Archive for the ‘Desemprego’ Category

Portugal: Consumo privado vai ter contracção histórica

quarta-feira, agosto 17th, 2011

As previsões do Governo apontam para uma quebra acentuada do consumo privado, noticia hoje o Diário Económico. A economia portuguesa vai registar, este ano, uma quebra de 4,5% no consumo privado e de 3,3% no próximo, de acordo com as previsões do próprio Executivo.

O Estado é obrigado a conter gastos – é necessário cumprir a meta de 5,9% de défice em 2011, mesmo depois do desvio de dois mil milhões de euros detectado nas contas públicas deste ano -, por isso, nem o consumo, nem o investimento público podem funcionar como alavanca da economia.

E com os consumidores a optarem por alocar os aumentos de rendimento disponível à poupança – no primeiro trimestre do ano o rendimento disponível aumento 0,7%, mas o consumo privado só aumentou 0,4% – as empresas têm menos procura para os seus produtos e serviços no mercado interno e só lhes resta apostar nas exportações para evitar a falência. Ainda assim, 500 empresas fecharam portas mensalmente ao longo do primeiro semestre, um aumento de 10% face ao mesmo período do ano anterior.

Consequentemente, o desemprego aumenta e as famílias tornam-se ainda mais cautelosas nos seus gastos. As previsões apontam que Portugal chegue a 2012 com uma taxa de desemprego de 13,2%. O próprio ministro das Finanças já reconheceu que o desemprego vai continuar a penalizar as famílias: “Só a partir de 2013, o desemprego começará a decrescer e, ainda assim, lentamente”.

MRA Alliance

Da apendicite grega ao tumor hispano-italiano

quarta-feira, agosto 10th, 2011

A bolsa nova-iorquina interrompeu ontem um ciclo de quedas consecutivas, ao fechar com valorizações de mais de quatro por cento nos principais índices. Pouco antes do fecho da sessão, aconteceu a repentina valorização após a Reserva Federal (Fed) norte-americana ter anunciado que manterá as taxas de juro de referência próximas de zero por mais dois anos.

Entre os índices de referência, o Nasdaq Composite Index, que agrega empresas de base tecnológica, foi o que mais disparou: 5,295 por cento (para 2,482.520 pontos). O índice Standard and Poor’s 500 Index cresceu 4,741 por cento (para 1,172.530 pontos) e o industrial Dow Jones avançou 3,977 por cento (para 11,239.770 pontos).

Porém, o dia foi marcado por uma acentuada volatilidade nas bolsas europeias e norte-americanas. Wall Street abriu positiva, mas o disparo só foi visível no final da sessão, após o anúncio do Fed.

Imediatamente a seguir à divulgação da notícia, os mercados reagiram com apetite pelo risco. O Nasdaq subia pouco mais de um por cento, o índice S&P 500 valorizava 0,2 por cento e o Dow estava em terreno negativo. Os minutos finais da sessão foram determinantes para a recuperação.

Mas a recuperação de ontem será de curta ou de média duração? Em nossa opinião, os fundamentais das economias nacionais e das empresas cotadas nas bolsas dos dois lados do Atlântico não enganam: estamos na antecâmara de uma nova fase da crise sistémica de que temos vindo a falar, desde 2007 (ver  exemplos aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, ou aqui).

Contrariamente à reacção de ontem das bolsas norte-americanas, outras praças indicam que entraram no território dos mercados recessivos (bear market). Em Londres, o índice de referência FTSE 100 recuou 20%, desde Fevereiro. De 6091 pontos escorregou para 4855 pontos. O mesmo aconteceu em Hong Kong. O índice Hang Seng recuou 23% desde o último máximo, registado em 8 de Novembro passado.  Idêntica situação aconteceu na brasileira Bovespa  (-31%). Por outro lado, refira-se que o entusiasmo de ontem nas praças americanas está ensombrado pela acelarada perda de 18% nas cotações do índice S&P 500 registada nos últimos meses…

A decisão da agência de rating Standard & Poor´s de baixar a notação da dívida norte-americana de AAA para Aaa, na sexta-feira, na sequência do recente aumento, pelo Congresso, do tecto da dívida federal acima da fasquia de USD 14,3 trillion, apesar de ter precipitado a presente situação, é apenas mais um episódio do colossal descontrolo financeiro norte-americano. A crise não está controlada. Longe disso.

A decisão do Fed agora anunciada de manter as taxas de juro próximas de zero até 2013 é tudo menos uma boa notícia. Dinheiro fácil e escandalosamente barato é mau conselheiro. É um viveiro de bolhas especulativas. Das dotcom às hipotecas subprime insistimos em trilhar um caminho perigoso. De bolha em bolha até à definitiva implosão do sistema financeiro global. Sem pretendermos ser exaustivos, propomos uma olhada sobre os sinais. Alguns têm tanto de elucidativos como de preocupantes:  

  • Na bolsa de futuros Comex, após o anúncio do Fed,  as posições relativamente aos contratos de ouro subiram 1,8%,  fixando-se no novo recorde histórico de  1740 dólares a onça;
  • O banco J.P. Morgan emitiu ontem uma nota segundo a qual a cotação do ouro deverá atingir os 2500 dólares a onça até ao final do ano, enquanto o Goldman Sachs prevê que esteja nos 1730 dólares dentro de seis meses e nos 1900 dólares dentro de 12 meses;
  • O metal amarelo prossegue a sua escalada enquanto activo à prova de crises. Continua a ser o refúgio mais seguro que o dinheiro pode comprar nos tempos que correm. Esta opinião é partilhada por alguns governadores de importantes bancos emissores;
  • Nos dois últimos meses, o banco central da Coreia do Sul comprou 25 toneladas de ouro, aumentando em 17 vezes as suas reservas de metal amarelo. No mesmo período, também o banco central da Tailândia aumentou as suas reservas de ouro em 15,5%, tendo passado de 3523 milhões de onças, em Maio, para 4,07 milhões, em Junho. No princípio do ano, a Tailândia já adquirira 9,3 toneladas de ouro. A Rússia comprou 41,8 toneladas e o México 99,2 toneladas. A China anunciou no início do ano que pretende, até 2020, aumentar drasticamente as suas reservas de ouro.   Das actuais 1054 toneladas quer chegar às 8-10 mil toneladas;
  • Os juros implícitos (yield)  dos títulos dos EUA a dez anos baixaram de 2,32% para 2,28%, entre segunda e terça-feira;
  • Até agora, perante a visível deterioração do clima económico nos sete países mais industrializados (G7) e a profunda crise das dívidas soberanas europeias,  a maioria dos investidores e especuladores comprava, devido ao risco quase inexistente,  títulos do tesouro americano na expectativa de que se valorizassem. Porém, se em vez disso eles se depreciarem, como já está a acontecer,  tal pode significar que a bolha do mercado das obrigações norte-americanas está prestes a rebentar. As consequências serão trágicas para a economia global;
  • Desde 24 de Julho, o pânico generalizado em todos os mercados mundiais gerou perdas globais de USD 8,1 trillion (mais de metade do PIB dos EUA). Este valor  corresponde  a 14,8% da capitalização bolsista do mundo;
  • Em apenas cinco anos (2008-2012), o montante das obrigações de dívida vencidas, emitidas pelo Tesouro norte-americano, atingirá o gigantesco volume de USD 5,6 trillion.   A totalidade do crescimento da dívida do país, entre 1776 (ano da declaração de independência) e 2008, foi de 4,6 trillion. Obama vai ultrapassar em apenas cinco anos o que o conjunto dos seus 43 antecessores fez em… 232 anos!!!
  • O custo global das ajudas financeiras aos bancos e empresas financeiras dos EUA e da Europa, desde 2008, na realidade, ascende a quase USD 24 trillion, segundo a estimativa de Neil Barofsky, o inspector-geral do TARP (Troubled Asset Relief Program), o mega programa de resgate aprovado pela administração Bush e continuado pela administração Obama. Se compararmos este número com o do défice reconhecido pelo Tesouro (USD 14,7 trillion) ficamos com uma ideia mais realista da enormidade dos problemas a resolver quando for apresentada a factura para liquidação; 
  • Se tivermos em conta que o rácio dívida/PIB da Grécia já atingiu os 150%, e que os EUA estão a caminho de ultrapassar rapidamente a psicológica barreira dos 100%, as perspectivas para o biénio 2012-2013 são ainda mais negras. Os efeitos sobre a evolução do crescimento e do emprego serão devastadoras. Também o dólar, enquanto reserva cambial mundial,  terá o seu canto do cisne;

E o que nos reserva a Europa dos 17 (Zona Euro),  ou dos 27 (UE)? Será que o sonho europeu, idealizado nos anos 50 pelo eixo Bona-Paris, poderá, meio século depois,  vir a transformar-se no pesadelo do eixo Berlim-Paris? A prazo é bem possível. Para já, é avisado estarmos preparados para o pior (desintegração da UE e fim do euro).

Os altos dirigentes dos países membros mais ricos e a elite dos eurocratas têm pautado a sua actuação pela incapacidade de gerar consensos, de elaborar discursos coerentes, de afirmar um projecto europeu credível e sustentável e de ter a noção dos timings certos para agir.

Se no debate sobre a subida do tecto da dívida federal, os congressistas norte-americanos e o Presidente Obama deram aquele risível espectáculo de marcar o golo (chegar a acordo) no período de descontos (praticamente no fim do prazo), o que dizer dos líderes europeus? Com os sucessivos avanços e recuos e os constantes desmentidos das promessas feitas na véspera, uns e outros colocaram a Europa a jeito da voracidade vampírica dos mercados (leia-se especuladores).

O que ontem era uma simples apendicite grega, passou hoje a ser um desconfortável pólipo luso-irlandês, o qual, num futuro próximo, ameaça evoluir para um fatal carcinoma hispano-italiano. 

Deste lado do Atlântico, os meteorologistas da política e do dinheiro têm o dedo no botão de alerta de tsunami, atentos a alguns sinais dos chamados “mercados”:

  • Um editorialista do Financial Times escreveu ontem que o futuro da Europa depende da qualidade da defesa da Espanha e da Itália pelo triunvirato UE/BCE/FMI.
  • Embora  Madrid tenha apresentado “bons resultados” no combate ao défice e na flexibilização do mercado de trabalho, o articulista elege como positivo o facto de registar um superávit primário e de os seus empréstimos terem maturidades confortáveis. Como aspecto negativo é sublinhado o elevado peso da dívida (a terceira maior da Zona Euro), as tímidas medidas de combate ao défice e a crónica incapacidade do governo Berlusconi para fazer crescer a economia,  melhorar a capacidade  competitiva e combater o excesso de burocracia;
  • Esta análise, em nossa opinião,  peca por benigna já que passa ao lado de uma variável essencial da equação – a estratégia dos especuladores e as ferramentas de que dispõem para desestabilizar qualquer economia ou moeda, independentemente do seu peso e dimensão;
  • A manipulação pelos especuladores (privados e institucionais) de instrumentos derivativos, designadamente os famigerados seguros de incumprimento financeiro – Credit Default Swaps (CDS) -, levou à falência do banco Lehman Brothers, à nacionalização da seguradora AIG, à insolvência da Islândia e a severas crises cambiais nos anos 90 que atiraram para as cordas as moedas da Rússia, da Malásia, da Coreia do Sul, do México e por aí fora;
  • Ninguém sabe ao certo qual o montante global dos tóxicos CDS que infectam os balanços de sonantes nomes da banca europeia – do germânico Deutsche Bank, ao britânico Barclays, ao francês Paribas, passando pelo espanhol Santander e pelo italiano Unicredit – mas diversos especialistas dividem-se entre estimativas estratosféricas (trillions ou quadrillions);  
  • Certo é que, contrariamente ao que tem sido vertido em muitas páginas de jornais e revistas especializadas, existe o perigo real de um ou mais bancos europeus de grande dimensão poderem vir a ser atacados pelo vírus Lehman Brothers. Quando chegar a hora, lembrem-se  de trautear “Don’t cry for me Argentina”;
  • A França, para alguns inesperada e injustamente, está na berlinda desde sexta-feira, dia em que a S&P despromoveu a qualidade da dívida norte-americana. Comparativamente a outros países com notações triple A, os juros implícitos, os CDS e os níveis do défice que afectam a economia gaulesa são variáveis consideradas excessivas pelas maiores agências de rating;
  • Na próxima sexta-feira, a França publicará dados estatísticos sobre o crescimento da economia no segundo trimestre. A generalidade dos analistas prevê números desanimadores da ordem dos 0,2%, ou seja 0,7% abaixo do valor registado no primeiro trimestre;
  • Caso se confirmem as previsões, as campainhas de alarme alertarão para a dificuldade de a França conseguir, em 2013, atingir a prometida meta de reduzir o actual défice (7,15% do PIB) para menos de 3%;
  • O facto de os CDS sobre a dívida francesa serem superiores aos pagos pelos compradores de dívida emitida pelas autoridades do Peru, Indonésia, África do Sul e da República Eslovaca é motivo de preocupação não apenas para o governo francês. As lideranças da UE, do BCE e do FMI receiam que a equacionável perda pela França da notação AAA possa pôr em causa toda a arquitectura do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e inviabilizar futuros resgates;
  • De  resto, os recursos do FEEF (750 mil milhões de euros) são considerados insuficientes para fazer face às necessidades prováveis dos resgates. Chegam para atender o conjunto dos actuais três “clientes” – Grécia, Irlanda e Portugal e eventualmente de Chipre.  Caso a Espanha ou a Itália sejam forçadas a usá-lo precisaria de ser generosamente recapitalizado.  De resto, há mesmo quem pense que o resgate da terceira e da quarta economias da UE, a Itália e a Espanha respectivamente, necessitaria de um novo Plano Marshall, mas agora com a inclusão dos países emergentes do G20 (China, Índia, Brasil, Arábia Saudita, etc.);
  • Para apimentar o cenário, o mês de Setembro promete ser crítico. A troika irá a Atenas fazer a avaliação de desempenho do governo na aplicação dos programas de resgate em curso e em fase de implementação. A instabilidade política e social em que a Grécia está mergulhada faz temer a obtenção de resultados aquém dos desejados pelos credores, com efeitos negativos na evolução da crise europeia;
  • Na Alemanha, a Chanceler Merkel enfrenta uma resiliente frente de forças políticas e de individualidades da coligação que lidera (CDU/FDP) que discordam abertamente dos acordos pró-resgate por ela validados em Bruxelas. O regresso de férias dos deputados do Bundestag promete acessos debates.
  • Conhecida a sua propensão para o “nim”, bem como para protelar até ao limite decisões urgentes, a senhora Merkel poderá viver dias difíceis e voltar a dar sinais errados aos mercados de dívida. Qualquer sinal de instabilidade e de laisser-faire dado pela Alemanha pode complicar ainda mais as já ténues possibilidades de controlo da situação;
  • Também em Setembro, algumas “cajas de ahorros” espanholas irão ao mercado tentar obter empréstimos. Num cenário de eleições antecipadas, de escalada dos juros da dívida soberana e de insuficientes taxas de crescimento económico, para além de uma elevada taxa de desemprego (superior a 20%), este segmento da banca espanhola terá uma missão espinhosa e de resultados duvidosos;

Se, como tudo indica, nada de enérgico e proactivo for feito, em Agosto, pelos líderes europeus que ditam as políticas da UE – Merkel e Sarkozy – chegaremos a Setembro com uma situação mais degradada. Talvez irremediavelmente…

Nesse caso, e se persistirem os ataques especulativos contra as dívidas espanhola e italiana, com uma insustentável subida das taxas de juro e dos CDS, o último trimestre promete ser um osso duro de roer.

Neste momento, ninguém, do BCE ao FMI, passando por outras instituições de idêntico calibre, dispõe de recursos para resgatar financeiramente países como a Espanha e a Itália. Se tal for imperativo, como vão os mandantes da economia mundial resolver o problema?

A resposta é simples. Ninguém sabe. Nem eles…

Pedro Varanda de Castro, Consultor

MRA Alliance

Desemprego na Alemanha sobe para 7%

quinta-feira, julho 28th, 2011

A taxa de desemprego na Alemanha subiu em Julho 0,1%, passando para 7%, o que representa uma melhoria face aos 7,6% registados no ano passado, com o número de desempregados a aumentar para 2,939 milhões mais 46 mil do que no mês anterior. O desemprego homólogo (comparação com igual mês do ano anterior) registou, no entanto, menos 247 mil pessoas sem trabalho, informou hoje, em Nuremberga, a Agência Federal do Trabalho (BA).

Apesar da inversão da tendência de descida do desemprego, que se deve a razões sazonais, o mercado de trabalho na Alemanha “continua em boa situação”, disseram os peritos da BA, em comentário aos novos números.

Portugal é o quarto país da OCDE com maior taxa de desemprego

quarta-feira, junho 15th, 2011

Portugal registou uma taxa de desemprego de 12,6 por cento, em abril, segundo os dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Mais desempregados só Espanha, com uma taxa de 20,7 por cento, Irlanda, com 14,7, e Eslováquia, com 13,9. O desemprego na zona euro manteve-se estável até abril, nos 9,9 por cento. Entre as 34 economias da OCDE, o valor baixou para os 8,1 por cento, com 44,1 milhões de desempregados.

Segundo os mesmos dados, entre as 34 economias do grupo, Portugal foi o segundo país onde o desemprego mais se agravou ao longo deste ano, ao subir 1,7 pontos percentuais. Ainda entre os 34 da OCDE, não se registava uma descida do desemprego como no mês de abril, desde 2007. Apenas os Estados Unidos, o Japão, o Luxemburgo, o México e a Eslovénia registaram subidas. Nos dados apresentados não estão incluidos alguns países como a Grécia, Islândia, Reino Unido ou Suíça.
MRA Alliance/Agências

Quase 24 mil portugueses emigraram em 2010

segunda-feira, junho 13th, 2011

No ano passado, o número de portugueses que procurou melhores condições de vida fora de Portugal foi o segundo maior da década, segundo o Diário Económico. O jornal refere que 23.760 cidadãos nacionais abandonaram o país em busca de melhores oportunidades no estrangeiro.

No ano passado, por cada português que saiu do País à procura de trabalho, houve um estrangeiro que chegou com o mesmo objectivo. Um ano antes, o rácio era de dois imigrantes estrangeiros por cada emigrante português. De resto, em 2010 houve mesmo uma quebra recorde no número de imigrantes que vieram para Portugal.

Em 2010, entraram em Portugal 27.575 imigrantes, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), referentes à população residente (10.636.979) e que indicam uma quebra de 734 indivíduos – o primeiro recuo desde 2002. Este é o fluxo de entradas mais baixo da última década.

Segundo as contas do jornal, trata-se do segundo maior fluxo desde o início do milénio – superado apenas pelas 26.800 saídas registadas em 2007.

A crise explica as quebras passadas e a tendência futura. Nos próximos anos, marcados pela austeridade e pela falta de postos de trabalho, dificilmente o País conseguirá atrair mais imigrantes e evitar um aumento da emigração, sobretudo entre os mais jovens e com maiores qualificações.

MRA Alliance

Apesar do crescimento do desemprego Estado paga menos subsídios

segunda-feira, maio 23rd, 2011

Em apenas um ano, registam-se mais 41.200 desempregados no País, em termos comparáveis. Mas a escalada da taxa de desemprego, que com uma nova metodologia já atingiu os 12,4%, não foi acompanhada pelo aumento dos gastos da Segurança Social, como é comum. Antes pelo contrário: as medidas de austeridade já estão no terreno e os gastos caíram 66,9 milhões de euros, mesmo em tempo de crise. Cortar o défice é a palavra de ordem. Segundo as contas do Diário Económico estes são os principais resultados dos primeiros quatro meses:

1 – Apoios sociais cortados
A despesa com prestações sociais caiu 1,1% nos primeiros quatro meses do ano, quando comparados com o mesmo período de 2010. As várias alterações nas regras de atribuição destes apoios públicos, implementadas no Verão do ano passado, contribuíram para a queda. Por exemplo, desde Julho que os desempregados são obrigados a aceitar colocações por salários mais baixos; foi imposto um tecto líquido no subsídio de desemprego correspondente a 75% do salário de referência; e o acesso a este apoio obriga a pelo menos 15 meses de contribuições (em vez de 12). Em Agosto entrou em vigor a Lei da Condição de Recursos, que apertou as regras de atribuição das prestações sociais.

2 – Salários reduzidos
As despesas com pessoal do Estado – que incluem salários e contribuições – caíram 6,9% de Janeiro a Abril deste ano, quando comparadas com o mesmo período de 2010. Só os gastos com as remunerações certas e permanentes recuaram 6,3% no mesmo período. O corte nas despesas com funcionários resulta da redução média de 5% dos salários na função pública e da redução progressiva do número de trabalhadores – duas medidas de austeridade determinantes para a redução do buraco das contas públicas.

3 – Receita fiscal sobe 16,8%
A receita fiscal cresceu 16,8% até Abril, face ao mesmo período do ano passado, impulsionado por uma subida de 33,3% dos impostos directos – IRS e IRC – e por um acréscimo de 9,2% nos impostos indirectos – IVA, ISV, entre outros. O IRC teve o crescimento mais expressivo, com 35,6%, que resulta da receita gerada com a tributação de dividendos em Janeiro, do aumento da receita bruta e da diminuição de reembolsos face ao período homólogo. O IRS, subiu 30,7%, devido à alteração dos prazos de entrega do IRS que adiaram o pagamento de reembolsos. No IVA, a subida foi de 20,2%, fruto do aumento das taxas em Julho do ano passado.

4 – Despesa do SNS cai 5,4%
A despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) recuou 5,4% nos primeiros quatro meses. Os dados mostram que o saldo global do SNS apresenta um défice de 13,5 milhões de euros, valor que compara com o défice de 157,2 milhões registado em Abril do ano passado. A quebra da despesa foi influenciada pela redução dos gastos com pessoal (- 6,1%) e dos subcontratos (-6,8%). No sector do medicamento, a quebra é ainda mais significativa. Fruto das medidas implementadas em 2010, os gastos do Estado com remédios vendidos nas farmácias caíram 19,6% para 453,7 milhões de euros.

MRA Alliance

Desemprego cresce em Portugal e diminui na Europa

terça-feira, março 15th, 2011

O emprego desacelerou em Portugal, ao passo que a União Europeia está a registar uma ténue recuperação. De acordo com dados do Eurostat divulgados hoje, o emprego em Portugal registou uma variação negativa de 0,6% no quarto trimestre de 2010, face ao trimestre anterior. Na União Europeia, aumentou 0,1%.
Portugal ocupa o terceiro lugar entre os países da União onde o emprego mais recuou, tanto em relação ao trimestre anterior, como em relação ao período homólogo.

Segundo organismo de estatísticas da europeu, há já quase 222 milhões de desempregados no território dos 27, mais de metade (144,8 milhões) concentrados na Zona Euro.

São precisos anos para o desemprego voltar aos “níveis normais”, diz Bernanke

quinta-feira, fevereiro 3rd, 2011

Ben BernankeTêm de se observar bons dados sobre o crescimento do emprego durante mais tempo para se poder dizer que há uma recuperação económica. É esta a ideia do presidente da Reserva Federal (Fed), Ben Bernanke, que acrescentou que podem ser precisos anos para regressar a um nível de desemprego adequado.

“Com o crescimento da produção a ser moderado e com as empresas relutantes no que diz respeito a contratar mais trabalhadores, vão ser precisos mais anos antes de a taxa de desemprego voltar a níveis normais”, referiu Bernanke num discurso aos jornalistas.

Isto porque, apesar da recuperação iniciada em 2009 se ter fortalecido nos últimos meses, o crescimento não tem sido suficiente “para uma melhoria significativa no mercado de trabalho”.

As afirmações acontecem um dia antes da publicação dos números de emprego referentes à semana passada e que, segundo a Bloomberg, vão mostrar um acréscimo de 145 mil pessoas ao mercado laboral, mas também um avanço da taxa de desemprego de 9,4% para os 9,5%.

MRA Alliance/JdN

FMI: Jovens enfrentarão desemprego toda a vida

terça-feira, fevereiro 1st, 2011

“Há uma geração perdida de jovens destinados a sofrer toda a vida o agravamento do desemprego e das condições sociais”, afirmou o diretor geral do Fundo Monetário Internacional , Dominique Strauss-Kahn, citado pela Reuters.

Segundo o responsável, a economia mundial tem melhorado nos últimos meses, no entanto, problemas como o desemprego e a inflação podem aumentar o protecionismo comercial e a agitação social violenta, sobretudo na Europa e nos EUA.

Dominique Strauss-Kahn sublinhou ainda que o aumento das tensões entre as nações pode conduzir a um maior protecionismo comercial e financeiro e a uma maior instabilidade política e social em cada país.

Há 205 milhões de desempregados em todo o mundo, sendo os jovens dos mais atingidos, revela um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

MRA Alliance/Expresso

EUA: Pedidos de subsídio de desemprego aumentam

quinta-feira, janeiro 27th, 2011

O número de novos pedidos de subsídio de desemprego nos Estados Unidos aumentou fortemente na semana passada, com o mau tempo a forçar as empresas a despedir trabalhadores. Os serviços norte-americanos registaram cerca de 51 mil novos pedidos na passada semana (valor ajustado de sazonalidade) para os 454 mil, o mais alto nível desde o final de Outubro.

Muito deste aumento será devido ao mau tempo em quatro Estados do sul dos EUA, que terá levado algumas empresas a fechar portas temporariamente, de acordo com um analista da administração norte-americana, citado pela «Associated Press». As tempestades de neve que afectaram alguns Estados há várias semanas terão impedido as pessoas de apresentar os seus pedidos de subsídio de desemprego. Os pedidos de subsídios caíram na semana anterior para 403 mil.

Um número de novos pedidos abaixo dos 425 mil tende a sinalizar uma modesta recuperação do emprego, mas o número tem de cair consistentemente para 375 mil, ou abaixo desse valor, para indicar uma queda significativa da taxa de desemprego.

MRA Alliance/AF

Número de desempregados em todo o mundo atinge 205 milhões

terça-feira, janeiro 25th, 2011

O ano de 2010 terminouc om 205 milhões de pessoas sem emprego, em todo o mundo, e os jovens são dos mais afectados, segundo um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), divulgado hoje em Genebra. Nos 56 países que recolhem dados trimestrais, como Portugal, há menos 1,7 milhões de jovens a querer trabalhar.

Agora, há mais 27 milhões e 600 mil desempregados no mundo do que em 2007, antes de a crise rebentar. Só na União Europeia, a taxa de desemprego subiu para 8,8%, sendo a taxa mundial de 6,2%. A UE regista, aliás, uma das recuperações mais lentas.

Segundo a OIT, a recuperação económica mundial está a ser mais rápida do que a descida do desemprego, sobretudo nos países desenvolvidos. Muitos deles não estão a conseguir dar resposta ao aumento da população em idade activa, revela o relatório. 

Em Portugal, a taxa de desemprego acelerou a partir do segundo trimestre de 2009, até ao final de 2010. É uma das mais elevadas da Europa. Outro dado é que, por cá, o trabalho a tempo parcial não disparou, como aconteceu na maioria dos países mais atingidos pela crise, como forma de evitarem situações como o “lay off”.

Outro dado preocupante é a taxa de desemprego jovem. Mais de 77 milhões estão no desemprego. Mas estes são apenas os dados oficiais. Pelo menos um milhão e 700 mil jovens não aparecem nestas estatísticas, porque já desistiram de procurar emprego.

MRA Alliance/RR

Encomendas na construção estão no nível mais baixo desde 2000

sábado, janeiro 22nd, 2011

A recessão económica mundial, a incerteza quanto à execução dos projectos públicos anunciados e os sucessivos decréscimos da produção do sector da construção têm elevado o clima de pessimismo entre os construtores portugueses.

A sustentar os baixos níveis de confiança dos empresários nacionais está a evolução da carteira de encomendas que atingiu, em 2010, os níveis mais baixos desde 2000.

A análise de conjuntura é da Federação Portuguesa da Indústria da Construção e Obras Públicas (FEPICOP), referente a Dezembro de 2010,onde se salienta que “sem encomendas que garantam níveis razoáveis de produção, são postos de trabalho que se vão extinguindo, atingindo já 69.313 o número de desempregados inscritos até ao final de Novembro de 2010 nos Centros de Emprego que serão oriundos do sector da construção”.

O número de desempregados representa cerca de 14% do total de desempregados inscritos, o mais elevado de todos os sectores de actividade.

MRA Alliance/DE

Portugal: Desemprego chegou aos 11% em Novembro

sexta-feira, janeiro 7th, 2011

A taxa de desemprego em Portugal, medida pelo Eurostat, situou-se em novembro de 2010 nos 11%, o mesmo valor que em setembro e mais 0,8 pontos percentuais em termos homólogos. Segundo os dados do gabinete europeu de estatísticas, a taxa de desemprego em Portugal situou-se nos 11,1% entre maio e setembro de 2010, tendo em outubro e novembro sido de 11%.

Em novembro de 2009, a taxa de desemprego em Portugal era de 10,2%, o que representa uma subida homóloga de 0,8 pontos percentuais.

A taxa de desemprego na zona euro manteve-se nos 10,1% em novembro do ano passado, o mesmo valor registado em outubro. O valor de novembro de 2010 compara com os 9,9% registados um ano antes.

Na União Europeia (UE) a 27, a taxa de desemprego foi de 9,6%, o mesmo valor registado desde maio de 2010. Em novembro de 2009, a taxa de desemprego na UE era de 9,4%.

MRA Alliance/SIC

Alemanha: Desemprego volta a ultrapassar os três milhões

terça-feira, janeiro 4th, 2011

O desemprego na Alemanha voltou a subir em dezembro acima dos três milhões, atingindo 3,016 milhões de pessoas, mais 85 mil do que no mês anterior, anunciou hoje, em Nuremberga, a Agência Federal do Trabalho (BA), tendo passado de sete para 7,2%. O facto de o inverno ter chegado mais cedo, afetando sectores-chave da economia, como a construção civil e os transportes foi a justificação dada pelas autoridades federais.   

Em comparação com igual mês do ano anterior, a taxa de desemprego regrediu de 7,8 para 7,2%, sublinhou o presidente da BA, Frank-Juergen Weise. Em média, a Alemanha registou 3,244 milhões de desempregados em 2010, menos 179 mil do que no ano de crise de 2009.

A população ativa na Alemanha aproxima-se dos 41 milhões de pessoas, num universo de cerca de 83 milhões de habitantes, marca até agora nunca alcançada.  Em novembro de 2010, havia 40,92 milhões de trabalhadores, o que já constitui um recorde absoluto.

O ministro da economia, Rainer Bruederle, comentou entretanto os novos números do desemprego, considerando que 2010 “foi um sucesso no mercado de trabalho”.  “O gelo de dezembro não impedirá, no entanto, o sol da conjuntura”, afirmou Bruederle, prevendo a continuação da evolução positiva no mercado de trabalho em 2011. �

MRA Alliance/Expresso

Portugal: Dados do desemprego vão deixar de ser comparáveis

terça-feira, janeiro 4th, 2011

A partir deste ano, o Instituto Nacional de Estatística vai alterar as perguntas do Inquérito ao Emprego, que passará a ser feito por telefone, ficando inviabilizadas comparações directas com os dados publicados nos últimos dez anos. O processo de “modernização” da recolha de dados foi formalmente decidido em Abril de 2008, mas só agora estão reunidas as condições para avançar, sublinha o INE.

O eventual adiamento da alteração do método de recolha dos dados do Inquérito ao Emprego implicaria o desperdício do trabalho de preparação que tem vindo a ser feito, disse o INE ao Jornal de Negócios.

As declarações do INE surgem em resposta às perguntas ontem colocadas, a propósito da alteração do processo de recolha de dados, que limitará a interpretação da informação. No primeiro trimestre deste ano, não será possível saber de forma exacta se o desemprego subiu ou desceu.

MRA Alliance

Portugal terá mais de 600 mil desempregados em 2011

domingo, dezembro 26th, 2010

As perspectivas para 2011 não são optimistas, após um ano difícil, com sinais frágeis de recuperação económica e sintomas depressivos no mercado de trabalho. Segundo os últimos dados do INE, a taxa de desemprego em Portugal atingiu os 10,9% no terceiro trimestre de 2010, mais 1,1% do que em igual período do ano passado.

Este valor retomou o ciclo de subidas da taxa de desemprego em Portugal iniciado há dois anos, com o mercado laboral a sofrer os efeitos da crise económica que se alastrou por toda a Europa.

Em declarações à Lusa, o especialista em mercado de trabalho, Pedro Adão Silva, antecipou para 2011 um mercado de trabalho “congelado” em que o número de pessoas com protecção de desemprego deverá diminuir. “O ritmo de destruição do emprego vai desacelerar e portanto não vamos ter um grande crescimento do desemprego, mas também não vamos ter nenhuma criação de emprego”, disse.

Questionado sobre as recentes medidas anunciadas pelo Governo para aumentar a competitividade do mercado de trabalho, Pedro Adão Silva disse que eram positivas em termos de adaptabilidade e “alguma manutenção dos postos de trabalho”, mas não prevêem a criação de emprego.

Paula Gonçalves, do departamento de estudos económicos do BPI, por sua vez, prevê para 2011 um agravamento da taxa de desemprego da ordem dos 11,2%.

MRA Alliance/Agências

Portugal: Desemprego vai ficar acima dos 11% até 2012

segunda-feira, novembro 29th, 2010

A Comissão Europeia reviu hoje em alta as previsões da taxa de desemprego em Portugal para 11,1% em 2011 e 11,2% em 2012. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico projectou, já este mês, que o desemprego em Portugal atinja os 11,4% em 2011 e recue para os 11,1% no ano seguinte, enquantoJá Bruxelas, nas suas “previsões de Outono” divulgadas hoje, revê em alta as previsões anteriores, da “Primavera”, lançadas em Maio passado, que antecipava uma taxa de desemprego de 9,9% tanto este ano (agora prevê que 2010 “feche” com 10,5%), como para 2011.

Para o conjunto da União Europeia, Bruxelas revê ligeiramente em baixa as projecções da primavera, pois agora prevê que a taxa de desemprego no cômputo dos 27 se fixe nos 9,6% este ano, 9,5 no próximo e 9,1 em 2012, quando em Maio projectava valores de 9,8% em 2010 e 9,7% em 2011.

MRA Alliance/DE

Portugal: Desemprego cresce constantemente desde 1975

segunda-feira, setembro 13th, 2010

Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelaram que o número absoluto de desempregados tem vindo a registar subidas nos últimos 35 anos. A entidade sublinha que, em 1975, o desemprego atingia 138 mil pessoas. Dez anos depois, o número de desempregados era de 405,4 mil e, em 1995, estavam desempregadas 338,4 mil pessoas.
 
Em 2005, o número atingia os 422,3 mil indivíduos. Os dados são avançados também pela Pordata, base de dados da Fundação Francisco Manuel dos Santos.
 
Os dados actuais sugerem uma taxa de desemprego de 10,6 por cento, num total de 589,8 mil pessoas, valor que mais que duplicou na última década.

MRA Alliance/Fábrica de Conteúdos

Flexi-segurança dinamarquesa ameaçada por medidas de austeridade

quinta-feira, julho 15th, 2010

O modelo dinamarquês da flexi-segurança está ameaçado pela redução do período de subsídio de desemprego, afirmam analistas e sindicalistas citados pelo jornal Público.

O conhecido modelo do país do Norte da Europa combina a “fexibilidade” para os empregadores, que podem facilmente contratar e despedir, com a “segurança” para os trabalhadores, que beneficiam de uma protecção social generosa e formação contínua com vista à reintegração no mercado de trabalho.

“Diminuindo, a partir de 1 de Julho, a duração dos subsídios de desemprego de quatro para dois anos, o Governo de centro-direita desarticulou um dos pilares essenciais do modelo: a segurança”, denunciou Jens Jonatan Steen, director do centro de investigação Cevea.

“Ironicamente”, disse o responsável à agência noticiosa France Press, “foi o ministro das Finanças, Claus Hjorth Frederiksen, que antes exaltou este modelo, quem lhe deu um golpe sério”, no quadro do plano de austeridade para sanear as finanças públicas.

Uma opinião partilhada por Morten Thiessen, presidente da Comissão de Trabalho do Sindicato dos Engenheiros dinamarqueses, que acusa o Governo de “desmantelar o modelo dinamarquês de flexi-segurança ao amputar a palavra segurança”.

Prevendo cortes nos subsídio de desemprego, reivindicados pelo governo e pelos economistas, dois dinamarqueses em cada três (64 por cento) exigem em contrapartida maior segurança no emprego, com notificações atempadas do fim do contrato de trabalho assim como indemnizações mais substanciais, de acordo com uma pesquisa realizada pela empresa de sondagens Interresearch.

Segundo Steen, “o modelo dinamarquês não é tão protector como se costuma dizer, limitando o subsídio de desemprego a pouco mais de dois mil euros por mês antes de impostos”. “A rede de segurança já está cheia de buracos”, acrescenta o estudioso do Cevea, destacando a degradação da cobertura das prestações de desemprego desde 1982.

Actualmente, na Dinamarca, um desempregado é compensado em média em 42 por cento do seu salário em 2009, contra 62 por cento em 1982, e um trabalhador qualificado cerca de 58 por cento, contra os 70 por cento anteriores, segundo dados do Governo dinamarquês citado pelo Cevea.

MRA Alliance

Crise em Portugal vai destruir 50 mil empregos em 2010

segunda-feira, julho 5th, 2010

Depois de ter perdido 120 mil postos de trabalho no ano passado, a economia portuguesa vai continuar a perder empregos em 2010. São mais de 50 mil que serão destruídos, sem perspectivas de uma recuperação rápida. Apesar do Governo prever para os próximos dois anos a recuperação de emprego, tal não dará para absorver os níveis que serão atingidos este ano. Segundo contas feitas pelo Diário Económico, estes valores representam uma perda de 137 postos de trabalho por dia.

Os dados constam do Relatório de Orientação da Política Orçamental (ROPO), que o Governo entregou na sexta-feira no Parlamento ao início da noite, e onde o Executivo socialista reviu as metas orçamentais para o período de 2010 e 2013.

No documento, está prevista a redução de 1% do emprego em 2010, que, face aos cinco milhões de empregos existentes em Portugal, perfaz uma destruição de 50 mil postos de trabalho. Em dois anos, a economia portuguesa perdeu qualquer coisa como 170 mil empregos, tendo em conta a quebra de 2,4% verificada em 2009, apontada no ROPO. Para 2011 e 2010, haverá uma recuperação de postos de trabalho a um ritmo anual de 0,4% (20 mil postos por ano), mas insuficiente para absorver a destruição de empregos verificada este ano.

No cenário macroeconómico do país, apresentado no Parlamento, a previsão é de que a taxa de desemprego atinja os 9,8% em 2010 – ligeiramente abaixo da previsão de 9,9% de Bruxelas, subindo para 10,1% em 2011, voltando a reduzir no ano seguinte para 9,8% e em 2013 para 9,6%.

MRA Alliance

Portugal: Desemprego cresce 0,2% ao mês e aproxima-se dos 11%

sábado, julho 3rd, 2010

A taxa de desemprego em Portugal continua a subir e atingiu em Maio 10,9%, um valor recorde, segundo o Eurostat. Os dados do organismo de estatísticas da União Europeia apontam para uma subida contínua do desemprego nos últimos meses (10,4% em Fevereiro, 10,6% em Março e 10,8% em Abril. Em Maio de 2009, o desemprego era de 9,4%, ou seja, cresceu 1,5 pontos percentuais num ano.

Os dados do Eurostat revelam ainda que há 23,12 milhões de desempregados na UE a 27 (15,78 milhões só na Zona Euro). De Abril para Maio houve mais 35 mil que ficaram sem emprego na Europa. Num ano, surgiram mais 1,8 milhões de desempregados nos 27 Estados membros da União Europeia (mais 991 mil na Zona Euro).

A Áustria é o país com menos desempregados (4%) e ainda assim conseguiu reduzir este indicador em 0,9% num só mês (tinha 4,9% em Abril. Seguem-se a Holanda e o Luxemburgo, o país com o maior rendimento per capita da Europa.

MRA Alliance/DN 

OCDE confirma recorde de desemprego em Portugal

segunda-feira, junho 14th, 2010

A taxa de desemprego estabilizou nos países membros da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), mas em Portugal continua a subir e a bater recordes, atingindo 595 mil portugueses: em Abril, a taxa chegou aos 10,8%, segundo dados divulgados por aquela organização, confirmando a estimativa emitida no início do mês pelo Eurostat.

De acordo com os dados da OCDE, desde Novembro do ano passado, a taxa de desemprego em Portugal subiu de 10,1% para 10,8 em Abril (10,2 em Dezembro, 10,4 em Janeiro e Fevereiro e 10,6 em Maio). A média do desemprego no primeiro trimestre deste ano foi de 10,5%, contra 10,2 nos últimos dois trimestres de 2009.

Uma recolha de dados no site do Eurostat dá-nos resultados mensais do desemprego em Portugal desde Janeiro de 1983. Nunca foi registada uma taxa tão elevada como as dos últimos meses. O máximo registado antes do pico actual verificou-se entre Novembro de 1985 e Março de 1986, com 9,3%, valor que Portugal já ultrapassa desde Maio do ano passado.

MRA Alliance/DN

Desemprego chega aos 10,8% em Portugal contra 10,1% na Zona Euro

terça-feira, junho 1st, 2010

O desemprego voltou a aumentar, em Abril, na Zona Euro, com Portugal a acompanhar a tendência estabelecendo uma taxa histórica de 10,8%, segundo dados do Eurostat divulgados esta terça-feira. O desemprego na Zona Euro aumentou uma décima face a Março, afectando 10,1% da população activa, comparativamente aos 9,2% registados em Abril de 2009.

Em Portugal, o indicador passou de 10,6%, em Março, para 10,8%, em Abril, contra os 9,2% registados um ano antes, indicam os dados do gabinete europeu de estatística. Com a taxa registada, Portugal ocupa o sétimo lugar no conjunto da UE.

No conjunto dos 27 países membros da UE o desemprego situou-se nos 9,7% em Abril de 2010 (8,7% em igual mês de 2009), atingindo o valor mais elevado registado nos últimos 12 anos.

De acordo com a estatística europeia, a UE contava com 23,311 milhões de desempregados no mês analisado, 15,86 milhões dos quais na Zona Euro (UE16). Face a Abril de 2009, a UE27 somou mais 2,4 milhões de desempregados, 1,275 milhões dos quais na Zona Euro.

MRA Alliance/Agências

PME criam 80% dos novos empregos

domingo, maio 30th, 2010

Antonio Tajani, vice-presidente da Comissão Europeia, põe a pressão do lado das pequenas e médias empresas (PME) ao afirmar que a saída para a crise não vai passar pelas grandes companhias pois elas apenas criam uma pequena parte do emprego total, revela hoje o jornal Público.

“Serão as pequenas empresas que vão criar novos postos de trabalho”, disse esta semana em Bruxelas, durante uma iniciativa da Semana Europeia das PME, que termina terça-feira.

A Associação Europeia das Pequenas e Médias Empresas (UEAPME) também não duvida de que a solução para a maior recessão desde a Segunda Guerra Mundial passa pelos 23 milhões de empresas europeias que se encaixam nesta categoria. Estas são responsáveis pela criação de 80 por cento dos novos postos de trabalho, além de assegurarem dois terços do total do emprego privado.

MRA Alliance/Público

Portugal: Desemprego entre os jovens atinge os 21%

quinta-feira, abril 1st, 2010

Portugal é o quinto país da União Europeia com maior taxa de desemprego, fixada em 10,3%, em Fevereiro, o mesmo valor registado no primeiro mês do ano. O desemprego nos jovens com menos de 25 anos já atingiu uma taxa de 21%, em Portugal, segundo dados do Eurostat relativos ao mês de Fevereiro divulgados na quarta-feira.

Em termos homólogos, a variação é de quase mais 2%, o que significa que a crise ainda dá sinais de vivacidade. Portugal está acima da média europeia de 20,6% de taxa de desemprego, neste segmento.  Ainda assim, o valor registado em Fevereiro é duas décimas inferior ao mês de Janeiro e a Dezembro do ano passado.

MRA Alliance/Agência Financeira

Desemprego: Portugal acima da média europeia com 10,3%

quarta-feira, março 31st, 2010

A taxa de desemprego na Zona Euro subiu para 10% em Fevereiro, em comparação com os 8,8% registados no período homólogo face a 2009, com Portugal a situar-se acima da média europeia (10,3%), segundo os dados divulgados hoje pelo gabinete de estatísticas da UE, Eurostat.

A taxa média de desemprego na Zona Euro também aumentou em relação a Janeiro de 2010, quando registou 9,9%. Na Europa dos 27 também aumentou para 9,6%, contra 8,3% em Fevereiro de 2009 e a 9,5% em Janeiro passado.

As taxas mais baixas, em Fevereiro, foram registadas na Holanda (4%), e na Áustria (5%), enquanto as taxas mais altas se registaram na Letónia (21,7%) e em Espanha (19%). Em comparação com o ano passado, todos os estados-membros registaram aumentos na taxa média de desemprego.

MRA Alliance/Agências 

Espanha: Desemprego deve atingir 19,4 por cento em 2010

terça-feira, março 30th, 2010

O Banco de Espanha divulgou as suas mais recentes previsões sobre a evolução da economia. No documento, estima-se que a taxa de desemprego atinja 19,4 por cento este ano e 19,7 por cento em 2011.

Os números são mais negros do que os do Governo de Zapatero, que previra uma taxa de desemprego de 19 e de 18,4 por cento, para 2010 e 2011, respectivamente.

Quanto à evolução do Produto Interno Bruto (PIB), o banco central espanhol prevê uma contracção de 0,4 por cento em 2010 e um crescimento de 0,8 por cento no ano seguinte.

MRA Alliance/Agências

Número de portugueses desempregados em Espanha subiu 500%

segunda-feira, fevereiro 1st, 2010

A taxa de desemprego entre trabalhadores portugueses a residir em Espanha subiu de 4,7% no final de 2007 para 21,89% no final de 2009, revelou o Instituto Nacional de Estatística (INE), em Madrid.

No final de 2009, havia um total de 14.100 portugueses desempregados em Espanha, num universo de 64.400 mil, de acordo com os dados do  INE espanhol. MRA Alliance/Diário Económico

Desemprego: Espanha afunda-se e Portugal vai atrás

sábado, janeiro 30th, 2010

O desemprego cresce em Portugal há 12 meses consecutivos, um cancro económico e social cujas mestástases chegam de Espanha, o nosso principal parceiro. O Eurostat diz que o desemprego espanhol, em Dezembro do ano passado, atingiu 19,5% enquanto em Portugal se fixou nos 10,4%. 

O economista Luís Bento prevê a continuação da subida do desemprego: “Em Espanha, o modelo de desenvolvimento assentou na construção civil e depois na área financeira com grandes grupos na América Latina e América do Sul. Como nas américas também se vive uma grave crise económica, com uma brutal queda das exportações, a Espanha sofre um duplo efeito da crise, por um lado, os milhares de fogos para vender e a paralisação nas obras, por outro, a quebra das receitas da América”.

Além disso, e tal como para Portugal, a recessão económica “levou à recomposição de grandes grupos empresariais, e novos processos de deslocalização na procura de melhores preços. As grandes empresas estão a fechar fábricas, e isso afecta os dois países, porque não surgem novas encomendas”, sublinhou.

Os números do desemprego no país vizinho afectam directamente Portugal. Basta recordar que, na Segurança Social espanhola, em Dezembro de 2009, estavam inscritos menos 10 mil portugueses do que em 2008 (eram 69 039 em 2008, e 58 870 em 2009).

Luís Bento lembra que, nos últimos anos, Espanha absorveu muitos dos desempregados portugueses na construção civil, “que agora estão desempregados”. Além disso, “afecta as PME, que têm menos encomendas”.

Nesse sentido, fez a decomposição dos números de desemprego em Espanha, por regiões, verificando-se que em algumas, todas no Sul, onde as relações de negócios são mais importantes, “têm desemprego acima dos 35%”, ao contrário da “Catalunha, onde o intercâmbio com Portugal é muito mais reduzido e o desemprego está abaixo da média. É talvez a região menos afectada, porque tem a sua economia assente numa indústria poderosa de produtos de valor acrescentado”.

MRA Alliance/Jornal de Notícias 

Portugal: Desemprego sobe para 10,3%

sábado, janeiro 9th, 2010

O desemprego em Portugal atingiu os 10,3% em Novembro, o que representa uma muito ligeira subida face ao mês anterior (0,1 pontos percentuais). Igual subida foi registada na Zona Euro, fixando-se nos 10% e na União Europeia a 27 nos 9,5%.

Os dados ontem divulgados pelo Eurostat sobre o desemprego colocam Portugal a meio da tabela, embora acima da média europeia, com o desemprego a ultrapassar os 10% no passado mês de Novembro, um valor que representa uma subida expressiva quando comparado com o mesmo mês de 2008, que era de 7,9%.

Estes números estão acima de todas as previsões feitas para todo o ano de 2009, mesmo as do FMI, em Outubro, que apresentou a taxa mais elevada, de 9,5%. Em Maio, o Governo estimava uma taxa de 8,8%, já em Novembro a OCDE apontava para 9,2%, enquanto que a Comissão Europeia dizia 9%.

MRA Alliance/Jornal de Notícias