Archive for the ‘Estudos’ Category

Portugal é o 2º país mais perigoso no índice BlackRock da dívida soberana

quarta-feira, junho 29th, 2011
A gestora de activos BlackRock criou um índice de risco soberano, para classificar o nível de segurança da dívida pública de 44 países a nível mundial. Na lista Portugal está no segundo pior lugar (43º) logo a seguir à Grécia (44º).
“No final da lista estão a Grécia e Portugal, cujos níveis de endividamento se revelam insustentáveis nos actuais níveis de crescimento e de comportamento de gastos”, refere o documento publicado.
Logo a seguir, com maiores possibilidades de entrarem em incumprimento, estão a Venezuela (42º), Egipto (41º), Itália (40º), Hungria (39º) e Irlanda (38º). A completar o grupo das dez  nações mais perigosas para os credores estão a Argentina (37º), Espanha (36º) e Turquia (35º).

Em contrapartida, a Noruega lidera a lista, o que significa que, entre os 44 países analisados,  é o que oferece menos probabilidades de “default”. A seguir, entre os que estão em melhor posição, contam-se a Suécia, Suíça, Finlândia e Austrália.

Segundo a BlackRock, muitos intervenientes do mercado têm gravitado em torno de indicadores simples de qualidade do crédito, como o rácio dívida pública/PIB, para orientarem as suas decisões de investimento. No entanto, esses indicadores apenas contam parte da história, sublinha a publicação do BlackRock Investment Institute.

Há outros factores, como o estatuto de moeda de reserva de cada divisa nacional, a tendência das taxas de crescimento, a situação demográfica do país, as maturidades das obrigações ou as probabilidades de maior inflação, factores igualmente importantes na avaliação da vulnerabilidade da dívida a um evento de crédito [possibilidade de incumprimento da dívida ou ocorrência similar], escrevem os especialistas da BlackRock.

Por isso, o índice laborado pela gestora de activos baseia-se em quatro grandes categorias: contexto orçamental (rácio dívida/PIB, estatuto de moeda de reserva e taxas de juro dos empréstimos), posição financeira externa (sensibilidade aos choques comerciais e macroeconómicos), saúde do sector financeiro e disponibilidade para pagar , que, respectivamente, representam 40%, 20%, 10% e 30% do índice.

“Os investidores estão a acordar para a importância do risco da dívida soberana nos mercados obrigacionistas mundiais, mas quantificar o prémio adequado continua a ser difícil. Em resposta a isso, estamos a apresentar uma abordagem transparente e disciplinada à avaliação do risco da dívida soberana”, salienta o estudo do instituto de investimento da gestora de activos, que agora pomos à disposição dos nossos leitores.

MRA Alliance

França: Metade dos portugueses e luso-descendentes não quer voltar para Portugal

sexta-feira, junho 3rd, 2011

Quase metade dos portugueses e luso-descendentes que residem em França afirmam não querer voltar a Portugal, sendo que 42% confessa que um dia pretende regressar ao seu país de origem, revela um estudo hoje divulgado.

O ‘Estudo das Comunidades Portuguesas em França, 2010’, levado a cabo pela Fundação Vox Populi (FVP), foi realizado com base num inquérito a 275 famílias portuguesas ou luso-descendentes residentes em França.

De acordo com o documento, os portugueses e luso-descendentes em França “estão divididos entre permanecer no seu país de acolhimento (45%) ou regressar a Portugal (42%)”. Os que não pretendem regressar, alegam, maioritariamente, como razão para ficar o facto de terem família em França.

Já os emigrantes que pretendem regressar a Portugal, tencionam fazê-lo “com o objectivo de aproveitar o tempo da reforma (32%), e pretendem concretizar esse desejo, em média, daqui a doze anos”, adianta o estudo. No entanto, os entrevistados mais velhos, “com mais de 54 anos, pensam fazê-lo já daqui a quatro anos”.

Para os portugueses e luso-descendentes inquiridos, a França é vista “como o país do trabalho, e Portugal como o país das férias”.

MRA Alliance/FVP

Portugal entre a reestruturação da dívida e a dependência prolongada da ajuda externa

terça-feira, abril 19th, 2011

A unidade de estudos económicos da “The Economist” acredita que Portugal terá de reestruturar a sua dívida pública. E se não o fizer, o País vai ficar permanente da ajuda externa por “muitos anos e muito além do período actualmente previsto pelas autoridades europeias.”

“A decisão de pedir ajuda marca apenas o início de um processo de ajustamento extremamente doloroso e demorado”, alertam os economistas da Economist Intellegence Unit – secção de estudos económicos da “The Economist”.

“O endividamento de Portugal pode aumentar rapidamente para níveis insustentáveis, aumentando a perspectiva de uma reestruturação de dívida pública no futuro.”

Contudo, a questão agora centra-se na capacidade dos “contribuintes portugueses pagarem totalmente o crescente endividamento do Estado no longo prazo”. E é por isso que a unidade de estudos económicos considera que “o incumprimento e a reestruturação [de dívida] permanece como um risco elevado”.

“Na ausência de qualquer reestruturação de dívida, a probabilidade de Portugal ficar dependente do financiamento da UE/FMI por muitos anos e muito além do período actualmente previsto pelas autoridades europeias”, adianta a mesma fonte.

MRA Alliance/JdN

Portugal: Metade dos quadros qualificados insatisfeitos com qualidade do emprego

segunda-feira, agosto 3rd, 2009

A empresa de consultoria de gestão Accenture publicou um estudo segundo o qual 49% dos quadros médios em Portugal estão insatisfeitos com a empresa onde trabalham actualmente. A falta de perspectivas de evolução da carreira, o salário insuficiente e o pouco reconhecimento pelo seu trabalho são as principais causas do descontentamento.

No que respeita à falta de perspectivas de carreira, identificada por 56 por cento dos inquiridos, em comparação com os restantes países inquiridos, Portugal regista o índice de insatisfação mais elevado, sublinha a consultora.

Cristina Silva, manager sénior da Accenture, aconselha os empresários a estarem atentos à gestão das motivações dos seus quadros para que os melhores não fujam das empresas na altura da recuperação económica.

‘Por um lado a motivação está baixa, portanto levanta-se aqui a questão de saber se a motivação não está a fazer baixar os índices de desempenho destas pessoas. Por outro lado, perguntamos o que é que vai acontecer quando a economia retomar. Estas pessoas vão sair?’, questionou Cristina Silva.

A maior parte dos quadros portugueses inquiridos apontou a actual recessão económica como a principal razão para as dificuldades na progressão e construção da carreira.

MRA Alliance/Agências

Irão: Estudo americano desaconselha ataque contra centrais nucleares

sexta-feira, agosto 8th, 2008

Um ataque militar contra instalações nucleares no Irão poderia ser contraproducente e acelerar a vontade e a determinação de Teerão para construir o mais rapidamente possível uma bomba atómica, segundo um estudo do Insituto para a Ciência e Segurança Internacional (ISIS, em inglês), citado hoje pelo Washinton Post. O instituto considera que as unidades de enriquecimento de urânio iranianas estão demasiado dispersas e bem protegidas para serem destruídas através de bombardeamentos áereos. O ISIS sublinha que quaisquer danos poderiam ser rapidamente reparados. David Albright, presidente do instituto, antigo inspector da ONU de arsenais de armamento da ONU e co-autor do estudo, publicado hoje em Washington, pensa que um ataque israelita ou americano aumentaria o apoio popular ao regime dos aiatolás e levar o Irão a adoptar medidas mais duras e limitativas da acção dos organismos de fiscalização da ONU. “O Irão poderia lançar um programa nuclear de emergência para fabricar a bomba mais rapidamente”, disse Albright numa entrevista. “Um ataque irritaria os iranianos, tornando-os mais nacionalistas, fartos de inspecções internacionais, cansados dos tratados de não proliferação e mais determinados do que nunca a produzir armas nucleares.” MRA Dep. Data Mining

Países emergentes com maior e menor risco político

domingo, junho 8th, 2008

As crises energética, alimentar e financeira provocaram climas de instabilidade política em alguns países asiáticos, africanos e latino-americanos, devido à deterioração das condições económicas, de acordo a análise mensal de riscos políticos elaborado pelo Euroasia Group, em associação com o Wall Street Journal. A classificação, publicada em Junho, refere os dados referentes a Maio. Numa escala de zero (alto risco) a cem (baixo risco) os países com os piores desempenhos foram: Paquistão (43), Irão (50), Venezuela (51), Nigéria (51), Filipinas (55), Arábia Saudita e Indonésia (56), Ucrânia (58), Egipto (59) e Colômbia (60). As quatro principais economias emergentes (BRIC) tiveram desempenhos mistos: Brasil (67), Rússia (64), Índia (61) e China (64). A China subiu 7 pontos relativamente a Abril. A Argentina, Turquia e Tailândia são também alguns dos países com risco elevado. O Eurasia Group divulgou que as crescentes tensões entre governo e oposição fizeram com que aqueles países – bem como a Índia, Egipto e Argélia – tivessem um mau desempenho nos critérios de avaliação. “A incerteza política continua alta nestes países”, sublinha o relatório, que avalia como um Estado consegue lidar com a volatilidade do seu sistema político. De todos os países analisados a Hungria (77), Coreia do Sul (76), Polónia (74), Bulgária (71) e Brasil (67) foram os mais bem classificados. MRA/Agências

Popularidade de Bush atinge nível mínimo nos EUA, mas presidente ignora sondagem

sábado, fevereiro 9th, 2008

Bush: Autismo e OptimismoA popularidade do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, atingiu um novo mínimo, segundo uma sondagem divulgada ontem. O estudo de opinião revelou também o desencanto dos americanos quanto à produção legislativa do Congresso, controlado pela oposição democrata. A sondagem, realizada pelo instituto Ipsos e associados, mostra que apenas um em cada dois americanos (30%) apoiam a gestão de Bush, e que somente 22% acreditam que o Congresso faz um bom trabalho. Os índices de aprovação caíram quatro pontos percentuais desde o início de Janeiro. A popularidade de Bush entre os membros de seu próprio partido também diminuiu, atingindo os 61%. O mau desempenho da economia, as turbulências nos mercados financeiros, a actual crise imobiliária e o temor quanto a uma recessão, parecem ter sido determinantes para estes resultados.

O presidente ignorou as sondagens. “As nossas políticas estão a funcionar. Os americanos apoiam os nossos pontos de vista. Compartilham a nossa filosofia. Tenho plena confiança em que, com o seu voto, elegeremos um presidente que compartilhe nossos princípios”, disse George W. Bush, perante uma assistência de indefectíveis republicanos conservadores que gritou, pelo menos duas vezes, “amamos-te, George”. Indiferente aos estudos de opinião, Bush insistiu em que a invasão do Iraque foi correcta, que a situação no Afeganistão está a melhorar e que a História lhe vai dar razão. (pvc/agências)

Feriados e pontes laborais custam a Portugal € 5 mil milhões/ano ou 2,5%-3% do PIB…

sábado, fevereiro 2nd, 2008

fabrica inactivaOs feriados e as pontes, em Portugal, representam um prejuízo económico de cinco mil milhões de euros/ano. A estimativa é do professor da Universidade Autónoma, Luís Bento. Embora não existam estudos científicos no país sobre a matéria, o investigador e especialista em Recursos Humanos, garantiu à TSF que «durante este ano, 40 por cento dos dias serão de lazer; portanto, vai haver um efeito brutal sobre a economia», precisou.

No entender de Luis Bento, «os efeitos directos e indirectos sobre a economia, por força das pontes e dos feriados, deverá ter um impacto negativo sobre o crescimento do Produto Interno Bruto e(PIB) entre os 2,5 e três por cento». Assim, Portugal deixará de ganhar 4,8 mil milhões de euros. «Vamos deixar de criar riqueza, exclusivamente, por efeito de não se trabalhar», enfatizou. Todavia, reconheceu que, durante o lazer, a riqueza também pode ser criada nas compras ou em viagens, mas, de acordo com os seus cálculos é «insuficiente». Por considerar que as perdas para a economia são elevadas, Luís Bento defendeu que chegou o momento de Portugal debater a questão dos feriados.

Cepticismo de sindicatos e patrões

O secretário-geral da UGT, admitiu à emissora que a matéria poderá vir a ser debatida entre os parceiros sociais mas desvalorizou a questão. João Proença sublinhou que «Portugal é dos países onde o problema é menos preocupante». Por seu turno, também José António Silva, da Confederação do Comércio, defendeu que acabar com as pontes pode ser «contraproducente»: «De uma forma geral, se obrigarmos os trabalhadores a trabalhar nestes dias, o nível de produtividade vai tornar-se muito baixo, pelo que, provavelmente, será um erro», disse. No entanto, também concordou com a discussão sobre o tema, pelos parceiros sociais, mas logo no início de cada ano. (pvc)

Estudo revela 935 falsidades da administração Bush sobre ameaça iraquiana

quarta-feira, janeiro 23rd, 2008

As Grandes Mentiras de Bush - Livro - Amazon.comO presidente George W. Bush e a Casa Branca fizeram centenas de declararações falsas sobre a ameaça do Iraque para a segurança dos Estados Unidos após os atentados de 11 de Setembro, segundo o resultado de um estudo divulgado ontem, nos EUA, pelo Centro para a Integridade Pública. Antes da intervenção militar para derrubar o Governo do presidente Saddam Hussein, em Março de 2003, o governo Bush afirmou que o líder iraquiano estava envolvido com o terrorismo e desenvolvia armas de destruição maciça. Estas nunca foram encontradas. Investigações posteriores indicaram não existirem provas de que Hussein fora cúmplice do islamismo radical.

O texto afirma que, no total, houve 935 afirmações falsas de Bush e de membros de seu gabinete, nos dois anos seguintes aos atentados de 11 de setembro de 2001. O presidente dos Estados Unidos fez 259 declarações falsas – 231 sobre as supostas armas de destruição maciça e 28 sobre alegadas ligações entre o Iraque e a Al Qaeda. Também proferiram falsas declarações o vice-presidente, Dick Cheney, a responsável máxima pela Segurança Nacional, Condoleezza Rice, agora Secretária de Estado, o então Secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, e o antigo chefe da diplomacia estadunidense, General Colin Powell.

O estudo revela que o “efeito acumulado das mentiras foi enorme” e que os meios de comunicação foram cúmplices do Governo. “Alguns jornalistas, e até algumas organizações de imprensa, reconheceram que, durante os meses anteriores à guerra, adoptaram uma atitude condescendente e acrítica” no tocante às falsas teses governamentais, sublinhou o documento. A Casa Branca não comentou as conclusões do estudo, preparado em colaboração com o Fundo para a Independência no Jornalismo.

Economias latino americanas enfrentarão teste de fogo em 2008

terça-feira, dezembro 18th, 2007

América Latina - 2008 o ano das incertezasEstudos recentes referidos pela Knowledge@Wharton prevêem quebras de até 2% nas taxas de crescimento dos países da América Latina em 2008, comparativamente aos desempenhos registados durante o corrente ano. A desacelaração do crescimento nas economias mais industrializadas, provocada pela financeira global e a deterioração dos termos de troca, afundanço do dólar e encarecimento do crédito são uma ameaça real. Para 2008, o FMI antecipa que o crescimento regional flutuará na banda dos 3-4% no México, Equador e Uruguai. O Brasil oscilará entre os 4-5%, sendo acompanhado pelo Chile, Colômbia e Paraguai. Com crescimentos mais robustos (5,5-6%) são premiados o Perú, Venezuela, Bolívia e Argentina.

Analistas locais, mantêm a confiança de que o desempenho continuará a ser positivo. Os fundamentais das economias são francamente melhores do que há uma década atrás, com excedentes comerciais, mais rigor fiscal e orçamental e fortes exportações para países carentes de matérias primas do sub-continente, como a China e a Índia, com taxas de crescimento muito superiores e que devem ter ligeiros recuos. Apesar da crise financeira global as perspectivas de que as economias latino americanas conseguirão resistir às pressões de arreficimento económico global.

No último relatório sobre a evolução das economias da região o FMI considera que “2008 será o primeiro teste real à capacidade da América Latina para recuperar dos choques sofridos no princípio da década.” (pvc/thestreet.com)

«Homo Oeconomicus» revela mesquinhez, inveja e mau carácter

sexta-feira, novembro 23rd, 2007

O bolso alheio determina comportamento humanoUm estudo realizado por cientistas alemães sugere que ter um salário superior ao dos colegas dá mais satisfação aos homens que ganhar um salário alto. A proposta do estudo, publicado na revista «Science», foi identificar o comportamento do que os cientistas chamaram de «homo oeconomicus». Os cientistas verificaram que a área do cérebro relacionada à satisfação era ativada quando os participantes respondiam certo às perguntas e lucravam com elas. “Mas o interessante é que o tamanho relativo da recompensa de cada um teve um papel crucial”, afirmou o economista Armin Falk, um dos investigadores. “Os homens, pelo menos, parecem tirar grande parte de sua motivação da competição.” Os pesquisadores desejam agora fazer a mesma experiência com mulheres.

Na opinião de Falk, os resultados contradizem claramente “a teoria económica tradicional” (…) Segundo a linha tradicional, o fator mais importante [na satisfação financeira] é o tamanho da recompensa em si, e a comparação com os ganhos dos outros não influenciaria muito. O que nós mostramos é que o tamanho da recompensa do outro infuencia na forma como consideramos nossos salários.” (pvc/folha online)