Archive for the ‘ONU’ Category

Abbas pediu na ONU reconhecimento do Estado palestiniano e diz “basta”

domingo, setembro 25th, 2011

O Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, entregou ao secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o pedido de adesão às Nações Unidas de um Estado palestiniano, o que significaria o seu reconhecimento. “Este é o momento da verdade – disse Abbas – o nosso povo espera as resposta do mundo”, no discurso proferido perante a Assembleia, ontem, em Nova Iorque.

Israel reagiu imediatamente. “Lamentamos profundamente, a única forma de existir um estado palestiniano é através das negociações”, disse à AFP Gidi Shmerling, porta-voz do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. “Na nossa opinião a única via para uma verdadeira paz são as negociações, não actos unilaterais”, acrescentou.

No discurso, Abbas lembrou aos países membros que, há um ano, a ideia do reconhecimento do Estado palestiniano motivara uma vaga de optimismo e adesão – como que a dizer que este é o momento de cobrar essa reacção. Prosseguiu acusando Israel de continuar a ocupação, de continuar a construir colonatos e de não querer “negociar de acordo com o direito internacional”. Lembrou que, pela manhã, e perante confrontos entre palestinianos e israelitas perto do colonato de Nablus – ambos os lados atiravam pedras – os militares israelitas dispararam e mataram um palestiniano. Abbas prosseguiu dizendo que o passo palestiniano “não visa isolar ou deslegitimizar Israel”.

Na quarta-feira, também na ONU, o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerara que o pedido seria o passo errado. Defendeu que não há “atalhos” no processo de paz com Israel e no reconhecimento do estado palestiniano, e que este pedido é “ilusório”.

Obama e Abbas reuniram em Nova Iorque, mas do encontro nada saiu que abrandasse os receios de estalar uma crise diplomática na ONU – os membros estão divididos mas têm alguma margem de manobra uma vez que a resposta ao pedido palestiniano pode levar várias semanas a surgiu – e com temidas repercussões de violência no Médio Oriente.

Cinco países sinalizaram já a sua intenção de votar favoravelmente esta adesão: Brasil, China, Líbano, Rússia e África do Sul. Os palestinianos precisam de pelo menos nove votos positivos, dos 15 membros do Conselho para ver as suas ambições confirmadas. E, acima de tudo, precisam que não haja veto por parte de qualquer dos cinco membros permanentes – algo com que claramente não podem contar, dada a posição assumida pelos Estados Unidos de que usará esse direito para bloquear a iniciativa palestiniana.

“Teremos que nos opor a qualquer iniciativa no Conselho de Segurança das Nações Unidas”, disse o porta-voz do conselho de segurança da Casa Branca, Ben Rhodes, já após a reunião entre Obama e Abbas.

O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, apresentara uma solução de compromisso: que a Assembleia Geral da ONU (onde os Estados Unidos não têm direito de veto) conceda aos palestinianos o estatuto de Estado não membro das Nações Unidas (têm actualmente o estatuto de entidade observadora) e determine um calendário para as negociações. A proposta dividiu os países membros.

O primeiro-ministro Pedro Passos Coelho defendeu que a Palestina deve procurar melhorar o seu estatuto dentro das Nações Unidas através da Assembleia Geral e não do Conselho de Segurança, à saída do encontro bilateral com o presidente da Autoridade Palestiniana Mahmud Abbas, em Nova Iorque.

“Seria de evitar uma solução forçada relativamente ao Conselho de Segurança na medida em que estamos em condições de fazer uma melhoria da qualificação da Autoridade Palestiniana em termos das Nações Unidas através da aprovação de uma resolução na Assembleia Geral”, declarou aos jornalistas portugueses no final do encontro com Abbas – que durou cerca de meia hora – à margem do debate geral da reunião anual da ONU.

MRA Alliance

Rússia e China boicotam reunião da ONU sobre repressão na Síria

sexta-feira, agosto 26th, 2011

As delegações de Rússia e China boicotaram nesta quinta-feira uma reunião do Conselho de Segurança da ONU referente à situação política na Síria e reiteraram, assim, sua rejeição à proposta de Estados Unidos e Europa para que a organização adote um pacote de sanções contra a Síria.

Um diplomata ocidental confirmou que nem o representante da Rússia nem o da China compareceram a um encontro que o Conselho tinha convocado para analisar o projeto de resolução sobre a Síria que europeus e americanos fizeram circular na terça-feira. “Nem Rússia nem China se apresentaram, mas esperamos que se unam às negociações de maneira construtiva o mais rápido possível”, indicou o mesmo diplomata, que evitou detalhar se já se falou sobre alguma data concreta para apresentar oficialmente a resolução e submetê-la a votação.

A mesma fonte assinalou, no entanto, que europeus e americanos mantêm “conversas construtivas” com os demais membros do Conselho de Segurança e destacou a vontade dessas delegações em convencer russos e chineses de que “não é possível fazer vista grossa diante da terrível situação que vive a Síria”.

MRA Alliance/Terra Brasil

ONU desbloqueia USD 1,5 mil milhões para rebeldes líbios

sexta-feira, agosto 26th, 2011

O Conselho de Segurança da ONU aprovou esta quinta-feira o desbloqueamento de 1,5 mil milhões de dólares, cerca de mil milhões de euros de fundos líbios, para financiar os esforços dos rebeldes na Líbia.

O dinheiro, garantem, será usado para a reconstrução do país, destruído pelos confrontos entre Kadhafi e as suas tropas, e os rebeldes, apoiados por forças das Nações Unidas. O acordo surgiu depois da África do Sul, que se opunha há já duas semanas, ter cedido e aprovado a medida.

Os fundos líbios, congelados ao regime de Kadhafi pelos Estados Unidos vão ser assim libertados e disponibilizados, ao que a África do Sul se opunha, por entender que tal implicaria o reconhecimento internacional do Conselho Nacional de Transição.

Os Estados Unidos propõem a distribuição do dinheiro entre organizações humanitárias, Conselho de Transição e fundos internacionais, para que a Líbia possa adquirir combustível e outros bens similares, enquanto que o FMI garante que só irá reconhecer o novo governo líbio quando este for alvo de um «reconhecimento claro e alargado», pela comunidade internacional.

MRA Alliance/Agências

ONU: Bloco europeu defende sanções do Conselho de Segurança contra a Síria

sexta-feira, agosto 19th, 2011

O bloco europeu no Conselho de Segurança, que inclui Portugal, vai apresentar uma resolução no órgão de segurança das Nações Unidas prevendo sanções contra o regime do Presidente sírio Bashar al-Assad.

O anúncio foi feito esta quinta-feira pelos representantes das missões de Portugal, Reino Unido, Alemanha e França, após um briefing ao Conselho de Segurança da Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, que deu conta de “violações humanitárias generalizadas e sistemáticas” cometidas pelo regime sírio contra a população.

João Maria Cabral, “número dois” da missão de Portugal, manifestou o apoio do país a uma resolução “com medidas concretas dirigidas directamente aos responsáveis pela violência contra a população”.

“O Conselho de Segurança deve estar pronto para novas acções”, defendeu na conferência de imprensa com os seus homólogos europeus e norte-americana, Rosemary diCarlo.

“É altura de Conselho apresentar novas acções, para aumentar a pressão sobre os responsáveis pela violência. Vamos discutir uma resolução com os nossos colegas nos próximos dias”, disse o “número dois” da missão britânica, Philip Parham.

Parham reiterou a exigência de que o regime sírio acabe com a “violência e assassínios”, liberte os detidos e permita acesso humanitário e dos «media» ao país, em cooperação com o gabinete da Alto Comissária para os Direitos Humanos, mas sublinhou que existe um “hiato muito grande” entre as promessas de reforma que têm chegado de Damasco e acções concretas.

MRA Alliance/JN

ONU exclui Kadhafi do plano de transição na Líbia

sexta-feira, julho 22nd, 2011

Um enviado especial da Nações Unidas vai propor um cessar-fogo na Líbia seguido pela criação imediata de uma autoridade provisória composta em partes iguais pelo governo e pelos rebeldes, mas sem Muammar Kadhafi e os seus filhos, segundo um destacado diplomata europeu que pediu para manter o anonimato.

O diplomata europeu disse que, pela proposta da ONU, Kadhafi teria de renunciar, mas que isso seria parte do processo, e não uma pré-condição. Quando a autoridade provisória fosse criada e Kadhafi deixasse de controlar as forças de segurança, os líbios de Trípoli não lhe teriam mais medo, e nessa altura o seu regime estaria na prática encerrado, argumentou. Kadhafi, há 41 anos no poder, rejeitou ontem a hipótese de negociar com os rebeldes, que contam com apoio militar de governos ocidentais.

O diplomata europeu acrescentou que a autoridade provisória proposta nomearia um presidente, controlaria a polícia, as Forças Armadas e os serviços de segurança, e supervisionaria um processo de reconciliação, levando à eleição para uma assembleia nacional constituinte.

A pedido do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o senador jordano Abdul Elah al Khatib está a procurar uma solução para a guerra civil líbia, que começou em Fevereiro. Já se reuniu várias vezes com o governo e com os rebeldes do leste do país.

Khatib não quis revelar pormenores das suas propostas, mas disse em Amã que «a ONU está a exercer seriíssimos esforços para criar um processo político que tenha dois pilares – um é um acordo para um cessar-fogo, e simultaneamente um acordo para estabelecer um mecanismo que governe o período de transição».

MRA Alliance/DD

Ex-Jugoslávia: Detido último fugitivo de guerra servo-croata acusado de crimes contra a Humanidade

quarta-feira, julho 20th, 2011

Goran Hadzic, antigo líder da província separatista servo-croata da Krajina, foi detido na noite passada, confirmou o presidente sérvio. Hadzic, que é suspeito de vários crimes durante a guerra na Croácia entre 1991 e 1995, vivia escondido na Sérvia desde 2004. É o último fugitivo do Tribunal Penal Internacional a ser capturado por alegados crimes de guerra perpetrados na ex-Jugoslávia .

“A Sérvia fecha o capítulo mais difícil na sua colaboração com o tribunal de Haia”, declarou Boris Tadic, perante os jornalistas. O presidente sérvio voltou a negar qualquer má vontade e a rejeitar responsabilidades no lento processo que levou à captura dos líderes político e militar dos sérvios na Bósnia, Radovan Karadzic e Ratko Mladic.

“Só posso confirmar que fizemos todo o possível e estou muito orgulhoso de todos que trabalharam nesta questão”, disse Tadic, manifestando, ainda que de modo indireto, a esperança da detenção permitir o avanço da integração da Sérvia na União Europeia. Belgrado quer ter o estatuto de candidato a Estado-membro e definir, até ao final do ano, uma data para início de negociações de adesão.

A estação de televisão sérvia B92 avançou que Hadzic foi detido no mosteiro de Krusedol, mas o presidente desmentiu o local. Hadzic, de 52 anos, foi detido num bosque, na região montanhosa, em Fruska Gora, a 80 quilómetros de Belgrado, onde tinha combinado encontrar-se com “um contacto”.

Goran Hadzic foi líder da província separatista servo-croata da Krajina em 92 e 93, que tinha um terço do território croata.  Sobre Hadzic pendem 14 acusações do TPI, desde 2004, incluindo crimes contra a humanidade, perseguição, extermínio, tortura, deportação e destruição em massa. É suspeito de envolvimento na morte de centenas de civis croatas e na deportação de dezenas de milhares de não-sérvios para as tropas sérvias durante a guerra na Croácia.

MRA Alliance/RTP

Líbia anuncia fim de todas as operações militares

sexta-feira, março 18th, 2011

MNE da Líbia - Musa KusaA Líbia decidiu nesta sexta-feira encerrar todas as operações militares após a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, que autorizando ataques aéreos contra o regime do coronel Muamar Kadhafi, anunciou o ministro líbio das Relações Exteriores, Musa Kusa.

“A Líbia decidiu aplicar de imediato um cessar-fogo e dar por encerrada todas as operações militares”, declarou Kusa em uma entrevista coletiva. Ele afirmou que o país, por ser membro das Nações Unidas, está “obrigado a aceitar a resolução do Conselho de Segurança da ONU”.

Na quinta-feira, o Conselho de Segurança votou a favor do uso da força contra as tropas pró-Kadhafi, abrindo assim o caminho para bombardeios aéreos depois de quase um mês de insurreição reprimida de forma violenta pelo regime. A resolução exigia um cessar-fogo imediato e o fim dos combates.

Mais cedo, o ditador líbio Muamar Kadhafi havia adotado um tom ameaçador afirmando que transformaria num inferno a vida de qualquer um que atacar o país, depois que a ONU autorizou ataques aéreos contra as forças do governo.

MRA Alliance/AFP

Khadafi ainda vê Portugal como um país amigo

sexta-feira, março 18th, 2011

Muammar KahdafiO líder líbio, Muammar Khadafi, ainda vê Portugual “como um país amigo”, mas que se deixou influenciar por “uma propaganda muito forte” e que foi essa propaganda que levou a que manifestasse fortes críticas ao seu regime.

Numa entrevista à RTP na quinta-feira, Khadafi acentuou que Portugal “foi vítima da propaganda” internacional “muito forte” e revelou que se houver um ataque à Líbia o mundo “nunca mais terá paz”. Um ataque “será uma flagrante colonização” que “terá repercussões muito fortes”. “Se pensarem em colonizar-nos, se o mundo agir como louco, faremos o mesmo. Vamos responder, vamos ripostar”, disse Khadafi ao enviado da RTP à Líbia, Paulo Dentinho.

O líder afirmou ainda que a União Europeia o traiu e que a Liga Árabe “quase não existe”. Acrescentou ainda que não reconhecerá qualquer resolução da Nações Unidas para a Líbia.

MRA Alliance/Público

ONU: Comissões sobre Coreia do Norte e tribunais internacionais serão geridas por Portugal

terça-feira, janeiro 4th, 2011

Portugal vai ficar à frente da comissão do Conselho de Segurança sobre a Coreia do Norte e do grupo de trabalho sobre tribunais internacionais, dois dossiês quentes das Nações Unidas. O Conselho de Segurança reúne-se pela primeira vez, esta terça-feira. 

De acordo com uma fonte da missão diplomática portuguesa, das consultas entre os membros do Conselho saiu também um acordo informal para que Portugal assuma em 2012, no seu segundo ano como membro não permanente, a presidência do grupo sobre os métodos de trabalho do organismo, que era o principal objectivo da diplomacia portuguesa.

Anteriormente presidido pela Turquia, o comité sobre a Coreia do Norte é responsável pela aplicação de sanções, implementação das decisões e avaliação de resultados das mesmas. A atribuição de pastas no Conselho foi negociada durante mais de um mês e concluída no final de Dezembro.

Actualmente, grande parte da actividade do Conselho passa pelo trabalho destes órgãos, cerca de duas dezenas, que incluem comités de sanções relativos a outros países, como o Irão. Outros, de âmbito mais geral, foram criados para o combate ao terrorismo, crianças em conflitos armados, operações de manutenção da paz e prevenção de conflitos. A presidência será exercida pelo representante permanente de Portugal junto da ONU, José Filipe Moraes Cabral. O diplomata português irá presidir em Novembro ao órgão decisório das Nações Unidas, de forma rotativa, adiantou a mesma fonte.

Um dos dossiês a que Portugal pretende dar impulso no Conselho é o da Guiné-Bissau, nomeadamente com reuniões com grupos regionais em Nova Iorque, como a CEDEAO (Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental), ou com blocos como a CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), ao longo dos próximos meses.

Em relação a Timor-Leste, o Conselho de Segurança mantém a intenção de fazer uma visita, a ser agendada proximamente.

MRA Alliance/Público

ONU: Obama promete à Índia um lugar no Conselho de Segurança

quarta-feira, novembro 10th, 2010

No último dos três dias de visita à Índia, Barack Obama ofereceu, no seu discurso no Parlamento, o presente diplomático mais cobiçado pelas autoridades indianas: o apoio às suas ambições de um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, quando este for reformado, para deixar de ter como membros permanentes apenas as cinco primeiras potências nucleares.

“Nos próximos anos, espero que tenhamos um Conselho de Segurança que inclua a Índia como membro permanente”, disse o Presidente dos EUA, aplaudido entusiasticamente pelos deputados~.

Mas este reconhecimento não se dá de mão beijada, sublinhou Obama. “Permitam-me sugerir que com um maior poder vem uma maior responsabilidade.” Desta forma, criticou implicitamente o apoio que a Índia tem dado à junta militar birmanesa, e sublinhou as responsabilidades que o país, como potência nuclear, tem de assumir quanto à proliferação atómica, devido aos contactos que tem mantido com o Irão, realçou o jornal britânico The Guardian.

MRA Alliance/Público

Portugal sobe um lugar no Índice de Desenvolvimento Humano da ONU

sexta-feira, novembro 5th, 2010

Portugal subiu uma posição, para o 40.º lugar, no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 2010 do relatório das Nações Unidas que avalia o bem-estar das populações de 169 países.

Em 2009, o país tinha um índice de 0.791, segundo o novo cálculo do organismo. Em 2010, o valor sobe para 0.795, o que coloca Portugal no 40.º lugar da lista dos 42 países mais desenvolvidos – só a Polónia e Barbados estão pior avaliados neste grupo. Num ano, o país subiu um posto.

O PNUD passou a utilizar novos indicadores para avaliar a progressão dos países nas mais diferentes áreas, como na economia, educação e saúde.

De acordo com o levantamento da ONU, o país com maior IDH é a Noruega, que está no topo da lista.

O relatório, com periodicidade anual, os países são divididos em quatro grupos em termos de desenvolvimento humano, designadamente, muito elevado, elevado, médio e baixo.

Portugal está no primeiro grupo (IDH muito elevado), integrado por 42 países. Neste grupo, abaixo de Portugal só estão a Polónia e Barbados. A Espanha ocupa neste grupo o 20.º lugar.

Se a comparação for feita entre os 27 países da União Europeia, atrás de Portugal estão a Polónia (41.º lugar no ranking mundial), Letónia (48.º lugar) Roménia (50.º) e Bulgária (58.º).

O IDH tem por critérios-base, para perceber o bem-estar de uma população, a expectativa de vida ao nascer, riqueza e educação.

MRA Alliance/Portugal Digital

Crime organizado rende 119 mil milhões por ano

terça-feira, outubro 19th, 2010

Um relatório da ONU revela que o tráfico de drogas é o crime mais lucrativo ao render cerca de 105 mil milhões de dólares por ano às organizações. Os números são do departamento das Nações Unidas sobre Drogas e Crime e foram divulgados num relatório divulgado ontem.

Segundo o departamento, o crime organizado rende cerca de 119 mil milhões de dólares (85,13 mil milhões de euros) por ano, no mundo inteiro.O tráfico de cocaína e heroína rende 105 mil milhões de dólares (75 mil milhões de euros), enquanto o tráfico de seres humanos, imigrantes ou profissionais do sexo geram receitas de quase 10 mil milhões de dólares (7,15 mil milhões de euros) às organizações criminosas, lê-se no documento publicado no site da ONU. Em relação aos ‘novos’ tráficos, a ONU salienta que o comércio ilegal de recursos naturais rende 3,5 mil milhões de dólares, enquanto a contrafacção de medicamentos gera receitas de 1,6 mil milhões de dólares. Já os crimes na internet chegam a render às organizações criminosas cerca de mil milhões de dólares (715 mil milhões de euros) por ano.

MRA Alliance/DE 

Conselho de Segurança: Espanha convenceu América Latina a votar em Portugal

quarta-feira, outubro 13th, 2010

Reunião do Conselho de segurança da ONUA diplomacia portuguesa garantiu ontem em Nova Iorque a eleição para um lugar de membro não permanente no órgão mais poderoso da ONU. Os países africanos votaram em massa em Portugal. Tal como os ibero-americanos, por sugestão espanhola, revela hoje o Diário de Notícias. 

A partir de Janeiro e pela terceira vez na história, Portugal vai ter um lugar com o seu nome escrito à mesa do órgão mais poderoso das Nações Unidas. Os bons ofícios da diplomacia lusa e o apoio diligente de alguns aliados asseguraram ontem a eleição como membro não permanente no Conselho de Segurança.

Lisboa disputava com Alemanha e Canadá uma das duas cadeiras vagas no Conselho para a Região Europa Ocidental e Outros. Berlim, que partia como favorita, assegurou um lugar logo à primeira ronda com 128 votos – apenas mais um do que o mínimo e mais seis do que os conseguidos pela candidatura portuguesa.

Depois, no frente-a-frente com o Canadá, uma das oito maiores economias do mundo, Portugal levou a melhor. Venceu a segunda ronda por uma vantagem insuficiente, mas que convenceu o Canadá a desistir. À terceira votação, sem concorrência, Portugal foi eleito pela Assembleia Geral da ONU com 150 votos a favor.

Ontem à tarde, em São Bento, o primeiro-ministro, José Sócrates, considerou que a eleição de Portugal confirma o “ciclo de reforço” de Portugal no plano internacional. Ao seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros congratulou-se com o “resultado expressivo”. Luís Amado notou que “estávamos a competir com dois dos principais, se não, neste momento, com os principais actores internacionais do grupo ocidental das Nações Unidas”. Amado afirmou “que a projecção que o País tem em termos internacionais é um instrumento muito importante para a afirmação dos seus interesses e para resolvermos também os nossos problemas” e agradeceu aos amigos de Portugal.

De acordo com fontes diplomáticas, Portugal teve os votos simbólicos de China e Rússia – dois dos cinco membros com direito de veto -, o apoio maciço dos países africanos e do mundo árabe, onde Amado fez várias diligências recentes. Mas outros votos que fizeram pender a balança a favor de Lisboa no frente-a-frente com Otava foram os dos países da América Latina. E por esses Portugal fica a dever muito a Madrid.

O DN sabe que a diplomacia espanhola fez uma campanha a favor da candidatura portuguesa junto de países latino-americanos onde Portugal não tem embaixada. A esta pressão juntou-se outra feita pelo Brasil, uma potência regional, e pela própria diplomacia portuguesa. A cimeira ibero-americana de 2009 foi organizada em Lisboa e terá sido aproveitada por Luís Amado para “encomendar” mais alguns votos.

A marca ficou no comunicado final da cimeira onde se lia que os países ibero-americanos “manifestam a sua satisfação pela candidatura de Portugal […] a um lugar de membro não permanente do Conselho de Segurança”. Contra o Canadá jogaram a sua aproximação recente aos EUA na política externa e o facto de ser mais um dos países do G8.

Portugal e Alemanha substituem Áustria e Turquia no Conselho de Segurança. Além daqueles, foram eleitos para o mandato de dois anos Índia, pela Ásia, Colômbia, pela América, e África do Sul, por África.

MRA Alliance/DN

Irão: Novas sanções incluem bancos, empresas e compra de armas

quarta-feira, junho 9th, 2010

O Conselho de Segurança da ONU impôs hoje novas sanções ao programa nuclear do Irão, que parte do Ocidente suspeita estar focado no desenvolvimento de armas atómicas. Foram 12 votos a favor das sanções e dois contra (do Brasil e da Turquia).

Os 15 países do Conselho reuniram-se para votar a proposta de resolução, resultado de cinco meses de negociações entre Estados Unidos, Reino Unido, França, China, Rússia e Alemanha.

As potências ocidentais queriam medidas mais duras, inclusivamente contra o sector energético iraniano, mas Pequim e Moscovo conseguiram diluir as punições previstas no documento de 10 páginas.

A resolução prevê restrições a mais bancos iranianos no exterior, caso haja suspeita de ligação destes com programas nucleares ou de mísseis. Estabelece também uma vigilância nas transações com qualquer banco iraniano, inclusivamente o Banco Central.

Além disso, amplia o embargo de armas contra o Irão e cria entraves à actuação de 18 empresas e entidades, sendo três destas ligadas às Linhas de Navegação da República Islâmica do Irão, e as restantes vinculadas à Guarda Revolucionária.

A resolução estabelece também um regime de inspecção de cargas, semelhante ao que já existe em relação à Coreia do Norte.

Paralelamente à resolução, 40 empresas serão acrescentadas a uma lista pré- existente de empresas com bens congelados no mundo inteiro, por suspeita de colaboração com programas nuclear e de mísseis do Irão.

A nova lista negra inclui um indivíduo chamado Javad Rahiqi, director de um centro de processamento de urânio, o qual terá os bens congelados e será proibido de viajar ao exterior.

A nova lista que surgiu na manhã de terça-feira continha 41 empresas, inclusivamente dois bancos. No final do dia, a China exigia a exclusão de um deles, o Banco de Desenvolvimento das Exportações do Irão.

No mês passado, a Turquia e o Brasil mediaram um acordo de intercâmbio de material nuclear do Irão, na esperança de que tal desse espaço a mais negociações e evitasse as novas sanções.

EUA e os seus aliados, no entanto, disseram que o acordo não altera a recusa do Irão em abandonar o enriquecimento de urânio, conforme exigiam cinco resoluções anteriores do Conselho de Segurança.

MRA Alliance/DD

Israel rejeita investigação da ONU sobre incidentes com activistas turcos

segunda-feira, junho 7th, 2010

Turquia - Funeral das vítimas do ataque israelita a barco com ajuda humanitária para GazaO primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou a proposta do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, para criar uma comissão internacional para investigar o ataque contra uma frota de barcos que levava ajuda humanitária a Gaza, na semana passada. Nove ativistas morreram, sendo oito turcos e um americano de origem turca.

A comissão seria presidida pelo ex-primeiro-ministro da Nova Zelândia, Geoffrey Palmer, e incluiria representantes de Israel, Estados Unidos e Turquia.

Segundo as agências internacionais, as autoridades israelitas não aceitaram as investigações externas, alegando que o país tem o direito de se investigar a si próprio.

MRA Alliance/Agências

Desnuclearização do Médio Oriente na agenda da ONU

domingo, maio 30th, 2010

armas_nucleares11.jpgAo fim de 15 anos de esforços, os países árabes conseguiram nas Nações Unidas, em Nova Iorque, um acordo sobre proliferação nuclear que abre caminho a uma conferência de desnuclearização do Médio Oriente.

O acordo envolveu 189 países e os Estados Unidos aceitaram incluir uma referência a Israel, o que motivou a resposta irritada dos israelitas, que acusam a declaração final de “hipocrisia”, pois não menciona Irão ou Coreia do Norte.

A conferência de acompanhamento do Tratado de Não Proliferação (TNP), que se realizou na sede da ONU, resultou na aprovação de uma declaração de 28 páginas onde uma única frase refere o Estado de Israel, repetindo uma posição anterior de que este país se deve juntar ao Tratado.

Existe acordo para a realização em 2012 de uma conferência que visa estabelecer no “Médio Oriente uma zona livre de armas nucleares e todas as outras armas de destruição maciça”. Foram também aprovadas linhas de acção em cada uma das áreas do TNP: desarmamento, verificação dos programas nucleares dos países e uso pacífico da energia nuclear.

MRA Alliance/DN

Sócrates apoia Lula para secretário-geral da ONU

domingo, maio 16th, 2010

O primeiro-ministro português disse, este domingo, em entrevista ao jornal “Folha de São Paulo” que apoiaria uma eventual candidatura do actual presidente brasileiro Lula da Silva ao cargo de secretário-geral das Nações Unidas (ONU).

«Estaria na primeira fila desse apoio», disse José Sócrates, citado pelo Diário Económico. «O presidente Lula é uma grande figura da política mundial. Não sou apenas seu admirador e seu amigo, como tenho certeza de que ele é jovem demais para se retirar da política. Tenho certeza de que ele desempenharia muito bem qualquer cargo internacional», adiantou o chefe de Governo.

José Sócrates admitiu, ainda, que «cada vez que o Brasil sobe de posição no concerto das nações, no quadro internacional, Portugal vai atrás».

MRA Alliance/Agências 

ONU: Cabo Verde é exemplo no combate ao narcotráfico

quarta-feira, janeiro 6th, 2010

Cabo Verde é referenciado internacionalmente “como exemplo de boa prática” em matéria de luta contra a droga e o crime na região da África Ocidental, afirmou hoje a coordenadora do Sistema das Nações Unidas (SNU) no arquipélago.”Cabo Verde é signatário de todas as convenções da ONU sobre a droga e o crime. Há vontade política, existe uma estratégia integrada, um quadro legal actualizado e uma cooperação judiciária e internacional cada vez mais reforçada. Podemos dizer que os resultados têm sido positivos, uma vez que o país tem ferramentas essenciais para lutar contra a droga e o crime”, disse Petra Lantz.

“No entanto, nesta matéria, há ainda muito por fazer. O Governo deve continuar a trabalhar com a mesma qualidade e intensidade, visando o reforço das capacidades nacionais no âmbito de prevenção e combate à droga e ao crime organizado, sem descurar uma avaliação continuada do impacto dessa intervenção. Os desafios continuam grandes”, considerou.

MRA Alliance/Agências

Sarkozy quer Brasil na ONU

segunda-feira, setembro 7th, 2009

O presidente francês Nicolas Sarkozy disse nesta segunda-feira, em Brasilia,  ser uma questão “de justiça” que o Brasil ocupe uma vaga permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

O presidente da França defendeu reformas na ONU para permitir uma maior participação dos países em desenvolvimento, como o Brasil, nas decisões tomadas pela organização multilateral.

“As Nações Unidas devem reformar-se. Estamos no século XXI, não podemos considerar normal que a África não tenha um membro permanente no Conselho de Segurança de Segurança. Também não acredito que, no pequeno-almoço do G-8, não possamos convidar o Brasil. Isso é perigoso”, disse Sarkozy.

“O mundo não pode esquecer o que aconteceu no ano passado. A lógica de que o mercado ia resolver tudo, faliu. O estado não pode abrir mão de ser o indutor. Tivemos que induzir mais dinheiro na produção. Se não existe o estado, as coisas não funcionam com a facilidade que alguns imaginavam que iam funcionar. Vamos exigir que cada país faça a sua parte para que a crise não resulte no sofrimento dos mais pobres”, concluiu o presidente francês.

MRA Alliance/Agências

ONU: Ex-ministra cabo-verdiana é nova directora regional da FAO para África

quinta-feira, julho 9th, 2009

Maria Helena SemedoA ex-ministra cabo-verdiana Helena Semedo é a nova Directora Regional da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) para África, acumulando o cargo com o de Adjunta do Director-Geral da organização, com sede em Itália.A nomeação da cabo-verdiana aconteceu após um concurso, no dia 01 de Julho. Helena Semedo foi seleccionada entre 65 candidatos.

Para a nova directora Regional da FAO em África, com Sede em Accra, Gana, esta nomeação é uma satisfação pessoal e demonstra que Cabo Verde tem quadros capazes representar o país no exterior.

MRA Alliance/Agências

ONU: Conselho Permanente aprova alargamento de sanções à Coreia do Norte

quarta-feira, junho 10th, 2009

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, França, Grã-Bretanha, Rússia e China – chegaram hoje a um acordo sobre o texto de uma resolução para ampliar as sanções contra a Coreia do Norte, informaram fontes diplomáticas, em Nova Iorque, citadas pela BBC.  

A resolução, articulada com o Japão e a Coreia do Sul, é a resposta ao teste nuclear e ao lançamento de mísseis de longo e curto alcance realizados no mês passado pelo governo norte-coreano, contra as determinações do Conselho de Segurança da ONU.

Os 15 países que integram o Conselho de Segurança deverão votar a aprovação das novas sanções na próxima sexta-feira.

De acordo com as fontes da BBC, a resolução tem 35 pontos e reafirma a proibição de atividades nucleares e testes com mísseis imposta pela ONU à Coreia do Norte e impõe o embargo do comércio de armas e a aplicação de sanções financeiras contra a Coreia do Norte.

Nas últimas semanas, os Estados Unidos e o Japão exerceram pressões para a aplicação de “sanções severas” contra Pyongyang. Em contrapartida, a China e a Rússia adoptaram uma posição mais conciliadora para evitar o agravamento das tensões diplomáticas e militares.

Ontem, a Coreia do Norte ameaçou usar armas nucleares caso seja militarmente ameaçada pelos EUA e seus aliados na região.

MRA Alliance/Agências

ONU: Ban Ki-moon vai pedir à AG para expulsar Israel da organização

sexta-feira, maio 15th, 2009

Esta transcrição do discurso publicada em 15-05-2009 pelo jornal News from Jerusalem foi retirada no dia 16-05-2009 com a explicação de “falha na autenticação da fonte”. Pelos vistos, mais uma manobra de desinformação. Esta interessou a quem? O nosso texto aqui fica. Para que conste.

MRA Alliance/pvc

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, fez um violento ataque contra Israel durante a Assembleia Geral da organização, na segunda-feira, em Nova Iorque, e anunciou que vai iniciar os procedimentos para solicitar a sua expulsão como Estado-membro por crimes de guerra e genocídio do povo palestiniano. Por ocasião do 60º aniversário da ONU, Ban condenou a forma como foi feita a partilha da Palestina, em 1947, à revelia e contra a vontade das populações e povos árabes mas satisfazendo inteiramente os interesses sionistas. 

De acordo com a transcrição do discurso publicada hoje pelo jornal News from Jerusalem, Ban sublinhou que “o terrorista para um país é o herói revolucionário para um outro . Alguns insistem que os terroristas são contra a democracia, mas todos já vimos democracias comportarem-se como terroristas.” 

O Secretário-geral citou a Resolução 273 da AG da ONU – nunca reconhecida pelo governo judaico – segundo a qual Israel foi admitido na organização “sob a condição de garantir a todos os palestinianos o direito de regressarem às suas casas e a serem indemnizados por perdas materais de acordo com o parágrafo 11 da Resolução 194, da Assembleia Geral. É excusado dizer que Israel nunca cumpriu aquelas condições, nem nunca teve intenção de as cumprir.

Durante 60 anos, Israel violou as condições de adesão, e durante 60 anos a ONU nada fez. Limitou-se a assistir à forma como Israel infligiu repetidos sofrimentos ao povo da Palestina e violou impunemente o direito internacional.”

O “Plano de Partilha” da Palestina, segundo Ban, foi completamente ilegal e constitui uma violação da Carta da ONU, pois a organização “não tem o direito nem os poderes para tirar território a um povo para o dar a outro.”

O SG da ONU disse ser sua vontade restituir legitimidade política e moral à organização que, em seu entender, “não pode satisfazer os seus desígnios de paz e justiça enquanto fizer vista grossa a crimes de guerra – factos que acontecem sempre que é permitido a Israel violar os termos e  condições de adesão [à ONU].”

Ban Ki-moon informou a Assembleia Geral sobre os seus futuros actos: “Como recém eleito Secretário-geral, prometo que a ONU não continuará a ter uma atitude passiva e facilitadora do genocídio. Por isso, vou pedir à AG para realizar uma sessão especial, tão rapidamente quanto possível, para retirar a Israel o estatuto de Estado-membro. (…) Uma vez que Israel está a violar as condições de adesão, pelo que não é um membro cumpridor, confere legitimidade à ONU para declarar nula e sem efeito a Resolução 273. Dado que a filiação de Israel depende da sua adesão àquela resolução a respectiva expulsão é automática.”

A finalizar, Ban Ki-moon rematou: “Nada do que a ONU possa fazer terá valor enquanto este membro ilegítimo ocupar um lugar na Assembleia Geral. Eu quero que a ONU tenha mérito. Conto com o vosso apoio.”

Até hoje, o discurso do SG das Nações Unidas foi completamente ignorado pelos principais meios de comunicação do Ocidente e não mereceu qualquer comentário por parte dos líderes da comunidade internacional, nem do governo israelita.

MRA Alliance/News from Jerusalem (pvc)

Israel atacou deliberadamente a ONU em Gaza, acusa Ban Ki-moon

terça-feira, maio 5th, 2009

Ban Ki-moonO secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse hoje que Israel mentiu sobre os ataques a escolas e a instalações da ONU durante a recente ofensiva militar na Faixa de Gaza e exigiu uma indemnização. Um dos ataques matou mais de 40 pessoas. Porém, durante os 22 dias que durou a operação militar israelita 99% das vítimas (1300) foram civis e paramilitares palestinianos e 1% (13) soldados judeus. 

Ban adiantou que uma investigação da ONU provou que armas israelitas – algumas contendo fósforo branco – foram a “causa indiscutível” dos ataques a várias escolas, a uma clínica médica e à sede da organização multilateral, em Gaza.

A primeira das 11 recomendações do relatório sugere que a ONU demonstre a falsidade das informações prestadas pelas autoridades hebraicas e desminta frontalmente a versão judaica de que os disparos foram efectuados de duas instalações das Nações Unidas. Outra das recomendações aconselha a ONU a exigir o pagamento de uma indemnização para compensar os prejuízos provocados pela violência israelita.

Israel nega ter atacado intencionalmente as instalações e disse ter sido forçado a agir contra militantes palestinianos que usavam edifícios e áreas com civis para se esconderem. Israel acusou a ONU ter ignorado, no relatório final, as abundantes informações fornecidas pelo governo judaico.

O vice-embaixador de Israel na ONU, Daniel Carmon, qualificou o relatório como “tendencioso” e “parcial”. Carmon acrescentou que a comissão estava a “trair” a confiança de Israel por ter extravasado o âmbito das investigações.

Israel lançou a ofensiva em Gaza em 27 de Dezembro, com o objectivo de parar os ataques com foguetes, alegadamente lançados por militantes islâmicos, a partir de Gaza.

MRA Alliance/Agências

Israel lidera boicote à Conferência sobre Racismo

segunda-feira, abril 20th, 2009

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon,  abriu hoje em Genebra a segunda edição de uma Conferência sobre o Racismo (Durban II) marcada pelo boicote dos EUA e de vários países do Ocidente. A presença do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad,  levou a Casa Branca a alertar contra o antagonismo “hipócrita” face a Israel. Ki-moon ripostou com a equiparação entre anti-semitismo e “islamofobia”.

A abertura do púlpito de Durban II ao Presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad, assumido crítico do Estado hebraico e dos pressupostos do Holocausto é o argumento utilizado para o boicote por todos os países aliados de Israel.

A diplomacia israelita, muito activa nas últimas semanas, conseguiu os seus objectivos: esvaziar politicamente a reunião destinada a dar sequência à Cimeira de Durban, organizada há oito anos na África do Sul. Um total de oito nações do flanco ocidental fica à margem dos trabalhos de Genebra em solidariedade com Israel – EUA, Alemanha, Polónia, Holanda, Itália, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. A França faz-se representar em Genebra por uma delegação diplomática de segunda linha, à semelhança da Grã-Bretanha e da República Checa.

A posição da administração Obama foi conhecida no sábado. Apesar de os diplomatas responsáveis pelo projecto de declaração final terem mantido uma referência à memória do massacre de seis milhões de judeus às mãos do regime nazi, a Casa Branca dissociou-se da iniciativa das Nações Unidas. Já o fizera em 2001, quando a delegação da administração Bush/Cheney abandonou Durban perante a tentativa de equiparar o anti-semitismo a um fenómeno racista.

O ministro francês dos Negócios Estrangeiros Bernard Kouchner, ameaçou que ao menor sinal de ataque anti-semita no discurso a proferir por Mahmud Ahmadinejad ditará o abandono precoce dos representantes franceses.

Antagonismo “hipócrita e contraproducente”

Ao demarcar-se de Durban II, o Presidente norte-americano, Barack Obama, escudou-se no argumento de que os Estados Unidos não podem estar associados a uma iniciativa aberta a dirigentes com posições anti-semitas, nomeadamente o Presidente do Irão, para quem o Holocausto não passou de um logro de assinatura sionista. A Casa Branca teme que os trabalhos da Cimeira das Nações Unidas, a decorrer até sexta-feira, redundem num palco de antagonismo “hipócrita e contraproducente” para com o Estado hebraico.

O mesmo receio alastra-se aos aliados europeus dos Estados Unidos. No entanto, a União Europeia divide-se entre a via do boicote e a solução de compromisso do Governo francês. Uma cisão condenada de viva voz pelo ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Franco Frattini: “Agir como uma testemunha silenciosa não compensa, apenas nos arriscamos a ser cúmplices”.

No entender das organizações não-governamentais, a polémica em torno de Mahmud Ahmadinejad reúne todas as características de uma manobra de diversão. Até porque o problema não está na presença do Presidente iraniano, ou no dossier do conflito israelo-palestiniano, mas antes na “intolerância” e na “discriminação” dos países ocidentais face à imigração. Isso mesmo foi reafirmado à RTPN por Mamadou Ba, dirigente da SOS Racismo em Portugal.

Israel intensifica manobras diplomáticas

No discurso de abertura da Cimeira de Genebra, o secretário-geral das Nações Unidas procurou resgatar Durban II a um fracasso que as ONG dizem ser inevitável. Depois de fazer a apologia do “equilíbrio” emprestado ao projecto de declaração final, Ban Ki-moon disse estar “profundamente desapontado” com a ausência de “algumas nações que, por direito próprio, deveriam ajudar a criar o caminho para um futuro melhor”.

Ban Ki-moon exortou também a comunidade internacional a unir esforços contra a ameaça de uma intolerância em crescendo, sobretudo no contexto da crise económica e financeira. Quanto ao racismo, o combate deve ser travado contra todas as formas do fenómeno, incluindo o anti-semitismo e a mais recente “islamofobia”.

Israel não desarma. Já esta segunda-feira, no início da reunião semanal do Conselho de Ministros, o chefe do Executivo israelita voltou a condenar o convite enviado ao Presidente iraniano, que apodou de “negacionista” e “racista”.

“No momento em que nos preparamos para lembrar as vítimas da Shoah, uma conferência que se propõe lutar contra o racismo acolhe um racista e um negacionista da Shoah que não esconde a sua intenção de erradicar Israel do mapa”, declarou Benjamin Netanyahu. Israel, afirmou o sucessor de Ehud Olmert, “felicita os países que decidiram boicotar o festival do ódio”.

Na mesma linha, o ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Avigdor Lieberman, sublinhou que o Estado hebraico “não pode ignorar o facto de a conferência, que acolhe um negacionista da Shoah, decorrer precisamente no dia em que o povo judeu lembra os seis milhões de vítimas massacradas pela Alemanha nazi e os seus simpatizantes”.

A última operação da guerra diplomática de Telavive contra Durban II envolve Ilan Legari, embaixador de Israel na Suíça. O Governo israelita convocou o seu representante diplomático em Berna para consultas após um encontro entre o Presidente suíço, Hans-Rudolf Merz, e o homólogo do Irão.

Estudo: “Israelitas apioam racismo”

Em Março de 2008, a MRA Alliance, divulgou os resultados de um estudo segundo o qual o fenómeno do racismo em Israel é uma realidade. “A comunidade israelo-judaica apoia de forma crescente a segregação, discriminação e deportação de árabes israelitas segundo um relatório sobre racismo em Israel, elaborado pelo Mossawa, Centro para a Defesa dos Cidadãos Árabes de Israel, informou o jornal israelita de centro-esquerda Haaretz. O relatório, divulgado publicamente no final do primeiro trimestre, em Nazaré, considera que o conflito israelo-palestiniano influenciou a opinião pública israelita que, crescentemente, defende ideias racistas. O estudo alerta igualmente que vários políticos judeus estão a ganhar influência com base na defesa de posições favoráveis ao ódio racial.” Mais aqui. 

MRA Alliance/RTP

Sarkozy quer África e América do Sul no Conselho de Segurança

sábado, outubro 18th, 2008

O presidente francês Nicolas Sarkozy defendeu a entrada de um país africano ou sul-americano como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, na abertura da reunião de cúpula da francofonia, no Quebec. “A crise (financeira internacional) deve ser uma oportunidade para sacudir os costumes e rejeitar as facilidades. Como imaginar solucionar os grandes problemas do mundo quando há um Conselho de Segurança que não conta com um membro da África ou do continente sul-americano como membro permanente?”, disse Sarkozy. “A crise é uma oportunidade para refletir de maneira diferente sobre o crescimento”, ressaltou também o presidente francês. Neste capítulo, disse, “o crescimento sustentável, o crescimento verde, o desenvolvimento de uma agricultura alimentar em todo o mundo”, devem objectivos do futuro. “Temos de refletir sobre o que está em jogo. Como chegamos até aqui? (…) Quem é responsável? O que aconteceu? Devemos estabelecer um diagnóstico e tirar disso as conclusões. (…) O mundo tem que mudar”, sublinhou o presidente da França. MRA Dep. Data Mining

Rússia diz que sanções contra Zimbabué seriam um “perigoso precedente”

sábado, julho 12th, 2008

Conselho de Segurança - Nações UnidasO Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia afirmou hoje que a aprovação das sanções contra o Zimbabué pelo Conselho de Segurança da ONU representaria um “perigoso precedente” quanto à ingerência do órgão nos assuntos internos dos Estados. O comunicado russo justificou desta forma o veto de Moscovo ao projecto apresentado pelos Estados Unidos, também vetado por Pequim. A aprovação do documento “representaria um precedente perigoso, que abriria caminho à ingerência do Conselho de Segurança nos assuntos internos dos Estados em vista de alguns eventos políticos, o que transgride a Carta da ONU”, acrescenta o comunicado da diplomacia russa.

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, David Miliband, reagiu hoje manifestando-se decepcionado pelo veto referindo que os zimbabueanos consideram “incompreensível” a decisão russa e chinesa. O veto de ontem à noite, evitou que o Conselho da Segurança impusesse sanções contra o regime zimbabueano, para o obrigar a negociar com a oposição uma saída para a crise política interna. Num comunicado, Miliband disse estar “muito decepcionado” pela ausência de uma decisão “forte e clara” contra o governo Mugabe. A resolução obteve nove votos a favor, uma abstenção e cinco contra, nomeadamente da Rússia e da China, membros permanentes do Conselho da Segurança com poder de veto. O resultado é uma derrota política para o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, que julgava ter apoios suficientes para que a resolução fosse aprovada. MRA/Agências

Tribunal de Haia reconhece imunidade à ONU em genocídio nos Balcãs

sábado, julho 12th, 2008

Srebrenica - MassacreO tribunal de primeira instância de Haia decidiu esta semana que a ONU goza de imunidade num processo contra os responsáveis pelo genocídio ocorrido na cidade bósnia de Srebrenica em 1995. Na passada quinta-feira, os juízes declararam-se “incompetentes” para aceitar a parte do processo de cerca de 6.000 “mães de Srebrenica” relativa à responsabilidade da ONU no massacre. Iniciada em Junho de 2007, a acção foi apresentada contra a Holanda e as Nações Unidas, por não terem protegido os cerca de 8.000 muçulmanos assassinados após o ataque servo-bósnio a Srebrenica, durante a Guerra da Bósnia (1992-1995). “A interpretação do artigo 105 da Carta das Nações Unidas não oferece, segundo o tribunal, base alguma para limitar a imunidade da ONU”, refere a sentença. “Após tê-la estudado, o tribunal declara-se incompetente a respeito da denúncia contra a ONU”, escreveram os juízes. Os magistrados argumentaram ainda que, ao ser colocada a dúvida sobre a imunidade da ONU, a organização “não pode ser julgada perante um juiz nacional”. As litigantes defendem que a imunidade absoluta das Nações Unidas “é inaceitável”. A decisão do tribunal era um passo necessário para a tramitação da denúncia das “mães de Srebrenica”. Com a sentença de hoje, apenas são aceites as alegações sobre a responsabilidade do Estado holandês no massacre. O massacre foi conduzido por militares e paramilitares sérvios -bósnios, em Julho de 1995, após Srebrenica, ter sido designada como um enclave protegido por “capacetes azuis” holandeses da ONU. MRA/Agências

Irão recusa abandonar enriquecimento de urânio

sábado, junho 21st, 2008

O Governo iraniano manteve hoje a recusa de cancelar o programa de enriquecimento de urânio e classificou de “irracional e inaceitável” qualquer pressão contrária, informou a agência iraniana “Fars”. O porta-voz do Governo iraniano, Gholamhossein Elham, numa conferência de imprensa, disse que “a resposta da República Islâmica do Irão ao pacote proposto recentemente pelos seis poderes mundiais (EUA, Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) não se baseará na suspensão do enriquecimento de urânio”. Elham insistiu que “qualquer pedido visando cancelar o programa é irracional e inaceitável”. Recorde-se que, no último sábado, o alto representante para a Política Externa e de Segurança Comum da UE, Javier Solana, foi a Teerão propor incentivos por parte da Alemanha e dos cinco países do Conselho de Segurança da ONU para a suspensão do programa nuclear alegadamente em curso. Elham disse que o seu país está a analisar a proposta e que, oportunamente, lhe responderá. “O Irão continuará a cooperar com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e deseja manter conversas com os países proponentes sobre assuntos de interesse mútuo, para o progresso internacional. (…) As actividades nucleares do país são completamente transparentes”, concluiu. MRA/Agências

Inflação agro-alimentar e petróleo acentuam desigualdades, pobreza e ameaçam paz mundial

terça-feira, abril 29th, 2008

Especialistas internacionais, da ONU/FAO à OMC passando pela OCDE, convergem num ponto: a combinação da inflacão agro-alimentar e energética vai tornar o mundo mais inseguro, mais pobre e mais desigual. Os ambiciosos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) para 2015 não estão apenas comprometidos. São inexequíveis e pura ficção. Os profetas do crescimento e do desenvolvimento perpétuos atiraram o mundo para um beco sem saída.

Ou consumimos menos e de forma mais inteligente, ou dentro de alguns decénios não teremos dinheiro suficiente para comprar comida, combustíveis e medicamentos para tratarmos as doenças que, crescentemente, vão diminuir a nossa qualidade de vida. Mais…

MRA – Dep. Data Mining

Dia Mundial da Água: Recurso escasso e caro exige novas políticas

sábado, março 22nd, 2008

O Dia Mundial da Água, comemora-se hoje, com um alerta da comunidade científica: no futuro próximo, este bem universal e indispensável à vida, pode tornar-se cada dia mais escasso e caro, se não foram tomadas medidas contra o desperdício e a poluição. Pior, a escassez será uma nova fonte de conflitos e guerras, semelhante aos provocados pelo petróleo desde o século XX.

A data foi instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, em 22 de Fevereiro de 1993. A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento chamou à atenção para a questão da escassez da água. A ONU insiste que é urgente solucionar o problema, através de políticas ambientais mais exigentes e rigorosas, e de estímulos à preservação dos aquíferos e ao consumo racional da água potável.

A Terra é constituída por dois terços de água. Porém a esmagadora maioria não é potável nem tem aproveitamento industrial. A equação Água/Terra é ilustrativa da importância estratégica deste recurso: a maioria dela (97.2%) é salgada e forma os oceanos; os recursos potáveis, mas gelados (2,5%), circulam pelos pólos e glaciares. O restante (0,5%) disponível para consumo humano está disperso por aquíferos, lençóis freáticos, lagos e rios alimentados e reciclados com água da chuva. Dos 6,3 mil milhões de habitantes do planeta, mais de mil milhões consomem água contaminada. Cerca de cinco milhões de pessoas morrem anualmente por consumirem água poluída. Fonte: World Business Council for Sustainable Development.