A Câmara dos Representantes aprovou com 269 votos a favor e 161 contra a subida do limite do endividamento dos Estados Unidos. O último teste para o Congresso aprovar o acordo que evita a entrada dos EUA em incumprimento da dívida deverá ser superado esta terça-feira, na votação no Senado.
Na Câmara do Congresso onde os republicanos têm maioria, a dos Representantes, a votação acabou por confirmar o optimismo que foi tomando conta dos responsáveis democratas e republicanos ao longo do dia.
Apesar de restarem escassas horas para a data limite para a segunda Câmara do Congresso norte-americano fechar a votação sobre a subida do tecto do endividamento americano, o Senado apenas vai votar esta terça-feira (sem hora definida até ao momento) a proposta acordada entre a Casa Branca e a oposição para o aumento do nível da dívida pública para além dos 14,3 milhões de milhões de dólares (10,2 milhões de milhões de euros) atingidos em Maio passado.
Inicialmente, esperava-se que as duas Câmaras do Congresso, a dos Representantes e o Senado (de maioria democrata) dessem por terminado na segunda-feira o episódio da votação da subida do tecto legal do endividamento dos Estados Unidos em mais 2,4 milhões de milhões de dólares (1,6 milhões de milhões de euros).
O voto determinante pertenceu à Câmara dos Representantes, já que os conservadores do Tea Party não estavam convencidos a votar favoravelmente ao acordo e restavam ainda alguns democratas por convencer.
Mesmo assim, a aprovação do aumento do nível da dívida foi sendo dado como praticamente assegurada na Câmara dos Representantes, depois de alguns cépticos terem dito que votariam “sim” apesar de discordarem do acordo na totalidade.
Depois de meses de braço-de-ferro entre democratas e republicanos, as partes acordaram um aumento do limite legal em duas fases (uma cedência aos republicanos) que prevê um corte na despesa como contrapartida de uma primeira subida do tecto da dívida.
Caberá, depois, a um comité onde têm assento democratas e republicanos apresentar ao Congresso um plano de redução do défice, que, no caso de não conseguir a aprovação no plenário, fará accionar um outro plano – de poupança.
Até aqui, para contornar o facto de já ter atingido o limite da dívida, o Tesouro tem recorrido a medidas extraordinárias, mas Washington tinha dado 2 de Agosto como a data para fazer aprovar um acordo que não fizesse o Governo suspender os pagamentos nos primeiros dias de Agosto por falta de liquidez.
MRA Alliance/Público