No primeiro semestre de 2009 foram vendidos, em média, menos 26 174 diários generalistas em comparação com o período homólogo do ano anterior. Semanários não escapam à tendência, ao contrário dos económicos.
São poucos os títulos da imprensa que não estão a sentir nas vendas os efeitos da crise. Um dos segmentos mais afectado é o dos diários generalistas que viram acentuar-se a tendência de queda na generalidade dos títulos, ao contrário do que acontecera em 2008, ano que encerrou com a venda de mais 18 mil exemplares diários.
Segundo os dados da Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação (APCT) ontem divulgados, a circulação paga (vendas em banca e assinaturas) nos primeiros seis meses do ano caiu 7,6%, com uma média de 26 174 exemplares a menos vendidos por dia.
O Diário de Notícias registou uma quebra de 16% no período em análise, e acabou o semestre com uma média de circulação paga de 37 810 exemplares. No entanto, ao comparar os dados do bimestre Maio/Junho com o anterior, relativo a Março/Abril verifica-se uma melhoria na circulação paga do DN, registando-se um aumento de 2,8%.
Jornal de Notícias e 24 Horas, também do grupo Controlinveste, não fugiram ao ambiente geral de quebra, com uma descida de 9,5% e 14%, respectivamente, situação semelhante à registada pelo Público, do grupo Sonae, com uma diminuição de 8%. Apenas o Correio da Manhã manteve neste semestre a média de vendas estável comparativamente com os primeiros seis meses de 2008, mantendo a liderança das vendas neste segmento, com 115 094 exemplares vendidos diariamente.
E tal como aconteceu no bimestre Março/Abril, as publicações de economia voltaram a apresentar subidas nas vendas. O Jornal de Negócios terminou o semestre com uma circulação média paga de 9 877 exemplares, mais 19% relativamente ao período homólogo de 2008, enquanto o Diário Económico, da Ongoing Media, reforçou a liderança com 15 506 jornais vendidos por dia, uma subida de 17%. O Semanário Económico, também do grupo liderado por Nuno Vasconcellos, aumentou as vendas em 9%.
Os números de vendas do i, que vai na edição 100, só constarão dos dados da APCT em Novembro. A direcção quis salvaguardar o “número cristalino de vendas”.
À semelhança dos diários, também os semanários não conseguiram contrariar a tendência de quebra. Com uma circulação paga de 112 639 jornais, o Expresso registou uma queda de 9%, valor superado pelo Sol que sofreu uma diminuição de 10,8% nas vendas, tendo terminado o primeiro semestre do ano a vender, em média, 41 066 exemplares por semana.
Quanto às newsmagazines, sortes diferentes para as duas com maior circulação paga. Enquanto a Sábado, do grupo Cofina, registou uma subida de 5%, com vendas de 78 346 revistas em média, por semana, a Visão, da Impresa, viu diminuir em 6%a sua circulação paga nos primeiros seis meses do ano, muito por culpa de uma quebra registada nas assinaturas.
O Jogo e Record, os dois desportivos auditados pela APCT, venderam em média menos 9% e 8%, respectivamente, no período em análise.
MRA Alliance/Diário de Notícias