Helsínquia instou ontem os líderes europeus a definirem um “modelo aceitável” de garantias no segundo resgate a Atenas, depois de Berlim ter rejeitado o acordo bilateral entre os governos finlandês e helénico. A indefinição está a causar medo nos investidores, que acreditam cada vez menos no sucesso do segundo pacote de ajuda. Em resultado, os juros gregos a dois anos chegaram a ultrapassar os 46%.
“Se o acordo finlandês e grego não é aceitável para os outros, é tempo de todos os Estados do euro construírem um modelo que toda a gente considere aceitável”. As palavras são da ministra das Finanças finlandesa, Jutta Urpilainen, através de um comunicado citado pela Bloomberg.
Recorde-se que a ministra finlandesa anunciou na terça-feira ter chegado a um acordo bilateral com o seu homólogo grego, Evangelos Venizelos, para um modelo de garantias. Atenas depositaria dinheiro numa conta do país nórdico para este investir nos títulos soberanos com pouco risco. A partir daí, os juros gerados serviriam para aumentar o montante destinado a cobrir a contribuição da Finlândia para o resgate da Grécia.
O montante a depositar não chegou a ser revelado, mas a imprensa internacional avançou que seria entre 20% a 40% dos 1.400 milhões de euros correspondentes à parcela finlandesa do resgate. Mas o acordo motivou críticas dos outros Estados-membro e Áustria e Holanda, por exemplo, fizeram saber que, nesse caso, também queriam garantias para ajudar Atenas.
MRA Alliance/DE