Archive for the ‘infra-estruturas’ Category

WikiLeaks publica lista de “infra-estruturas vitais” protegidas pelos EUA

segunda-feira, dezembro 6th, 2010

Cabos de fibra óptica lançados no alto marA lista de “infra-estruturas vitais” localizadas em vários países que os Estados Unidos querem proteger foi publicada ontem à noite pela WikiLeaks. Entre as centenas de locais listados nos telegramas diplomáticos que o site dirigido por Julian Assange tem estado a divulgar ao longo dos últimos dias, encontra-se infra-estruturas de comunicações, de energia, de minas, da indústria espacial e de defesa, bem como vários laboratórios farmacêuticos.

A fábrica da BASF é descrita como “o maior complexo químico integrado do mundo”, e a fábrica da Siemens em Erlangen (sul da Alemanha) assegura “uma produção insubstituível de produtos químicos chave”. Sobre a cidade de Nadym, a base no ártico do gigante russo Gazprom, um telegrama fala do “local gasífero mais sensível do mundo”.

No que diz respeito a França, a lista cita os grupos farmacêuticos Sanofi-Aventis, EMD Pharms, GlaxoSmithKline, Genzyme Polyclonals e o Sanofi Pasteur que produz vacinas contra a raiva.

Os pontos de chegada de cabos de telecomunicações transatlânticas, como é o caso de Apollo e FA-1 (oeste de França) e TAT-14 (nordeste) também são considerados como “infra-estruturas vitais”.

Na Suíça, surgem os grupos farmacêuticos Hoffmann-La Roche (produz o Tamiflu), Berna Biotech (diversas vacinas) e CSL Behring. Na Bélgica aparece a Baxter SA e a GlaxoSmithKline.

Na Grã-Bretanha há diversos locais citados, incluindo o grupo BAE Systems, número um mundial dna peodução de armamento e tecnologias de defesa.

No Médio Oriente, “até 2012, o Qatar será a primeira fonte de gás natural líquido (LNG) importado pelos EUA”.

Os grandes portos da China, de Hong Kong e do Japão são mencionados, bem como o canal do Panamá e da sociedade eléctrica publica canadiana, a Hydro Québec, “fonte sensível e insubstituível de energia para o nordeste dos Estados Unidos”.

MRA Alliance/Público

CML vai vender rede de esgotos por cem milhões

segunda-feira, outubro 11th, 2010

A rede de esgotos lisboeta está a ser negociada entre a câmara municipal e a EPAL. A autarquia pretende encaixar cem milhões de euros, para contribuir na amortização de 315 milhões da dívida que o executivo de António Costa pretende efectuar no início de 2011.

A falta de meios próprios para fazer as obras necessárias na rede são as razões apontadas para esta alienação. A taxa de saneamento rende uma receita anual de 50 milhões de euros, dos quais cerca de metade é paga à SimTejo pelo tratamento das águas dos esgotos.

O presidente da autarquia disse, esta segunda-feira, de acordo com a Renascença, que o negócio com a empresa das Águas Livres está em fase de conclusão. A EPAL deverá ficar responsável pela gestão da rede. António Costa pretende, depois, passar a rede de iluminação pública para a EDP.

MRA Alliance/Agências

Défice de 95ME da Estradas de Portugal é “normal”, diz presidente

sábado, julho 10th, 2010

O presidente da Estradas de Portugal (EP), Almerindo Marques, afirmou hoje que o défice de 95 milhões de euros da empresa é “normal” e garantiu a inexistência de problemas em relação aos pagamentos planeados.”O valor do défice não preocupa a Estradas de Portugal. É um défice normal atendendo à dimensão e à fase de desenvolvimento do projeto da EP”, afirmou Almerindo Marques, em declarações aos jornalistas na sede da empresa.

A SIC noticiou na sexta feira que a Estradas de Portugal está a ficar sem dinheiro para pagar todos os compromissos assumidos com as SCUT, citando uma carta na qual a empresa pública pede ajuda aos Ministérios das Finanças e das Obras Públicas, Transportes e Comunicações.

MRA Alliance/Lusa

Parlamento: Esquerda impede Direita de adiar TGV por três anos

sexta-feira, maio 28th, 2010

A Assembleia da República chumbou hoje a proposta de adiamento por um período mínimo de três anos do projecto de construção da linha ferroviária de alta velocidade (TGV) Lisboa-Madrid, proposta pelo PSD. A proposta recebeu os votos favoráveis do PSD e CDS e os votos contra do PCP, Bloco de Esquerda e “Os Verdes”.

No projecto de resolução, o PSD dizia que a linha Lisboa-Madrid era “um investimento que contribuirá para o aumento da dívida externa do país” e defendia que o Governo devia apostar no “investimento público de menor dimensão”.Durante a sessão, esteve também em apreciação, por proposta do CDS-PP, o decreto-lei que aprovava as bases da concessão do projecto, construção, financiamento, manutenção e disponibilização do troço Poceirão-Caia, que fará parte da futura linha de alta velocidade Lisboa-Madrid, com abertura prevista para 2013.

O CDS-PP dizia também ser “dificilmente explicável” porque é que o Governo decidiu avançar com este troço, depois de ter suspendido as ligações Lisboa-Porto e Porto-Vigo “por causa do respectivo impacto nas finanças públicas e no endividamento” e afirma que “não estão clarificados os custos efetivos totais desta concessão, nem as necessidades de financiamento global”.

Pedro Mota Soares, líder parlamentar do CDS-PP, acusou o BE de «salvar o Governo», ao aprovar seis parcerias público-privadas (PPP) previstas no contrato de alta velocidade ferroviária. «Caiu neste debate a máscara ao Bloco de Esquerda e ficou à vista a enorme hipocrisia política com que o Bloco de Esquerda vem a este debate», disse Mota Soares, no debate de discussão da proposta do PSD para suspender por três anos a construção da ligação de alta velocidade entre Lisboa e Madrid. «Qual é o real propósito do Bloco de Esquerda em salvar seis parcerias público privadas que há um ano diabolizava, e, mais importante que isso, em salvar os investidores das PPP, mas, sobretudo, em salvar o Governo que os senhores dizem que estão a combater», questionou.

Ainda durante a mesma sessão parlamentar, PS, PSD e CDS-PP votaram contra o projecto de resolução do BE, “pela defesa da modernização da rede ferroviária nacional, incluindo a construção da linha de alta velocidade Lisboa-Madrid”.

O centro-direita parlamentar também inviabilizou a proposta do “reforço do investimento público” no transporte ferroviário, avançada pelo PCP, “com a introdução da alta velocidade com ligação prioritária para passageiros e mercadorias entre Lisboa e Madrid”.

Os projectos do PCP e do BE propunham-se substituir o “modelo de concessão a privados” pela gestão pública.

MRA Alliance/Agências

Banca recusa 500 milhões a construtora madeirense

segunda-feira, dezembro 28th, 2009

O governo regional está em dificuldades para fechar a operação financeira da ViaMadeira. Face à recusa da banca de um empréstimo de 500 milhões de euros, solicitado pelas empresas construtoras que integram a concessionária rodoviária, o executivo de Alberto João Jardim envolveu-se na procura de um modelo alternativo de financiamento para as estradas já em construção.

Com as portas da banca fechadas ao crédito, as construtoras, com problemas de liquidez, aguardam o pagamento de mais de 100 milhões de que o governo é devedor.

O governo madeirense, numa resolução publicada no Jornal Oficial de 4 de Dezembro, reconhece que, “apesar dos esforços desenvolvidos por todos os interessados, não foi possível fechar a operação financeira da concessão ViaMadeira”, abrindo-se agora uma negociação directa com as construtoras Tâmega, Zagope, Somague, Afavias e Tecnovia. Até Junho de 2010.

As dificuldades na obtenção do crédito encontradas pela Madeira, com a sua capacidade de endividamento praticamente esgotada e a de financiamento a deteriorar-se, não são alheias à revisão em baixa do respectivo rating. A Moody’s Global Credit Research, no relatório de 14 de Dezembro, mudou para negativa a perspectiva de rating. A nova avaliação, confirmando a depreciação feita em 23 de Outubro de 2008, significa que aumentou o risco de incumprimento de crédito da região e uma subida das taxas de juro.

MRA Alliance/Público