Archive for the ‘Palestina’ Category

Abbas pediu na ONU reconhecimento do Estado palestiniano e diz “basta”

domingo, setembro 25th, 2011

O Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, entregou ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o pedido de adesão às Nações Unidas de um Estado palestiniano, o que significaria o seu reconhecimento. “Este é o momento da verdade – disse Abbas – o nosso povo espera as resposta do mundo”, no discurso proferido perante a Assembleia, ontem, em Nova Iorque.

Israel reagiu imediatamente. “Lamentamos profundamente, a única forma de existir um estado palestiniano é através das negociações”, disse à AFP Gidi Shmerling, porta-voz do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. “Na nossa opinião a única via para uma verdadeira paz são as negociações, não actos unilaterais”, acrescentou.

No discurso, Abbas lembrou aos países membros que, há um ano, a ideia do reconhecimento do Estado palestiniano motivara uma vaga de optimismo e adesão – como que a dizer que este é o momento de cobrar essa reacção. Prosseguiu acusando Israel de continuar a ocupação, de continuar a construir colonatos e de não querer “negociar de acordo com o direito internacional”. Lembrou que, pela manhã, e perante confrontos entre palestinianos e israelitas perto do colonato de Nablus – ambos os lados atiravam pedras – os militares israelitas dispararam e mataram um palestiniano. Abbas prosseguiu dizendo que o passo palestiniano “não visa isolar ou deslegitimizar Israel”.

Na quarta-feira, também na ONU, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerara que o pedido seria o passo errado. Defendeu que não há “atalhos” no processo de paz com Israel e no reconhecimento do estado palestiniano, e que este pedido é “ilusório”.

Obama e Abbas reuniram em Nova Iorque, mas do encontro nada saiu que abrandasse os receios de estalar uma crise diplomática na ONU – os membros estão divididos mas têm alguma margem de manobra uma vez que a resposta ao pedido palestiniano pode levar várias semanas a surgiu – e com temidas repercussões de violência no Médio Oriente.

Cinco países sinalizaram já a sua intenção de votar favoravelmente esta adesão: Brasil, China, Líbano, Rússia e África do Sul. Os palestinianos precisam de pelo menos nove votos positivos, dos 15 membros do Conselho para ver as suas ambições confirmadas. E, acima de tudo, precisam que não haja veto por parte de qualquer dos cinco membros permanentes – algo com que claramente não podem contar, dada a posição assumida pelos Estados Unidos de que usará esse direito para bloquear a iniciativa palestiniana.

“Teremos que nos opor a qualquer iniciativa no Conselho de Segurança das Nações Unidas”, disse o porta-voz do conselho de segurança da Casa Branca, Ben Rhodes, já após a reunião entre Obama e Abbas.

O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, apresentara uma solução de compromisso: que a Assembleia Geral da ONU (onde os Estados Unidos não têm direito de veto) conceda aos palestinianos o estatuto de Estado não membro das Nações Unidas (têm actualmente o estatuto de entidade observadora) e determine um calendário para as negociações. A proposta dividiu os países membros.

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho defendeu que a Palestina deve procurar melhorar o seu estatuto dentro das Nações Unidas através da Assembleia Geral e não do Conselho de Segurança, à saída do encontro bilateral com o presidente da Autoridade Palestiniana Mahmud Abbas, em Nova Iorque.

“Seria de evitar uma solução forçada relativamente ao Conselho de Segurança na medida em que estamos em condições de fazer uma melhoria da qualificação da Autoridade Palestiniana em termos das Nações Unidas através da aprovação de uma resolução na Assembleia Geral”, declarou aos jornalistas portugueses no final do encontro com Abbas – que durou cerca de meia hora – à margem do debate geral da reunião anual da ONU.

MRA Alliance

Portugal é o 24º melhor país para fazer negócios, segundo a Forbes

segunda-feira, setembro 13th, 2010

Em 128 nações, Portugal ocupa a 24ª posição do “ranking” de 2010 da revista “Forbes” dos melhores países onde fazer negócios. Apesar de ter descido cinco lugares, pois no ano passado estava posicionado no 19º lugar, Portugal mantém-se no top 25 dos melhores países onde fazer negócios, numa lista que é liderada pela Dinamarca. Neste “ranking” a Espanha ocupa a 33ª posição e o último, em 128º lugar, é a Venezuela.

Entre os dados que são tidos em conta no critério de avaliação, o desempenho do mercado bolsista, que desceu algumas posições face ao ano anterior enquanto a liberdade monetária observou melhorias. Segundo a “Forbes”, Portugal tornou-se uma economia diversificada e cada vez mais virada para os serviços desde que integrou a então CEE em 1986.

O crescimento económico português esteve acima da média da UE durante a maior parte da década de 90, mas caiu entre 2001 e 2008, tendo registado uma contracção de 2,8% em 2009. “O PIB per capita está a cerca de dois terços da média da UE-27”, diz a revista.

De acordo com a “Forbes”, o fraco sistema educacional, em particular, tem sido um obstáculo a uma maior produtividade e crescimento. Além disso, “Portugal tem sido cada vez mais ofuscado pelos produtores de mais baixo custo da Europa Central e da Ásia como alvo do Investimento Directo Estrangeiro (IDE)”.

A revista comenta ainda que o sector financeiro português tem estado relativamente protegido da crise financeira global e que o governo não gastou muito dinheiro a recapitalizar a banca. “No entanto, o governo enfrenta escolhas difíceis na sua tentativa de estimular a economia, ao mesmo tempo que tenta manter o défice orçamental dentro do tecto de 3% do PIB definido para a Zona Euro”, destaca a “Forbes”.

MRA Alliance/JdN

Sarkozy inicia “flirt” mediterrânico via Israel e Palestina

segunda-feira, junho 23rd, 2008

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, chegou ontem (domingo) a Israel para a sua primeira visita oficial. Foi recebido como um “amigo e aliado” e, à chegada, defendeu, que a criação de um Estado palestiniano é essencial para a segurança do Estado de Israel. “Estou aqui, porque estou mais convencido do que nunca de que a segurança de Israel não estará garantida enquanto não existir um Estado palestiniano”, afirmou após aterrar em Tel Aviv. A visita de três dias, relacionada com o 60.º aniversário da criação do Estado de Israel, inclui Belém, na Cisjordânia, onde Sarkozy conferenciará com o presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Mahmoud Abbas. Sarkozy disse que a relação entre os dois Estados vive um “momento excepcional” e confessou: “Sempre fui e serei um amigo de Israel”. A agenda do presidente francês inclui encontros com os principais líderes políticos judaicos e um discurso hoje (segunda-feira) no parlamento local (Knesset).

Esta é a terceira visita de um presidente francês a Israel desde sua criação, em 1948, e destina-se a reforçar a aproximação de Paris aos estados do Mediterrâneo. Os líderes sionistas, dos radicais aos moderados, têm manifestado apreço pela reaproximação encetada por Sarkozy, recordando que, desde a sua fundação, a França foi o principal aliado do Estado judeu e instrumental na construção de seu poderoso exército. Armas e tecnologia militar gaulesas estão indissociavelmente ligadas à supremacia aérea israelita na região e à construção da central nuclear judaica de Dimona. Os dois projectos foram liderados pelo actual presidente Shimon Peres, quando ocupou o cargo de director-geral do Ministério da Defesa, após a fundação do Estado hebreu. Desde 1967, as relações entre os dois países oscilaram entre a cordialidade e a tensão, particularmente depois da segunda Intifada, em 2000. Desde que tomou posse, Sarkozy tornou-se o presidente francês mais “pró-judaico”, desde os anos 60. O enfraquecido primeiro-ministro Ehud Olmert, actualmente sob a ameaça de renúncia ao cargo por suspeitas de corrupção, definiu-o como “um verdadeiro amigo de Israel” e descreveu as relação franco-hebraicas como algo que ultrapassa “a lua-de-mel”, assumindo contornos de “uma verdadeira história de amor”. A comitiva de Sarkosy, que integra 7 ministros e cerca de 100 empresários, prenuncia a assinatura de multimilionários acordos económicos e militares, a concertação de posições anti-Teerão e a afinação de estratégias comuns relativas à Palestina, Síria e Iraque. A visita ocorre uma semana antes de a França assumir a presidência da União Europeia, a partir de 1 de Julho. “Vim para dar o meu apoio, em nome da França e da União Europeia”, disse «Sarko» numa clara tentativa para reconquistar para a França protagonismo geopolítico e económico no Médio Oriente. MRA/Agências

França defende independência da Palestina e força negócios com Iraque

domingo, junho 1st, 2008

Bernard KourchnerA criação de um Estado palestiniano independente é a única maneira de garantir a segurança de Israel, segundo o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Bernard Kourchner, em Amã. “Impor a criação de um Estado palestiniano viável, democrático, autónomo e independente. Continuo a acreditar que essa é a única solução”, declarou Kouchner, numa conferência de imprensa após um encontro com o seu homólogo jordano, Salah Bechir. “Embora o diálogo prossiga, na prática, não há muito progresso”, destacou. Kourchner acrescentou que a França continuará a pressionar no sentido de demonstrar que “a criação de um Estado palestiniano que será a única maneira de garantir a segurança de Israel”. Após a visita, durante a qual assinou um acordo de cooperação nuclear, o chefe da diplomacia francesa iniciou uma visita-surpresa ao Iraque, que terminará hoje (domingo). Kouchner, garantiu à agência iraquiana “Aswat al-Iraq” que “o objectivo da viagem é transmitir uma mensagem de amizade e paz ao povo iraquiano”. A visita, ocorre um mês antes do início da presidência francesa da União Europeia (UE). O ministro francês deseja, antecipadamente, expressar aos iraquianos a “disponibilidade da França” em trabalhar, “ao lado de todas as comunidades” do país, para promover a reconciliação nacional, refere uma nota ministerial, distribuida em Paris. Simultaneamente, Kourchner procurará o envolvimento de empresas francesas na reconstrução do Iraque. A esmagadora maioria dos contratos foi adjudicada pelo governo local, apoiado por Washington, a empresas do principal país ocupante – Estados Unidos. As empresas da Grã-Bretanha, país aliado na invasão e ocupação, têm-se queixado de terem sido preteridas a favor dos americanos. MRA/Agências

Relatório denuncia “legitimação do racismo” em Israel

quinta-feira, março 20th, 2008

crianças israelitas - mensagens de morte - guerra Israel-Líbano 2006Um relatório divulgado pela ONG israelita Mossawa denuncia que as manifestações de racismo na sociedade israelense terão sido mais frequentes em 2007. A Organização Não Governamental defensora dos direitos de cidadãos árabes em Israel, acusou ontem líderes políticos judaicos de criarem um clima de “legitimação do racismo” contra os cidadãos árabes – 20% da população de Israel: 75% dos cidadãos judeus não estão dispostos a morar no mesmo prédio com um vizinho árabe; 61% receusam-se a receber visitantes árabes em sua casa; 55% defendem o “apartheid” entre judeus e árabes em zonas de lazer; 69% dos estudantes do secundárioo acham que os árabes “não são inteligentes”; figuras públicas que manifestam posições racistas mantêm-se nos cargos sem que haja qualquer tipo de investigação contra elas, denuncia o relatório.

Nele são citados ministros e parlamentares que “baseiam a sua força em posições de ódio e incitam ao racismo”. O político mais citado é Avigdor Liberman, líder do partido de direita Israel Beiteinu e ex-ministro dos Assuntos Estratégicos, que defende a “troca de territórios e populações” como solução para o conflito israelo-árabe. “Por mim eles podem pegar a baklawa (doce tradicional árabe) e ir para o inferno”, afirmou. Outro parlamentar citado é Yehiel Hazan, do partido Likud, que chamou os árabes de “vermes”. Para o ministro da Habitação e Construção, Zeev Boim, do partido Kadima, o “terrorismo islâmico poderia ter razões genéticas”. O deputado do partido de direita Ihud Leumi, Efi Eitam, disse que os cidadãos árabes da Cisjordânia “são uma quinta coluna, traidores. Não podemos permitir a essa presença hostil nas instituições de Israel.”

Segundo a Mossawa, no Estado de Israel não se aplicam as leis anti-racismo existentes no país e, na maioria dos casos em que as leis são violadas, as autoridades ignoram-nas criando uma situação de impunidade. No dia da publicação do relatório da Mossawa, a imprensa publicou um decreto do rabino Dov Lior, dos assentamentos de Hebron e Kiriat Arba, proibindo os seus seguidores de alugar casas ou de empregar árabes. A advogada israelita Einat Horowitz, do Centro de Pluralismo Judaico, criticou o decreto do rabino e o “fenómeno crescente de incitamento racista”. Segundo a advogada, “o incitamento distorce o judaismo e é proibido por lei”.

O rabino Gilad Kariv, vice-director do Centro de Acção Religiosa, que também condenou o decreto do rabino Lior, comentou: “Como rabino, temo pela participação de personalidades religiosas no incitamento”.

Fonte: MRA/BBC.

Artigos relacionados:

Combatendo o Racismo em Israel (inglês)

Amnistia Internacional – Direitos Humanos em Israel e Territórios Árabes Ocupados (2007) (inglês)

Líbano: Hezbollah pronto para nova guerra contra Israel

segunda-feira, março 17th, 2008

hezbollah - prontidao-militarUma análise dos serviços secretos israelitas, divulgada pela Ynetnews, revela que as milícias xiítas libanesas do Hezbollah, terminaram a preparação militar e logística para uma nova guerra contra o exército judaico na região norte da Palestina ocupada. O relatório considera que o conflito está “mais próximo do que um confronto em larga escala” na faixa de Gaza.

A notícia especula que “esta pode ser uma das razões pela qual o exército israelita não está a acelerar uma ampla em Gaza.” O relatório 2008 sobre a situação militar na região, apresentado recentemente o governo de Telavive pelos serviços secretos militares internos Shin Bet e pela Mossad (espionagem externa), considera reduzida a possibilidade de um ataque em larga escala, por parte dos extremistas palestinanos do Hamas. Porém, a hipótese de “o Hezbollah atacar Israel” é maior do que conflitos noutras frentes de guerra. Recorde-se que a última guerra israelo-libanesa, de 33 dias, durante o Verão de 2006, foi considerada por círculos políticos e militares israelitas como estratégicamente errada. O seu falhanço, em sua opinião, humilhou o estado judaico. O governo de Ehud Olmert, desde então, tem estado sob pressão para se demitir. Fonte: Press TV

Ajuda de USD 7,4 mil milhões para a Palestina é crucial para a paz

segunda-feira, dezembro 17th, 2007

Chuva de dólares para a PalestinaOs 7,4 mil milhões/bilhões (mm/bi) de dólares aprovados hoje na conferência de doadores para o Estado palestiniano, em Paris, serão “essenciais” para a concretização de um processo de paz com Israel, destacou o comunicado final da reunião. O dinheiro servirá principalmente para “apoiar a construção institucional e a recuperação económica dos três próximos anos.” Os países europeus contribuirão com 52%, os países árabes com 20%, os EUA e organizações multilaterais com 11% e o resto dos países doadores com 6%. A contribuição portuguesa será de 700 mil euros/ano. (pvc/agências)

EUA vão conceder ajuda de USD 550 milhões aos palestinianos

segunda-feira, dezembro 17th, 2007

Condoleezza Rice com presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud AbbasOs Estados Unidos vão anunciar uma ajuda de 550 milhões de dólares para os palestinianos em 2008 na conferência internacional de doadores para a Palestina que começa hoje (2.ª feira), em Paris, informaram os media gauleses.

A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, que fará o anúncio como medida de apoio ao reinício das conversações de paz israelo-palestinianas, informou que a ajuda aguarda aprovação do Congresso. O programa económico para 2008-2010 preparado pelo primeiro-ministro palestiniano, Salam Fayad, ascende a cerca de 5,6 mil milhões de dólares. (pvc/agências)