Archive for the ‘juros’ Category

Juros da dívida pública portuguesa sobem 34% em três meses

quarta-feira, março 30th, 2011

Os juros da dívida pública já aumentaram 34 por cento desde que Portugal começou a ser alvo de uma sucessão de cortes de rating por parte das várias agências de notação financeira. Tudo porque os investidores temem que o Portugal anémico e endividado de hoje não consiga pagar o que pede emprestado amanhã.

Fruto desta desconfiança, as agências de rating não dão tréguas a Portugal e reforçam os sinais de alerta. O risco de comprar dívida nacional está a aumentar e é este risco crescente que faz accionar o corte da notação. Desde Dezembro, Fitch, Moody`s e Standard & Poor`s, as três grandes agências de notação financeira, têm vindo a cortar o rating da República portuguesa, cada um com efeito imediato e consistente na subida dos juros.

A preços médios, em três meses, a taxa de juro da dívida a 10 anos trepou de 6,7% para 8,2%, ou seja o preço do dinheiro ficou 34% mais caro. Os juros aumentam à medida que a qualidade da dívida cai e, de credível, a dívida tem vindo a descer patamares uns atrás dos outros. Agora está numa classificação apenas um nível acima da categoria «lixo».

Esta nota traduz perigo, alerta encarnado para os investidores. Daí para baixo o perigo aumenta até à nota «C» – sinal de risco do país entrar em bancarrota, deixando de ser capaz de reembolsar os credores. E é por isso que os investidores com seguem com tanta atenção as notas atribuídas pelas agências.

MRA Alliance/TVI24 

Portugal prestes a ter juros de todas as maturidades acima dos 8%

quarta-feira, março 30th, 2011

Os juros que os investidores exigem para comprar dívida portuguesa estão a renovar máximos consecutivos e também no prazo a dois anos estão prestes a superar os 8%. No prazo a cinco anos persistem acima dos 9%. Portugal está cada vez sob maior pressão dos mercados, com os juros da dívida pública a renovarem máximos consecutivos.

Na curva de rendimentos da dívida portuguesa, apenas no prazo de dois anos os juros das Obrigações do Tesouro estão abaixo dos 8%. Mas a manter-se a tendência das últimas sessões, deverá ser por pouco tempo. A “yield” da dívida a dois anos sobe 20 pontos base para 7,93%, sendo que nas restantes maturidades até dez anos situa-se sempre acima dos 8%.

A sessão de hoje fica marcada pelo facto de os juros da dívida a cinco anos terem já superado os 9%. De acordo com os preços genéricos da Bloomberg, as taxas de juro associadas aos títulos da dívida pública portuguesa a cinco anos atingiram hoje um máximo de 9,078%. A dez anos, as taxas persistem acima de 8% (em 8,05%), depois de ontem terem pela primeira vez rompido a mesma barreira que, em Novembro último, acabou por forçar o Governo irlandês a pedir ajuda externa.

Por detrás desta escalada dos juros, que têm renovado sucessivos máximos, estão as também sucessivas revisões em baixa do “rating” da República, decididas no rescaldo da crise política. A agravar a pressão sobre Portugal está também o facto de a Dow Jones ter ontem noticiado que o INE confirma que o défice de 2010, a enviar a Bruxelas até quinta-feira, será alvo de uma “série de alterações contabilísticas”. “Há muita especulação de que Portugal precise de um resgate”, afirmou à Bloomberg Michael Leister, analista da WestLB, acrescentando que os cortes nos “ratings” de ontem “representam mais uma pressão nesse sentido”.

MRA Alliance/JdN 

S&P corta ‘rating’ de Portugal pela segunda vez em 5 dias e juros atingem 9%

terça-feira, março 29th, 2011

A S&P voltou a descer a avaliação de Portugal, tal como tinha alertado, para o nível ‘BBB-‘, a um passo de ‘junk bond’. É o segundo corte de ‘rating’ da S&P para Portugal em menos de uma semana. A agência de ‘rating’ manteve o ‘outlook’ negativo para a avaliação de Portugal, o que significa que pode avançar com novo corte em breve.

O ‘downgrade’ de hoje deve-se ao resultado da cimeira europeia da semana passada, que definiu os termos de empréstimos aos países do euro em dificuldade, confirmando as expectativas da S&P de que uma reestruturação prévia da dívida poderá ser uma condição para os países acederem às ajudas do fundo europeu.

“Devido às fracas condições de acesso de Portugal ao mercado e à sua considerável necessidade de financiamento nos próximos anos, acreditamos que Portugal vai aceder provavelmente ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira e depois ao Mecanismo Europeu de Estabilidade”, o fundo europeu que o vai substituir, a partir de 2013, nota a S&P.

Por este motivo, os juros da dívida nacional voltaram a agravar-se, com a ‘yield’ das obrigações do Tesouro Português a cinco anos a subir para 8,813%, um novo máximo de sempre. No mesmo sentido, o juro das obrigações a 10 anos agrava-se para 7,954%, contra os 7,926% registados ontem. Já o juro da linha viva da dívida portuguesa da mesma maturidade mais negociada no mercado avança para 7,831% (ontem fechou nos 7,817%).

Também o diferencial dos títulos a 10 anos face às ‘bunds’ alemãs, indicador conhecido por ‘spread’, tocou um novo máximo de sempre e fixa-se agora nos 467 pontos base, níveis recorde.

Ao mesmo tempo, o preço dos ‘credit-default swaps’ (CDS) sobre obrigações do Tesouro a cinco anos, instrumentos que servem para proteger as posições detidas em dívida portuguesa, desciam 11 pontos para negociar nos 549 pontos base. O alívio na percepção de risco de incumprimento de Portugal pode sinalizar que o mercado está a antecipar um pedido de resgate.

MRA Alliance/DE

Portugal planeia novas emissões de dívida apesar de juros recorde

terça-feira, março 29th, 2011

Dentro de dias, será divulgado o documento com o calendário das operações de financiamento de Portugal para o segundo trimestre. O Governo reiterou que Portugal tem condições de acesso ao mercado e a entidade que gere o crédito público, o IGCP, prevê apresentar o programa de financiamento da República, onde são definidas as datas e os tipos de operações a realizar, nos próximos dias.

A planificação das operações de financiamento indica que o Estado conta financiar-se nos mercados, posição reiterada pelo Governo nos últimos meses, numa altura em que os juros no mercado secundário não param de bater recordes e aumentam as pressões para Portugal recorrer à ajuda externa. Ontem os títulos a cinco anos atingiram os 8,69% e, a dez anos, a ‘yield’ situou-se em 7,926%, segundo a Bloomberg.

O ministro da Economia, Vieira da Silva, confirmou ontem que, “no momento concreto em que formos confrontados com essas necessidades de financiamento, e face às dificuldades excepcionais que estamos a viver, Portugal deve, mais uma vez, evitar a assistência externa”.

MRA Alliance/DE 

Portugal: Taxa de juro da dívida a 5 anos a caminho dos 9%

segunda-feira, março 28th, 2011

Os indicadores de risco de Portugal voltam a agravar-se. O juro das Obrigações do Tesouro a 5 anos sobe para 8,7%. O índice que mede a taxa cobrada pelos investidores para comprar obrigações do Tesouro (OT) portuguesas a 5 anos avança para 8,7%, depois de ter encerrado a sessão de sexta-feira nos 8,5%.

No mesmo sentido seguiam as OT a 10 anos, que registavam um agravamento para 7,912% e a tendência é a mesma no prazo a 3 anos e 2 anos, com os títulos de dívida pública a subirem para 8,255% e 7,312%, respectivamente. São os valores mais altos desde, pelo menos, a criação do euro.

No universo dos ‘credit-default swaps’ (CDS) sobre Obrigações do Tesouro a 5 anos, os CDS portugueses eram os que registavam a subida mais acentuada no monitor da Bloomberg que acompanha estes indicadores de 156 países, com um avanço de 19 pontos até aos 566,17 pontos.

MRA Alliance/DE

Juros a cinco anos tocam novo máximo nos 8,09%

terça-feira, março 22nd, 2011

juros12.jpgOs juros da dívida portuguesa a cinco anos voltaram esta terça-feira a registar um novo máximo histórico nos 8,09%, na véspera do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) ser debatido no Parlamento e a poucos dias da realização da cimeira europeia.

Esta subida «imparável» dos juros da dívida está relacionada com a iminência de uma crise política, depois de os partidos da oposição terem avisado que deverão chumbar o PEC IV, que vai esta quarta-feira a votos na Assembleia da República. A taxa de juro das Obrigações do Tesouro (OT) a cinco anos segue a negociar nos 8,07%, mas às 13h33 chegou a tocar os 8,09%, o valor mais elevado desde a entrada no euro.

A «yield» destes títulos ultrapassa, assim, o último recorde, que tinha sido fixado na passada sexta-feira nos 8,037%, de acordo com dados da Reuters. Nas restantes maturidades a tendência é semelhante. Os juros das OT a 10 anos avançam para os 7,63%.

O spread, ou seja, a diferença entre o que os investidores cobram para adquirir dívida nacional em detrimento da alemã, que é a que serve de referência, está nos 436,5 pontos base, sendo que os mercados exigem 3,24% de juros na aquisição de títulos alemães.

Na Irlanda e na Grécia, os juros das OT a 10 anos chegaram hoje a subir para os 9,91% e 12,86%, respectivamente.

MRA Alliance/AF

Portugal gastará 16 milhões de euros/dia em juros da dívida em 2011

sábado, março 19th, 2011

Portugal vai gastar 16 milhões de euros por dia em juros da dívida pública em 2011, calcula o BPI. Segundo o banco a verba inscrita no OE pode ser insuficiente para responder aos juros da dívida pública portuguesa. Junho e Outubro são os meses mais críticos.

“Existe alguma probabilidade de que o valor inscrito no Orçamento de Estado não seja suficiente para acomodar os encargos com os juros previstos este ano”, escreve a economista Paula Carvalho, do BPI, num relatório a que o Diário Económico teve acesso.

Nesse documento o BPI calcula que os encargos com os juros da dívida pública vão ascender a seis mil milhões de euros em 2011, o equivalente a cerca de 16,4 milhões de euros por dia. O valor representa 3,5% do PIB português, um agravamento de 0,6 pontos percentuais face aos encargos de 2010.

O Orçamento de Estado de 2011 tem 6,54 mil milhões de euros destinados ao pagamento de juros e outros encargos relacionados com o financiamento do Estado. E nos “outros encargos” é que pode surgir o problema. “Caso os outros encargos tenham um comportamento idêntico a 2010 (250 e 500 milhões de euros em 2009 e 2010, respectivamente), o valor limite para pagamento de juros seria cerca de 6.032 milhões de euros, pelo que a margem face ao OE é praticamente nula”, explica o BPI.

MRA Alliance/DE

Secretário de Estado admite que juros da dívida são insustentáveis a prazo

quarta-feira, março 9th, 2011

A procura no leilão de Obrigações do Tesouro de hoje chegou maioritariamente de estrangeiros, segundo o Ministério das Finanças, o que não impediu o secretário de Estado do Tesouro de considerar que este leilão pagou taxas de juro incomportáveis a prazo.

Numa nota enviada ao PÚBLICO, as Finanças realçam que a dívida hoje leiloada foi contraída a pagar uma taxa de juro perto de 40 pontos-base (0,4 pontos percentuais) abaixo do que é praticado nos mercados secundários, mas mesmo assim o secretário de Estado do Tesouro, Carlos Costa Pina, considerou ser um valor incomportável a prazo.

“São níveis de taxas de juro que não são sustentáveis a prazo, mas ainda são comportáveis no presente, o que reforça a importância das medidas de União Europeia”, concluiu, para especificar que “este nível de taxa de juro continua elevado e tem vindo a ser agravado, implicando a necessidade de um plano europeu de medidas urgentes ao nível do fundo europeu e estabilização do euro”, disse à agência Reuters.

O Estado pagou hoje um juro médio a roçar os seis por cento, numa emissão de Obrigações do Tesouro a dois anos e meio, o que representou uma subida da taxa paga de mais de 45 por cento em seis meses.

Carlos Costa Pina disse no entanto que não vê necessidade de outra ajuda que não seja a da União Europeia. “Acho que não se justifica um bailout [resgate], o que estamos a viver não é um problema ou uma dificuldade específica de Portugal”, que “não precisa de ajuda [externa], precisa é de ajuda de medidas da União Europeia que reponham a confiança dos mercados”, acrescentou.

MRA Alliance

Mercados da dívida atingem novo recorde e penalizam Portugal

segunda-feira, março 7th, 2011

juros_divida11.jpgApós a Moody’s decidir um corte em três níveis do rating da Grécia, os juros exigidos pelos investidores no mercado secundário pelos títulos de dívida soberana portuguesa a cinco e dez anos seguem hoje acima dos 7,5 por cento.

Às 10:04, a yield (remuneração que o investidor diz que aceita para deter dívida com esta maturidade) exigida relativa às obrigações portuguesas a dez anos fixava-se nos 7,56 por cento, de acordo com os dados da Bloomberg, que aponta ainda um spread face aos títulos alemães com a mesma maturidade de 425,2 pontos base.

A taxa genérica (média entre todos os preços indicados pelas instituições que disponibilizam dados a esta agência noticiosa) na linha viva com maturidade a dez anos situava-se nos 7,474 por cento.

A yield exigida pelos títulos com maturidade a cinco anos negociava nos 7,58 por cento, com o spread face à referencial alemã com a mesma maturidade a agravar-se para os 494,1 pontos base. A taxa da linha viva com esta maturidade aumentava para os 7,461 por cento.

Esta manhã, os seguros contra incumprimento (Credit Default Swaps) aumentavam dez pontos base para os 491 pontos base, o que representa um custo anual de 491 mil dólares para segurar dez milhões de dólares de dívida com maturidade a cinco anos.

No caso da Grécia, após o corte em três níveis do rating da sua dívida pela agência de notação financeira Moody’s, o preço dos seus CDS agravava-se 25 pontos base para os 1011 pontos base, e os da Irlanda nove pontos base, para os 583 pontos base.

MRA Alliance/TSF

BCE: Taxas Euribor disparam antecipando subida dos juros em Abril

sábado, março 5th, 2011

Depois de o presidente do Banco Central Europeu (BCE) ter dado a entender que iria subir as taxas de juro de referência já no próximo mês, a Euribor reagiu ontem com uma aceleração acentuada. A taxa a seis meses – a mais utilizada no crédito à habitação em Portugal – registou ontem um dos maiores aumentos de sempre, o maior em quase três anos.

A Euribor a seis meses disparou assim para os 1,475%, o que representa uma subida de nove pontos base em relação à sessão do dia anterior. Desde a sua criação, apenas se registaram oito saltos superiores. O maior de todos foi a 12 de Abril de 2001, quando aumentou 17,7 pontos base. Desde o início do ano, a Euribor nunca tinha aumentado mais que 1,5 pontos. Os 1,475% atingidos ontem são também o valor mais elevado desde Junho de 2009.  Em termos relativos esta é mesmo a maior subida de sempre. Os nove pontos base representam uma variação de 6,5%.

As taxas a três e 12 meses também reagiram ao anúncio de Trichet, subindo para 1,162% e 1,924%, respectivamente. Os valores mais elevados em pelo menos um ano em ambos os casos.

“O mercado está a antecipar o ajuste do BCE. No entanto, ainda não é possível saber se a Euribor vai estabilizar ou se entrámos num novo ciclo de subida”, explicou ao ionline Zinay Pranjizan, técnico da “Deco Proteste”. “Os créditos revistos em Abril ou Maio já terão uma prestação mais elevada, em comparação com os revistos este mês, por exemplo.”

MRA Alliance

BCE impediu que juro da dívida portuguesa chegasse aos 8%

sexta-feira, fevereiro 11th, 2011

A ameaça do FMI voltou ontem a adensar-se sobre Portugal, com os juros da dívida a subirem vertiginosamente rumo aos 8%. Foi necessária a intervenção do BCE, que há já duas semanas não ia ao mercado secundário comprar dívida soberana, para que os investidores começassem a aliviar a pressão sobre os juros portugueses, já no seu máximo histórico de 7,64% para as obrigações do Tesouro a 10 anos, quando a Bloomberg noticiou que a autoridade monetária voltara a adquirir obrigações portuguesas. Os juros acabariam por ficar nos 7,296% no final da sessão, ligeiramente abaixo dos 7,361% a que os títulos com aquela maturidade cotavam na véspera, mas o susto está longe de ultrapassado.

O DN apurou que ontem, durante todo o dia, houve múltiplos contactos entre responsáveis do BCE, do Banco de Portugal e o ministro Teixeira dos Santos. Esta situação de crise impediu, aliás, que o ministro das Finanças pudesse estar presente, como previsto, no debate no Parlamento.

Desde o dia 2 deste mês que os juros das obrigações a 10 anos – as mais comercializadas no mercado secundário e o indicador mais utilizado para medir a confiança dos investidores na capacidade de Portugal saldar os seus compromissos -, então nos 6,901%, não paravam de subir, atingindo ontem a quinta sessão consecutiva acima da limite de 7% fixado pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, para Portugal pedir a ajuda da UE/FMI.

Nas 30 sessões desde o início do ano, os juros portugueses fecharam em metade delas acima dos 7%. No caso da Grécia, bastaram sete dias acima daquela taxa para recorrer ao apoio externo, enquanto a Irlanda esteve 15 dias a fechar acima dos 7% antes do pedido formal de ajuda à UE/FMI.

MRA Alliance

China sobe taxas de juro para conter inflação

domingo, dezembro 26th, 2010

A China aumentou ontem as taxas de juro 0,25 pontos percentuais. É a segunda vez em dois meses que o Banco Popular da China sobe as taxas de juro para combater as pressões inflacionistas. 

Os juros anuais dos empréstimos e dos depósitos estão agora em 5,81% e 2,75%, respectivamente, indicou o banco emissor chinês.

Em Outubro passado, pela primeira vez em quase três anos, o banco central chinês tinha aumentado as taxas de juro em 0,25 pontos percentuais.

MRA Alliance/Diário do Povo

Juros da dívida dos bancos portugueses já ultrapassam os 10%

quinta-feira, novembro 25th, 2010

Os juros cobrados na dívida dos bancos portugueses estão a disparar, devido ao agravamento do risco de Portugal que está a provocar uma fuga dos investidores em activos nacionais. As taxas das obrigações a cinco anos do BES e do BCP ultrapassaram ontem os 10%.

Segundo dados da Bloomberg, a “yield” média da linha de obrigações do BES que vence em Junho de 2014 tocou ontem os 10,62%. Já uma linha semelhante do BCP, que atinge o prazo em Abril do mesmo ano, ascendeu aos 10,40%.

Contactados pelo Jornal de Negócios, os bancos portugueses optaram por não comentar a subida dos juros.

MRA Alliance

Estado emitiu dívida com juros no máximo histórico de 6,8 por cento

quarta-feira, novembro 10th, 2010

O Estado português endividou-se hoje a uma taxa média de 6,8 por cento para Obrigações do Tesouro a dez anos, o valor máximo desde que existe o euro, representando uma subida de nove por cento face à emissão com o mesmo prazo feita há mês e meio. A procura foi forte.

Esta taxa a dez anos está em linha com a evolução dos juros da dívida portuguesa para o mesmo prazo nos mercados secundários, que nos últimos dias tem estado consistentemente acima de 6,9 por cento, chegando passar momentaneamente os sete por cento ontem, valor a que regressou já hoje de manhã.

Os dois leilões de Obrigações do Tesouro realizados hoje pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP),  organismo gestor da dívida pública) continuaram a ter uma forte procura, que totalizou 2703 milhões de euros para o conjunto das duas emissões, nas quais o Estado queria vender 750 a 1250 milhões de euros, acabando por se ficar por 1242 milhões.

Foram colocados 686 milhões de euros a dez anos e 556 a seis anos, neste caso com um juro médio de 6,156 por cento. Este juro representa uma dramática subida de 40,8 por cento da taxa cobrada, face á última emissão a seis anos, feita em 25 de Agosto.

MRA Alliance/Público

Portugal vai endividar-se ao preço mais elevado desde 1999

segunda-feira, novembro 8th, 2010

Portugal vai enfrentar forte concorrência de outros Estados no leilão da dívida soberana agendado para esta semana. O Estado prepara-se para pagar pela última emissão de obrigações do Tesouro deste ano, na quarta-feira, o juro mais elevado desde a sua entrada na Zona Euro.

A julgar pelo preço a que estão a ser negociados os títulos de dívida no mercado, o custo do financiamento a 10 anos deverá superar os 6,242% pagos no final de Setembro, antecipa David Schnautz, um analista do Commerzbank, em Londres.

“Os juros devem ser muito superiores, inclusivamente, aos 6% que a Irlanda teve de pagar numa emissão a oito anos e depois da qual cancelou os leilões agendados até ao final do ano”, precisou o especialista.

MRA Alliance/Agências

Portugal tem de pagar 19,7 mil milhões em juros da dívida pública até Junho

sábado, novembro 6th, 2010

Analistas estão preocupados com o valor de dívida que Portugal terá de refinanciar na primeira metade de 2011. Os juros da dívida nacional bateram máximos históricos esta semana, mas o mercado teme que o primeiro semestre do próximo ano seja ainda mais difícil.De acordo com dados do IGCP, Portugal tem de pagar obrigatoriamente aos credores 25,6 mil milhões de euros em Obrigações e Bilhetes do Tesouro que vencem em 2011, sendo que 19,7 mil milhões se vencerão até Junho.

O contexto político que Portugal vai viver nos primeiros meses do próximo ano, com o Presidente da República inibido de convocar eleições até Março, quando toma posse, poderá alimentar o nervosismo dos mercados, o que seria fatal para o País e aumenta os riscos de ser necessário recorrer à ajuda da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional.

Portugal além de emitir dívida para financiar estes títulos cuja maturidade vence em 2011, terá de fazer face às suas necessidades líquida de financiamento que, no próximo ano, ascendem a 10,74 mil milhões de euros, dos quais 10,51 mil milhões são para financiar o défice, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado para o próximo ano. O que tornará a dependência dos mercados internacionais ainda maior.

Segundo o FMI, 15,5% da riqueza gerada em Portugal no próximo ano terá de ser utilizada a pagar empréstimos, acima dos 11,6% do PIB utilizados este ano para amortizar dívida. O Fundo considera o valor “elevado”.

MRA Alliance/DE

Banca: ‘Spreads’ têm novas regras a partir de segunda-feira

sábado, outubro 30th, 2010

A partir de segunda-feira, quem pretenda contratar um crédito à habitação terá o direito de ser informado sobre qual o ‘spread’ aplicado com e sem a contratação de produtos adicionais. Ou seja, o banco terá de colocar por escrito qual o ‘spread’ base, tendo em conta o perfil de risco do cliente e o rácio financiamento/garantia, e qual o ‘spread’ aplicável caso pretenda subscrever outros produtos, como seguros, domiciliação de ordenados ou cartão de crédito.

Assim, no momento em que o cliente pretenda desistir de algum destes produtos, ou o banco detecte o incumprimento destas obrigações, o ‘spread’ aplicável será obrigatoriamente o ‘spread’ base constante do contrato. Uma medida que vem pôr fim a situações de abuso de mercado.

MRA Alliance/DE

Portugal: Juros da dívida pública descem antes de emissão do Tesouro

quarta-feira, outubro 27th, 2010

Os juros das obrigações portuguesas estão a descer e o prémio de risco da dívida cai, momentos antes da primeira emissão de dívida pública desde que foi proposto o Orçamento do Estado.

O Estado português vai hoje leiloar dívida pública, numa emissão com um montante indicativo de 750 milhões de euros a 1,250 mil milhões. Em leilão vão estar a OT 3,6% com maturidade em Outubro de 2014 e a OT 4,45% de Junho de 2018. Serão colocados um mínimo de 300 milhões de euros em cada linha.
 

Os juros da dívida soberana a 10 anos recuam 1,9 pontos base para 5,617%, enquanto na maturidade de cinco a descida é de 3,9 pontos para 4,337%. Já nos títulos com maturidade a dois anos, a remuneração da dívida ascende 1,4 pontos base para 2,993%.

Já na dívida alemã, que serve de referência para a Europa, a “yield” das obrigações está a agravar-se nas várias maturidades, o que leva a que o prémio de risco que os investidores exigem para deter obrigações portuguesas diminua.

O prémio de risco da dívida portuguesa com maturidade a 10 anos recua dos 312,9 pontos base que o mercado exigia ontem, para 306,7 pontos. Uma redução de 6,2 pontos base no dia em que o Estado português vai leiloar dívida pública pela primeira vez, desde a apresentação da proposta do Orçamento do Estado.

MRA Alliance/JdN

China sobe taxas de juro pela primeira vez em três anos

terça-feira, outubro 19th, 2010

O banco central chinês subiu hoje as taxas de juro de referência para travar as pressões inflacionistas e a expansão de bolhas especulativas no mercado imobiliário. A decisão surge depois de a taxa de inflação ter acelerado para 3,5% em Agosto, atingindo o valor mais elevado em quase dois anos.

A taxa de juro a que o banco central remunera os depósitos da banca subiu de 2,25% para 2,5%. Já a taxa de cedência de liquidez aumentou de 5,31% para 5,56%.


A última vez que as autoridades monetárias chinesas subiram as taxas de referência foi em Dezembro de 2007.

Este aumento tenderá a desacelerar a pressão no sector imobiliário, onde os preços têm vindo a subir fortemente, mas poderá encorajar o ingresso de capitais estrangeiros especulativos.

MRA Alliance/JdN

Juros da dívida portuguesa a 10 anos baixaram quase 1%

terça-feira, outubro 19th, 2010

Os juros exigidos pelos investidores para comprar dívida portuguesa a dez anos estão quase 1% abaixo do máximo histórico que atingiram a 28 de Setembro. Pelas 10.30 horas, o juro para os títulos de dívida soberana a 10 anos era hoje de 5,55%, de acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, um valor que já não era atingido desde inícios de Setembro.

Este valor representa uma diferença de quase 1% face ao máximo histórico atingido a 28 de Setembro (6,512%).  

Os juros têm vindo a ceder desde a apresentação pelo Governo do novo pacote de medidas de austeridade – que inclui um aumento do IVA para 23% e cortes nos salários dos funcionários públicos – formalizado na proposta de Orçamento do Estado.  

Em relação aos juros a dez anos da Irlanda, país com que Portugal é frequentemente comparado, esta manhã os juros exigidos para comprar os títulos irlandeses era de 6,12%.

MRA Alliance/JN

Taxas Euribor aceleram em todos os prazos

quarta-feira, outubro 13th, 2010

A Euribor a seis meses, a mais usada no cálculo dos juros do crédito à habitação, subiu hoje para 1,209%, o nível mais elevado desde Julho de 2009, tal como o prazo a 12 meses, que avançou para 1,480%.

A taxa a três meses, que serve de referência no cálculo dos juros dos Certificados de Aforro, subiu pela 13ª sessão consecutiva, fixando-se nos 0,985%, também um máximo de 15 meses.

A tendência de subida das taxas Euribor deverá acentuar-se à medida que os respectivos prazos das taxas se forem aproximando da possível subida nos juros de referência.

Total da dívida nacional a curto prazo disponível no mercado

quarta-feira, outubro 6th, 2010

A totalidade do montante da dívida nacional a curto prazo foi colocada no mercado, esta quarta-feira, pelo Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público. O IGCP tornou disponíveis 500 milhões de euros em dívida a um ano com um juro de 3,333 por cento. O valor dos juros é menor do que o registado na operação semelhante realizada há três semanas (3,369 por cento).
 
A empresa que gere o crédito público português pagou, no prazo a três meses, uma taxa média de 1,595 por cento, contra 0,994 por cento pagos em Agosto, emissão em que também foram colocados 500 milhões de euros previstos.
 
Assim sendo, a totalidade de notas de dívida a curto prazo foi de mil milhões de euros. Nas maturidades a três e 12 meses, a procura ultrapassou a oferta em cerca de três vezes, 3,0 e 2,8 respectivamente, revelando uma melhoria face a emissões anteriores.
 
Os juros da dívida nacional registam recuos ligeiros, depois de uma subida na terça-feira, pela primeira vez desde a passada semana, após o Governo ter anunciado o pacote de medidas de austeridade para 2010 e 2011.

MRA Alliance/Fábrica de Conteúdos

Dólar em forte queda após baixa das taxas de juro japonesas

quarta-feira, outubro 6th, 2010

O dólar caiu fortemente ontem em relação ao euro e recuou para o menor nível ante o iene desde a recente intervenção do governo japonês nos mercados de câmbio, refletindo a reação dos investidores ao anúncio do Banco do Japão (BoJ) de que reduziu a taxa básica de juros para uma faixa entre 0% e 0,1% e que decidiu criar um novo fundo para comprar diversos tipos de ativos.

“O BoJ está agindo preventivamente antes do Federal Reserve, porque eles acreditam que os EUA devem tomar uma medida semelhante no encontro dos dias 2 e 3 de novembro”, disse Andrew Busch, estrategista global de câmbio da BMO Capital Markets. Os investidores têm fugido do dólar por acreditarem que o Federal Reserve está mais propenso a adotar outra série de compras de ativos para estimular a economia, política chamada de “afrouxamento quantitativo”.

Durante a sessão, o euro atingiu a máxima de US$ 1,3860, seu maior nível ante a moeda norte-americana desde fevereiro. A moeda comum europeia permanece a líder entre as principais moedas mundiais porque “o Banco Central Europeu parece ser o mais propenso a não recomeçar programas de afrouxamento quantitativo”, disse Aroop Chatterjee, estrategista-chefe de câmbio do Barclays Capital.

MRA Alliance/Estadão

Banco do Japão corta juros para zero

terça-feira, outubro 5th, 2010

O Banco do Japão fixou hoje a taxa de juro para o país entre zero e 0,1%, o que corresponde ao nível mais baixo desde 2006. O preço do dinheiro estava nos 0,1%.

A autoridade monetária anunciou ainda que vai disponibilizar cinco biliões de ienes (43,7 mil milhões de euros) para financiar a compra de obrigações governamentais, entre outros activos, de acordo com a Bloomberg.

MRA Alliance/JdN

Banco de Portugal não se opõe a que bancos alterem ‘spreads’

sexta-feira, setembro 10th, 2010

O regulador do mercado financeiro não vai impedir os bancos de introduzirem nos contratos de crédito à habitação a cláusula que lhes permite alterar o ‘spread’ sem o acordo do cliente e diz que não recebeu reclamações.

Cerca de três semanas após a DECO denunciar que três instituições bancárias estavam a introduzir nos créditos à habitação uma cláusula que permite a alteração da taxa de juro e de outros encargos nos contratos sempre que o mercado o justificar, o Banco de Portugal concluiu a análise e acaba de divulgar as conclusões.Em comunicado, o regulador diz que, apesar de “competir aos tribunais, e não ao Banco de Portugal, nos termos da lei, a apreciação da validade de cláusulas contratuais”, entende que as cláusulas “têm de respeitar princípios de transparência, objectividade e proporcionalidade, a fim de assegurar o equilíbrio da relação contratual”.

E, por isso, “está a preparar um conjunto de orientações sobre as boas práticas que as instituições de crédito devem acolher e seguir sempre que decidam incluir, em contratos de crédito, aquele tipo de cláusulas”.

A entidade liderada por Carlos Costa revela ainda que, apesar das reclamações recebidas pela DECO, o BdP “não tem conhecimento de que as instituições de crédito que incluíram aquele tipo de cláusulas nos contratos de crédito à habitação as tenham invocado em alguma situação concreta”.

E acrescenta que não têm sido identificadas reclamações de clientes bancários relativas à inclusão daquele tipo de cláusulas em contratos.

MRA Alliance/DE

Portugueses vão pagar mais pela prestação da casa a partir de Setembro

quarta-feira, setembro 1st, 2010

Quem tenha um empréstimo de 100 mil euros, a 20 anos, sujeito à Euribor a seis meses, com um ‘spread’ de 50 pontos base, vai ter um agravamento de cerca de 135 euros em Setembro. 

A Euribor a seis meses, a mais utilizada nos empréstimos em Portugal, registou um agravamento de 15 pontos base em Agosto, ou seja, passou de cerca de 1 ponto para 1,15. 

A subida  está relacionada com a política do Banco Central Europeu de restringir o financiamento da banca.

MRA Alliance/RR 

Bancos cobram “spreads” próximos da taxa máxima

sexta-feira, julho 16th, 2010

Os “spreads” máximos cobrados pelos bancos em Portugal podem chegar actualmente a superar os 4%. E as taxas mais elevadas não são cobradas apenas a clientes com maior risco. Numa altura de elevada incerteza e de maiores dificuldades no acesso ao crédito por parte da banca nacional, BCP, BES e Santander Totta estão a cobrar os “spreads” muito próximos das suas taxas máximas, revela hoje o Jornal de Negócios.

A média de “spreads” oferecidos pelos cinco maiores bancos nas simulações realizadas pelo Negócios foi de 2,65%. Este foi o resultado médio para um empréstimo à habitação no valor de 100 mil euros, que representa no caso exposto 80% da avaliação do imóvel, numa operação a 30 anos, para um proponente com a mesma idade.

O valor mais alto foi apresentado pelo BES, de 3,95%. Esta instituição foi uma das que deu a taxa mais próxima do limite máximo de “spreads” praticados (4,40%), já com domiciliação de ordenado e a subscrição de oito ou mais produtos. A diferença face à taxa máxima é de 0,45%, igual à da simulação realizada no Santander Totta.

Esta última instituição foi, ainda assim, a que ofereceu o “spread” mais baixo entre os cinco bancos consultados. A justificação reside no facto do Santander Totta estar integrado num grupo internacional com acesso a financiamento mais barato, quando comparado com instituições portuguesas. O Santander ofereceu um “spread” de 1,85%, o que compara com o máximo de 2,3%.

Mas o BCP foi mesmo o banco que se aproximou mais da sua taxa máxima, no “spread” oferecido de 3% (ver tabela). No extremo oposto surgem a CGD e o BPI, com “spreads” mais perto das taxas mínimas. O BPI ofereceu mesmo a segunda taxa mais baixa, e a CGD surge em terceiro lugar.

A diferença de “spreads” é ainda mais relevante se tivermos em consideração os total de encargos. No caso do BPI, um “spread” de 2% corresponde a uma prestação de 407,08 euros para um empréstimo de 100 mil euros a 30 anos. O que corresponde a um encargo anual de 4.884,96 euros, menos de 800 euros do que o custo anual por ano da proposta do BCP, ou seja são quase menos duas prestações.

MRA Alliance

Taxas Euribor a três e seis meses renovam máximos de Outubro

segunda-feira, junho 21st, 2010

As taxas Euribor voltaram a subir em todos os prazos, com os indexantes do crédito à habitação de três e seis meses a renovarem novos máximos de Outubro. Hoje é a sexta sessão consecutiva em que as taxas sobem na generalidade dos prazos.

A Euribor de três meses avançou pela décima sexta sessão consecutiva para 0,733% e a taxa interbancária de seis meses subiu para 1,019%. Na maturidade de um mês, os custos de financiamento interbancário também subiram, saldando-se nos 0,447%.

No período de nove meses, a taxa subiu para 1,160% e a Euribor de 12 meses avançou para 1,289%.

As taxas Euribor têm subido na generalidade dos prazos desde Abril, a reflectir a tensão que se vive no mercado de dívida europeu. A incerteza quanto à exposição dos bancos à dívida que incorre em risco de incumprimento ou de reestruturação está a deixar os bancos reticentes em financiarem-se uns aos outros, impulsionando as taxas que eles cobram para se financiarem mutuamente.

MRA Alliance/JdN

Euribor tem o maior ciclo de subida em 21 meses

quinta-feira, junho 17th, 2010

As taxas Euribor voltaram hoje a acelerar em todos os prazos e negoceiam em máximos do ano, uma notícia negativa para famílias e empresas. O prazo a 6 meses está acima de 1%.A Euribor a seis meses, a mais usada no cálculo dos juros do crédito à habitação, foi a que mais cresceu, fixando-se nos 1,011%, o valor mais elevado desde Outubro de 2009. O mesmo sucede com o prazo a 12 meses, que subiu para 1,281%. Já a maturidade a três meses, a referência nos empréstimos às empresas, avançou para 0,729%. É o maior ciclo de subidas deste indexante desde Outubro de 2008.

As Euribor seguem habitualmente a taxa de juro de referência do BCE e influenciam directamente a prestação da casa e os empréstimos concedidos pelos bancos às empresas.

Os responsáveis de política monetária da zona euro decidiram na semana passada manter a taxa de juro no mínimo recorde de 1% pelo décimo terceiro mês consecutivo.

MRA Alliance/DE

Juros descem e acções sobem com emissão de dívida espanhola

quinta-feira, junho 17th, 2010

As acções espanholas estão a subir mais de 1% e os juros da dívida espanhola estão a descer, depois de o Tesouro espanhol ter colocado 3,48 mil milhões de euros de dívida pública no mercado, atingindo o objectivo estabelecido, o que acalmou os mercados. Os juros das obrigações espanholas a dez anos descem 11 pontos base e a praça madrilena IBEX 30 avança 1,31% para 9.811,70 pontos, depois da colocação de obrigações no mercado, em que o país atingiu o objectivo máximo de financiamento definido para a emissão de hoje.

A Espanha realizou esta manhã duas emissões de dívida pública, colocando no mercado 3 mil milhões de euros em obrigações a 10 anos e 479,2 milhões de euros em obrigações a 30 anos. Espanha pagou um juro de 4,864% na emissão de obrigações a 10 anos, o que representa um aumento face juro de 4,045% pago numa emissão semelhante realizada a 20 de Maio.

A procura atingiu 5,65 mil milhões de euros, quase duplicando a oferta. Na emissão de 30 anos, Espanha pretendia colocar 500 milhões, mas vendeu apenas 479,2 milhões de euros. Isto apesar de a procura ter superado a oferta em mais de duas vezes. O juro pago nesta emissão de dívida a 30 anos foi de 5,908%, em linha com o juro praticado no mercado secundário.

“A forte procura de obrigações espanholas deve ajudar a restaurar a confiança”, disse o estratega da Société Générale, Ciaran O’Hagan à Bloomberg. “A boa procura só foi possível depois da descida das obrigações espanholas nos últimos dias”, lembrou o especialista.

O prémio que os investidores exigem para deter dívida espanhola em vez da alemão desceu para 209,4 pontos base depois da venda. Uma diferença inferior aos 221 pontos que atingiu ontem, ao registar um novo máximo da história da moeda única.

MRA Alliance/JdN