Os negociadores do Irão e da União Europeia (UE), reunidos ontem em Genebra, concordaram em retomar as conversações dentro de duas semanas sobre a suspensão do programa de enriquecimento nuclear do Irão. Na cidade suíça, Teerão recusou congelar o seu programa nuclear, na presença oficial do n.º3 do Departamento de Estado dos EUA, William Burns e dos representantes dos outros quatro membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas – Reino Unido, China, Rússia e França – mais a Alemanha, e a União Europeia. O chefe da diplomacia da UE, Javier Solana, disse que “o encontro foi construtivo” mas inconclusivo. Saeed Jalili, o negociador iraniano, disse que Teerão quer manter uma postura construtiva desde que as potências ocidentais não se afastem da agenda das negociações. “O Irão pede às potências ocidentais para continuarem o diálogo”, disse. Em Washington, o porta-voz do Departamento do Estado Sean McCormack disse que o Irão tem duas semanas para “dar uma clara resposta”. “O Irã tem uma escolha a fazer: negociação ou mais isolamento”, disse McCormack. MRA/Agências
Archive for the ‘Não Proliferação’ Category
Ocidente e Irão ainda longe do acordo sobre o programa nuclear
domingo, julho 20th, 2008Governo Blair com medo de Israel
sexta-feira, fevereiro 22nd, 2008O diário britânico The Guardian publicou ontem (21/02/2008) factos sobre manipulações a favor do Estado de Israel, em Setembro de 2002, pelo ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido (Foreign and Commonwealth Office /FCO). O governo pressionou a eliminação das referências a Israel num documento sobre Armas de Destruição Maciça (ADM’s), alegadamente em poder do Iraque, para não afectar as relações anglo-israelitas. Na altura o governo britânico era chefiado pelo trabalhista Tony Blair. Mais…
Perigo nuclear está fora de controlo, diz ex-agente duplo
sexta-feira, fevereiro 1st, 2008Dov Demerov (nome de código), antigo agente da CIA e perito em armamento atómico, considera que a proliferação nuclear, neste momento, está ameaçadoramente fora de controlo. No entanto admite que os arsenais nucleares do Paquistão, Índia, Grã-Bretanha, França, EUA, Rússia e China são seguros. Demerov denunciou revelou que “funcionários corruptos” dos Departamentos de Estado e de Defesa dos Estados Unidos estiveram envolvidos no roubo de segredos nucleares estadunidenses, os quais foram vendidos a Israel e ao Paquistão. O ex-agente secreto, numa entrevista exclusiva a um jornal eurasiático apontou as mini-bombas de neutrões, de fabrico soviético, como a principal ameaça à paz mundial. O sexagenário, actualmente residente num país da União Europeia, iniciou a sua carreira de espião no início da década de 60, nos serviços secretos polacos. Na década seguinte foi recrutado pela CIA como agente duplo. A fonte desta notícia é classificada de “segura” pelo Departamento de Data Mining da MRA.
EUA e Rússia vão banir 68 toneladas de plutónio
terça-feira, novembro 20th, 2007Os Governos dos Estados Unidos e da Rússia concordaram prosseguir a cooperação para a transformação de 68 toneladas de plutónio em combustível, eliminando-as dos respectivos arsenais militares. Recentemente foi assinado um novo acordo para suprimir o excesso de 34 toneladas de plutónio do programa militar russo, informou o Departamento de Energia estadunidense. Segundo o acordo agora assinado, o governo americano colaborará com a Rússia na transformação do plutónio usado para fabricar armas nucleares em combustível para reactores atómicos.
Os EUA comprometem-se em manter a cooperação Washington-Moscovo no desenvolvimento de outro reactor de alta temperatura, refrigerado a gás, como alternativa tecnológica para eliminar de forma mais eficiente o plutónio russo. O pacto prevê que a Rússia comece a eliminar o plutónio em 2012. Em conjunto, os dois reactores poderão eliminar anualmente cerca de 1,5 toneladas de plutónio.
Os EUA asseguram o financiamento do projecto, com uma linha de crédito de USD 400 milhões, integrado no programa russo de não proliferação de armas nucleares, acordado entre as partes, em 2000, . Naquele ano os governos americano e russo assinaram o “Acordo sobre Gestão e Eliminação de Plutónio”. O compromisso obriga os EUA a tomarem idêntica medida – a exclusão dos seus arsenais militares de 34 toneladas de plutónio usado no fabrico de novas armas nucleares.
Consultar nota à imprensa e texto completo do acordo aqui. (pvc)