O acidente na central nuclear de Fukushima Daiichi, provocado pelo sismo de 9,0 na escala de Richter e consequente tsunami que atingiram o Japão a 11 de Março, já foi classificado ao nível do desastre nuclear de Chernobyl.
As autoridades japonesas viram-se ontem obrigadas a subir o nível do acidente de Fukushima de 5 para 7 (nível máximo na escala internacional que mede a gravidade deste tipo de eventos), anunciando que a situação na central da província no Nordeste do país está agora ao nível do acidente de 1986 na Ucrânia.
Contudo, a comissão de segurança nuclear do país sublinhou que as emissões de radiação na área são mais baixas que a radioactividade libertada naquele que até agora era considerado o maior desastre nuclear de sempre (a envolver a exploração do nuclear para fins civis).
Segundo o organismo estatal nipónico, ontem os níveis de radiação representavam apenas 10% dos registados em Chernobyl, ainda que, num raio de 60 quilómetros em redor da central, os níveis continuem acima dos legais – situação que já obrigou as autoridades a alargar a zona de exclusão, até agora limitada a um raio de 40 quilómetros em torno de Fukushima Daiichi.
A comissão indicou ainda que o novo patamar de perigosidade é “provisório” e que a decisão foi tomada devido “às medições de iodo e césio registadas no meio ambiente”. A decisão definitiva, ficou sublinhado, estará a cargo de um comité de especialistas internacionais.
MRA Alliance/ionline