Archive for the ‘Financiamentos’ Category

Partidos escondem actividades nas demonstrações financeiras, diz TC

quarta-feira, dezembro 22nd, 2010

O Tribunal Constitucional detectou várias irregularidades nas contas partidárias de 2007, com a maioria dos partidos a reincidir na impossibilidade de confirmar a origem das suas receitas. O PSD foi o único partido que apresentou provas das receitas obtidas.

No acórdão datado de 15 de Dezembro, o PCP foi dos partidos com assento parlamentar com mais irregularidades detectadas. Foram 16 contra as 11 do PSD e CDS, oito do PS e quatro do BE.

Em relação ao PCP, o Tribunal não conseguiu identificar a proveniência de receitas de “quotizações”, “filiados do partido” e contribuições de “representantes eleitos” e pediu ao partido que identificasse os autores de todas as contribuições superiores a mil euros. Os comunistas recusaram, argumentando que “a reserva da filiação partidária é um direito constitucional”.

Este partido ultrapassou ainda “largamente” os limites de receita em numerário, mesmo excluindo a Festa do Avante!, não conseguindo o TC determinar se foi ultrapassado o limite para os pagamentos em dinheiro e os limites anuais de angariações de fundos.

O PSD conseguiu apresentar prova de todas as quotas pagas por multibanco e o Tribunal deu-se por satisfeito, enquanto nas contas do PS há receitas sem identificação do doador e verifica-se que o processo de angariação de fundos “não cumpriu as exigências legais”.

Nas contas dos socialistas o TC descobriu ainda que as contribuições dos militantes eleitos em Braga entraram no partido através de um único cheque emitido pela Câmara Municipal de Braga, um procedimento que o TC considera “inadequado para a concretização de contribuição de eleitos locais”. Uma situação semelhante ocorreu nas contas do PEV.

O Tribunal Constitucional considerou ainda ilegal a inclusão das subvenções aos grupos parlamentares da Madeira e dos Açores nas contas partidárias do PS, por se traduzirem numa fonte de financiamento partidário não autorizada na lei, imputando ao partido a “sobre-avaliação de proveitos e custos”. Com a nova lei do financiamento dos partidos políticos estas subvenções passam a ser admitidas.

O CDS/PP recebeu quatro donativos em numerário de valor superior ao previsto na lei, 25% do salário mínimo nacional, e não entregou comprovativos que identificassem a origem dos mesmos. O BE será punido devido à “incerteza quanto à integralidade das contas relativas ao referendo sobre a IVG”.

Em relação ao PSD, CDS-PP, PS, PCP, e Verdes, o Tribunal constatou que “nem toda a actividade” destes partidos “se encontra integral e adequadamente reflectida nas demonstrações financeiras”, verificando-se o mesmo no PH e do PNR.

MRA Alliance/JdN

“Banca vai continuar a depender do BCE em 2011”, diz presidente do Santander Totta

domingo, dezembro 19th, 2010

Nuno Amado - Presidente do banco Santander TottaO problema de acesso a financiamento será o grande desafio que a banca tem pela frente em 2011, diz Nuno Amado, presidente do banco Santander Totta , em entrevista ao Diário Económico. “infelizmente, se as condições do mercado se mantiverem, eu não vejo outra forma senão a de que o financiamento no BCE volte a aumentar”, precisou Amado.

“Se acho que durante 2011 a banca portuguesa vai ter de manter algum financiamento no BCE? Vejo muito difícil que isso não suceda, porque, contrariamente ao que aconteceu em outros países, não foram os bancos que afectaram mais o risco soberano, foi e é o risco soberano que afectou e está a afectar a situação dos bancos. Em Portugal é isto que está a acontecer”, sublinhou Amado.

MRA Alliance/DE

Empréstimo de 1,5 MM do BEI para investimentos do QREN

sexta-feira, novembro 19th, 2010

O Banco Europeu de Investimento (BEI) concede à República Portuguesa um empréstimo de 450 milhões de euros para ajudar a cumprir os objetivos do Quadro de Referência Estratégico Nacional no período 2007-2013. Trata-se da primeira tranche de um empréstimo já aprovado no valor total de 1 500 milhões de euros, o maior empréstimo alguma vez concedido pelo BEI a Portugal.

Participaram na cerimónia de assinatura, que decorreu hoje em Lisboa, Philippe Maystadt e Magdalena Álvarez Arza, Presidente e Vice-Presidente do BEI, Fernando Teixeira dos Santos, Ministro de Estado e das Finanças, e Fernando Medina, Secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento, entre outros.

O Presidente do BEI, Philippe Maystadt, afirmou que «este empréstimo, que visa co-financiar projetos também apoiados por Fundos Estruturais da UE, reforçará o contributo do Banco para o crescimento económico através do financiamento de projetos de grande valor. Trata-se de uma operação importante que assinala o compromisso do Banco de ajudar os Estados-Membros da UE num período marcado por condições económicas e financeiras difíceis».

MRA Alliance/Portal do Governo

Portugal: Bancos nunca concederam tão pouco crédito como em 2010

quinta-feira, outubro 21st, 2010

A banca portuguesa concedeu 41,9 mil milhões em crédito, até Agosto, o valor mais baixo desde 2003, quando o Banco de Portugal começou a recolher este tipo de informação. O financiamento dos bancos à economia nunca foi tão modesto. Face ao período homólogo de 2009, a quebra na concessão de empréstimos a empresas e particulares cifra-se em 888 milhões de euros (2,1%).De acordo com os especialistas, esta tendência é transversal às economias europeias: “Este fenómeno de diminuição da concessão de crédito já existe na Europa. Desde Fevereiro, a variação média do crédito concedido dos últimos doze meses na área do euro é negativa (crédito em contracção), tendo-se acentuado a queda ao longo do ano (-1.2% em Julho)”, explica Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI.

Uma realidade que, em Portugal, não é contudo transversal a todos os sectores da economia. As empresas são as mais prejudicadas. Depois de terem visto a concessão de crédito diminuir 15,5 mil milhões de euros em 2009 face ao ano anterior, as sociedades não financeiras registam agora uma quebra de dois mil milhões de euros nos empréstimos concedidos até Agosto, face ao período homólogo.

Em contrapartida, os particulares viram os empréstimos para a compra de casa e para efeitos de consumo aumentarem nos primeiros oito meses do ano, em relação ao mesmo período de 2009.

MRA Alliance/DE

Portugal: Falta de crédito empurra 5.000 empresas para a falência

quinta-feira, outubro 14th, 2010

As insolvências não param de aumentar em Portugal. Nos primeiros nove meses deste ano o país registou 4.759 processos de insolvência. Desde o final de 2009, a tendência de subida tem sido consistente.

Depois de se terem registado 1.464 casos no primeiro trimestre de 2010, o número subiu para 1.565 entre Abril e Junho e voltou a aumentar para 1.730 no terceiro trimestre, revelam dados da Credito y Caución.

De acordo com a análise feita pelos especialistas da Crédito y Caución, «as persistentes dificuldades de acesso ao crédito pelas Pequenas e Médias Empresas tem dificultado a sua gestão de tesouraria sendo um dos principais factores que estão na base de muitos processos de insolvência judicial», explica o relatório.

Olhando para o número registado entre Julho e Setembro, as falências aumentaram 37% relativamente ao período homólogo e 11% relativamente ao trimestre anterior. Este foi também o valor mais elevado dos últimos dois anos.

MRA Alliance/Agência Financeira

Portugal precisa de nove mil milhões até ao fim do ano

quarta-feira, setembro 29th, 2010

O risco da dívida nacional voltou a bater recordes, tendo o juro das obrigações portuguesas a 10 anos superado os 6,5%. Até ao final do ano, são necessários mais cerca de nove mil milhões de euros de financiamento externo para satisfazer todas as necessidades do Estado, previstas para este ano.O ministro das Finanças vai ter que se redobrar em explicações sobre o andamento das contas públicas deste ano, bem como persuadir os investidores internacionais das virtudes do próximo Orçamento do Estado de modo a convencê-los a comprarem dívida portuguesa a um ritmo de três mil milhões por mês.

Isto numa altura em que os mercados se questionam cada vez mais sobre a capacidade de Portugal e da Irlanda conseguirem cumprir os seus objectivos de política financeira e económica.

Ontem os prémios de risco da dívida nacional e irlandesa voltaram a bater máximos históricos com as taxas exigidas pelo mercado para deterem dívida a dez anos dos dois países a ultrapassarem os 6,5%.

Até agora, as Finanças, através do IGCP, conseguiram colocar mais de 33,1 mil milhões de euros, entre Obrigações do Tesouro (16,2 milhões de euros) e de Bilhetes do Tesouro (16,9 milhões de euros). A este montante acresce uma operação sindicada de três mil milhões de euros, realizada no princípio do ano e mais mil de um financiamento ‘swap’ em dólares. No total, o Estado conseguiu garantir financiamento à República num total de 37,1 mil milhões de euros.

MRA Alliance/Diário Económico

Estado pede emprestado para salvar execução de fundos europeus

domingo, julho 18th, 2010

Portugal está, pela primeira vez, a recorrer ao Banco Europeu de Investimento (BEI) para poder pagar a componente nacional do financiamento dos projectos que vão receber apoios comunitários. Este foi o recurso encontrado pelo Estado português para acelerar a execução do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) e assim ajudar a economia nacional.

Trata-se de um pedido de financiamento de 1,5 mil milhões de euros – o limite máximo concedido pelo BEI – para projectos na área da energia, águas, tratamento de esgotos e resíduos sólidos, infra-estruturas urbanas, transportes, saúde e educação que ascendem a mais de 23,4 mil milhões de euros, no âmbito do actual quadro comunitário de apoio (2007-2013).

“Este é o primeiro financiamento com estas características. Trata-se de um empréstimo directo à República portuguesa para ajudar o Estado a co-financiar os projectos que vão receber fundos comunitários”, explicou, ao Diário Económico, fonte do BEI. “E assim acelerar a execução do QREN”, acrescentou. A medida não é inédita. A Polónia, por exemplo, também utilizou a mesma estratégia, recentemente.

MRA Alliance/DE

Crédito vai ficar mais caro para PME

sexta-feira, junho 4th, 2010

credito_aperto11.jpgEm apenas mês e meio, as linhas de crédito bonificado PME Investe V esgotaram. A procura pelas condições vantajosas de financiamento bancário, por via deste instrumento, foi maior que a oferta, deixando vários processos pendentes de empresas ávidas em resolver problemas de liquidez ou prestes a alavancar investimentos. E ao que tudo indica, a nova oferta de crédito bonificado para empresas, a surgir em breve, terá condições menos favoráveis, avança o «Jornal de Notícias».

O Governo e o IAPMEI já reiteraram que a linha de crédito será relançada em breve. Contudo, o actual cenário económico deverá implicar condições menos favoráveis, apesar do tecido empresarial manter a esperança de que as condições anteriores possam continuar.

A PME Investe V, com dotação inicial de 750 milhões de euros, esgotou a 21 de Maio.

MRA Alliance/Agência Financeira

Portugal entra com 409 milhões de euros no primeiro empréstimo à Grécia

terça-feira, maio 18th, 2010

A Grécia recebeu hoje a primeira tranche do empréstimo de emergência concedido pelos seus parceiros europeus, no valor de 14,5 mil milhões de euros. Portugal participou com 409 milhões de euros, a sétima contribuição mais elevada entre os países do euro. O porta-voz da União Europeia anunciou esta manhã que a primeira tranche do empréstimo de emergência, no valor de 14,5 mil milhões de euros, tinha já seguido para Atenas, sendo que o Governo helénico já acusou a recepção.

Foi também já disponibilizada a tabela dos países que mais contribuíram, sendo que Portugal emprestou um total de 409.274.004,99 euros, de acordo com a Bloomberg. Trata-se de 2,8% do total concedido, o sétimo peso mais elevado entre os 10 países da Zona Euro que participaram neste primeiro empréstimo.

No total, Portugal comprometeu-se a emprestar cerca de 2 mil milhões de euros à Grécia nos próximos três anos, no âmbito do pacote de 80 mil milhões de euros que os países do euro aceitaram emprestar à Grécia para evitar a bancarrota do país. O FMI entrará com os restantes 30 mil milhões.

MRA Alliance/Agências

Empréstimos bancários podem ficar mais caros

quarta-feira, fevereiro 10th, 2010

Nuno Amado - Presidente do banco Santander TottaA ideia foi ontem reforçada pelo presidente do Santander Totta, Nuno Amado,  na apresentação de resultados da instituição financeira ao referir que “se as condições se mantiverem os spreads vão aumentar”.

O cenário já tinha sido apresentado em entrevistas à RTP pelo presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), António de Sousa, que admitiu a possibilidade de o aumento dos spreads ser de 0,5% ou mais e ocorrer ainda este mês. Na segunda-feira, o presidente do BPI, Fernando Ulrich, e José Maria Ricciardi, do BES Investimentos, admitiram o mesmo cenário.

Portugal continua colado ao grupo de países com economias deprimidas e com falta de capacidade política para corrigir as contas públicas, o que tem levado a uma pressão dos títulos de dívida pública e, consequentemente, ao um aumento dos custos de financiamento.

O presidente do Santander Totta destacou, no entanto, o facto de a subida do spread, a ocorrer, se verificar apenas nos novos empréstimos – uma vez que os spreads nos stocks de crédito estão fixados até ao fim do contrato -, além de ser acompanhada pela subida dos juros pagos pelos depósitos a clientes.

Em 2009, o lucro do Santander Totta ascendeu a 523,3 milhões de euros em 2009, o que representa um aumento de 1,1% em relação ao ano anterior. O resultado é justificado pelo aumento dos proveitos – o produto bancário recorrente cresceu 4,8% -, o que permitiu compensar a quebra de 2,4% das comissões.

MRA Alliance/ionline

Consumidores mais protegidos no crédito à habitação

sexta-feira, outubro 16th, 2009

Entra hoje em vigor a nova lei tendente a tornar mais transparente o crédito à habitação, com a criação da Taxa Anual Efectiva Revista ( TAER), a proibição de revisão do spread após um ano e o enquadramento dos créditos multiusos/multiopções como crédito habitação. Desta forma o governo pretende defender os consumidores, obrigar à adopção de boas  práticas por parte da banca e promover o aumento da transparência e da concorrência.

A produção legislativa da Assembleia da República tem-se pautado nos últimos anos por uma série de novas medidas como a obrigatoriedade da apresentação da Taxa Anual Efectiva (TAE); o arredondamento à milésima; a obrigatoriedade de utilizar a média mensal da Euribor do mês anterior à revisão e a fixação de comissões máximas para o reembolso antecipado.

As inovações representaram uma revolução no sector financeiro, obrigando as instituições de crédito a adaptarem-se à nova realidade. O esforço informático e comercial, impondo novas estratégias de marketing, acaba por se traduzir em vantagens para os bancos com a uniformização dos procedimentos e ao fomentar a concorrência na conquista dos clientes.

Principais inovações do Decreto-Lei n.º 192/2009 que entra hoje em vigor:

  • Os bancos, para além de apresentarem as vantagens da subscrição dos produtos, como a bonificação dos spreads, passam agora também a informar os clientes sobre os custos associados, caso existam. Assim, a TAER é a taxa que para além de incorporar todos os encargos directos, também irá incorporar os custos dos produtos que os clientes têm que subscrever para obter reduções de spread.
  • Os bancos têm um ano para aumentar o spread caso o cliente não cumpra com as suas obrigações ao nível de subscrição dos produtos. Após este período inicial, o banco já não poderá alterar o spread até ao final do contrato.
  • A partir de agora aplicam-se as mesmas regras que no crédito habitação, nomeadamente a comissão máxima de 0,5% no crédito a taxa variável e de 2% no de taxa fixa.

MRA Alliance/DN

China compra USD 50 MM em obrigações do FMI

quinta-feira, setembro 3rd, 2009

A China acertou a compra de parte da primeira emissão de obrigações do Fundo Monetário Internacional, no valor de 50 mil milhões de dólares, revelou o FMI na quarta-feira.O diretor-geral do Fundo, Dominique Strauss-Kahn, e o vice-governador do Banco da China, Yi Gang, assinaram um acordo para a aquisição de “até 32 mil milhões de DES (Direitos Especiais de Saque, cerca de 50 mil milhões de dólares) em obrigações do FMI”, anunciou a instituição, em nota distribuída à comunicação social.

“Este acordo de compra é o primeiro da história do fundo, após a autorização concedida em 1 de Julho ao conselho de administração para emitir obrigações”, para que o FMI possa aumentar os seus recursos face à crise económica, refere a nota.

Em Abril, os países ricos e emergentes que integram o G20 comprometeram-se a triplicar os empréstimos ao FMI através de títulos de dívida.

MRA Alliance/Agências

Bancos: CGD emprestou ao Financia 195 milhões com “garantias reais”

sexta-feira, maio 8th, 2009

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) confirmou hoje que concedeu dois empréstimos ao Banco Finantia, no último trimestre de 2008, em operações de crédito sustentadas «em garantias reais, juridicamente sólidas e dotadas de consistência».O banco estatal português esclareceu que não recebeu ordens «do Governo, ou de qualquer outra autoridade, para realizar qualquer operação de crédito ao Banco Finantia».

O jornal «i» noticiou hoje que a CGD foi pressionada pelo governo para conceder um empréstimo de 200 milhões de euros ao Banco Finantia, para a resolução de problemas de liquidez. Porém, o ministro das Finanças apressou-se a negar a versão do novo jornal esclarecendo que foi consultado previamente sobre o assunto e que não se opôs ao financiamento.

“O Governo não deu ordem a ninguém”, disse Teixeira dos Santos, no Parlamento, em resposta a uma pergunta do Bloco de Esquerda. “O Finantia não vive de depósitos e enfrentou problemas de liquidez” precisou o ministro, acrescentando que “o Banco de Portugal, numa acção de emergência de liquidez, solicitou à Caixa que fizesse aquela operação”.

MRA Alliance/Agências 

Fed diz que há 10 bancos carentes de injecções de USD 75.000 ME

sexta-feira, maio 8th, 2009

A Reserva Federal determinou que 10 bancos norte-americanos precisam de proceder a aumentos de capital no montante de USD 74,6 mil milhões/bilhões (mm/bi), de acordo com o resultado dos testes de avaliação à capacidade dos 19 maiores bancos do país para resistirem a uma eventual deterioração do clima económico. 

Segundo a agência Bloomberg, os resultados dos “testes de resistência” realizados pelo banco central dos EUA mostram que as perdas dos bancos, sob condições económicas “mais adversas” poderão chegar a USD 600 mm/bi, nos próximos dois anos. 

A Bloomberg aponta o sector hipotecário como o de mais alto risco, podendo consumir mais de USD 185 mm/bi do total avançado pelo Fed. 

Os resultados hoje divulgados deverão aliviar a tensão entre os bancos menos carentes de fundos e o governo – Goldman Sachs, JPMorgan Chase, Bank of New York Mellon, MetLife, American Express, State Street, BB&T Corp, US Bancorp e Capital One Financial One.

Quem precisa? De quanto? 

Segundo os resultados dos “stress tests”, o pelotão dos necessitados é comandado pelo Bank of America (USD 34 mm/bi) – confirmando o cepticismo da MRA Alliance, manifestado em Setembro de 2008 – seguido pelo GMAC, antigo braço financeiro da General Motors, com  USD 11,5 mm/bi. 

Outros necessitados: Citigroup (USD 5,5 mm/bi), Fifth Third Bancorp (USD 1,1 mm/bi), KeyCorp (USD 1,8 mm/bi), Regions Financial Corp (USD 2,5 mm/bi),  SunTrusts Banks (USD 2,2 mm/bi) e o PNC Financial Services Group (USD 600 milhões).  

O Wells Fargo já anunciou que vai proceder a um aumento de capital no valor de USD 6 mm/bi, através de uma subscrição pública de acções. No entanto, segundo as contas do Fed, o Fargo precisa de quase USD 14 mm/bi para sair da zona de perigo. 

O Morgan Stanley também informou que o seu processo de recapitalização contemplará a emissão de títulos bolsistas no valor de USD 2 mm/bi e a colocação de USD 3 mm/bi em obrigações não garantidas pela Federal Deposit Insurance Corp (FDIC).  Porém, segundo o Fed, a lacuna financeira do Stanley é de “apenas” USD 1,8 mm/bi.

Até 8 de Junho os bancos mais ameaçados deverão apresentar ao Fed planos de recapitalização com três opções – oferta pública de subscrição, alienação de unidades de negócio ou financiamentos estatais através do programa de resgate financeiro aprovado pelo Congresso. 

As operações de refinaciamento deverão ser concluídas até Outubro.

MRA Alliance/Bloomberg/pvc

BRIC’s pediram ao FMI para criar novos instrumentos de financiamento de curto prazo

sábado, abril 25th, 2009

O ministro brasileiro da Fazenda, Guido Mantega, disse hoje que os BRIC – Brasil,  China, Rússia e Índia – pediram ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para emitir títulos de curto prazo que possam ser usados no refinanciamento dos Estados-membros e em operações de comércio internacional.

Os BRIC’s desejam que os títulos “possam ser negociados no mercado e contabilizados como reservas dos países”, explicou Mantega, após a reunião ministerial do G20, o bloco que reúne as nações mais ricas e as principais economias emergentes do mundo, realizada ontem, em Washington.

O FMI elaborou uma minuta com uma proposta sobre o novo instrumento financeiro, mas Mantega explicou que os quatro países não ficaram satisfeitos. O ministro brasileiro adiantou que o líder do FMI, Dominique Strauss-Kahn, manifestou abertura para flexibilizar as condições.

Especificamente, os BRIC’s desejam que os títulos tenham maturidade de um ano e um rendimento levemente superior aos Títulos do Tesouro dos Estados Unidos, de forma a que os países o reconheçam como um instrumento líquido e financeiramente vantajoso.

A contribuição para financiamento do FMI através daqueles títulos seria complementar aos USD 500 mil milhões/bilhões (mm/bi) prometidos pelo Brasil, Rússia, Índia e China, após a cimeira do G20, realizada no início do mês, em Londres. 

No caso do Brasil, a contribuição será de USD 4,5 mm/bi. Mantega disse que os quatro países decidiram não revelar quanto seria a ajuda total, através dos títulos de curto prazo, enquanto a sugestão não for formalmente aceite pelo FMI.

MRA Alliance/Agências

Portugal Telecom: Estrangeiros compraram 89% da nova dívida de mil milhões

sexta-feira, abril 24th, 2009

A emissão de mil milhões/um bilhão de euros de obrigações da Portugal Telecom mobilizou os investidores internacionais, com destaque para os alemães que ficaram com 30% da oferta. Em segundo lugar posicionou-se o Reino Unido, que absorveu 17% da emissão, Portugal e Espanha, ambos com 11%, e França e Itália, com 7% e 6%, respectivamente.

A Portugal Telecom realizou a operação para aproveitar a disponibilidade dos investidores na sequência da melhoria do “rating” atribuído pela Standard & Poor’s.

“Esta operação permitiu aumentar a nossa flexibilidade financeira. A PT tem uma situação financeira e de balanço sólida. com um baixo custo de dívida e uma maturidade mais longa”, afirmou o CEO Zeinal Bava, em entrevista telefónica à Reuters .

Segundo o responsável, a empresa não tem qualquer risco de refinanciamento da dívida, sublinhando que a próxima emissão será em 2012, no montante de 1.300 milhões de euros.

“A PT ficou com um custo médio de dívida de 4,4% contra o anterior de 4,3%, o que compara com 6,26% de média do sector”, disse o CEO da PT.

No final de 2008, a PT tinha uma dívida líquida de 5.571 milhões de euros, mais 27,1% do que em 2007.

MRA Alliance/Agências 

Portugal alarga informação na megabase de dados europeia de crédito

terça-feira, abril 7th, 2009

A megabase de dados sobre empréstimos nas mãos dos portugueses – Central de Responsabilidade de Crédito – gerida pelo Banco de Portugal (BdP), vai passar a ter novas funcionalidades, alargando o âmbito da informação disponível e a partilhar, noticía hoje o Jornal de Notícias.

São 237 as entidades bancárias que prestam informação mensal à CRC, entre as quais estão vários bancos centrais europeus, como os de Espanha e Itália, e também empresas de leasing e factoring. O objectivo desta base de dados é apoiar as entidades participantes (bancos) na avaliação dos riscos dos empréstimos.

As entidades participantes comunicam automaticamente ao BdP os seguintes elementos sobre cada beneficiário de crédito: a identificação do beneficiário e o montante das responsabilidades por classe e tipo de crédito. Além da informação sobre os seus clientes, os bancos podem ter acesso à informação de potenciais clientes que queiram obter crédito, “desde que obtenham destas a necessária autorização”, informa o banco central.

O BdP passa também a “ter a possibilidade de acesso ao Número de Identificação Fiscal (NIF) de cada pessoa singular, com o objectivo de inequívoca identificação dos devedores. Esta possibilidade pretende evitar registos diferentes para cada pessoa”.

Além disso, registaram-se também ganhos com o alargamento do período de tempo em que a CRC está disponível, das 8 às zero horas, sete dias por semana.

Qualquer pessoa ou empresa pode saber junto do Banco de Portugal que informação sua consta no CRC. Será informado sobre os montantes concedidos, as instituições que comunicaram a informação, a classe de crédito, o tipo de crédito e informação sobre declarações de insolvência emitidas pelos Tribunais.

MRA Alliance 

EUA: Lei financeira desacredita promessas de Obama

quarta-feira, março 11th, 2009

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, abriu hoje a caça aos projectos incluídos pelo Congresso nas leis sobre o  financiamento  de projectos não prioritários no mesmo dia em que promulgou discretamente uma lei que permite despesas com projectos daquele tipo.
Obama anunciou ter assinado a lei para aplicar 410 bilhões de dólares no financiamento administrativo do Estado federal até o fim do ano fiscal, em Setembro de 2009.

O texto coloca o presidente numa situação delicada, já que contém milhares de projectos introduzidos para satisfazer apenas compromissos eleitorais dos legisladores à revelia do interesse nacional. 

Esta prática, conhecida nos Estados Unidos como “earmarks”, é uma prática habitual do Congresso americano. Ela é normalmente utilizada por congressistas para satisfação de interesses particulares das respectivas  circunscrições eleitorais. A lei agora aprovada, contradiz a promessa feita por Obama de uma gestão mais transparente.

O presidente americano deu a entender que estes serão os últimos “earmarks” que irá aprovar durante o mandato e prometeu combater todos os financiamentos injustificados.

MRA Alliance/Agências

A revolta dos accionistas do Barclays contra dinheiro árabe

quarta-feira, novembro 12th, 2008

A estratégia independente de recapitalização da administração do banco Barclays está a provocar uma reacção dos accionistas não árabes face aos privilégios concedidos aos investidores do Qatar e do Abu Dhabi na aquisição de 1/3 das acções, por USD 8,9 mil milhões/bilhões (mm/bi), à taxa de juro anual de 14%.

O conglomerado financeiro britânico, que recusou aceder ao programa estatal de ajuda aos bancos, desencadeou uma segunda operação de financiamento da estrutura de capital – USD 11,2 mil milhões/bilhões (mm/bi) – para os actuais accionistas de referência. Estes consideram as condições da operação prejudicial aos seus interesses.

A seguradora Legal & General e o grupo Aviva Investors, que controlam respectivamente 5% e 1% do capital do Barclays, lideram a revolta dos accionistas para pôr em causa os acordos de recapitalização na Assembleia Geral Extraordinária programada para o próximo dia 24. As duas operações de recapitalização carecem de aprovação maioritária da AG.

Os principais argumentos contra referem a dissolução do poder dos actuais accionistas e os termos “inaceitavelmente favoráveis” que o acordo garante aos investidores árabes.

O dramatismo da situação, descrita hoje abundantemente pela generalidade da media britânica, pode ameaçar a estabilidade da gestão e pressionar o presidente John Varley e a administração à humilhante alteração das condições do acordo selado com os árabes, facto que pode minar a autoridade dos gestores de topo.

Os críticos de Varley acusam-no de pagar juros muito superiores aos do programa do governo, para poder recusar o apoio estatal e garantir a continuação do pagamento de chorudos bónus e comissões à equipa de gestão, à revelia da prática actualmente adoptada pela generalidade dos concorrentes.

MRA Dep. Data Mining/pvc

Hungria, Islândia e Ucrânia contrataram empréstimos bilionários para atenuar crise

quinta-feira, outubro 30th, 2008

O Fundo Monetário Internacional confirmou a assinatura de um acordo para garantir à Hungria empréstimos do FMI, da União Europeia e do Banco Mundial, num total de 20 mil milhões de euros. O FMI vai contribuir com 12,5 mil milhões sob a forma de um “acordo de confirmação para um empréstimo de 17 meses”, o qual depende da aprovação do conselho executivo, no início de Novembro. O FMI indicou também que o Banco Mundial acordou também uma linha de crédito de mil milhões/um bilhão de euros.A organização multilateral, em comunicado, acrescentou que a Comissão Europeia está a finalizar outro empréstimo, no valor de EUR 6,5 mil milhões/bilhões. A ajuda europeia será a primeira deste tipo a ser concedida a um Estado membro da União Europeia desde o apoio garantido à Itália no início dos anos 1990.

Os financiamentos visam “solidificar a estabilidade a curto prazo da economia e melhorar o seu potencial de crescimento a longo prazo”, referiu o director-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn.O programa inclui medidas para manter uma adequada liquidez em divisas, garantir altos níveis de capitalização para o sistema bancário, satisfazer as necessidades de financiamento do governo e assegurar a sustentabilidade da dívida a longo prazo. As medidas visam restaurar a confiança dos investidores e aliviar as tensões que afectaram os mercados financeiros húngaros nas últimas semanas.

A Hungria tornou-se no terceiro país a conseguir um empréstimo do FMI para enfrentar as consequências da crise financeira, depois da Islândia e da Ucrânia que vão receber 1,65 e 13 mil milhões de euros, respectivamente. MRA Dep. Data Mining

Pequim comprou apoio da Costa Rica para cortar relações com Taiwan, diz FT

sexta-feira, setembro 12th, 2008

O diário inglês Financial Times acusou hoje a China de ter usado reservas monetárias para convencer a Costa Rica a cortar relações diplomáticas com Taiwan e a estabelecer laços oficiais com Pequim. “A compra de títulos do governo da Costa Rica pela agência chinesa que administra as reservas monetárias, State Administration of Foreign Exchange (SAFE), é a prova mais clara de que Pequim gere as suas reservas em divisas no valor de USD 1,8 mil milhões/bilhões (mm/bi) – as maiores do mundo – como um instrumento para atingir objectivos de política externa”, escreve o FT. O diário económico britânico diz ter tido acesso a documentos segundo os quais, em Janeiro de 2008, a SAFE adquiriu USD 150 milhões de títulos do governo costa-riquenho “como parte de um acordo assinado no ano passado que prevê o corte dos laços diplomáticos da nação centro americana com Taiwan (após 63 anos) e o estabelecimento de relações com a República Popular da China.” O acordo assinado em 01-06-2007 pelos ministros dos Negócios Estrangeiros da China e da Costa Rica, Yang Jiechi e Bruno Stagno Ugarte, segundo o FT, estabelece as regras para a compra de títulos costa-riquenhos (USD 300 milhões) e a concessão de um empréstimo (USD 130 milhões). O jornal refere a existência de cartas entre responsáveis da SAFE e o ministro das Finanças da Costa Rica, nas quais Fang Shangpu, administrador de topo da agência chinesa, confirma o compromisso desde que a Costa Rica tome “as medidas necessárias para manter em segredo as condições financeiras da operação e a qualidade da SAFE enquanto compradora dos títulos.” “Diplomatas costa-riquenhos advertiram para os perigos do secretismo mas os chineses insistiram, afirmaram pessoas familares com o negócio”, remata o Financial Times. MRA Dep. Data Mining

UE: Portugal reportou 757 irregularidades (€ 57 milhões) na utilização de fundos em 2007

quarta-feira, julho 23rd, 2008

Portugal reportou à Comissão Europeia um total de 757 suspeitas de irregularidades na utilização de fundos comunitários, em 2007, que implicam verbas no valor de 56.746.256 euros, segundo um relatório divulgado em Bruxelas. Das irregularidades identificadas, 190 dizem respeito ao sector da agricultura (5.570.368 euros), 540 a fundos estruturais (49.916.493 euros), 4 a fundos de coesão (865.435 euros) e 23 a recursos nacionais (393.960 euros). Em Portugal foram recuperados, no ano passado, 14.272.467 euros resultantes de irregularidades, faltando ainda reaver 28.666.161 euros, respeitantes a 2007. No seu relatório, Bruxelas pede mais atenção às autoridades portuguesas para respeitar os prazos. Cerca de 10% das irregularidades denunciadas diziam respeito a casos com mais de dois anos. A Comissão Europeia destaca ainda que “todas as irregularidades apresentadas estão a ser tratadas e sujeitas a um acompanhamento individualizado”. MRA/Agências

Adiamento do refinanciamento BES “não deve ser causa de alarme”, diz BPI

sexta-feira, março 28th, 2008

O BES anunciou ontem a sua intenção de emitir 550 milhões de euros em obrigações próprias, com vencimento em 2011, que poderão ser trocadas por acções da EDP. Horas mais tarde informou, através de um comunicado, ter decidido adiar a operação, devido às “condições adversas do mercado”.

Analistas do BPI, no relatório ‘Iberian Daily’ de hoje, consideram a decisão tem “um impacto Neutral a Negativo”. Em seu entender “o mercado pode entender negativamente esta notícia, já que pode aumentar os receios dos investidores quanto ao financiamento do BES”. Porém os analistas do BPI atenuam os seus prognósticos afirmando que “o BES está numa situação relativamente confortável, uma vez que em 2008 já fez duas colocações de dívida” (1,9 mil milhões de euros), permitindo-lhe “refinanciar a dívida com maturidade no primeiro semestre deste ano” (EUR 1,7 mil milhões), montante que “representa 58% do total da dívida do BES em 2008” (EUR 3,3 mil milhões). O relatório do BPI acrescenta que o banco dispõe de instrumentos financeiros bem capitalizados que pode usar para conseguir financiamento de bancos centrais. “No conjunto, este adiamento não deve ser causa de alarme, já que parece que o BES estava a tentar tirar vantagem daquilo que poderia considerar ser um bom momento para colocar esta dívida, mais do que devido a uma pressão de ‘funding’ no curto-prazo”, opinam os analistas. O BPI reitera a recomendação de “Compra” para o BES, com um preço-alvo de 18,30 euros. Fonte: Portugal Digital