Archive for the ‘Investimentos’ Category

Presidente angolano é o 6º homem mais poderoso da economia portuguesa

quinta-feira, agosto 25th, 2011
Todos os caminhos do poder angolano vão dar ao Presidente de Angola. Discreto mas activo, a sua força política em Portugal cresce com o PSD, reforçando um poder económico especialmente visível através da Sonangol e da filha, Isabel dos Santos. É um poder crescente e cada vez mais sólido. Na economia portuguesa. E para as empresas portuguesas em Angola.
A Bolsa de Valores de Luanda é um projecto antigo e inexistente. Mas se para lá fossem transferidas todas as empresas portuguesas com interesses em Angola, o PSI-20 passaria a PSI-10. Das grandes empresas portuguesas aos pequenos empresários, dos aventureiros aos desventurados, Angola passou a Plano A de Portugal. E José Eduardo dos Santos é a soma de todas as partes. O vértice de uma pirâmide onde assenta o poder angolano. Dentro e fora de portas.

MRA Alliance/JdN

BCP estuda saída da Polónia e da Grécia e entrada no Brasil e China

quinta-feira, julho 28th, 2011

O Banco Comercial Português (BCP) está a ponderar vender as suas unidades na Grécia e na Polónia, onde obteve boa parte dos seus lucros semestrais, passando a focar a sua estratégia internacional na China, no Brasil e em África, anunciou ontem o seu presidente, Carlos Santos Ferreira.

Carlos Santos Ferreira, que falava na apresentação de resultados semestrais do banco, explicou a nova agenda estratégia do BCP, dizendo que “as operações europeias deixam de ser core”, o que abre a porta para a venda das unidades do banco naqueles dois países.

Simultaneamente anunciou ter  em curso uma iniciativa para obter uma licença bancária que lhe permita operar no Brasil e reforçar a presença física na China. Assim, o foco do grupo passa a assentar – para além do mercado nacional – em três eixos: Brasil, Ásia e África. Parte da estratégia agora anunciada passa pela criação de uma holding que irá incorporar o Banco Millennium Angola (BMA).

À decisão de reposicionamento estratégico em mercados emergentes não terão sido estranhos os fracos resultados do banco. O BCP fechou os primeiros seis meses do ano com um lucro de 88,4 milhões de euros, menos 45,8 por cento do que no mesmo período do ano passado.

É na Polónia que o banco tem grande parte do seu valor internacional. Ao contrário dos resultados totais do grupo, os lucros do banco na Polónia (onde o BCP é o maior accionista) dispararam 58,7 por cento no primeiro semestre, para os 54,7 milhões .

No documento, no qual define a nova agenda estratégica para os próximos três anos, o banco explica que está a explorar opções “para reduzir exposição ao mercado da Grécia”, onde o grupo regista uma crescente diluição dos resultados e uma estagnação do crescimento de volumes (o banco detém um por cento da quota de activos).

Em África, os parceiros angolanos no BMA, a Sonangol e o Banco Privado Atlântico, de Carlos da Silva, ficam com 30 e 20 por cento do capital da nova holding, respectivamente, detendo o BCP os restantes 50 por cento. Assin sendo, o Banco Privado Atlântico (BPA) reforça a sua posição accionista, já que, até agora, esta instituição angolana era dona de 15,8 por cento do BMA, enquanto o BCP dominava 52,7 por cento do capital e a Sonangol 31,5 por cento.

A partir daqui, a estratégia passa por entrar em outros mercados, tendo já sido identificados como alvos a Namíbia e São Tomé e Príncipe, e por apostar em “novos negócios”. O grupo liderado por Carlos Santos Ferreira admite que poderá ter parceiros locais nos mercados onde quer entrar, bem como parceiros especializados na nova vertente de negócios.

No caso de Angola, o resultado líquido no primeiro semestre subiu 54,5 por cento para 15,1 milhões de euros. Já em Moçambique, onde o BCP também opera com o Millennium bim (onde tem 66,7 por centro do capital), a subida foi de 40,5 por cento para 41,9 milhões de euros no período em análise.

Ao todo, as operações internacionais do banco cresceram no último semestre 154,1 por cento, representando 64,4 mil milhões de euros nos resultados do banco, descontando já os interesses minoritários (os lucros devidos aos parceiros do BCP).

MRA Alliance/Público

China diz que é “um investidor de longo prazo” no mercado de dívida europeu

quinta-feira, junho 16th, 2011

A China disse hoje que no mercado europeu de títulos do tesouro numa perspectiva de longo prazo e manifestou o desejo que a Grécia registe um crescimento estável. A “China é um investidor de longo prazo no mercado de valores europeu”, disse um porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hong Lei, ao ser questionado sobre uma eventual assistência financeira da China à Grécia.

Referindo-se especificamente àquele país, o porta-voz indicou que “a China espera que a Grécia consiga alcançar estabilidade e desenvolvimento através da cooperação entre a União Europeia e a comunidade internacional”.

MRA Alliance/Lusa

Isabel dos Santos ‘domina’ hipermercados Continente em Angola

domingo, março 13th, 2011

A empresária angolana Isabel dos Santos deverá ser a accionista maioritária na rede de hipermercados da Sonae em Angola, cujo arranque deverá ser anunciado nas próximas semanas, apurou o semanário SOL.A entrada no mercado angolano do grupo português liderado por Paulo Azevedo vai ser realizada através da marca Continente, apesar de a hipótese de criar supermercados de raiz ou adquirir insígnias locais existentes também estar em cima da mesa. Paulo Azevedo também já manifestou interesse em criar uma espécie de ‘Clube de Produtores’ em Angola, à imagem do que acontece em Portugal.

O modelo de investimento era o único ‘entrave’ nas negociações da Sonae DC – subsidiária para o retalho do grupo – com Isabel dos Santos, que se ‘arrastam’ há mais de um ano. Contactada pelo SOL, fonte oficial da Sonae recusou fazer comentários.

A parceria da empresária com a Sonae reforçar a presença ou ligação da filha do presidente de Angola a empresas portuguesas. Desde Março de 2009 que Isabel dos Santos detém uma participação de 9,7% no BPI, através da sociedade Santoro. A empresária angolana é ainda dona de 10% da Zon Multimédia, através da Kento. A joint venture entre a operadora portuguesa liderada por Rodrigo Costa e Isabel dos Santos, estabelecida em Fevereiro do ano passado, deu lugar, entretanto, a um projecto de televisão por satélite em Angola (Zap), onde detém 70%.

MRA Alliance

BCP confirma reforço da Sonangol para 15%

sábado, março 12th, 2011

O BCP informa num comunicado enviado à CMVM que os angolanos controlam actualmente 14,59% do capital do banco. O BCP revela que os angolanos são agora titulares de 685.138.638 acções do banco, representativas de 14,59% do seu capital social.

Os angolanos compraram assim mais 5% do BCP e, segundo fonte próxima da petrolífera, pretendem chegar até aos 20%, limite que os obriga a comunicarem a sua posição ao mercado.

O momento tem sido favorável à compra de acções da instituição, dado que o preço dos títulos continua muito baixo (0,63 euros), pelo que é provável que a Sonangol continue a reforçar a sua posição no banco até à Assembleia-Geral anual, prevista para Maio.

MRA Alliance/DE

Balsemão, Nabeiro e Proença de Carvalho investem juntos em Angola

quinta-feira, fevereiro 24th, 2011

KwanzasInvestidores portugueses, como Francisco Pinto Balsemão, Rui Nabeiro, Hipólito Pires, Proença de Carvalho e o embaixador António Monteiro, juntaram-se a empresários estrangeiros, entre os quais Carlos da Silva, líder do banco angolano Atlântico, para criar a InterOceânico. Esta sociedade com sede em Portugal tem um capital social inicial de 75 milhões de euros e pretende investir em grupos económicos em Portugal, Angola, Brasil e China.

Neste “losango”, como fez questão de sublinhar Carlos da Silva, que lidera o projecto, na apresentação da InterOceânico, foram já identificadas oportunidades em sectores como a agro-indústria, energia, indústria transformadora e sector financeiro.

Neste momento, adiantou aos jornalistas esta “associação de empresários”, como lhe chamou, está a analisar três projectos no sector financeiro em Angola, Brasil e Portugal, está a trabalhar num projecto agro-industrial e está em negociações com uma “holding” da área da energia, na qual pretende tomar uma participação de cerca de 5%. O responsável escusou-se, contudo, a adiantar nomes. Garantiu apenas que “no primeiro semestre deste ano haverá notícias dos projectos”.

Também este ano, sublinhou, entrarão investidores brasileiros e chineses no capital da InterOceânico, que tem na sua estrutura fundadora um investidor holandês e um israelita.

MRA Alliance/JdN

Governo negociou com capitais árabes “investimentos” nas privatizações portuguesas

quinta-feira, janeiro 20th, 2011

Sócrates nos Países do Golfo PérsicoTeixeira dos Santos garantiu que os contactos realizados pelo Governo no Médio Oriente foram essencialmente de “relações comerciais” e que foram discutidas “oportunidades de investimento” no âmbito do programa de privatizações já traçado pelo Executivo.

“No Médio Oriente tratámos essencialmente de relações comerciais”, afirmou o ministro das Finanças durante a conferência de imprensa que se seguiu à reunião do Conselho de Ministros. Foram discutidas, e serão analisadas, “oportunidades de investimento, nomeadamente no âmbito do programa de privatizações que o Governo já anunciou”.

Esta semana o Governo esteve reunido com responsáveis de países do Médio Oriente, como Abu Dhabi e Qatar. E foi largamente noticiado que o Executivo estaria nos Emirados Árabes Unidos para tentar vender dívida pública.

Sócrates afirmou que a venda de dívida pública não foi um tema que levou a comitiva aos Emirados. Mas sem confirmar, nem desmentir a tentativa de atrair investidores parta a dívida, Sócrates sublinhou que estas operações não se tratam de ajuda, mas sim “de investimentos”.

MRA Alliance//JdN 

Europa deve abrir portas aos países emergentes, diz Almunia

sexta-feira, janeiro 14th, 2011

Joaquin Almunia defende a entrada de capital de países emergentes nas empresas da Europa e garante que não devemos ter «uma atitude proteccionista ou negativa» caso países como a China ou o Japão comprem dívida europeia.

Na conferência «Europa 2011 – Regulação e Competitividade», promovida pelo «Jornal de Negócios» e que decorre esta sexta-feira em Lisboa, Almunia explica que «a Europa nunca ganhou nada com o levantamento de obstáculos económicos».

«As nossas empresas continuam a investir em países emergentes e criticamos quando encontramos obstáculos. Mas devemos receber esses investidores [de países emergentes] com as mesmas condições que recebemos de outros países industrializados», frisa.

MRA Alliance/AF

Portugal é o 3º destino europeu dos investimentos brasileiros

domingo, dezembro 26th, 2010

Portugal é o terceiro destino preferido dos brasileiros na Europa, depois da França e do Luxemburgo, com 959 milhões de dólares investidos este ano. O jornal brasileiro Folha de São Paulo escreve que a “crise económica tornou-se uma oportunidade de investimento para as empresas brasileiras, que estão apostando cada vez mais nos mercados da Europa, enquanto os instáveis vizinhos sul-americanos perdem espaço”.

“Mesmo com alguns países da América Latina tendo crescido muito, não há tantas grandes empresas e mercados tão consolidados como o europeu e o americano”, diz um especialista citado pelo jornal paulista.

Incluindo paraísos fiscais, Portugal está no Top 5 das preferências das empresas brasileiras. O ranking geral do investimento brasileiro no estrangeiro é liderado pelas Ilhas Cayman, seguida dos Estados Unidos. Os brasileiros investiram nas Ilhas Cayman 8 mil milhões de dólares.

MRA Alliance/TvNet

China investe biliões de dólares nas relações com CPLP

sábado, novembro 13th, 2010

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, propôs aumentar o comércio entre os países lusófonos para 100 mil milhões de dólares (73,04 mil milhões de euros) até 2013. Este valor é dez vezes superior ao valor registado há uma década, na abertura da III Conferência Ministerial do Fórum Macau para a Cooperação Económica e Social entre a China e a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Para além dos 100 mil milhões de dólares de aumento do comércio até 2013, a China propôs a criação de um  fundo de mil milhões de dólares (730 milhões de euros) para desenvolver a cooperação com os países de língua portuguesa.

O primeiro-ministro chinês realçou que as economias da China e da CPLP são “altamente complementares”, existindo “grandes potencialidades  para aumentar as trocas comerciais”. “A nossa cooperação tem-se alargado à educação, à cultura e outras áreas.  (…) Temos de explorar novas áreas de cooperação, e não apenas as tradicionais.”

De acordo com os números indicados por Wen Jiabao, nos primeiros nove meses deste ano, o comércio entre a China e os países lusófonos aumentou  57 por cento.

Em 2003, quando foi criado o fórum Macau, o comércio entre a China e os países lusofonos tinha um peso de 10 mil milhões de dólares (7,3 mil milhões de euros), sendo agora de 68,2 mil milhões de dólares (49,8 mil milhões de euros).

O primeiro-ministro chinês considera que Macau “desempenha plenamente o papel de plataforma entre a China e  os países de língua portuguesa e de ponto de encontro entre as culturas ocidental e oriental”.

A China vai ainda conceder créditos de 1.600 milhões de yuan (176 milhões  de euros) para os países lusófonos de África e Ásia.

MRA Alliance/CM 

Governo timorense prepara entrada no capital da EDP

sexta-feira, outubro 1st, 2010

O Governo de Timor-Leste, que gere um Fundo Petrolífero avaliado em seis mil milhões de dólares (cerca de 4,4 mil milhões de euros), quer investir uma parte deste dinheiro em acções da EDP.

O presidente timorense, José Ramos-Horta, já se encontrou com António Mexia e outros administradores da empresa eléctrica portuguesa, para falar sobre o assunto. “O fundo está investido em obrigações do tesouro americano e o Governo timorense está a pensar diversificá-lo, até porque continua a acumular dinheiro todos os meses”, adiantou Ramos-Horta ao Diário Económico.

“Timor-Leste pode ser investidor e comprar acções da EDP. É uma empresa com muito sucesso e credível em todo o mundo”, reforçou o presidente timorense em declarações ao Diário Económico, ontem, durante a viagem de comboio entre Lisboa e o Porto. Ramos-Horta encontra-se em Portugal para participar na Conferência dos Doadores, que se realiza hoje em Paredes.

MRA Alliance/Diário Económico

PT ganha apoio importante na guerra com a Telefónica

sábado, maio 29th, 2010

A Portugal Telecom (PT) conseguiu ontem uma importante vitória na guerra pelo controlo da Vivo. Após duas semanas de ‘road-show’ para convencer os accionistas da importância da Vivo para o futuro da empresa, o fundo norte-americano Brandes, dono de 7,8% da PT, anunciou que a oferta espanhola é insuficiente.

“Embora a actual oferta represente um prémio significativo em relação ao valor de mercado, não reflecte o valor estratégico de longo prazo da Vivo”, afirmou Amalia Morris, directora de investimentos do Brandes Investment Partners, o terceiro maior investidor na operadora portuguesa, numa declaração escrita à agência noticiosa Dow Jones.

A tomada de posição do Brandes surge num contexto em que tanto a PT como a Telefónica realizam ‘road-shows’ junto dos investidores institucionais estrangeiros, com vista a convencê-los dos méritos das suas estratégias.

A PT procura convencer estes accionistas institucionais de que vender a Vivo seria hipotecar o seu futuro, ao passo que a Telefónica tenta demonstrar que a sua oferta de 5,7 mil milhões de euros pela participação portuguesa na operadora brasileira representa uma oportunidade única e irrepetível de criação de valor.

MRA Alliance/DE

Parlamento: Esquerda impede Direita de adiar TGV por três anos

sexta-feira, maio 28th, 2010

A Assembleia da República chumbou hoje a proposta de adiamento por um período mínimo de três anos do projecto de construção da linha ferroviária de alta velocidade (TGV) Lisboa-Madrid, proposta pelo PSD. A proposta recebeu os votos favoráveis do PSD e CDS e os votos contra do PCP, Bloco de Esquerda e “Os Verdes”.

No projecto de resolução, o PSD dizia que a linha Lisboa-Madrid era “um investimento que contribuirá para o aumento da dívida externa do país” e defendia que o Governo devia apostar no “investimento público de menor dimensão”.Durante a sessão, esteve também em apreciação, por proposta do CDS-PP, o decreto-lei que aprovava as bases da concessão do projecto, construção, financiamento, manutenção e disponibilização do troço Poceirão-Caia, que fará parte da futura linha de alta velocidade Lisboa-Madrid, com abertura prevista para 2013.

O CDS-PP dizia também ser “dificilmente explicável” porque é que o Governo decidiu avançar com este troço, depois de ter suspendido as ligações Lisboa-Porto e Porto-Vigo “por causa do respectivo impacto nas finanças públicas e no endividamento” e afirma que “não estão clarificados os custos efetivos totais desta concessão, nem as necessidades de financiamento global”.

Pedro Mota Soares, líder parlamentar do CDS-PP, acusou o BE de «salvar o Governo», ao aprovar seis parcerias público-privadas (PPP) previstas no contrato de alta velocidade ferroviária. «Caiu neste debate a máscara ao Bloco de Esquerda e ficou à vista a enorme hipocrisia política com que o Bloco de Esquerda vem a este debate», disse Mota Soares, no debate de discussão da proposta do PSD para suspender por três anos a construção da ligação de alta velocidade entre Lisboa e Madrid. «Qual é o real propósito do Bloco de Esquerda em salvar seis parcerias público privadas que há um ano diabolizava, e, mais importante que isso, em salvar os investidores das PPP, mas, sobretudo, em salvar o Governo que os senhores dizem que estão a combater», questionou.

Ainda durante a mesma sessão parlamentar, PS, PSD e CDS-PP votaram contra o projecto de resolução do BE, “pela defesa da modernização da rede ferroviária nacional, incluindo a construção da linha de alta velocidade Lisboa-Madrid”.

O centro-direita parlamentar também inviabilizou a proposta do “reforço do investimento público” no transporte ferroviário, avançada pelo PCP, “com a introdução da alta velocidade com ligação prioritária para passageiros e mercadorias entre Lisboa e Madrid”.

Os projectos do PCP e do BE propunham-se substituir o “modelo de concessão a privados” pela gestão pública.

MRA Alliance/Agências

Brasil: Investimentos portugueses caíram mais de 60% em 2009

segunda-feira, fevereiro 15th, 2010

A Galp foi o maior investidor português no Brasil em 2009, totalizando 243 milhões de dólares (177 milhões de euros) remetidos à Petrogal Brasil, disse à Lusa fonte do Banco Central brasileiro.

Segundo a Lusa, os investimentos portugueses em 2009 somaram 384 milhões de dólares (280 milhões de euros), um recuo de 63,4 por cento face ao ano anterior quando as entradas de Portugal totalizaram 1 051 milhões de dólares (765 milhões de euros).

MRA Alliance/Lusa

Governo vai desenvolver um financiamento de quatro milhões dirigido a emigrantes portugueses

terça-feira, janeiro 5th, 2010

O ministro dos Negócios Estrangeiros português afirmou hoje que “há finalmente condições” para desenvolver o Netinvest, um programa para atrair investimento dos emigrantes para Portugal e apoiar a internacionalização que deverá ter um financiamento de quatro milhões de euros.”Na relação com as comunidades, há finalmente condições para pôr um programa muito importante em desenvolvimento (…) O Netinvest, uma plataforma que se candidata a um financiamento do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) de quatro milhões de euros, que em princípio estará aprovado nas próximas semanas”, disse Luís Amado na abertura do Seminário Diplomático 2010.

O ministro, que falou do Netinvest no âmbito das estratégias da Política Externa para apoiar a recuperação económica do país, considerou que ele “vai permitir gerir uma relação inovadora com a vastíssima comunidade empresarial e de empreendedores de origem portuguesa um pouco por todo o mundo”.

MRA Alliance/Lusa

Globalistas da Carlyle preparam investimentos milionários em Portugal

terça-feira, setembro 1st, 2009

Comissão TrilateralO Grupo Carlyle irá canalizar uma parte do seu fundo imobiliário CEREP III para investimentos em Portugal através de uma parceria com a empresa portuguesa Crimson Investment Management, noticia hoje o Jornal de Negócios. Criado em 2007, com 2,2 mil milhões de euros, o fundo já investiu em França, Espanha, Alemanha e no Norte da Europa.

Iniciada há alguns meses, a parceria estratégica entre a Carlyle e a Crimson permanece ainda sem qualquer transacção concretizada prevendo-se que as primeiras aquisições tenham lugar no último trimestre. 

Segundo um artigo publicado em 30 de Junho pelo jornal Oje “a sociedade portuguesa, liderada por Carlos Félix Moedas, ex-presidente da Aguirre Portugal, procura investimentos nas áreas dos escritórios, retalho, hotelaria e turismo residencial para um novo fundo do grupo Carlyle. Em Portugal está previsto um investimento da ordem dos 50 milhões de euros anuais ao longo dos próximos três anos, avançou Carlos Moedas”.

O Oje informou então que “em Portugal os activos mais interessantes que estão definidos envolvem escritórios em Lisboa, com bons yields; ainda o retalho com potencial de transacção no futuro; a par de hotéis em Lisboa, que tanto poderão ser boutiques como unidades de cinco estrelas e, por último, o turismo residencial, uma vertente que está, por enquanto, inflacionada em Portugal. A Carlyle procura, globalmente, portfólios de activos de qualidade com yields atractivas e/ou activos inseridos em companhias ligadas ao sector imobiliário. A Crimson irá, em exclusivo, fazer trabalho de adviser, concretizar os investimentos e fará toda a futura gestão daqueles investimentos.”

Carlyle e Portugal

O Grupo Carlyle é a maior empresa de equity capital do mundo gerindo fundos superiores a 84 mil milhões de dólares, emprega directamente quase 900 pessoas, 500 das quais são especialistas em montar operações de alavancagem financeira e capital de risco. Com sede em Washington, o conglomerado opera nos cinco continentes, com empresas participadas que empregam mais de 415 mil pessoas.

De acordo com o relatório e contas de 2008, o Grupo Carlyle investiu os recursos dos seus mais de 1300 investidores, espalhados por 71 países, nos sectores da energia (22%), imobiliário (19%), tecnologia (15%), distribuição e consumo (8%) indústria transformadora (8%), telecomunicações e media (6%), transportes (6%), cuidados de saúde (6%) e indústria aeroespacial (5%). Entre as centenas de empresas que controla, muitas são fornecedoras do Pentágono.

Em Portugal, uma das suas últimas aquisições foi o outlet Freeport, situado nas imediações dos terrenos do Campo de Tiro de Alcochete, onde será construído o futuro aeroporto de Lisboa. O investimento foi concretizado nove meses antes de o actual governo socialista ter abandonado a opção Ota para a localização do novo e polémico complexo aeroportuário. A decisão do executivo deu azo a operações imobiliárias amplamente noticiadas pela imprensa portuguesa no início deste ano, bem como a uma discreta manifestação de agrado por parte da gestão portuguesa do Freeport.

Entre 1992 e 2005, o Grupo Carlyle, foi liderado por Frank Carlucci, ex-embaixador dos Estados Unidos em Portugal após a queda do governo de Marcelo Caetano (1975-1977), director-adjunto da CIA (1978-1981), Secretário-adjunto da Defesa (1981-1983), Conselheiro Nacional de Segurança (1986-1987) e Secretário da Defesa (1987-1989). 

Durante o consulado de Carlucci, ocuparam posições de relevo na companhia, na qualidade de “consultores séniores”, personalidades da alta roda da política e da  finança global, como o ex-presidente dos EUA George H. W. Bush, o antigo primeiro-ministro britânico John Major, o antigo Secretário de Estado norte-americano James Baker, o antigo presidente das Filipinas Fidel Ramos, bem como Karl Otto Pöhl, antigo presidente do banco central da Alemanha  (Bundesbank) e  George Soros, bilionário gestor de “hedge funds”. Olivier Sarkozy, meio-irmão do presidente francês Nicolas Sarkozy, desde Março de 2008, co-preside e administra a divisão de serviços financeiros globais, criada após a eclosão da crise subprime. Todos são membros de poderosas organizações globalistas – como o Grupo Bilderberg, Council on Foreign Relations e Comissão Trilateral – que se caracterizam pelo secretismo e acesso restrito às elites que pretendem liderar a geopolítica e a economia mundial.

Os parceiros portugueses

A Crimson Investment Management, fundada em Novembro de 2008, é dirigida pelo engenheiro civil Carlos Félix Moedas, que na última década enveredou pela gestão financeira, após um mestrado concluído em Harvard. No final do primeiro ano do Master and Business Administration, estagiou no banco de investimento Goldman Sachs, em Wall Street. No final do MBA, passou a quadro da instituição, em Londres. Foi igualmente quadro do Eurohypo, banco alemão especializado em crédito hipotecário, nos escritórios da capital britânica. Em 2006, após 11 anos no estrangeiro, voltou para Portugal como director-geral da corretora imobiliária espanhola Aguirre Newman.

Nessa qualidade, em entrevista ao site Construir, especializado em indústria da construção, confessou-se um admirador da ex-Secretária de Estado norte-americana Madelaine Albright e do cineasta Steven Spielberg, designadamente do filme Munique, que colhe a sua preferência. “É interessante ver a capacidade que um povo como o de Israel tem para se levantar, combater…e perceber toda a história em que a Mossad vai buscar, um a um, os autores do massacre dos Jogos Olímpicos de Munique.”

De acordo com o jornal Oje, “a Crimson é participada por investidores como Miguel Paes do Amaral, João Brion Sanches, Alexandre Relvas e Filipe de Botton”, este último membro do grupo português da Comissão Trilateral, também conhecido pela designação Fórum Portugal Global.

Segundo a revista “Função Pública”, número 3, de 2005, “nas actividades do grupo português da Trilateral têm ainda participado, designadamente, Jorge Sampaio, Durão Barroso, Miguel Cadilhe, Eduardo Ferro Rodrigues, António Vitorino, Franklin Alves, António Amorim, Filipe de Botton, Luís Valente de Oliveira, António Borges e João Cravinho.” 

MRA Data Mining 

Novo banco angolano abre portas em Portugal

sexta-feira, agosto 14th, 2009

O Banco Privado Atlântico-Europa (BPAE), propriedade do Banco Privado Atlântico, sediado em Angola, vai iniciar a actividade em Portugal na área da banca de investimento a 17 de Agosto, segundo um comunicado do banco.O BPAE tem um capital social de 18 milhões de euros e vai contar com 33 colaboradores em Portugal. O BPA Angola, a petrolífera Sonangol, a sociedade de gestão de activos Global Pactum e alguns quadros são os accionistas do novo banco.

Segundo o presidente do BPAE, Carlos da Silva, a missão é «apoiar projectos de investimento que assentem no cruzamento de participações entre empresários angolanos e portugueses, geradores de valor para as duas economias e que no caso de Angola contribua para a diversificação da sua economia, não no crédito à exportação, mas sim no apoio financeiro ao investimento cruzado». Os sectores da energia, ambiente e desenvolvimento de infra-estruturas são os principais campos de investimento.

O BPAE vai prestar serviços de aconselhamento, avaliação, orçamentação, execução de projectos e financiamento aos seus clientes.

MRA Alliance/Agências

Évora vai ser capital do “cluster” aeronáutico português

domingo, julho 26th, 2009

Terrenos - Parque Aeronautico - ÉvoraO Presidente da Câmara de Évora, José Ernesto D’Oliveira, anunciou hoje que estão previstas mais três fábricas para o parque aeronáutico do concelho.

As três unidades, uma portuguesa e duas estrangeiras, serão subsidiárias da fábrica da construtora aeronáutica brasileira Embraer, cuja primeira pedra foi lançada esta manhã pelo primeiro-ministro, José Sócrates.

‘As negociações são concretas. Estamos neste momento a recolher informações e as empresas estão a estudar as condições financeiras’, afirmou o autarca.

As duas fábricas da Embraer, a construir no parque aeronáutico de Évora até 2011, representam um investimento 148 milhões e serão dedicadas ao fabrico de componentes – asas e caudas de avião – e assistência técnica aos jactos Legacy 450 e 500, construídos pela empresa brasileira.

As duas unidades irão criar cerca de 1500 postos de trabalho, 570 dos quais directos.

MRA Alliance/Agências 

Investimento directo estrangeiro em Portugal caiu 41,4% em 2008

quinta-feira, maio 14th, 2009

O investimento directo estrangeiro em Portugal caiu 41,4%, em 2008 face ao ano anterior, para 2,4 mil milhões de euros, de acordo com os dados preliminares divulgados hoje pelo Eurostat. Foram os países da UE os responsáveis por esta descida. Os países da União Europeia investiram 1,1 mil milhões de euros em Portugal, em 2008. No ano anterior,  os investimentos provenientes da UE haviam atingido os 2,8 mil milhões.

Já os países do Resto do Mundo mantiveram o investimento em Portugal nos 1,3 mil milhões de euros, um valor igual em 2007 e 2008, de acordo com os dados preliminares divulgados hoje pelo instituto de estatística europeu.

No total, Portugal captou investimentos de 2,4 mil milhões de euros, em 2008, contra 4,1 mil milhões no ano anterior, segundo os dados preliminares de ambos os anos.

O investimento de Portugal no exterior registou uma quebra ainda mais acentuada, de 66% para 1,5 mil milhões de euros. Em 2008, Portugal investiu 0,8 mil milhões de euros nos países da UE, contra 2,8 mil milhões no ano anterior. Nos países do Resto do Mundo, Portugal investiu 700 milhões contra 1,7 mil milhões em 2007. Estados Unidos e Brasil foram os países destino das apostas nacionais.

Brasil: Mota-Engil instala-se para competir no ambiente e rodovias

domingo, maio 3rd, 2009

A Mota-Engil inaugura na terça-feira a sede do grupo no Brasil, que operará nas áreas do ambiente e das concessões rodoviárias. Em declarações à agência Lusa, o presidente-executivo da empresa, Jorge Coelho, adiantou que a construção, a principal área de negócio do grupo, está para já fora do interesse da empresa no Brasil.

Segundo o político socialista e ex-ministro dos Transportes e Comunicações, o braço brsileiro da Mota-Engil vai explorar oportunidades de negócio “nas áreas do ambiente, concretamente no tratamento de resíduos, e das concessões de auto-estradas”.

MRA Alliance/Lusa

Potenciais prejuízos com dívida americana preocupam China

sexta-feira, março 13th, 2009

Wen JiabaoA China está preocupada com o rendimento das aplicações financeiras com títulos do Tesouro dos Estados Unidos, devido ao impacto da crise financeira mundial, disse hoje o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, no último dia da sessão anual do Parlamento em Pequim.  

“Já emprestámos muito dinheiro aos Estados Unidos. É claro que estamos preocupados com a segurança de nossos activos”, disse o primeiro-ministro. “Para ser sincero, estou um pouco apreensivo. Quero pedir aos Estados Unidos que cumpram a sua palavra e os seus compromissos, preservando a segurança dos activos chineses.”

Wen lembrou que o Estado chinês é o maior credor dos Estados Unidos. Em Setembro passado, superou o Japão como o maior credor do Tesouro norte-americano. Em Dezembro, Pequim detinha USD 727,4 mil milhões/bilhões (mm/bi) em títulos de dívida emitidas por Washington.

Apesar dos temores, o líder do executivo chinês disse confiar “nas medidas económicas” adoptadas pelo presidente americano, Barack Obama, para combater a crise financeira.

O chefe do governo de Pequim recusou igualmente ceder a pressões internacionais para modificar a política de câmbio. “Nenhum país pode pressionar a China para que valorize ou desvalorize” o yuan, disse. Em matéria de política cambial, qualquer decisão cabe somente à China, destacou Wen Jiabao.

O Banco do Povo da China, banco central do país, estabeleceu uma margem de flutuação de 0,5% relativamente ao dólar. O câmbio yuan-dólar passou a ser flutuante, mas controlado, e a referência passou a ser uma cesta de moedas que integra o dólar, o euro, o iene e e won.

Crescimento difícil

Wen acredita na possibilidade de, este ano, a economia chinesa poder crescer 8%. “Penso que será difícil, mas é possível”, afirmou. 

A Assembleia Nacional Popular aprovou hoje o plano de estímulo económico proposto pelo governo, no montante de USD 584,5 mm/bi.

Investidores chineses e estrangeiros esperavam que Wen anunciasse um aumento do montante para USD 1,46 mil biliões/trilhão), mas o primeiro-ministro foi omisso relativamente a tal possibilidade.

Em 2009, o FMI (Fundo Monetário Internacional) prevê um crescimento chinês de 6,7%. No ano passado a economia do país cresceu 9% e, em 2007, 13%.

Por seu turno, o Banco Mundial prevê que o PIB da China cresça 7,5% em 2009, enquanto a Academia Chinesa de Ciências prevê um crescimento de 8,3%.

MRA Alliance/Agências 

Portugal perdeu investimento aeronáutico de 125 milhões

sábado, setembro 6th, 2008

Geci/SkylanderAo fim de cinco anos de negociações, a Geci International trocou Portugal pela França para construir o avião Skylander, um investimento de 125 milhões de euros que prometia criar três mil empregos, dos quais 900 directos, noticiou hoje a edição online do jornal Público. O presidente da AICEP, Basílio Horta, recusou-se a comentar a decisão da Geci, mas o diário revela que não se mostrou surpreendido. Por seu turno, o antigo ministro da Economia, Augusto Mateus, que no último meio ano prestou consultoria ao projecto, afirmou ao Público que o Skylander “melhorou muito e tinha pernas para andar. Era um projecto importante para Portugal, embora a sua perda não seja dramática”. A compra recente da maioria do capital da Reims Aviation Industries, fabricante do turbo-hélice bimotor F406, terá sido decisiva para a Geci alterar os planos de investimento previstos para Évora. A operação foi apoiada pelo Governo Sarkozy que garantiu à Skylander os meios necessários para fabricar o avião, em França e comprometeu definitivamente o projecto franco-português. O Skylander nunca foi um projecto consensual a despeito da sua alegada importância estratégica para o arranque do cluster aeronáutico que o Governo Sócrates quer construir e que já conta com investimentos da brasileira Embraer. O executivo, apesar de lhe ter concedido o estatuto PIN (Projecto de Interesse Nacional), em 2006, foi sempre relapso relativamente ao financiamento. A empresa garantira recentemente já ter recebido 450 encomendas, correspondendo a mais de 1300 milhões de euros e alertou que os sucessivos adiamentos na concessão das ajudas públicas portuguesas colocavam em risco as primeiras entregas. Segundo os novos prazos, o aparelho deveria ter o protótipo a voar em 2009, com os primeiros fornecimentos previstos para 2011. As negociações com Lisboa para a produção do turbo-hélice bimotor arrancaram em Junho de 2003, ainda com Durão Barroso na chefia do executivo. MRA Dep. Data Mining

Russia desinveste 40% no mercado hipotecário americano

quinta-feira, agosto 21st, 2008

A Rússia adoptou uma posição cautelosa no mercado da dívida hipotecária americana diminuindo gradualmente o actual grau de exposição aos papéis transaccionados no mercado. Em Moscovo, o ministro adjunto da Economia, Dmitry Pankin, comentou os investimentos do estado russo nas agências imobiliárias norte-americanas, Fannie Mae e Freddie Mac: “De momento não planeamos aumentar a nossa exposição. Também não planeamos um desinvestimento rápido. Trata-se de títulos que remuneram de forma decente os nossos investimentos.” Pankin acrescentou que o fundo que administra os excedentes gerados pela venda de hidrocarbonetos russos investiu 3,6% dos seus USD 160 mm/bi em títulos de dívida da Freddie Mac e Fannie Mae. O retorno dos investimentos entre 30-01-2008 e 19-08-2008 foi de USD 72 milhões. Especulações sobre a posição de Moscovo foram alimentadas esta semana, na sequência da bem sucedida venda de USD 3 mil milhões/bilhões (mm/bi) de dívida pela Freddie Mac. O banco hipotecário americano de capitais públicos cotado em bolsa, informou que um terço da dívida foi adquirida por bancos centrais. O ministro da Economia, Alexei Kudrin, confirmou que a Rússia continuará a investir nas agências hipotecárias dos EUA, embora em quantidades inferiores. Os títulos que atingem os respectivos prazos de maturidade não serão substituídos por novos investimentos. No início de 2008, a Rússia detinha um sexto das suas reservas monetárias e de ouro – cerca de USD 100 mm/bi – em títulos da Fannie Mae, Freddie Mac e das 12 entidades que integram o sistema Federal Home Loan Banks. O banco central da Rússia informou que este ano o grau de exposição àquele segmento da dívida americana foi reduzido em cerca de 40%. Os investimento públicos governo moscovita foram publicamente criticados por vários media e sectores da opinião pública avessos a investimentos de alto risco. O grau de hostilidade aumentou na sequência do conflito com a Geórgia e após o acordo EUA-Polónia para a instalação de 10 sistemas de intercepção antimísseis em território polaco. MRA Dep. Data Mining

Banca vai atrair mais investimentos na América Latina

segunda-feira, junho 30th, 2008

Apesar da crise financeira global, a indústria bancária da América Latina deverá atrair futuramente volumes maiores de investimento, de acordo com um relatório recém-publicado da Economist Intelligence Unit (EIU). A maioria dos executivos interrogados espera uma participação maior da América Latina nas receitas dos próximos cinco anos. A tendência foi prevalente entre executivos da América do Norte. Hoje, 61% dizem que a região representa menos de 10% das suas receitas. Porém, questionados sobre o futuro nos próximos cinco anos, apenas 23% esperam uma participação tão reduzida, de acordo com o relatório.

Dos 208 executivos da área de serviços financeiros que actuam a nível mundial, ouvidos pela EIU a economia global deve ter um impacto maior nas operações das empresas a médio prazo, do que as operações locais. O principal risco é o impacto da turbulência do mercado financeiro internacional a nível local ou regional. Embora percebida como vulnerável, a América Latina também é considerada mais forte do que em épocas passadas registando maiores níveis de confiança entre os inquiridos. A indústria bancária da América Latina ainda é reconhecidamente subdesenvolvida.

As instituições financeiras internacionais procuram maiores capitalizações através da expansão das operações na região, disse Kim Andreasson, editor do sector Indústria e Gestão da Economist Intelligence Unit. Richard Hartzell, presidente da MasterCard Worldwide na América Latina & Caribe, prevê que “a oportunidade de desenvolver a indústria de serviços financeiros ainda é muito grande” tendo destacado “as empresas da indústria de pagamentos”.

O estudo indica o Brasil (71%), México (43%) e Argentina (38%) como os mercados preferenciais e mais atraentes da região embora para os gestores norte-americanos o México seja o preferido (58%) e para os europeus o Brasil (77%) ganhe claramente.

MRA Dep. Data Mining

Putin assume controlo pessoal de IDE em áreas estratégicas

quinta-feira, junho 5th, 2008

V.Putin no comando…O primeiro-ministro russo Vladimir Putin vai chefiar uma comissão governamental encarregada de controlar os fluxos de IDE – Investimento Directo Estrangeiro – para impedir que áreas estratégicas da economia possam ser controladas por capitais estrangeiros, segundo o jornal austríaco «Die Presse». O proteccionismo russo destina-se a suster uma eventual avalanche de investimentos por parte de fundos soberanos de terceiros países. A comissão foi criada por uma lei aprovada no mês passado. Quarenta e dois sectores da economia russa estão abrangidos, com destaque para as indústrias extractivas, nuclear e de armamentos. Caso algum investidor estrangeiro manifeste interesse em controlar mais do que 50% das “empresas estratégicas” russas, deverá passar pelo escrutínio da comissão liderada pelo ex-presidente russo. Se os fundos forem controlados por empresas ou organismos estatais estrangeiros a participação não poderá ultrapassar os 25%, durante um período não determinado. As restrições são mais apertadas nos sectores energético e das matérias-primas. O jornal austríaco cita Putin como tendo afirmado que “a lei não pretende proibir investimentos” antes procura “criar procedimentos mais transparentes e compreensíveis para os investidores.” Porém, o articulista manifesta-se céptico face ao histórico das políticas do Kremlin nos últimos anos: “A «renacionalização» de sectores chave [da economia russa] condenou ao fracasso vários projectos de grande dimensão protagonizados por conglomerados energéticos ocidentais.” Segundo o “Die Presse” Putin terá afirmado: “Quando observamos que em alguns países estão a ser impostos limites ao investimento estrangeiro em sectores estratégicos somos obrigados a reagir da mesma forma”. MRA

Brasil cria fundo soberano contra a crise e a queda do dólar

quarta-feira, maio 14th, 2008

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a criação de um fundo que será administrado pelo governo no exterior, o chamado fundo soberano. O fundo visa garantir a poupança contra crises, apoiar empresas no exterior e retirar dólares do Brasil para impedir uma desvalorização maior da moeda norte-americana. A medida é criticada por economistas, já que parte do dinheiro virá dos recursos da arrecadação de impostos e será utilizado para financiar empresas. Além disso, para poupar esse dinheiro extra, o governo terá de fazer um esforço a mais na contenção de gastos, ou dos investimentos. Mantega afirmou que o dinheiro desse fundo não entra no cálculo do superávit primário, economia que o governo já faz para pagar os juros da dívida pública, cuja meta é de 3,8% do PIB, em 2008. MRA/Agências

EUA: Guru Warren Buffett diz que a recessão é mais grave do que se receava

sexta-feira, maio 2nd, 2008

O Oráculo de OmahaO mais admirado e frugal especulador financeiro dos Estados Unidos, Warren Buffett, citado esta semana pela agência Reuters disse que a economia americana entrou num período de recessão mais grave do que a maioria das pessoas previa. Buffett, o homem mais rico do mundo (USD 62 mil milhões/bilhões) afirmou: “Em termos genéricos a minha percepção diz-me que o clima recessivo será mais longo e mais grave do que a maior parte das pessoas esperava. (…) A crise não vai ser curta, nem superficial”, disse. O “Oráculo de Omaha”, como também é conhecido pela precisão das suas previsões de investimento, é presidente do conglomerado industrial e financeiro Berkshire Hathaway (NYSE – BRK.B). A lendária empresa tem uma capitalização bolsista de USD 197 mm/bi e controla mais de 70 companhias, com destaque para o sector financeiro e segurador. A cotação na bolsa de Nova Iorque (NYSE) fechou hoje a USD 4460,00/acção. Com 77 anos, Buffet vive há mais de 50 anos numa moradia com 10 divisões, em Omaha, Nebraska, e tem um salário anual de USD 100 mil. MRA – Dep. Data Mining

Brasil: Portugal duplicou investimentos directos até Março

quinta-feira, maio 1st, 2008

grafico_5lideres.jpgO investimento directo português no Brasil no 1.º trimestre do ano ascendeu a 236 milhões de dólares cerca do dobro verificado no período homólogo de 2007, informou o Banco Central do Brasil, em Brasília. No período, Portugal ficou no 9.º lugar na lista dos maiores investidores estrangeiros com 2,9 por cento do total. Os cinco maiores investidores foram os Estados Unidos (2.169 milhões de dólares), França (901 milhões de dólares), Holanda(895 milhões de dólares), Alemanha (420 milhões de dólares) e Canadá (364 milhões de dólares). A Prolagos, concessionária dos serviços de saneamento básico e abastecimento de água de alguns municípios no Estado do Rio de Janeiro, com 100 milhões de dólares, foi o maior investidor directo português. No total, o Brasil recebeu no primeiro trimestre deste ano 8,8 mil milhões de dólares de investimento directo estrangeiro, valor 34 por cento superior face ao mesmo período do ano passado. MRA/Agências

Relações China-CPLP em fase de expansão e consolidação

quarta-feira, março 19th, 2008

CPLPNa 4.ª reunião ordinária do Secretariado Permanente do Fórum Macau, realizado na semana passada, contando com 50 delegados dos governos de Angola, Brasil, Cabo Verde, China, Macau, Moçambique, Portugal e Timor Leste, foi revelado que o comércio bilateral cresceu 36% em 2007. Foram comercializados USD 46,3 mil milhões/bilhões, um aumento de 36% relativamente a 2006, segundo dados fornecidos pelas autoridades chinesas. Todavia, porque o saldo é claramente favorável à China (68%) foram abordadas medidas para equilibrar a balança comercial entre os dois parceiros, noticiou a agência Xinhua.

Neste sentido, foi agendado para final de Maio, o 4.º Encontro de Empresários para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa. A reunião será na capital de Cabo Verde, Cidade da Praia. Edmund Ho, Chefe do Executivo de Macau, deverá participar.

“A reunião visa reforçar as ligações empresariais. É uma porta aberta para que o empresariado de todos os países participantes se conheçam, se interrelacionem e para que se criem as sinergias necessárias para o crescimento e desenvolvimento dos nossos países”, disse o Embaixador de Angola em Pequim, João Manuel Bernardo.

Sun Tong, director-geral adjunto do Departamento dos Assuntos de Taiwan, Hong Kong e Macau no Ministério de Comércio chinês, sublinhou que “as actividades em 2008 serão mais pragmáticas. O Governo chinês vai continuar a cumprir os compromissos assumidos e a reforçar o intercâmbio humano e a promoção do comércio e do investimento”.

Novas rotas aéreas entre os países lusófonos e a China foram também tema de debate. Actualmente, existe apenas um voo directo entre países de língua portuguesa e a China, desde final de 2007, entre Pequim e Luanda, assegurado pela TAAG. Segundo o Embaixador de Portugal em Pequim, Rui Quartin Santos, em declarações à Tribuna de Macau, a criação de novas linhas aéreas é uma das prioridades.

O Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) foi criado em 2003, pelo Governo da China, para fomentar as relações comerciais com os países de língua portuguesa.

MRA/Agências

Saldos em Wall Street estimularam regresso dos investidores

sexta-feira, fevereiro 8th, 2008

As bolsas de valores dos Estados Unidos fecharam ontem em alta depois de três dias fortes quebras nas cotações atraindo muitos investidores interessados em papéis a preço de saldo. O índice Dow Jones, referência bolsista de Nova Iorque, cresceu modestamente (+ 0,38%). A bolsa tecnológica Nasdaq também registou uma ligeira subida (+ 0,63%) e o índice Standard & Poor’s 500 foi o que registou melhor desempenho (+ 0,79%). A apreciação das cotações do comércio retalhista e do sector financeiro, as principais vítimas do negro carnaval bolsista nas principais praças financeiras mundiais, sofreram tamanhas perdas, desde segunda-feira, que se tornaram apetecíveis de baratas que estão.

A cadeia de lojas Sears e o banco JPMorgan Chase foram os campeões da jornada, numa sessão altamente volátil com subidas e descidas repentinas entre a abertura e o fecho da sessão. “As más notícias da Wal-Mart e de outras grandes redes de retalho confirmam que estamos a entrar no cenário da desaceleração económica que tanto receávamos”, comentou Daniel Morgan, da Synovus Securities. Notícias igualmente decepcionantes da Cisco Systems, uma das líderes mundiais no sector das redes informáticas e de telecomunicações, e o número crescente de pedidos de subsídios de desemprego, voltaram a toldar o ambiente com o espectro da recessão, negada por alguns, mas reconhecida pela maioria dos analistas. O Departamento de Emprego informou que mais 356.000 trabalhadores engrossaram a lista de desempregados em busca de subsídios, surpreendendo negativamente os operadores que esperavam números menos alarmantes. Porém, os rumores de uma iminente fusão entre as companhias aéreas Delta Airlines e a Northwest, alegadamente já muito avançadas, e o início do noivado entre a United Airlines e a Continental acabaram também por ajudar a animar a sessão.

No mercado secundário da dívida, o valor dos títulos do Tesouro a dez anos caiu, e a respectiva rendibilidade, que se movimenta em sentido inverso, subiu de 3,59% para 3,77%. (pvc/agências)