) ter anunciado que Angola ultrapassou em Junho a Nigéria como o maior produtor de crude em África, ao produzir 1,82 milhões de barris diários de crude (Nigéria, 1,73 milhões).

A Exxon, através da subsidiária Esso, opera no Bloco 15 (“off-shore” do Soyo), que representa perto de 30% da produção angolana, segundo dados da Administração para a Informação Energética, organismo estatístico de Washington para o sector, citados pela “Lusa”.

Por seu turno, a Chevron explora o Bloco O (Cabinda), de onde sai aproximadamente 20% da produção angolana, tendo como parceiros a Sonangol, a TotalFinaElf e a ENI-Agip, acrescenta a mesma fonte.

MRA Alliance/Agências

EUA/Petróleo: Reservas caem e empurram barril para mais de 70 dólares

quarta-feira, junho 10th, 2009

Os preços do petróleo voltaram a bater o recorde dos últimos sete meses após notícias sobre a redução das reservas de crude e de gasolina nos Estados Unidos.O Departamento de Energia confirmou hoje que os inventários de petróleo no país desceram em 4,38 milhões de barris na semana que terminou a 5 de Junho. As reservas de gasolina recuaram em 1,55 milhões de barris para 201,6 milhões, registando a sétima queda semanal consecutiva. Esta descida surpreendeu os peritos, que esperavam um aumento em 750 mil barris. 

O preço do ‘brent’, a referência para as importações portuguesas, fechou nos 70,55 dólares em Londres, depois de já ter sido negociado nos 71,20 dólares, o valor mais elevado desde 21 de Outubro do ano passado.

Na praça de Nova Iorque, o barril de crude a meio da tarde estava nos 71,20 dólares, depois de também já ter chegado aos 71,79 dólares, o preço mais elevado desde 21 de Outubro de 2008.

Os analistas estão divididos sobre o verdadeiro significado macro económico destas flutuações de preços e de stocks. Uns referem que podem reflectir alguma sazonalidade. Outros acreditam que o crescimento do consumo pode indiciar o fim da recessão no final do ano.

MRA Alliance/Agências

Petrobras preparada para garantir abastecimento estratégico à China

sábado, maio 16th, 2009

Campo de Tupi - Petrobras - BrasilA estatal brasileira Petrobras poderá garantir um “suprimento estratégico” à China, na sequência do aumento da produção brasileira de petróleo após ter arrancado este mês com a exploração das gigantescas reservas descobertas nos últimos anos.A negociação está em “andamento”, segundo o director financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, e será um dos assuntos da visita do Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, à China, entre 18 e 20 de Maio.

A negociação para “um suprimento estratégico de petróleo” aos chineses, entretanto, ainda não está definida, informou Barbassa durante a apresentação dos resultados do primeiro trimestre.

No fim do ano passado, a China ofereceu um empréstimo de 10 mil milhões de dólares para a Petrobras investir na exploração de reservas, recentemente descobertas no litoral da região Sudeste do Brasil.

Em troca do empréstimo, a estatal garantiria a exportação de petróleo à China, principalmente o do tipo mais pesado face às dificuldades das refinarias locais no respectivo processamento. 

“Os chineses têm recursos e a Petrobras pode fornecer petróleo nos próximos 20 anos”, disse à Lusa o presidente da Câmara Brasil-China de Desenvolvimento Económico, Paul Liu. “Trata-se de uma forma estratégica de a China conseguir acesso às matérias-primas necessárias para garantir o seu desenvolvimento económico”, sublinhou.

As reservas podem atingir até 80 mil milhões de barris de petróleo e gás, segundo estimativas da Agência Nacional do Petróleo (ANP). 

Caso seja confirmado aquele potencial de produção, o Brasil passaria a deter a sexta maior reserva mundial, a seqguir à Arábia Saudita, Irão, Iraque, Kuwait e Emirados Árabes Unidos.

O início da exploração das reservas ocorreu a 01 de Maio, no campo de Tupi, a maior descoberta mundial de petróleo nos últimos 30 anos, onde a Galp detém 10 por cento, a inglesa BG, 25 por cento, sendo o restante da Petrobras.

Entre as recentes descobertas, os campos de Júpiter, Iara e Bem-Te-Vi também são desenvolvidos em parceria com a Galp, que detém actualmente cerca de 50 consórcios no Brasil entre explorações ‘onshore’ (em terra) e ‘offshore’ (no mar).

MRA Alliance/Agências 

Petróleo: Preço do barril nos 80 dólares em 2010?

domingo, abril 12th, 2009

O ministro do petróleo iraniano, Gholam Hossein Nozari, manifestou-se hoje favorável a uma estabilização do preço do barril de crude entre 75 e 80 dólares, em declarações à televisão estatal do Irão. “Do ponto de vista da República Islâmica, o preço conveniente para um barril de petróleo situa-se entre 75 e 80 dólares”, declarou.

Os preços do crude aumentaram acentuadamente, em Nova Iorque, na véspera do fim-de-semana pascal, impulsionados pela valorização dos índices bolsistas. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de “light sweet crude” para entrega em Maio fechou a 52,24 dólares – um aumento de 2,86 dólares relativamente à cotação de quarta-feira.

Na terça-feira, o ministro do Petróleo argelino, Chakib Khelil disse à Agência France Presse que o preço do barril poderá atingir 70 dólares, entre finais de 2009 e princípios de 2010, avançando depois para os 80 dólares. No dia seguinte, afirmou que a OPEP deverá manter a quota de produção, na reunião de 28 de Maio, em Viena, caso a economia mundial dê sinais de recuperação.

As declarações de Khelil só deverão ser entendidas como um sinal de novos cortes na produção do cartel petrolífero se a situação económica mundial se agravar substancialmente até àquela data.

MRA Alliance

Petrodiplomacia e armamento reforçam laços Pequim-Moscovo

quinta-feira, fevereiro 19th, 2009

A China vai conceder à Rússia um crédito no valor de USD 25 mil milhões/ bilhões em troca de petróleo russo durante 20 anos, anunciou o vice-primeiro-ministro russo, Igor Setchin. Vários pacotes de cooperação económica e financeira foram formalizados esta semana, com a assinatura de contratos entre as duas partes. O crédito chinês será canalizado para as empresas russas Rosneft e Transneft.

No iníco da semana, em Pequim, a Rússia e a China tinham assinado um acordo sobre a retoma da construção do maior oleoduto do mundo – 5.200 km – ligando a Sibéria Oriental ao Pacífico que também será usado para abastecer o Japão e a Coreia do Sul.

Na terça-feira, o presidente russo Dmitri Medvedev sublinhou o interesse de Moscovo em reactivar negociações para o abastecimento de gás russo à China, numa mensagem enviada ao seu homólogo chinês, Hu Jintao. Moscovo pretende fornecer 30 mil milhões de metros cúbicos de gás por ano à China, através de um gasoduto que atravessará a fronteira na região Noroeste de Xinjiang a partir de 2011.

Segundo um comunicado do Kremlin, na mensagem enviada a Hu Jintao, Medvedev sublinhou a importância de «acelerar as reuniões” entre a companhia estatal de gás russo Gazprom e a petrolífera chinesa CNPC para o abastecimento de gás e de energia eléctrica.

Mais USD 20 mm/bi em armas

O consórcio russo Rosoboronexport, monopólio público que controla a exportação de armas, tem em carteira encomendas de US$ 20 bilhões, revelou na segunda-feira
Nikolai Dimiduk. O administrador do coglomerado industrial russo disse que a maioria das encomendas são da China e da Índia. 

Numa situação de crise mundial, a Rosoboroexport oferece uma variedade de formas de financiamento, incluindo empréstimos, permutas ou depósito antecipado de 30% dos recursos para que a empresa adquira metais para cumprir o contrato.

MRA Alliance/Agências

Venezuela pode defender novo corte na produção da Opep

quinta-feira, fevereiro 19th, 2009

A Venezuela pode defender um corte adicional na produção de petróleo durante a próxima reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), disse hoje o ministro venezuelano da Energia, Rafael Ramírez, com o objectivo de estabilizar o preço do barril em “pelo menos US$ 70”.

“Se os stocks continuarem acima da média dos últimos anos, como está a acontecer, somos a favor de um corte adicional na produção de petróleo”, afirmou Ramírez, que acumula o cargo com a presidência conpanhia estatal Petróleos de Venezuela SA (PDVSA).

Os cortes visam a estabilidade do mercado e a recuperação dos preços. A OPEP definiu o patamar mínimo de 70 dólares/barril como meta para o preço internacional do crude. 

Nas declarações que fez, Ramírez acrescentou que “o mercado ainda não está a reagir aos últimos cortes de 4,2 milhões de barris/dia decididos pela Opep, o que nos indica que a procura continua a baixar”, disse.

MRA Alliance/Agências 

Venezuela prepara cenário para petróleo a 20 dólares/barril

segunda-feira, fevereiro 9th, 2009

O ministro das Finanças da Venezuela acredita que o petróleo pode cair para os 20 dólares/barril. Numa entrevista ao jornal venezuelano El Universal,  Ali Rodriguez manifestou-se ontem convencido de que aquele será o limite mínimo os preços do crude nos mercados mundiais. Porém, assegura que, antes do final de Março, qualquer previsão é falível.

“Nós preparamos diferentes cenários que vão de 20 dólares para cima. Pensamos que o crude não vai cair para valores inferioes a esse patamar”, disse. Caracas estimara um valor médio de 60 dólares/barril no orçamento para 2009. Porém, segundo Rodriguez, o crude venezuelano apenas chegou ao valor médio de 36,16 dólares/barril, no mês de Janeiro. 

O maior exportador de petróleo da América do Sul depende fortemente das receitas dos hidrocarbonetos para suportar a política despesista do governo Chávez, designadamente nas áreas militar e social, estimulada nos últimos por recetas comerciais e fiscais milionárias.  

“Se tivermos de fazer grandes sacrifícios nos gastos públicos, vamos ter de usar toda a energía para assegurar que o sector social não será afectado”, disse Rodriguez na entrevista.

MRA Alliance/El Universal/Agências

Petróleo vai subir em breve para USD 100/barril, diz AIE

quarta-feira, novembro 12th, 2008

O actual período do petróleo barato chegou ao fim, e os preços podem voltar em breve a atingir o nível de USD 100/barril, segundo as previsões publicadas hoje pela Agência Internacional de Energia (AIE). O relatório anual da agência avança mesmo com um nível de preços da ordem dos USD 200/barril, até 2030.

O documento, que surgiu no dia em que os preços do petróleo atingiram o valor mais baixo desde 2006, inferior a USD 60/barril, confirma prognósticos de diversas organizações e analistas especializadas em mercados petrolíferos, segundo as quais a actual deflação dos preços está em contradição com os fundamentais da indústria. Mesmo com a presente recessão económica, e com a inerente quebra da procura global, o petróleo é um bem crescentemente escasso e, por isso, tendencialmente caro, a médio e longo prazos.

O risco imediato de escassez da matéria prima, de acordo com a Agência Internacional de Energia, reside na falta de investimento em infra-estruturas de extracção, produção e transformação. Segundo o relatório, ainda há petróleo suficiente para abastecer o mundo por mais de 40 anos nas atuais taxas de consumo pelo que, os problemas actuais, não são as reservas mundiais.

A quebra da produção está a crescer perigosamente em cada campo de exploração, pelo que é necessário que, até 2030, os investimentos na investigação e desenvolvimento, atinjam os USD 26 mil biliões/trilhões(mibi/tri) em infra-estruturas que permitam optimizar a extracção das jazidas existentes. Uma parte significativa daquela verba – USD 8,4 mibi/tri – deverá ser gasta na exploração de petróleo e gás.

A AIE estima que até 2030, a China e a Índia serão responsáveis por mais da metade da procura mundial de energia primária e por grande parte do aumento do consumo mundial de petróleo.

A despeito da avaliação relativamente positiva quanto às reservas de petróleo e gás, o relatório alerta para o perigo da contínua dependência de combustíveis fósseis. A Segundo a AIE, as consequências económicas da “carbonização” da economia mundial são “chocantes”.

MRA Dep Data Mining/Agências

OPEP cortou produção mas petróleo continua a descer

sexta-feira, outubro 24th, 2008

No dia em que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) anunciou um corte de 1,5 milhões de barris/ dia, o preço do crude caiu mais de quatro dólares. No mercado norte-americano, o petróleo para entrega em Dezembro desceu 4,20 dólares, para 63,64 dólares. Em Londres, o Brent, que serve de referência às exportações portuguesas, seguiu a mesma tendência e desvalorizou 4,40 dólares, para 61,52 dólares. Esta descida dos preços pode ser explicada com a queda da procura de petróleo por parte dos principais países, devido à crise económica e financeira global. MRA Dep. Data Mining