Archive for the ‘Emigrantes’ Category

Remessas de emigrantes portugueses em Angola crescem 30%

terça-feira, setembro 20th, 2011

O valor das remessas enviadas pelos portugueses a trabalhar em Angola continuou a subir em 2010, aumentando, num ano, 30,34%, para 134,9 milhões de euros.

A progressão, embora a um ritmo menor do que o crescimento verificado entre 2008 e 2009, impulsionou a subida do valor das remessas de emigrantes portugueses no conjunto dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) mais Timor-Leste.

Angola mantém-se no pelotão da frente dos PALOP com o maior valor de remessas enviadas para Portugal, distante de Cabo Verde, que, com 3,1 milhões de euros em remessas, surge em segundo lugar, de uma lista revelada hoje pelo Banco de Portugal num relatório sobre a evolução das economias nestes países.

Somando Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, as remessas de emigrantes totalizaram, de 2009 para 2010, 141,5 milhões de euros, mais 29,7% do que um ano antes.

O valor do dinheiro que entrou em Portugal vindo destes seis países é quase quatro vezes superior ao valor das remessas enviadas de Portugal para os PALOP e Timor-Leste, que desde 2008 está a cair e ficou, no ano passado, em 37,1 milhões de euros, menos 11,6% face a 2009. A maior queda registou-se entre os cabo-verdianos, que enviaram para o seu país de origem 12,9 milhões de euros, uma descida de 38,3%.

MRA Alliance/Público

EUA: Natalidade hispânica já supera emigração, diz estudo

sexta-feira, julho 15th, 2011

Pela primeira vez na história, os nascimentos superaram a emigração como principal fator por trás do expressivo crescimento da população hispânica nos Estados Unidos, segundo um estudo divulgado na quinta-feira pelo Centro Hispânico Pew, em Phoenix, Arizona.

A nova tendência – de acordo com as conclusões – é especialmente evidente entre os norte-americanos de origem mexicana, que representam quase dois terços da população latina nos EUA. Os mexicano-americanos totalizam 63 por cento do total de hispânicos. Os hispânicos são a maior minoria dos EUA – 50,5 milhões de pessoas em 2010, segundo o Departamento do Censo – e também a que mais cresce.

O estudo, com base em dados do Censo e de outras fontes governamentais, indica que a população mexicano-americana cresceu em 7,2 milhões de indivíduos devido aos nascimentos ocorridos entre 2000 e 2010. No mesmo período o número de emigrantes oriundo do México ascendeu a 4,2 milhões de pessoas.

Mark Lopez, diretor-associado do Centro Hispânico Pew e coautor do estudo, disse que na década de 1980 o crescimento era impulsionado pela emigração (3,1 milhões) contra 2,7 milhões de nascidos nos EUA, Nos anos 90 verificou-se uma paridade (4,7 milhões) entre emigrantes e nascidos nos EUA.

Para Bruce Merrill, professor emérito de ciências políticas na Universidade Estadual do Arizona, os hispânicos nascidos nos EUA tendem a ser mais conservadores defendendo uma fiscalização mais rigorosa na fronteira com o México.

O estudo indica que a população hispânica nos EUA continuará a crescer apesar dos esforços das autoridades contra a emigração ilegal. Os analistas admitem que a tendência também deverá resultar numa diversificação cultural e política da população latina.

Uma projeção anterior do Departamento do Censo norte-americano estimou que até 2050 as minorias étnicas e raciais se tornarão maioritárias nos EUA, e que um em cada três residentes do país será de origem latina.

MRA Alliance/Reuters

Comunidade brasileira é a maior em Portugal

terça-feira, julho 12th, 2011

Os brasileiros são o maior grupo de estrangeiros residentes em Portugal, seguindo-se os ucranianos e os cabo-verdianos, de acordo com um relatório da OCDE sobre tendências migratórias apresentado hoje em Bruxelas.

«O maior grupo é o dos brasileiros (que respondem por 26 por cento do total da população estrangeira com uma autorização de residência válida), seguidos dos ucranianos (12 por cento) e dos cabo-verdianos (11 por cento)», refere o estudo da OCDE.

«O número de naturalizações continua a subir e atingiu um novo pico de 25 500 em 2009, sete vezes mais do que em 2006», sendo que a maior parte tem origem nos PALOP.

MRA Alliance/A Bola

Quase 24 mil portugueses emigraram em 2010

segunda-feira, junho 13th, 2011

No ano passado, o número de portugueses que procurou melhores condições de vida fora de Portugal foi o segundo maior da década, segundo o Diário Económico. O jornal refere que 23.760 cidadãos nacionais abandonaram o país em busca de melhores oportunidades no estrangeiro.

No ano passado, por cada português que saiu do País à procura de trabalho, houve um estrangeiro que chegou com o mesmo objectivo. Um ano antes, o rácio era de dois imigrantes estrangeiros por cada emigrante português. De resto, em 2010 houve mesmo uma quebra recorde no número de imigrantes que vieram para Portugal.

Em 2010, entraram em Portugal 27.575 imigrantes, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes à população residente (10.636.979) e que indicam uma quebra de 734 indivíduos – o primeiro recuo desde 2002. Este é o fluxo de entradas mais baixo da última década.

Segundo as contas do jornal, trata-se do segundo maior fluxo desde o início do milénio – superado apenas pelas 26.800 saídas registadas em 2007.

A crise explica as quebras passadas e a tendência futura. Nos próximos anos, marcados pela austeridade e pela falta de postos de trabalho, dificilmente o País conseguirá atrair mais imigrantes e evitar um aumento da emigração, sobretudo entre os mais jovens e com maiores qualificações.

MRA Alliance

Imigrantes podem ser arma contra a desertificação, defende MPT

segunda-feira, junho 13th, 2011

Pedro Quartin Graça, cabeça de lista do Movimento Partido da Terra (MPT) por Lisboa, considerou hoje que os imigrantes têm contribuído para o combate à desertificação e podem ser a chave para o regresso dos portugueses a zonas desertificadas do país.

No dia de África, Quartin Graça lembrou que o MPT “é o único partido que tem nos seus estatutos um gabinete específico para a imigração”. Durante um almoço na associação, Quartin Graça falou de propostas concretas do MPT como o aumento dos apoios a imigrantes que queiram juntar-se a familiares que vivam em Portugal e a criação de centros de acolhimento para doentes provenientes dos PALOP.

O cabeça de lista do MPT lamentou que Portugal se esteja a tornar, de novo, um “país de emigrantes, deixando fugir para o estrangeiro milhares de pessoas bastante qualificadas, que devido à crise se veem obrigadas a sair”.

Para melhorar a qualidade de vida desses portugueses no estrangeiro, o MPT propõe uma reestruturação dos consulados e embaixadas, que devem ter também “um papel mais importante nas vertentes económicas e cultural”.

MRA Alliance/Público

Portugal: Em dia de eleições legislativas emigrantes e luso-descendentes continuam preteridos pelo regime

domingo, junho 5th, 2011

Os portugueses decidem hoje a composição do futuro parlamento e a eventual saída do socialista José Sócrates da chefia do governo. Embora as indicações da afluência às urnas, nas primeiras horas da votação, apontem potencialmente para uma maior participação dos eleitores residentes em Portugal, o mesmo não se pode dizer da maioria das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo.

Com efeito, os cidadãos portugueses que residem no estrangeiro e que pediram para que lhes fosse enviado o boletim de voto, para poderem votar por correspondência, não o receberam. Os casos mais numerosos foram detectados na América Central e do Sul – México, Venezuela e Brasil. Mas o exemplos multiplicaram-se noutros continentes.

Nuno Godinho de Matos, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, disse no sábado que, nestes casos, os que “ainda não receberam os boletins já não vão receber”, por o prazo para o reenvio por correio expresso às custas do eleitor, “já ter terminado”.

Uma fonte da Direcção-geral da Administração Interna (DGAI) disse à Agência Lusa que para as eleições de hoje foram enviados, entre 5 e 11 de Maio, 8.763 boletins de voto para África, 103.410 para as Américas, 7.880 para a Ásia e Oceânia e 75.076 para a Europa.

A soma não chega aos 200 mil. Para uma comunidade estimada em 5 milhões de portugueses e luso-descendentes, a quantidade de votantes nos circulos da emigração é decepcionante, representando uma mancha negra no modelo democrático e parlamentar português instituído após o 25 de Abril.

De facto, o recenseamento de eleitores portugueses no estrangeiro apontou, em Dezembro de 2010, para total de 228 232 pessoas com capacidade eleitoral, segundo números então divulgados pela DGAI. Daquele total, o maior número de eleitores inscritos está radicado nas Américas (106.782), seguindo-se a Europa (95.671). Vêm depois a Ásia/Oceânia (14.966) e África (11.413).

Como se isto não bastasse, em Maio passado, já o deputado social-democrata pelo círculo da emigração na Europa, Carlos Gonçalves, denunciara que muitos portugueses residentes no estrangeiro não receberam o boletim de voto porque quando pediram o cartão de cidadão em Portugal lhes foi atribuída uma morada em território nacional.

Gonçalves explicou que quando as pessoas fornecem uma morada portuguesa para fazer o cartão de cidadão essa morada é automaticamente associada ao recenseamento eleitoral em território nacional. Para o deputado, este problema tem origem na falta de informação das pessoas sobre as regras de funcionamento do novo documento.

O cabeça-de-lista do PSD pela Europa, durante acções de campanha realizadas em Maio, em França, destacou que as questões da participação cívica e política dos emigrantes e o ensino da língua portuguesa são as grandes prioridades e as razões para o grande descontentamento que grassa nas comunidades lusófonas, contra as políticas não inclusivas de Lisboa.

Gonçalves destacou ainda que, em seis anos, o Governo socialista “não teve iniciativas relativas à participação cívica e política” dos emigrantes e dos seus descendentes. “Não é normal que se esteja a prometer durante seis anos a realização de um fórum de luso-eleitos, que nunca se concretizou. Mais grave é que havia regularmente em França um encontro de eleitos, que não teve lugar nos últimos anos e não foi por culpa da embaixada de Portugal”, disse. Para o deputado do PSD esta falta de sensibilidade para as questões cívicas e políticas são as mais graves na acção do governo.

Se a estes sinais acrescentarmos a suspensão pela RTP, desde 1 de Junho, das emissões da RDP Internacional em Onda Curta, alegando como motivos a redução do número de ouvintes e a vontade de diminuir os custos, poderemos concluir que, 37 anos depois, os emigrantes portugueses espalhados pelo mundo continuam marginalizados do processo democrático que inaugurou a Terceira República… 

Pedro Varanda de Castro

MRA Alliance

França: Metade dos portugueses e luso-descendentes não quer voltar para Portugal

sexta-feira, junho 3rd, 2011

Quase metade dos portugueses e luso-descendentes que residem em França afirmam não querer voltar a Portugal, sendo que 42% confessa que um dia pretende regressar ao seu país de origem, revela um estudo hoje divulgado.

O ‘Estudo das Comunidades Portuguesas em França, 2010’, levado a cabo pela Fundação Vox Populi (FVP), foi realizado com base num inquérito a 275 famílias portuguesas ou luso-descendentes residentes em França.

De acordo com o documento, os portugueses e luso-descendentes em França “estão divididos entre permanecer no seu país de acolhimento (45%) ou regressar a Portugal (42%)”. Os que não pretendem regressar, alegam, maioritariamente, como razão para ficar o facto de terem família em França.

Já os emigrantes que pretendem regressar a Portugal, tencionam fazê-lo “com o objectivo de aproveitar o tempo da reforma (32%), e pretendem concretizar esse desejo, em média, daqui a doze anos”, adianta o estudo. No entanto, os entrevistados mais velhos, “com mais de 54 anos, pensam fazê-lo já daqui a quatro anos”.

Para os portugueses e luso-descendentes inquiridos, a França é vista “como o país do trabalho, e Portugal como o país das férias”.

MRA Alliance/FVP

França admite suspensão temporária do acordo de Schengen

sexta-feira, abril 22nd, 2011

A França está considerar suspender temporariamente o acordo de Schengen sobre livre circulação de pessoas na Europa, devido ao fluxo de imigrantes da Tunísia e Líbia, através da Itália, disse hoje a presidência francesa.A questão da imigração é um dos pontos mais sensíveis da cimeira franco-italiana que se realiza na próxima terça-feira, em Roma, com o líder italiano Silvio Berlusconi e o presidente francês Nicolas Sarkozy.

No domingo passado, Paris provocou protestos dos italianos pela suspensão da circulação de comboios da cidade italiana de Ventimiglia para o sudeste da França, por considerar que um comboio com manifestantes a bordo querendo acompanhar os imigrantes tunisinos representava uma ameaça de perturbação da ordem pública.

MRA Alliance/Agências

Conselho das Comunidades quer ter orçamento próprio

sábado, janeiro 22nd, 2011

Conselho das ComunidadesO Conselho das Comunidades Portuguesas deve ter um orçamento próprio e formas de financiamento definidas claramente para que possa delinear as suas atividades e servir os propósitos para que foi criado. Em declarações à Agência Lusa, Fernando Gomes,  presidente do Conselho Permanente, explicou que o Conselho das Comunidades “não pode continuar a funcionar sem ter um orçamento próprio e uma forma clara de financiamento”.Fernando Gomes defende a definição de um “orçamento claro e de formas de financiamento que sejam conhecidas de todos para que em conjunto se possam definir as atividades do Conselho das Comunidades Portuguesas”, que se reúne na próxima semana, em Portugal. 

“O Conselho funciona por direito próprio, estipulado por lei, com funções determinadas que dão responsabilidades às pessoas e é preciso criar as melhores condições possíveis para que funcione bem”, afirmou.

Outro ponto crítico na opinião de Fernando Gomes é a recusa do Governo em incluir dois membros do Conselho das Comunidades no Conselho Nacional de Educação, matéria que “deve ser discutida por todos, mas que faria todo o sentido dado que as políticas de educação definidas em Lisboa também influenciam as escolas nas comunidades do exterior”.

MRa Alliance/DD 

Sarkozy tira nacionalidade francesa a emigrantes que matem polícias

terça-feira, setembro 7th, 2010

A cidadania francesa será retirada aos emigrantes que forem culpados do homicídio de agentes da autoridade de acordo com a decisão do Governo francês reunido, ontem, em Paris, sob a presidência de Nicolas Sarkozy.

O decreto governamental, que altera o artigo 25.º do Código Civil, alarga as situações que permitem ao Governo retirar a nacionalidade francesa a quem a tenha adquirido nos últimos dez anos. Até agora, só os indivíduos condenados por terrorismo ou atentado à segurança do Estado perdiam a cidadania francesa.

Esta alteração será incluída num pacote legislativo sobre emigração a apresentar pelo Governo à Assembleia Nacional no próximo dia 27, quando o Presidente Sarkozy é alvo de crescentes críticas da oposição, que acusam o actual poder político francês de práticas xenófobas.

A proposta de retirar igualmente a nacionalidade aos indivíduos condenados por poligamia foi rejeitada contra o projecto inicial levado ao Conselho de Ministros pelo ministro do Interior francês, Brice Hortefeux. Sarkozy teve de arbitrar um conflito entre este ministro e o titular da pasta da Imigração, Éric Besson, que se opunha à retirada da nacionalidade pelo delito de poligamia.

No sábado, o Governo conservador francês foi alvo de duras críticas em manifestações de rua realizadas em Paris e noutras grandes cidades. Esta iniciativa visava protestar contra a deportação de cerca de mil ciganos romenos e búlgaros, acusados de viver em França sem contrato de trabalho nem residência fixa.

Sarkozy chegou a ser equiparado por alguns manifestantes ao marechal Philippe Pétain, que pactuou com as tropas nazis que ocuparam Paris em 1940 e autorizou a deportação de milhares de judeus franceses para as câmaras de gás hitlerianas.

MRA Alliance/DN

Movimento emigratório actual comparado ao da década de 60

quarta-feira, fevereiro 3rd, 2010

O presidente da Comissão de Especialidade de Fluxos Migratórios, Manuel Beja, julga que é preciso recuar até à década de 1960 para encontrar uma vaga de emigração tão grande em Portugal. “É plausível”, admite João Peixoto, da Universidade Técnica de Lisboa. Jorge Malheiros, do Centro de Estudos Geográficos, acha que não.

Ninguém sabe ao certo quantas pessoas estão a emigrar. Portugal, como quase todos os membros da UE, não faz inquérito de saída. A única hipótese é coligir a estatística dos países de destino, tarefa que o recém-criado Observatório de Emigração já iniciou. Mesmo assim, João Peixoto faz três ressalvas: as estatísticas tendem a não ser comparáveis; a recolha não distingue movimentos temporários de permanentes; e a oferta de emprego não é a que era antes da crise. Muito por força da livre circulação, a nova vaga está concentrada na UE, ou em territórios muito próximos, como a Suíça ou Andorra, nota a coordenadora do observatório, Filipa Pinho. Embora se desbrave caminho na Ásia e em África – com Angola à cabeça.

Manuel Beja dá o exemplo da Suíça. O contingente de cidadãos de nacionalidade portuguesa passou de 173 278 em 2004 para 196.186 em 2008. E, “no ano passado, entravam em média mil por mês”.

MRA Alliance/Público 

Governo vai desenvolver um financiamento de quatro milhões dirigido a emigrantes portugueses

terça-feira, janeiro 5th, 2010

O ministro dos Negócios Estrangeiros português afirmou hoje que “há finalmente condições” para desenvolver o Netinvest, um programa para atrair investimento dos emigrantes para Portugal e apoiar a internacionalização que deverá ter um financiamento de quatro milhões de euros.”Na relação com as comunidades, há finalmente condições para pôr um programa muito importante em desenvolvimento (…) O Netinvest, uma plataforma que se candidata a um financiamento do QREN (Quadro de Referência Estratégico Nacional) de quatro milhões de euros, que em princípio estará aprovado nas próximas semanas”, disse Luís Amado na abertura do Seminário Diplomático 2010.

O ministro, que falou do Netinvest no âmbito das estratégias da Política Externa para apoiar a recuperação económica do país, considerou que ele “vai permitir gerir uma relação inovadora com a vastíssima comunidade empresarial e de empreendedores de origem portuguesa um pouco por todo o mundo”.

MRA Alliance/Lusa

Portugueses emigram tanto como nos anos 60, diz investigador

domingo, junho 7th, 2009

A emigração portuguesa está actualmente ao nível dos anos 1960, mantendo-se a tendência de fixação nos países de destino, defende o coordenador do Observatório da Emigração, que considera ilusória a ideia de que as saídas estagnaram.”Há características novas nesta emigração, mas no essencial diria que se mantém uma emigração de fixação no destino que não deve ser, neste momento, inferior à média dos anos 50/60″, disse Rui Pena Pires.

Numa entrevista à Agência Lusa, a propósito do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que se assinala a 10 de Junho, o coordenador científico do Observatório da Emigração rejeita a ideia de uma vaga repentina de emigração, considerando que se tem mantido constante desde a adesão de Portugal à União Europeia.

MRA Alliance/Lusa

Governo reduz quota de imigrantes em quase 56%

quinta-feira, maio 14th, 2009

imigrantes11.jpgA crise económica levou o Governo a reduzir em quase 56% o contingente indicativo para a concessão de vistos de residência a emigrantes de países fora da União Europeia. O Conselho de Ministros fixou em 3.800 o limite de concessão de vistos de residência para a admissão em território nacional de cidadãos estrangeiros para o exercício de uma actividade profissional subordinada, de acordo com o comunicado emitido hoje após a reunião. Em 2008, o contingente indicativo para a concessão de vistos de residência para imigrantes de Estados terceiros foi de 8.600.

O corte de 55,8% é justificado pelo Governo com “as projecções referentes à evolução do emprego até ao final de 2009, a definição de necessidades de mão-de-obra imigrante, baseadas nas principais variáveis macroeconómicas com influência sobre o comportamento do mercado de trabalho, a apreciação qualitativa de tendências de contratação, e o nível de utilização do contingente de 2008”. 

O Governo prevê que o desemprego em Portugal, em 2009, se fixe na faixa dos 8,5%. Este valor poderá ser revisto em alta uma vez que as previsões dos organismos internacionais apontam para uma contracção económica muito mais acentuada, superior à base de cálculo usada pelo Governo para projectar aquele valor.

MRA Alliance/Agências

OEA rejeita medidas de imigração da União Europeia

sexta-feira, junho 20th, 2008

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, criticou ontem as medidas aprovadas pelo Parlamento Europeu que criminalizam a imigração e afecta milhões de latino-americanos sem documentação. Com a nova lei, os imigrantes ilegais poderão ser detidos até 18 meses e são proibidos de retornar à UE por cinco anos. “Mais uma vez se aprova no mundo desenvolvido uma medida repressiva e contra os imigrantes ilegais, que afecta diretamente muitos latino-americanos”, disse o secretário da OEA. Em sua opinião “é uma paródia” que os 27 negociem acordos comerciais e falem de alianças estratégicas quando adoptam “medidas como a prisão prolongada, que tratam como deliquentes os imigrantes ilegais, sem sequer discutirem nem negociarem com os governos latino-americanos”. Insulza acrescentou que o fluxo migratório para os países ricos continuará enquanto os latino-americanos não encontrarem trabalho nos seus países, enfatizando que a emigração é uma das consequências da globalização. Diversos governos da região também rejeitaram a medida europeia. MRA/Agências

Alemanha: Jovens turco-alemães qualificados sentem-se discriminados e querem emigrar

segunda-feira, maio 26th, 2008

“Turcos Rua” - Inscrição numa máquina de venda automática na AlemanhaProfissionais qualificados de origem turca a emigrar da Alemanha porque empresas alemãs lhes negam oportunidades. Outros países, especialmente a Turquia, disputam os seus talentos. Especialistas alertam para as consequências desastrosas desta fuga de cérebros para a economia alemã. Muitos dos melhores e mais brilhantes entre a comunidade turca do país, que tem cerca de 2,7 milhões de pessoas, estão a virar as costas à Alemanha porque se sentem rejeitados no país ou encontraram melhores oportunidades no estrangeiro. A migração é “um barómetro que mostra se a Alemanha é boa para os negócios”, diz Armin Laschet, membro do partido conservador União Democrática Cristã (CDU) e ministro da Integração no Estado renano da Vestefália do Norte. “Países atractivos têm imigrantes, enquanto os menos atractivos têm emigrantes.” A Futureorg, uma organização com sede no Estado, em Krefeld, entrevistou recentemente 250 profissionais turcos e turcos-alemães, dos quais cerca de três quartos haviam nascido na Alemanha. Cerca de 38% planeiam emigrar para a Turquia. Entre os que querem emigrar, 42% disseram que a principal razão é porque não se sentem “em casa” na Alemanha. Quase 80% dos entrevistados questionam a “política de integração” dos trabalhadores estrangeiros ou dos alemães filhos de estrangeiros. Surpreendente ou não, o estudo revela que a maioria dos turco-alemães com diplomas universitários vêem-se como estrangeiros no próprio país onde nasceram. Quando descobrem que os profissionais bilíngues, com formação universitária, são recrutados com facilidade na Turquia, e noutros países, têm poucas razões para continuarem na Alemanha. O ministro Laschet classifica a fuga de cérebros uma “catástrofe”. “A comunidade turca na Alemanha”, diz o político alemão, “também precisa da sua elite e modelos de comportamento próprios”. Além da Turquia, os destinos escolhidos pelos emigrantes incluem o Golfo Pérsico e os países de língua inglesa. “Os britânicos são mais tolerantes”, segundo um consultor turco-alemão de Mannheim, no sudoeste do país. Um supervisor numa grande empresa alemã um dia disse-lhe: “Você pode ter três passaportes alemães, mas no que me diz respeito, você sempre será um turco”. Há uma experiência que todos os universitários turco-alemães formados dizem ter em comum pois todos ouviram conselhos, mais ou menos ríspidos do tipo “Voltem para o lugar de onde vieram”. MRA/Der Spiegel

Observatório vai analisar portugueses na diáspora

quarta-feira, maio 7th, 2008

emigrantes - anos 60A análise dos fluxos migratórios, das comunidades portuguesas e a sua história são os principais objectivos do Observatório da Emigração, instituição criada hoje numa parceria da Secretaria de Estado das Comunidades e do ISCTE, informa a Lusa. A iniciativa pretende dar resposta a várias questões, nomeadamente quantos portugueses existem no estrangeiro e quais os motivos que os levaram a sair de Portugal. A realidade dos portugueses que saem à procura de trabalho no estrangeiro nunca foi alvo de uma investigação sistemática oficial sobre esta realidade. O Governo estima que existam 5,5 milhões de emigrantes portugueses espalhados pelo mundo.

EU: Presidência eslovena define políticas para competição com o bloco BRIC

sábado, março 22nd, 2008

fuga de cérebrosO ministro esloveno para o Crescimento, Ziga Turk, que preside às reuniões sectoriais durante a actual presidência eslovena da União Europeia/UE (Jan-Jun, 2008), enunciou as orientações estratégicas europeias para a competição com as economias emergentes BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China. O apoio às “indústrias crativas”, através do reforço da protecção da propriedade intelectual, e da excelência nos sistemas e infra-estruturas das “auto-estradas” do conhecimento – tecnologias de informação (TI) – são as prioridades para competir com a China e a Índia, numa altura em que ambos progridem aceleradamente na inovação científica e na Investigação e Desenvolvimento (I & D). Em várias ocasiões, por altura da Cimeira da Primavera dos Chefes de Estado e de Governo da União, na semana passada, em Bruxelas, Turk centrou o discurso nos desafios da Estratégia de Lisboa para o Crescimento e a dinamização do Emprego.

O governante esloveno considera que, embora a iniciativa se concentre nas áreas do Conhecimento, I & D e inovação científica, é preciso ir mais longe. As empresas europeias deverão igualmente desenvolver as suas capacidades criativas agora, quando a “China e a Índia também começam a formar excelentes engenheiros e cientistas”, enfatizou. A Europa tem um “défice de quadros de alta qualidade” devido “à fuga de cérebros europeus para os EUA”, disse Turk. Para contrariar esta tendência, em sua opinião, a UE deve criar as condições adequadas para os quadros altamente qualificados se fixem e trabalhem na Europa. “Estancar esta hemorragia e fortalecer a economia através da exportação de trabalho menos especializado e mais barato para os países emergentes, como o Brasil, Rússia, India e China, em lugar de permitir a saída de quadros com qualificações elevadas”, foi a solução proposta. Turk acrescentou que tais políticas poderiam “ajudar os políticos a ‘venderem’ mais eficazmente aos cidadãos a idéia da abertura do mercado.” Uma nova fase de liberdade de circulação favorável à disseminação do conhecimento será um dos principais objectivos da presidência eslovena, durante o primeiro semestre de 2008. (pvc/agências)

Ministro luso-descendente do Ontário condecorado por Portugal

sábado, fevereiro 23rd, 2008

Peter Fonseca - Ministro do Turismo, Ontário, CanadáO ministro do Turismo na província canadiana do Ontário, o português Peter Fonseca, recebeu sexta-feira a Comenda da Ordem de Mérito Civil de Portugal, pela mão do Embaixador português no Consulado-Geral, em Toronto. O grau de comendador da Ordem de Mérito foi-lhe atribuído por Cavaco Silva, por ocasião do 10 de Junho de 2007, antes de ter sido nomeado ministro do Turismo do Ontário, em Outubro. Na cerimónia de entrega da comenda, o embaixador João Pedro da Silveira Carvalho considerou que o percurso de Peter Fonseca é “um modelo e deve inspirar a juventude portuguesa e canadiana. (…) A sua carreira política e cívica é uma inspiração e um exemplo a ser seguido”, enfatizou o diplomata expressando votos para que o governante luso-canadiano, “continue a promover o relacionamento do Governo do Ontário” com Portugal e as comunidades lusófonas. Peter Fonseca nasceu em Lisboa em 1966, tendo emigrado com a família para o Canadá, em 1968. Concluiu dois graus académicos (Estudos Ingleses e Educação) e representou o Canadá nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996, como maratonista.

Desde 2003, foi eleito deputado no Ontário, pelo Partido Liberal. Na sequência da reeleição, em Outubro de 2007, Fonseca foi escolhido pelo primeiro-ministro do Ontário, Dalton McGuinty, para titular da pasta do Turismo do governo provincial. (pvc/lusa)

Publicada lei do Conselho das Comunidades Portuguesas

sexta-feira, dezembro 14th, 2007

Foi publicada a Lei n.º 66-A/2007, D.R. n.º 238, Série I, Suplemento de 2007-12-11Assembleia da República – que define as competências, modo de organização e funcionamento do Conselho das Comunidades Portuguesas.

Trata-se de um remendo a que se aplica o brocado que diz que é «pior a emenda do que o soneto».
O Conselho, que foi originariamente uma excelente ideia, perdeu todo o seu prestígio e transforma-se agora, de uma forma mais clara e evidente, num órgão governamentalizável.