Archive for the ‘Hungria’ Category

Governo húngaro quer introduzir “taxa-hamburger”

sábado, março 12th, 2011

Após a criação dos polémicos impostos sobre os sectores bancário, de telecomunicações, energia e distribuição, o governo húngaro pretende introduzir, agora, uma “taxa-hamburguer”. A notícia é da AFP, citada pelo portal do Sapo.

“Os ministérios examinam os efeitos possíveis da introdução deste imposto”, informou nesta sexta-feira o ministro da Economia György Matolcsy no site do parlamento húngaro.

“Estudos recentes sobre os hábitos alimentares dos húngaros e os seus reflexos na saúde mostram que os problemas relacionados com um grande consumo de gordura e sal aumentaram”, informou o ministro.

“Para reverter o processo, os diferentes ministérios examinam os impostos que poderiam ser introduzidos e quais seriam seus efeitos económicos. Mas os produtos relacionados, os valores e a utilização da receita proveniente destas taxas ainda são desconhecidos”, acrescentou Matolcsy.

O governo húngaro, que deu início a um programa económico severo para reduzir o défice público e a dívida externa, mostrou-se muito criativo no que se refere à introdução de impostos em sectores específicos.

Se a “taxa-hamburguer” for aprovada, as redes de restaurantes fast-food podem recorrer ao argumento de discriminação, já que a cozinha húngara não é conhecida pela sua leveza. O imposto vai atingir qualquer alimento considerado gorduroso ou muito salgado.

MRA Alliance/DE

Bruxelas investiga medidas sobre “crise fiscal” na Hungria

terça-feira, janeiro 4th, 2011

Forint, moeda nacional da HungriaA decisão do Governo húngaro de aplicar taxas excepcionais a alguns sectores da economia levou a Comissão Europeia a iniciar há quinze dias a um processo de averiguação sobre a legalidade da medida aplicada por Budapeste, em Outubro, anunciou o porta-voz da Comissão, Olivier Bailly. Em causa está a aplicação de um conjunto de taxas excepcionais, a aplicar até 2013, que afectam as filiais de grandes empresas estrangeiras de sectores financeiros, energético, agro-alimentar, telecomunicações e distribuição.

Desde Outubro, a medida tem feito cair sobre Budapeste uma onde de críticas por parte de grandes grupos industriais. A 15 de Dezembro – cinco dias antes de Bruxelas ter aberto o inquérito – o presidente da Comissão, Durão Barroso, recebeu uma carta conjunta de 13 grandes empresas a criticar as taxas excepcionais, que o Governo húngaro decidiu aplicar para ajudar o país a cumprir a redução do seu défice orçamental e que farão as empresas pagar ao Estado o equivalente a 1,3 milhões de euros nos próximos três anos.

O grupo de empresas, sobretudo alemãs e austríacas, alegava que a Hungria, enquanto “estado-membro” da União Europeia, “deve ser induzida a restaurar a confiança das empresas” que operam no país, bem como a prevenir “um fardo” imposto a apenas alguns sectores da economia.

Bruxelas não coloca problemas às “escolhas orçamentais e fiscais feitas pelos estados-membros para consolidar e reequilibrar a situação orçamental”, assegurou Bailly, citado pelo Figaro online.

Bailly prometeu investigar e assegurar que os princípios de igualdade fiscal constantes da legislação comunitária impedem que os operadores de um sector sejam taxados mais do que outros, no âmbito da monitorização da chamada “crise fiscal” húngara, por Bruxelas.

MRA Alliance

Hungria é o 10º país do mundo em risco de bancarrota

sexta-feira, junho 4th, 2010

A Hungria entrou hoje para o grupo dos dez países do mundo com maior risco de incumprimento (default) da sua dívida soberana, arrastando o índice da bolsa de Budapeste para uma queda da ordem dos 3%. Os investidores olham agora com particular atenção para a evolução das finanças públicas da Roménia e da Bulgária que padecem de idênticas vulnerabilidades.

A Hungria é assim o primeiro país do leste da União Europeia em risco de declarar bancarrota, a despeito do programa de saneamento financeiro acordado com o Fundo Monetário Internacional, a União Europeia e o Banco Mundial, em 2008.

A taxa de probabilidade de default da sua dívida soberana foi calculada em 23%. O custo dos seus seguros de risco CDS (credit default swaps) galgou para os 390 pontos base, acima do custo dos derivativos similares relativos à dívida portuguesa.

A desconfiança dos investidores em relação à Hungria disparou com o anúncio de que o défice oficial previsto para 2010 poderá ter de ser rectificado dos 4 ou 4,5% actuais para mais de 7% do Produto Interno Bruto (PIB).

A notícia divulgada hoje pelo Governo de Budapeste provocou quedas assinaláveis nas bolsas mundiais tendo afectado particularmente os papéis dos bancos, em particular os alemães e austríacos, com exposição excessiva na concessão de crédito e de garantias financeiras ao Estado húngaro, bem como às empresas e particulares daquele país.

MRA Alliance/Agências