Archive for the ‘Legislação’ Category

Governo reduz capital social das sociedades por quotas para um euro

quinta-feira, dezembro 30th, 2010

O capital social mínimo para a constituição das sociedades por quotas vai ser reduzido passando dos actuais cinco mil euros para um euro quando as sociedades são unipessoais e para dois euros quando têm, pelo menos, dois sócios.

A decisão será tomada hoje pelo conselho de ministros e deixará de fora as sociedades anónimas que continuam com o capital social mínimo de 50 mil euros.

Na prática o Governo pretende reduzir os custos de contexto para as micro-empresas permitindo ainda que a constituição do capital social seja feita um ano depois da sua criação e não na sua formalização.

MRA Alliance/DE

Lei das Finanças Regionais aprovada mas constitucionalidade vai ser fiscalizada

sábado, fevereiro 6th, 2010

O PS e o Executivo viram ontem a oposição em bloco – e ainda o deputado socialista da Madeira Luís Miguel França – aprovar a nova Lei das Finanças Regionais.O ministro dos Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão, assegurou que o Executivo vai procurar “limitar o endividamento e controlar as transferências do Estado para as regiões autónomas através dos poderes que lhe são conferidos pela Lei de Enquadramento Orçamental.

As bancadas da oposição reagiram contrapondo que a nova lei estabelece um limite de endividamento de 50 milhões, quando em 2009 a Região foi autorizada a contrair cerca de 130 milhões e mais 79 milhões de nova dívida pelo Orçamento Rectificativo deDezembro.

No entanto, o PS vai pedir a fiscalização preventiva de constitucionalidade do diploma. Segundo Ricardo Rodrigues, vice da bancada PS, a versão final do diploma deveria ter sido enviada aos “órgãos de Governo” das regiões autónomas para efeitos de audição prévia, mas tal não aconteceu. Rodrigues argumenta que o TC já tem jurisprudência favorável a esta necessidade imperativa de audição prévia. Os juízes terão 20 dias para decidir.

Jaime Gama, presidente da AR, limitou-se a enviar o articulado àqueles orgãos “para informação”, antes ainda das alterações ontem introduzidas no plenário.

MRA Alliance/Agências

Cavaco critica qualidade das leis na abertura do ano judicial

quinta-feira, janeiro 28th, 2010

Durante a sessão solene de Abertura do Ano Judicial, que decorreu quarta-feira, o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, teceu duras criticas à qualidade das leis e aos seus responsáveis, dizendo que as leis «correspondem a impulsos do legislador, muitas vezes ditados por puros motivos de índole política ou ideológica».

No Supremo Tribunal de Justiça, durante a sessão solene de Abertura do Ano Judicial, Cavaco Silva recordou que há cerca de um milhão de execuções pendentes e reconheceu que os atrasos na Justiça e o congestionamento dos tribunais atingiram níveis preocupantes.

O Presidente da República referiu-se a «deficiências técnico-jurídicas nos actos legislativos», lembrando o exemplo da lei do divórcio, «Como é sabido de todos, chamei a atenção em devido tempo para os problemas que poderiam surgir. (…) a lei poderia suscitar e para a possibilidade de aumentos significativos da litigiosidade, tendo mesmo sugerido, aquando da promulgação, a adopção de mecanismos de acompanhamento do novo regime do divórcio. Actualmente, os problemas suscitados pelo regime jurídico do divórcio são reconhecidos pela generalidade dos actores do sistema judicial e regozijo-me pelo facto de, a nível político, também já ser considerado que é necessário proceder a ajustamentos que são impostos pela própria realidade da vida», disse Cavaco Silva.

Na opinião do chefe de Estado, «a pretensão de mudar a realidade da vida por força da lei raramente produziu bons resultados» aconselhando os políticos a ouvir mais os que lidam com as leis, quando as fazem.

«Muitas das leis produzidas em Portugal não têm uma adequação à realidade portuguesa e correspondem a impulsos do legislador, muitas vezes, ditados por puros motivos de índole política ou ideológica» apontou Cavaco Silva.

MRA Alliance/Jornal Digital

Portugal é o oitavo país do Mundo a legalizar casamentos gay

sábado, janeiro 9th, 2010

Portugal tornou-se ontem no oitavo país do Mundo a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Mas a exclusão da adopção por casais homossexuais acabou por ‘manchar’ aquele que foi considerado pelo primeiro-ministro “um dia histórico” no combate contra a discriminação.

A esquerda parlamentar (PS, BE e PCP) uniu-se e aprovou o diploma do Governo que legaliza o casamento homossexual, mas pelo caminho ficaram as duas únicas propostas que possibilitavam a adopção de crianças por casais homossexuais. Situação que ensombrou a alegria de quem há muito luta contra a discriminação dos homossexuais. “O reconhecimento de um direito justo ficará associado às novas discriminações. Não é assim que se reconhecem direitos”, afirmou ao CM Sérgio Vitorino, da Associação Panteras Rosa.

Mesmo assim, a aprovação da proposta do Governo foi recebida com aplausos e na escadaria no Parlamento ergueram-se os copos de champanhe e até houve direito a bolo de casamento.

Holanda, Bélgica, Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega e Suécia são os únicos países onde o casamento homossexual é legalizado. Em outros países, como a França, foram criadas outras figuras legais.

MRA Alliance/Correio da Manhã

Portugal: Casamento homossexual aprovado pelo Governo

quinta-feira, dezembro 17th, 2009

O Governo aprovou hoje em Conselho de Ministros, a proposta de lei que permite o casamento de pessoas do mesmo sexo, ficando de fora a lei da adopção para casais homossexuais. Assim, o Executivo deixa claro, em letra de Lei, que os casais homossexuais estão impedidos de adoptar crianças.

«O propósito do Governo foi apenas o de eliminar as barreiras jurídicas ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, separando as águas entre casamento civil e adopção», afirmou o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira.

Sobre a adopção, Pedro Silva Pereira entende que esta iniciativa legislativa não produz qualquer discriminação. «Porque não há um direito dos adoptantes. A lei deve garantir a satisfação dos interesses da criança», disse

A proposta de lei vai ser submetida ao Parlamento até ao final de Janeiro de 2010.

MRA Alliance/Agências

Consumidores mais protegidos no crédito à habitação

sexta-feira, outubro 16th, 2009

Entra hoje em vigor a nova lei tendente a tornar mais transparente o crédito à habitação, com a criação da Taxa Anual Efectiva Revista ( TAER), a proibição de revisão do spread após um ano e o enquadramento dos créditos multiusos/multiopções como crédito habitação. Desta forma o governo pretende defender os consumidores, obrigar à adopção de boas  práticas por parte da banca e promover o aumento da transparência e da concorrência.

A produção legislativa da Assembleia da República tem-se pautado nos últimos anos por uma série de novas medidas como a obrigatoriedade da apresentação da Taxa Anual Efectiva (TAE); o arredondamento à milésima; a obrigatoriedade de utilizar a média mensal da Euribor do mês anterior à revisão e a fixação de comissões máximas para o reembolso antecipado.

As inovações representaram uma revolução no sector financeiro, obrigando as instituições de crédito a adaptarem-se à nova realidade. O esforço informático e comercial, impondo novas estratégias de marketing, acaba por se traduzir em vantagens para os bancos com a uniformização dos procedimentos e ao fomentar a concorrência na conquista dos clientes.

Principais inovações do Decreto-Lei n.º 192/2009 que entra hoje em vigor:

  • Os bancos, para além de apresentarem as vantagens da subscrição dos produtos, como a bonificação dos spreads, passam agora também a informar os clientes sobre os custos associados, caso existam. Assim, a TAER é a taxa que para além de incorporar todos os encargos directos, também irá incorporar os custos dos produtos que os clientes têm que subscrever para obter reduções de spread.
  • Os bancos têm um ano para aumentar o spread caso o cliente não cumpra com as suas obrigações ao nível de subscrição dos produtos. Após este período inicial, o banco já não poderá alterar o spread até ao final do contrato.
  • A partir de agora aplicam-se as mesmas regras que no crédito habitação, nomeadamente a comissão máxima de 0,5% no crédito a taxa variável e de 2% no de taxa fixa.

MRA Alliance/DN

Cibercrime: Nova lei é mais dura mas muito contestada

sexta-feira, outubro 16th, 2009

A Lei do Cibercrime entra hoje em vigor e passa a punir como crime a produção e difusão de um vírus, assim como destruir ou afectar o uso de programas e de dados informáticos. A nova lei prevê uma pena que pode ir até dez anos de prisão. O presidente da Associação Nacional de Software (ANSOL), Rui Seabra, diz que a lei está «mal escrita» dado que não define o que são actos criminosos, proibindo os cidadãos de escrever software ou de investigar na área da segurança informática.

A directora da LED (Associação Liberdade na Era Digital), Sandra Pinto, partilha da mesma opinião, recordando que existem artigos que «alargam a responsabilidade criminal à mera produção de programas informáticos que possam ser utilizados para praticar os crimes previstos».

A antiga Lei de Criminalidade Informática tinha 18 anos e não contempla este tipo de crimes com qualquer tipo de pena. Segundo a Lusa, o diploma possibilita investigar crimes cometidos por via electrónica.

MRA Alliance/Agências

As novas regras do sigilo bancário

quarta-feira, agosto 26th, 2009

O diploma que alarga as possibilidades de levantamento do sigilo bancário foi ontem promulgado pelo Presidente da República, Cavaco Silva.

A nova lei, aprovada pela Assembleia da República apenas com os votos da maioria socialista, prevê que o levantamento do sigilo bancário passe a ser possível “quando se verifiquem indícios da falta de veracidade do declarado ou esteja em falta declaração legalmente exigível; quando se verifiquem indícios da existência de acréscimos de património não justificados; quando se trate da verificação de conformidade de documentos de suporte de registos contabilísticos dos sujeitos passivos de IRS e IRC que se encontrem sujeitos a contabilidade organizada”.

O acesso às contas sem autorização prévia é ainda justificado “quando exista a necessidade de controlar os pressupostos de regimes fiscais privilegiados de que o contribuinte usufrua e quando se verifique a impossibilidade de comprovação e qualificação direta e exata de matéria tributável”. MRA Alliance/Agências

Cavaco voltou a vetar lei da não concentração dos meios de comunicação social

quarta-feira, maio 20th, 2009

Cavaco SilvaO Presidente da República vetou pela segunda vez a lei do pluralismo e da não concentração dos meios de comunicação social. Em nota divulgada no site da Presidência, o chefe de Estado justifica a nova devolução do diploma à Assembleia da República por considerar que as alterações introduzidas pelo Parlamento mantêm “no essencial, inalteradas quer a substância do anterior diploma quer as condições políticas de aprovação do mesmo”.

Na nota, o Presidente lembra que, aquando do primeiro veto, tinha apeladao a um “esforço adicional” para que fosse obtido “um consenso interpartidário e plural”. “Verifica-se que não foi alcançado um consenso parlamentar mais vasto”, insiste agora o chefe de Estado.

A 15 de Abril, o PS aprovou sozinho as alterações à lei do pluralismo e da não concentração dos meios de comunicação social, com acusações da oposição de ataque à liberdade de imprensa e cedência aos grupos económicos.

Na sua intervenção durante o debate parlamentar, em Abril, o PS justificou a insistência no diploma, apesar dos votos contra de toda a oposição, considerando ser “inadiável” a regulamentação das regras do pluralismo e da não concentração dos media, alegando existir uma “inconstitucionalidade por omissão”. O primeiro veto foi justificado pelo PR por não haver urgência em legislar sobre a matéria.

A lei do pluralismo e da não concentração dos media impede o Governo, governos regionais ou autarquias de serem proprietários de órgãos de comunicação social, excepção feita ao serviço público de rádio e televisão.

No que respeita à titularidade, a nova lei obriga as empresas de comunicação social a divulgarem anualmente todas as entidades a quem possam ser imputadas participações iguais ou superiores a cinco por cento do capital social.

MRA Alliance/Agências  

Os ‘chips’ nas matrículas vão ser obrigatórios em 2010

segunda-feira, maio 18th, 2009

O Ministério das Obras Públicas informou o “Económico” que o prazo para a compra dos Dispositivos Electrónicos de Matrícula (DEM) terá início após a publicação da portaria regulamentar com as especificações técnicas dos aparelhos. Só a partir da publicação, que não tem ainda data prevista, será possível proceder ao seu fabrico e posterior distribuição.

Depois da publicação, começa a contar o prazo de seis meses em que os automobilistas poderão ter acesso gratuito ao DEM. Se a regulamentação for publicada em Junho, os portugueses terão até Dezembro deste ano para obter gratuitamente o novo equipamento.

A partir de 2010 a compra do ‘chip’ passará a ser obrigatória, desconhecendo-se por enquanto o respectivo custo.

Detalhes aqui.

 MRA Alliance

Lei francesa poderá abrir precedente de cortar acesso à Internet por downloads ilegais

segunda-feira, abril 27th, 2009

O Parlamento francês prepara-se para discutir na quarta-feira uma proposta de lei que prevê, após dois avisos, o corte do acesso à Internet aos cibernautas que descarregam conteúdos sem pagar. Actualmente está aberto o debate sobre a legitimidade da medida face a dois direitos dos cidadãos – a  liberdade de expressão e o acesso à informação. A lei francesa “Criação e Internet” já foi anteriormente reprovada, por 21 votos contra 15, e mais de 500 abstenções. 

O presidente Nicolas Sarkozy é um feroz apoitante da medida, também conhecida por Lei Hadopi – acrónimo em francês de Alta Autoridade para a Difusão de Obras e Protecção dos Direitos na Internet – a quem caberá a respectiva aplicação, caso seja aprovada. 

O facto de ser atribuída a uma entidade não judicial a decisão de impedir um cidadão de aceder à Internet está a gerar polémica com os críticos a argumentarem que poderão estar a ser restringidos direitos fundamentais.

O projecto francês foi criticado por deputados ao Parlamento Europeu por alegadamente ameaçar a aprovação de legislação sobre telecomunicações. Na quarta-feira, os eurodeputados da Comissão para a Indústria, Investigação e Energia aprovaram uma emenda proposta pela eurodeputada Catherine Trautmann, antiga ministra da Cultura francesa e socialista. A emenda diz que “nenhuma restrição pode ser imposta aos direitos e liberdades dos utilizadores finais sem decisão prévia das autoridades judiciais”. 

A proposta de lei francesa é inédita e deixa os especialistas na expectativa. “Parece-me que se está a ir longe de mais”, disse Patrícia Akester, advogada e investigadora do Centro para a Propriedade Intelectual e Direito da Informação na Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

“Na perspectiva do utilizador pode defender-se que, se for negado o acesso à Internet, se consubstancia uma anulação do direito de liberdade de expressão”, diz a investigadora para quam a proposta é precipitada pois existe “a possibilidade de usar medidas tecnológicas para proteger os direitos de autor e outras medidas que não foram exploradas”.

O modelo proposto em França já foi rejeitado em Espanha, onde a Coligação de Criadores e Indústrias de Conteúdos propõe agora centrar-se na punição das páginas que permitem cópias ilegais. Em Portugal, a violação de direitos de autor pode ser penalizada com uma pena de prisão até três anos.

Na Suécia, a legislação permite que um titular de direitos de autor peça em tribunal que seja revelada a identidade do utilizador de um endereço que possibilite downloads ilegais.

No entanto, em França, por a punição se dirigir aos utilizadores finais e não aos fornecedores de acesso à Internet ou os promotores de sites de downloads ilegais, poderá vir ser criado um precedente com reflexos em outros Estados-membros da União Europeia. 

MRA Alliance/Agências

Nova lei “limpa” infracções dos automobilistas anteriores a Julho de 2008

segunda-feira, abril 27th, 2009

As infracções cometidas pelos automobilistas estão a ser contabilizadas apenas desde Julho de 2008, altura em que entrou em vigor um novo regime de cassação de carta. “A lei de Julho de 2008 pôs o registo [dos condutores] a zero”, disse à Lusa uma fonte da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

Assim, para efeitos de cassação da carta de condução apenas são consideradas as contra-ordenações cometidas a partir de 6 de Julho de 2008 e incluídas no Registo Individual do Condutor (RIC) – o cadastro dos automobilistas.

No ano passado, o ex-presidente da extinta Direcção-Geral de Viação, Rogério Pinheiro, declarou que tinha “preparado 797 processos” de condutores a quem ia ser cassada a carta, uma vez que tinham acumulado várias infracções graves e muito graves.

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária negou, contudo, ter recebido os processos, referindo mesmo que “não existe” uma lista de condutores que podem ficar com os títulos apreendidos.

Para que um condutor perca a carta é preciso que tenha praticado três contra-ordenações muito graves ou cinco, entre graves e muito graves, num período de cinco anos, e que seja tomada uma decisão administrativa condenatória definitiva.

As infracções mais frequentes, segundo a ANSR, são o excesso de velocidade, a utilização indevida do telemóvel, a condução sob efeito de álcool, a transposição do risco contínuo e o desrespeito pelos sinais vermelhos.

No que respeita a crimes, o mais frequente é a condução sob efeitos de álcool (criminalizada a partir de uma taxa de alcoolemia igual ou superior a 1,2 gramas por litro de sangue).

As infracções são apagadas do RIC ao fim de cinco anos.

MRA Alliance/Lusa

Portugal: Governo aprova medidas de defesa dos consumidores

quarta-feira, março 11th, 2009

Call CenterO Conselho de Ministros aprovou hoje um decreto-lei que permite aos portugueses mudar os Planos de Poupança Reforma (PPR) e Poupança Educação (PPE) para outros bancos, pagando uma taxa máxima de 0,5%, e saber anualmente quais os custos e o rendimento daqueles produtos, no âmbito de um conjunto de medidas de protecção dos consumidores.

O novo regime jurídico dos planos determina a transferência ‘sem custos’ para os produtos sem garantia de capital e de rendibilidade.

‘A ideia é reforçar a transparência e a comparabilidade’ dos produtos de poupança e ‘fomentar a concorrência’, explicou o secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, Fernando Serrasqueiro.

Entre as outras medidas para defender e reforçar os direitos dos consumidores destacam-se as seguintes:

– Para combater o sobreendividamento os contratos de crédito ao consumo passam a ter limites entre os 200 e os 75 mil euros; é obrigatória a consulta à central de riscos de crédito do Banco de Portugal na fase pré-contratual para avaliar a solvabilidade do consumidor; Foi alargado o prazo para revogar o contrato que agora passa de 7 para 14 dias consecutivos, podendo o consumidor desistir do contrato dentro desse prazo; O valor máximo da indemnização (0,5%) a pagar pelo consumidor em caso de amortização do contrato;  Disciplina-se ainda o regime das taxas máximas para os diferentes tipos de contratos de crédito ao consumo sob pena de serem considerados usurários.O consumidor passará a ser informado de forma clara, concisa e compreensível acerca das condições do contrato;

– Os Call Centers passam ficar proibidos de fazer esperar o cliente em linha mais do que 60 segundos, fazer publicidade aos seus produtos durante a ligação, reencaminhar chamadas para números que impliquem um custo adicional e os clientes passam a poder cancelar um contrato carregando numa tecla do telefone; Paralelamente, o telemarketing também não poderá contactar os consumidores antes das 9:00 da manhã e depois das 22:00;

– Criação de uma plataforma informática, gerida pela Direcção-Geral do Consumidor, na qual as entidades reguladoras e de controle de mercado devem proceder ao registo e tratamento das reclamações dos consumidores e utentes constantes do Livro de Reclamações; Através desta rede telemática , os consumidores e os agentes económicos podem, a qualquer momento, verificar o estado das reclamações e conhecer a evolução da análise pelas entidades reguladoras e autoridades de controlo do mercado.

– Reforço da segurança das crianças ao criar a obrigatoriedade de existência de uma vedação ou outra barreira física que delimite estes espaços; São impostas soluções técnicas que limitem a passagem junto dos baloiços e outros equipamentos que incluam balanço, com vista a reduzir o risco de acidentes; os insufláveis, trampolins e skates passarão a ser submetidos a normas de segurança para melhorar o nível de protecção dos utilizadores.

MRA Alliance/Agências

EUA: Ex-juíz corrupto e congressita propõe lei favorável ao “Estado Policial”

terça-feira, fevereiro 10th, 2009

O Congresso dos Estados Unidos está a analisar uma proposta de lei para a criação de “campos de acolhimento” em instalações militares destinadas a albergar “cidadãos deslocados” em situações de emergência nacional. A Lei para o Estabelecimento de Centros Nacionais de Emergência – HR 645 – estabelece que tais unidades se destinam a conceder “assistência humanitária, médica e de alojamento temporário a pessoas e famílias deslocadas, devido a desastres ou situações de emergência.”

Numerosas organizações de direitos cívicos, bem como ONG´s de combate à probreza e exclusão social, iniciaram campanhas nacionais de oposição à medida que consideram ser o primeiro passo para a “criação de um estado policial”, cujo objectivo seria neutralizar potenciais “revoltas e motins populares” resultantes da “crescente miséria” que grassa na sociedade americana após a implosão do mercado imobiliário, em Agosto de 2007.

Com uma taxa de desemprego galopante, que poderá atingir os 10% no final do ano, e a falência de muitos indivíduos, famílias e empresas americanas, provocada pela crise de crédito, muitos analistas receiam que os EUA estejam à beira de uma convulsão social de dimensões imprevisíveis. 

Institutos e especialistas em prospectiva admitem a possibilidade de, futuramente, o país ser palco de manifestações violentas de descontentamento social, mais graves dos que as que recentemente afectaram outros países – da Islândia à Grécia, passando pela China e pela Índia.

A lei HR 645 representa a fase final de um processo iniciado em 2006, sob a administração Bush/Cheney, quando foi adjudicado à empresa Kellog, Brown and Root (KBR), pelo ministério da Administração Interna (Department of Homeland Security), um contrato para a construção de centros de detenção, no montante de USD 385 milhões. A KBR é uma empresa subsidiária do conglomerado petrolífero e da defesa Halliburton, liderado pelo ex-vice-presidente Dick Cheney até quatro meses antes da sua eleição, em Novembro de 2000.

A proposta de lei em discussão no Congresso prevê a criação de seis unidades autónomas de “comando e controlo”, sob administração da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA, em inglês). O seu funcionamento, 24 horas por dia, inclui “operações de vigilância” e de apoio ao treino de equipas de resposta rápida designadas pelos governos federal, estaduais e autarquias. A sua integração em bases e unidades militares está igualmente contemplada. 

A generalidade dos críticos contesta o tom “vago” e “impreciso” sobre uma matéria que afecta directamente as liberdades individuais dos cidadãos e que, em sua opinião, viola algumas reformas constitucionais. 

Outra das controvérsias relaciona-se com um programa laboral para prisioneiros civis, desenvolvido pelo Pentágono – Civilian Inmate Labor Program – que cria um quadro legal e operacional para “o desenvolvimento de acordos” entre o Exército e a administração prisional para a utilização da “população civil encarcerada como  trabalhadores em unidades militares.” 

“Com o pessoal militar no activo já estacionado em solo americano às ordens do Northcom, parcialmente para missões de “controlo de multidões”, são evidentes os receios de que os norte-americanos possam ser encarcerados em campos de detenção”, afirmou Paul Watson, um activista dos direitos civis.

Por seu turno, Lee Rogers, autor do boletim electrónico “Rogers Report”, de inspiração nacionalista e anti-establishment, foi virulento na crítica à proposta de lei Hastings: “A lógica subjacente a esta legislação, indubitalvemente, serve como mecanismo de controlo se as autoridades necessitarem de instalações para acantonar um largo número de dissidentes. Isto não é para ajudar pessoas. Basta olharmos para o que se passou durante o ‘Furacão Katrina’ e, obviamente, concluímos que o governo não se preocupa com o povo. Não se preocupou então e não se preocupa agora. Construídas ou por construir, estas instalações, seguramente, não serão utilizadas para servir os interesses do povo.”

Perturbante é facto de o proponente ser o congressista democrata Alcee L. Hastings (Florida), um controverso afro-americano que foi destituido do cargo de juiz federal, em 1989, sob a acusação de corrupção e perjúrio, por uma larga maioria de membros da Câmara dos Representantes e do Senado. 

A biografia publicada no site oficial de Hastings omite este facto a despeito da abundante informação sobre o escândalo disponível na Internet. Na história dos EUA o actual congressista do Partido Democrata foi o sexto e último a ser destituído de um alto cargo na magistratura federal.

Por enquanto desconhece-se a posição oficial do presidente Barack Obama sobre a proposta de lei do seu correlegionário da Florida.

MRA Alliance

Portugal: Ordem recusa exclusividade dos médicos

terça-feira, julho 29th, 2008

O Governo renovou a intenção de forçar os médicos a trabalhar apenas nos serviços públicos de saúde, tendo enviado na passada sexta-feira uma proposta de lei naquele sentido à Ordem dos Médicos (OM), no âmbito da revisão das carreiras médicas da Função Pública. A Ordem considera a proposta inconstitucional mas ainda não respondeu ao pedido de agendamento de reuniões com o Governo sobre a matéria. O organismo representativo da classe considera igualmente que a intenção do governo “não é exequível”, durante os “próximos cinco anos”, devido à falta de médicos e aos constrangimentos que a situação provoca no Serviço Nacional de Saúde. MRA/Agências

UE: Lei do divórcio pode abrir caminho a “Europa a 2 velocidades”

quinta-feira, julho 24th, 2008

O veto sueco à lei europeia do divórcio está a ser desafiado por nove estados membros da União Europeia (UE) dispostos a adoptar uma lei comum que, a verificar-se, reacenderá a polémica questão da “Europa a duas velocidades”. Áustria, França, Grécia, Hungria, Itália, Luxemburgo, Roménia, Eslovénia e Espanha estão prontos a accionar o chamado procedimento “cooperação reforçada”, previsto pelos tratados da União. Ele permite que um grupo mínimo de oito países possa adoptar legislação, com ritmos e/ou objectivos diferentes, dos restantes parceiros. Outros quatro Estados-membros – Alemanha, Bélgica, Lituânia e Portugal – estudam a possibilidade de se associarem à iniciativa. O mecanismo jurídico prevê uma cooperação mais estreita entre os estados que desejem prosseguir o aprofundamento da construção europeia mais rapidamente. A acontecer será utilizado pela primeira vez. Se a inciativa for aprovada pela Comissão Europeia (CE), só entrará em vigor após a aprovação por uma maioria qualificada dos 27. Observadores em Bruxelas, consideram que o mecanismo, criado para evitar a paralisia institucional do bloco, poderá abrir um precedente imparável se a comissão não resolver rapidamente o impasse criado pelo «não» irlandês ao Tratado de Lisboa. O processo de aprofundamento europeu, com ritmos diferentes, entre os diversos parceiros passaria a ser a regra e não a excepção, alegam os críticos. “A cooperação reforçada é uma questão muito sensível por nunca ter sido usada. Permite a vários Estados-membros avançar mais rapidamente que outros. Essa não é propriamente a imagem da UE que queremos transmitir,” disse uma fonte da presidência francesa, citada pela agência Reuters. Há anos que os países da UE não se entendem sobre a legislação comum relativamente a casos de divórcio entre casais europeus de nacionalidades diferentes. A questão tem sido bloqueada pela Suécia que se recusa a aceitar que as partes possam escolher a jurisdição que deverá julgar o divórcio. Existem substanciais discrepâncias entre o Direito de Família nos países nórdicos (mais tolerante) e nos países maioritariamente católicos (mais restritivo). Em Malta, por exemplo, o divórcio é proibido. O tema vai ser debatido amanhã, em Bruxelas, durante uma reunião dos ministros da Justiça e da Administração Interna. MRA/Agências

Congresso aprova projeto Bush para animar economia americana

terça-feira, janeiro 29th, 2008

Símbolo do Congresso dos EUAA Câmara de Representantes aprovou hoje o pacote fiscal proposto pelo presidente George W. Bush. O plano, que prevê isenções de USD 146 mil milhões/bilhões (mm/bi) , visa estimular a economia norte-americana e evitar uma recessão. O desafio, agora, é a aprovação do projecto no Senado, que tem o seu próprio projecto para reaquecer a economia dos EUA. O projeto aprovado hoje é resultado de um acordo entre a Casa Branca e líderes da Câmara – Nancy Pelosi (Democrata) e John Boehner (Republicano).

Nancy Pelosi concordou em abandonar a proposta de aumentos em duas frentes, defendidos até então pelos democratas: no programa “Food Stamp”, de distribuição de subsídios de alimentação e de desemprego. Em troca disso, serão aceites descontos de USD 300 para quem comprovar um salário mínimo de USD 3 000 em 2007.

O plano apresentado por Bush pede um pacote de isenção fiscal de cerca de 1% do PIB (Produto Interno Bruto) do país (segundo dados recentes, isso representaria cerca de US$ 145 bilhões). O objectivo é que a economia reverta a desaceleração económica e aumente o consumo privado, principal pilar da economia dos EUA, volte a crescer. O plano proposto pelo Senado estipula uma injeção maior de liquidez, com cerca de US$ 156 bilhões, que permitirá pôr US$ 500 nos bolsos de cada contribuinte solteiro, USD 1 000 para os casados, e USD 300 adicionais por criança. (pvc/agência).

Portugal: Salário mínimo 2008 fixado em 426 euros por mês

quinta-feira, dezembro 20th, 2007

São BentoO Governo aprovou hoje o decreto que fixa em 2008 o valor do salário mínimo nacional em 426 euros por mês – valor anunciado pelo primeiro-ministro, José Sócrates, segunda-feira passada. Em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros, na residência oficial do chefe do governo, o titular da pasta da Presidência, Pedro Silva Pereira, sublinhou que o objectivo é elevar o salário mínimo nacional até aos 500 euros em 2011. Fonte: Lusa