Archive for the ‘Despedimentos’ Category

Bancos europeus eliminam 67 mil postos de trabalho desde início do ano

quinta-feira, agosto 25th, 2011

A retracção nas economias e a consequente quebra no negócio estão a levar os bancos, sobretudo os europeus, a reduzir o número de postos de trabalho. De acordo com dados da Bloomberg, desde início deste ano já foram anunciados cortes de 80 mil empregos a nível global, sendo cerca de 67 mil em instituições financeiras sedeadas na Europa e, destes, 40 mil anunciados só entre Julho e Agosto.

O fenómeno só encontra paralelo no auge da crise financeira de 2008, com a eliminação, entre Setembro desse ano e o final de 2009, de mais de 115 mil postos de trabalho na Europa. “É um banho de sangue e prevejo que as coisas fiquem ainda piores antes de começarem a melhorar”, afirmou Jonathan Evans, presidente da Sammons Associates, à Bloomberg.

Uma das áreas mais afectadas será a banca de investimento, dadas as fortes quebras no volume de negócios, numa altura em que os investidores continuam receosos e afastados do mercado.

Só nas últimas semanas cinco dos maiores bancos europeus anunciaram que irão avançar com reduções, tendo a mais expressiva sido a do britânico HSBC, que pretende eliminar 30 mil empregos. Seguem-se o UBS – que vai cortar 3.500 postos sobretudo na banca de investimento – o Barclays, que prevê eliminar 3.000, e Bank of Scotland e Crédit Suisse, cada um a anunciar o corte de 2.000 postos de trabalho.

MRA Alliance/DE

81 mil bancários despedidos em 2011 devido à crise global

domingo, agosto 7th, 2011

Desde o início do ano foram destruídos 200 mil empregos a nível mundial. O sector financeiro foi responsável pelo anúncio de 81 mil destes cortes, sendo que 65 mil serão contabilizados por instituições financeiras europeias.

Destaque para o gigante britânico HSBC que na segunda-feira informou o mercado de que até 2013 planeia eliminar 30 mil postos de trabalho, cerca de 10% da sua força laboral.

Também o Lloyds, liderado pelo português António Horta Osório, revelou no final de Junho que irá cortar 15 mil empregos da sua estrutura, cerca de 12,2% da força laboral, quando em Março e Abril tinha apenas anunciado o despedimento de 1.095 pessoas.

Desde o início da crise financeira, em meados de 2007, só estas duas instituições já anunciaram a eliminação de 77,3 mil postos de emprego.

Em Portugal o quadro é distinto e os números menos dramáticos. Nenhum dos grandes bancos anunciou uma onda de despedimentos. A Associação Portuguesa de Bancos (APB) coligiu dados segundo os quais a população bancária emagreceu 4% entre 2009 e 2010, passando de 59.224 funcionários para 56.844 entre despedimentos e reformas.

O BPI, entre 2007 e Junho de 2011 reduziu a base de colaboradores em 9,3% para 7.048 funcionários no final de Junho, tendência que deverá manter-se até ao final do ano. O banco liderado por Fernando Ulrich espera que 260 colaboradores peçam a reforma antecipada, permitindo ao banco poupar 12 milhões de euros por ano.

O BCP também cortou no número de funcionários entre Junho de 2010 e Junho deste ano. De acordo com dados do banco de Santos Ferreira, foram 469 o número de colaboradores que deixaram de ter vínculo contratual com o BCP neste período.

O BES não revela no documento de apresentação de resultados do primeiro semestre o número de cortes no pessoal realizados neste período, mas refere que “excluindo as novas consolidações e o efeito da integração dos colaboradores na Segurança Social, os custos operativos registam uma diminuição de 3,8%”.

MRA Alliance/DE

Patrões aplaudem corte do custo do despedimento para 10 dias

quinta-feira, julho 28th, 2011

Fonte do Ministério da Economia confirmou hoje que o Governo vai reduzir as indemnizações por despedimento para dez dias por cada ano de trabalho a partir de 2012. A informação surge numa altura em que se discutia a redução do valor do custo do despedimento de 30 para 20 dias para os novos contratos.

A diminuição dos custos de despedimento consta no memorando de entendimento celebrado com a ‘troika’ e vai abranger todos os contratos, novos e antigos, indicou a mesma fonte.

Aos microfones da TSF, o presidente da CIP, António Saraiva, não se mostrou surpreendido com a medida. “Já vem contemplada no memorando de entendimento que o País subscreveu com a troika”, disse, lembrando que a questão dos 10 dias “não estava quantificada”, muito embora o memorando referisse que a redução tinha de ser para a “média europeia”.

“Ou alteramos as leis laborais naquilo que elas nos afastam dos nossos concorrentes da União Europeia ou para outros onde os nossos produtos se destinam ou dificilmente produziremos factores de produtividade”, argumentou.

MRA Alliance/DE

Governo vai reduzir cargos dirigentes em 15% e indemnizações por despedimento para 20 dias

quarta-feira, julho 20th, 2011

O Conselho de Ministros aprovou hoje a redução de 15 por cento das estruturas orgânicas de cada ministério e ainda o número de cargos dirigentes superiores e intermédios, anunciou o secretário de Estado da Presidência, Marques Guedes, no final do encontro.«Este processo será finalizado no Conselho de Ministros de 26 de Outubro, que aprovará as leis orgânicas dos ministérios», acrescentou.

O gabinete também aprovou hoje a alteração ao Código de Trabalho que abre a porta à redução do valor das indemnizações por despedimento. O Governo garante que as novas regras serão apenas aplicadas aos contratos de trabalho assinados depois da entrada em vigor da nova legislação, em Setembro.

Incerto ainda é o futuro do novo fundo para despedimentos, também previsto no memorando da troika, e que implica um aumento dos descontos das empresas. O documento prevê que as indemnizações por despedimento ou por dispensa de contratados desçam de 30 para 20 dias de salário-base por ano trabalhado.

Numa primeira fase, a reforma deve apenas aplicar-se a contratos assinados depois da entrada em vigor da lei. Metade deste valor deve ser assegurado por um novo fundo, alimentado por contribuições das empresas (que podem chegar a 1% do salário do trabalhador). O objectivo é que o fundo garanta o pagamento de pelo menos metade da indemnização, o que nem sempre acontece.

MRA Alliance/Agências

Bruxelas exulta com mudanças no despedimento em Portugal

quarta-feira, janeiro 26th, 2011

A Comissão Europeia considerou hoje que as propostas do governo para alterar as regras de indemnização por despedimento “é um desenvolvimento positivo visto que demonstra que o governo português está determinado a avançar com as reformas anunciadas”.

Numa reacção do gabinete do comissário Olli Rehn, responsável pelos assuntos económicos e monetários, o porta-voz Amadeu Altafaj nota porém que “ainda nada foi decidido” e que se tratam de “propostas aos parceiros sociais que levarão tempo até ser implementadas”. Por isso vão esperar pela sua “adopção e comunicação formal” à Comissão para se pronunciarem em detalhe. Há já algum tempo que Bruxelas vem reclamando medidas neste sentido.

Bruxelas reage assim à intenção do Governo em reduzir, de 30 para 20 dias por cada ano de trabalho, as indemnizações por despedimento, impondo um tecto máximo para a compensação de 12 meses de salário. A medida só se aplicará aos novos contratos de trabalho.

MRA Alliance/DE

Governo e autarquias preparam-se para dispensar 16 mil precários

domingo, maio 31st, 2009

A Administração Pública poderá dispensar 16 mil trabalhadores contratados a recibo verde, noticia o “Correio da Manhã”. O diário lisboeta acrescenta que “os sindicatos temem uma nova vaga de despedimentos, após terem tido conhecimento de contratação de empresas privadas para substituir os precários.”

O SINTAP – Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública – refere que os  trabalhadores da Administração Central e do Poder Local naquela situação já estão a receber cartas de cancelamento dos contratos.

MRA Alliance/CM 

EUA: Despedimentos na Caterpillar sobem para 25 mil

quarta-feira, março 18th, 2009

A construtora norte-americana de bulldozers e escavadoras Caterpillar anunciou que vai despedir mais 2.454 trabalhadores, elevando para 25 mil os empregos a eliminar a nível mundial, anunciados no início do ano. Os novos despedimentos vão atingir cinco fábricas norte-americanas. A unidade fabril de Jefferson, no Estado da Geórgia, será encerrada.

Segundo o comunicado da empresa, as medidas pretendem «adaptar os níveis da produção aos da procura». Os despedimentos serão realizados entre Maio e Junho. A Caterpillar admitiu que aquele número pode aumentar caso a recessão económica se prolongue.

 MRA Alliance/Agências 

DHL acelera falência do subsídio de desemprego em Wilmington (Ohio)

sábado, novembro 15th, 2008

A DHL anunciou esta semana que vai despedir 9 500 trabalhadores nos Estados Unidos, 700 dos quais em Wilmington, Ohio, provocando uma reacção em cadeia nas empresas que dependem da multinacional do correio expresso. A medida poderá gerar cortes de 60% dos empregos na cidade e levar à falência o fundo de desemprego local, em Dezembro próximo, se o governo federal mão tomar medidas urgentes, para atenuar o agravamento da situação económica no estado e no país. Actualmente estão em risco 7 000 empregos numa cidade com 12 000 habitantes, onde opera um dos maiores centros logísticos da DHL.

A notícia, publicada na edição electrónica do jornal Cincinatti Enquirer (13/11/2008), precisa que a média do subsídio semanal de desemprego na região foi de USD 306, em Setembro. “Todavia, o número de pedidos de subsídios de desemprego está a aumentar exponencialmente.” No Ohio, em 1 de Novembro, o número de pedidos aumentou 55% comparativamente à última semana de Outubro, com 21 324 novos desempregados.

A recessão económica, nos últimos dois meses, eliminou 500 mil empregos nos Estados Unidos.

MRA Dep. Data Mining

pvc

OIT: Desempregados poderão chegar aos 210 milhões no final de 2009

segunda-feira, outubro 20th, 2008

A crise financeira poderá levar a um aumento em 20 milhões do número de desempregados no mundo inteiro até ao final de 2009, alertou hoje o director da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Juan Somavia. As estimativas da OIT indicam que “o número de desempregados pode passar de 190 milhões em 2007 para 210 milhões no final de 2009”, disse Somavia numa conferência de imprensa, em Genebra. A população de trabalhadores pobres vivendo com menos de um dólar por dia pode aumentar em 40 milhões e a dos que vivem com dois dólares por dia em mais de 100 milhões, acrescenta a OIT. Juan Somavia disse que as projecções “podem pecar por defeito se os efeitos do actual abrandamento do crescimento económico e da ameaça de recessão não forem rapidamente combatidos”. MRA Dep. Data Mining

Starbucks vai encerrar 600 coffee-houses desconhecendo-se os planos para Portugal

quarta-feira, julho 2nd, 2008

A cadeia de cafés Starbucks, Seattle, EUA, supreendeu o mercado ao anunciar que, em lugar das 100 inicialmente previstas, irá encerrar 600 das 7 100 lojas nos EUA (- 8.5%) e despedir 12 000 empregados devido à crise do consumo. A franquia global tenta desta forma reduzir custos e amortizar no próximo balanço trimestral activos não lucrativos no montante de USD 200 milhões. Nos últimos 12 meses as acções da empresa caíram cerca de 40%. “O actual ambiente de negócios é o pior na história da companhia. A queda dos preços imobiliários, os custos crescentes da energia e dos consumíveis da marca – produtos alimentares e outros – estão a ter um impacto negativo nos nossos consumidores”, disse Howard Schultz, co-fundador, presidente e CEO da multinacional. A Starbucks que opera em 44 países, previa no início do ano juntar Portugal e a Bulgária ao seu universo global. Schultz declarou no primeiro trimestre de 2008, que a empresa planeava focalizar as actividades na Europa diminuindo, simultaneamente, o ritmo de abertura de novos cafés nos Estados Unidos. Fora do país de origem, a Starbucks contava abrir em 2008 mais 975 lojas, num investimento total superior a 700 milhões de euros. O DN, há uma semana, revelou que “a Starbucks já está a contratar pessoal em Portugal com vista à abertura da primeira loja, cujo local ainda não é conhecido.” Actualmente com cerca de 16 mil unidades espalhadas pelo Mundo, a Starbucks arrancou em 1971. Em 1992, quando passou a ser cotada em bolsa, a rede detinha apenas 165 lojas. No final do primeiro trimestre de 2008 obteve 108,7 milhões de dólares de lucros, uma reducção de 28% face a idêntico período de 2007. O expansionismo agressivo da empresa a nível mundial e os decepcionantes resultados levaram ao despedimento, em Janeiro passado, do CEO Jim Donald e ao regresso de Schulz ao cargo, após um hiato de oito anos.

MRA Dep. Data Mining

Siemens vai despedir 15 mil trabalhadores a nível mundial, diz Handelsblatt

quarta-feira, junho 25th, 2008

A Siemens vai cortar entre 10 e 15 mil empregos nas áreas de administração, vendas e marketing, afirmou hoje o jornal económico alemão Handelsblatt, referindo fontes sindicais. A empresa, que tem mais de 400 mil funcionários, afirmou que visa reduzir custos administrativos em € 1,2 mil milhões/bilhão (mm/bi) até 2010, mas não tomou ainda decisões definitivas. A Siemens não comentou a notícia. Porém, informou que dará oportunamente mais detalhes sobre os despedimentos e o redimensionamento das suas operações.

MRA/Siemens/Agências

Analistas prevêem novas vítimas do «lixo tóxico/subprime» na banca americana

sexta-feira, novembro 9th, 2007

O desespero do colapso financeiro nas bolsasAs recentes renúncias dos titulares dos grupos bancários Citigroup e Merrill Lynch poderão ser as primeiras de uma série de “liquidações de activos/ executivos” provocadas pela crise hipotecária nos Estados Unidos, na opinião de diferentes analistas económicos americanos entrevistados pela BBC Brasil. Charles Prince, do Citigroup, renunciou na semana passada. O banco registou uma quebra de 57% nos lucros do último trimestre. A crise no Merrill Lynch culminou com o despedimento do CEO, Stan O’Neal, após perdas de USD 2 mil milhões/bilhões (mm/bi). As principais causas das quebras nos lucros estão associadas aos volumosos incumprimentos dos créditos hipotecários de alto risco, ou ”subprime”, concedidos a mutuários com fraco histórico de compromissos creditícios. ”Certamente novas cabeças poderão rolar. Centenas de milhares de milhões (bilhões) de dólares foram perdidos”, afirmou Chris Lowe, economista-chefe da First Tennessee Capital Markets. O economista estima que um total de um milhão de biliões (um trilhão) de dólares americanos (USD) tenha sido contraído em dívidas ligadas ao setor hipotecário de alto risco, conhecidas no meio como “lixo tóxico”. As perdas totais poderão chegar aos USD 250 mm/bi. Lowe acha que até agora apenas 1/5 (20%) desse crédito mal parado foi assumido como prejuízo real nos balanços dos bancos. (pvc)

EUA: Desemprego mantém-se nos 4,7% em Outubro, apesar dos 166 mil novos postos de trabalho

sábado, novembro 3rd, 2007

Babyboomers, Segurança Social e Desemprego

O número de postos de trabalho líquidos criados nos Estados Unidos em Outubro de 2007 foi de 166 000, acima das previsões (93 000), mas o índice de desemprego manteve-se nos 4,7% da população activa, informou ontem o Departamento de Trabalho, em Washington, D.C., U.S.A.

Os números e a metodologia

Centro de emprego EUANo entanto, os números do Governo também mostram que cerca de 250.000 pessoas deixaram de procurar trabalho. Para as estatísticas oficiais do emprego nos EUA contam apenas as pessoas que estão a trabalhar ou as que, tendo perdido o emprego, procuram uma nova actividade laboral. Quando um trabalhador por conta de outrém ignora a oferta de empregos, após seis meses, é eliminado das estatísticas federais e estaduais de desemprego. Assim, o relatório do governo estadunidense mostra que, entre Outubro de 2006 e 2007, o número de pessoas empregadas caiu de 146,125 milhões para 146 milhões (- 125 mil assalariados). A empregabilidade, no mesmo período, baixou de 63,6% para 62,7% (- 0,9%) e o número de desempregados aumentou. De 6,272 milhões passou para 7,245 milhões de pessoas (+ 973 mil pessoas desempregadas). Perante estes factos, causa alguma perplexidade que os media americanos e as agências estrangeiras, como a espanhola EFE, considerem que “o forte lucro líquido de empregos em Outubro e os dados sobre as remunerações” levem os analistas a concluir que “apesar da crise no sector imobiliário, iniciada há quase um ano, os Estados Unidos evitarão uma recessão económica.”

Sectores “empregadores” e “desempregadores”

Nos Estados Unidos, em Outubro, o sector fabril e a construção civil (pelo efeito da crise imobiliária) foram os principais sectores destruidores de emprego. Em contrapartida, os geradores de novos postos de trabalho foram no sector público, as escolas e os serviços de saúde. No sector privado, os principais empregadores foram os serviços empresariais, as empresas de outsourcing/pessoal temporário e a hotelaria/restauração. A remuneração horária média subiu três centavos (0,2%) em Outubro, para USD 17,58. Nos últimos 12 meses, aquele valor registou um crescimento de 3,8%.

Desemprego: comparação entre Estados Liberais e Estados Providência

O sector do emprego/desemprego, segundo a OCDE, é aquele onde as diferenças e vantagens/desvantagens são mais gritantes. Os países com sistemas sociais de orientação neoliberal, como os EUA e a Grã-Bretanha, praticam políticas de acentuados cortes e restrições de benefícios sociais com o argumento de que é a forma mais eficaz de desencorajar a dependência, o oportunismo económico e a preguiça laboral, forçando a população activa a procurar emprego e a receber menos subsídios, por períodos de tempo mais curtos. Ao contrário, os Estados Providência, como a França e a Alemanha, orçamentam nos seus gastos públicos generosos subsídios, entre outros benefícios sociais, sendo criticados pelos liberais de promover o desemprego e da inflecxibilidade dos seus mercados de trabalho. Enquanto um americano recebe apenas 6% do salário médio que usufruiu durante 60 meses (5 anos) um francês recebe 68%.

(pvc/OG’s/Agências)

“Patrão” da Merrill Lynch despedido após prejuízos de USD 7,9 mm/bi no 3.º trimestre

segunda-feira, outubro 29th, 2007

Merrill Lynch - LogoMerrill Lynch, um dos maiores bancos globais, já tomou a decisão de demitir o seu presidente do conselho de administração (CEO, em inglês) informou hoje o diário britânico Times. Stan O’Neal não conseguiu resistir à pressão do conselho de administração do conglomerado financeiro para retirar as consequências dos USD 7,9 mil milhões/bilhões (mm/bi) de prejuízos contabilizados no terceiro trimestre, resultantes da crise hipotecária americana e do aperto do crédito no mercado interbancário, desde Agosto. O seu afastamento será oficialmente comunicado logo que seja designado um substituto que tanto poderá já pertencer aos quadros, como ser recrutado externamente.

Porém, segundo o jornal, a gota de água que fez transbordar o copo foi a revelação de que Stan O’Neal - CEO Merrill LynchO’Neal teria estabelecido um acordo secreto para uma fusão com o banco Wachovia, que não comunicou aos seus pares. “O’Neal telefonou ao presidente do Wachovia Bank, Ken Thompson, propondo-lhe uma possível fusão cujo valor combinado ascenderia a USD 140 mm/bi. A liderança do novo banco caberia ao Wachovia, que tem o dobro da dimensão do Merril”, refere o artigo. Um dos principais executores de O’Neal terá sido, segundo o jornal, o multimilionário cubano-americano, Armando Codina, fiel aliado do presidente George W. Bush e presidente da comissão de nomeações e governança corportativa do Merrill Lynch.

Stan O’Neal rescindirá o contrato por um valor que rondará os USD 160 milhões. Estima-Milhões USD para compensar gestão ruinosase que, durante os cinco anos em que exerceu o cargo, terá sido remunerado com um montante idêntico. Na sua carteira de investimentos, O’Neal é titular de acções nominativas e opções de compra abaixo do par, que segundo as últimas cotações deverão engordar o seu património financeiro em mais USD 120 milhões. (pvc)