Archive for the ‘Estado’ Category

Prejuízo das empresas públicas cresceram em 2010 quase 11%

sexta-feira, setembro 16th, 2011

As dívidas do Sector Empresarial do Estado (SEE) chegaram, no final do ano passado, aos 32.388 milhões de euros, com o endividamento a crescer 10,8%. Este é um aumento, em termos absolutos, de 3.149 milhões face a 2009. As empresas públicas ultrapassaram, de acordo com o relatório anual divulgado pela Direcção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), o limite de 7% endividamento traçado pelo anterior Governo. Já este ano a dívida deverá crescer 8,2%.

A estimativa é da Comissão Europeia, no seu primeiro relatório de avaliação do programa de ajuda financeira a Portugal, e baseia-se nos planos de corte de custos entregues pelas empresas.

No relatório, com a data de Julho mas que só ontem ficou disponível no ‘site’ da DGTF, a Estradas de Portugal surge como a empresa que, sujeita a um limite de endividamento, mais aumentou a sua dívida: 33%, chegando aos 2.005 milhões de euros. Mas há casos mais graves. A dívida da Parque Escolar disparou 379,8% para 665 milhões de euros.

MRA Alliance/DE

Governo ataca despesa com extinção de entidades públicas e redução de cargos dirigentes

quarta-feira, setembro 14th, 2011

O primeiro-ministro Passos Coelho anunciou  esta tarde no Parlamento que serão extintas 137 entidades públicas no âmbito da redução do peso da despesa no Orçamento Geral do Estado.

“Serão extintas cerca de 162 entidades no âmbito da Administração Central, serão criadas novas 25 através de fusões de entidades existentes, e isso dá um saldo líquido de cerca de 137 entidades que serão extintas e que beneficiarão a Administração Central para futuro de uma estrutura mais leve que pese menos aos bolsos dos contribuinte”, afirmou Pedro Passos Coelho, durante o debate quinzenal, no Parlamento.

O primeiro-ministro acrescentou que “será de 100 milhões de euros o impacto orçamental durante o ano de 2012 que esta medida trará” e, quanto aos 1712 lugares dirigentes a extinguir, referiu que isso “equivale a cerca de 27 por cento de redução”.

Passos Coelho assinalou que esta redução de lugares que vai ser aprovada pelo Conselho de Ministros nesta quinta-feira fica “muito acima, portanto, dos 15 por cento que tinham ficado indicados como objectivo importante a alcançar”.

O Governo estabeleceu, no dia 20 de Julho, as linhas gerais do Plano de Redução e Melhoria da Administração Central (PREMAC), fixando como “objectivo mínimo uma redução de pelo menos 15 por cento do total das estruturas orgânicas de cada ministério e de pelo menos 15 por cento do número de cargos dirigentes, tanto de nível superior, como de nível intermédio”.

MRA Alliance/DN

Troika obriga a cumprir cortes de 15% este ano

terça-feira, setembro 13th, 2011

A troika vai obrigar as empresas públicas a cortar 15% de custos operacionais até ao final deste ano. Segundo o relatório do Programa de Assistência Económica e Financeira publicado hoje, a troika não vai abrir excepções no cumprimento das metas ainda que algumas empresas, nomeadamente na área dos transportes, tenham estado a negociar cortes mais faseados.

A troika diz que até ao final do ano serão para implementar cortes de “pelo menos 15%” nas sociedades controladas pelo Estado central, sendo que nas locais e regionais deverão estar concluídos planos para proceder a cortes semelhantes até ao final deste mês.

A troika impõe ainda que até ao fim de 2012 a maioria das empresas públicas, com excepção das mais problemáticas, atinjam o equilíbrio operacional.

Para isso, diz o documento, o Governo irá elaborar um documento estratégico a rever a estrutura de tarifas e de serviços a nível local, central e regional com metas numéricas e de redução de custos incluindo “realinhamento de salários, redução de emprego ou mais aumento de tarifas se necessário” até ao fim deste mês.

MRA Alliance/JdN

Governo anuncia hoje “cortes históricos” de mil milhões

quarta-feira, agosto 31st, 2011

O Governo vai apresentar hoje os prometidos “cortes históricos” na despesa do Estado. As medidas que constam deste documento de estratégia orçamental, que será divulgado pelo ministro das Finanças às 15 horas, vão permitir uma poupança de cerca de mil milhões de euros ao Estado.

Além dos cortes na despesa este documento deverá conter o cenário macroeconómico e orçamental a quatro anos. Sobre este ponto o comunicado do conselho de ministros de ontem antecipou que o “documento referencia as principais opções que permitirão alcançar uma meta próxima do equilíbrio orçamental em 2015”.

Embora o conteúdo deste documento esteja fechado a sete chaves é expectável que haja novidades sobre o programa de rescisões amigáveis no Estado e sobre a redução de trabalhadores na “administração indirecta do Estado”. E segundo apurou o Diário Económico o Executivo vai duplicar as saídas de pessoal da Função Pública. Até 2014 terão de sair do Estado dez mil funcionários por ano.

Espera-se também novidades sobre o programas de racionalização do património do Estado e sobre a “redução do número de cargos de direcção e administração e de dirigentes intermédios “. O Executivo já fez saber que pretende que o já afamado imposto sobre as fortunas comece a ser estudado no âmbito deste pacote de medidas.

MRA Alliance/DE

Partilha de dados Portugal-EUA envolvida em polémica

sexta-feira, agosto 19th, 2011

O Governo acabou por ignorar as objecções levantadas por entidades como a CNPD (Comissão Nacional de Proteção de Dados) e decidiu propor à Assembleia da República a ratificação do acordo com os Estados Unidos, concebido já sob o Governo Sócrates, para o combate ao crime e ao terrorismo. Para além das questões que o acordo levanta em relação à lei portuguesa, há ainda as que levanta em relação à posição, mais reticente, da União Europeia.

Ao decidir avançar com o acordo para aprovação parlamentar, o Governo considerou necessário emitir um comunicado que lembrasse a responsabilidade do anterior executivo no mesmo diploma. No mesmo comunicado, citado pela agência Lusa, explica-se que a partilha de informação com os EUA, ou a cedência de informação aos EUA, será uma “componente essencial na luta contra o crime”. E afirma-se que aí se inclui, “nos termos das respetivas leis nacionais, a disponibilização de dados datiloscópicos [impressões digitais], criados para efeitos de prevenção e investigação criminal, bem como, para o mesmo efeito, de perfis de ADN”.

Entretanto, há muito que são conhecidas as objecções da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD), nomeadamente através de comunicado de fevereiro de 2011, visto que na óptica da CNPD “o acordo não contempla as necessárias garantias exigidas pela lei nacional e pela legislação europeia para a transferência de dados pessoais, a fim de suprir a falta de um nível de proteção adequado nos EUA”.

Este é um problema especialmente grave quando se tem em conta a eventualidade de informações cedidas por Portugal aos EUA poderem ser utilizadas na instrução de processos que conduzam à aplicação da pena de morte nos EUA.

Entre os eurodeputados portugueses, Ana Gomes destacou-se na altura pela manifestação de fortes reservas: “Só espero que a Assembleia da República, que tem de aprovar este acordo, leve devidamente em conta aquilo que a CNPD diz, e leve também em conta que o Parlamento Europeu tem de aprovar um acordo-quadro, que a Comissão Europeia foi mandatada para negociar com os Estados Unidos, e que se vai sobrepor a todos os acordos bilaterais”.

Por seu lado, o PCP reagiu ao anúncio da decisão do Governo manifestando a sua oposição, em declarações de um seu dirigente, Ângelo Alves, à Lusa: “Esperamos que, por aquilo que representa de colisão com o enquadramento legal português e, até em certa medida europeu, a Assembleia da República não o venha a aprovar e, no caso de haver aprovação pela maioria de direita que o Presidente da República possa intervir no sentido da não ratificação deste acordo”.

MRA Alliance/RTP

Empresas públicas aumentaram o défice do Estado em 360 milhões

sexta-feira, agosto 19th, 2011

As seis maiores empresas públicas que contam para o défice registaram um saldo negativo de 359,2 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano. Este saldo contribuiu para o défice das administrações públicas que atingiu os 7,7% do Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiros três meses do ano, segundo as contas nacionais do INE.

Os números dizem respeito às empresas Metro do Porto, Refer, Estradas de Portugal, Metro de Lisboa, RTP e Parque Escolar, e foram revelados pelo governo, na sequência de um requerimento entregue pelo deputado do PSD, Miguel Frasquilho. No entanto, as contas entregues pela Presidência do Conselho de Ministros mostram que nem todas estas empresas tiveram um contributo negativo para o défice público no primeiro trimestre. RTP e Metro do Porto apresentaram mesmo um saldo positivo nos primeiros três meses do ano, com destaque para a televisão pública que teve um balanço positivo de 8,8 milhões de euros

A empresa que apresentou o maior défice entre despesa e receita foi a Estradas de Portugal com uma diferença de 178,5 milhões de euros. Refer e Parque Escolar contribuíram com aproximadamente 75 milhões de euros cada e o Metro de Lisboa pesou 40,7 milhões de euros. Estes valores traduzem as necessidades de financiamento externo destas empresas para cobrir as despesas que não são asseguradas pelas receitas.

Segundo as regras do INE e do Eurostat, uma empresa pública só fica de fora do défice se gerar receitas próprias que permitam cobrir pelo menos 50% dos seus custos. Este critério passou a ser aplicado a mais empresas públicas: Refer e metros de Lisboa e Porto, sendo um dos factores que levou à revisão em alta do défice público no ano passado pelo Eurostat e pelo INE.

MRA Alliance/ionline

Novos dirigentes do Estado têm de ser licenciados há 12 anos

quinta-feira, agosto 18th, 2011

Os futuros dirigentes superiores da administração pública -directores-gerais ou presidentes de organismos do Estado – terão de ter, obrigatoriamente, uma licenciatura há, pelo menos, 12 anos. Esta regra está prevista na proposta de lei sobre o novo Estatuto do Pessoal Dirigente (EPD) que hoje vai ser discutida entre o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, e os sindicatos do sector.

Os novos dirigentes superiores passam a ser pré-seleccionados por concurso e deixam de ser nomeados directamente pelo Governo.  Apenas quem tem uma licenciatura há 12 anos poderá concorrer a cargos de direcção superior de primeiro grau (directores-gerais, inspectores-gerais, secretários-gerais e presidentes). Para os cargos de direcção superior de segundo grau (subdirectores-gerais e adjuntos, subinspectores-gerais, vice-presidentes e vogais de direcção), só podem concorrer licenciados que detenham este grau de qualificação há, pelo menos, oito anos.

MRA Alliance/DE

Estado pode ficar com mais de 1000 milhões de créditos do BPN

quinta-feira, agosto 4th, 2011

O Estado deverá ficar com mais de mil milhões de euros de créditos do BPN, estando a negociar actualmente a transferência desses créditos com o BIC, disse a secretária de Estado do Tesouro, ouvida em comissão parlamentar.

“O valor adicional a transferir para as sociedades é superior a mil milhões de euros. A razão é que o banco comprador quer ter um rácio de transformação de depósitos em crédito de 120%”, disse Maria Luís Albuquerque na comissão parlamentar do Orçamento e Finanças.

Segundo a governante, tendo em conta a “fuga de depósitos”, esse rácio é “actualmente muito superior” pelo que está a ser acordado com o BIC “a transferência adicional de créditos”.

Maria Luís Albuquerque afirmou que a transferência “não tem a ver com a qualidade” dos créditos mas com o rácio de transformação de depósitos em créditos que o BIC pretende ter no momento da aquisição do BPN.

MRA Alliance/Agências

Estado deve 30 milhões aos advogados oficiosos

quarta-feira, agosto 3rd, 2011

A Ordem dos Advogados anunciou esta quarta-feira que o Estado deve cerca de 30 milhões de euros aos advogados que prestam apoio judiciário e que vai realizar uma assembleia geral extraordinária em Setembro para discutir esta questão.

Num documento dirigido à classe, divulgado no seu site na Internet, a ordem lembra que a 29 de Julho passado o bastonário dos advogados, Marinho Pinto, e a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, reuniram-se e decidiram “proceder a uma auditoria conjunta aos processos registados no âmbito do apoio judiciário”.

Essa decisão foi tomada depois de a ministra ter apresentado “um relatório que concluía pela existência de irregularidades nos pedidos de pagamento de honorários formulados por um número significativo de advogados”.

Segundo a ordem, “tal conclusão alicerçava-se no confronto que havia sido feito entre a informação introduzida pelos advogados na plataforma informática SinOA com a informação constante dos respectivos processos judiciais”.

No documento dirigido aos advogados, Elina Fraga, 1.ª vice-presidente do Conselho Geral da OA, realça que, da mesma forma que “a Ordem dos Advogados manifestou disponibilidade” para colaborar na auditoria para “total apuramento da verdade”, também “colocará igual empenho na obtenção do pagamento dos honorários em dívida”, que ascendem a “29.610.034,29 euros”, só nos processos registados no sistema informático SinOA.

Assim, a ordem vai exigir ao Ministério da Justiça “o pagamento imediato de, pelo menos, todas as notas de honorários lançadas na plataforma Citius e todas as notas de honorários do SinOA, nas quais o advogado apenas reclame o pagamento dos honorários/compensação do processo, sem qualquer acréscimo remuneratório”.

A ordem considera que “quer nas notas de honorários lançadas no Citius (da inteira responsabilidade das secretarias judiciais), quer nas notas de honorários do SinOA, não há qualquer possibilidade de o advogado ter reclamado uma quantia indevida ou que dependa de qualquer verificação dos actos praticados, o que, desde logo, deve obstar ao protelamento de tais pagamentos”.

Por outro lado, entende a ordem que deve ser dada prioridade à análise dos processos com pagamentos pendentes, reportados ao período de Janeiro a Junho de 2011, para que “sejam regularizados, com urgência, também estes honorários já em falta”.

Elina Fraga anuncia aos colegas a convocação de uma assembleia geral extraordinária para 24 de Setembro próximo, para “discutir e apreciar os atrasos do Estado no pagamento dos honorários no âmbito do Sistema do Acesso ao Direito”.

Entretanto, vários foram os advogados que prestam apoio judiciário que utilizaram a rede social Facebook para pedir ao bastonário que suspenda esse apoio no início do ano judiciário, em Setembro, caso os pagamentos do Estado relativos ao primeiro semestre deste ano não sejam cumpridos.

Isabel Marcelino, a prestar apoio judiciário na Comarca de Sintra, é uma defensora desta posição, concordando, contudo, com a auditoria.

E desafia o bastonário Marinho Pinto a “suspender a colaboração da Ordem dos Advogados e obviamente a dos advogados inscritos no SinOA até que sejam efectivamente pagos os valores em dívida e já vencidos correspondentes ao 1.º semestre do ano de 2011”.

“Fazendo cessar as nomeações e as intervenções em escala, para já durante todo o mês de Setembro, espero eu, seria a ministra da Justiça forçada a ter uma postura diferente relativamente ao trabalho de todos nós”, considera.

MRA Alliance/JN

Accionistas da PT votam fim da golden share

terça-feira, julho 26th, 2011

Os accionistas da Portugal Telecom votaram hoje em Assembleia Geral, por esmagadora maioria (99%), o fim dos direitos especiais que o Estado mantinha na empresa, conhecidos como golden share, marcando assim o fim da influência do Estado na empresa de telecomunicações.

O Estado deverá manter, no entanto, as quinhentas acções que ainda detém na PT, mas agora sem os direitos especiais que elas garantiam até hoje. Assim, essa posição vale agora pouco mais de 3 mil euros.

O fim das chamadas “golden share” é uma das medidas acertadas com a Troika. Depois da PT, e até final do mês, também a EDP e a GALP devem acabar com os direitos especiais do Estado.

MRA Alliance/Agências

Bancos dizem que se o Estado pagar as dívidas nos prazos haverá dinheiro para a economia

terça-feira, julho 26th, 2011

Os cinco banqueiros que ontem se reuniram no IX Fórum da Banca e Mercado de Capitais, organizado pelo Diário Económico, foram unânimes em dizer que se o Estado pagasse os seus créditos a tempo e horas haveria muito mais dinheiro para emprestar à economia.

Foi Fernando Ulrich quem abordou o tema de forma mais incisiva, chegando a apresentar soluções: “A linha de capitalização [de 12 mil milhões de euros] devia servir para o Estado pagar o que deve aos bancos”.

O presidente do BPI defendeu que o programa da ‘troika’ não devia ter uma linha de capitalização para o Estado apoiar o reforço de capitais dos bancos, “mas que esse dinheiro era útil se fosse canalizado para o sector público, para que este pudesse pagar aos bancos nas datas em que os empréstimos vencem”.

Fernando Ulrich revelou que “estão sempre a pedirem-nos [ao BPI] moratórias para os programas do PME Invest e para as empresas públicas. Logo, esses 12 mil milhões faziam mais falta ao sector público para este poder pagar à banca”.

Carlos Santos Ferreira, presidente do BCP avançou com um número: “a exposição do sector financeiro ao Estado são 61 mil milhões (contando com a dívida pública que os bancos têm no balanço). Ora, se o Estado fizesse o que lhe compete, que pague o que deve no prazo contratado, isso daria liquidez ao sistema financeiro”, disse o presidente do BCP.

“Um dos caminhos a percorrer era que o Estado fizesse aquilo que lhe compete como qualquer cidadão: que pague aquilo que deve no prazo. Se pagar às autarquias ficam elas felizes e nós felizes. Se pagar às regiões é uma festa. Paguem. É só isso”, disse o banqueiro.

MRA Alliance

Sócrates e Cavaco são os principais culpados pela crise, diz sondagem

quarta-feira, abril 20th, 2011

Cavaco e SócratesA esmagadora maioria dos portugueses considera que o Governo deveria ter reagido mais cedo à pressão insustentável dos mercados financeiros e que o Presidente da República deveria ter sido mais activo ao longo da actual crise financeira. Em ambos os casos, 86% dos portugueses inquiridos pela Marktest dão nota negativa ao comportamento de Sócrates e Cavaco Silva.

Este estudo qualitativo realizado para o Diário Económico e TSF retrata o actual momento que o País atravessa e aponta as soluções políticas que devem sair das próximas eleições.

Entre as personalidades com responsabilidades políticas em Portugal, o primeiro-ministro é apontado como o principal responsável (65%) pela actual crise. E ao contrário do que ainda hoje garante o líder socialista, o PEC IV apresentado pelo Governo não era solução.

67% dos inquiridos garante mesmo que não evitaria um pedido de ajuda externa caso a oposição, a 23 de Março, tivesse viabilizado a actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento que o Governo colocou a votos no Parlamento.

MRA Alliance/DE

Portugal marca leilão de dívida extraordinário para amanhã

quinta-feira, março 31st, 2011

O instituto responsável pela gestão de dívida de Portugal vai tentar colocar amanhã 1,5 mil milhões de euros em Obrigações do Tesouro. As Obrigações do Tesouro terão maturidade em Junho de 2012 e um juro de cupão de 5%. Os leilões de dívida não costumam realizar-se à sexta-feira, e decorrem, por norma, às quartas-feiras.

O anúncio desta emissão surge no dia em que o Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que o défice português ficou em 8,6% no ano passado, acima da meta de 7,3% definida pelo Governo, um cenário que aumenta a pressão sobre Portugal para pedir ajuda.

Sinal do nervosismo dos mercados os títulos de dívida de Portugal renovam hoje novos máximos. O juro das OT a 5 anos, por exemplo, superou os 9,5% pela primeira vez desde a criação do euro.

Apesar da escalada dos juros, a porta-voz do FMI já fez saber que Portugal não pediu ajuda, mas admitiu que o País está numa “situação difícil”.

Também hoje, o IGCP revelou que tenciona emitir até 7 mil milhões de euros em títulos de dívida de curto prazo nos próximos três meses, enquanto a emissão de obrigações ficará sujeita às condições de mercado, podendo “tomar a forma de leilões regulares ou de leilões extraordinários.”

MRA Alliance/DE

Sector empresarial do Estado está em ruptura financeira

quinta-feira, março 31st, 2011

António Nogueira Leite diz que a revisão do défice de 2010 é “mais um episódio no descontrolo e absoluta falta de rigor a que chegou o actual Ministério das Finanças” e que, ao contrário do que hoje disse Teixeira dos Santos, “ninguém pode dizer que não teremos novos impactos da nacionalização do BPN nas contas públicas”. “É por outro lado certo que teremos novos impactos no défice e na dívida com origem nas empresas do sector empresarial do Estado que estão em absoluto descontrolo e ruptura financeira”

Depois de ter sido pressionado pelo Eurostat, o Governo reviu em alta o défice do ano passado, passando de 7,3% ara 8,6%. Uma situação “previsível”, segundo Nogueira Leite, porque os “regulamentos europeus eram há muito conhecidos”. Responsáveis? “O ministro das Finanças e a instituições europeias” que conhecendo a real situação do sector empresarial público, nomeadamente o dos transportes, e regulamentos que não são de agora, nada fizeram.

MRA Alliance/DE 

Ruptura de tesouraria de serviços do Estado obriga governo a actuar

domingo, dezembro 12th, 2010

A partir de Janeiro, os serviços que estejam à beira de uma ruptura de tesouraria vão poder utilizar receitas que sobrem do orçamento deste ano. Mas só se o ministro das Finanças autorizar e se forem sugeridos cortes adicionais de valor equivalente noutras despesas de 2011. Esta foi uma solução encontrada pelo Ministério das Finanças para evitar a paralisação dos serviços por falta de dinheiro, em 2011.

A regra foi ontem definida numa circular enviada pela Direcção Geral do Orçamento (DGO) aos serviços e fundos autónomos da administração central. O objectivo é explicar como é que os dirigentes devem proceder caso as finanças dos seus serviços estejam à beira do colapso.

MRA Alliance/DE

Tribunal chumba contas do Estado de 2008

quinta-feira, dezembro 24th, 2009

As Contas do Estado foram criticadas ontem pelo Tribunal de Contas (TC). Os organismos da Administração Pública foram acusados de não saberem o real valor das receitas e das despesas. As garantias bancárias dadas pelo Estado via Caixa Geral de Depósitos ao Banco Privado Português foram liminarmente reprovadas pelo TC.

O parecer sobre a Conta Geral do Estado relativa a 2008 já foi ntregue ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, pelo presidente do tribunal, Guilherme d’Oliveira Martins. A par das habituais criticas à gestão dos dinheiros públicos, o TC manifesta “reservas” sobre as receitas, despesas e o défice na óptica da caixa, apresentados na Conta Geral do Estado para 2008.

“Não é possível confirmar o valor da receita inscrito na Conta Geral do Estado de 2008, relativamente ao da receita efectivamente obtida” devido ao “incumprimento de disposições legais que regulam a execução e a contabilização das receitas, bem como das deficiências que continuam a verificar-se nos respectivos procedimentos e no sistema de controlo interno”, refere o parecer.

O documento chumba o aval do Estado ao Banco Privado Português (BPP), por considerar que, de acordo com a lei o Governo não poderia ter garantido o empréstimo de 450 milhões de euros que o BPP contraiu junto de outras instituições, por não existirem certezas de que o banco possa pagar o empréstimo.

O TC entende que o Estado avaliou de forma “superficial” as contra-garantias dadas pela instituição. “Se à data da concessão da garantia já existia um elevado grau de probabilidade (…) que a garantia iria ser executada”, não se verifica a obrigação legal que “exige que exista segurança suficiente de que a obrigação a assumir será cumprida pelo garantido”. “Não existindo essa segurança, como aconteceu no caso do BPP, a garantia não poderia ter sido concedida”, conclui. Em resposta, o Ministério das Finanças contrapôs que a garantia do Estado ao BPP é totalmente legal.

O TC levanta também dúvidas quanto ao valor dos activos que o BPP entregou ao Estado como contra-garantia, actualmente estimados em 512 milhões de euros. “A maior parte – sublinha o parecer – é constituído por direitos de crédito vivos e por descobertos em depósitos à ordem que ainda não foram adequadamente analisados pelo Banco de Portugal”.

O parecer do TC alerta também para “o significativo aumento das responsabilidades efectivas do Estado por garantias prestadas em quase 1,8 mil milhões de euros.

MRA Alliance/Jornal de Notícias

Estado herda contas bancárias de titulares falecidos

segunda-feira, outubro 19th, 2009

O Estado português arrecadou entre 2007 e 2009 quase 600 mil euros em activos financeiros depositados em contas bancárias de pessoas que faleceram sem terem informado os herdeiros da existência desse património.

Só em 2009 dez famílias perderam para os cofres públicos, segundo o Ministério das Finanças, 449 073 euros relativos a saldos bancários.

António Júlio Almeida, presidente da Associação Portuguesa de Utilizadores e Consumidores de Serviços e Produtos Financeiros (SEFIN), não tem dúvidas de que esta situação, regulada por uma lei do Estado Novo, “é um maná para a Banca e para o Estado e um prejuízo para as famílias”.

MRA Alliance/Correio da Manhã