
Doze comandantes militares seniores rejeitaram o regime de Ali Abdullah Saleh, mas o ministro da Defesa exigiu às Forças Armadas que mantenham a lealdade para com o Presidente do Iémen há mais de 30 anos. As divisões entre militares aumentam os riscos de uma guerra civil.
“As Forças Armadas vão manter-se fieis ao juramento que fizeram perante Deus, a nação e a liderança política do irmão Presidente, Ali Abdullah Saleh. Não vamos permitir em quaisquer circunstâncias um golpe contra a democracia e a legitimidade democrática, ou uma violação da segurança da nação e dos cidadãos”, afirmou Mohammed Nasser Ahmed.
A declaração do ministro da Defesa segue-se à posição tomada por 12 comandantes militares seniores, que rejeitam continuar a cumprir ordens de Saleh e apoiam os milhares de revoltosos que exigem o fim do regime ditatorial. O último golpe para o Presidente foi dado pelo general Ali Mohsen al-Ahmar, confidente de longa data de Saleh e líder do Exército na região noroeste, que ontem anunciou que irá apoiar “a revolução pacífica” enviando soldados sob o seu comando para proteger os milhares de manifestantes que se reúnem na capital do país, Sana, a exigir a queda do regime, escreve o jornal britânico The Guardian.
Poucos minutos logo após esta deserção, os guardas republicanos, a força de elite comandada pelo filho do Presidente, Ahmed Ali, ocuparam postos chave em Sana para combaterem os opositores de Saleh.
Simultaneamente, demitiram-se sete embaixadores iemenitas, que representavam o país no Japão, Síria, República Checa, Jordânia, China, Arábia Saudita e Kuwait.
MRA Alliance