Archive for the ‘Guerra’ Category

Líbia: Anúncio de governo interino foi adiado “sine die”

segunda-feira, setembro 19th, 2011

O governo interino líbio, que deveria ter sido anunciado ontgem, foi adiado “sine die”, enquanto no terreno as forças pró-Khadafi continuam a resistir ao ataque dos combatentes em dois importantes bastiões.

As forças do Conselho Nacional de Transição (CNT) continuaram o seu ataque aos grandes últimos bastiões do coronel, Sirte (a 360 quilómetros de Trípoli e a sua cidade natal), e Bani Walid (a 150 quilómetros), sem registar avanços.

Enquanto isso, prosseguiam as conversações para um governo interino que devia ter sido anunciado ontem. A meio da tarde de hoje, chegou a informação de que à falta de acordo, este executivo ficaria adiado. O governo “fica adiado sine die para prosseguir conversações”, disse o “número dois” do CNT; Mahmoud Jibril, em conferência de imprensa. “Há acordo sobre a atribuição de numerosas pastas. Outras estão ainda a ser discutidas, mas esperamos concluir estas discussões o mais cedo possível.”

A agência francesa AFP tinha antes antecipado que o governo deveria ter 34 ministros e ser chefiado por Jibril. Duas das pastas seriam ocupadas por mulheres.

Em Bani Walid, a Reuters fala de um “ataque caótico”, com divisões entre os combatentes do CNT. As forças locais culpam os que vieram de fora de serem desorganizados e de não se quererem coordenar; os de fora acham que os locais estão a passar informações a lealistas.

Em Sirte, os combatentes anti-Khadafi eram atingidos com armas pesadas, dizia um comandante militar à agência noticiosa francesa AFP. “O problema é que há crianças e civis [dentro da cidade] e nós não os queremos atingir com rockets ou artilharia pesada”, explicava Walid al-Fetouri. “Mas por outro lado, eles disparam contra nós com metralhadoras pesadas e artilharia”.

O CNT precisa de conquistar estas duas zonas antes de poder declarar a Líbia “libertada” e começar a trabalhar na Constituição e eleições – prevendo oito meses para eleger uma Assembleia Constituinte e mais um ano até às eleições gerais.

MRA Alliance/Público

Drama humanitário toma conta da Líbia

domingo, agosto 28th, 2011

Em Trípoli, escasseiam água, medicamentos, energia e combustíveis. Na capital, as forças pró-Kadhafi resumem-se a pequenas bolsas de tropas leais ao regime em colapso e a atiradores furtivos por conta própria. Os rebeldes, apoiados no terreno por forças especiais da NATO, à revelia do mandato da ONU, viram-se agora para Sirte, fazendo cerco à cidade natal de Kadhafi. Esta conquista pode ser decisiva para a vitória final dos testas de ferro do complexo industrial-militar euro-americano.

Nas últimas horas, as tropas rebeldes do Conselho Nacional de Transição (CNT) conquistaram Bin Jawad e lograram ainda abrir a fronteira com a Tunísia, ponto estratégico para o abastecimento de Trípoli. Depois de o CNT anunciar a libertação de Trípoli, os combates prosseguiram rua a rua e, muitas vezes, casa a casa, deixando um rasto de mortos nas artérias da capital.

Nas últimas horas eram audíveis violentos combates, principalmente no sul da cidade. Os mortos são agora às centenas e estavam a ser deixados abandonados sob o Sol, em plena decomposição. A decisão foi por isso começar a sepultar os corpos, sem identificação, em valas comuns.

O caos também é visível nos hospitais, completamente cheios, sendo vulgar encontrar na mesma enfermaria feridos que combateram em lados opostos.
À semelhança do que acontece por toda a capital, também nos hospitais falta quase tudo: pessoal médico, medicamentos e outros bens de primeira necessidade.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu o envio urgente de ajuda humanitária. O CNT já considerou que é uma prioridade resolver esse problema.

MRA Alliance/Agências

ONU desbloqueia USD 1,5 mil milhões para rebeldes líbios

sexta-feira, agosto 26th, 2011

O Conselho de Segurança da ONU aprovou esta quinta-feira o desbloqueamento de 1,5 mil milhões de dólares, cerca de mil milhões de euros de fundos líbios, para financiar os esforços dos rebeldes na Líbia.

O dinheiro, garantem, será usado para a reconstrução do país, destruído pelos confrontos entre Kadhafi e as suas tropas, e os rebeldes, apoiados por forças das Nações Unidas. O acordo surgiu depois da África do Sul, que se opunha há já duas semanas, ter cedido e aprovado a medida.

Os fundos líbios, congelados ao regime de Kadhafi pelos Estados Unidos vão ser assim libertados e disponibilizados, ao que a África do Sul se opunha, por entender que tal implicaria o reconhecimento internacional do Conselho Nacional de Transição.

Os Estados Unidos propõem a distribuição do dinheiro entre organizações humanitárias, Conselho de Transição e fundos internacionais, para que a Líbia possa adquirir combustível e outros bens similares, enquanto que o FMI garante que só irá reconhecer o novo governo líbio quando este for alvo de um «reconhecimento claro e alargado», pela comunidade internacional.

MRA Alliance/Agências

Khadafi volta a pedir aos líbios que expulsem “os ratos e infiéis”

sexta-feira, agosto 26th, 2011

A estação de televisão Al-Orouba, descrita como leal ao regime, transmitiu hoje uma nova mensagem de Muammar Khadafi na qual o ditador líbio volta a apelar aos seus seguidores que expulsem “os ratos e infiéis”. “A Líbia é para os líbios, não para agentes estrangeiros”, disse.

O coronel que governou a Líbia durante mais de 40 anos, e que vê agora o seu regime chegar ao fim após a chegada dos rebeldes a Trípoli, apelou aos líbios, numa mensagem de áudio, para que se desloquem para a capital para a “purificar” e combater os rebeldes, que qualificou como “ratos” e “infiéis”.

Tem sido este o teor das mensagens de Khadafi desde que os opositores chegaram a Trípoli, no domingo à noite, um apelo à violência e uma recusa da derrota, quando os rebeldes dizem já controlar 95 por cento da capital.

A cidade foi tomada mas Khadafi continua por capturar. Sirte, a sua cidade natal, é um dos locais em que se acredita que possa estar escondido, e é daí que, segundo a Reuters, terá sido enviada esta mensagem.

Khadafi dirigiu-se aos apoiantes, pediu-lhes que expulsem os “agentes estrangeiros” e adiantou: “A Líbia é para o povo líbio e não para agentes, não para o imperialismo, não para a França, não para Sarkozy, não para Itália”. Trípoli, disse, “é para vocês, não para aqueles que confiam na NATO”.

Os líbios devem “lutar e destruir” os rebeldes em Trípoli, adiantou Khadafi, que disse ainda aos seus apoiantes para saírem à rua e trazerem “as mulheres e as crianças”. Tal como em outras mensagens, e mesmo depois de ter visto invadido o seu complexo militar em Trípoli, Khadafi voltou a apelar à violência. “É preciso resistir contra esses ratos inimigos, que serão vencidos pela luta armada”.

MRA Alliance/Público

Oposição líbia pede 1,7 mil milhões para estabilizar o país

quinta-feira, agosto 25th, 2011

Com as forças do regime quase expulsas de Tripoli, no dia do golpe de Estado que levou Kadhafi ao poder em 1969, as atenções dos aliados voltam-se agora para o apoio económico à reconstrução da Líbia.

Ao falar ontem em Doha, capital do Qatar, o primeiro-ministro do Conselho Nacional de Transição (CNT, governo provisório da oposição), Mahmud Jibril, anunciou a convocação “imediata” nessa cidade de uma conferência de países doadores, que tem como objectivo a angariação de fundos para o novo governo: cerca de 1,7 mil milhões numa primeira fase. Entre os países presentes estão os EUA, o Reino Unido, a França, a Itália, a Turquia e o Qatar.

Londres anunciou que a ONU vai debater já na próxima semana uma resolução para descongelar os activos líbios em todo o mundo. “As nações aliadas esperam abrir o caminho para o descongelamento dos activos que, em última análise, pertencem ao povo líbio”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, William Hague.

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, afirmou que Washington espera desbloquear imediatamente entre 694 milhões e mil milhões de euros para a oposição líbia.

A Áustria também manifestou o desejo de colocar à disposição do conselho revoltoso parte dos 1,2 mil milhões de euros em activos líbios que tem congelados.

MRA Alliance/DE

Rebeldes líbios já combatem Khadafi dentro da capital

domingo, agosto 21st, 2011

Não é certo que se trate da batalha final, mas às explosões que marcaram o início da noite na capital da Líbia seguiram-se longas trocas de tiros e os rebeldes reivinicaram ter cercado o complexo de Muammar Khadafi e tomado o controlo de várias zonas da cidade.

O regime admitiu que pequenos grupos de rebeldes conseguiram infiltrar-se em Trípoli, mas assegura que foram derrotados. O coronel ainda é o líder líbio, garantiu aos jornalistas que se encontram na cidade o porta-voz do Governo, Moussa Ibrahim.

O próprio Khadafi dirigiu-se aos líbios numa mensagem áudio, descrevendo os rebeldes como “ratos” que querem “destruir o povo” e felicitando os seus seguidores por repelirem os seus ataques. Como fizera nas últimas mensagens, desde que se sente cada vez mais cercado e isolado, apelou aos líbios para “marcharem aos milhões” decididos a “libertar as cidades destruídas”.

Há muitas dúvidas ainda sobre a dimensão da entrada da oposição armada que desde Fevereiro combate um regime com 41 anos no seu último reduto. Mas pouco depois da quebra do jejum do Ramadão, ao início da noite, já havia líbios em diferentes bairros de Trípoli a festejar na rua a chegada dos rebeldes. Seguiram-se explosões que os opositores explicam ser parte de uma “revolta planeada”.

Segundo um líder rebelde ouvido pela Al-Jazira, pelo menos 123 rebeldes morreram no bairro de Tajura, nos subúrbios leste de Trípoli, precisamente onde começaram por se ouvir as explosões e os tiros. Mas Mohamed al-Harizi também diz que a oposição controla a zona.

MRA Alliance/Público

Líbia: Rebeldes ganham terreno a Kadhafi

sábado, agosto 20th, 2011

Na linha da frente dos combates na Líbia, os rebeldes anunciaram hoje  alegados sucessos no plano militar, com a tomada do controlo das cidades de Zliten e Zawiyah. Os rebeldes anunciaram que Zawiyah estava libertada após tomarem de assalto o hospital, o último grande edifício controlado pelas forças pró-Kadhafi.

Momentos antes, quando tomavam a praça central da cidade, os rebeldes enfrentaram atiradores furtivos. Em Zawiyah, o alvo mais importante é a refinaria, única fonte de abastecimento da capital em gasolina, gasóleo e gás.

A tomada do controle da refinaria pode provocar um agravamento da situação em Tripoli, principalmente porque os rebeldes controlam a estrada de acesso à fronteira com a Tunísia, via de abastecimento vital para o regime.

Entretanto, o coronel Abdel Sallam Jalloud, reconhecido braço direito de Kadhafi, desertou.

MRA Aliance/Agências

ONU exclui Kadhafi do plano de transição na Líbia

sexta-feira, julho 22nd, 2011

Um enviado especial da Nações Unidas vai propor um cessar-fogo na Líbia seguido pela criação imediata de uma autoridade provisória composta em partes iguais pelo governo e pelos rebeldes, mas sem Muammar Kadhafi e os seus filhos, segundo um destacado diplomata europeu que pediu para manter o anonimato.

O diplomata europeu disse que, pela proposta da ONU, Kadhafi teria de renunciar, mas que isso seria parte do processo, e não uma pré-condição. Quando a autoridade provisória fosse criada e Kadhafi deixasse de controlar as forças de segurança, os líbios de Trípoli não lhe teriam mais medo, e nessa altura o seu regime estaria na prática encerrado, argumentou. Kadhafi, há 41 anos no poder, rejeitou ontem a hipótese de negociar com os rebeldes, que contam com apoio militar de governos ocidentais.

O diplomata europeu acrescentou que a autoridade provisória proposta nomearia um presidente, controlaria a polícia, as Forças Armadas e os serviços de segurança, e supervisionaria um processo de reconciliação, levando à eleição para uma assembleia nacional constituinte.

A pedido do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, o senador jordano Abdul Elah al Khatib está a procurar uma solução para a guerra civil líbia, que começou em Fevereiro. Já se reuniu várias vezes com o governo e com os rebeldes do leste do país.

Khatib não quis revelar pormenores das suas propostas, mas disse em Amã que «a ONU está a exercer seriíssimos esforços para criar um processo político que tenha dois pilares – um é um acordo para um cessar-fogo, e simultaneamente um acordo para estabelecer um mecanismo que governe o período de transição».

MRA Alliance/DD

Ex-Jugoslávia: Detido último fugitivo de guerra servo-croata acusado de crimes contra a Humanidade

quarta-feira, julho 20th, 2011

Goran Hadzic, antigo líder da província separatista servo-croata da Krajina, foi detido na noite passada, confirmou o presidente sérvio. Hadzic, que é suspeito de vários crimes durante a guerra na Croácia entre 1991 e 1995, vivia escondido na Sérvia desde 2004. É o último fugitivo do Tribunal Penal Internacional a ser capturado por alegados crimes de guerra perpetrados na ex-Jugoslávia .

“A Sérvia fecha o capítulo mais difícil na sua colaboração com o tribunal de Haia”, declarou Boris Tadic, perante os jornalistas. O presidente sérvio voltou a negar qualquer má vontade e a rejeitar responsabilidades no lento processo que levou à captura dos líderes político e militar dos sérvios na Bósnia, Radovan Karadzic e Ratko Mladic.

“Só posso confirmar que fizemos todo o possível e estou muito orgulhoso de todos que trabalharam nesta questão”, disse Tadic, manifestando, ainda que de modo indireto, a esperança da detenção permitir o avanço da integração da Sérvia na União Europeia. Belgrado quer ter o estatuto de candidato a Estado-membro e definir, até ao final do ano, uma data para início de negociações de adesão.

A estação de televisão sérvia B92 avançou que Hadzic foi detido no mosteiro de Krusedol, mas o presidente desmentiu o local. Hadzic, de 52 anos, foi detido num bosque, na região montanhosa, em Fruska Gora, a 80 quilómetros de Belgrado, onde tinha combinado encontrar-se com “um contacto”.

Goran Hadzic foi líder da província separatista servo-croata da Krajina em 92 e 93, que tinha um terço do território croata.  Sobre Hadzic pendem 14 acusações do TPI, desde 2004, incluindo crimes contra a humanidade, perseguição, extermínio, tortura, deportação e destruição em massa. É suspeito de envolvimento na morte de centenas de civis croatas e na deportação de dezenas de milhares de não-sérvios para as tropas sérvias durante a guerra na Croácia.

MRA Alliance/RTP

Sérvia: Sociedade civil enfrenta “o fardo do genocídio”

segunda-feira, maio 30th, 2011

Danko Runic recusa a “culpa coletiva” dos sérvios pelo que fizeram homens como Ratko Mladic, “mas o genocídio foi cometido pelo Estado e quem quer que esteja depois no poder tem que lidar com isso”. Frases como esta são sacrílegas para boa parte da opinião pública sérvia, ontem como hoje e ainda mais — se possível — nos dias em que a magistratura de Belgrado prepara a extradição do antigo chefe dos sérvios bósnios para Haia.

“Devíamos esta prisão aos nossos vizinhos”, prossegue Danko Runic, jovem diretor do departamento de Integração Europeia e Cooperação com a Sociedade Civil na administração da capital sérvia. “Espero que a prisão de Mladic seja um primeiro passo para a adesão à União Europeia, mas antes de mais e sobretudo espero que nos ajude a enfrentar o passado”, acrescenta Danko Runic, que é também dirigente de um partido da oposição, os Liberais Democratas Sérvios. “A prisão de Mladic vai trazer, oxalá, um alívio para o sentimento de culpa pelo que aconteceu e, também, alguma paz para o sofrimento imenso causado às vítimas durante as guerras”, afirma também o jovem responsável municipal.

Ratko Mladic é acusado pelo Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia (TPI) de ordenar o massacre de cerca de oito mil muçulmanos bósnios em julho de 1995, no enclave de Srebrenica, além de liderar os 42 meses de cerco e bombardeamento de Sarajevo durante 42 meses.

Danko Runic alerta para “a forma profundamente errada em como a imprensa sérvia apresenta a prisão de Mladic como uma história ‘sexy’, recordando o seu passado militar glorioso e focando a atenção na pessoa dele e na sua biografia”.

Para Runic, “esse é o lado da história completamente irrelevante hoje”. Na televisão nacional, acrescenta, a prisão de Mladic, no dia 26 de maio, foi pretexto “para a exibição de apenas um documentário” na televisão nacional.

“Gostaria de ver, pelo menos, um segundo programa focado nas vítimas de Srebrenica e em todo o sofrimento que Mladic e o seu exército causaram a tanta gente. E também sobre as técnicas do genocídio: havia camiões, havia organização, aquilo foi pensado”, explica o jovem quadro dos Liberais Democratas.

O “fardo coletivo”, diz Danko Runic, apenas pode ser enfrentado por organizações e por iniciativa da sociedade civil, “pois os dirigentes políticos já provaram que não estão interessados em fomentar esse processo”.

Runic fala da importância de projetos como a Casa dos Direitos Humanos, em instalação no centro de Belgrado, ao lado do Parlamento, “e que pretendemos que tenha um arquivo sobre as guerras e os crimes da ex-Jugoslávia maior do que o do TPI em Haia”. A Casa deve abrir até ao final do ano.

Outro projeto, bastante mais ambicioso, é o da REKOM, a rede regional que, no antigo espaço jugoslavo, trabalha em prol da constituição de uma Comissão da Verdade que estabeleça “o destino de cada vítima nos vários países entre 1991 e 2000”.

Uma tal comissão seria diferente do TPI, “em primeiro lugar porque não é um órgão judicial. Precisamos de enfrentar todos o que aconteceu, à semelhança do que foi feito na Argentina, África do Sul e outros países”, diz Danko Runic.

“Não é demasiado tarde” para esse esforço e, no que respeita à Sérvia, o país só tem a ganhar. “Não podemos ter uma boa relação com Bruxelas sem antes resolver o nosso passado recente com Zagreb, com Sarajevo, com Pristina, com Podgorica”.

MRA Alliance/Lusa-Sic Notícias

Morte de Bin Laden reacende debate sobre retirada de tropas do Afeganistão

quinta-feira, maio 12th, 2011

A morte de Osama Bin Laden reacendeu o debate sobre a retirada das tropas americanas do Afeganistão e as razões pela quais dezenas de milhares de soldados foram enviados às montanhas daquele país nos últimos 10 anos à procura dos membros da rede Al-Qaeda.

O objetivo da intervenção americana, iniciada semanas após os atentados de 11 de setembro de 2011, era caçar os membros da rede extremista e o esconderijo do seu líder. Agora, uma década depois, 100 mil americanos e 44 mil soldados da NATO combatem os talibãs afegãos rebeldes.

Os combatentes estrangeiros da Al-Qaeda seriam menos de 200 no país, escreveu Leslie Ghelb, um ex-alto funcionario americano, em uma coluna publicada na segunda-feira no Wall Street Journal. “Missão cumprida”, sentenciou. Pelo menos no “necessário e possível”.

“O Afeganistão já não é mais interessante em termos de segurança para os Estados Unidos. O país é o retrato do fracasso das elites políticas americanas ao considerar dois simples factos: a ameaça da Al-Qaeda já não está mais concentrada neste campo de batalha e a luta contra os talibãs é sobretudo um assunto dos afegãos”, considerou.

Os Estados Unidos e a Otan devem transferir a segurança às forças afegãs até o fim de 2014. No entanto, com a morte de Bin Laden, multiplicam-se as hipóteses de que a operação seria realizada agora no mês de julho, data anunciada pelo presidente Barack Obama para o início da retirada das tropas.

A retirada deve ser reduzida, se não simbólica, segundo a maioria dos analistas internacionais. O Wall Street Journal publicou na terça-feira que em julho acontecerá a saída de cinco mil militares e outros cinco mil o farão ao final do ano, mas o general David Petraus afirmou que se trata de mera especulação. O comandante das forças internacionais no Afeganistão deve apresentar brevemente as suas recomendações ao presidente.

A morte de Bin Laden “seguramente avivará o debate sobre o ritmo da retirada”, acredita Robert Lamb, do Centro Estratégico de Estudos Interncionais (CSIS, na sigla em inglês), que é favorável à continuidade do compromisso americano. “Apesar da morte de Bin Laden ser, sem dúvida, um acontecimento muito importante, ela é essencialmente simbólica do ponto de vista estratégico”, justificou.

MRA Alliance/AFP

Paris admite dar bens de Khadafi aos rebeldes

sexta-feira, abril 22nd, 2011

Muammar KadhafiA França admite a hipótese de usar bens da família de Muammar Khadafi, que tinham sido congelados no país, para financiar as forças rebeldes da Líbia. A possibilidade é avançada por uma fonte próxima do Eliseu à agência Reuters, numa altura em que militares norte-americanos afirmam que o conflito se encaminha para um impasse.

Apesar dos bombardeamentos da NATO já terem destruído 30% a 40% da capacidade bélica de Khadafi, as forças do líder líbio ainda continuam a ter um poder de fogo importante. Os Estados Unidos aprovaram hoje o uso de aviões armados não tripulados contra as forças do regime líbio.

MRA Alliance/RR

Metade dos americanos contra intervenção na Líbia

quarta-feira, março 30th, 2011

Barack ObamaQuase metade dos americanos se opõe que seu país se envolva no conflito na Líbia, segundo pesquisa publicada nesta quarta-feira e que coloca em evidência o risco assumido pelo presidente Barack Obama ao gerir um conflito tão complexo. Na última pesquisa da Universidade Quinnipiac, 47% dos eleitores entrevistados opõem-se à intervenção dos Estados Unidos na Líbia, contra 41% que aprovam.Apesar de 53% dos consultados aprovarem os disparos de mísseis de longo alcance para destruir as defesas aéreas líbias (33% são contrários), 48% (contra 41%) acham que os Estados Unidos não devem “derrubar o dirigente Muamar Kadhafi pela força”, uma eventualidade que Obama descartou.

O presidente, que na segunda-feira se dirigiu aos seus compatriotas para defender a participação das forças armadas norte-americanas contra o regime líbio a fim de evitar um massacre em nome dos valores americanos, enfrenta um profundo cepticismo por parte de seus cidadãos, destaca o estudo.

MRA Alliance/Agências

Caça americano cai na Líbia

terça-feira, março 22nd, 2011

libia_f-15.jpgUm caça norte-americano F-15 caiu na Líbia, os dois tripulantes ejectaram-se e um já foi resgatado, anunciou hoje, terça-feira, o comando norte-americano AFRICOM em Estugarda, Alemanha. Um porta-voz do AFRICOM, Vince Crawley, disse que o avião não foi abatido e pode ter sofrido um problema mecânico.

O aparelho caiu na noite de segunda-feira para hoje. Os membros da tripulação sofreram ferimentos ligeiros.

MRA Alliance/Agências

Divisões entre militares põem Iémen à beira da guerra

terça-feira, março 22nd, 2011

Tumultos no Iémen

Doze comandantes militares seniores rejeitaram o regime de Ali Abdullah Saleh, mas o ministro da Defesa exigiu às Forças Armadas que mantenham a lealdade para com o Presidente do Iémen há mais de 30 anos. As divisões entre militares aumentam os riscos de uma guerra civil.

“As Forças Armadas vão manter-se fieis ao juramento que fizeram perante Deus, a nação e a liderança política do irmão Presidente, Ali Abdullah Saleh. Não vamos permitir em quaisquer circunstâncias um golpe contra a democracia e a legitimidade democrática, ou uma violação da segurança da nação e dos cidadãos”, afirmou Mohammed Nasser Ahmed.

A declaração do ministro da Defesa segue-se à posição tomada por 12 comandantes militares seniores, que rejeitam continuar a cumprir ordens de Saleh e apoiam os milhares de revoltosos que exigem o fim do regime ditatorial. O último golpe para o Presidente foi dado pelo general Ali Mohsen al-Ahmar, confidente de longa data de Saleh e líder do Exército na região noroeste, que ontem anunciou que irá apoiar “a revolução pacífica” enviando soldados sob o seu comando para proteger os milhares de manifestantes que se reúnem na capital do país, Sana, a exigir a queda do regime, escreve o jornal britânico The Guardian.

Poucos minutos logo após esta deserção, os guardas republicanos, a força de elite comandada pelo filho do Presidente, Ahmed Ali, ocuparam postos chave em Sana para combaterem os opositores de Saleh.

Simultaneamente, demitiram-se sete embaixadores iemenitas, que representavam o país no Japão, Síria, República Checa, Jordânia, China, Arábia Saudita e Kuwait.

MRA Alliance

Primeiro ataque à Líbia foi «um êxito», dizem EUA; China e Rússia demarcam-se

domingo, março 20th, 2011

Míssil Tomahawk lançado sobre a LíbiaO principal responsável militar dos Estados Unidos, o almirante Michael Mullen, afirmou que a primeira fase de ataques aéreos a Líbia foi «um êxito» e que garantiu uma zona de exclusão área, citado pela BBC.

Segundo o mesmo responsável, as forças militares fieis a Muammar Kadhafi «suspenderam o avanço» para Benghazi, cidade “base” dos rebeldes a quase mil quilómetros para leste da capital, Tripoli.

Kadhafi promete responder e afirma que não desistirá e que quem o atacar sofrerá as consequências.

Hoje de madrugada, segundo um porta-voz do comando militar africano dos EUA em Estugarda, na Alemanha, Kenneth Fidler, 19 aviões norte-americanos, entre os quais três bombardeiros furtivos B2 e caças F-15 e F-16, voltaram a carga com outros alvos estratégicos de forma a garantir a segurança dos locais.

No segundo dia da operação militar da França, dos EUA e do Reino na Líbia, baptizada de ‘Odisseia ao Amanhecer’, o ministro dos Negócios Estrangeiros da China lamentou esta intervenção e apelou à estabilidade na região.

As declarações de Pequim surgem um dia depois de a Rússia ter manifestado incomodo com o ataque da coligação ocidental contra as forças de Kadhafi.

Recorde-se que a China e a Rússia, que têm poder de veto, abstiveram-se na votação da passada quinta-feira da resolução das Nações Unidas que permite “todas as medidas necessárias” – incluindo ataques aéreos – “para proteger os civis e as áreas povoadas por estes sob ataque na Líbia, incluindo Benghazi”.

MRA Alliance/IPJornal

Líbia: EUA e França iniciam bombardeamentos

domingo, março 20th, 2011

Míssil TomahawkOs EUA e a França iniciaram no sábado ataques contra a Líbia, atingindo sobretudo as instalações anti-aéreas do regime de Muammar Kadhafi. Cerca de 100 mísseis de cruzeiro foram lançados de navios norte-americanos estacionados no Mediterrâneo e bombardeiros franceses atacaram alvos militares para prevenir ataques às zonas que estão nas mãos dos rebeldes.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que os ataques não foram tomados de ânimo leve. “Não podemos ficar parados enquanto um tirano diz à população do seu país que não terá misericórdia”, afirmou no Brasil, onde se encontra numa visita oficial.

Nos ataques lançados pela aviação francesa foram destruídos pelo menos quatro tanques das forças fiéis a Kadhafi. O primeiro disparo da operação ‘Odisseia ao Amanhecer’ teve lugar à tarde, horas depois de os aliados, reunidos em Paris, aprovarem a intervenção. Ainda as notícias do ataque não tinham surgido nas agências e já o presidente da França, Nicolas Sarkozy, afirmava: “Os nossos aviões já estão a travar a loucura assassina de Kadhafi.”

A operação está a ser realizada por uma coligação que inclui EUA, França, Reino Unido, Canadá e Itália, apoiados por aliados como a Espanha, que disponibilizou navios e aviões. Os 22 membros da Liga Árabe, também presentes em Paris, manifestaram menor entusiasmo que Sarkozy. Amr Moussa, secretário-geral da organização, frisou: “O objectivo da intervenção é proteger civis e não invadir o país. Não deve haver execessos”. Neste aspecto, a posição da Liga Árabe é partilhada pelos rebeldes anti-Kadhafi, que frisaram: nenhum soldado ocidental deve pisar solo líbio.

O regime líbio classificou a intervenção como “uma barbaridade injustificável”, alegando que os bombardeamentos causaram vítimas entre a população civil. O líder líbio, Muammar Kadhafi, ameaçou hoje as forças aliadas com uma resposta militar e assegurou que o Mediterrâneo e o Norte de África converteram-se numa “zona de guerra”, numa mensagem áudio difundida na televisão estatal do país.

Kadhafi descreveu a operação lançada hoje, no âmbito de uma resolução das Nações Unidas, como uma”agressão injustificada”. “Os arsenais estão abertos para defender a Líbia”, acrescentou o líder.

MRA Alliance/CM 

Líbia anuncia fim de todas as operações militares

sexta-feira, março 18th, 2011

MNE da Líbia - Musa KusaA Líbia decidiu nesta sexta-feira encerrar todas as operações militares após a resolução aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, que autorizando ataques aéreos contra o regime do coronel Muamar Kadhafi, anunciou o ministro líbio das Relações Exteriores, Musa Kusa.

“A Líbia decidiu aplicar de imediato um cessar-fogo e dar por encerrada todas as operações militares”, declarou Kusa em uma entrevista coletiva. Ele afirmou que o país, por ser membro das Nações Unidas, está “obrigado a aceitar a resolução do Conselho de Segurança da ONU”.

Na quinta-feira, o Conselho de Segurança votou a favor do uso da força contra as tropas pró-Kadhafi, abrindo assim o caminho para bombardeios aéreos depois de quase um mês de insurreição reprimida de forma violenta pelo regime. A resolução exigia um cessar-fogo imediato e o fim dos combates.

Mais cedo, o ditador líbio Muamar Kadhafi havia adotado um tom ameaçador afirmando que transformaria num inferno a vida de qualquer um que atacar o país, depois que a ONU autorizou ataques aéreos contra as forças do governo.

MRA Alliance/AFP

Khadafi ainda vê Portugal como um país amigo

sexta-feira, março 18th, 2011

Muammar KahdafiO líder líbio, Muammar Khadafi, ainda vê Portugual “como um país amigo”, mas que se deixou influenciar por “uma propaganda muito forte” e que foi essa propaganda que levou a que manifestasse fortes críticas ao seu regime.

Numa entrevista à RTP na quinta-feira, Khadafi acentuou que Portugal “foi vítima da propaganda” internacional “muito forte” e revelou que se houver um ataque à Líbia o mundo “nunca mais terá paz”. Um ataque “será uma flagrante colonização” que “terá repercussões muito fortes”. “Se pensarem em colonizar-nos, se o mundo agir como louco, faremos o mesmo. Vamos responder, vamos ripostar”, disse Khadafi ao enviado da RTP à Líbia, Paulo Dentinho.

O líder afirmou ainda que a União Europeia o traiu e que a Liga Árabe “quase não existe”. Acrescentou ainda que não reconhecerá qualquer resolução da Nações Unidas para a Líbia.

MRA Alliance/Público

Líbia: Rebeldes perdem terreno para tropas fiéis a Kadhafi

domingo, março 13th, 2011

Tropas fiéis a Kadhafi reconquistam BregaOs rebeldes líbios perderam o terreno conquistado nas últimas semanas face ao avanço consistente das forças fiéis a Muammar Kadhafi e tentam desesperadamente manter o domínio da cidade de Brega, a 80 quilómetros de Ajdabiya, principal pólo de comunicação do leste do país. Segundo o porta-voz rebelde Mustafa Geriani, os opositores ainda controlam a cidade, que foi alvo de intensos bombardeios desde há vários dias.

No entanto, a televisão estatal assegura que Brega já está nas mãos das forças de Kadhafi. Segundo os jornalistas que nesse sábado alcançaram o terminal petrolífero de Ras Lanuf, essas forças eram formadas por brigadistas e voluntários partidários ao regime, apoiados com carros de combate, navios e aviões.

O porta-voz rebelde explicou que a frente de combate não se limitava à estrada e se estendia entre 10 e 15 quilómetros. Questionado por vários jornalistas, Geriani atribuiu o rápido avanço das forças de Kadhafi, nos últimos três dias, entre Ben Jawad e Brega, ao forte uso de artilharia e aos bombardeios aéreos e marítimos. “Não estamos a falar de uma guerra clássica, é uma guerra no deserto, é comum que haja avanços e retrocessos”, afirma o porta-voz.

MRA Alliance/Veja

Sarkozy vai propor à UE “ataques aéreos cirúrgicos” na Líbia

quinta-feira, março 10th, 2011

Nicolas SarkozyO Presidente francês, Nicolas Sarkozy, vai propor à União Europeia a realização de “ataques aéreos cirúrgicos” sobre a Líbia, noticiou hoje a agência francesa AFP com base em fontes próximas do Eliseu.A França tornou-se hoje no primeiro país a reconhecer o Conselho de Transição dos rebeldes como o “único representante legítimo” do povo líbio. Ainda segundo a AFP, o regime de Muammar Kadhafi anunciou que tenciona romper todos os laços diplomáticos com Paris.

Entretanto, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, revelou hoje ter enviado uma mensagem para o contestado líder líbio Muammar Khadafi através do emissário de Tripoli que esteve ontem em Lisboa: o regime “acabou”.

“Reuni-me com o emissário de Trípoli. E a mensagem que lhe dei foi muito clara. Do ponto de vista da comunidade internacional o regime de Khadafi acabou. E sob o ponto de vista da sua legitimidade, ele está acabado”, contou o chefe da diplomacia portuguesa à chegada, a Bruxelas, para uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.

Luís Amado avançou ainda que já se reuniu também com um representante da oposição ao regime líbio, ao qual transmitiu a mesma ideia. “Espero que o espírito desta mensagem tenha algum impacto em Trípoli”, disse.

No encontro ocorrido esta quarta-feira, em Lisboa, entre o ministro fos Negócio Estrangeiros português e o emissário do líder líbio Muammar Khadafi, este adiantou que a Líbia está na disposição de dar início a um processo de negociações para a transição, segundo uma fonte diplomática que acompanha a crise líbia. Foi o primeiro encontro desde que Portugal assumiu, na terça-feira, a presidência do comité do Conselho de Segurança da ONU para as sanções à Líbia.

MRA Alliance/Lusa/Público

Khadafi ameaça aliar-se à Al-Qaeda

quarta-feira, março 9th, 2011

Muammar KhadafiO líder líbio Muammar Khadafi – no poder há 42 anos – voltou a insistir que a rebelião que enfrenta é instigada do exterior, com envolvimento da Al-Qaeda, e relançou de novo o espectro de que “toda a região” mergulhará “no caos, até Israel”, caso o seu regime seja derrubado, ameaçando mesmo fazer-se “amigo” de Osama bin Laden. Numa entrevista gravada para o canal francês La Chaine Info, em Trípoli, Khadafi, esgrimiu outros argumentos, outras ameaças, incluindo a de se unir ao chefe da organização terrorista.

“Eu não posso lutar contra o meu próprio povo, essa é uma mentira dos países colonizadores – a França, o Reino Unido, os norte-americanos. Eles sofreram com os ataques de Bin Laden e agora, em vez de reconhecerem que este [a repressão feita pelas forças do regime] é um ataque contra Bin Laden e apoiarem a Líbia, querem antes vir outra vez colonizar a Líbia. Isto é uma conspiração colonialista. E se a Al-Qaeda já não é um inimigo que temos em comum, então a partir de amanhã vamos nos encontrar com Bin Laden e entrar em acordo com ele. Ele vai ser nosso amigo se consideram que isto não é terrorismo”.

Mantendo o tom de desafio à comunidade internacional – que com cada vez maior clareza o insta a abandonar o poder – Khadafi assegurou, numa entrevista à televisão turca, que “o povo líbio pegará nas armas”, se for adoptada a imposição de uma zona de exclusão aérea contra a Líbia, como começa a ser cada vez mais insistentemente advogado pelo Reino Unido e Estados Unidos, a par da França e Itália.

“Se tomarem essa decisão tal será útil para a Líbia, porque o povo líbio vai então ver a verdade, que aquilo que eles querem é controlar o país e roubar o petróleo. E aí o povo líbio vai pegar nas armas para os combater”.

MRA Alliance/Público

Espiões e diplomatas britânicos na Líbia para apoiarem forças anti-Kadhafi

domingo, março 6th, 2011

Black Watch, soldados de infantaria do Regimento Real da EscóciaO Reino Unido vai enviar equipas de espiões e diplomatas para a Líbia para ajudarem os rebeldes a deporem o líder Muammar Kadhafi noticia hoje a edição electrónica do jornal britânico Daily Mail.�

Operacionais dos serviços secretos MI6, apoiados por forças de elite aerotransportadas Special Air Service (SAS), vão aterrar “dentro de dias” em Benghazi, a segunda cidade do leste do país controlada pelos rebeldes.�

Por outro lado, 600 soldados das tropas especiais Black Watch estão em regime de prevenção preparando-se para serem deslocados a qualquer momento para a Líbia. 

O Daily Mail acrescenta que “diplomatas britânicos e espiões têm estado envolvidos em intensos esforços para contactarem com as forças da oposição líbia, lideradas por Mustafa Abdel Jalil, chefe supremo do Conselho Nacional Líbio.

MRA Alliance/Daily Mail

Líbia: Mercenários de Kahdafi e oposição preparam-se para a batalha final

sexta-feira, fevereiro 25th, 2011

Morgue em BenghaziA capital líbia está cercada e patrulhada pelas forças leais a Kahdafi mas os revoltosos prometem marchar sobre Tripoli. Os combates com os mercenários ao serviço do presidente líbio continuam a decorrer em todo o país estimando-se em vários milhares o número de mortos. A capital da Líbia parece ser agora o último bastião seguro de Muammar Kahdafi.

O ditador que prometeu um banho de sangue surge cada vez mais isolado. Alguns vídeos divulgados na internet sugerem que uma cidade situada a 30 quilómetros da capital terá caído nas mãos das forças da oposição. As forças anti-Kadhafi controlam toda a zona costeira oriental do país, onde se concentra a maior parte da riqueza petrolífera. Benghazi, Tobruk, Derna, Bayda são algumas cidades que o regime deixou de governar.

Em Bengahzi, os habitantes estão a fazer filas para receber armas confiscadas à polícia e ao exército, a fim de juntarem ao que dizem ser “a batalha por Tripoli”. Há notícias de confrontos entre forças anti e pro Kadhafi em várias cidades do país. Fala-se em vários milhares de mortos.

Entretanto, a União Europeia poderá impor uma zona de exclusão aérea sobre a Líbia, impedindo o voo de aviões militares do país. A decisão está dependente do acordo do Conselho Geral das Nações Unidas mas o Ministro da Defesa da Hungria, país que está na presidência da UE, confirmou que esta é “uma das opções” em discussão.

A produção petrolífera líbia pode ficar totalmente paralisada com a guerra civil que devasta o país, avisou ontem o coronel Kadhafi. Em declarações telefónicas realizadas à televisão estatal, o líder da revolução de 1969 avisou que “se os manifestantes não forem trabalhar de modo regular, o fluxo de petróleo vai parar”.

MRA Alliance/Agências

França rejeita ameaças de Bin Laden e diz que continuará no Afeganistão

sexta-feira, janeiro 21st, 2011

Osama Bin LadenFrança está «determinada» a manter as suas tropas no Afeganistão, apesar das ameaças do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês. «Estamos determinados a continuar a nossa acção em favor do povo afegão, ao lado dos nossos aliados», declarou o porta-voz do ministério, Bernard Valero, antes de afirmar que a autenticidade da gravação de áudio do líder da Al-Qaeda divulgada hoje pela Al Jazeera está a ser verificada.Bin Laden, condicionou a libertação dos reféns franceses à retirada da França do Afeganistão e advertiu o presidente Nicolas Sarkozy que as suas posições «custaram caro» ao país, numa gravação divulgada hoje pela Al Jazeera. «Repetimo-vos a mesma mensagem: a libertação dos vossos prisioneiros nas mãos de nossos irmãos está relacionada com a retirada dos vossos soldados do nosso país», declara a voz atribuída a Bin Laden na mensagem de áudio divulgada pela rede Al Jazeera. «A recusa do vosso presidente de deixar o Afeganistão é o resultado da obediência dele aos Estados Unidos e esta recusa é uma luz verde para matar os vossos prisioneiros», acrescenta.

MRA Alliance/DD

Fundador do Wikileaks paga fiança para sair em liberdade condicional

terça-feira, dezembro 14th, 2010

Julian Assange, fundador do Wikileaks, voltou esta terça-feira a tribunal em Londres, depois de ter sido detido em consequência de um mandato de captura internacional. O australiano recebeu liberdade sob fiança, avança o jornal The Guardian, no processo relacionado com o mandato emitido pela Suécia e relacionado com abuso sexual.

Foi marcada para 11 de Janeiro a nova data para apresentação em tribunal, onde será avaliado o provável pedido de extradição para a Suécia.

Os termos da fiança foram propostos pela defesa e aceites pelo Tribunal londrino. A fiança é de 235 mil euros, com obrigatoriedade de uso de pulseira electrónica e entrega do passaporte às autoridades. Além disso, de acordo com a BBC, Assange terá um «recolher obrigatório», tendo de permanecer em casa entre as 10 da manhã e as 14 horas, e as 22 horas e as 2 da manhã; além disso terá ainda de apresentar-se numa esquadra todos os dias às 18 horas.

Assange ainda não foi libertado, pois as autoridades suecas podem recorrer da fiança e têm duas horas para o fazer. Por esta razão, é provável que Assange deixe a prisão apenas dentro de 48 horas.

MRA Alliance/Agências

Fundador do Wikileaks está em prisão preventiva

quarta-feira, dezembro 8th, 2010

Julian Assange, fundador do WikileaksO juiz do tribunal de Westminster, em Londres, recusou a liberdade condicional pedida pelos advogados de Julian Assange, fundador do site Wikileaks, por considerar as acusações de extrema gravidade, e decretou a sua prsião preventiva. Assange volta ao tribunal no dia 14 de Dezembro.

Actualmente refugiado no Reino Unido, Assange é procurado pela justiça sueca por violação, agressão sexual e coerção sobre duas mulheres na Suécia e entregou-se à polícia britânica.

A Suécia pede a extradição. Assange nega as acusações e o advogado de defesa tenta tudo para evitar que seja extraditado, por receio que Estocolmo o envie para os Estados Unidos.

Em Washington, o departamento de Estado diz que se trata de um caso entre a Suécia e a Grã-Bretanha. O porta-voz acrescenta, no entanto, que “a investigação sobre a passagem de documentos classificados do governo para alguém fora do governo continua, porque isso é um crime de acordo com a lei americana”.

O cablegate e a detenção de Assange puseram o Wikileaks sob uma enorme pressão financeira. Depois do serviço de pagamentos online PayPal foi agora a vez de a Visa e a Mastercard anunciarem o bloqueio ao site. O site está a solicitar donativos, através de transferências bancárias para as filiais na Islândia e na Alemanha.

MRA Alliance/Agências

Wikileaks: Assange deve entregar-se hoje à polícia britânica

terça-feira, dezembro 7th, 2010

Julian AssangeJulian Assange, o fundador do site Wikileaks, especializado na revelação de segredos político-militares, deverá entregar-se hoje voluntariamente numa esquadra de polícia, na Grã-Bretanha, e posteriormente ser apresentado a um juíz, na sequência de um mandato de captura europeu emitido por um tribunal sueco por alegados crimes de natureza sexual cometidos naquele país. 

Mark Stephens, um dos advogados de Assange no Reino Unido, citado na edição online do jornal britânico “The Telegraph” informou “terem sido iniciadas conversações para que ele se apresente voluntariamente à polícia”.

O cerco ao fundador do Wikileaks voltou a apertar-se ontem, na Suíça, quando o banco postal congelou uma das contas usadas para financiamento do site, cujo acesso está bloqueado desde a semana passada. A partir de agora, devido à intervenção de um site português, é possível acessar aos conteúdos do Wikileak.

Kristinn Hrafnsson, porta-voz do WikiLeaks, informou que Assange, actualmente escondido algures no sul do Reino Unido, foi forçado a uma quase clandestinidade após ameaças à sua vida, na sequência da revelação de 250 mil documentos comprometedores para a diplomacia dos Estados Unidos.   

MRA Alliance/Telegraph

Advogados de Julian Assange/Wikileaks dizem-se perseguidos por serviços secretos

segunda-feira, dezembro 6th, 2010

Os advogados que representam o fundador do site Wikileaks, Julian Assange, acusam os serviços de segurança britânicos de os estarem a perseguir e o ministério dos Negócios Estrangeiros dos Estados Unidos de uma conduta “inapropriada” por desrespeitarem as relações de confidencialidade entre advogados e clientes. 

Jennifer Robinson e Mark Stephens, da sociedade de advogados Finers Stephens Innocent, revelaram ao diário britânico Guardian que, desde a semana passada, têm as respectivas residências vigiadas por membros das forças de segurança, a partir de carros estacionados nas imediações.

Assange, cidadão australiano que reside actualmente no Reino Unido, está ser acossado pelas autoridades britânicas, norte-americanas, suecas e australianas que tentam por todos os meios impedir que continue a divulgar dezenas de milhares de documentos secretos sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque, bem como telegramas confidenciais de diplomatas dos Estados Unidos.

MRA Alliance/Guardian

Wikileaks revelou segredos diplomáticos que fragilizam os EUA

terça-feira, novembro 30th, 2010

A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, teceu duras críticas à atitude da WikiLeaks de publicar documentos diplomáticos confidenciais, entre os quais alguns oriundos da embaixada norte-americana em Lisboa.

A Casa Branca procurou ontem minimizar o impacto da publicação de milhares de documentos confidenciais e secretos que enformam a sua diplomacia. Mais uma vez, a superpotência mundial foi alvo de um ataque da organização WikiLeaks que, utilizando publicações dos EUA (The New York Times) e da Europa (Le Monde, El País, The Guardian e a revista alemã Der Spiegel), começou a tornar públicos, domingo, milhões de documentos americanos com impacto na diplomacia mundial – de Lisboa há 722 telegramas.

Barack Obama ainda não se pronunciou sobre o ocorrido. Mas um dos seus porta-vozes reconheceu que “no mínimo, ele está descontente”. Por contraste, a chefe da diplomacia dos EUA, Hillary Clinton, reagiu histericamente ao dizer que as fugas orquestradas pela WikiLeaks representam um “ataque à comunidade internacional”.

MRA Alliance/DN