Archive for the ‘França’ Category

Ratings de três grandes bancos franceses em risco

segunda-feira, setembro 12th, 2011

Os bancos franceses BNP Paribas, Société Générale e Credit Agricole poderão esta semana ser objecto de um corte na notação da sua saúde financeira por parte da agência de rating norte-americana  Moody’s.

Fontes próximas do processo revelaram à agência financeira de notícias Bloomberg que a Moody’s, após ter colocado as três instituições bancárias francesas sob observação negativa, em Junho, prepara-se para cortar o ‘rating’ destes bancos devido à exposição que têm à dívida e a activos gregos.

Quando colocou o ‘rating’ em revisão, a Moody’s explicou que iria analisar “uma potencial inconsistência” entre o impacto de  uma eventual reestruturação da dívida soberana grega, ou de uma situação de incumprimento das autoridades helénicas no pagamento dos juros aos credores, com as notações de risco daqueles bancos.

MRA Alliance/DE

Os planos franco-alemães para a zona euro

domingo, agosto 28th, 2011

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, reuniram na passada terça-feira em Paris, numa cimeira onde delinearam um novo plano para tentar fortalecer a zona euro. Saiba qual é a estratégia que os dois líderes têm para a moeda única, resumida na edição de hoje do Diário Económico.

1 – Governo económico europeu
Para reforçar a zona euro, Merkel e Sarkozy querem constituir um governo económico europeu. A nova instituição será constituída pelos 17 chefes de Governo dos países que formam a união monetária e devem reunir duas vezes por ano para supervisionar a evolução das políticas económicas, discutir os problemas de cada Estado-membro e tomar decisões para contornar a crise. O actual presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, foi ontem convidado para liderar o governo por um período de dois anos e meio.

2 – Limites à dívida na Constituição
Uma das medidas mais polémicas é a introdução de limites ao endividamento na Constituição dos países da zona euro. Merkel defende a introdução de um objectivo anual quantificado de redução da dívida para os países que ultrapassem o limite de endividamento – de 60% definido para a zona euro no Pacto de Estabilidade e Crescimento. Os países deverão fazer alterações à Constituição até ao final do Verão de 2012 e, no final deste ano, os governos dos países da zona euro com um nível de dívida acima de 60% – no qual se inclui Portugal – devem apresentar planos de redução e encontrar respostas para o impacto do envelhecimento populacional na sustentabilidade da dívida de longo prazo.

3 – Taxa sobre transacções financeiras
Merkel e Sarkozy sugeriram ainda a aplicação de uma taxa sobre as transacções financeiras. Por saber está o valor da taxa e sobre o que vai incidir. A proposta será feita já em Setembro. A implementação da medida não será fácil já que um imposto semelhante foi chumbado no passado pelos 27 países da União Europeia. O ministro sueco para os Mercados Financeiros, Peter Norman, já fez saber que um imposto deste tipo “só funcionará se for implementado a nível mundial”.

4 – Corte de fundos para quem não cumprir défice
Numa carta enviada ontem a van Rompuy, Alemanha e França defendem o corte de fundos estruturais e de coesão aos países da União Europeia que não consigam reduzir o défice. Esta norma já está prevista nas regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento.

5 – Imposto comum para empresas em França e na Alemanha
Em 2013, os dois países deverão ter um imposto comum para todas as empresas. Falta definir que taxa de IRC será imposta às empresas e qual a base tributável a que será aplicada.

6 – ‘Eurobonds’ não avançam
De fora do acordo, ficaram as ‘eurobonds’. Os títulos de dívida europeia harmonizariam o preço de financiamento dos países da zona euro. Esta é uma solução que agradaria os países em dificuldades, que viam os juros descer, mas desagradaria os países que têm as suas contas públicas em ordem, que pagariam juros mais elevados.

7 – Fundo de estabilização mantém-se
Outro dos pontos que ficou fora das propostas a apresentar por aqueles dois países é a necessidade de mexer nos 440 mil milhões de euros do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF).

MRA Alliance/DE

Merkel e Sarkozy não travam queda do euro mas querem policiar política económica da UE

terça-feira, agosto 16th, 2011

O euro desvalorizou hoje cerca de 0,30%,  fixando-se nos 1,4405 dólares, no final da cimeira entre a chanceler alemã e o presidente francês, de onde saiu um conjunto de propostas para impulsionar a estabilidade no espaço da moeda única.

Nicolas Sarkozy e Angela Merkel apelaram à formação de um governo económico para ajudar a acalmar a crise da dívida soberana, remetendo para mais tarde a discussão sobre as euro-obrigações.

O novo órgão deverá ser liderado pelo actual presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, que será convidado nos próximos dias, disse Sarkozy no final de um encontro entre os dois líderes.

Também a manutenção do rating norte-americano no nível máximo («AAA»), com perspectiva estável, pela Fitch deu força ao dólar. A justificar esta decisão está, precisamente, a confiança na moeda dos EUA pela agência  de notação financeira.

A pressão sobre a moeda da Eurolândia deve-se ao facto de a economia da Zona Euro ter crescido menos do que o esperado no segundo trimestre do ano, com especial incidência para a economia alemã (0,1%) e francesa (estagnação), com o PIB português registar um crescimento negativo em termos homólogos, no segundo trimestre, de 0,9%.

MRA Alliance/AF

Directora do FMI espera que justiça francesa a ilibe de acusações de desvio de fundos públicos

sexta-feira, agosto 5th, 2011

Christine Lagarde, actual directora do Fundo Monetário Internacional, deseja que as investigações da justiça francesa provem ser infundadas as suspeitas de ter cometido crimes de abuso de poder e desvio de fundos públicos quando aprovou o pagamento de uma multimilionária indemnização compensatória a um amigo próximo do presidente Sarkozy.

Os factos sujeitos a instrução judicial remetem à altura em que Lagarde era ministra da Economia. Para terminar uma contenda que opunha o empresário Bernard Tapie ao banco Credit Lyonnais, Lagarde decidiu atribuir uma indemnização compensatória a Tapie, amigo próximo de Nicolas Sarkozy, na ordem dos 285 milhões de euros.

Através do seu advogado, Lagarde manifesta-se completamente tranquila em relação ao processo, preferindo que avance e sirva para esclarecer “tudo o que foi dito e escrito sobre o assunto”. O causídico afirma que, “desta forma, não vão restar dúvidas, porque os factos serão apurados (…), não havendo motivos para abalar a sua serenidade”.

MRA Alliance/Euronews

Merkel e Sarkozy de acordo sobre novo resgate grego

quinta-feira, julho 21st, 2011

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o Presidente francês, Nicolas Sarkozy, chegaram a acordo esta madrugada sobre uma nova ajuda à Grécia, com o apoio do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet.

Nas cerca de sete horas de reunião, em Berlim, para debater a crise da dívida na Europa, Sarkozy e Merkel «acordaram uma posição comum que foi transmitida ao presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, para integrar estes elementos nas suas consultas preparatórias da reunião dos líderes da Zona Euro», que terá hoje lugar, em Bruxelas, refere um comunicado da presidência francesa.

Também o porta-voz do governo alemão, Steffen Seibert, informou que Merkel e Sarkozy estão determinados em aprovar o resgate grego e que o seu plano foi discutido com o presidente do BCE, que se juntou à reunião em Berlim, como com o presidente do Conselho Europeu, por telefone.

MRA Alliance/Agências

França: Metade dos portugueses e luso-descendentes não quer voltar para Portugal

sexta-feira, junho 3rd, 2011

Quase metade dos portugueses e luso-descendentes que residem em França afirmam não querer voltar a Portugal, sendo que 42% confessa que um dia pretende regressar ao seu país de origem, revela um estudo hoje divulgado.

O ‘Estudo das Comunidades Portuguesas em França, 2010’, levado a cabo pela Fundação Vox Populi (FVP), foi realizado com base num inquérito a 275 famílias portuguesas ou luso-descendentes residentes em França.

De acordo com o documento, os portugueses e luso-descendentes em França “estão divididos entre permanecer no seu país de acolhimento (45%) ou regressar a Portugal (42%)”. Os que não pretendem regressar, alegam, maioritariamente, como razão para ficar o facto de terem família em França.

Já os emigrantes que pretendem regressar a Portugal, tencionam fazê-lo “com o objectivo de aproveitar o tempo da reforma (32%), e pretendem concretizar esse desejo, em média, daqui a doze anos”, adianta o estudo. No entanto, os entrevistados mais velhos, “com mais de 54 anos, pensam fazê-lo já daqui a quatro anos”.

Para os portugueses e luso-descendentes inquiridos, a França é vista “como o país do trabalho, e Portugal como o país das férias”.

MRA Alliance/FVP

Paris admite dar bens de Khadafi aos rebeldes

sexta-feira, abril 22nd, 2011

Muammar KadhafiA França admite a hipótese de usar bens da família de Muammar Khadafi, que tinham sido congelados no país, para financiar as forças rebeldes da Líbia. A possibilidade é avançada por uma fonte próxima do Eliseu à agência Reuters, numa altura em que militares norte-americanos afirmam que o conflito se encaminha para um impasse.

Apesar dos bombardeamentos da NATO já terem destruído 30% a 40% da capacidade bélica de Khadafi, as forças do líder líbio ainda continuam a ter um poder de fogo importante. Os Estados Unidos aprovaram hoje o uso de aviões armados não tripulados contra as forças do regime líbio.

MRA Alliance/RR

França: Congelamento de salários da função pública em 2012

terça-feira, abril 19th, 2011

O governo francês anunciou hoje que em 2012, pelo segundo ano consecutivo, vai congelar os salários da função pública como uma das medidas para cumprir os objectivos de combate ao défice público. O ministro do Orçamento francês, François Baroin, considerou que esta decisão garante apesar de tudo “um aumento respeitável do poder aquisitivo dos funcionários no ano que vem”.

Depois de uma reunião hoje de manhã com as organizações sindicais, Baroin recordou que o poder de aquisição dos funcionários públicos “que aumentou mais de 10 por cento desde 2007, se manterá por uma série de medidas individuais para cada um dos departamentos da função pública”.

Os sindicatos, contudo, lamentam que sejam os trabalhadores dos sector público a “pagar” a política de rigor do executivo, no mesmo mês em que o governo propôs que as empresas com dividendos paguem um prémio de até mil euros a cada trabalhador, como forma de repartir de forma mais equitativa os lucros das empresas.

MRA Alliance/JdN 

Líbia: Khadafi financiou campanha presidencial de Sarkozy

quinta-feira, março 17th, 2011

Khadafi com Sarkozy, em FrançaNuma entrevista ao canal televisivo Euronews, Saif al-Islam Khadafi, o filho do líder líbio Muammar Khadafi, afirmou que a Líbia financiou a campanha eleitoral do Presidente francês, Nicolas Sarkozy, em 2007 e que quer o seu dinheiro de volta.

Quando questionado sobre a sua posição em relação à França e ao Presidente Sarkozy, que no dia 10 de Março reconheceu o Conselho Nacional de Transição líbio como representante legítimo da Líbia, Saif al-Islam disse que, em primeiro lugar, Sarkozy deveria devolver à Líbia o dinheiro que recebeu para a sua campanha eleitoral.

O membro do clã Khadafi adianta que o seu país financiou a campanha do Presidente francês e que tem todas as informações sobre o financiamento e que está “pronto para as publicar”.

“A primeira coisa que pedimos a este palhaço do Sarkozy é que devolva o dinheiro ao povo líbio”, acusa Saif al-Islam. “Ajudá-mo-lo a tornar-se Presidente para que ele ajudasse o povo líbio, mas ele desapontou-nos”, diz o filho do contestado líder líbio, adiantando que muito brevemente publicará “todos os detalhes, documentos e comprovativos de transferência bancária”.

A acusação acontece dias depois de a França ter reconhecido o Conselho Nacional de Transição, que reúne opositores ao regime de Muammar Khadafi e está sediada em Bengasi, ainda em poder dos rebeldes. 

MRA Alliance/Público

Sarkozy vai propor à UE “ataques aéreos cirúrgicos” na Líbia

quinta-feira, março 10th, 2011

Nicolas SarkozyO Presidente francês, Nicolas Sarkozy, vai propor à União Europeia a realização de “ataques aéreos cirúrgicos” sobre a Líbia, noticiou hoje a agência francesa AFP com base em fontes próximas do Eliseu.A França tornou-se hoje no primeiro país a reconhecer o Conselho de Transição dos rebeldes como o “único representante legítimo” do povo líbio. Ainda segundo a AFP, o regime de Muammar Kadhafi anunciou que tenciona romper todos os laços diplomáticos com Paris.

Entretanto, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, revelou hoje ter enviado uma mensagem para o contestado líder líbio Muammar Khadafi através do emissário de Tripoli que esteve ontem em Lisboa: o regime “acabou”.

“Reuni-me com o emissário de Trípoli. E a mensagem que lhe dei foi muito clara. Do ponto de vista da comunidade internacional o regime de Khadafi acabou. E sob o ponto de vista da sua legitimidade, ele está acabado”, contou o chefe da diplomacia portuguesa à chegada, a Bruxelas, para uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia.

Luís Amado avançou ainda que já se reuniu também com um representante da oposição ao regime líbio, ao qual transmitiu a mesma ideia. “Espero que o espírito desta mensagem tenha algum impacto em Trípoli”, disse.

No encontro ocorrido esta quarta-feira, em Lisboa, entre o ministro fos Negócio Estrangeiros português e o emissário do líder líbio Muammar Khadafi, este adiantou que a Líbia está na disposição de dar início a um processo de negociações para a transição, segundo uma fonte diplomática que acompanha a crise líbia. Foi o primeiro encontro desde que Portugal assumiu, na terça-feira, a presidência do comité do Conselho de Segurança da ONU para as sanções à Líbia.

MRA Alliance/Lusa/Público

França rejeita ameaças de Bin Laden e diz que continuará no Afeganistão

sexta-feira, janeiro 21st, 2011

Osama Bin LadenFrança está «determinada» a manter as suas tropas no Afeganistão, apesar das ameaças do líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês. «Estamos determinados a continuar a nossa acção em favor do povo afegão, ao lado dos nossos aliados», declarou o porta-voz do ministério, Bernard Valero, antes de afirmar que a autenticidade da gravação de áudio do líder da Al-Qaeda divulgada hoje pela Al Jazeera está a ser verificada.Bin Laden, condicionou a libertação dos reféns franceses à retirada da França do Afeganistão e advertiu o presidente Nicolas Sarkozy que as suas posições «custaram caro» ao país, numa gravação divulgada hoje pela Al Jazeera. «Repetimo-vos a mesma mensagem: a libertação dos vossos prisioneiros nas mãos de nossos irmãos está relacionada com a retirada dos vossos soldados do nosso país», declara a voz atribuída a Bin Laden na mensagem de áudio divulgada pela rede Al Jazeera. «A recusa do vosso presidente de deixar o Afeganistão é o resultado da obediência dele aos Estados Unidos e esta recusa é uma luz verde para matar os vossos prisioneiros», acrescenta.

MRA Alliance/DD

França deve ser a próxima vítima da crise de dívida, diz presidente da Bolsa de Londres

terça-feira, dezembro 7th, 2010

Xavier Rolet, presidente da Bolsa de Londres, diz que a França deve ser a próxima economia da zona euro a sucumbir à crise de dívida da região. “Não deve demorar muito para que os investidores em dívida pública se voltem para França depois de terem acabado de fazer o mesmo com Portugal e Espanha”, disse Rolet, citado pela CNBC.

“O défice do país é muito, muito maior do que se possa pensar. Ninguém, nem mesmo a França, se pode continuar a esconder por mais tempo”, acrescentou.Já François Mallet, director do Kepler Capital Markets, considera que não há razões para grandes preocupações em relação ao défice francês. “Não acredito que devam existir grandes preocupações em relação à situação francesa, uma vez que o défice do país já é mais baixo do que a maioria dos parceiros europeus”, comentou à CNBC.O défice francês é de 7,5%, muito abaixo do défice de mais de 11% da Grécia, Irlanda e Espanha, e a dívida pública da economia liderada por Sarkozy é de 78% do PIB, o que compara com os 115% da Grécia e os 73% da Alemanha, nota o mesmo especialista.

MRA Alliance/DE

Parlamento francês aprovou reforma das pensões

quarta-feira, outubro 27th, 2010

A Assembleia Nacional francesa aprovou hoje, em definitivo, o documento legislativo que prevê o aumento da idade da reforma em mais dois anos. A mobilização social mostra sinais de abrandamento. Mas a oposição não desiste de tomar medidas que retardem a entrada em vigor da lei.

O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, espera que a votação do documento trave eventuais novos confrontos nas ruas, como aconteceu nas última semana por todo o país, mas o Eliseu recusa-se a gritar vitória, para já, demasiado alto. “A palavra é interdita”, escreve o “Le Figaro”.

Embora a Assembleia Nacional tenha aprovado hoje definitivamente o documento que altera a idade de reforma dos 60 para os 62 anos e atrasa o direito à pensão completa, a lei só deverá entrar em vigor em meados de Novembro.

O Partido Socialista prometeu não baixar os braços. Depois de o Senado ter aprovado, também em definitivo, ontem, o projecto de lei com os votos a favor de 177 senadores, o maior partido de oposição a Sarkozy anunciou que vai recorrer para o Conselho Constitucional, a quem caberá verificar a conformidade de “certos princípios”, assumiu o presidente do grupo parlamentar, Marc Ayrault.

MRA Alliance/Público

Kerviel condiderado culpado no escândalo da Société Générale

terça-feira, outubro 5th, 2010

Jérôme KervielO tribunal de Paris declarou hoje culpado o ex-corretor da Société Générale que lesou o banco francês em quase cinco mil milhões de euros. O francês Jerome Kerviel enfrenta agora uma pena máxima de cinco anos de prisão e uma multa de 375 mil euros, apesar de a Société Générale ter reivindicado a sua parte de 4,9 mil milhões de euros, um montante que alega ter perdido a sua culpa.

O tribunal responsabilizou o ex-corretor por “esconder” várias operações fictícias”, que também foi julgado por mais dois crimes – falsificação de documentos e entrada fraudulenta de dados num sistema de computador. A defesa do ex-corretor alegou que o banco sabia sobre o risco da operação.

“Os itens identificados pela defesa não permitem a inferência de que a Société Générale conhecia as actividades fraudulentas de Jérôme Kerviel (…)”, disse o presidente do Tribunal de Justiça.

O francês começou a ser julgado no início deste ano sobre alegadas apostas, no valor de 50 mil milhões de euros de dinheiro da Societé Générale, sem o conhecimento do banco.

“Kerviel conscientemente foi além de sua missão de corretor,” afirmou no tribunal o juiz Dominique Pauthe.

MRA Alliance/Diário Económico 

Sarkozy mantém expulsão de ciganos após debate com líderes da UE

quinta-feira, setembro 16th, 2010

Nicolas SarkozyO presidente francês Nicolas Sarkozy considerou hoje as declarações da comissária europeia da Justiça Viviane Reding um ultraje. A comparação de Reding da política social francesa às perseguições nazis é a última pedra na polémica que tem isolado o presidente francês da política europeia.

Hoje em Bruxelas, Sarkozy reiterou que vai continuar a desmantelar acampamentos de ciganos. “Sou o presidente francês, e não posso permitir que o meu país seja insultado”, disse.

A imprensa europeia dá conta de uma conversa bastante violenta entre Durão Barroso e Sarkozy sobre esta temática. Os dois líderes almoçaram em Bruxelas, e Barroso defendeu a obrigação de zelar pelo cumprimento dos direitos das minorias, ratificados nos diferentes tratados europeus.

Segundo o primeiro ministro búlgaro, Boyko Borissov “houve uma disputa, para não dizer uma discussão” entre Sarkozy e Durão Barroso. A debate terá sido abordado de maneira informal, mas de maneira “muito difícil” e houve “um grande desacordo”. Sarkozy confirmou o azedar de tom com o presidente da Comissão Europeia.

MRA Alliance/ionline

Sarkozy tira nacionalidade francesa a emigrantes que matem polícias

terça-feira, setembro 7th, 2010

A cidadania francesa será retirada aos emigrantes que forem culpados do homicídio de agentes da autoridade de acordo com a decisão do Governo francês reunido, ontem, em Paris, sob a presidência de Nicolas Sarkozy.

O decreto governamental, que altera o artigo 25.º do Código Civil, alarga as situações que permitem ao Governo retirar a nacionalidade francesa a quem a tenha adquirido nos últimos dez anos. Até agora, só os indivíduos condenados por terrorismo ou atentado à segurança do Estado perdiam a cidadania francesa.

Esta alteração será incluída num pacote legislativo sobre emigração a apresentar pelo Governo à Assembleia Nacional no próximo dia 27, quando o Presidente Sarkozy é alvo de crescentes críticas da oposição, que acusam o actual poder político francês de práticas xenófobas.

A proposta de retirar igualmente a nacionalidade aos indivíduos condenados por poligamia foi rejeitada contra o projecto inicial levado ao Conselho de Ministros pelo ministro do Interior francês, Brice Hortefeux. Sarkozy teve de arbitrar um conflito entre este ministro e o titular da pasta da Imigração, Éric Besson, que se opunha à retirada da nacionalidade pelo delito de poligamia.

No sábado, o Governo conservador francês foi alvo de duras críticas em manifestações de rua realizadas em Paris e noutras grandes cidades. Esta iniciativa visava protestar contra a deportação de cerca de mil ciganos romenos e búlgaros, acusados de viver em França sem contrato de trabalho nem residência fixa.

Sarkozy chegou a ser equiparado por alguns manifestantes ao marechal Philippe Pétain, que pactuou com as tropas nazis que ocuparam Paris em 1940 e autorizou a deportação de milhares de judeus franceses para as câmaras de gás hitlerianas.

MRA Alliance/DN

França está em guerra contra Al-Qaeda, diz 1º ministro

terça-feira, julho 27th, 2010

Francois FillionA França está “em guerra” contra a Al-Qaeda e vai aumentar seus esforços na luta contra a ramificação do grupo terrorista no norte da África depois da execução de um refém francês no Saara, afirmou hoje o primeiro-ministro Francois Fillon.

“Estamos em guerra contra a Al-Qaeda”, disse ele, à rádio Europe-1. Fillon afirmou que os militantes da organização podem ter matado Michel Germaneau antes e não depois da fracassada tentativa de resgatá-lo.

A Al-Qaeda no Magreb Islâmico anunciou, em mensagem de áudio divulgada no domingo, que matou Germaneau, de 78 anos, em retaliação a um ataque realizado na semana passada por forças da França e da Mauritânia, que matou pelos menos seis militantes do grupo.

Ontem, o presidente Nicolas Sarkozy confirmou o assassinato do refém e prometeu que os autores do crime “não permanecerão impunes”.

MRA Alliance/Estadão 

França: Violência entre imigrantes e autoridades em Grenoble ameaça alastrar

segunda-feira, julho 19th, 2010

Grenoble - Violência urbana - Julho 2010Cinco anos depois do país ter sido abalado por fortes revoltas nos subúrbios das suas cidades, o fantasma de insurreições por parte dos filhos de imigrantes e activistas radicais volta a ensombrar a França. O ponto focal dos novos confrontos é a cidade de Grenoble, uma cidade de 500 mil habitantes perto dos Alpes, onde um assalto a um casino deu origem a uma perseguição de carro que degenerou numa troca de tiros entre os assaltantes e a polícia, levando à morte de um dos criminosos, Karim Boudouda, de 27 anos de idade. O perigo de alastramento a outras regiões do país é elevado.

O falecimento de Boudouda gerou forte indignação junto da juventude de origem norte-africana da cidade que, acompanhada de elementos radicais, tem descido às ruas do subúrbio de Villeneuve todas as noites para pilhar lojas, incendiar carros e destruir outras propriedades a golpes de tacos de ‘baseball’, entrando em confrontos com a polícia. Desde a noite de domingo que um forte dispositivo de mais de 300 agentes da polícia está a patrulhar o bairro, de modo a dissuadir os manifestantes de continuarem a destruir a área e de incendiar viaturas, tendo até agora sido perdidos 65 carros.

O ministro do Interior francês, Brice Hortefeux, visitou o local e afirmou estar disposto a “reestabelecer a ordem pública por todos os meios”. Já o chefe do sindicato regional da polícia, Daniel Chomette, tem dúvidas, notando que “a polícia está no ponto de ruptura” e apelou ao envio de reforços para a região.

Saliya Boudouda, mãe de Karim, anunciou aos jornalistas que tenciona apresentar queixa para esclarecer as circunstâncias exactas da morte do seu filho. “Os polícias foram longe demais, foram mesmo muito longe. Vou ter uma audiência com o procurador e apresentar queixa. Isto há-de ir até às mais altas instâncias”, afirmou.

A nova onda de violência urbana que abala a cidade de Grenoble está a trazer de volta aos franceses recordações dolorosas da onda de confrontos que abalou grande parte das cidades do país entre Outubro e Novembro de 2005, deixando mais de 6.500 carros indendiados. A crise teve início em 27 de Outubro daquele ano,  quando os adolescentes de origem imigrante Zyed Benna e Bouna Traore morreram electrocutados numa estação eléctrica do subúrbio de Clichy-sous-Bois, por recearem que a polícia poderia estar atrás deles, uma vez que estavam próximos do local de um roubo quando as autoridades chegaram.  

Os comentários proferidos na altura pelo então ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, de que os criminosos são “escumalha”, atiçaram a fúria dos filhos das comunidades imigrantes em todo o país, e no início de Novembro a própria Paris tornou-se palco de violência, tendo sido incendiados mais de mil carros. Os confrontos continuaram todas as noites, tendo aumentado drasticamente o número de veículos incendiados e de pessoas presas. A sete de Novembro, um homem de 61 anos foi morto quando tentava apagar um fogo num subúrbio. No mesmo dia, os confrontos espalharam-se às comunidades imigrantes da Bélgica e Alemanha.

Na manhã seguinte, o governo francês foi forçado a impor o recolher obrigatório, recuperando uma lei de 1955 que fora criada para controlar a revolta na Argélia, então colónia da França. Em breve verificaram-se incidentes de Norte a Sul do país, incluindo Estrasburgo, a sede do Parlamento Europeu. As revoltas só começaram a acalmar em meados do mês, quando o governo propôs medidas para melhorar a educação e as oportunidades para os habitantes dos bairros de imigrantes, num valor total superior a 30 mil milhões de euros.

Agora, contrariamente às promessas do governo francês de restabelecer a ordem a todo o custo, a polícia receia que os motins alastrem a outras cidades francesas.

MRA Alliance c/ DE

França: Teias do escândalo L’Oréal apanham Sarkozy e tolhem classe política

quarta-feira, julho 7th, 2010

O presidente Nicolas Sarkozy é a mais recente alta individualidade francesa envolvida no escândalo da L’Oréal, por ter, alegadamente, recebido uma contribuição ilegal de 150 mil euros destinada à campanha eleitoral para as presidenciais de 2007. Os novos desenvolvimentos do caso surgiram com a publicação pelo site informativo Mediapart de uma entrevista da antiga contabilista da herdeira do gigante dos cosméticos L’Oréal, Liliane Bettencourt, de 87 anos, considerada a mulher mais rica de França e uma das mais ricas da Europa.

A ex-contabilista, identificada como Claire T., afirmou que o ministro do Trabalho, Eric Woerth, recebeu, enquanto tesoureiro da UMP, a soma líquida de 150 mil euros para financiar a campanha presidencial de Sarkozy na Primavera de 2007. Na entrevista, Claire T. adiantou ainda que Sarkozy, quando era presidente da Câmara Municipal de Neuilly, entre 1983 e 2002, era “presença habitual” na mesa de Bettencourt e que também recebia o seu “envelope” da herdeira e do marido. “Toda a gente na casa sabia que Sarkozy ia visitar os Bettencourt para ir buscar dinheiro”, sublinhou.

Ouvida pela polícia, Claire T. confirmou que o gestor da fortuna de Bettencourt, Patrice Maistre, lhe tinha pedido para encaminhar 150 mil euros em dinheiro para Woerth. Na altura, Woerth, que era ministro do Orçamento, já estava sob suspeita devido a alegadas transacções ilegais da herdeira do império L’Oréal. Recorde-se que a sua mulher, Florence, trabalhou até há pouco tempo na administração de parte dos bens da milionária. Os gabinetes de Sarkozy e de Woerth negaram já qualquer irregularidade.

O escândalo, recorde-se, teve início em 2007, quando a filha da herdeira da L’Oréal, Françoise, interpôs um processo judicial contra o fotógrafo François-Marie Banier, que acusa de se ter aproveitado da demência da mãe para lhe extorquir mil milhões de euros. Banier começou a ser julgado na semana passada em Nanterre.

MRA Alliance/CM 

França: Sarkozy sofre maior derrota eleitoral da última década

segunda-feira, março 22nd, 2010

Nicolas SarkozyA direita republicana de Sarkozy tem vindo a perder admiradores e o nível de popularidade do presidente francês nunca esteve tão baixo. A consequência? Uma dura derrota para o presidente francês nas eleições regionais, que ontem tiveram a segunda volta, confirmando o resultado da primeira ida às urnas, na semana passada.

Segundo o “Le Monde”, a esquerda venceu em quase todas as regiões – só a Alsácia votou maioritariamente à direita -, com o UMP a ficar aquém dos 30% e a abstenção de novo acima dos 50% (na primeira volta atingira os 54%).

Isto pode afectar seriamente a velocidade das reformas promovidas por Sarkozy antes das presidenciais de 2012, apesar de este insistir que o resultado das regionais não significa nada a nível nacional.

Os franceses ainda não escolheram o candidato preferido para a corrida às presidenciais, porém, estes números sugerem que os antigos apoiantes de Sarkozy preferem o primeiro-ministro, François Fillon.

Segundo o barómetro da “Paris Match”/IFOP, 36% dos franceses concordam com as políticas de Sarkozy e 47% da população considera que o presidente é “capaz de reformar o país”.

Relativamente à área político-social, 33% consideram-no bem sucedido, mas só 28% gostaria de vê-lo reeleito – contra os 43% que preferem Fillon, segundo o observatório BVA.

MRA Alliance/ionline

França: Sarkozy derrotado nas eleições regionais

domingo, março 14th, 2010

Nicolas SarkozyO Partido Socialista francês venceu, a nível nacional, as eleições regionais hoje disputadas, segundo os resultados das sondagens à boca das urnas. A consulta foi marcada pela forte abstenção. Mais de 52% dos eleitores não foram votar.

Os socialistas poderão recolher quase 30% dos votos, cerca de três pontos acima da União para um Movimento Popular (UMP, direita).

A Europa Ecologia afirma-se como a terceira força política a nível nacional, com cerca de 14% de votos, bastante à frente da Frente Nacional (FN, extrema direita), com 5%.

A confirmar-se este resultado, o Presidente Sarkozy sofre assim uma pesada derrota que pode repetir-se a 21 de Março com nova série de eleições regionais.

MRA Alliance/Agências

Sarkozy quer Brasil na ONU

segunda-feira, setembro 7th, 2009

O presidente francês Nicolas Sarkozy disse nesta segunda-feira, em Brasilia,  ser uma questão “de justiça” que o Brasil ocupe uma vaga permanente no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

O presidente da França defendeu reformas na ONU para permitir uma maior participação dos países em desenvolvimento, como o Brasil, nas decisões tomadas pela organização multilateral.

“As Nações Unidas devem reformar-se. Estamos no século XXI, não podemos considerar normal que a África não tenha um membro permanente no Conselho de Segurança de Segurança. Também não acredito que, no pequeno-almoço do G-8, não possamos convidar o Brasil. Isso é perigoso”, disse Sarkozy.

“O mundo não pode esquecer o que aconteceu no ano passado. A lógica de que o mercado ia resolver tudo, faliu. O estado não pode abrir mão de ser o indutor. Tivemos que induzir mais dinheiro na produção. Se não existe o estado, as coisas não funcionam com a facilidade que alguns imaginavam que iam funcionar. Vamos exigir que cada país faça a sua parte para que a crise não resulte no sofrimento dos mais pobres”, concluiu o presidente francês.

MRA Alliance/Agências

França: Greve geral é grito de alarme contra a crise

quinta-feira, janeiro 29th, 2009

Os caminhos-de-ferro, as linhas aéreas e o ensino foram alguns dos sectores hoje atingidos por uma greve geral decretada pelas oito principais organizações sindicais francesas, numa autêntica “mobilização antisarkozista, tanto económica como social”, refere o jornal “Libération”. “Os assalariados, os que pedem emprego e os reformados são as principais vítimas desta crise”, diz a convocatória da greve, que fez cancelar muitos comboios e um terço dos voos que tinham início num dos aeroportos de Paris, o de Orly.

Centenas de milhares de trabalhadores deverão participar ao longo do dia em comícios convocados pela Confederação Geral do Trabalho (CGT) e pelas demais entidades organizadoras deste movimento, de modo a pedir mais medidas governamentais de protecção aos empregos e aos salários.

Três quartos da população dizem apoiar aquilo a que a imprensa gaulesa chama “a quinta-feira negra”, considerada verdadeiro grito de alarme para uma crise que ameaça a coesão social.

Escolas, bancos, hospitais, estações de correio e tribunais estão a sentir os efeitos da greve, apesar de no Verão passado o Presidente Nicolas Sarkozy se ter vangloriado de que, hoje em dia, quando há uma greve na França, ninguém dá por ela, porque poucos estariam dispostos a acatar os avisos feitos pelos sindicatos, comentou a correspondente da BBC em Paris, Emma-Jane Kirby.

Muita gente no país está furiosa porque os bancos receberam milhares de milhões de euros para se aguentarem, enquanto indústrias e actividades comerciais em dificuldades devido à crise receberam muito menos apoio. Mas ainda no início da semana o ministro do Orçamento e da Função Pública, Eric Woerth, observava que “há outras formas de as pessoas se fazerem ouvir, sem necessidade de ir para a greve”.

Fonte: Público

Caisse d’Epargne demite gestores após escândalo de 600 milhões

segunda-feira, outubro 20th, 2008

O presidente do banco francês Caisse d’Epargne, Charles Milhaud, demitiu-se ao fim da noite, durante uma reunião de emergência para debater as perdas de EUR 600 milhões que a instituição sofreu com operações especulativas. O conselho de supervisão da Caisse d’Epargne realizou a reunião para decidir as medidas a tomar, após os ruinosos prejuízos em investimentos no mercado de derivados, realizados no início de Outubro. “Os prejuízos são o resultado da excepcional volatilidade dos mercados durante este período e da quebra das instruções que eu dei”, disse Milhaud. Fontes do banco informaram a imprensa que foram igualmente demitidos o director-geral, Nicolas Merindol, e o director financeiro, Julien Carmona. O governo francês repreendeu publicamente a administração do banco num clima de irritação e repúdio da opinião pública contra práticas especulativas. Milhaud, que não receberá nenhuma indemnização, ascendeu à presidência da Caisse d’Epargne em 1999. MRA Dep. Data Mining

Portugal perdeu investimento aeronáutico de 125 milhões

sábado, setembro 6th, 2008

Geci/SkylanderAo fim de cinco anos de negociações, a Geci International trocou Portugal pela França para construir o avião Skylander, um investimento de 125 milhões de euros que prometia criar três mil empregos, dos quais 900 directos, noticiou hoje a edição online do jornal Público. O presidente da AICEP, Basílio Horta, recusou-se a comentar a decisão da Geci, mas o diário revela que não se mostrou surpreendido. Por seu turno, o antigo ministro da Economia, Augusto Mateus, que no último meio ano prestou consultoria ao projecto, afirmou ao Público que o Skylander “melhorou muito e tinha pernas para andar. Era um projecto importante para Portugal, embora a sua perda não seja dramática”. A compra recente da maioria do capital da Reims Aviation Industries, fabricante do turbo-hélice bimotor F406, terá sido decisiva para a Geci alterar os planos de investimento previstos para Évora. A operação foi apoiada pelo Governo Sarkozy que garantiu à Skylander os meios necessários para fabricar o avião, em França e comprometeu definitivamente o projecto franco-português. O Skylander nunca foi um projecto consensual a despeito da sua alegada importância estratégica para o arranque do cluster aeronáutico que o Governo Sócrates quer construir e que já conta com investimentos da brasileira Embraer. O executivo, apesar de lhe ter concedido o estatuto PIN (Projecto de Interesse Nacional), em 2006, foi sempre relapso relativamente ao financiamento. A empresa garantira recentemente já ter recebido 450 encomendas, correspondendo a mais de 1300 milhões de euros e alertou que os sucessivos adiamentos na concessão das ajudas públicas portuguesas colocavam em risco as primeiras entregas. Segundo os novos prazos, o aparelho deveria ter o protótipo a voar em 2009, com os primeiros fornecimentos previstos para 2011. As negociações com Lisboa para a produção do turbo-hélice bimotor arrancaram em Junho de 2003, ainda com Durão Barroso na chefia do executivo. MRA Dep. Data Mining

Sarkozy: Reforma da Constituição francesa pode ser um fiasco político

segunda-feira, julho 21st, 2008

Versalhes - PalácioOs deputados e senadores franceses referendam hoje, em Versalhes (Paris) a revisão da Magna Carta promovida pelo presidente, Nicolas Sarkozy e pelo seu governo. Para ratificar o novo projecto constitucional, aprovado isoladamente pelas duas câmaras, é necessário o «sim» de pelo menos 60% dos deputados. Uma percentagem que a UMP e os partidos aliados não conseguiriam alcançar sozinhos. Apesar de concessões de última hora, os líderes do Partido Socialista (PS), Partido Comunista (PCF) e do Partido Verde vão votar «não». O projecto de reforma – mais poderes para o Parlamento, menos para o chefe de Estado e mais direitos para os cidadãos – mudou bastante em relação ao texto apresentado inicialmente por Sarkozy para estabelecer o que classificou de um modelo de ‘democracia exemplar’. O texto limita a 2 os mandatos consecutivos do chefe de Estado e dá ao Parlamento o poder de veto nas nomeações presidenciais para grandes instituições, como o Conselho Constitucional. A 24ª revisão da Constituição, criada por Charles de Gaulle em 1958, também vai ter implicações na política externa. As duas câmaras assumiram um compromisso que mantém a obrigatoriedade de um referendo para futuros alargamentos da União Europeia (UE). Porém, incluíram no texto a possibilidade de os legisladores pedirem ao chefe do Estado que opte pela ratificação parlamentar. Quanto ao envio de tropas francesas para o estrangeiro, será necessária a aprovação do Parlamento. O primeiro-ministro, François Fillon, disse que a reforma constitucional é um avanço “espectacular”. Embora não admita a hipótese de uma rejeição, Fillon disse ao “Journal du Dimanche” que não se sentiria desautorizado caso tal acontecesse. “Se alguém pode sair enfraquecido de um fiasco desta reforma seria primeiro o PS”, afirmou. Se esta reforma fosse proposta por um líder de esquerda, o PS “sem sombra de dúvida” que a aprovaria, disse Fillon, recordando que socialistas como François Mitterrand e Lionel Jospin defendem muitas das alterações agora propostas. O projecto têm o apoio maioritário dos franceses, inclusive dos eleitores do PS, segundo uma sondagem recente. A ex-candidata socialista ao Palácio do Eliseu, Ségolène Royal, afirmou que a rejeição à reforma seria “um fracasso do poder, que achou que poderia comprar parlamentares ou para os pressionar para que aprovem um texto medíocre”. MRA/Agências

Polícia israelita suicidou-se durante a cerimónia de despedida de Sarkozy no aeroporto de Telavive

terça-feira, junho 24th, 2008

Sarkosy - Incidente - Israel (imagens CNN)Um agente policial judeu suicidou-se no aeroporto Ben Gurion, em Telavive, Israel, quando decorria a cerimónia de despedida do presidente francês, Nicolas Sarkozy, de visita ao país desde domingo. Segundo as autoridades judaicas, o incidente foi de imediato interpretado como uma tentativa de assassínio do presidente francês. O porta-voz da polícia Micky Rosenfeld, no entanto, negou tais suspeitas. A segurança retirou rapidamente Sarkozy do local, fazendo-o embarcar na aeronave. O chefe de Estado gaulês estava acompanhado pelo primeiro-ministro Ehud Olmert e pelo presidente Shimon Peres. Os dois estadistas hebraicos saíram do local sob escolta. Um porta-voz da polícia confirmou que o agente que pôs termo á vida estava a uma distância de 100 a 200 metros do avião. Segundo a rede televisiva norte-americana CNN, o som do disparo activou o alerta de segurança no aeroporto. O porta-voz da Presidência francesa, Franck Louvrier, não atendeu as ligações feitas para o seu telemóvel por repórteres da Associated Press. Ver imagens YouTube

Sarkozy inicia “flirt” mediterrânico via Israel e Palestina

segunda-feira, junho 23rd, 2008

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, chegou ontem (domingo) a Israel para a sua primeira visita oficial. Foi recebido como um “amigo e aliado” e, à chegada, defendeu, que a criação de um Estado palestiniano é essencial para a segurança do Estado de Israel. “Estou aqui, porque estou mais convencido do que nunca de que a segurança de Israel não estará garantida enquanto não existir um Estado palestiniano”, afirmou após aterrar em Tel Aviv. A visita de três dias, relacionada com o 60.º aniversário da criação do Estado de Israel, inclui Belém, na Cisjordânia, onde Sarkozy conferenciará com o presidente da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), Mahmoud Abbas. Sarkozy disse que a relação entre os dois Estados vive um “momento excepcional” e confessou: “Sempre fui e serei um amigo de Israel”. A agenda do presidente francês inclui encontros com os principais líderes políticos judaicos e um discurso hoje (segunda-feira) no parlamento local (Knesset).

Esta é a terceira visita de um presidente francês a Israel desde sua criação, em 1948, e destina-se a reforçar a aproximação de Paris aos estados do Mediterrâneo. Os líderes sionistas, dos radicais aos moderados, têm manifestado apreço pela reaproximação encetada por Sarkozy, recordando que, desde a sua fundação, a França foi o principal aliado do Estado judeu e instrumental na construção de seu poderoso exército. Armas e tecnologia militar gaulesas estão indissociavelmente ligadas à supremacia aérea israelita na região e à construção da central nuclear judaica de Dimona. Os dois projectos foram liderados pelo actual presidente Shimon Peres, quando ocupou o cargo de director-geral do Ministério da Defesa, após a fundação do Estado hebreu. Desde 1967, as relações entre os dois países oscilaram entre a cordialidade e a tensão, particularmente depois da segunda Intifada, em 2000. Desde que tomou posse, Sarkozy tornou-se o presidente francês mais “pró-judaico”, desde os anos 60. O enfraquecido primeiro-ministro Ehud Olmert, actualmente sob a ameaça de renúncia ao cargo por suspeitas de corrupção, definiu-o como “um verdadeiro amigo de Israel” e descreveu as relação franco-hebraicas como algo que ultrapassa “a lua-de-mel”, assumindo contornos de “uma verdadeira história de amor”. A comitiva de Sarkosy, que integra 7 ministros e cerca de 100 empresários, prenuncia a assinatura de multimilionários acordos económicos e militares, a concertação de posições anti-Teerão e a afinação de estratégias comuns relativas à Palestina, Síria e Iraque. A visita ocorre uma semana antes de a França assumir a presidência da União Europeia, a partir de 1 de Julho. “Vim para dar o meu apoio, em nome da França e da União Europeia”, disse «Sarko» numa clara tentativa para reconquistar para a França protagonismo geopolítico e económico no Médio Oriente. MRA/Agências

França defende independência da Palestina e força negócios com Iraque

domingo, junho 1st, 2008

Bernard KourchnerA criação de um Estado palestiniano independente é a única maneira de garantir a segurança de Israel, segundo o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Bernard Kourchner, em Amã. “Impor a criação de um Estado palestiniano viável, democrático, autónomo e independente. Continuo a acreditar que essa é a única solução”, declarou Kouchner, numa conferência de imprensa após um encontro com o seu homólogo jordano, Salah Bechir. “Embora o diálogo prossiga, na prática, não há muito progresso”, destacou. Kourchner acrescentou que a França continuará a pressionar no sentido de demonstrar que “a criação de um Estado palestiniano que será a única maneira de garantir a segurança de Israel”. Após a visita, durante a qual assinou um acordo de cooperação nuclear, o chefe da diplomacia francesa iniciou uma visita-surpresa ao Iraque, que terminará hoje (domingo). Kouchner, garantiu à agência iraquiana “Aswat al-Iraq” que “o objectivo da viagem é transmitir uma mensagem de amizade e paz ao povo iraquiano”. A visita, ocorre um mês antes do início da presidência francesa da União Europeia (UE). O ministro francês deseja, antecipadamente, expressar aos iraquianos a “disponibilidade da França” em trabalhar, “ao lado de todas as comunidades” do país, para promover a reconciliação nacional, refere uma nota ministerial, distribuida em Paris. Simultaneamente, Kourchner procurará o envolvimento de empresas francesas na reconstrução do Iraque. A esmagadora maioria dos contratos foi adjudicada pelo governo local, apoiado por Washington, a empresas do principal país ocupante – Estados Unidos. As empresas da Grã-Bretanha, país aliado na invasão e ocupação, têm-se queixado de terem sido preteridas a favor dos americanos. MRA/Agências

Sarkozy: O falcão europeu nas negociações agrícolas da OMC

quinta-feira, abril 3rd, 2008

“Serei um firme opositor a qualquer acordo que não atenda aos interesses da França”, disse o chefe de Estado francês, num discurso perante o Congresso da principal federação sindical agrícola francês, a FNSEA, em Nantes.O presidente argumentou que depois de mais de sete anos de negociações “o flagrante desequilíbrio [das negociações] deve provocar uma reflexão mais profunda no seio da União Europeia (UE) mas também na OMC, sobre o futuro das decisões, porque é difícil continuar como se nada tivesse acontecido”. “Digo as coisas da forma mais clara: nesta negociação internacional, quero reciprocidade, quero equilíbrio”, insistiu Sarkozy, revelando ter escrito uma carta ao presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, para lhe recordar a “linha” que se propõe defender.

Sarkozy, cujo país assumirá a presidência rotativa da UE no segundo semestre deste ano, não quer que a Europa seja “ingénua”, deixando uma pergunta no ar: “De que serve construir uma política agrícola se a Europa renuncia a defender sua agricultura de produção e a sua alimentação, se renuncia proteger a qualidade sanitária e o ambiente quando todos os demais se defendem e se protegem?” A União Europeia também não pode ignorar as medidas “dos governos brasileiros e americanos para apoiar, por meio de um dumping fiscal sem precedentes, o desenvolvimento de certos biocombustíveis”.

Na carta a Durão Barroso, Sarkosy exigiu uma “verdadeira reciprocidade no acesso aos mercados” e considerou ser “altamente preocupante” o desequilíbrio das concessões recíprocas contra os interesses europeus quer nos sectores agrícola e industrial, actualmente em fase de negociação, quer no abandono dos temas a negociar sobre os serviços, normativos e os direitos sobre o mapeamento do planeta via satélite. MRA/Agências