Archive for the ‘Nuclear’ Category

Japão: Autoridades reconhecem que acidente nuclear de Fukushima iguala Chernobyl

quarta-feira, abril 13th, 2011

Central nuclear de Fukushima DaiichiO acidente na central nuclear de Fukushima Daiichi, provocado pelo sismo de 9,0 na escala de Richter e consequente tsunami que atingiram o Japão a 11 de Março, já foi classificado ao nível do desastre nuclear de Chernobyl.

As autoridades japonesas viram-se ontem obrigadas a subir o nível do acidente de Fukushima de 5 para 7 (nível máximo na escala internacional que mede a gravidade deste tipo de eventos), anunciando que a situação na central da província no Nordeste do país está agora ao nível do acidente de 1986 na Ucrânia.

Contudo, a comissão de segurança nuclear do país sublinhou que as emissões de radiação na área são mais baixas que a radioactividade libertada naquele que até agora era considerado o maior desastre nuclear de sempre (a envolver a exploração do nuclear para fins civis).

Segundo o organismo estatal nipónico, ontem os níveis de radiação representavam apenas 10% dos registados em Chernobyl, ainda que, num raio de 60 quilómetros em redor da central, os níveis continuem acima dos legais – situação que já obrigou as autoridades a alargar a zona de exclusão, até agora limitada a um raio de 40 quilómetros em torno de Fukushima Daiichi.

A comissão indicou ainda que o novo patamar de perigosidade é “provisório” e que a decisão foi tomada devido “às medições de iodo e césio registadas no meio ambiente”. A decisão definitiva, ficou sublinhado, estará a cargo de um comité de especialistas internacionais.

MRA Alliance/ionline 

Japão: À desativação de Fukushima seguem-se indemnizações astronómicas

quinta-feira, março 31st, 2011

Fukushima, Japão - Central nuclearO primeiro-ministro do Japão anunciou esta quinta-feira que o complexo da central nuclear de Fukushima deverá ser desativado. A Tokyo Eletric Power Company (Tepco), operadora da central, poderá ainda assim ter de pagar 130 mil milhões de dólares em indemnizações, se a crise nuclear no Japão se prolongar por dois anos.

Os graves danos sofridos pela central nucleal nipónica na sequência do terramoto seguido de tsunami do passado dia 11 de março, tornam inevitável o encerramento do complexo, que se revela totalmente irrecuperável.

A crise na central nuclear coloca às autoridades japonesas várias dúvidas, quais sejam as de saber por um lado em relação à própria central danificada se deverão, ou não, de cobrir os edifícios atingidos com um material especial que impeça a propagação de substâncias radioativas, e, num plano mais geral, se deverão rever os planos que preveem a construção de mais 14 centrais nucleares até ao ano de 2030.

A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) dá conta de que a radiação a 40 quilómetros da central de Fukushima supera os níveis recomendados. O temor que a radiação alastre é aliás, ainda muito grande. Os níveis de radiação registados na água do mar de Fukushima continuam a subir e já bateram em 4.385 vezes o valor legalmente permitido.

MRA Alliance/RTP 

Japão/sismo: Mortos e desaparecidos ultrapassam 20 mil; Radiações nucleares contaminam comida e água

domingo, março 20th, 2011

O sismo e tsunami que atingiram o nordeste do Japão a 11 de março fizeram 8.133 mortos e 12.272 desaparecidos, segundo um novo balanço provisório da polícia nacional japonesa revelado hoje. “Vamos precisar de sítios onde guardar mais de 15 mil corpos”, disse o chefe da polícia da prefeitura de Miyagi, uma das mais afetadas pela catástrofe, citado pela agência Jiji.

O sismo de magnitude 9,0 na escala de Richter, é o mais potente registado no Japão, dando origem a um tsunami que devastou toda a região de Miyagi. As catástrofes naturais de dia 11 são as mais mortíferas registadas no Japão desde 1923, quando um sismo abalou a região de Kanto, que engloba Tóquio, e que fez 142.000 mortos.

Entretanto, as autoridades japonesas registaram níveis de radiação superiores ao normal em espinafres e leite de quintas próximas da central nuclear de Fukushima. Os investigadores avançam que apesar de os níveis registados serem baixos já estão acima dos limites de segurança governamentais. Também a água canalizada de Tóquio e regiões próximas da província de Fukushima registaram níveis de iodo radioactivo. Por essa razão, o Governo japonês desaconselhou a população que reside nessas zonas a beber água da torneira.

Apesar das más notícias, este domingo a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) afirmou que houve uma evolução positiva na Fukushima central, embora a situação seja considerada grave.

MRA Alliance/Agências

Fukushima: Crise nuclear parece estar a melhorar

sábado, março 19th, 2011

Emergência nuclear na central japonesa de Fukushima- DaiichiO porta-voz do governo japonês Yukio Edano disse hoje que a situação na central nuclear de Fukushima “está a melhorar”, ainda que, em alguns sectores, as coisas se mantenham imprevisíveis.

Edano disse igualmente, numa conferência de imprensa durante a tarde de hoje, em Tóquio, que a descarga contínua de água, com o auxílio de um canhão de bombeiros, sobre o reactor 3 foi bem-sucedida. O responsável disse que a situação está mais estável que anteriormente.

Paralelamente, as autoridades japonesas tinham igualmente confirmado, ao início da manhã (hora portuguesa) que os sistemas de refrigeração de dois reactores da central nuclear de Fukushima 1 já estavam operacionais.

O sismo do passado dia 11, e o consequente tsunami, destruiram os sistemas de arrefecimento dos reactores. A catástrofe nuclear esteve então iminente mas ainda não está ultrapassada.

MRA Alliance/Agências

Japão: Autoridades elevam nível de alerta nuclear para cinco

sexta-feira, março 18th, 2011

Central nuclear de Fukushima-DaiichiO Japão aumentou de quatro para cinco o nível de alerta nuclear, numa escala internacional de sete níveis para acidentes atómicos, na central de Fukushima. A crise foi causada por um sismo e tsunami que já fizeram 6911 mortos.

A informação, que está a ser divulgada pela Agência Japonesa de Segurança Nuclear, coloca a crise nuclear em Fukushima a dois níveis de distância da catástrofe de Tchernobil, em 1986, e ao mesmo nível do acidente de Three Mile Island, nos Estados Unidos, em 1979.

O nível cinco significa que a situação em Fukushima é um “acidente com amplas consequências”, segundo a Escala Internacional de Eventos Nucleares e Radiológicos (INES, International Nuclear and Radiological Event Scale). Segundo esta escala, os eventos classificados de 1 a 3 são chamados “incidentes”; de 4 a 7 são chamados “acidentes”. A classificação foi concebida para que a “gravidade de um evento seja cerca de dez vezes maior de nível para nível”, explica a Agência Internacional de Energia Atómica. Segundo a escala, o nível 5 significa, para as pessoas e o Ambiente, “uma fuga limitada de material radioactivo que poderá exigir a implementação de medidas” e ainda “várias mortes por radiação”. A nível de infra-estruturas, significa “danos graves do núcleo dos reactores”, “libertação de grandes quantidades de material radioactivo numa instalação” que poderá ter sido causada por um acidente ou incêndio.

Hoje, o director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica, Yukiya Amano, confirmou que em Fukushima se vive uma corrida contra o tempo para tentar arrefecer os reactores da central, danificada pelo sismo e tsunami. “O arrefecimento é extremamente importante. Também eu acredito que esta é uma corrida contra o tempo”, declarou em Tóquio, depois de um encontro com o primeiro-ministro nipónico, Naoto Kan, segundo a AFP.

MRA Alliance

WikiLeaks.: Japão sabia que centrais nucleares só resistiam a sismos até 7,0 graus

sexta-feira, março 18th, 2011

Explosão na central nuclear japonesa Fukushima-DaiichiDocumentos secretos da diplomacia norte-americana, divulgados ontem pela WikiLeaks, revelam que cientistas da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) terão informado o Japão, em Dezembro de 2008, de que as suas normas de segurança estavam obsoletas e que a possibilidade de sismos superiores a 7,0 na escala de Richter constituiam um “problema sério” para as centrais nucleares nipónicas.

Segundo o jornal i online, na altura, o governo japonês comprometeu-se a actualizar as condições de segurança de todas as centrais do país, o que parece não ter acontecido. 

O governo nipónico terá construído um centro de resposta a emergências, mas este estava desenhado apenas para enfrentar sismos com magnitude inferior a 7,0 na escala de Richter. O que atingiu a costa noroeste do país há uma semana, contudo, foi muito mais forte, atingindo 8,9. Ontem, a situação na central, situada a 240 quilómetros de Tóquio, continuou a piorar, com os níveis de radiação a subirem para 4.000 microsievert por hora (o corpo humano aguenta exposições a 1.000 microsievert por ano).

A meio da tarde, Obama fez uma visita surpresa à embaixada japonesa em Washington, para assinar um livro de condolências e reiterar o compromisso de auxiliar o país. “Os EUA sentem grande urgência em ajudar o Japão”, disse aos jornalistas.

Os 50 funcionários que continuam na central a tentar arrefecer os primeiros quatro dos seis reactores da central Fukushima Daiichi receberam, entretanto, da Marinha norte-americana 100 fatos de protecção e máscaras para acidentes nucleares, biológicos e químicos – equipamento que servirá para minimizar os efeitos da exposição à radioactividade. O grupo já foi baptizado de “os 50 de Fukushima” e vários artigos têm sido dedicados aos homens, apelidados de “heróis-mártires” em “missão suicida”.

A Tokyo Electric Power Co. (TEPCO), empresa que opera a central, abriu ontem uma conta oficial de Twitter que à hora de fecho da edição já contava com mais de 117 mil seguidores. Na primeira mensagem oficial publicada naquela rede social, pedem desculpa à população “por ter causado graves preocupações com o acidente na central nuclear nº 1 de Fukushima, com a fuga de radiação e os cortes de electricidade controlados.”

MRA Alliance

Alemanha fecha sete centrais nucleares

terça-feira, março 15th, 2011

Depois do alerta vindo do Japão com as explosões nos reactores nucleares de Fukushima, a chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou hoje o encerramento de todos os reactores nucleares do país que entraram em actividade «antes do fim de 1980» – um total de sete, que deverão permanecer desligados durante três meses.

«Vamos iniciar um exame da segurança de todas as centrais nucleares», disse a chanceler, «Os reactores que começaram a funcionar antes do fim de 1980 serão desligados durante a moratória», explicou.

Na Alemanha, onde a chanceler Angela Merkel suspendeu um acordo para aumentar o tempo de vida de centrais nucleares do país, há eleições importantes no horizonte.

Dezenas de milhares de activistas anti-energia nuclear realizaram um protesto no fim de semana contra o plano de aumentar a vida útil dos reactores alemães. Em Stuttgart, os manifestantes formaram um cordão humano de 45 quilómetros de extensão. O protesto já tinha sido planeado antes da tragédia no Japão, porque a energia nuclear é considerado um tema sensível para as eleições.

Os ministros de Energia da UE e especialistas em energia nuclear, em Bruxelas, iniciaram hoje a abordagem às questões de segurança. Com cerca de 150 reactores nucleares no continente, a Comissão Europeia quer levar em conta os acontecimentos no Japão, e rever as medidas de segurança.

MRA Alliance/JD

Catástrofe no Japão põe em causa política nuclear da Alemanha

domingo, março 13th, 2011

Cadeia humana entre Estugarda e a central atómica de NeckarwestheimA catástrofe nuclear no Japão colocou a política nuclear alemã no centro das atenções da campanha eleitoral para as estaduais em Baden-Wuerttemberg, dentro de duas semanas, onde a chanceler Angela Merkel pode jogar o seu futuro político. Perante o que está a acontecer no Japão, um país altamente industrializado que apostou nas centrais atómicas, e luta agora desesperadamente contra uma calamidade de enormes dimensões, a oposição social democrata, ambientalista e esquerdista na Alemanha voltou a exigir ao governo de centro direita uma rápida renúncia à energia nuclear.Em Outubro, democratas cristãos e liberais reviram o compromisso firmado com a indústria nuclear pelo anterior executivo social democrata e anbientalista, prolongando o prazo de funcionamento das 17 centrais atómicas alemãs por mais 12 anos, em média.

No sábado, mais de 50 mil pessoas protestaram em Baden-Wuerttemberg contra a política nuclear do governo central, formando uma cadeia humana de mais de 40 quilómetros entre o centro de Estugarda, a capital estadual, e a central atómica de Neckarwestheim.

Ao fim do dia, Merkel convocou um gabinete de crise para debater a situação, perante a catástrofe nuclear no Japão, anunciando depois que a Alemanha vai «analisar as consequências» para a sua própria política de energia atómica.

Já a indústria nuclear não considerou necessário, até agora, tirar ilações da tragédia japonesa, e a RWE, un dos gigantes energéticos alemães, anunciou que manterá as suas centrais atómicas a funcionar até expirarem os prazos previstos.

O ministro do ambiente, Norbert Roettgen, que negociou os referidos prazos com as energéticas, defendeu agora opinião diferente, afirmando que o que está a acontecer no Japão «é uma ruptura, que põe em dúvida a possibilidade de se dominar a tecnologia nuclear».

O tema ocupará, decerto, o topo da agenda na campanha eleitoral de Baden-Wuerttemberg, um dos estados federados mais prósperos da Alemanha, onde os democratas-cristãos governam há 57 anos consecutivos.

As últimas sondagens, ainda antes da catástrofe no Japão, davam ligeira vantagem ao bloco conservador (democratas cristãos e liberais) sobre a oposição social democrata e ambientalista. No entanto, segundo vários observadores políticos, os dramáticos acontecimentos em Fukushima podem castigar Merkel e inverter a tendência de voto a favor da esquerda, nas duas semanas que faltam até 27 de Março.

MRA Alliance/SOL

Japão: Risco de explosão num segundo reator nuclear em Fukushima

domingo, março 13th, 2011

Sistema de alerta nuclear decretado em na central japonesa Fukushima-DaiichiO operador da central nuclear do nordeste do Japão revelou que um segundo reator estava a dar sinais de problemas, havendo risco de explosão, avançou hoje a agência noticiosa France Presse. A companhia Tokyo Eletric Power (Tepco) informou tratar-se do reator número três da central

Segundo a agência Kyodo, a dose de radioatividade recebida por um indivíduo no local do sinistro corresponde à que uma pessoa pode absorver no máximo num ano para evitar pôr em perigo a sua saúde.

O sismo de magnitude 8,9 na escala aberta de Richter, que regista a energia libertada pelo abalo telúrico, foi registado na sexta-feira às 14:46 (05:46 em Lisboa) a uma profundidade de 24,4 quilómetros e com epicentro localizado a cerca de 100 quilómetros ao largo da prefeitura de Miyagi, na região nordeste do Japão.

O abalo, fortemente sentido em Tóquio, a cerca de 400 quilómetros do epicentro, deu origem a um tsunami que atingiu a costa japonesa com uma onda de cerca de 10 metros de altura.

 N.º 1, situada a 250 quilómetros a norte de Tóquio. “Todas as funções para manter o nível do líquido de refrigeração estão a falhar”, declarou hoje um porta-voz da empresa.

Segundo a agência Kyodo, a dose de radioatividade recebida por um indivíduo no local do sinistro corresponde à que uma pessoa pode absorver no máximo num ano para evitar pôr em perigo a sua saúde.

O sismo de magnitude 8,9 na escala aberta de Richter, que regista a energia libertada pelo abalo telúrico, foi registado na sexta-feira às 14:46 (05:46 em Lisboa) a uma profundidade de 24,4 quilómetros e com epicentro localizado a cerca de 100 quilómetros ao largo da prefeitura de Miyagi, na região nordeste do Japão.

O abalo, fortemente sentido em Tóquio, a cerca de 400 quilómetros do epicentro, deu origem a um tsunami que atingiu a costa japonesa com uma onda de cerca de 10 metros de altura.

MRA Alliance/Agências 

Rússia aprova tratado de desarmamento nuclear

sábado, dezembro 25th, 2010

Barack Obama e Dimitri MedvedevA Duma, câmara baixa do parlamento russo, aprovou ontem o tratado de redução de armas estratégicas START em primeira leitura. O documento obteve 350 votos a favor e 58 contra.

Os deputados aprovaram o projeto de lei de ratificação do tratado, inscrito na ordem do dia, após a ratificação na quarta-feira pelo Senado norte-americano do documento assinado em abril pelos presidentes Dmitri Medvedev e Barack Obama.O chefe da comissão dos Negócios Estrangeiros da Duma, Konstantin Kossatchev, indicou que o texto de ratificação em segunda leitura, incluindo as disposições adicionadas à resolução pelo Senado norte-americano, será apresentado aos deputados em meados de janeiro.

Antes da votação, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, afirmou que Moscovo “discorda totalmente” com a interpretação do Senado norte-americano na ratificação do START, segundo a qual não existe qualquer ligação entre o tratado e a defesa antimíssil.

MRA Alliance/Agências

Wikileaks: Portugal na rota do tráfico de urânio?

terça-feira, dezembro 21st, 2010

Portugal é um dos países referenciados nos telegramas da WikiLeaks como possível ponto de passagem de materiais nucleares roubados. Em concreto, um telegrama de Julho de 2008 da embaixada dos EUA em Lisboa faz referência a um ex-general russo radicado no nosso país que alegadamente estaria a tentar vender uma placa de urânio.

O alerta, no entanto, não terá sido considerado suficientemente credível por Washington, já que não existe qualquer outra referência ao caso e a embaixada dos EUA nem se deu ao trabalho de confirmar os dados pessoais do informador.

Num telegrama datado de 25 de Julho de 2008 e assinado pelo então embaixador Thomas Stephenson, é relatado que a embaixada foi contactada por um informador, descrito como um angolano “bem vestido” e que “falava bem inglês”. O informador disse aos diplomatas que um parceiro de negócios chamado Orlando lhe pedira ajuda para vender “placas de urânio” provenientes da central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia. Adiantou ainda que o proprietário do material é “um ex-general russo residente em Portugal”, que trabalharia em conjunto com “um velho juiz português residente no Porto”.

O informador, que admitiu ter contactado a embaixada por “motivos financeiros”, mostrou como prova uma fotocópia a cores de uma fotografia de um “tijolo metálico acinzentado”, embrulhado em papel de jornal com várias anotações, incluindo as medidas e o peso da placa de urânio.

O embaixador Stephenson admite no telegrama, porém, que não verificou as informações pessoais dadas pelo informador, incluindo a morada, e o caso parece ter ficado por aqui.

MRA Alliance/

Irão diz-se nuclearmente auto-suficiente antes das negociações com “grupo dos seis”

domingo, dezembro 5th, 2010

Ali Akbar Salehi - Chefe do programa atómico iranianoO Irão anunciou que é auto-suficiente no processo de fabrico nuclear, um dia antes das conversações com as potências mundiais que temem mais uma República Islâmica com armas atómicas.

Num anúncio público, na televisão, o responsável pelo programa de energia atómica, Ali Akbar Salehi, disse que o Irão é agora capaz de produzir “yellow cake”, um dos componentes-chave para a produção de urânio enriquecido, o que é um “grande passo em frente” para o país, que estava dependente da importação deste concentrado. “Isto quer dizer que o Irão se tornou auto-suficiente no processo de produção nuclear”, anunciou Salehi.

Analistas ocidentais vêem em geral estas declarações iranianas com reservas, notando que por vezes a República Islâmica exagera nas suas capacidades nucleares para ganhar vantagem nas negociações com o Ocidente.

O anúncio de hoje ocorre antes do encontro de amanhã, em Genebra, com os seis países encarregados de negociar o dossier iraniano (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança – EUA, França, Reino Unido, Rússia, China – e a Alemanha, conhecido como o “grupo dos seis”).

Irão ameaça UE após novas sanções politicas e económicas

terça-feira, julho 27th, 2010

O Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano condenou, esta terça-feira, as novas sanções impostas pela União Europeia. As medidas foram aprovadas ontem, com o objectivo de fazer regressar aquele país às negociações sobre o seu programa nuclear.

O porta-voz da diplomacia do Irão disse que o Governo «lamenta profundamente e condena» as novas sanções. «Estas sanções não contribuem para o avanço das discussões e não afectam a determinação do Irão em defender o seu direito legítimo de desenvolver o seu programa nuclear pacífico», sublinhou.

Ramin Mehmanparast acrescentou, segundo a agência de notícias oficial Irna, que o Irão «sempre insistiu na cooperação e entendimento (com as grandes potências sobre o seu programa nuclear), mas a decisão da União Europeia vai complicar as coisas».

«A República islâmica do Irão interpreta as novas sanções como mais um passo na política de hostilidade da União Europeia em relação à nação iraniana», afirmou. Mehmanparast alertou ainda para as «consequências negativas» para os europeus.

MRA Alliance/Agências

Irão: Novas sanções incluem bancos, empresas e compra de armas

quarta-feira, junho 9th, 2010

O Conselho de Segurança da ONU impôs hoje novas sanções ao programa nuclear do Irão, que parte do Ocidente suspeita estar focado no desenvolvimento de armas atómicas. Foram 12 votos a favor das sanções e dois contra (do Brasil e da Turquia).

Os 15 países do Conselho reuniram-se para votar a proposta de resolução, resultado de cinco meses de negociações entre Estados Unidos, Reino Unido, França, China, Rússia e Alemanha.

As potências ocidentais queriam medidas mais duras, inclusivamente contra o sector energético iraniano, mas Pequim e Moscovo conseguiram diluir as punições previstas no documento de 10 páginas.

A resolução prevê restrições a mais bancos iranianos no exterior, caso haja suspeita de ligação destes com programas nucleares ou de mísseis. Estabelece também uma vigilância nas transações com qualquer banco iraniano, inclusivamente o Banco Central.

Além disso, amplia o embargo de armas contra o Irão e cria entraves à actuação de 18 empresas e entidades, sendo três destas ligadas às Linhas de Navegação da República Islâmica do Irão, e as restantes vinculadas à Guarda Revolucionária.

A resolução estabelece também um regime de inspecção de cargas, semelhante ao que já existe em relação à Coreia do Norte.

Paralelamente à resolução, 40 empresas serão acrescentadas a uma lista pré- existente de empresas com bens congelados no mundo inteiro, por suspeita de colaboração com programas nuclear e de mísseis do Irão.

A nova lista negra inclui um indivíduo chamado Javad Rahiqi, director de um centro de processamento de urânio, o qual terá os bens congelados e será proibido de viajar ao exterior.

A nova lista que surgiu na manhã de terça-feira continha 41 empresas, inclusivamente dois bancos. No final do dia, a China exigia a exclusão de um deles, o Banco de Desenvolvimento das Exportações do Irão.

No mês passado, a Turquia e o Brasil mediaram um acordo de intercâmbio de material nuclear do Irão, na esperança de que tal desse espaço a mais negociações e evitasse as novas sanções.

EUA e os seus aliados, no entanto, disseram que o acordo não altera a recusa do Irão em abandonar o enriquecimento de urânio, conforme exigiam cinco resoluções anteriores do Conselho de Segurança.

MRA Alliance/DD

Desnuclearização do Médio Oriente na agenda da ONU

domingo, maio 30th, 2010

armas_nucleares11.jpgAo fim de 15 anos de esforços, os países árabes conseguiram nas Nações Unidas, em Nova Iorque, um acordo sobre proliferação nuclear que abre caminho a uma conferência de desnuclearização do Médio Oriente.

O acordo envolveu 189 países e os Estados Unidos aceitaram incluir uma referência a Israel, o que motivou a resposta irritada dos israelitas, que acusam a declaração final de “hipocrisia”, pois não menciona Irão ou Coreia do Norte.

A conferência de acompanhamento do Tratado de Não Proliferação (TNP), que se realizou na sede da ONU, resultou na aprovação de uma declaração de 28 páginas onde uma única frase refere o Estado de Israel, repetindo uma posição anterior de que este país se deve juntar ao Tratado.

Existe acordo para a realização em 2012 de uma conferência que visa estabelecer no “Médio Oriente uma zona livre de armas nucleares e todas as outras armas de destruição maciça”. Foram também aprovadas linhas de acção em cada uma das áreas do TNP: desarmamento, verificação dos programas nucleares dos países e uso pacífico da energia nuclear.

MRA Alliance/DN

China declara apoio ao acordo nuclear com o Irão

terça-feira, maio 18th, 2010

A China anunciou hoje o seu apoio ao acordo nuclear anunciado na véspera entre o Irão, o Brasil e a Turquia, em contraste com o cepticismo manifestado pelas principais potências ocidentais. A China, um dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, ao lado dos Estados Unidos, da França, da Rússia e da Grã-Bretanha, é vista como uma das peças-chave para uma eventual aprovação de novas sanções internacionais contra o Irão, como defende o governo americano. O Brasil desempenhou o papel de mediador.

Pelo acordo de segunda-feira, anunciado durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Teerão,  está prevista a troca na Turquia de 1.200 quilos de urânio levemente enriquecido (3,5%) iraniano por 120 quilos de combustível enriquecido a 20%, fornecido pelas grandes potências e destinado ao reactor de pesquisa nuclear de Teerão. Eventualmente, o acordo poderá evitar que o Irão desenvolva a tecnologia de enriquecimento de urânio susceptível de permitir ao país fabricar futuramente armas nucleares.

Porém, o entendimento tripartido foi visto com cepticismo por alguns países ocidentais, que acusam Teerão de apenas tentar ganhar tempo e evitar a adopção de novas sanções da comunidade internacional.

MRA Alliance/Agências

Desarmamento: Cimeira histórica entre Obama e Medvedev

quinta-feira, abril 8th, 2010

Os presidentes americano e russo assinam hoje em Praga um acordo de redução de armamento nuclear que substitui um tratado de 1991, o START, e representa a diminuição de um terço no potencial atómico de cada país. Barack Obama e Dmitri Medvedev terão na capital checa um encontro bilateral onde se espera que o tema da discussão seja o programa nuclear iraniano.

A assinatura do START-2 é um triunfo diplomático para ambos os presidentes e deverá marcar uma melhoria na relação entre EUA e Rússia. Mas os problemas não estão todos resolvidos. A delegação russa quer incluir uma cláusula de saída do tratado, caso seja desenvolvida tecnologia antimíssil capaz de reduzir a eficácia do seu arsenal. A questão tem prejudicado o relacionamento russo-americano, como se provou na polémica do escudo anti-míssil que a anterior administração de George W. Bush tentou erguer na Europa Oriental, projecto entretanto abandonado.

O acordo START-2 também coincide com uma nova postura estratégica americana de uso do arsenal nuclear, ontem divulgada. Esta doutrina prevê mais limitações ao uso das bombas atómicas e o seu anúncio incluiu avisos sérios a Teerão, que reagiu ontem de forma desafiadora. A única excepção ao uso pelos americanos de armas nucleares são casos como Irão ou Coreia do Norte.

MRA Alliance/DN

Irão: Mais sanções reforçarão independência, diz Ahmadinejad

sábado, abril 3rd, 2010

Mahmoud AhmadinejadO Presidente iraniano diz que novas sanções contra o país apenas reforçarão o progresso tecnológico, encorajando-o a tornar-se mais auto-suficiente.

Mahmoud Ahmadinejad também rejeitou as propostas de compromisso do Presidente norte-americano, Barack Obama, afirmando que “três ou quatro palavras bonitas” não significam que as políticas tenham mudado sob a sua Administração.

“Dizem que estenderam a mão ao Irão, mas o Governo e a nação iranianos se recusaram a aceitá-la. Que tipo de mão é que estenderam à nação iraniana? O que é que mudou? Levantaram as sanções? Puseram fim à propaganda? Reduziram a pressão”, interrogou-se.

Ahmadinejad fez estas declarações num discurso proferido na inauguração de um projecto industrial no sul do Irão.

A comunidade internacional admite novas sanções contra o Irão já nas próximas semanas. Em causa o programa nuclear de Teerão que foge ao autorizado internacionalmente.

MRA Alliance/Agências

Questão nuclear iraniana exacerbada após atentado a cientista em Teerão

quarta-feira, janeiro 13th, 2010

As tensões sobre o programa nuclear iraniano estão ao rubro na sequência do atentado terrorista que ontem liquidou Massoud Ali-Mohammadi, físico nuclear e professor  universitário, em Teerão. O perito morreu  quando um engenho explosivo foi detonado na altura em que saía de casa.

“Sinais do Mal representado pelo triângulo composto pelo regime Sionista [de Israel], os EUA e os seus mercenários no Irão podem ser vistos neste incidente terrorista”, afirmou Ramin Mehmanparast, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiro iraniano. O mesmo responsável precisou que “estes actos terroristas e a eliminação dos cientistas nucleares do país certamente não irão parar o processo científico e tecnológico” do país.

MRA Alliance/Agências

Brasil vai construir submarinos com tecnologia francesa

domingo, setembro 6th, 2009

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, assina amanhã com o governo brasileiro, em Brasília, um acordo militar multimilionário para a construção de um submarino nuclear e quatro convencionais no âmbito de um vasto contrato de transferência de tecnologia.

O valor total da construção dos submarinos será de 6,69 mil milhões de euros (cerca de 17 mil milhões de reais). Todos os submarinos deverão estar prontos em 2021. O prazo de pagamento é de 20 anos.

No caso do submarino atómico, caberá ao Brasil produzir o propulsor nuclear e à França, a transferência de toda a tecnologia não nuclear para o país. No mesmo pacote, está prevista a construção de um estaleiro e de uma base em Itaguaí, no Rio de Janeiro.  

A parceria concretizou-se por a França ter concordado em transferir tecnologia, segundo explicou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, no fim de Agosto na Comissão de Relações Exteriores do Senado. 

MRA Alliance/Agências 

Obama e Medvedev concordam reduzir armas nucleares

terça-feira, julho 7th, 2009

Os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, Barack Obama e Dmitri Medvedev, assinaram hoje um acordo para mais um tratado bilateral sobre redução de armamento nuclear até ao fim do ano.

A Casa Branca indicou que o acordo compromete os EUA e a Rússia a «reduzir as ogivas nucleares estratégicas para um número entre 1 500 e 1 675, e os vectores para níveis entre 500 a 1 100».

O actual tratado START para a redução de armamento nuclear, que expira em Dezembro, estabelece o máximo de ogivas nucleares em 2 200 e o número de vectores em 1 600.

Não foram indicadas datas para assinatura e ratificação do acordo americano-soviético.

MRA Alliance/Agências

ONU: Conselho Permanente aprova alargamento de sanções à Coreia do Norte

quarta-feira, junho 10th, 2009

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, França, Grã-Bretanha, Rússia e China – chegaram hoje a um acordo sobre o texto de uma resolução para ampliar as sanções contra a Coreia do Norte, informaram fontes diplomáticas, em Nova Iorque, citadas pela BBC.  

A resolução, articulada com o Japão e a Coreia do Sul, é a resposta ao teste nuclear e ao lançamento de mísseis de longo e curto alcance realizados no mês passado pelo governo norte-coreano, contra as determinações do Conselho de Segurança da ONU.

Os 15 países que integram o Conselho de Segurança deverão votar a aprovação das novas sanções na próxima sexta-feira.

De acordo com as fontes da BBC, a resolução tem 35 pontos e reafirma a proibição de atividades nucleares e testes com mísseis imposta pela ONU à Coreia do Norte e impõe o embargo do comércio de armas e a aplicação de sanções financeiras contra a Coreia do Norte.

Nas últimas semanas, os Estados Unidos e o Japão exerceram pressões para a aplicação de “sanções severas” contra Pyongyang. Em contrapartida, a China e a Rússia adoptaram uma posição mais conciliadora para evitar o agravamento das tensões diplomáticas e militares.

Ontem, a Coreia do Norte ameaçou usar armas nucleares caso seja militarmente ameaçada pelos EUA e seus aliados na região.

MRA Alliance/Agências

Submarinos nucleares britânico e francês colidiram no Atlântico

segunda-feira, fevereiro 16th, 2009

HMS VanguardDois submarinos nucleares equipados com armas atómicas, um britânico e outro francês, colidiram no Oceano Atlântico no início do mês, noticia hoje o tablóide britânico “Sun”. O jornal refere que os submarinos HMS Vanguard e Le Triomphant ficaram danificados mas aparentemente sem consequências nas áreas nucleares das embarcações. A bordo de ambas encontravam-se 250 marinheiros. O incidente terá ocorrido nos dias 3 ou 4 de Fevereiro.

MRA Alliance/Agências

EUA: Pacto nuclear com Índia abre precedente favorarável ao Irão

domingo, setembro 28th, 2008

O Senado norte-americano prepara-se para votar nas próximas semanas o pacto nuclear com a Índia, aprovado na sexta-feira pela Câmara dos Representantes, que estabelece a cooperação bilateral na produção de energia atómica, até 2050. O acordo, que prevê a transferência de tecnologia e o abastecimento de material nuclear, porá fim à proibição da cooperação nuclear com a Índia e marca o início de uma nova relação estratégica entre Washington e Nova Deli. O pacto foi criticado por vários organismos americanos e internacionais por a Índia não ser signatário do Tratado de Não Proliferação. O acordo nuclear indo-americano, segundo os críticos, fará crescer o arsenal nuclear indiano e vai desencadear uma corrida armamentista no continente asiático. Por outro lado, cria um precedente favorável à estratégia do Irão de desenvolver um programa nuclear para fins civis. MRA Dep. Data mining

Rússia vai instalar novo sistema de defesa nuclear

sábado, setembro 27th, 2008

O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, anunciou planos para a construção de um novo sistema de defesa nuclear, operacional a partir de 2020, equipado com um sistema de defesa aeroespacial e modernos submarinos nucleares equipados com mísseis. Os comandantes militares russos apresentarão os planos ao executivo liderado por Vladimir Putin, até ao final do ano. O anúncio é a resposta da Rússia ao reforço das operações da NATO na Europa de Leste, após o conflito Rússia-Geórgia, e um acto de retaliação à recente corrida armamentista de Washington, com o anúncio da instalação de um escudo de defesa antimísseis na Polónia. Um analista ocidental, citado pela Reuters, desvalorizou a iniciativa sublinhando que as vulnerabilidades russas são evidentes na área do armamento convencional e não nos sistemas de dissuasão nuclear. “Eu diria que isto é um golpe de teatro contra o Ocidente, idêntico ao envio para a Venezuela de bombardeiros estratégicos. (…) Isto impressiona apenas a audiência doméstica, não o Ocidente“, disse o tenente-coronel Marcel de Haas, especialista em questões russas e de segurança do Instituto de Relações Internacionais Clingendael, na Holanda. MRA Dep. Data Mining

Serviços secretos holandeses receiam ataque americano contra Irão

segunda-feira, setembro 8th, 2008

Central Nuclear - Isfahan - IrãoO jornal De Telegraaf noticiou em 29-08-2008 a suspensão pelos serviços secretos holandeses – AIVD/Algemene Inlichtingen en Veiligheidsdienst – de todas as suas operações de infiltração e sabotagem da indústria de armamentos do Irão, devido aos receios de um ataque da Força Aérea dos EUA para destruir centrais nucleares iranianas. Segundo as informações de “fontes bem colocadas” usadas pelo jornal, o ataque seria executado através de meios aéreos comandados à distância. A data de execução estaria programada para “as próximas semanas”. A decisão dos holandeses visou impedir que agentes e meios operacionais “ultra-secretos” dos Países Baixos fossem atingidos, acrescentou o periódico de grande circulação. A televisão iraniana deu ampla cobertura à notícia ,em 30-08-2008. O jornal hebreu Jerusalem Post, na edição de 01-09-2008, deu igualmente destaque ao assunto. Enquanto durou, a operação secreta holandesa foi ‘extremamente bem sucedida’, informou o “De Telegraaf”. MRA Dep. Data Mining

General ameaça Polónia e Rússia planeia retaliação contra escudo antimíssil

sexta-feira, agosto 15th, 2008

O general Anatoly Nogovitsyn disse à imprensa russa que a decisão da Polónia de aceitar a instalação no seu território de bases antimísseis americanas a expõe a ataques com armas nucleares. A declaração foi interpretada por analistas ocidentais como a mais forte ameaça dirigida por um alto quadro militar russo contra a iniciativa dos EUA em ex-países do Pacto de Varsóvia. Firmeza idêntica foi usada pelo presidente russo, Dmitry Medvedev, durante uma conferência de imprensa no final da reunião com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, em Sochi, no mar Negro. “A instalação de forças antimíssil tem como alvo a Federação Russa”, disse o presidente. “O momento foi escolhido a dedo e, portanto, os contos de fadas para justificar a acção de Estados adversários não funcionam mais”, enfatizou Medvedev. “Vamos continuar a trabalhar sobre essa questão e estamos prontos para dar seguimento a negociações com todos os envolvidos. Claramente, porém, esta decisão não acalma as coisas”, sublinhou o chefe de Estado russo. A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, em Tbilisi, na Geórgia, reafirmou que as armas nucleares não têm por alvo a Rússia. Recorde-se que, no princípio do mês, o embaixador russo em Minsk, Alexander Sulikov, informou que, em retaliação, Moscovo deverá instalar sistemas antimísseis Iskander na Bielorrússia, ou enviar aviões para as fronteiras com a Polónia, no Báltico. Washington insiste que o sistema antimíssil é defensivo e visa proteger os EUA e os aliados europeus de eventuais ataques com mísseis de longo alcance por parte do Irão ou de grupos extremistas islâmicos, como a al-Qaeda. O Kremlin considera o escudo uma ameaça à sua segurança o que levou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, a cancelar ontem a viagem marcada para Varsóvia, em Setembro. MRA/Agências

União Europeia endurece sanções contra o Irão

sábado, agosto 9th, 2008

A União Europeia (UE) endureceu ontem a sua política contra o Irão, através de um novo conjunto de sanções, principalmente de carácter económico, como retaliação pela recusa de Teerão em suspender o seu programa nuclear. As novas sanções, que ultrapassam o quadro até agora aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU, penalizam as empresas europeias que tenham relações comerciais com o regime dos aiatolás, privando-as de financiamentos comunitários e da emissão de cartas de crédito. Bruxelas impôs aos Estados-membros que intensifiquem a fiscalização sobre grupos financeiros que tenham acordos com instituições bancárias iranianas. O reforço das inspecções às aeronaves e navios com destino ou provenientes do Irão foi igualmente contemplado. As medidas incluem a proibição de entrada nos 27 estados membros de qualquer cidadão ligado ao programa nuclear iraniano e ao desenvolvimento de mísseis balísticos. Na passada terça-feira o Irão informou que só tomará uma decisão clara sobre a suspensão do programa nuclear após a resposta das potências ocidentais às questões colocadas por Teerão sobre o regime de incentivos proposto. A república islâmica insiste que é subscritora do tratado de não-proliferação o que lhe dá direito a desenvolver tecnologia nuclear para a produção de electricidade. MRA/Agências

Irão: Estudo americano desaconselha ataque contra centrais nucleares

sexta-feira, agosto 8th, 2008

Um ataque militar contra instalações nucleares no Irão poderia ser contraproducente e acelerar a vontade e a determinação de Teerão para construir o mais rapidamente possível uma bomba atómica, segundo um estudo do Insituto para a Ciência e Segurança Internacional (ISIS, em inglês), citado hoje pelo Washinton Post. O instituto considera que as unidades de enriquecimento de urânio iranianas estão demasiado dispersas e bem protegidas para serem destruídas através de bombardeamentos áereos. O ISIS sublinha que quaisquer danos poderiam ser rapidamente reparados. David Albright, presidente do instituto, antigo inspector da ONU de arsenais de armamento da ONU e co-autor do estudo, publicado hoje em Washington, pensa que um ataque israelita ou americano aumentaria o apoio popular ao regime dos aiatolás e levar o Irão a adoptar medidas mais duras e limitativas da acção dos organismos de fiscalização da ONU. “O Irão poderia lançar um programa nuclear de emergência para fabricar a bomba mais rapidamente”, disse Albright numa entrevista. “Um ataque irritaria os iranianos, tornando-os mais nacionalistas, fartos de inspecções internacionais, cansados dos tratados de não proliferação e mais determinados do que nunca a produzir armas nucleares.” MRA Dep. Data Mining

Irão já tem milhares de centrífugas para enriquecer urânio, diz Ahmadinejad

sábado, julho 26th, 2008

Central de Natanz - Imagem de satéliteO presidente Mahmoud Ahmadinejad, disse hoje que o Irão tem entre 5 000-6 000 centrífugas para enriquecimento de urânio, quase o dobro das que possuía em Abril, noticiou a TV iraniana “Alalam”. Ahmadinejad fez estas revelações numa conferência realizada na cidade iraniana de Mashhad, onde recebeu o título de “herói nacional da conquista nuclear”, concedido por organizações académicas e paramilitares fiéis a Teerão. “Eles (os países ocidentais) aceitaram que não sejam produzidas mais do que as 5 mil a 6 mil centrífugas existentes e que essas sejam activadas sem nenhum problema”, afirmou, sugerindo que o Ocidente está de acordo com a existência daqueles equipamentos nucleares no Irão. Em Abril, Ahmadinejad anunciou o início da instalação de seis mil novas centrífugas para o enriquecimento de urânio, duplicando a capacidade então existente na central de Natanz, no centro do país. MRA/Agências