Archive for the ‘Nacionalidade portuguesa’ Category

Mais 21 mil obtiveram nacionalidade portuguesa no primeiro semestre

segunda-feira, agosto 22nd, 2011

Mais 21 584 estrangeiros obtiveram a nacionalidade portuguesa nos primeiros seis meses deste ano, quase tantos como na totalidade de 2010 (24 478).  O Governo está entretanto a analisar a Lei da Nacionalidade, segundo anunciou recentemente o secretário de Estado da Administração Interna.

Na calha está o “abrandamento” dos requisitos, provavelmente para se reduzir o número de naturalizações. As associações de imigrantes já reagiram e temem “um retrocesso nas políticas de integração”, e vão pedir explicações ao Governo.

“Quando um político diz que vai reflectir é porque já tem uma opinião sobre o assunto, e parece-nos que a opinião que tem não é favorável. Portugal tem uma lei bastante razoável, até no contexto da União Europeia, e é expectável que seja aprofundado esse esforço de integração, mas parece que vai haver um retrocesso”, protesta Paulo Mendes, coordenador da Plataforma das Associações de Imigrantes (PERCIP).

MRA Alliance/DN

Governo vai analisar “com cuidado” Lei da Nacionalidade

quarta-feira, agosto 17th, 2011

O secretário de Estado da Administração Interna disse hoje que o Governo vai analisar “com cuidado” a Lei da Nacionalidade, tendo em conta “o abrandamento” registado no ano passado ao nível dos requisitos da concessão da nacionalidade portuguesa.

“O Governo vai analisar a Lei da Nacionalidade que está neste momento em vigor e ver se fará sentido introduzir alguns ajustamentos”, disse à agência Lusa Filipe Lobo D´Ávila, no final da cerimónia de tomada de posse do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiro e Fronteiras (SEF).

Segundo o secretário de Estado, “importa analisar com algum cuidado” a Lei da Nacionalidade, uma vez que as conclusões do relatório anual do SEF demonstram que há um abrandamento ao nível dos requisitos da concessão da nacionalidade.

Filipe Lobo D´Ávila adiantou que a análise vai ser feita em parceria com o SEF e com o sindicato.

Segundo o relatório do SEF, no ano passado foram apresentados 32.415 pedidos de parecer para acesso à nacionalidade portuguesa, destacando-se os pedidos de cidadãos dos Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), mas também do leste europeu (Moldávia e Ucrânia).

O SEF emitiu 17.376 pareces para acesso à nacionalidade, dos quais a esmagadora maioria (17.095), foram positivos.

MRA Alliance/DD

Mais 22 mil imigrantes com nacionalidade portuguesa

quarta-feira, julho 7th, 2010

A nova lei da nacionalidade fez disparar as concessões de cidadania. Entre 2006 e 2008, mais que quintuplicou ao passar de 4447 para 22408. Uma boa notícia, dizem os representantes dos imigrantes, que alertam, porém, para o número crescente de ilegais. Os dados foram divulgados, ontem, terça-feira, pelo gabinete de estatísticas da União Europeia.

O Eurostat comparou as concessões de cidadania nos 27 países da UE em 2007 e 2008, usando diversos critérios. Um deles é o rácio entre o número de estrangeiros residentes no país e o que conseguiu a nacionalidade. Portugal foi o segundo país da lista, ao conceder 51 cidadanias por mil imigrantes, mais do dobro da média europeia (23).

À frente, só a Suécia (54), que é também o país que mais nacionalidades atribuiu em função do número de habitantes (3,2 por mil residentes). Neste critério, Portugal ocupa também uma posição cimeira, com uma taxa de 2,1 por mil habitantes, sendo a média europeia de 1,4.

No que respeita ao país de origem, a comunidade cabo-verdiana foi a que registou maior número de nacionalidades atribuídas em Portugal no ano de 2008: 6013, o que representa 27% do total. Seguem-se o Brasil (4080) e a Guiné-Bissau (2754).

De acordo com Vera Silva, coordenadora da Comissão Nacional para a Legalização de Imigrantes, há países de origem que dificultam a obtenção de cidadania. “Há angolanos que querem, há décadas, a nacionalidade portuguesa e não conseguem, porque documentos como certificados de habilitações e registos criminais, foram destruídos ou perdidos”, denuncia.

A nova lei da nacionalidade, que entrou em vigor em Dezembro de 2006, é uma “legislação inclusiva”, que facilitou o processo de aquisição de cidadania portuguesa por parte de estrangeiros residentes no país, mas continua a pecar pela demora na tramitação, na opinião daquela responsável. “A resposta devia ser dada em 77 dias úteis, mas o tempo de espera ronda os dez a 12 meses e há pessoas à espera há três anos”, sublinha Vera Silva.

MRA Alliance/JN

Timorenses podem ter dupla nacionalidade

quarta-feira, julho 23rd, 2008

nacionalidade_timor.jpgCom a independência de Timor-Leste, em Maio de 2002, um grupo de trabalho do MNE estudou as questões de nacionalidade dos timorenses e entregou, em 2005, um relatório que sugere que têm direito a serem portugueses, revela hoje o Diário de Notícias. O Governo alterou a lei em 2006, mas nada mudou. Os cidadãos de Timor-Leste são também portugueses e a maioria pode, se assim o entender, requisitar a dupla nacionalidade. O DN teve acesso a um memorando interno do Governo que concluiu que a independência daquele território em Maio de 2002 coloca problemas de atribuição da nacionalidade.