Archive for the ‘Mercosul’ Category

Brasil: Comissão do Senado aprova adesão da Venezuela ao Mercosul

sexta-feira, outubro 30th, 2009

Com amplo apoio da base governista, a Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou ontem o protocolo de adesão da Venezuela ao Mercosul, por 12 votos a favor contra cinco. A oposição manifestou-se a favor da entrada do país no bloco, mas com ressalvas à actuação do presidente venezuelano Hugo Chávez.

A votação coincidiu com visita do presidente Lula da Silva à capital venezuelana. Os governistas derrotaram o parecer apresentado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), contrário à adesão.

As principais objecções da oposição, com as quais até concordam alguns senadores governistas, estão referidas no incumprimento de cláusulas democráticas do acordo pelo presidente venezuelano Hugo Chaves. O governo de Brasília, porém, defendeu sempre a aprovação destacando as vantagens económicas. Ontem, o ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, voltou a defender que a adesão da Venezuela seja sempre analisada do ponto de vista económico.

Em plenário, a votação deve seguir o resultado da Comissão de Relações Exteriores, segundo a análise feita ontem por parlamentares do governo e da oposição. A votação está prevista para terça-feira.

MRA Alliance/Agências

Venezuela no Mercosul em Novembro, prevê ministro Amorim

quinta-feira, setembro 11th, 2008

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Brasil, Celso Amorim, disse ser “possível e desejável” que o Congresso brasileiro aprove a entrada da Venezuela no Mercosul em Novembro, após as eleições brasileiras. “Acho que agora, em vésperas de eleições em todo o país, é muito difícil. (…) Em Novembro, depois das eleições, acho que é possível e desejável que o Congresso trabalhe nisso”, disse o ministro numa entrevista ao diário “Clarín”, de Buenos Aires. Amorim negou a existência de problemas nas relações bilaterais. “Os temas são muito analisados e há uma cooperação muito intensa com a Venezuela na área de política industrial, de pesquisa agropecuária e estamos tratando, inclusive, de ajudá-lo em sistemas de distribuição de alimentos”, sublinhou o chefe da diplomacia brasileira. MRA/Agências

França quer restringir imigração durante presidência da UE

quarta-feira, julho 2nd, 2008

UE - Geografia da ImigraçãoA França assumiu ontem (01/07/2008) a presidência rotativa da União Europeia (UE) com a intenção de tentar um acordo entre os 27 Estados Membros para endurecer a política do bloco relativamente à imigração, tema especialmente caro aos africanos, latino americanos e asiáticos. Assim, por pressão do Brasil, os presidentes dos países do Mercosul emitiram ontem uma declaração conjunta “rejeitando” a criminalização da imigração irregular para a UE. Neste contexto, o presidente do Brasil, Lula da Silva, citado pela BBC afirmou durante a presente cimeira do Mercosul, que os imigrantes latino-americanos sofrem uma “perseguição odiosa” na Europa e, juntamente com os estados do bloco sul-americano prometeu uma “defesa intransigente” dos direitos dos cidadãos latino-americanos residentes na UE e da “reciprocidade de tratamento” entre os nacionais dos dois blocos.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, contudo, pretende deixar a sua marca pessoal no domínio dos Direitos, Liberdades e Garantias dos euro-cidadãos, nos seis meses em que liderará a UE. Uma das suas quatro prioridades é aprovar um “pacto consensual” que proíba a regularização maciça de estrangeiros ilegais como fizeram a Espanha e a Itália nos últimos anos. Em 7 e 8 de Julho, durante uma reunião ministerial em Cannes (França), a presidência francesa tentará convencer os seus pares a repôr os controlos fronteiriços derrogados com o aprofundamento do mercado interno. “A França, ou a Europa, não vão aceitar toda a miséria do mundo”, disse ontem o conservador Sarkozy. O ex-primeiro-ministro socialista francês, Michel Rocard, em 1990, defendeu uma posição semelhante retocada semanticamente com o “dever” da França de “assumir fielmente a sua responsabilidade” nas políticas migratórias.

A imigração é a área em que Sarkozy poderá eventualmente conseguir os resultados que pretende já que nas outras três – energia/meio ambiente, agricultura e defesa – os consensos serão problemáticos. As novas regras europeias sobre imigração, designadamente a chamada “directiva de retorno”, aprovada em Junho pelo Parlamento Europeu, estabelecendo que os estrangeiros em situação irregular na UE podem ser detidos até 18 meses antes de serem deportados, prometem azedar os diálogos Norte-Norte e Norte-Sul. Sarkozy pretende operacionalizar nos 27 a política francesa de “imigração selectiva” fazendo a importação de cérebros e de competências estrangeiras mas bloqueando a entrada aos não europeus sem qualificação profissional.

Em Espanha, o relatório “Imigrantes: Novos cidadãos. A caminho de uma Espanha Intercultural” elaborado pela Confederação Espanhola de Bancos concluiu que parte dos espanhóis associa a imigração à delinquência, terrorismo e a outros fenómenos relacionados com a segurança militar e civil. Em 2000, o índice de rejeição era de 10%. Nos primeiros meses de 2008, um terço dos espanhóis (30%) confessou ser xenófobo. Quatro entre cada dez entrevistados, por exemplo, confessaram preferir não ter um vizinho imigrante ou cigano. Seis em cada dez atribuíram o aumento da insegurança aos estrangeiros. Talvez por esta razão, mais moderado e realista, o primeiro-ministro espanhol José Luis Zapatero minou as pretensões francesas com o conceito do “contrato de integração” que estabelece requisitos culturais e linguísticos para os novos imigrantes.

Georges Couffignal, director do Instituto de Altos Estudos da América Latina (Universidade Sorbonne), citado pela BBC BRASIL, reconheceu como “muito provável” que a imigração seja um dos principais pomos da discórdia entre europeus e latino americanos durante o consulado francês à frente dos destinos políticos da UE, colocando-o no plano ético: “É mais uma questão de princípios, já que a América Latina foi uma terra que recebeu imigração europeia (…) “[Agora] é difícil para os latino-americanos compreender que as portas lhes sejam fechadas”, rematou.

Por seu turno, em entrevista ao jornal argentino Clarín, Alfredo Mantica, Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros italiano, com a tutela da cidadania e imigração, confirmou que o governo de Roma, agora liderado pelo conservador Silvio Berlusconi, tem a intenção de exigir normas mais restritivas para a concessão da cidadania. Tal possibilidade também já fora considerada pelo anterior executivo romano – a coligação de centro-esquerda liderada pelo ex-presidente da Comissão Europeia, Romano Prodi. O representante da Argentina na Câmara dos Deputados italiana, Ricardo Merlo, eleito pelos eleitores transalpinos residentes no estrangeiro, afirmou-se “totalmente contrário” à obrigatoriedade de conhecer a língua italiana para ter a cidadania. Merlo foi peremptório: “Não é justo. A cidadania é um direito constitucional que devemos defender sem condições. O direito de sangue é-nos reconhecido. Conheço italianos que não falam italiano, como os que moram na região sul do Tirol, que falam dialeto austríaco. Não há discussão”, disse o deputado à BBC Brasil.

MRA Dep. Data Mining

Onda de nacionalizações, continua na Venezuela “bolivariana”

sexta-feira, abril 11th, 2008

Ternium Sidor - Venezuela - GreveO presidente venezuelano Hugo Chávez está prestes a concretizar a nacionalização da Ternium Sidor, uma das grandes siderúrgicas privadas da América do Sul e a maior que opera no país, controlada em 60% por investidores argentinos da holding Techint. Chávez tornou públicas as suas intenções após o insucesso das negociações salariais entre a administração argentina e os trabalhadores venezuelanos. O presidente populista afirmou que os operários siderúrgicos terão mais vantagens se trabalharem para o Estado. A informação surgiu após a nacionalização no início da semana de companhias estrangeiras de cimento. O Estado venezuelano domina completamente os sectores do petróleo, energia eléctrica, e telecomunicações.

A poderosa União Industrial Argentina (UIA) advertiu para as consequências negativas da decisão em termos da integração bilateral e regional do fluxo de investimento directo estrangeiro (IDE). “A integração da Venezuela como membro do Mercosul requer, sem dúvida, relações comerciais amigáveis e de confiança mútua, a respeito dos investimentos”, disse a organização patronal argentina em comunicado emitido em Buenos Aires. “Está em jogo o ideal da integração do Mercosul”, o bloco fundado pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, disse um representante da siderúrgica argentina em declarações a rádio América, de Buenos Aires. A empresa deseja que Chávez reconsidere a nacionalização da empresa e afirmou-se disposta a concluir a negociação do contrato colectivo de trabalho com os sindicatos.

A integração da Venezuela no Mercosul foi aprovada pelos parlamentos de Buenos Aires e Montevidéu, mas ainda está pendente em Brasília e Assunção(Paraguai). Cerca de um 1/3 da dívida externa argentina foi comprada em 2007 pela Fazenda venezuelana, facto que compromete a capacidade de pressão do governo Kirchner. MRA Dep. Data Mining

Mercosul e UE renegociarão em Abril o acordo de associação

sexta-feira, março 28th, 2008

O Mercosul e a União Europeia (UE) retomarão em Abril as negociações iniciadas em 1999 para um acordo de associação política e comercial, disse hoje o chefe da delegação da Comissão Européia (CE) na Argentina, Gustavo Martín Prada. Os negociadores técnicos dos 27 países da UE e o bloco integrado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com a Venezuela em processo de adesão, terão reuniões em Bruxelas e Buenos Aires. Caso se verifiquem progressos, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE e Mercosul reúnem-se em Maio, eventualmente com a presença dos presidentes dos respectivos países.

O acordo de associação abrange um capítulo político, outro de cooperação e um de âmbito económico-comercial. Neste último, as negociações entre UE e Mercosul estavam estagnadas desde o fim de 2006 pelas divergências principalmente nos capítulos do comércio de bens industriais – onde os europeus querem mais aberturas para a exportação – e de bens agrícolas que os sul-americanos entendem ser prejudicados pela imposição de barreiras técnicas, aduaneiras e alfandegárias.

Prada disse hoje que o “vínculo” entre Doha e a negociação UE-Mercosul “continua de pé”, só que agora há uma visão “positiva” sobre um avanço substancial na reunião ministerial no âmbito da OMC, programada para breve.
Os resultados dessa maratona negocial indicarão a europeus e sul-americanos, em meados de Maio, as regras adoptadas no âmbito da «Ronda de Doha» para o comércio de bens industriais e agrícolas numa perspectiva de “longo prazo”. (MRA/Agências)

Argentina e Brasil reforçam parcerias energéticas e militares

sábado, fevereiro 23rd, 2008

lula_cristina kircherOs presidentes do Brasil e da Argentina, Lula da Silva e Cristina Kircher anunciaram na sexta-feira, em Buenos Aires, a construção de uma empresa mista de enriquecimento de urânio e firmaram acordos nos sectores aeronáutico e militar, durante a visita oficial do presidente brasileiro a Buenos Aires. A empresa compromete-se a enriquecer urânio, para fins pacíficos, e a desenvolver um reactor nuclear que satisfaça as necessidades energéticas dos dois países.

Os problemas de abastecimento do gás natural boliviano ao Brasil e à Argentina serão hoje (sábado) debatidos com o presidente boliviano Evo Morales. Lula defendeu ontem uma maior integração regional das políticas energéticas, reconhecendo que todos os países sul-americanos enfrentam problemas nesta área.

Na cooperação aeronáutica os argentinos fornecerão peças para os modelos 170/190 da Embraer e os brasileiros contribuirão com transferência de tecnologia e know-how. Em 2009, será iniciada a produção industrial conjunta do veículo militar “Gaucho”. A produção e lançamento conjunto de um satélite para observação dos oceanos foram também debatidos.

A parceria estratégica Brasil-Argentina visa impulsionar “projectos emblemáticos” que estimulem a entrada de outros países do Cone Sul Americano no bloco político- económico regional Mercosul. (pvc/agências)

Economias latino americanas enfrentarão teste de fogo em 2008

terça-feira, dezembro 18th, 2007

América Latina - 2008 o ano das incertezasEstudos recentes referidos pela Knowledge@Wharton prevêem quebras de até 2% nas taxas de crescimento dos países da América Latina em 2008, comparativamente aos desempenhos registados durante o corrente ano. A desacelaração do crescimento nas economias mais industrializadas, provocada pela financeira global e a deterioração dos termos de troca, afundanço do dólar e encarecimento do crédito são uma ameaça real. Para 2008, o FMI antecipa que o crescimento regional flutuará na banda dos 3-4% no México, Equador e Uruguai. O Brasil oscilará entre os 4-5%, sendo acompanhado pelo Chile, Colômbia e Paraguai. Com crescimentos mais robustos (5,5-6%) são premiados o Perú, Venezuela, Bolívia e Argentina.

Analistas locais, mantêm a confiança de que o desempenho continuará a ser positivo. Os fundamentais das economias são francamente melhores do que há uma década atrás, com excedentes comerciais, mais rigor fiscal e orçamental e fortes exportações para países carentes de matérias primas do sub-continente, como a China e a Índia, com taxas de crescimento muito superiores e que devem ter ligeiros recuos. Apesar da crise financeira global as perspectivas de que as economias latino americanas conseguirão resistir às pressões de arreficimento económico global.

No último relatório sobre a evolução das economias da região o FMI considera que “2008 será o primeiro teste real à capacidade da América Latina para recuperar dos choques sofridos no princípio da década.” (pvc/thestreet.com)

Mercosul assina primeiro acordo internacional com Israel; Seguem-se África, Golfo e Índia

segunda-feira, dezembro 17th, 2007

Actuais países membros do MercosulA Cimeira do Mercosul, realizada na capital uruguaia, será o cenário da assinatura do primeiro Tratado de Livre Comércio (TLC) do bloco fora deste continente no início desta semana. O acordo vai ser assinado com Israel apois dois anos de negociações. O acordo prevê a eliminação faseada, durante a próxima década 90% das barreiras alfandegárias entre o Mercosul e Israel. Em 2007, o Mercosul tem um PIB (paridade do poder de compra/ppp) estimado em USD 2,78 milhões de biliões (trilhões/mb/tri). O estado judaico possui uma economia, com um PIB/ppp da ordem dos USD 232,7 mil milhões/bilhões (mm/bi). Em termos bilaterais, em 2007, o comércio atingiu a fasquia dos USD 11 mm/bi. Com o acordo, produtos industrializados e agrícolas do Mercosul e de Israel cicularão entre si, sem a sobrecarga de tarifas aduaneiras.

Um pacote de idênticos TLC’s será brevemente negociado entre o bloco sul-americano e dois homólogos regionais – SACU (União Aduaneira da África do Sul) e CCG ( Conselho de Cooperação do Golfo). Com a Índia as negociação assumirão a forma de um APF (Acordo de Preferências Fixas).

(pvc/agências)

Brasil desafia lideranças regionais usando charme e toneladas de dólares

sexta-feira, dezembro 14th, 2007

Quem vai ter mais influência na Bolívia? Chávez ou Lula? Morales terá escolha?O Brasil investe charme e somas multimilionárias numa forte ofensiva diplomática em curso no Cone Sul para tentar resolver conflitos de interesses, mal-entendidos e delicados problemas bilaterais, como os relacionados com a cocaína e as migrações, mas sobretudo com os equilíbrios dos vários poderes sul-americanos.

O governo brasileiro quer convencer a Bolívia, a abandonar as actuais políticas de cultura de coca, para “fins alternativos” ao seu uso como narcótico e que La Paz dê sinais mais convincentes que quer, de facto, cooperar no combate aos preniciosos efeitos das narco-economias na estabilidade da região. Por outro lado pretende reciprocidade na legalização de emigração clandestina. Brasília cumpriu os acordos bilaterais e regularizou a permanência de 38 mil bolivianos no país. Outros tantos brasileiros que se encontram na Bolívia em idêntica situação, ainda esperam, e desesperam. Estes são dois dos temas em agenda na visita que o presidente Lula da Silva faz este fim-de-semana à Bolívia. Mas, no concreto, valores mais altos se levantam…

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‘Economist’ diz que Brasil boicota Chavez e Banco do Sul

sexta-feira, dezembro 14th, 2007

Chávez e LulaO Brasil tem demonstrado a sua falta de entusiasmo pela criação do Banco do Sul, chegando a “retardar sua criação”, afirma uma reportagem publicada na última edição da revista The Economist. A revista britânica diz que o sonho do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de criar no Cone Sul um concorrente forte às garras do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), corre o risco de não se concretizar. Para o “Economist”, o projectado “Banco do Sul” demonstra à saciedade as razões pelas quais os sul-americanos têm tantas dificuldades em se entenderem.

Sócrates “falha” convite a Lula para a Cimeira UE-África

sábado, dezembro 1st, 2007

Convite atrasado é sinal de diplomacia adrenérgicaO primeiro-ministro José Sócrates, que exerce a presidência da União Europeia, até ao final do mês, convidou o presidente brasileiro Lula da Silva a participar como observador na cimeira UE/África, que decorrerá em Lisboa, nos próximos dias 8 e 9, revelou uma fonte diplomática, em Brasília, citada pela ANGOP. Contudo, devido a compromissos anteriormente agendados, Lula da Silva não deverá poder deslocar-se a Portugal. Segundo a ANGOP, o Brasil deverá fazer-se representar na II Cimeira UE/África pelo subsecretário geral de Assuntos Políticos do Itamaraty, embaixador Roberto Jaguaribe. Segundo a fonte do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o governo de Lula da Silva tem a mesma visão dos europeus de que “a África é estrategicamente importante”. O Palácio do Planalto confirmou que o Presidente brasileiro segue a 9 de Dezembro para a Argentina, onde participará, no dia seguinte, na cerimónia de posse da presidente eleita Cristina Kirchner. Logo após voltar de Buenos Aires, Lula da Silva visitará a Bolívia e a Venezuela, nos dias 11 e 12 de Dezembro. (pvc/ANGOP)

NR – O teor desta notícia veio a revelar-se sem fundamento. Ver correcção.

Parlamento sanciona reforma da constituição venezuelana

sábado, novembro 3rd, 2007

Parlamento da VenezuelaA Assembleia Nacional venezuelana sancionou hoje o projecto de reforma constitucional proposto pelo presidente Hugo Chávez para consolidar o “socialismo do século 21” no país. O projeto foi votado numa sessão extraordinária na qual também se definiu uma sugestão de texto para o referendo. Em seguida, foi entregue ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) que definirá a data na qual ocorrerá a consulta popular. Como havia sugerido Chávez, o poder legislativo proporá ao CNE que os venezuelanos votem o projeto em dois blocos – um com as mudanças de Chávez e outro com as remodelações dos deputados.
A proposta original, apresentada pelo presidente, em Agosto, inclui mudanças em 33 dos 350 artigos da Carta de 1999. Entre as mais polémicas estão o fim da autonomia do Banco Central, a extensão do mandato presidencial de 6 para 7 anos e reeleições ilimitadas – que permitiriam a Chávez perpetuar-se no poder. Durante a tramitação mo Parlamento, os deputados acrescentaram ao projecto mudanças em 39 artigos da Carta. Uma delas extingue o direito à informação caso seja declarado estado de exceção. Outra restringe a autonomia das universidades. Estas alterações serão votadas como um segundo pacote no referendo. Ontem, os estudantes concentraram-se em frente ao CNE para protestar contra a reforma constitucional e pedir o adiamento do referendo. Seguiram-se confrontos com a polícia. A manifestação foi dispersa com bombas de gás lacrimogéneo e disparos de balas de borracha. (pvc/agências)

National City, 9.º banco dos EUA registou uma quebra de 80% nos lucros

quarta-feira, outubro 24th, 2007

National City Corp. - Divisão imobiliária em franca criseO banco norte-americano National City Corp, um dos maiores do Midwest americano, Cleveland, Ohio, anunciou hoje uma quebra de 80% nos lucros do terceiro trimestre, como consequência da crise hipotecária e apesar da venda da divisão de hipotecas de alto risco (subprime) à Merrill Lynch & Co. O banco, o 9.º maior dos EUA, eliminou 2 500 postos de trabalho (7% do total) cerca de 1 700 dos quais relacionados com o sector subprime, mais 400 do que o inicialmente anunciado.

Dólares e imobiliário ameaçados por hipotecas de alto riscoOs proveitos líquidos no trimestre caíram 106 milhões de dólares (18 cêntimos por acção). Em 2006 os mesmos proveitos foram de 526 milhões de dólares (86 cêntimos por acção). Na banca hipotecária, os prejuízos ascenderam a 152 milhões de dólares (- 25 cêntimos/acção). Segundo a Reuters Estimates, os analistas previam um lucro de 31 cêntimos/acção, revelando uma queda de dimensão inesperada, que alimenta previsões mais desfavoráveis no último trimestre do ano. Na sessão que antecipou a abertura oficial das operações em Bolsa, as acções sofreram uma desvalorização de 91 cêntimos, cotando-se no patamar dos 23 dólares.

O CEO, Peter Raskind, não teve argumentos para serenar o mercado. “Com base nas condições adversas dos mercados financeiros, que esperamos persistam em 2008, adoptámos uma revisão agressiva da nossa estrutura de custos.” Por seu turno, a porta-voz do national City Corp., Kristen Baird Adams, informou que no trimestre, as operações de crédito e os proveitos sem contabilização de juros, diminuíram 15%, em contraste com as despesas que aumentaram 3%. A reacção do mercado foi imediata. No acumulado do ano as acções desvalorizaram 35%, comparativamente com um decréscimo de 13% no índice bancário de Filadélfia (Philadelphia KBW Bank Index). (pvc/Reuters)

Brasil e Argentina vão suprimir o dólar nos negócios bilaterais

domingo, outubro 14th, 2007

O fim do uso do dólar no comércio entre Argentina e Brasil está próximo, informam os técnicos do Banco Central da Argentina que trabalham com o assunto. Fontes da entidade estiveram reunidas com técnicos brasileiros, para avançar no processo que implica desenvolver um sistema de pagamento em pesos e reais. A responsabilidade pela compensação dos valores será dos bancos centrais e, por isso, os técnicos trabalham na elaboração de normas e sistemas que cubram as autoridades monetárias de ambos os países dos riscos que envolvem o comércio.
O objetivo da eliminação do dólar do comércio bilateral é dar maior acesso aos pequenos e médios empresários argentinos e brasileiros para realizar operações de comércio exterior em suas próprias moedas, o que reduz os custos em quase 30%, segundo cálculos do ministro Mantega.

Fonte: Exame

“América Latina não precisa de um líder” disse Lula em entrevista ao New York Times

domingo, setembro 23rd, 2007

Lula e Chavez em acalorada cavaqueiraO presidente Lula da Silva afirmou, numa entrevista exclusiva ao jornal americano The New York Times que a América Latina “não está tentando procurar um líder” nem “precisa de um líder”. Segundo o jornal, Lula rejeitou assumir-se como contraponto ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez. “O que nós precisamos fazer é construir uma harmonia política, porque a América do Sul e a América Latina precisam aprender a lição do século XX”, disse o presidente. “Nós tivemos a oportunidade de crescer, nós tivemos a oportunidade de nos desenvolver, e nós perdemos essa oportunidade. Por isso nós ainda somos países pobres”, sublinhou.

Lula já havia negado a existência de uma disputa entre Brasília e Caracas pela liderança na região e divergências com o presidente venezuelano. Na entrevista ao jornal, Lula voltou a apoiar o projecto defendido por Chávez visando a criação do “Banco do Sul”, para promover o desenvolvimento regional. Porém, relativamente ao gasoduto que Chavez quer construir entre a Venezuela e a Argentina, com passagem pelo Brasil e Bolívia, Lula foi céptico interrogandando-se se haverá “gás suficiente” para o viabilizar.

O entrevistador opinou que Lula demonstra uma “ apreciável resiliência política” graças à robustez da economia e à sua popularidade pessoal. O presidente repetiu que não deseja continuar no Planalto, antes pretende reformar-se em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde despontou para a política nacional. “Eu não vou participar de um programa de estudos para graduados na Universidade de Harvard”, ironizou Lula, aludindo a uma das ocupações do seu antecessor, Fernando Henrique Cardoso.

VII Reunião Plenária do MEBF

quinta-feira, agosto 2nd, 2007



Realiza-se em Lisboa no próximo dia 8 de Outubro, a VII Conferência Plenária do MEBF (Mercosul/ EU Business Forum), em cooperação com a AIP–CE e a BUSINESSEUROPE (Ex-UNICE).

Nesta conferência serão apresentados e discutidos um conjunto de quatro estudos intitulado “O papel do sector privado na retoma das negociações U.E-Mercosul”, coordenados pelo Professor Director da Cadeira de Ciências Politicas do Mercosul / Instituto de Estudos Políticos de Paris, Alfredo Valladão e co-financiados pelo MEBF e pelo Banco de Desenvolvimento Inter-Americano.

Estes quatros estudos – “Estudo Estratégico sobre a Doha Round e as negociações U.E/Mercosul“; “Acesso a mercados“; “Serviços e Investimento” e “Cooperação e Facilitação de negócios” – destinam-se especificamente a uma análise actualizada da presente situação das negociações entre a U.E e o Mercosul e à identificação de medidas concretas para incrementar a cooperação económica, contribuindo assim para a liberalização do comércio entre as duas regiões.

Mercosul pode ganhar 9 biliões de dólares se avançar parceria com a União Europeia

sábado, julho 28th, 2007

Um estudo liderado pela Universidade de Manchester, encomendado pela Comissão Europeia, revela que os países do Mercosul podem ganhar cerca de 9 biliões de $US se avançar a parceria com a EU.

O estudo considera os sectores da agricultura, do comércio e dos serviços e um quadro de tarifas zero.

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