Archive for the ‘Israel’ Category

Turquia prestes a cortar relações com Israel

segunda-feira, julho 5th, 2010

Ahmet Davutoglu - MNE da TurquiaDepois do corte do espaço aéreo turco a Israel, o governo de Ancara ameaça agora o fim das relações entre os dois países, caso Telavive não peça desculpas pelo ataque de 31 de Maio a um navio turco com ajuda humanitária para Gaza. A ameaça foi feita por Ahmet Davutoglu, ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, ao jornal Hürriyet.

O governante exigiu um pedido de desculpas ou então a aceitação por parte dos israelitas das conclusões de uma comissão de inquérito internacional. Em caso de recusa, «as relações serão cortadas» precisou Davutoglu. No ataque israelita morreram nove pessoas, na sua maioria cidadãos turcos.

Em sinal de protesto, a Turquia reduziu ao mínimo as relações dimplomáticas e comerciais com Israel, cancelou manobras militares conjuntas e fechou o seu espaço aéreo aos voos militares do Exército judaico. O ministro turco avançou a possibilidade de caso “Israel não dê os passos adequados, o processo de isolamento continuará” podendo culminar co encerramento do espaço aéreo turco a voos civis israelitas.

O novo aviso da Turquia foi feito escassos dias depois de uma reunião secreta, em Bruxelas, entre Davutoglu e o ministro do Comércio israelita, Benjamin Ben-Eliezer, para tentar acalmar os ânimos entre dois tradicionais aliados regionais.

MRA Alliance/Agências

Israel rejeita investigação da ONU sobre incidentes com activistas turcos

segunda-feira, junho 7th, 2010

Turquia - Funeral das vítimas do ataque israelita a barco com ajuda humanitária para GazaO primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou a proposta do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, para criar uma comissão internacional para investigar o ataque contra uma frota de barcos que levava ajuda humanitária a Gaza, na semana passada. Nove ativistas morreram, sendo oito turcos e um americano de origem turca.

A comissão seria presidida pelo ex-primeiro-ministro da Nova Zelândia, Geoffrey Palmer, e incluiria representantes de Israel, Estados Unidos e Turquia.

Segundo as agências internacionais, as autoridades israelitas não aceitaram as investigações externas, alegando que o país tem o direito de se investigar a si próprio.

MRA Alliance/Agências

Israel recusa comissão de inquérito internacional

sexta-feira, junho 4th, 2010

Manifestação na Turquia contra incidente com IsraelIsrael recusou ontem uma resolução do Conselho de Direitos do Homem da ONU, em Genebra, que aprovou um inquérito internacional ao incidente da flotilha interceptada pela marinha israelita. O ataque ocorreu segunda-feira, em águas internacionais, quando os seis navios se dirigiam para Gaza com ajuda humanitária.

Na abordagem do Mavi Marmora por comandos navais israelitas morreram nove pessoas, oito turcos e um cidadão americano de origem turca, de 19 anos e que foi abatido com quatro tiros. Os EUA querem um inquérito sobre este caso. Na ocasião, foram detidos os activistas, entretanto expulsos. Ontem, em Istambul, começaram os funerais das vítimas (todas feridas por balas) e houve cenas de grande emoção.

Os EUA votaram derrotados contra a resolução da ONU, apesar do apoio da Holanda e Itália. França e Reino Unido abstiveram-se. Em Washington, o porta-voz do Departamento de Estado adiantou que Israel é capaz de uma investigação adequada. “Israel pode conduzir um inquérito justo, transparente e credível? A resposta é sim”, disse Philip Crowley, em nome da diplomacia americana.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já recusou as críticas internacionais e, num discurso pela televisão, prometeu manter o bloqueio a Gaza, numa altura em que os árabes tentam desafiar as restrições, acusando os críticos de “hipocrisia”.

MRA Alliance/DN

Estado palestiniano continua uma miragem após discurso de Netanyahu

segunda-feira, junho 15th, 2009

O primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, num discurso proferido ontem na universidade Bar-Ilan, no qual disse aceitar “com condições prévias” a criação de um Estado independente palestiniano, desencadeou reacções antagónicas dentro e fora de Israel e reforçou a ideia de que o fim do conflito israelo-palestiniano é um sonho com remotas hipóteses de concretização nos próximos anos.Em resposta ao discurso que o Presidente norte-americano, Barack Obama, dirigiu ao mundo árabe há duas semanas atrás, no Cairo, ontem Netanyahu disse que apoia a criação de um Estado palestiniano desde que previamente desmilitarizado, sem espaço aéreo soberano, e apenas se Israel for reconhecido como um Estado judaico. Por outro lado, garantiu que Israel não negoceia com os guerrilheiros do Hamas e prometeu que não serão construídos mais colonatos. Finalmente, exigiu que Jerusalém seja a capital de Israel, e apenas de Israel, tornando praticamente impossível qualquer acordo com os seus vizinhos árabes.

Os palestinianos reagiram indignados. “Netanyahu quer matar qualquer possibilidade de paz”, comentou à Reuters o conselheiro da Autoridade Palestiniana, Yasser Abed Rabbo. No entender do político palestiniano, a comunidade internacional “deve isolar” o primeiro-ministro judaico e pressioná-lo “para que adira à legitimidade internacional e ao Roteiro de Paz”, concebido pelos Estados Unidos em 2003.

Por seu turno, os porta-vozes dos 300 mil colonos israelitas da Cisjordânia reagiram asperamente e continuam firmes na recusa da criação de um Estado para os habitantes da Palestina. Irritados com as pressões americanas para que o governo israelita ponha fim aos colonatos e aceite a velha fórmula “Duas Nações, Dois Países”, os colonos e a extrema-direita israelita encheram as ruas de Telavive com cartazes de Barack Obama, vestido de árabe e alusões ao seu antisemitismo. 

O sector moderado da sociedade judaica reagiu com dureza e sem ilusões às propostas de Netanyahu. Assinado por Akiva Eldar, o diário israelita “Ha’aretz” publicou um artigo no qual o primeiro-ministro israelita é acusado de fazer “regressar o Médio Oriente aos dias do ‘eixo do mal’ do Presidente George W. Bush”. Netanyahu fez um discurso patriarcal, colonialista, na melhor das tradições neo-conservadoras: os árabes são os tipos maus, ou na melhor das hipóteses, uns terroristas ingratos; os judeus, claro, são os bons, pessoas racionais que precisam de cuidar das suas crianças”. “A exigência de que os palestinianos reconheçam Israel como um Estado do povo judeu não deixa uma brecha para uma reconciliação com os cidadãos árabes do país”, rematou Eldar.Nos Estados Unidos e na Europa as reacções oficiais ignoraram a realidade no terreno e apoiaram o tom e o conteúdo do discurso do líder israelita. “Um importante passo em frente”, foi como a Casa Branca reagiu em comunicado. Segundo a agência francesa AFP, Obama é “favorável a uma solução de dois Estados, um Estado judaico em Israel e um palestiniano independente, na terra histórica de dois povos”. “Ele acredita que esta solução deve garantir a segurança de Israel e satisfazer as aspirações legítimas dos palestinianos a um Estado viável, e saúda o facto de Netanyahu ter adoptado este objectivo”, sublinha a agência.

A União Europeia foi mais prudente. “Na minha opinião, este é um passo na direcção certa. A aceitação de um Estado palestiniano está lá presente”, comentou o ministro checo dos Negócios Estrangeiros, Jan Kohout. Para o seu homólogo Carl Bildt, da Suécia, que em Julho herdará da República Checa a presidência rotativa da UE, trata-se de “um pequeno passo em frente”.

MRA Alliance/Agências

ONU: Ban Ki-moon vai pedir à AG para expulsar Israel da organização

sexta-feira, maio 15th, 2009

Esta transcrição do discurso publicada em 15-05-2009 pelo jornal News from Jerusalem foi retirada no dia 16-05-2009 com a explicação de “falha na autenticação da fonte”. Pelos vistos, mais uma manobra de desinformação. Esta interessou a quem? O nosso texto aqui fica. Para que conste.

MRA Alliance/pvc

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, fez um violento ataque contra Israel durante a Assembleia Geral da organização, na segunda-feira, em Nova Iorque, e anunciou que vai iniciar os procedimentos para solicitar a sua expulsão como Estado-membro por crimes de guerra e genocídio do povo palestiniano. Por ocasião do 60º aniversário da ONU, Ban condenou a forma como foi feita a partilha da Palestina, em 1947, à revelia e contra a vontade das populações e povos árabes mas satisfazendo inteiramente os interesses sionistas. 

De acordo com a transcrição do discurso publicada hoje pelo jornal News from Jerusalem, Ban sublinhou que “o terrorista para um país é o herói revolucionário para um outro . Alguns insistem que os terroristas são contra a democracia, mas todos já vimos democracias comportarem-se como terroristas.” 

O Secretário-geral citou a Resolução 273 da AG da ONU – nunca reconhecida pelo governo judaico – segundo a qual Israel foi admitido na organização “sob a condição de garantir a todos os palestinianos o direito de regressarem às suas casas e a serem indemnizados por perdas materais de acordo com o parágrafo 11 da Resolução 194, da Assembleia Geral. É excusado dizer que Israel nunca cumpriu aquelas condições, nem nunca teve intenção de as cumprir.

Durante 60 anos, Israel violou as condições de adesão, e durante 60 anos a ONU nada fez. Limitou-se a assistir à forma como Israel infligiu repetidos sofrimentos ao povo da Palestina e violou impunemente o direito internacional.”

O “Plano de Partilha” da Palestina, segundo Ban, foi completamente ilegal e constitui uma violação da Carta da ONU, pois a organização “não tem o direito nem os poderes para tirar território a um povo para o dar a outro.”

O SG da ONU disse ser sua vontade restituir legitimidade política e moral à organização que, em seu entender, “não pode satisfazer os seus desígnios de paz e justiça enquanto fizer vista grossa a crimes de guerra – factos que acontecem sempre que é permitido a Israel violar os termos e  condições de adesão [à ONU].”

Ban Ki-moon informou a Assembleia Geral sobre os seus futuros actos: “Como recém eleito Secretário-geral, prometo que a ONU não continuará a ter uma atitude passiva e facilitadora do genocídio. Por isso, vou pedir à AG para realizar uma sessão especial, tão rapidamente quanto possível, para retirar a Israel o estatuto de Estado-membro. (…) Uma vez que Israel está a violar as condições de adesão, pelo que não é um membro cumpridor, confere legitimidade à ONU para declarar nula e sem efeito a Resolução 273. Dado que a filiação de Israel depende da sua adesão àquela resolução a respectiva expulsão é automática.”

A finalizar, Ban Ki-moon rematou: “Nada do que a ONU possa fazer terá valor enquanto este membro ilegítimo ocupar um lugar na Assembleia Geral. Eu quero que a ONU tenha mérito. Conto com o vosso apoio.”

Até hoje, o discurso do SG das Nações Unidas foi completamente ignorado pelos principais meios de comunicação do Ocidente e não mereceu qualquer comentário por parte dos líderes da comunidade internacional, nem do governo israelita.

MRA Alliance/News from Jerusalem (pvc)

Israel atacou deliberadamente a ONU em Gaza, acusa Ban Ki-moon

terça-feira, maio 5th, 2009

Ban Ki-moonO secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse hoje que Israel mentiu sobre os ataques a escolas e a instalações da ONU durante a recente ofensiva militar na Faixa de Gaza e exigiu uma indemnização. Um dos ataques matou mais de 40 pessoas. Porém, durante os 22 dias que durou a operação militar israelita 99% das vítimas (1300) foram civis e paramilitares palestinianos e 1% (13) soldados judeus. 

Ban adiantou que uma investigação da ONU provou que armas israelitas – algumas contendo fósforo branco – foram a “causa indiscutível” dos ataques a várias escolas, a uma clínica médica e à sede da organização multilateral, em Gaza.

A primeira das 11 recomendações do relatório sugere que a ONU demonstre a falsidade das informações prestadas pelas autoridades hebraicas e desminta frontalmente a versão judaica de que os disparos foram efectuados de duas instalações das Nações Unidas. Outra das recomendações aconselha a ONU a exigir o pagamento de uma indemnização para compensar os prejuízos provocados pela violência israelita.

Israel nega ter atacado intencionalmente as instalações e disse ter sido forçado a agir contra militantes palestinianos que usavam edifícios e áreas com civis para se esconderem. Israel acusou a ONU ter ignorado, no relatório final, as abundantes informações fornecidas pelo governo judaico.

O vice-embaixador de Israel na ONU, Daniel Carmon, qualificou o relatório como “tendencioso” e “parcial”. Carmon acrescentou que a comissão estava a “trair” a confiança de Israel por ter extravasado o âmbito das investigações.

Israel lançou a ofensiva em Gaza em 27 de Dezembro, com o objectivo de parar os ataques com foguetes, alegadamente lançados por militantes islâmicos, a partir de Gaza.

MRA Alliance/Agências

Israel lidera boicote à Conferência sobre Racismo

segunda-feira, abril 20th, 2009

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon,  abriu hoje em Genebra a segunda edição de uma Conferência sobre o Racismo (Durban II) marcada pelo boicote dos EUA e de vários países do Ocidente. A presença do presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad,  levou a Casa Branca a alertar contra o antagonismo “hipócrita” face a Israel. Ki-moon ripostou com a equiparação entre anti-semitismo e “islamofobia”.

A abertura do púlpito de Durban II ao Presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad, assumido crítico do Estado hebraico e dos pressupostos do Holocausto é o argumento utilizado para o boicote por todos os países aliados de Israel.

A diplomacia israelita, muito activa nas últimas semanas, conseguiu os seus objectivos: esvaziar politicamente a reunião destinada a dar sequência à Cimeira de Durban, organizada há oito anos na África do Sul. Um total de oito nações do flanco ocidental fica à margem dos trabalhos de Genebra em solidariedade com Israel – EUA, Alemanha, Polónia, Holanda, Itália, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. A França faz-se representar em Genebra por uma delegação diplomática de segunda linha, à semelhança da Grã-Bretanha e da República Checa.

A posição da administração Obama foi conhecida no sábado. Apesar de os diplomatas responsáveis pelo projecto de declaração final terem mantido uma referência à memória do massacre de seis milhões de judeus às mãos do regime nazi, a Casa Branca dissociou-se da iniciativa das Nações Unidas. Já o fizera em 2001, quando a delegação da administração Bush/Cheney abandonou Durban perante a tentativa de equiparar o anti-semitismo a um fenómeno racista.

O ministro francês dos Negócios Estrangeiros Bernard Kouchner, ameaçou que ao menor sinal de ataque anti-semita no discurso a proferir por Mahmud Ahmadinejad ditará o abandono precoce dos representantes franceses.

Antagonismo “hipócrita e contraproducente”

Ao demarcar-se de Durban II, o Presidente norte-americano, Barack Obama, escudou-se no argumento de que os Estados Unidos não podem estar associados a uma iniciativa aberta a dirigentes com posições anti-semitas, nomeadamente o Presidente do Irão, para quem o Holocausto não passou de um logro de assinatura sionista. A Casa Branca teme que os trabalhos da Cimeira das Nações Unidas, a decorrer até sexta-feira, redundem num palco de antagonismo “hipócrita e contraproducente” para com o Estado hebraico.

O mesmo receio alastra-se aos aliados europeus dos Estados Unidos. No entanto, a União Europeia divide-se entre a via do boicote e a solução de compromisso do Governo francês. Uma cisão condenada de viva voz pelo ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Franco Frattini: “Agir como uma testemunha silenciosa não compensa, apenas nos arriscamos a ser cúmplices”.

No entender das organizações não-governamentais, a polémica em torno de Mahmud Ahmadinejad reúne todas as características de uma manobra de diversão. Até porque o problema não está na presença do Presidente iraniano, ou no dossier do conflito israelo-palestiniano, mas antes na “intolerância” e na “discriminação” dos países ocidentais face à imigração. Isso mesmo foi reafirmado à RTPN por Mamadou Ba, dirigente da SOS Racismo em Portugal.

Israel intensifica manobras diplomáticas

No discurso de abertura da Cimeira de Genebra, o secretário-geral das Nações Unidas procurou resgatar Durban II a um fracasso que as ONG dizem ser inevitável. Depois de fazer a apologia do “equilíbrio” emprestado ao projecto de declaração final, Ban Ki-moon disse estar “profundamente desapontado” com a ausência de “algumas nações que, por direito próprio, deveriam ajudar a criar o caminho para um futuro melhor”.

Ban Ki-moon exortou também a comunidade internacional a unir esforços contra a ameaça de uma intolerância em crescendo, sobretudo no contexto da crise económica e financeira. Quanto ao racismo, o combate deve ser travado contra todas as formas do fenómeno, incluindo o anti-semitismo e a mais recente “islamofobia”.

Israel não desarma. Já esta segunda-feira, no início da reunião semanal do Conselho de Ministros, o chefe do Executivo israelita voltou a condenar o convite enviado ao Presidente iraniano, que apodou de “negacionista” e “racista”.

“No momento em que nos preparamos para lembrar as vítimas da Shoah, uma conferência que se propõe lutar contra o racismo acolhe um racista e um negacionista da Shoah que não esconde a sua intenção de erradicar Israel do mapa”, declarou Benjamin Netanyahu. Israel, afirmou o sucessor de Ehud Olmert, “felicita os países que decidiram boicotar o festival do ódio”.

Na mesma linha, o ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Avigdor Lieberman, sublinhou que o Estado hebraico “não pode ignorar o facto de a conferência, que acolhe um negacionista da Shoah, decorrer precisamente no dia em que o povo judeu lembra os seis milhões de vítimas massacradas pela Alemanha nazi e os seus simpatizantes”.

A última operação da guerra diplomática de Telavive contra Durban II envolve Ilan Legari, embaixador de Israel na Suíça. O Governo israelita convocou o seu representante diplomático em Berna para consultas após um encontro entre o Presidente suíço, Hans-Rudolf Merz, e o homólogo do Irão.

Estudo: “Israelitas apioam racismo”

Em Março de 2008, a MRA Alliance, divulgou os resultados de um estudo segundo o qual o fenómeno do racismo em Israel é uma realidade. “A comunidade israelo-judaica apoia de forma crescente a segregação, discriminação e deportação de árabes israelitas segundo um relatório sobre racismo em Israel, elaborado pelo Mossawa, Centro para a Defesa dos Cidadãos Árabes de Israel, informou o jornal israelita de centro-esquerda Haaretz. O relatório, divulgado publicamente no final do primeiro trimestre, em Nazaré, considera que o conflito israelo-palestiniano influenciou a opinião pública israelita que, crescentemente, defende ideias racistas. O estudo alerta igualmente que vários políticos judeus estão a ganhar influência com base na defesa de posições favoráveis ao ódio racial.” Mais aqui. 

MRA Alliance/RTP

Mossad preferiu perseguir Eichman e largar Mengele

quinta-feira, setembro 11th, 2008

Rafi EitanA Mossad, polícia secreta israelita encarregada da espionagem no estrangeiro, abandonou a captura do oficial nazi Josef Mengele para garantir o sequestro de Adolf Eichman, em Buenos Aires, nos anos 60, revelou o ex-chefe da organização e actual ministro dos Pensionistas, Rafi Eitan, ao jornal “Jerusalem Post“. Eichman foi oficialmente apontado como o principal responsável da “solução final” – o programa de extermínio de populações não arianas durante o regime de Adolf Hitler. “A pergunta era se devíamos realizar as duas operações ao mesmo tempo”, disse Eitan, membro do comando que actuou na capital argentina. “Tendo Eichmann nas mãos, não queria perdê-lo”, foi a sua justificação. Mengele, o “Anjo da Morte”, nunca foi julgado pelas alegadas experiências com judeus e ciganos encarcerados em Auschwitz. Após a captura de Eichmann, a Mossad disse ter perdido a pista de Mengele, falecido no Brasil, em 1979. Eitan, de 81 anos, foi um dos agentes da Mossad envolvidos no planeamento e execução do ataque ao reactor nuclear iraquiano de Osirak, em 1981, e liderou a operação de desvio e confisco do armamento alemão fornecido ao Egipto, em meados dos anos 60. MRA/Agências

Israel: Vice-primeiro ministro suspeito de ser criminoso de guerra

terça-feira, setembro 9th, 2008

O professor de direito David Kretzmer exigiu ao Procurador-Geral de Israel a abertura de uma investigação criminal sobre alegados crimes de guerra perpetrados pelo vice-primeiro-ministro e ministro dos Transportes Shaul Mofaz (na foto), quando desempenhou o cargo de chefe do Estado-Maior judaico. A notícia foi publicada ontem pelo diário britânico “The Independent“. Kretzmer, professor de direito internacional da Universidade de Jerusalém, solicitou à procuradoria hebraica a abertura de um inquérito judicial sobre factos ocorridos em Maio de 2001, por ocasião da Segunda Intifada. O candidato à substituição do primeiro-ministro Ehud Olmert – que vai abandonar o cargo na sequência de um escândalo de corrupção – terá ordenado a matança de “70 palestinanos por dia” , durante uma reunião com membros das forças armadas israelitas. [Existe] a grave suspeita [de que Mofaz] tenha cometido delitos graves, alguns dos quais, pelo menos, se enquadram na categoria de crimes de guerra”, escreveu Kretzmer na carta dirigida ao Procurador-Geral, Menachem Mazuz. O professor baseia o seu pedido em factos relatados pelos jornalistas Raviv Drucker e Ofer Shelah, no livro “Boomerang: The Failure Of Leadership In The Second Intifada”. De acordo com os autores, na referida reunião, e após se ter certificado que a conversa não estava a ser gravada, o general Mofaz terá exigido aos militares a liquidação de 70 palestinianos por dia. Kretzmer sustenta na sua argumentação que a quota de execuções alegadamente sugerida pelo agora vice-primeiro-ministro “viola as leis da guerra”. A carta refere que as notícias publicadas pelo jornal hebraico Haaretz, em 2001 e 2002, levantam suspeitas de Mofaz ter ordenado aos oficiais que atirassem sobre quaisquer palestinianos armados, independentemente da ameaça que representassem para as forças israelitas. MRA Dep. Data Mining

Israel: Olmert demite-se após eleições partidárias em Setembro

quinta-feira, julho 31st, 2008

O primeiro-ministro de Israel Ehud Olmert, actualmente sob investigação por suspeita de envolvimento num alegado caso de corrupção, anunciou ontem num discurso televisionado que se demitirá logo que o partido Kadima escolha o seu sucessor. As eleições partidárias, estão marcadas para final de Setembro. As consequências imediatas do anúncio são a paralisação das negociações de paz Israel-Autoridade Palestiniana e entre Israel e a Síria, mediadas pela Turquia. A saída de cena de Olmert poderá ser o golpe de morte na tentativa do líder hebraico e do presidente George W. Bush, de conseguirem a celebração de acordos de paz israelo-árabes antes de abandonarem os respectivos cargos. Os opositores de Olmert, dentro e fora da maioria parlamentar que apoia o governo, questionam crescentemente a sua legitimidade para fazer concessões históricas a Israel, semelhantes ao que classificam de “humilhante acordo” celebrado com os xiítas libaneses do Hezbollah para a troca de prisioneiros e reféns, realizada há poucas semanas. O chefe do executivo israelita reafirmou no discurso o seu empenhamento no processo de paz mas reconheceu ter perdido margem de manobra negocial desde o início das investigações sobre alegados crimes de suborno, fraude e abuso de confiança, durante os anos em que foi presidente da câmara de Jerusalém e ministro. “A presente campanha de difamação – disse Olmert que inclui pessoas seriamente convencidas das virtudes do Estado e da sua imagem, levantam uma questão que eu não posso ignorar: O que é mais importante? A minha própria defesa ou o bem público?” MRA/Agências

EUA: Obama aprovou ataque israelita contra instalação nuclear síria

quarta-feira, julho 23rd, 2008

O candidato democrata à Casa Branca, Barack Obama, aprovou categoricamente ontem o ataque aéreo de Israel contra uma suposta instalação nuclear síria, em 2007, ao sob o alegado direito de autodefesa do Estado hebreu. O senador de Illinois, durante uma visita a Israel, respondeu “sim” à pergunta da rede americana de televisão CBS sobre a justeza do ataque aéreo israelita, em Setembro passado. “Penso que tinham provas suficientes” de que a Síria construía um reactor nuclear de modelo norte-coreano, destacou Obama. “Os israelitas vivem em num ambiente altamente hostil, e na região muitos proclamam que Israel é um inimigo”, justificou o candidato democrata. A Síria sempre negou que o local atacado pela aviação israelita fosse uma instalação nuclear. MRA/Agências

Pentágono vende USD 4.2 mil milhões em armas e combustível a aliados

quarta-feira, julho 16th, 2008

Míssil AMRAAMO Departamento de Defesa dos Estados Unidos revelou ontem que aguarda autorização do Congresso para vender diverso armamento, bombas, mísseis e combustível, no montante de USD 4.2 mil milhões/bilhões para sete países aliados incluindo Israel, Marrocos e Qatar. O Pentágono informou que o estado judaico poderá adquirir diversos tipos de combustível militar no valor de USD 1.3 mil milhões. Marrocos poderá ser comprador de sistemas AMRAAM (míssil avançado ar-ar de médio alcance) e Sidewinder (míssil ar-ar de curto alcance), bem como vários tipos de bombas, num contrato avaliado em USD 155 milhões . Os principais fornecedores são a Lockheed, Raytheon e a Boeing. O Qatar poderá adquirir apoio logístico e treino para dois aviões de transporte C-17, no valor total de USD 400 milhões. A Boeing será o principal fornecedor. MRA/Agências

Polícia israelita suicidou-se durante a cerimónia de despedida de Sarkozy no aeroporto de Telavive

terça-feira, junho 24th, 2008

Sarkosy - Incidente - Israel (imagens CNN)Um agente policial judeu suicidou-se no aeroporto Ben Gurion, em Telavive, Israel, quando decorria a cerimónia de despedida do presidente francês, Nicolas Sarkozy, de visita ao país desde domingo. Segundo as autoridades judaicas, o incidente foi de imediato interpretado como uma tentativa de assassínio do presidente francês. O porta-voz da polícia Micky Rosenfeld, no entanto, negou tais suspeitas. A segurança retirou rapidamente Sarkozy do local, fazendo-o embarcar na aeronave. O chefe de Estado gaulês estava acompanhado pelo primeiro-ministro Ehud Olmert e pelo presidente Shimon Peres. Os dois estadistas hebraicos saíram do local sob escolta. Um porta-voz da polícia confirmou que o agente que pôs termo á vida estava a uma distância de 100 a 200 metros do avião. Segundo a rede televisiva norte-americana CNN, o som do disparo activou o alerta de segurança no aeroporto. O porta-voz da Presidência francesa, Franck Louvrier, não atendeu as ligações feitas para o seu telemóvel por repórteres da Associated Press. Ver imagens YouTube

Sarkozy inicia “flirt” mediterrânico via Israel e Palestina

segunda-feira, junho 23rd, 2008

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, chegou ontem (domingo) a Israel para a sua primeira visita oficial. Foi recebido como um “amigo e aliado” e, à chegada, defendeu, que a criação de um Estado palestiniano é essencial para a segurança do Estado de Israel. “Estou aqui, porque estou mais convencido do que nunca de que a segurança de Israel não estará garantida enquanto não existir um Estado palestiniano”, afirmou após aterrar em Tel Aviv. A visita de três dias, relacionada com o 60.º aniversário da criação do Estado de Israel, inclui Belém, na Cisjordânia, onde Sarkozy conferenciará com o presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Mahmoud Abbas. Sarkozy disse que a relação entre os dois Estados vive um “momento excepcional” e confessou: “Sempre fui e serei um amigo de Israel”. A agenda do presidente francês inclui encontros com os principais líderes políticos judaicos e um discurso hoje (segunda-feira) no parlamento local (Knesset).

Esta é a terceira visita de um presidente francês a Israel desde sua criação, em 1948, e destina-se a reforçar a aproximação de Paris aos estados do Mediterrâneo. Os líderes sionistas, dos radicais aos moderados, têm manifestado apreço pela reaproximação encetada por Sarkozy, recordando que, desde a sua fundação, a França foi o principal aliado do Estado judeu e instrumental na construção de seu poderoso exército. Armas e tecnologia militar gaulesas estão indissociavelmente ligadas à supremacia aérea israelita na região e à construção da central nuclear judaica de Dimona. Os dois projectos foram liderados pelo actual presidente Shimon Peres, quando ocupou o cargo de director-geral do Ministério da Defesa, após a fundação do Estado hebreu. Desde 1967, as relações entre os dois países oscilaram entre a cordialidade e a tensão, particularmente depois da segunda Intifada, em 2000. Desde que tomou posse, Sarkozy tornou-se o presidente francês mais “pró-judaico”, desde os anos 60. O enfraquecido primeiro-ministro Ehud Olmert, actualmente sob a ameaça de renúncia ao cargo por suspeitas de corrupção, definiu-o como “um verdadeiro amigo de Israel” e descreveu as relação franco-hebraicas como algo que ultrapassa “a lua-de-mel”, assumindo contornos de “uma verdadeira história de amor”. A comitiva de Sarkosy, que integra 7 ministros e cerca de 100 empresários, prenuncia a assinatura de multimilionários acordos económicos e militares, a concertação de posições anti-Teerão e a afinação de estratégias comuns relativas à Palestina, Síria e Iraque. A visita ocorre uma semana antes de a França assumir a presidência da União Europeia, a partir de 1 de Julho. “Vim para dar o meu apoio, em nome da França e da União Europeia”, disse «Sarko» numa clara tentativa para reconquistar para a França protagonismo geopolítico e económico no Médio Oriente. MRA/Agências

Exercícios aéreos israelitas são avisos ao Irão, diz Pentágono

sábado, junho 21st, 2008

israel-negev-exercicios-militaresUm exercício militar israelita em grande escala, executado há poucas semanas no Mediterrâneo, foi um aviso a Teerão de que o Estado judaico dispõe de capacidade militar para atacar instalações nucleares iranianas. A confirmação, atribuída a «fontes do Pentágono», é revelada na edição de hoje do diário britânico The Guardian“. O jornal indica que “mais de 100 aviões F-16 e F-15 voaram 1500 km, uma distância idêntica à que separa Israel da central nuclear iraniana de Natanz. Os caças foram acompanhados de aviões de reabastecimento e helicópteros para salvamento de comandos no terreno.” A fonte norte-americana descreveu o exercício como uma demonstração de “prontidão militar” mas referiu estar convencida de que “um ataque não está iminente”. “Se os israelitas planeassem um ataque real ninguém saberia antes de isso acontecer”, precisou. O “The Guardian” acrescenta que, mesmo assim, o acontecimento “provocou a subida dos preços do petróleo após a informação ter sido publicada pelo ‘The New York Times’.” O presidente da Agência Internacional de Energia, Mohamed ElBaradei, reagiu às notícias afirmando que um ataque judaico ao Irão transformaria o Médio Oriente numa “bola de fogo” e que, se tal acontecer, se demitirá do cargo. Ontem, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, também comentou o assunto: “Espero que as presentes acções respeitem as leis internacionais que claramente protegem a integridade territorial do Irão, ou de qualquer outro país.” Nas últimas semanas, diversos analistas e observadores têm especulado sobre a iminência de um ataque aéreo, americano ou israelita, lançado ou apoiado pela administração Bush/Cheney antes do final do seu mandato, em Janeiro de 2009. O diário londrino refere que tais especulações estão a diminuir. pvc/MRA Alliance

França defende independência da Palestina e força negócios com Iraque

domingo, junho 1st, 2008

Bernard KourchnerA criação de um Estado palestiniano independente é a única maneira de garantir a segurança de Israel, segundo o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Bernard Kourchner, em Amã. “Impor a criação de um Estado palestiniano viável, democrático, autónomo e independente. Continuo a acreditar que essa é a única solução”, declarou Kouchner, numa conferência de imprensa após um encontro com o seu homólogo jordano, Salah Bechir. “Embora o diálogo prossiga, na prática, não há muito progresso”, destacou. Kourchner acrescentou que a França continuará a pressionar no sentido de demonstrar que “a criação de um Estado palestiniano que será a única maneira de garantir a segurança de Israel”. Após a visita, durante a qual assinou um acordo de cooperação nuclear, o chefe da diplomacia francesa iniciou uma visita-surpresa ao Iraque, que terminará hoje (domingo). Kouchner, garantiu à agência iraquiana “Aswat al-Iraq” que “o objectivo da viagem é transmitir uma mensagem de amizade e paz ao povo iraquiano”. A visita, ocorre um mês antes do início da presidência francesa da União Europeia (UE). O ministro francês deseja, antecipadamente, expressar aos iraquianos a “disponibilidade da França” em trabalhar, “ao lado de todas as comunidades” do país, para promover a reconciliação nacional, refere uma nota ministerial, distribuida em Paris. Simultaneamente, Kourchner procurará o envolvimento de empresas francesas na reconstrução do Iraque. A esmagadora maioria dos contratos foi adjudicada pelo governo local, apoiado por Washington, a empresas do principal país ocupante – Estados Unidos. As empresas da Grã-Bretanha, país aliado na invasão e ocupação, têm-se queixado de terem sido preteridas a favor dos americanos. MRA/Agências

Israel: Maioria dos judeus acha-se uma raça superior e defende «apartheid»

quarta-feira, maio 14th, 2008

A comunidade israelo-judaica apoia de forma crescente a segregação, discriminação e deportação de árabes israelitas segundo um relatório sobre racismo em Israel, elaborado pelo Mossawa, Centro para a Defesa dos Cidadãos Árabes de Israel, informou o jornal israelita de centro-esquerda Haaretz. O relatório, divulgado publicamente no final do primeiro trimestre, em Nazaré, considera que o conflito israelo-palestiniano influenciou a opinião pública israelita que, crescentemente, defende ideias racistas. O estudo alerta igualmente que vários políticos judeus estão a ganhar influência com base na defesa de posições favoráveis ao ódio racial.

No ano passado, os resultados de uma sondagem de opinião realizada pela ONG israelita «Centro para a Campanha contra o Racismo», sobre as posições dos judeus israelitas relativamente a questões políticas, sociais e culturais face à comunidade árabe nascida em Israel, apontara na mesma direcção. Sobre um conjunto de questões, o estudo de opinião realizado a israelitas judeus saldara-se pelos seguintes resultados:

  • 37 % acham que a cultura árabe é inferior à judaica;

  • 50 % dos inquiridos ficam assustados e 31% sentem ódio quando ouvem falar árabe;

  • 56 % vêem os árabes israelitas como uma ameaça à segurança do Estado de Israel;

  • 55 % acham que deve existir segregação racial (apartheid) entre judeus israelitas e árabes nos locais de lazer;

  • 40 % acham que os árabes de Israel deveriam ser privados do direito de voto.

MRA – Dep. Data Mining

Escândalo político em Israel ameaça primeiro-ministro Olmert

sexta-feira, maio 9th, 2008

O primeiro-ministro de Israel está envolvido num escândalo de corrupção. Há vários dias que se sabia que a justiça estava a ouvir Ehud Olmert, mas só ontem à noite foi divulgada a razão. Olmert é suspeito de ter sido subornado por um empresário norte-americano antes de ter chegado ao governo. O dinheiro que recebeu, alegadamente, terá servido para financiar campanhas eleitorais. Olmert confirmou que o empresário em causa, Morris Talansky, de facto financiou campanhas eleitorais e lhe deu dinheiro mas garante que nada foi feito de forma ilegal. O primeiro-ministro israelita afirmou que vai prosseguir o seu trabalho, e apenas na eventualidade de ser formalmente acusado de corrupção, se demitirá. A classe política do país pondera pedir a renúncia ou suspensão do mandato. Ehud Olmert já garantiu que não resignará. A investigação está a ensombrar as comemorações dos 60 anos do Estado de Israel. MRA/Agências

Israel: Olmert suspeito de corrupção pode ser obrigado a demitir-se

domingo, maio 4th, 2008

O caso de corrupção sobre o qual o primeiro-ministro, Ehud Olmert, foi interrogado pelas autoridades fiscais é “novo” e “grave”, revelou no sábado a televisão pública de Israel. A emissora indicou que “sérias suspeitas particularmente graves” pesam sobre Olmert, mas não divulgou pormenores por o processo se encontrar em segredo de justiça. Citando fontes judiciais, a televisão admitiu que, caso se confirmem as suspeitas, o chefe do governo de Telavive possa ser obrigado resignar ao cargo. O jornal Yediot Aharonot, por seu turno, revelou que Olmert é suspeito de ter sido subornado, durante um “longo período de tempo”, por um empresário americano com negócios em Israel. O periódico precisou que o caso remonta a 2006, altura em que Olmert ainda não ocupava o cargo actual. O interrogatório, que durou uma hora, foi realizado na residência de Olmert. Fonte: MRA/Agências

Cidadão americano preso por espionagem nuclear para Israel

terça-feira, abril 22nd, 2008

Míssil PatriotO Departamento de Justiça dos Estados Unidos (EUA) ordenou hoje a prisão de um engenheiro suspeito de fornecer a Israel segredos sobre armamento nuclear, aviões de caça e mísseis de defesa aérea, durante os anos 80. De nacionalidade americana, Ben-Ami Kadish, de 84 anos, confessou os actos de espionagem durante um inquérito do FBI/Federal Buro of Investigation por convicção de estar a ajudar o Estado judaico. Kadish, nascido no Connecticut, foi engenheiro mecânico no Centro de Engenharia, Desenvolvimento e Investigação da marinha americana, em Dover, Nova Jérsia. Segundo a acusação, ele retirou da biblioteca do Centro entre 50 a 100 documentos secretos, fornecendo-os ao contacto israelita para serem fotografados. Entre o material visado encontrava-se armamento nuclear e mísseis “Patriot”. O mesmo funcionário governamental israelita, não identificado, esteve ligado a Jay Pollard, outro cidadão americano condenado a prisão perpétua, em 1985, também sob a mesma acusação. Tom Casey, do Departamento de Estado, recordou que “depois do «caso Pollard» sublinhámos que este não era o tipo de comportamento que esperávamos de amigos e aliados. Vinte anos depois, a nossa opinião sobre o assunto não mudou.” Pollard declarou-se culpado, em 1986. Dez anos depois Israel concedeu-lhe a nacionalidade israelita. Em 1998, reconheceu que antigo analista dos serviços secretos da marinha americana era um dos seus espiões. Desde então o governo israelita tem tentado, sem sucesso, a sua libertação. MRA/Agências

EU-Israel: Relações preferenciais prorrogadas

quinta-feira, abril 10th, 2008

O “Plano de Acção” que, desde 2005, instrumentaliza as relações preferenciais entre a União Europeia e Israel expira hoje mas, de acordo com fontes da Comissão Europeia, será prorrogado por mais um ano. Telavive considera o acordo como um instrumento fulcral da cooperação entre as duas partes, no âmbito da “Política de Vizinhança Europeia”, que assegura a competitividade do Estado judaico apesar dos últimos alargamentos da UE aos países leste europeus.

O “Plano de Acção” euro-israelita garante encontros bilaterais ao mais alto nível, integra um acordo de comércio livre para produtos industriais, assinado em 1975, actualmente em fase de alargamento para a área dos serviços, e o acesso preferencial de Israel a programas e instituições comunitárias.

As áreas da Investigação e Desenvolvimento Tecnológico, Competitividade e Inovação abriram ao país do Médio Oriente as portas para a integração no projecto Galileo, concorrente do GPS norte-americano. Este é um dos estrategicamente mais importantes para a UE, por envolver avançados sistemas de posicionamento via satélite, com aplicações civis e militares independentes do sistema gerido pelo complexo industrial-militar dos EUA. Fonte: MRA-Dep. Data Mining

Os secretos negócios petrolíferos de Israel com Teerão

terça-feira, abril 8th, 2008

Roterdão - PetroleiroIsrael e os EUA protestaram vigorosamente, no mês passado, contra o negócio de fornecimento de gás natural iraniano à Suiça, durante 25 anos, no valor de milhares de milhões/bilhões de dólares. O Departamento de Estado informou que iria analisar a legalidade da operação à luz das sanções económicas contra Teerão. O governo israelita classificou o negócio como um sinal “inamistoso contra Israel”. O Congresso Judaico Mundial encabeçou a campanha, apoiado por outras organizações sionistas, contra a bem sucedida diplomacia do petróleo do governo suíço.

A indignação dos suíços não se fez esperar. O jornal “Sonntag” (30/03/2008) publicou uma notícia denunciando que Israel viola constante e conscientemente a generalidade dos embargos contra o Irão ao importar, há vários anos, petróleo iraniano, através de intermediários. O tema foi igualmente abordado pelo jornalista de investigação e pacifista judeu Shraga Elam. Eis algumas das suas observações:

“Israel importa petróleo iraniano em grandes quantidades apesar de os contactos com o Irão e a compra dos seus produtos serem oficialmente boicotados por Israel. Israel ilude o boicote ao importar o petróleo através da Europa. Uma credível newsletter israelita, EnergiaNews, divulgou estas informações no dia 18 de Março.” (…) As fontes da EnergiaNews têm ligações com a gestão de topo da «Israeli Oil Refineries Ltd.» (…) De acordo com a EnergiaNews o petróleo iraniano é muito apreciado em Israel por ter qualidade superior à do «crude» de outras origens”, escreve o jornalista.

“A notícia – prossegue – da autoria do editor da «EnergiaNews» Moshe Shalev, revela que o petróleo iraniano passa por diversos portos europeus, em especial pelo de Roterdão. É comprado por israelitas e são-lhes fornecidos os documentos dos seguros e conhecimentos de embarque europeus . Depois segue-se o transporte para Haifa, em Israel. O importador é a empresa «Eilat-Ashkelon Pipeline Co (EAPC)», que mantém em segredo os seus fornecedores de petróleo.”

Shraga Elam, acrescenta desconhecer-se “se os exportadores iranianos sabem das compras do seu petróleo pelos israelitas”. Todavia, refere que “os compradores israelitas e organismos governamentais” conhecem perfeitamente a origem do “crude de alta qualidade”, a despeito de se tratar de “um grosseiro desrespeito do boicote” internacional. MRA/Dep. Data Mining

Relatório denuncia “legitimação do racismo” em Israel

quinta-feira, março 20th, 2008

crianças israelitas - mensagens de morte - guerra Israel-Líbano 2006Um relatório divulgado pela ONG israelita Mossawa denuncia que as manifestações de racismo na sociedade israelense terão sido mais frequentes em 2007. A Organização Não Governamental defensora dos direitos de cidadãos árabes em Israel, acusou ontem líderes políticos judaicos de criarem um clima de “legitimação do racismo” contra os cidadãos árabes – 20% da população de Israel: 75% dos cidadãos judeus não estão dispostos a morar no mesmo prédio com um vizinho árabe; 61% receusam-se a receber visitantes árabes em sua casa; 55% defendem o “apartheid” entre judeus e árabes em zonas de lazer; 69% dos estudantes do secundárioo acham que os árabes “não são inteligentes”; figuras públicas que manifestam posições racistas mantêm-se nos cargos sem que haja qualquer tipo de investigação contra elas, denuncia o relatório.

Nele são citados ministros e parlamentares que “baseiam a sua força em posições de ódio e incitam ao racismo”. O político mais citado é Avigdor Liberman, líder do partido de direita Israel Beiteinu e ex-ministro dos Assuntos Estratégicos, que defende a “troca de territórios e populações” como solução para o conflito israelo-árabe. “Por mim eles podem pegar a baklawa (doce tradicional árabe) e ir para o inferno”, afirmou. Outro parlamentar citado é Yehiel Hazan, do partido Likud, que chamou os árabes de “vermes”. Para o ministro da Habitação e Construção, Zeev Boim, do partido Kadima, o “terrorismo islâmico poderia ter razões genéticas”. O deputado do partido de direita Ihud Leumi, Efi Eitam, disse que os cidadãos árabes da Cisjordânia “são uma quinta coluna, traidores. Não podemos permitir a essa presença hostil nas instituições de Israel.”

Segundo a Mossawa, no Estado de Israel não se aplicam as leis anti-racismo existentes no país e, na maioria dos casos em que as leis são violadas, as autoridades ignoram-nas criando uma situação de impunidade. No dia da publicação do relatório da Mossawa, a imprensa publicou um decreto do rabino Dov Lior, dos assentamentos de Hebron e Kiriat Arba, proibindo os seus seguidores de alugar casas ou de empregar árabes. A advogada israelita Einat Horowitz, do Centro de Pluralismo Judaico, criticou o decreto do rabino e o “fenómeno crescente de incitamento racista”. Segundo a advogada, “o incitamento distorce o judaismo e é proibido por lei”.

O rabino Gilad Kariv, vice-director do Centro de Acção Religiosa, que também condenou o decreto do rabino Lior, comentou: “Como rabino, temo pela participação de personalidades religiosas no incitamento”.

Fonte: MRA/BBC.

Artigos relacionados:

Combatendo o Racismo em Israel (inglês)

Amnistia Internacional – Direitos Humanos em Israel e Territórios Árabes Ocupados (2007) (inglês)

Líbano: Hezbollah pronto para nova guerra contra Israel

segunda-feira, março 17th, 2008

hezbollah - prontidao-militarUma análise dos serviços secretos israelitas, divulgada pela Ynetnews, revela que as milícias xiítas libanesas do Hezbollah, terminaram a preparação militar e logística para uma nova guerra contra o exército judaico na região norte da Palestina ocupada. O relatório considera que o conflito está “mais próximo do que um confronto em larga escala” na faixa de Gaza.

A notícia especula que “esta pode ser uma das razões pela qual o exército israelita não está a acelerar uma ampla em Gaza.” O relatório 2008 sobre a situação militar na região, apresentado recentemente o governo de Telavive pelos serviços secretos militares internos Shin Bet e pela Mossad (espionagem externa), considera reduzida a possibilidade de um ataque em larga escala, por parte dos extremistas palestinanos do Hamas. Porém, a hipótese de “o Hezbollah atacar Israel” é maior do que conflitos noutras frentes de guerra. Recorde-se que a última guerra israelo-libanesa, de 33 dias, durante o Verão de 2006, foi considerada por círculos políticos e militares israelitas como estratégicamente errada. O seu falhanço, em sua opinião, humilhou o estado judaico. O governo de Ehud Olmert, desde então, tem estado sob pressão para se demitir. Fonte: Press TV

Governo Blair com medo de Israel

sexta-feira, fevereiro 22nd, 2008

Blair em IsraelO diário britânico The Guardian publicou ontem (21/02/2008) factos sobre manipulações a favor do Estado de Israel, em Setembro de 2002, pelo ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido (Foreign and Commonwealth Office /FCO). O governo pressionou a eliminação das referências a Israel num documento sobre Armas de Destruição Maciça (ADM’s), alegadamente em poder do Iraque, para não afectar as relações anglo-israelitas. Na altura o governo britânico era chefiado pelo trabalhista Tony Blair. Mais…

Israel atiça relações entre a Índia e Irão

terça-feira, fevereiro 12th, 2008

tecsar satélite-espião israelitaAs intensas e cooperantes relações entre Nova Deli e Teerão entraram numa inesperada fase de tensões diplomáticas e económicas após o lançamento, há duas semanas, de um satélite-espião israelita pelo complexo aeroespacial indiano – Indian Space Research Organization/ ISRO. A situação já era tensa devido à recusa indiana de negociar a construção de um gasoduto entre o Paquistão a Índia e o Irão.

O satélite está equipado com um sofisticado radar, que captura imagens, diurnas ou noturnas de independentemente da dimensão dos objectos, iludindo não apenas situações climatéricas adversas como sistemas avançados de detecção. Os iranianos desconfiam que o satélite-espião judaico será utilizado em acções de espeionagem contra o seu programa nuclear. Na semana passada, o embaixador iraniano em Nova Deli, Seyed Nabizadeh, comunicou informalmente ao governo indiano o agastamento do seu país provocado pela cooperação indiano-israelita no lançamento do TECSAR, em 21 de Janeiro passado, a partir de uma base no sul do país. Nabizadeh, face às amistosas relações entre os dois estados asiáticos, sublinhou que Teerão espera que “países sábios e independentes não ponham a sua tecnologia espacial ao serviço de países que a vão usar como instrumento para espiar nações amigas como o Irão.”

Alguns observadores admitem que a Índia poderá ter decidido tomar o pulso a Teerão. Os media judaicos, nos últimos meses, citando fontes militares em Jerusalém, revelaram que o stélite TECSAR, concebido e desenvolvido pelo “cluster” aeroespacial israelita – Israel Aerospace Industries – tem como principal missão fiscalizar as actividades nucleares do regime xiíta. O presidente da ISRO, Madhavan Nair, classificou a operação de espectacular e elogiou a equipa de marketing da agência indiana – Antrix Corporation – pelo êxito da operação, mantida em segredo durante mais de um ano. A Índia justificou a acção com argumentos técnicos e comerciais.

(MRA Data Mining)

Assassínio de Benazir Bhutto: Algumas reacções e uma intrigante premonição

sexta-feira, dezembro 28th, 2007

Premonição da Guerra Civil, 1936, Salvador DaliEx-agentes da CIA, membros de influentes lóbis dos Estados Unidos, editoralistas e académicos prevêm que, com o assassínio de Benazir Bhutto, “os Estados Unidos terão que repensar a estratégia de influenciar o processo democrático no Paquistão. (…) Um dos especialistas considerou mesmo que 27/12/2007 foi “um dia mau para os Estados Unidos” prevendo consequências negativas para a administração Bush/Cheney, no futuro próximo, pela forma como geriu as suas relações com a pró-americana ditadura militar paquistanesa .

Porém, no mínimo, é perturbante o artigo escrito pelo editorialista de um influente diário israelita. Não pelo conteúdo, mas pela data. Mais…

(pvc)

EUA vão conceder ajuda de USD 550 milhões aos palestinianos

segunda-feira, dezembro 17th, 2007

Condoleezza Rice com presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmud AbbasOs Estados Unidos vão anunciar uma ajuda de 550 milhões de dólares para os palestinianos em 2008 na conferência internacional de doadores para a Palestina que começa hoje (2.ª feira), em Paris, informaram os media gauleses.

A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, que fará o anúncio como medida de apoio ao reinício das conversações de paz israelo-palestinianas, informou que a ajuda aguarda aprovação do Congresso. O programa económico para 2008-2010 preparado pelo primeiro-ministro palestiniano, Salam Fayad, ascende a cerca de 5,6 mil milhões de dólares. (pvc/agências)

Ministro israelita cancelou visita à Grã-Bretanha com receio de ser preso por crimes de guerra

sexta-feira, dezembro 7th, 2007

O ministro israelita Avi DichterO ministro da Segurança Pública de Israel, Avi Dichter, antigo chefe dos seus serviços secretos domésticos Shin Bet, cancelou repentinamente uma visita a Londres, para participar numa conferência sobre segurança, no King’s College. A decisão foi tomada, esta semana, após ter sido avisado pelos ministérios israelitas da Justiça e dos Negócios Estrangeiros, de que corria o risco de ser preso à chegada a Inglaterra, noticiou na sexta-feira o diário londrino Guardian.

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Cheney impediu durante um ano a publicação do relatório NIE favorável ao Irão (VI)

sexta-feira, dezembro 7th, 2007

Cheney - Vice-Presidente dos EUAO vice-presidente dos EUA congelou durante um ano a publicação do relatório conjunto das 16 agências de serviços secretos e de contra-informação americanas – National Intelligence Estimate (NIE) que punha em causa as teses da Casa Branca e do Pentágono sobre a alegada “ameaça nuclear iraniana” e os planos do Irão para “fabricar uma bomba atómica”, segundo informações de fontes ligadas às secretas americanas citadas pela agência IPS News, em 8 de Novembro, passado.
Estas e outras informações relevantes para a compreensão da questão iraniana podem apreciar-se, com detalhes pouco conhecidos na secção GEOPOL, a que pode aceder na coluna direita desta página.

  • Rússia e China contra novas sanções anti-Irão no Conselho de Segurança da ONU
  • Secretas americanas contradizem teses Bush/Cheney sobre perigo nuclear iraniano
  • Secretas EUA/Irão: Democratas americanos pressionam Bush sobre “ameaça iraniana”
  • Teimosia de Israel sobre “perigo nuclear” iraniano é a real ameaça à estabilidade no Golfo
  • UE, Merkel e Sarkozy alinham com Bush: Irão continua a ser uma ameaça nuclear