Archive for the ‘Energia’ Category

Regulador quer subir 30% preço da electricidade em 2012

sexta-feira, setembro 16th, 2011

O preço da electricidade para as famílias portuguesas promete registar, no próximo ano, um aumento sem precedentes. As estimativas preliminares da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), segundo o Diário Económico apurou, apontam para um agravamento que andará na casa dos 30%.

Este cenário está a forçar o Governo a encontrar, numa corrida contra o tempo, mecanismos para atenuar as contas do regulador. Esta entidade apresenta, a 15 de Outubro, a proposta tarifária para 2012, sendo fixada depois a 15 de Dezembro.

A justificar esta escalada dos preços da electricidade, que vai ter ainda de incorporar o agravamento da carga fiscal, derivado da subida do IVA de 6% para 23%, a partir de 1 de Outubro, está, não só os custo com a produção de energia, mas acima de tudo os encargos com os chamados custos de interesse económico.

MRA Alliance/DE

Grupos franceses e alemães mais próximos do controlo da EDP a preço de saldo

quinta-feira, agosto 25th, 2011

Ao alterar o limite dos direitos de voto dos accionistas, a EDP dá hoje mais um passo decisivo para a futura mudança da sua estrutura accionista, abrindo definitivamente a porta ao controlo estrangeiro. Uma corrida que coloca os alemães da RWE e da E.ON, bem como os franceses da EDF e da GDF Suez na linha da frente – quer pelo seu músculo financeiro, quer pela complementaridade de activos que a EDP lhes oferece na área de energias renováveis e presença no mercado brasileiro.

Hoje o grupo energético vale menos de metade do que há quatro anos: a sua capitalização bolsista passou de 17 mil milhões de euros para cerca de oito mil milhões de euros. Em termos líquidos, incluindo dividendos, os títulos da eléctrica caíram 42,28%. Uma média de 13,5% ao ano, o que a coloca actualmente na fasquia dos 2,215 euros. A queda justifica-se em grande parte pela turbulência das bolsas e pela perda de protagonismo do sector eléctrico entre as preferências dos investidores.

Até agora, os referidos gigantes europeus da energia só se têm movimentado nos bastidores e, como apurou o Diário Económico, todos eles contam com o apoio político dos respectivos governos, cujo aval foi determinante no plano de ajuda financeira a Portugal.

À lista de candidatos junta-se ainda a China Power Internacional, que já assumiu o seu interesse em adquirir uma participação na EDP. A fasquia, colocada inicialmente em 5%, foi agora elevada pelos chineses para 20%. O Diário Económico sabe, contudo, que a China Power International já fez saber que não o fará a qualquer preço, o que a pode deixar em desvantagem numa disputa com os grupos europeus. As condições da operação são igualmente determinantes para que a Eletrobras se mantenha na corrida. O Governo de Passos Coelho quer vender 20% da EDP, em bloco – mas o grupo brasileiro só se mostrou disponível para comprar até 10% do capital.

Apontada como eterna candidata, a espanhola Iberdrola – maior accionista privada da EDP -, enfrenta graves conflitos accionistas, depois de uma agressiva política de investimentos no Reino Unido e nos EUA que a deixam agora numa posição menos ofensiva. Joga ainda contra si a concentração de activos na Península Ibérica que uma união com a EDP provocaria.

MRA Alliance/DE

Factura média da electricidade e gás aumenta 10 euros por mês

sexta-feira, agosto 12th, 2011

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, anunciou hoje que a partir de Outubro o IVA sobre a electricidade e gás passa de 6% para 23%, antecipando uma das medidas de consolidação orçamental programadas para 2012.

A factura média de electricidade dos portugueses ronda actualmente os 40 euros mensais. Segundo as contas feitas pelo Jornal de Negócios, retirando o imposto de 6% chega-se a uma conta da luz de 37,75 euros. Aplicando a este montante a nova taxa de IVA de 23% chega-se a 46,34 euros. O que implica o pagamento de mais 6,43 euros por mês. Isto significa que entre Outubro e Dezembro os portugueses vão, em média, desembolsar mais 19 euros pela electricidade.

Numa factura de gás de 25 euros, valor médio para um casal com filhos, o cliente paga agora 1,4% em IVA. Com o imposto a 23%, paga 5,42 euros. O que significa que a conta final passa dos 25 para os 29 euros. São mais quatro euros por mês, e 12 no acumulado do último trimestre. Tudo somado são mais 10,4 euros por mês entre luz e gás, o que dá um aumento de 16%. São mais 31,2 euros entre Outubro e Novembro.

MRA Alliance

‘Troika’ acelera privatizações em Portugal

segunda-feira, maio 30th, 2011

A venda de mais uma tranche do capital EDP era um dos marcos do programa de privatizações do actual Governo. Mas a crise financeira e a intervenção do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia acabaria por acelerar o processo, ao impor a saída definitiva do Estado, ainda este ano, da estrutura accionista da EDP, refere hoje o Diário Económico.

A operação de privatização não se adivinha fácil, a avaliar pelo fracasso de colocação, em Dezembro passado, de cerca de 10% da eléctrica, através de uma emissão de obrigações convertíveis em acções. A solução deverá agora incluir a entrada de parceiros estratégicos. O Estado, via Parpública, detém ainda 25% do capital da EDP (24% de direitos de voto).

A EDP não é, porém, a única jóia da coroa que o Executivo de José Sócrates terá de colocar, até ao final do ano, no mercado. Da lista consta a REN e a TAP, sendo a primeira a mais pacífica. Até porque a privatização da REN é, há muito, uma reivindicação dos accionistas privados e uma velha promessa do Governo.

O mesmo não acontece com a transportadora aérea. Apesar dos rumores de mercado que dão como certos os contactos entre a companhia área e a IAG, empresa que resultou da fusão da British Airways e da Iberia, não está definido que percentagem será privatizada.

A ‘troika’ prevê um encaixe para o Estado de 5,5 mil milhões de euros até 2013, “com desinvestimento apenas parcial em todas as grandes companhias”.

MRA Alliance

Alemanha fecha sete centrais nucleares

terça-feira, março 15th, 2011

Depois do alerta vindo do Japão com as explosões nos reactores nucleares de Fukushima, a chanceler alemã, Angela Merkel, anunciou hoje o encerramento de todos os reactores nucleares do país que entraram em actividade «antes do fim de 1980» – um total de sete, que deverão permanecer desligados durante três meses.

«Vamos iniciar um exame da segurança de todas as centrais nucleares», disse a chanceler, «Os reactores que começaram a funcionar antes do fim de 1980 serão desligados durante a moratória», explicou.

Na Alemanha, onde a chanceler Angela Merkel suspendeu um acordo para aumentar o tempo de vida de centrais nucleares do país, há eleições importantes no horizonte.

Dezenas de milhares de activistas anti-energia nuclear realizaram um protesto no fim de semana contra o plano de aumentar a vida útil dos reactores alemães. Em Stuttgart, os manifestantes formaram um cordão humano de 45 quilómetros de extensão. O protesto já tinha sido planeado antes da tragédia no Japão, porque a energia nuclear é considerado um tema sensível para as eleições.

Os ministros de Energia da UE e especialistas em energia nuclear, em Bruxelas, iniciaram hoje a abordagem às questões de segurança. Com cerca de 150 reactores nucleares no continente, a Comissão Europeia quer levar em conta os acontecimentos no Japão, e rever as medidas de segurança.

MRA Alliance/JD

Catástrofe no Japão põe em causa política nuclear da Alemanha

domingo, março 13th, 2011

Cadeia humana entre Estugarda e a central atómica de NeckarwestheimA catástrofe nuclear no Japão colocou a política nuclear alemã no centro das atenções da campanha eleitoral para as estaduais em Baden-Wuerttemberg, dentro de duas semanas, onde a chanceler Angela Merkel pode jogar o seu futuro político. Perante o que está a acontecer no Japão, um país altamente industrializado que apostou nas centrais atómicas, e luta agora desesperadamente contra uma calamidade de enormes dimensões, a oposição social democrata, ambientalista e esquerdista na Alemanha voltou a exigir ao governo de centro direita uma rápida renúncia à energia nuclear.Em Outubro, democratas cristãos e liberais reviram o compromisso firmado com a indústria nuclear pelo anterior executivo social democrata e anbientalista, prolongando o prazo de funcionamento das 17 centrais atómicas alemãs por mais 12 anos, em média.

No sábado, mais de 50 mil pessoas protestaram em Baden-Wuerttemberg contra a política nuclear do governo central, formando uma cadeia humana de mais de 40 quilómetros entre o centro de Estugarda, a capital estadual, e a central atómica de Neckarwestheim.

Ao fim do dia, Merkel convocou um gabinete de crise para debater a situação, perante a catástrofe nuclear no Japão, anunciando depois que a Alemanha vai «analisar as consequências» para a sua própria política de energia atómica.

Já a indústria nuclear não considerou necessário, até agora, tirar ilações da tragédia japonesa, e a RWE, un dos gigantes energéticos alemães, anunciou que manterá as suas centrais atómicas a funcionar até expirarem os prazos previstos.

O ministro do ambiente, Norbert Roettgen, que negociou os referidos prazos com as energéticas, defendeu agora opinião diferente, afirmando que o que está a acontecer no Japão «é uma ruptura, que põe em dúvida a possibilidade de se dominar a tecnologia nuclear».

O tema ocupará, decerto, o topo da agenda na campanha eleitoral de Baden-Wuerttemberg, um dos estados federados mais prósperos da Alemanha, onde os democratas-cristãos governam há 57 anos consecutivos.

As últimas sondagens, ainda antes da catástrofe no Japão, davam ligeira vantagem ao bloco conservador (democratas cristãos e liberais) sobre a oposição social democrata e ambientalista. No entanto, segundo vários observadores políticos, os dramáticos acontecimentos em Fukushima podem castigar Merkel e inverter a tendência de voto a favor da esquerda, nas duas semanas que faltam até 27 de Março.

MRA Alliance/SOL

“Estou na Galp para ficar”, diz Amorim

domingo, fevereiro 13th, 2011

Em entrevista ao semanário Expresso, Américo Amorim, accionista da Galp Energia, diz que está na petrolífera para ficar: “O meu compromisso com a Galp é de longo prazo. Estou na Galp para ficar”. Américo Amorim é presidente da Amorim Energia, ‘holding’ detida por si em 55%. Os restantes 45% estão nas mãos da Sonangol e de Isabel dos Santos.

A Eni, que controla cerca de 33% do capital da petrolífera esteve recentemente em negociações com a Petrobras para vender a sua posição, negociações que não chagaram a bom porto. Américo Amorim afirma que uma “solução para a Galp tem de passar por mim”.

Na entrevista, Amorim é claro sobre as suas intenções na Galp: “O facto de ter expirado o período de indisponibilidade de acções não altera o meu rumo. O meu compromisso com a Galp é de longo prazo. Esta empresa desempenha um papel estratégico, de interesse nacional, que continuarei a defender. É fundamental que todos entendam isso”.

MRA Alliance

Gore elogia trabalho português nas energias renováveis

quinta-feira, outubro 21st, 2010

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos elogiou, esta quinta-feira, o trabalho realizado por Portugal no domínio das energias renováveis.

«Portugal está a fazer um trabalho fantástico nas energias renováveis. Parabéns. Eu vanglorio-me da liderança Portugal quando falo em sítios um pouco por todo o mundo sobre energia solar, eólica, energia das ondas, sustentabilidade. Dou-vos os parabéns por todos os progressos que têm sido feitos aqui nesta área», disse o Nobel da Paz em 2007, no “SAP Business Forum 2010 – Sustentabilidade e Transparência Empresarial”, no Centro de Congressos do Estoril.

MRA Alliance/Agências

Petróleo: Chineses sobem fasquia no pré-sal brasileiro

sábado, outubro 2nd, 2010

sinopec_petrobras.jpgA petroleira espanhola Repsol anunciou ontem a venda de 40% de sua subsidiária brasileira para a chinesa Sinopec por US$ 7,1 bilhões. Foi a maior aquisição do setor no País e a segunda maior feita por uma petroleira chinesa no mundo.

Em busca de garantia de suprimento futuro de petróleo, a China já acumula investimentos de mais de US$ 10 bilhões no País e desponta como a principal interessada nos ativos da OGX, de Eike Batista. Segundo a Repsol, os recursos chineses serão aportados na própria Repsol Brasil, em uma espécie de capitalização. A companhia resultante da operação terá capital de US$ 17,8 bilhões e participação em 22 blocos exploratórios e no campo produtor de Albacora Leste, operado pela Petrobrás.

O valor da operação surpreendeu analistas do mercado financeiro, que projetavam números bem mais modestos, e provocou uma corrida por ações de petroleiras na Europa. A diferença pode ser explicada, em parte, pelo apetite chinês por novas fontes de suprimento de petróleo, que vem resultando em várias aquisições no setor. “A precificação dos ativos é subjetiva. Há outros fatores envolvidos”, comentou o advogado Ricardo Assaf, do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice, que assessorou a Sinopec.

Nesse sentido, a maior operação já realizada por uma petroleira chinesa foi a compra da Addax Petroleum pela própria Sinopec por US$ 7,2 bilhões em 2009. Em maio deste ano, a Sinochem anunciou a compra de 40% do campo de Peregrino, na Bacia de Campos, da norueguesa Statoil por US$ 3,07 bilhões. Sinopec e Cnooc estariam negociando ainda a compra de 30% dos ativos da OGX em Campos.

No Brasil, a Sinopec tem participação em dois blocos exploratórios da Petrobrás na Bacia do Pará-Maranhão.

MRA Alliance/Estado São Paulo

Gazprom corta parcialmente fornecimento de gás à Bielorrússia

segunda-feira, junho 21st, 2010

A gigante gasífera estatal russa Gazprom começou esta manhã a reduzir em 15 por cento as exportações de gás para a vizinha Bielorrússia, país com o qual Moscovo trava desde há meses um conflito financeiro nos fornecimentos de energia.

“A dívida não foi paga e desde as 10 horas [locais, 7h em Portugal] que introduzimos um regime de diminuição dos fornecimentos de gás para a Bielorrússia em relação ao volume habitual”, anunciou o chefe da Gazprom, Alexei Miller. Caso a situação de pagamentos em dívida persista, a Rússia continuará a limitar estes fornecimentos “gradualmente até 85 por cento”, prosseguiu.

A Gazprom reclama ao país vizinho cerca de 200 milhões de dólares pelo gás já fornecido desde o início deste ano. Mas, por seu lado, o regime de Minsk exige o pagamento da mesma quantia em taxas de trânsito do gás para a Europa – sendo que cerca de 20 por cento das exportações gasíferas da Rússia para os clientes europeus passam pela Bielorrússia (e o restante pela Ucrânia).

MRA Alliance/Público

Portugal segundo maior consumidor do mundo de energia eólica

quinta-feira, janeiro 7th, 2010

Em 2009, 15,03 por cento da electricidade consumida nos lares portugueses teve origem no vento. Este é um valor que eleva o País do terceiro para o segundo lugar mundial no contributo de energia eólica no consumo de electricidade, atrás da Dinamarca e à frente da Espanha, segundo dados da Redes Energéticas Nacionais (REN) sobre a produção de energia eléctrica em Portugal, em 2009.
 

Os dados, citados hoje pelo jornal “Público”, mostram que, por cada 24 horas, três horas e 36 minutos, em média, vieram do vento, ou seja, mais 31,6 por cento do que no ano transacto.

Num ano em que o consumo sofreu uma quebra de 1,4 por cento e a importação de electricidade diminuiu para metade, a produção nacional eólica de 7493 GW/hora quase equivaleu (96 por cento) à de Sines e Tapada do Outeiro em conjunto, tendo ficado pouco abaixo (94 por cento) do contributo de todas as barragens em funcionamento.

MRA Alliance/Ambiente Online

Recuo histórico do consumo mundial de electricidade

segunda-feira, novembro 16th, 2009

O consumo mundial de electricidade vai recuar em 2009 pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, segundo um estudo do observatório dos mercados da energia. O estudo cifra a queda da procura mundial de electricidade em 3,5 por cento em 2009 e a do gás em 3 por cento.

“No primeiro semestre, o consumo de electricidade dos principais países europeus caiu 5 por cento e o consumo de gás 9 por cento face ao primeiro semestre de 2008”, refere o relatório, imputando este recuo à crise económica e, mais particularmente, ao recuo da actividade industrial.

Esta baixa do consumo começa a fazer sofrer os grandes fornecedores europeus de energia. “Os fornecedores de energia estão muito mais afectados pela crise económica do que se pensava há um ano: o consumo baixa, as tarifas baixam e fizeram aquisições dispendiosas que tiveram por efeito diminuir os respectivos tesouros de guerra”, sublinha Colette Lewiner, responsável do estudo.

Os grandes grupos energéticos encontram-se entre uma dívida que aumentou e uma rentabilidade que se deteriorou. Para enfrentar este novo desafio financeiro, os grandes do sector “adiaram os investimentos nos meios de produção, o que não é uma boa notícia para a segurança do aprovisionamento”, acrescenta.

Se ainda é cedo para constatar uma baixa generalizada do investimento, as energias renováveis são já afectadas.

Os investimentos em energias renováveis recuaram 14 por cento na Europa no segundo semestre de 2008, em ruptura com uma taxa de crescimento anual média de 56 por cento nos últimos cinco anos.

Em 2009, a Agência Internacional da Energia (AIE) prevê uma quebra de 38 por cento dos investimentos na energia verde, a nível mundial.

MRA Alliance/Agências

Portugal em ‘lobby’ eléctrico do Sul da Europa

domingo, outubro 4th, 2009

Portugal, Espanha e Itália estão a preparar a criação de um lobby de companhias de electricidade do Sul da Europa, noticia o el Economista, citado hoje pelo Diário de Notícias.

Na quarta-feira, os presidentes de três associações do sector – o português João Manso, da Elecpor, o espanhol Pedro Rivero, da Unesa e o italiano Enzo Gatta, da Unei – vão selar uma aliança para constituir um agrupamento de empresa que sirva para defender os interesses das companhias junto dos governos e das instâncias europeias.

Facilitar a relação entre as diferentes empresas, já que todas operam em países diferentes, realizar estudos do sector e proceder a acções de formação são outro dos objectivos por detrás da aliança entre as três associações sectoriais.

Portugueses e espanhóis – recorde-se – já colaboram no desenvolvimento do Mercado Ibérico da Electricidade (Mibel).

MRA Alliance/DN 

Cabo Verde quer ser “referência mundial na energia”

segunda-feira, setembro 21st, 2009

José Maria das Neves - Primeiro-ministro - Cabo VerdeCabo Verde quer ser um laboratório, um centro de pesquisas e uma referência mundial no domínio das energias alternativas, defende José Maria Neves, primeiro-ministro cabo-verdiano.

José Maria Neves, que se reúne amanhã (terça-feira) com o Presidente norte-americano Barack Obama, ), juntamente com outros nove líderes africanos, diz que as energias renováveis são um dos assuntos em cima da mesa das conversações, destinadas a procurar um novo relacionamento entre os EUA e África.

“Cabo Verde quer ser um laboratório, um centro de pesquisas aqui nesta região do Atlântico. Quer ser um país-referência em relação às energias solar, eólica, geotérmica, das ondas do mar”, refere, mostrando-se também “ambicioso” em relação à questão das mudanças climáticas e respectivos impactos “no Atlântico e nos arquipélagos do Atlântico”.

José Maria Neves defende que, através de parcerias “sólidas”, Cabo Verde pode contribuir para a segurança e estabilidade no Atlântico, para a segurança na Europa e para o desenvolvimento da sociedade de informação.

“Podemos ser uma plataforma importante no relacionamento entre a Europa, os EUA e a África Ocidental”, refere, sublinhando que “o exemplo de Cabo Verde pode ser mostrado a outros Estados africanos”.

Porém, em seu entender, terão de ser os próprios africanos a procurar as parcerias para o crescimento e a mostrar a nova dinâmica que se quer criar, “não baseada em dádivas, mas sim na construção de parcerias para o desenvolvimento”.

MRA Alliance/Agências

EDP está a lesar consumidores, diz regulador

terça-feira, maio 19th, 2009

A Autoridade da Concorrência concluiu que os portugueses estão a pagar preços muito elevados pela eletricidade consumida. De acordo com um relatório ontem divulgado, o regulador considera que “os desvios sistemáticos de previsão” entre a procura programada de eletricidade e a procura real por parte da EDP está a lesar os consumidores, que pagam preços mais caros.

O documento, que visa avaliar os primeiros seis meses de entrada em vigor do Mercado Ibérico de Eletricidade, refere que os preços em Portugal estão 23 por cento acima dos praticados em Espanha. MRA Alliance/Agências

Parceria dos EUA com América Latina implica contrapartidas energéticas, diz Obama

sábado, abril 18th, 2009

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, convidou ontem os seus homólogos americanos a criarem “um novo sentido de parceria no hemisfério”, durante o discurso de abertura da Cimeira das Américas, em Trinidad e Tobago, que reúne 34 Chefes de Estado do continente.

“Eu peço-lhes que busquemos uma parceria igualitária, sem parceiros júniores ou séniores. Estou aqui para lançar um novo capítulo”, disse o presidente americano, num discurso que disse estar “voltado para o futuro, e não preso ao passado”,

O presidente americano adiantou que os Estados Unidos buscam um “novo começo” nas relações com Cuba e disse estar preparado para discutir temas variados, como direitos humanos e imigração. “Não estou interessado em falar por falar. Eu acredito que podemos dar uma nova direcção às relações Estados Unidos-Cuba”, disse.

O novo modelo de parceria inter-americana proposto pelo presidente dos EUA implica a concessão de contrapartidas por parte das outras nações do continente. Segundo Obama, o governo de Washington está preparado para “assumir os erros do passado” mas “não pode ser culpado por tudo que acontece no hemisfério”.

No concreto, Obama propôs a criação de uma parceria energética com o propósito de consolidar a “a visão e a determinação de países como México e Brasil” que, em seu entender, têm feito um “excelente” trabalho na promoção de energias renováveis.

Pouco antes da abertura dos trabalhos, os presidentes dos Estados Unidos, Barack Obama, e da Venezuela, Hugo Chávez, trocaram um breve cumprimento. O governo venezuelano classificou o gesto como “uma saudação histórica” quando os dois líderes se cumprimentaram e Chávez disse querer uma relação de amizade com Obama.

“Com esta mesma mão, há oito anos, eu cumprimentei Bush. Quero ser seu amigo”, disse Chávez ao Comandante-em-Chefe dos EUA, de acordo com o site do Ministério das Comunicações da Venezuela.

MRA Alliance/Agências�

Governo apoia “embuste” energético, acusam especialistas

terça-feira, março 24th, 2009

Bomba de calor Energie accionada a electricidade (termoacumulador na parede)O apoio do primeiro-ministro Sócrates e do ministro da Economia,  Manuel Pinho as chamados “painéis solares termodinâmicos”, ontem, durante uma visita à fábrica Energie desencadeou uma série de protestos por parte dos principais responsáveis pela investigação e indústria solar no país. “É uma empresa que assenta a sua propaganda num embuste”, denuncia Eduardo Oliveira Fernandes, ex-secretário de Estado da Energia e académico que desenhou a política energética do actual Governo, citado pelo jornal “Público”.

A critica é corroborada por Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal e da Sociedade Portuguesa de Energia Solar (SPES), e por Manuel Collares Pereira, considerado um dos principais especialistas em energia solar no país, ex-investigador do INETI e responsável pela empresa fabricante de painéis solares térmicos Ao Sol.

Aqueles especialistas consideram que o produto da Energie, fabricado na Póvoa de Varzim, representa uma forma de “publicidade enganosa” por se tratar de uma bomba de calor accionada a electricidade com apoio secundário em energia solar e não de um painel solar térmico. 

A associação ambientalista Geota acusa a empresa de consumir muita electricidade para produzir energia solar. Manuel Ferreira dos Santos, um dos responsáveis da organização, equipara o funcionamento do sistema da Energie a um “frigorífico ao contrário” que alimentado por energia eléctrica e não solar. 

Ontem, durante a visita e Sócrates e Pinho à fábrica, o presidente da Energie, Luís Rocha, revelou que a empresa foi escolhida como parceira do Governo no programa de apoio à instalação dos painéis solares térmicos.

Esta inclusão permite à Energie aproveitar a onda de incentivo ao sector solar térmico em termos de mercado e aceder a apoios majorados.

Um reconhecimento formal como tecnologia solar terá, no entanto, de passar por outras instâncias, nomeadamente a Comissão Europeia, com os especialistas a admitirem que Bruxelas chumbará a ideia.

MRA Alliance/Público 

Vaticano convertido à energia solar

quarta-feira, novembro 26th, 2008

O Estado do Vaticano aderiu hoje à energia solar com a inauguração da sua primeira instalação de energias “limpas” no telhado da moderna sala Paulo VI, a dois passos da basílica de São Pedro. Os 2400 painéis solares instalados no telhado da sala, de cinco mil metros quadrados, permitirão fornecer 300 megawatts (MW) por ano, com picos de 221 KW/hora, segundo o Vaticano.

A energia produzida servirá para as necessidades daquela sala – que acolhe regularmente audiências gerais do Papa, congressos e concertos – e a dois edifícios vizinhos. Permitirá economizar o equivalente a 80 toneladas de petróleo por ano. A cidade do Vaticano desenvolve ainda outros projectos de energia renovável nos seus 44 hectares, entre eles uma instalação de aquecimento solar na “zona industrial”, que reúne os serviços técnicos do Estado pontifício. O objectivo é produzir energia renovável suficiente para satisfazer 20 por cento das necessidades até 2020. Esta meta corresponde aos objectivos fixados pela União Europeia.

Desde o Verão de 2007, o Vaticano está envolvido na plantação de uma floresta na Hungria, gerida pela Planktos-Klimafa, uma empresa mecenas americana-húngara. A reflorestação pretende colocar o Vaticano entre os primeiros Estados neutros a nível de emissões de gás carbónico. No âmbito do Protocolo de Quioto, um Estado pode obter créditos de emissão de gases com efeito de estufa ao investir em projectos sustentáveis em outros países.

A ecologia surge frequentemente nas intervenções do Papa Bento XVI. Durante a sua viagem à Austrália, o Sumo Pontífice apelou a uma sensibilização para responder ao “grande desafio” que representa a protecção do ambiente.

MRA Dep. Data Mining/Agências

UE pode reduzir incorporação de biofuel na matriz energética

quinta-feira, setembro 11th, 2008

Os parlamentares da União Europeia (UE) vão propor à Comissão Europeia (CE) a redução de 10% para 6% da taxa de incorporação de biocombustíveis no sector dos transportes para o ano 2020, revelou hoje a agência Reuters. A proposta, que deverá ser sujeita a aprovação apenas em Outubro, vai ao encontro das críticas formuladas por organizações ambientalistas sobre os efeitos negativos do desvio da produção de bens alimentares, como o milho, para a produção de biofuel. Para obviar à escassez e ao encarecimento dos alimentos, a matriz energética da UE para o sector dos transportes deverá incluir maiores contributos da electricidade e do hidrogénio como fontes alternativas de energia para o segmento dos transportes. MRA/Agências

Brasil: Inflação ameaça, «cesta básica» sobe 30% no 1.º semestre

terça-feira, julho 1st, 2008

Cesta Básica - Autoria Spon Holz/BRO preço da cesta básica já subiu quase 30% no primeiro semestre de 2008. Um estudo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o preço do cabaz alimentar brasileiro aumentou em todas as 16 capitais pesquisadas. O maior aumento foi verificado em Recife (29,24%) e João Pessoa (25,37%). As menores subidas ocorreram nas cidades de Aracaju (12,03%), Goiânia (11,83%) e Belém (10,47%). No mês de Junho, a inflação corrente dos alimentos atingiu o preço da cesta básica em 14 das 16 capitais. Os maiores aumentos no conjunto de produtos verficaram-se em Goiânia (10,64%), Brasília (6,43%), Rio de Janeiro(5,93%) e Salvador (5,38%). As únicas quedas aconteceram em Vitória (1,13%) e em Fortaleza (0,35%). Sinais ameaçadores e economicamente difíceis de entender num país que é independente em termos energéticos e alimentares e possuiu fundamentais macroeconómicos dos mais estáveis e consistentes do continente sul americano. MRA Dep. Data Mining

Dólar forte é do interesse dos EUA, diz Bush

segunda-feira, junho 9th, 2008

O presidente norte-americano, George W. Bush, disse hoje que o dólar forte é do interesse dos Estados Unidos e da economia global. Os comentários de Bush reconhecem a preocupação dos norte-americanos após a histórica subida do crude para os USD 139,00/barril, em apenas um dia (sexta-feira passada). Os EUA têm um compromisso “com o dólar forte. O dólar forte está no interesse da nossa nação. Está no interesse da economia global”, disse Bush na Casa Branca antes de partir para uma cimeira com a União Europeia na Eslovénia. “Muitos americanos estão preocupados com nossa economia, eu posso entender o motivo. Os preços da gasolina estão altos, os preços de energia estão altos”. O presidente americano disse que vai discutir com os aliados europeus a necessidade de desenvolver tecnologias para diminuir a dependência ocidental dos combustíveis fósseis. “A economia dos Estados Unidos continuou a crescer diante de desafios inéditos”, acrescentou. A seguir à Eslovénia, Bush visitará quatro estados membros da UE – Alemanha, Itália, França e Grã-Bretanha – regressando aos EUA no próximo dia 16. MRA/Agências

Gasóleo mais barato 10 cêntimos nos postos da Martifer

terça-feira, junho 3rd, 2008

O presidente da Martifer, Carlos Martins, disse hoje à agência Lusa que a partir de hoje o gasóleo nos 20 postos da Prio vão ter um desconto de cerca de 10 cêntimos. A Prio é uma empresa do grupo que opera na área dos biocombustíveis, desde a produção de sementes oleaginosas, extracção de óleos vegetais e produção de biodiesel nas refinarias de Aveiro e da Roménia até à distribuição. A referência do combustível é gasóleo B15, ou seja, gasóleo que tem incorporado 15 por cento de agro-combustível. Carlos Martins sublinhou que o facto do biodiesel ter isenção fiscal permite a redução do preço. MRA

China: Pequim constrói linha de energia até ao Tibete

sábado, maio 10th, 2008

China - Expansão da Rede Eléctrica NacionalA China tenciona construir uma linha de transporte de electricidade desde a província do Qinghai (noroeste) até ao vizinho Tibete, que será «a primeira no mundo numa altitude de mais de cinco mil metros», informa hoje a agência Nova China. O projecto visa acelerar o desenvolvimento económico da região autónoma tibetana, dotando-a de recursos para as suas necessidades em electricidade. O novo projecto de transporte de energia eléctrica para o Tibete deverá entrar em funcionamento em 2010, segundo a Nova China. O Tibete é uma das províncias mais pobres da China, mas teve um forte crescimento nos últimos anos devido a significativos investimentos financiados por Pequim. MRA/Agências

Acordo energético egípcio-israelita subsidiado pelo Cairo

sexta-feira, maio 9th, 2008

Gasoduto submarino Arish-AshkelonO 1.º de Maio de 2008 ficará na história como o dia em que Israel começou a importar gás do Egipto através do gasoduto submarino Arish-Ashkelon, inaugurado em Fevereiro passado. O cliente – Israel Electric – vai ser abastecido com 1.7 mil milhões de m3/ano, durante 15 anos. O parlamento egípcio ocupou-se longamente com o controverso negócio, mas foi impotente para o impedir. Nem mesmo com o argumento de que o preço de venda é inferior às cotações internacionais, representando um subsídio do Cairo a Telavive, financiado com dinheiro dos contribuintes egípcios. O Egipto cobra a Israel USD 2.75 por MMBTU (Milhões Unidades Térmicas Britânicas). A polémica incendiou os ânimos dos consumidores muçulmanos. O Egipto importa actualmente fuelóleo a preços muito mais caros para satisfazer a procura doméstica. O negócio iniciou-se numa altura em que os ataques aéreos israelitas contra os palestinianos na Faixa de Gaza arrefeceram as relações políticas entre os dois países. MRA Dep. Data Mining

EDP Renováveis vai ter sede em Espanha e cotação na Euronext Lisboa

quarta-feira, maio 7th, 2008

A EDP Renováveis vai ter sede em Espanha, mas será cotada na Euronext Lisboa, quando o seu capital for colocado em Bolsa, anunciou o presidente executivo do grupo EDP, António Mexia, citado pelo Público. A data da abertura do capital da empresa das energias renováveis do grupo ainda continua incerta. O gestor justificou a decisão de instalar a sede da EDP Renováveis em Espanha pelo facto de ser o maior mercado mundial em termos eólicos e onde se encontram mais de 80 por cento dos recursos humanos da empresa. Dos actuais 3700 megawatts de capacidade eólica instalada pela EDP, mais de 1600 estão em Espanha.

Russia e Mongólia acordam exploração de urânio e cooperação militar

sábado, abril 12th, 2008

Urânio - MongóliaA Rússia fechou ontem um acordo, em Moscovo, com o governo mongol para a exploração das ricas jazidas de urânio com o antigo satélite soviético, assinado pelos primeiros-ministros Viktor Zubkov e Bayar Sanjaa. A agência nuclear russa Rosatom informou que o compromisso estabelece o novo quadro da cooperação do complexo industrial-nuclear e militar russo na exploração, extracção e processamento do minério de urânio na Mongólia e na modernização das suas infra-estruturas de defesa e segurança. O aumento das encomendas para a construção de novas centrais nucleares em todo o mundo acentua a importância estratégica do acordo bilateral reinicia um período cooperação praticamente interrompido desde o colapso do império soviético, em 1991. O presidente russo Vladimir Putin, que teve uma reunião a sós com Sanjaa, no Kremlin, revelou que o tempo perdido nas relações diplomáticas e no intercâmbio comercial entre os dois países será recuperado rapidamente. O chefe do governo mongol agradeceu a cooperação militar russa e manifestou o seu interesse futuro “em desenvolver esta esfera de cooperação.”

MRA – Dep. Data Mining

Moçambique: Índia pretende adquirir minas de carvão

quarta-feira, março 19th, 2008

carvao-mocambique.jpgAs empresas estatais indianas de energia e recursos minerais pretendem conseguir a exploração de minas de carvão em Moçambique informou, em Nova Deli, Dasari Narayana Rao, vice-ministro do Carvão da Índia.

No parlamento indiano, o governante disse que as empresas NTPC, Steel Authority of India, NMDC, Rashtriya Ispat Nigam e Coal India vão constituir empresa-mistas para a aquisição de activos no estrangeiro, entre os quais a ex-colónia portuguesa.

Segundo a Agência Internacional de Energia (AIE), a Índia e a China serão responsáveis por um aumento de 73% na procura mundial de carvão até 2030, da ordem dos 5 000 milhões de toneladas, equivalentes à capacidade energética do petróleo. Em 2005 ambos consumiram conjuntamente cerca de 2 900 milhões de toneladas. Fonte: Reuters

Gigante russa Gazprom alarga tentáculos ao gás natural da Bolívia

quarta-feira, março 19th, 2008

Bolívia_Hidrocarbonetos - YPBFO consórcio russo Gazprom e a companhia estatal boliviana Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) assinaram um acordo para a prospecção em jazidas de gás bolivianas, informou a maior empresa de energia da Rússia e uma das maiores do mundo.

Os trabalhos serão realizados no sudeste da Bolívia, na bacia petrolífera e de gás Subandino Sur. Segundo especialistas do sector, a região boliviana poderá ter reservas até 300 mil milhões/bilhões de metros cúbicos (m3) de gás natural.

O acordo obriga a Gazprom a iniciar os trabalhos de prospecção em 2009. Concluídos aqueles, o conglomerado energético russo, caso a viabilidade do negócio se confirme, investirá no projecto conjunto cerca de USD 2 mil milhões/bilhões.

A estratégia de internacionalização da Gazprom prevê igualmente a possibilidade de cooperação regional com as companhias Repsol (Espanha), Tecpetrol (Argentina)e Guaracachi (Bolívia), que já operam em vários países sul-americanos. MRA/UOL

UE quer acordo político sobre mercado energético em Junho

sábado, março 15th, 2008

UE- Mercado Interno da EnergiaOs líderes da União Europeia (UE) querem que haja um acordo político até Junho próximo sobre a criação do mercado interno da energia, segundo o texto das conclusões do Conselho Europeu.

A separação de propriedade entre as actividades de produção e de transporte e comercialização de energia (‘ownership unbundling’), é a peça central da proposta da Comissão Europeia.

Os chefes de Estado e de Governo dos 27 consideram estratégico o “reforço da segurança energética da UE e dos seus Estados-membros. (…) Um mercado interno de energia eficaz, interligado e em pleno funcionamento é uma condição essencial para um aprovisionamento seguro, sustentável e competitivo na Europa”, refere o texto.

O “unbundling” é numa matéria sensível para os 27, sendo que França e Alemanha, por exemplo, se opõem à separação dos gigantes energéticos. O grupo energético alemão E.ON anunciou a intenção de vender a sua rede de alta tensão. Fonte: Portugal News

Argentina e Brasil reforçam parcerias energéticas e militares

sábado, fevereiro 23rd, 2008

lula_cristina kircherOs presidentes do Brasil e da Argentina, Lula da Silva e Cristina Kircher anunciaram na sexta-feira, em Buenos Aires, a construção de uma empresa mista de enriquecimento de urânio e firmaram acordos nos sectores aeronáutico e militar, durante a visita oficial do presidente brasileiro a Buenos Aires. A empresa compromete-se a enriquecer urânio, para fins pacíficos, e a desenvolver um reactor nuclear que satisfaça as necessidades energéticas dos dois países.

Os problemas de abastecimento do gás natural boliviano ao Brasil e à Argentina serão hoje (sábado) debatidos com o presidente boliviano Evo Morales. Lula defendeu ontem uma maior integração regional das políticas energéticas, reconhecendo que todos os países sul-americanos enfrentam problemas nesta área.

Na cooperação aeronáutica os argentinos fornecerão peças para os modelos 170/190 da Embraer e os brasileiros contribuirão com transferência de tecnologia e know-how. Em 2009, será iniciada a produção industrial conjunta do veículo militar “Gaucho”. A produção e lançamento conjunto de um satélite para observação dos oceanos foram também debatidos.

A parceria estratégica Brasil-Argentina visa impulsionar “projectos emblemáticos” que estimulem a entrada de outros países do Cone Sul Americano no bloco político- económico regional Mercosul. (pvc/agências)