Archive for the ‘Médio Oriente’ Category

Khadafi ameaça aliar-se à Al-Qaeda

quarta-feira, março 9th, 2011

Muammar KhadafiO líder líbio Muammar Khadafi – no poder há 42 anos – voltou a insistir que a rebelião que enfrenta é instigada do exterior, com envolvimento da Al-Qaeda, e relançou de novo o espectro de que “toda a região” mergulhará “no caos, até Israel”, caso o seu regime seja derrubado, ameaçando mesmo fazer-se “amigo” de Osama bin Laden. Numa entrevista gravada para o canal francês La Chaine Info, em Trípoli, Khadafi, esgrimiu outros argumentos, outras ameaças, incluindo a de se unir ao chefe da organização terrorista.

“Eu não posso lutar contra o meu próprio povo, essa é uma mentira dos países colonizadores – a França, o Reino Unido, os norte-americanos. Eles sofreram com os ataques de Bin Laden e agora, em vez de reconhecerem que este [a repressão feita pelas forças do regime] é um ataque contra Bin Laden e apoiarem a Líbia, querem antes vir outra vez colonizar a Líbia. Isto é uma conspiração colonialista. E se a Al-Qaeda já não é um inimigo que temos em comum, então a partir de amanhã vamos nos encontrar com Bin Laden e entrar em acordo com ele. Ele vai ser nosso amigo se consideram que isto não é terrorismo”.

Mantendo o tom de desafio à comunidade internacional – que com cada vez maior clareza o insta a abandonar o poder – Khadafi assegurou, numa entrevista à televisão turca, que “o povo líbio pegará nas armas”, se for adoptada a imposição de uma zona de exclusão aérea contra a Líbia, como começa a ser cada vez mais insistentemente advogado pelo Reino Unido e Estados Unidos, a par da França e Itália.

“Se tomarem essa decisão tal será útil para a Líbia, porque o povo líbio vai então ver a verdade, que aquilo que eles querem é controlar o país e roubar o petróleo. E aí o povo líbio vai pegar nas armas para os combater”.

MRA Alliance/Público

Fuga de militares e polícias deixa várias cidades líbias nas mãos dos manifestantes

segunda-feira, fevereiro 21st, 2011

Várias cidades na Líbia estão agora nas mãos dos manifestantes, depois de unidades militares e policiais se terem posto em fuga na sequência dos avanços dos protestos contra o regime de Khadafi.

Bengasi, a segunda maior cidade líbia, e Sirte já estão sob o controle das multidões, que pedem o fim do regime no poder desde 1969. De acordo com a Federação Internacional de Direitos Humanos, os manifestantes ganharam o controlo daquelas cidades após a retirada das forças de segurança. Segundo a AFP, a polícia também terá fugido da cidade de Zawiyah, a oeste da capital, Trípoli.

Entretanto, o jornal líbio Quryna diz, na sua edição online, que decorrem protestos em Ras Lanuf, cidade onde está sedeada uma das maiores refinarias petrolíferas do país. O mesmo jornal acrescenta que os trabalhadores formaram comités de segurança para evitar a destruição das instalações pelos manifestantes.

Entretanto, a BBC está a avançar que há rumores não confirmados de que Muammar Kadafi terá deixado Trípoli, possivelmente em direcção a Sirte, a sua cidade natal, ou em direcção à base que possui no deserto, em Sabha.

Pelas cidades líbias continua a contestação, com vários edifícios governamentais na capital a arder. Ainda de acordo com a BBC, as ruas de Trípoli estão agora calmas e sob o controle das forças de segurança, apesar de continuarem os relatos de disparos nos arredores da cidade.

Vários organismos e associação pró-regime estão a distribuir gratuitamente carne, peixe e frutos secos aos que se juntarem às manifestações em favor do presidente.

MRA Alliance/Agências

Presidente do Iémen não se vai recandidatar

quarta-feira, fevereiro 2nd, 2011

Ali Abdullah Saleh - Presidente do IémenO presidente do Iémen, Ali Abdullah Saleh, afirmou esta quarta-feira que não irá tentar prolongar o seu mandato, que termina em 2013. O anúncio ocorre um dia antes de uma série de manifestações convocadas pela sociedade civil e por grupos da oposição contra o presidente, que se mantém no poder há mais de 30 anos.Em Janeiro, Saleh propôs uma emenda constitucional que permitiria a sua recondução no cargo nas eleições previstas para 2013. Este facto deu início às manifestações, que exigem um governo mais democrático e reformas que melhorem a situação económica do país.

Saleh assumiu a Presidência da República Árabe do Iémen (ou Iémen do Norte) em 1978, através de um golpe militar. Em 1990, tornou-se presidente da nova república, criada a partir da fusão entre os Iémens do Norte e do Sul.

Saleh colaborou com os Estados Unidos na chamada guerra ao terror, durante o mandato de George W. Bush. A grande presença de militantes da rede Al Qaeda, que ameaça frequentemente o regime, é uma das maiores preocupações do governo.

MRA Alliance/DD

Jordânia: Rei demitiu Governo e nomeou novo primeiro-ministro

terça-feira, fevereiro 1st, 2011

Rei Abdullah II, da JordâniaO rei Abdullah II, da Jordânia, pediu a Maarouf Bakhit, um antigo primeiro-ministro (2005-2007), “que tome medidas rápidas e claras para reformas políticas reais que reflictam a nossa visão favorável a reformas gerais modernas em apoio da nossa acção pela democracia”, segundo o palácio. Bakhit, um antigo militar que foi embaixador na Turquia (2002) e em Israel (2005), é muito popular na Jordânia.

Várias manifestações realizaram-se em Janeiro na Jordânia para exigir a demissão de Samir Rifai – o primeiro-ministro demitido – e contestar a política económica do seu governo, nomeadamente pela subida do preço dos combustíveis e dos alimentos. Segundo o palácio, o governo de Rifai demitiu-se hoje. “Queremos reformas que abram caminho ao nosso povo para grandes oportunidades e a vida decente que merece”, acrescenta o rei.

A Frente de Acção Islâmica, principal partido da oposição na Jordânia, criticou hoje a nomeação de Bakhit, considerando que ele “não é um reformista”. Já na segunda-feira a FAI anunciara que, contrariamente ao Egipto, a oposição não exige uma mudança de regime no reino mas sim reformas políticas.

MRA Alliance/DE

Iemenitas seguem exemplo da Tunísia e Egipto e querem derrubar o regime

sábado, janeiro 29th, 2011

Ali Abdullah Saleh - Presidente do IémenMilhares de manifestantes voltaram a exigir hoje nas ruas da capital do Iémen a demissão do Presidente, Ali Abdullah Saleh, numa cópia do movimento que conduziu ao derrube do chefe de Estado na Tunísia e que está a ameaçar o poder de Hosni Mubarak, no Egipto.

Testemunhos colhidos pelas agências noticiosas indicam que os protestos, envolvendo mais de 16 mil manifestantes, decorreram de forma pacífica em pelo menos quatro locais de Sanaa, incluindo a universidade, onde há dez dias foram dados os primeiros sinais de contestação no país – então cerca de mil estudantes entoaram cânticos a favor da revolta tunisina e de mudanças democráticas e o fim do regime de mais de 30 anos de Saleh, um aliado do Ocidente, antes de serem dispersados pela polícia anti motim.

De novo foram ouvidos os mesmos slogans. Os organizadores do protesto apelaram aos estudantes e a grupos da sociedade civil para marcharem contra a corrupção e as políticas económicas no Iémen, onde a população mais jovem, em crescendo, vive em cada vez maior frustração dada a pobreza e a sua inexistente influência política.

Recentemente, este sentimento de descontentamento generalizado intensificou-se face a várias tentativas no Parlamento para afastar algumas das limitações aos mandatos presidenciais, com a oposição a acusar Saleh de querer perpetuar-se no poder por toda a vida.

As autoridades iemenitas tinham detido este fim-de-semana a influente activista pró-democracia Tawakul Karman, acusando-a de organizar os protestos contra o Governo – ao que se seguiram mais e maiores protesto. Após a sua libertação, na segunda-feira, a activista afirmou que estava em curso no Iémen uma revolução inspirada pela “revolução dos jasmins” tunisina, que pôs termo aos 23 anos no poder do Presidente Zine al-Abidine Ben Ali.

MRA Alliance/Público

Egipto: Mubarak escolhe militares para reforço do regime e do governo

sábado, janeiro 29th, 2011

Manifestantes desafiam poder no EgiptoO poderoso chefe dos serviços secretos egípcios, Omar Suleiman, tomou posse como vice-presidente do Egipto. Horas depois da tomada de posse de Suleiman, foi indigitado o novo primeiro-ministro. A escolha do Presidente Hosni Mubarak recaiu sobre um antigo comandante da força aérea, Ahmed Shafiq.

Considerado próximo do Presidente, Shafiq era desde 2002 ministro da aviação, onde ganhou, segundo a Reuters, uma reputação de eficácia e competência administração com programas de modernização da companhia aérea estatal EgyptAir e melhorias nos aeroportos do país. Na rua, os manifestantes continuam a pedir a saída de Mubarak, desafiando o recolher obrigatório.

Suleiman, por seu turno, é considerado a “eminência parda” do regime de Mubarak e muito próximo do Presidente. Foi recorrentemente apontado como um possível sucessor para o cargo de Mubarak, dada a tradição de líderes militares no país, e mesmo como um possível concorrente contra o filho de Mubarak, Gamal, que o pai quererá que herde o cargo.

Ao contrário do que é normal para responsáveis dos serviços secretos, Omar Suleiman teve um papel público sobretudo por causa dos seus esforços de mediação entre palestinianos e Israel após a segunda Intifada em 2000, e num breve cessar-fogo, em 2003. Desde a década de 1990, tem ainda crédito por esmagar o activismo islamista.

Suleiman foi sempre considerado o segundo mais importante responsável dentro do regime de Mubarak, um responsável com uma grande importância e influência. Agora recebe o posto de vice-Presidente, um cargo que Mubarak deixou vago em 1982.

MRA Alliance/Público

Xiitas libaneses e Hezbollah choram a morte do aiatola Fadlallah

domingo, julho 4th, 2010

Aiatola Sayyed FadlallahO líder xiita libanês e mentor do movimento político-militar Hezbollah, , aiatola Sayyed Fadlallah, morreu este domingo, no hospital Behman, em Beirute, aos 74 anos. Quando a morte do chefe religioso foi anunciada pela televisão xiita de imediato milhares de pessoas dirigiram-se para o hospital e para a mesquita Hassanein, no sul da cidade.

Sayyed Fadlallah era o verdadeiro lider espiritual dos xiitas mas igualmente muito respeitado pelos sunitas. “Era o nosso pai, o nosso irmão. Era tudo. Era a esperança da nossa vida, o nosso apoio. Uma autoridade, um líder, era tudo para nós” ou “era um guia não só para o Líbano, mas para todo o mundo muçulmano” foram duas das frases captadas nas ruas pelas agências noticiosas internacionais.

Autor de várias obras teológicas, Sayyed Fadlallah era conhecido pela abertura ao diálogo, ao desenvolvimento científico e pela audácia com que interpretava os textos do Islão.

Ainda assim, desde 1995, o seu nome passou a integrar a lista dos terroristas publicada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos que o acusou de apoiar os grupos radicais que raptaram vários cidadãos americanos no Líbano.

O aiatola negou sempre quaisquer envolvimentos em acções violentas protagonizadas pelo Hezbollah.

Estado palestiniano continua uma miragem após discurso de Netanyahu

segunda-feira, junho 15th, 2009

O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, num discurso proferido ontem na universidade Bar-Ilan, no qual disse aceitar “com condições prévias” a criação de um Estado independente palestiniano, desencadeou reacções antagónicas dentro e fora de Israel e reforçou a ideia de que o fim do conflito israelo-palestiniano é um sonho com remotas hipóteses de concretização nos próximos anos.Em resposta ao discurso que o Presidente norte-americano, Barack Obama, dirigiu ao mundo árabe há duas semanas atrás, no Cairo, ontem Netanyahu disse que apoia a criação de um Estado palestiniano desde que previamente desmilitarizado, sem espaço aéreo soberano, e apenas se Israel for reconhecido como um Estado judaico. Por outro lado, garantiu que Israel não negoceia com os guerrilheiros do Hamas e prometeu que não serão construídos mais colonatos. Finalmente, exigiu que Jerusalém seja a capital de Israel, e apenas de Israel, tornando praticamente impossível qualquer acordo com os seus vizinhos árabes.

Os palestinianos reagiram indignados. “Netanyahu quer matar qualquer possibilidade de paz”, comentou à Reuters o conselheiro da Autoridade Palestiniana, Yasser Abed Rabbo. No entender do político palestiniano, a comunidade internacional “deve isolar” o primeiro-ministro judaico e pressioná-lo “para que adira à legitimidade internacional e ao Roteiro de Paz”, concebido pelos Estados Unidos em 2003.

Por seu turno, os porta-vozes dos 300 mil colonos israelitas da Cisjordânia reagiram asperamente e continuam firmes na recusa da criação de um Estado para os habitantes da Palestina. Irritados com as pressões americanas para que o governo israelita ponha fim aos colonatos e aceite a velha fórmula “Duas Nações, Dois Países”, os colonos e a extrema-direita israelita encheram as ruas de Telavive com cartazes de Barack Obama, vestido de árabe e alusões ao seu antisemitismo. 

O sector moderado da sociedade judaica reagiu com dureza e sem ilusões às propostas de Netanyahu. Assinado por Akiva Eldar, o diário israelita “Ha’aretz” publicou um artigo no qual o primeiro-ministro israelita é acusado de fazer “regressar o Médio Oriente aos dias do ‘eixo do mal’ do Presidente George W. Bush”. Netanyahu fez um discurso patriarcal, colonialista, na melhor das tradições neo-conservadoras: os árabes são os tipos maus, ou na melhor das hipóteses, uns terroristas ingratos; os judeus, claro, são os bons, pessoas racionais que precisam de cuidar das suas crianças”. “A exigência de que os palestinianos reconheçam Israel como um Estado do povo judeu não deixa uma brecha para uma reconciliação com os cidadãos árabes do país”, rematou Eldar.Nos Estados Unidos e na Europa as reacções oficiais ignoraram a realidade no terreno e apoiaram o tom e o conteúdo do discurso do líder israelita. “Um importante passo em frente”, foi como a Casa Branca reagiu em comunicado. Segundo a agência francesa AFP, Obama é “favorável a uma solução de dois Estados, um Estado judaico em Israel e um palestiniano independente, na terra histórica de dois povos”. “Ele acredita que esta solução deve garantir a segurança de Israel e satisfazer as aspirações legítimas dos palestinianos a um Estado viável, e saúda o facto de Netanyahu ter adoptado este objectivo”, sublinha a agência.

A União Europeia foi mais prudente. “Na minha opinião, este é um passo na direcção certa. A aceitação de um Estado palestiniano está lá presente”, comentou o ministro checo dos Negócios Estrangeiros, Jan Kohout. Para o seu homólogo Carl Bildt, da Suécia, que em Julho herdará da República Checa a presidência rotativa da UE, trata-se de “um pequeno passo em frente”.

MRA Alliance/Agências

Muçulmanos divididos sobre discurso reconciliatório de Obama

sexta-feira, junho 5th, 2009

O Presidente dos EUA esteve no Cairo para promover a reconciliação entre a América e o mundo islâmico e propôr um “novo começo” e provocou reacções mistas entre as diversas sensibilidades políticas da região.

Barack Obama promoveu a democracia, alertou Israel contra a construção de novos colonatos e admitiu que os EUA falharam os compromissos, sobretudo na guerra do Iraque, num discurso perante 3000 pessoas reunidas ontem na universidade do Cairo. O Presidente dos EUA apelou a um “novo começo” nas relações entre a América e o mundo islâmico, para romper a “desconfiança e discórdia”.

“Enquanto as nossas relações forem determinadas pelas nossas diferenças , daremos poder aos que espalham o ódio em vez da paz”, afirmou Obama numa intervenção em cuja introdução não faltou uma frase em árabe. Este foi o sinal da mudança que o novo inquilino da Casa Branca quis imprimir a esta visita ao Médio Oriente, cortando com oito anos de Administração Bush.

Desde 2001, a imagem dos EUA degradou-se no mundo árabe, devido à guerra contra o terrorismo lançada após os atentados de 11 de Setembro de 2001. Duas invasões militares – Afeganistão e Iraque –  e abusos cometidos por militares dos EUA sobre os presos de Abu Ghraib e de Guantánamo ajudaram a temperar o caldo da desconfiança árabe. 

Sobre o conflito israelo-palestiniano, Obama recordou os laços que unem a América ao Estado hebraico, pediu o fim da construção de novos colonatos hebraicos e pediu aos palestinanos para se unirem e abandonarem a violência.

As primeiras reacções foram mistas. O Governo israelita disse esperar que as palavras do líder americano iniciem uma “nova reconciliação entre o mundo árabo-muçulmano e Israel”. Do lado palestiniano, a Autoridade Palestiniana considerou o discurso “claro e honesto”. Os radicais do Hamas, que controlam a Faixa de Gaza desde Junho de 2007, identificaram “uma mudança palpável” salpicada de contradições.

“Obama fala bem, mas vamos ver se faz o que diz”, comentou à agência France Press um polícia egípcio para quem “ver para crer” é a melhor resposta árabe às promessas do Presidente americano.

Obama seguiu para a Alemanha e França, onde vai participar nas celebrações dos 65 anos do desembarque aliado na Normandia.

MRA Alliance/Agências

Bush negou apoio a Israel para atacar Irão, diz Guardian

sexta-feira, setembro 26th, 2008

O presidente George W. Bush negou o apoio dos Estados Unidos a um ataque militar de Israel a instalações nucleares iranianas na Primavera passada, noticiou hoje o jornal “Guardian“. Citando “diplomatas ocidentais”, o diário britânico acrescenta que Bush terá informado o então primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, durante a sua viagem oficial a Washington, em 14 de Maio, que aquela posição seria mantida até 20-01-2009, dia da tomada de posse do próximo presidente americano. A decisão foi comunicada na mesma altura em que o Complexo Industrial-Militar (CIM) americano concluía negócios no valor de USD 24 mil milhões/bilhões para o rearmamento de Israel e dos seus aliados árabes. MRA Dep. Data Mining

EUA: Obama aprovou ataque israelita contra instalação nuclear síria

quarta-feira, julho 23rd, 2008

O candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, aprovou categoricamente ontem o ataque aéreo de Israel contra uma suposta instalação nuclear síria, em 2007, ao sob o alegado direito de autodefesa do Estado hebreu. O senador de Illinois, durante uma visita a Israel, respondeu “sim” à pergunta da rede americana de televisão CBS sobre a justeza do ataque aéreo israelita, em Setembro passado. “Penso que tinham provas suficientes” de que a Síria construía um reactor nuclear de modelo norte-coreano, destacou Obama. “Os israelitas vivem em num ambiente altamente hostil, e na região muitos proclamam que Israel é um inimigo”, justificou o candidato democrata. A Síria sempre negou que o local atacado pela aviação israelita fosse uma instalação nuclear. MRA/Agências

Bush tenta impor estatuto colonial no Iraque, diz editor do “Guardian”

quinta-feira, junho 26th, 2008

A administração americana quer obrigar o governo iraquiano a aceitar a existência de mais de 50 bases militares dos EUA em solo iraquiano, controlo absoluto do espaço aéreo iraquiano, 100% de imunidade para militares americanos e empresas privadas de segurança [dos EUA], bem como o direito de lançar operações militares no Iraque sem a obrigação de consultar, ou obter a prévia aprovação, do governo de Bagdade. “Isto ultrapassa largamente outros acordos que regulam a actividade da tropa americana noutras partes do mundo, transformando permanentemente o Iraque num Estado fantoche”, escreve na edição de hoje do diário britânico “The Guardian”, o editor Seumas Milne. O analista enfatiza que estas políticas causaram indignação no Iraque e oposição nos EUA. Porém, o Congresso americano está impedido de tomar uma posição sobre o assunto por a administração Bush/Cheney não classificar oficialmente o acordo como “um tratado” político bilateral. Milne prosseguiu: “Após a Grã-Bretanha ter invadido e ocupado o Iraque, durante a I Guerra Mundial, impôs um repugnante tratado ao governo fantoche de 1930 na véspera da independência simbólica do país. Tal como na versão George W. Bush, a Inglaterra locupletou-se com bases militares próprias, garantiu o direito de executar acções militares e a imunidade legal para as suas tropas. Apesar disto, as novas propostas dos poderes americanos, e as restrições à soberania iraquiana, ultrapassam largamente as impostas pelo tratado colonial anterior à II Guerra Mundial.” Artigo original

Tensões Israel-Irão fazem petróleo subir 10 dólares num único dia

sábado, junho 7th, 2008

O preço do petróleo negociado nos Estados Unidos fechou ontem com a maior alta registada numa única sessão. O barril fechou nos USD 138,54, um aumento de USD 10,75 em relação a quinta-feira. A cotação máxima chegou aos USD 139,12. O recorde anterior era de USD 135,09 (22/05). A subida ocorreu após o vice-primeiro-ministro e ministro dos Transportes de Israel, Shaul Mofaz, ter afirmado ontem que um ataque ao Irão parece “inevitável”. O fracasso das sanções da ONU, alegadamente insuficientes para evitar o processo de enriquecimento de urânio por Teerão, foi a justificação apresentada. “Se o Irão continuar o programa para desenvolver armas nucleares, nós vamos atacá-lo. As sanções são ineficazes”, afirmou Mofaz, antigo chefe do exército israelita e ex-ministro da Defesa. A reacção do mercado foi imediata e os preços dispararam. O movimento também foi estimulado por um relatório do banco de investimento Morgan Stanley segundo o qual o barril poderá alcançar os 150 dólares em Julho, num clima de robusta procura dos mercados asiáticos. A queda do dólar e das reservas energéticas nos Estados Unidos também ajudaram. MRA/Agências

Acordo energético egípcio-israelita subsidiado pelo Cairo

sexta-feira, maio 9th, 2008

Gasoduto submarino Arish-AshkelonO 1.º de Maio de 2008 ficará na história como o dia em que Israel começou a importar gás do Egipto através do gasoduto submarino Arish-Ashkelon, inaugurado em Fevereiro passado. O cliente – Israel Electric – vai ser abastecido com 1.7 mil milhões de m3/ano, durante 15 anos. O parlamento egípcio ocupou-se longamente com o controverso negócio, mas foi impotente para o impedir. Nem mesmo com o argumento de que o preço de venda é inferior às cotações internacionais, representando um subsídio do Cairo a Telavive, financiado com dinheiro dos contribuintes egípcios. O Egipto cobra a Israel USD 2.75 por MMBTU (Milhões Unidades Térmicas Britânicas). A polémica incendiou os ânimos dos consumidores muçulmanos. O Egipto importa actualmente fuelóleo a preços muito mais caros para satisfazer a procura doméstica. O negócio iniciou-se numa altura em que os ataques aéreos israelitas contra os palestinianos na Faixa de Gaza arrefeceram as relações políticas entre os dois países. MRA Dep. Data Mining

Líbano: Hezbollah pronto para nova guerra contra Israel

segunda-feira, março 17th, 2008

hezbollah - prontidao-militarUma análise dos serviços secretos israelitas, divulgada pela Ynetnews, revela que as milícias xiítas libanesas do Hezbollah, terminaram a preparação militar e logística para uma nova guerra contra o exército judaico na região norte da Palestina ocupada. O relatório considera que o conflito está “mais próximo do que um confronto em larga escala” na faixa de Gaza.

A notícia especula que “esta pode ser uma das razões pela qual o exército israelita não está a acelerar uma ampla em Gaza.” O relatório 2008 sobre a situação militar na região, apresentado recentemente o governo de Telavive pelos serviços secretos militares internos Shin Bet e pela Mossad (espionagem externa), considera reduzida a possibilidade de um ataque em larga escala, por parte dos extremistas palestinanos do Hamas. Porém, a hipótese de “o Hezbollah atacar Israel” é maior do que conflitos noutras frentes de guerra. Recorde-se que a última guerra israelo-libanesa, de 33 dias, durante o Verão de 2006, foi considerada por círculos políticos e militares israelitas como estratégicamente errada. O seu falhanço, em sua opinião, humilhou o estado judaico. O governo de Ehud Olmert, desde então, tem estado sob pressão para se demitir. Fonte: Press TV

França vai facturar com acordo nuclear nos Emirados Árabes, revela Al-Hayat

segunda-feira, janeiro 14th, 2008

França e Líbia de mãos dadas em projectos nuclearesO presidente françês, Nicolas Sarkozy, confirmou ontem os planos para assinatura de um acordo de cooperação nuclear com os Emirados Árabes Unidos (EAU), para a construção de reactores nucleares na região, por empresas francesas. Sarkozy disse em entrevista ao jornal árabe Al-Hayat: “A minha visita aos Emirados Árabes Unidos será… a ocasião para assinar um acordo sobre uso pacífico de energia nuclear.” O chefe de estado gaulês chega amanhã aos EAU no final de uma visita oficial de três dias, que incluiu estadas na Arábia Saudita e no Qatar. Sarkosy referiu que “o mundo muçulmano não tem menos direitos do que outros países para usar energia nuclear civil (…) em total conformidade com as obrigações que derivam da lei internacional.” A edição de fim de semana do jornal francês Le Figaro afirmou porém que a assinatura de um contrato formal, envolvendo um a dois reactores, ainda poderá estar demorar algum tempo. A França – recorde-se – já assinou acordos para energia nuclear de uso civil com Líbia e Argélia, mas está contra o projecto nuclear do Irão alegando que servirá a estratégia militar regional do governo de Teerão. (pvc/Reuters)

EUA apoiaram o ataque turco no Curdistão iraquiano

segunda-feira, dezembro 17th, 2007

Mapa do Curdistão e vizinhosO bombardeio da Turquia contra alvos do movimento separatista curdo PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão) no Iraque ontem (domingo) foi previamente aprovado pelos Estados Unidos, revelou o comandante das Forças Armadas turcas, general Yasar Buyukanit, numa entrevista entrevista a uma emissora de TV do país. Segundo o general, as autoridades americanas não apenas forneceram informação militar mas também abriram o espaço aéreo do norte do Iraque para a operação.O apoio americano ao ataque turco ocorreu depois de o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ter anunciado em Novembro que Washington forneceria ao governo de Ancara informação secreta (intelligence) obtida por satélite, em tempo real, sobre os movimentos do PKK no norte do Iraque. Fonte: UOL

EUA vão conceder ajuda de USD 550 milhões aos palestinianos

segunda-feira, dezembro 17th, 2007

Condoleezza Rice com presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud AbbasOs Estados Unidos vão anunciar uma ajuda de 550 milhões de dólares para os palestinianos em 2008 na conferência internacional de doadores para a Palestina que começa hoje (2.ª feira), em Paris, informaram os media gauleses.

A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, que fará o anúncio como medida de apoio ao reinício das conversações de paz israelo-palestinianas, informou que a ajuda aguarda aprovação do Congresso. O programa económico para 2008-2010 preparado pelo primeiro-ministro palestiniano, Salam Fayad, ascende a cerca de 5,6 mil milhões de dólares. (pvc/agências)

Iraque não quer bases permanentes dos EUA no seu território

terça-feira, dezembro 11th, 2007

Mowaffaq al-RubaieO Iraque nunca irá permitir aos Estados Unidos manter bases militares permanentes no seu território, afirmou Mowaffaq al-Rubaie, assessor de segurança nacional do governo mas disse que o país precisa dos ocupantes para a luta antiterrorista, a vigilância fronteiriça e de ajuda económica, diplomática e política. Porém, no tocante à questão das bases foi peremptório na recusa: “Forças ou bases permanentes no Iraque para quaisquer forças estrangeiras é uma linha vermelha que nenhum nacionalista iraquiano permitirá que seja transposta”, disse o assessor ontem à noite, numa entrevista à TV Arabiya.

Os EUA têm cerca de 160 mil soldados no Iraque, oficialmente sob mandato da Organização das Nações Unidas (ONU), desde a invasão, em 2003. Bagdade renovou ontem à ONU o pedido de renovação do mandato até o fim de 2008. Porém informou que não deseja a sua continuação a partir de 2009, e deixou em aberto a possibilidade, se fôr do seu interesse, pôr-lhe termo durante os próximos meses. Recorde-se que, em Novembro, os governos americano e iraquiano assinaram uma “declaração de princípio” para a manutenção, a longo prazo, de relações bilaterais amigáveis e cooperantes. Um eventual acordo, para a manutenção das tropas ocupantes dos EUA em solo iraquiano, pós 2008, ainda não foi negociado. (pvc/agências)

Ahmadinejad e Lavrov discutem questão nuclear iraniana; Americanos aprovam ataque contra Irão

quarta-feira, outubro 31st, 2007

Mahmoud Ahmadinejad e Serguei LavrovO presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad, recebeu ontem em Teerão o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, para discutirem o programa nuclear iraniano e as relações bilaterais, noticiou a emissora iraniana “Alalam”. Na ocasião, Lavrov criticou a decisão americana de impor novas sanções ao Irão pois “não ajudam” a resolver as actividades nucleares iranianas, noticiou a agência russa Interfax. As sanções unilaterais contra o Irão “prejudicam a continuação dos esforços colectivos” para resolver a questão, disse o ministro russo. “A Rússia defende uma solução pacífica para as questões relacionadas com o programa nuclear iraniano. Vigiaremos atentamente as decisões tomadas pelo Conselho de Segurança da ONU”, sublinhou o chefe da diplomacia do Kremlin.

Recorde-se que, na semana passada, os Estados Unidos impuseram, através da ONU, novas sanções ao Exército iraniano e a três bancos públicos do Irão, acusando-os de apoiar o terrorismo. Neste contexto, o Putin e Ahmadinejad, em Teerãopresidente russo, Vladimir Putin, adoptou uma posição de distanciamento dos países aliados dos EUA, membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Enfáticamente, Putin limitou-se a repetir o que afirma há mais de um ano. Argumenta que não pode tomar outra posição pois não dispõe de quaisquer provas que confirmem a existência de um programa nuclear para fins militares, executado pelo governo de Teerão.

As últimas sanções americanas foram dirigidas a destacados membros da Guarda Revolucionária iraniana, acusados de contribuir para a proliferação de armas de destruição maciça e de apoiar organizações e actividades terroristas. Segundo os Estados Unidos, o Exército da República Islâmica do Irão treina e fornece armas a milícias xiitas iraquianas que, alegadamente, executam acções militares contra as tropas americanas e britânicas que ocupam o Iraque.

Esta retórica é interpretada por um crescente número de comentadores, observadores e analistas militares, como um expediente do Pentágono e da Casa Branca para criar um clima anti-iraniano junto do eleitorado americano. À semelhança da estratégia de desinformação que precedeu a invasão e ocupação do Iraque, em 2003, para destruir as armas de destruição maciça alegadamente na posse de Saddam Hussein – acusação que se revelou falsa e enganadora – as novas sanções contra objectivos militares e económicos iranianos visam pôr em prática os planos de ataque desenvolvidos pelos militares do Pentágono, pelo menos, desde Junho passado.

bandeiras EUA -IraqueNa passada segunda-feira, uma sondagem publicada nos Estados Unidos, revelou que mais da metade dos americanos é favorável a um ataque militar dos EUA contra o Irão. A maioria dos inquiridos acredita que isso pode acontecer antes das eleições presidenciais de Novembro, de 2008. O estudo de opinião foi realizado pelo Instituto Zogby. De acordo com os resultados, 52% dos entrevistados são favoráveis a ataques preventivos para impedir o governo do Irão de fabricar uma bomba nuclear. Apenas 29% acham que os EUA não deveriam atacar a República Islâmica.

Estes factos revelam que o índice de probabilidades de um ataque militar – exclusivamente a cargo da força áraea americana e/ou israelita – aumentou significativamente nos últimos meses. Por isso, a visita de Sergei Lavrov, que surpreendeu a generalidade dos observadores por Putin ter visitado oficialmente o Irão, na semana passada, assume um acrescido significado político e, indirectamente, militar. Por outro lado, a sua inesperada deslocação, coincide com as negociações que representantes iranianos e funcionários da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) mantêm, desde segunda-feira, em Teerão, sobre as centrífugas P1 e P2 utilizadas para o enriquecimento de urânio.

AlBaradei - AIEA - 2007A importância das conversações Irão-AIEA residem no facto de serem as últimas que o diretor da AIEA, Mohamed ElBaradei, conduzirá no país do Golfo Pérsico, antes de apresentar mais um relatório oficial sobre o programa iraniano, na próxima reunião do Conselho de Governadores do organismo da ONU, marcada para 22 de Novembro. A despeito das sucessivas inspecções da AIEA, o Irão continua a manter actividades nucleares, com o argumento de que são para fins pacíficos. Paralelamente insiste que, como país soberano, membro de pleno direito da agência de não proliferação nuclear, o Estado iraniano procede ao enriquecimento de urânio no exercício dos seus “legítimos direitos”. Os Estados Unidos e União Europeia (UE), em contrapartida, suspeitam que o programa tem fins militares e exigem que Teerão cumpra as resoluções do Conselho de Segurança da ONU, e cancele a sua execução.

O ministro Lavrov, segundo o telegrama da “IRNA”, manteve igualmente reuniões de trabalho com o seu homólogo do Irão, Manouchehr Mottaki. Ambos “abordaram as necessidades e as iniciativas adequadas ao fortalecimento das relações bilaterais”, acrescentou a agência de informação islâmica. No plano bilateral, a Rússia e o Irão fecharam, desde 1995, vários acordos para a reconstrução e ampliação da central nuclear de Bushehr, no sudoeste do país. O arranque das operações, no entanto, está atrasado desde Setembro, por questões relacionadas com disputas entre Moscovo e Teerão sobre os custos e a forma de pagamento. (pvc/agências)

Rei da Jordânia pede que China se envolva mais com Oriente Médio

terça-feira, outubro 30th, 2007

Rei da Jordânia com Presidente da china Hu JintaoA crescente influência da China no cenário internacional significa que o país está destinado a desempenhar um papel diplomático de peso maior no Oriente Médio, afirmou na terça-feira o rei Abdullah, da Jordânia, encorajando o governo chinês a fomentar a paz israelo-palestiniana. “Temos esperanças de um papel mais destacado da China em nossa região porque os senhores sempre foram considerados um intermediário honesto e são muito respeitados no mundo árabe”, afirmou Abdullah ao presidente chinês, Hu Jintao.Autoridades israelenses e palestinas preparam-se para uma conferência de paz convocada pelos EUA e marcada para acontecer no final deste ano. O rei Abdullah — um dos líderes regionais que desejam ver avanços concretos nesse encontro — disse que a China pode ajudar a garantir o progresso. “Na qualidade de membro permanente das Nações Unidas (do Conselho de Segurança das Nações Unidas) e na qualidade de país com boas relações com todos os presentes em nossa região, o papel da China é, segundo creio, destinado a aumentar no futuro próximo”, disse, em um discurso proferido na Universidade Pequim.

Um ataque militar dos EUA contra o Irão pode estar para breve; Os cenários para 2008-2010 são preocupantes…

terça-feira, outubro 30th, 2007

Esquadrilha de caças Israelitas O diretor-geral da Agência Internacional para a Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, acusou ontem Israel que querer fazer “justiça com as próprias mãos” quando atacou uma instalação na Síria e, imperialmente, não deu qualquer explicação à comunidade internacional sobre a agressão militar unilateral a um país soberano. Alegadamente, o ataque executado pela força aérea judaica, terá sido lançado para destruir um complexo nuclear secreto, em Setembro, na Síria.
Nos últimos dias, fontes credíveis vêm anunciando rumores de uma invasão certa do Irão pelos americamos. Só faltará saber o dia e a hora.
O petróleo, avançam outras fontes, pode ultrapassar os 300 USD.

Pedro Varanda de Castro, da MRA Data Mining colheu sobre esta problemática informação relevante que se encontra no espaço reservado.