O ministro das Finanças belga, Didier Reynders, disse ontem que o novo programa de ajuda financeira à Grécia por parte da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) poderá ascender a um total de 80 mil milhões de euros. Segundo o ministro, a participação dos investidores privados poderá ser de 25 mil milhões de euros.
Reynders falou aos jornalistas no final da reunião de emergência entre os responsáveis europeus detentores das pastas das Finanças dos países que usam o euro para discutir a situação da crise de dívida na Grécia. O ministro belga adiantou que os investidores privados deverão contribuir para o segundo pacote de ajuda a Atenas em apenas um ano. Reynders defendeu ainda que a participação dos privados deve ser voluntária.
A posição do responsável belga surge depois de vários ministros europeus, como a austríaca Maria Fekter, o holandês Jan Kees de Jager e o alemão Wolfgang Schaueble, defenderem hoje o envolvimento dos investidores privados no resgate adicional a Atenas. “Os lucros não podem ficar para os bancos e serem os contribuintes a suportar as perdas”, disse a ministra das Finanças austríaca Maria Fekter, antes da reunião. “Os ministros têm posições diferentes”, acrescentou, frisando que todas as perspectivas seriam discutidas.
“Claro que a contribuição do sector privado é parte de um futuro programa de ajuda adicional”, considerou por seu turno o alemão Wolfgang Schaeuble. No mesmo sentido, Jan Kees de Jager, ministro das Finanças da Holanda, exigiu uma contribuição dos privados em pelo menos 30% num novo pacote de ajuda a Atenas.
MRA Alliance/DE