Um grupo de partidos políticos de São Tomé e Príncipe defendeu ontem a normalização de relações diplomáticas com Pequim por considerar a China “um gigante comercial” capaz de ajudar o arquipélago a atingir um “desenvolvimento nacional sustentado”, numa conferência de imprensa da Confederação Democrática Nacional (CND) de São Tomé e Príncipe (um grupo formado por três partidos sem representação parlamentar).
Apesar de corte de relações diplomáticas há dez anos devido ao reconhecimento diplomático de Taiwan por parte das autoridades são-tomenses, o porta-voz da CND, Hamilton Vaz, disse que a “debilidade da produção interna” do país melhoraria com a China que poderia ajudar a resolver “de uma vez por todas” as crises energéticas e a falta de infra-estruturas públicas em São Tomé e Príncipe. Esta posição da CND surgiu após rumores de que o maior partido da oposição parlamentar são-tomense, o Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe – Partido Social Democrata, MLSTP-PSD, estaria também a apoiar uma iniciativa para a retoma das relações entre os dois Estados. Nesta equação, as riquezas petrolíferas ainda inexploradas do arquipélago africano desempenhariam um papel crucial.
A República Popular da China, em Maio de 1997, suspendeu as relações de mais de 20 anos com São Tomé e Príncipe por a ex-colónia portuguesa ter estabelecido relações diplomáticas com Taiwan, considerada como parte da China continental. MRA/Agências