Archive for the ‘Défice’ Category

Défice público baixou 2.000 milhões em oito meses

terça-feira, setembro 20th, 2011

Após os sucessivos planos de austeridade lançados pelo anterior Governo e pelo actual, as contas do Estado parecem estar a melhorar. Entre Janeiro e Agosto deste ano, o défice público baixou em dois mil milhões de euros.

O saldo negativo está agora nos 7.200 milhões de euros, quando no mesmo período do ano passado estava nos 9.200 milhões de euros. Estes dados referem-se ao saldo do subsector Estado e à Segurança Social. Isto é, ficam de fora os Fundos e Serviços Autónomos, por exemplo, os hospitais, e também os municípios e as regiões autónomas, que como sabemos, no caso da Madeira, estão a mostrar surpresas negativas.

Por outro lado, as contas da execução orçamental referem-se ao saldo entre todas as verbas que a Administração Central e a Segurança Social receberam e tudo o que tiveram efectivamente de pagar, isto é a chamada contabilidade pública. De fora ficam os compromissos assumidos que só se percebem pela chamada contabilidade nacional. O que significa que, quando se fizer o acerto final das contas do estado neste período, o saldo pode ser diferente.

Recorde-se que é pela chamada contabilidade nacional que o Governo tem justificado o agravamento das medidas de austeridade por serem detectadas diferenças significativas nas contas do Estado.

MRA Alliance/SIC Noticias

“Madeira necessita urgentemente de liquidez”, alerta Jardim

sábado, agosto 20th, 2011

O líder do PSD-Madeira, Alberto João Jardim, disse na sexta-feira à noite que a Região Autónoma da Madeira necessita “urgentemente” de liquidez, acreditando ser possível um acordo com o Governo para solucionar a questão financeira.

“A Madeira tem muito património. Graças a Deus, o património que a Madeira tem é mais do que suficiente para cobrir muitas vezes a sua dívida, o problema é liquidez e nós precisamos, urgentemente, dessa liquidez para poder pagar os fornecedores em atraso, para poder terminar as obras que estão em curso”, afirmou Alberto João Jardim.

O presidente do PSD-M, discursava no Porto Santo, no tradicional comício que assinala a “rentrée” política do partido na região, ocasião em que explicou que é nesse sentido que “se vai procurar fazer um acordo com o actual Governo da República”, de coligação PSD/CDS-PP.

Alberto João Jardim, que há mais de 30 anos preside ao Executivo regional, justificou a dívida da Madeira com o “ataque financeiro” do Governo socialista através da Lei das Finanças Regionais.

MRA Alliance/DN

Empresas públicas aumentaram o défice do Estado em 360 milhões

sexta-feira, agosto 19th, 2011

As seis maiores empresas públicas que contam para o défice registaram um saldo negativo de 359,2 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano. Este saldo contribuiu para o défice das administrações públicas que atingiu os 7,7% do Produto Interno Bruto (PIB) nos primeiros três meses do ano, segundo as contas nacionais do INE.

Os números dizem respeito às empresas Metro do Porto, Refer, Estradas de Portugal, Metro de Lisboa, RTP e Parque Escolar, e foram revelados pelo governo, na sequência de um requerimento entregue pelo deputado do PSD, Miguel Frasquilho. No entanto, as contas entregues pela Presidência do Conselho de Ministros mostram que nem todas estas empresas tiveram um contributo negativo para o défice público no primeiro trimestre. RTP e Metro do Porto apresentaram mesmo um saldo positivo nos primeiros três meses do ano, com destaque para a televisão pública que teve um balanço positivo de 8,8 milhões de euros

A empresa que apresentou o maior défice entre despesa e receita foi a Estradas de Portugal com uma diferença de 178,5 milhões de euros. Refer e Parque Escolar contribuíram com aproximadamente 75 milhões de euros cada e o Metro de Lisboa pesou 40,7 milhões de euros. Estes valores traduzem as necessidades de financiamento externo destas empresas para cobrir as despesas que não são asseguradas pelas receitas.

Segundo as regras do INE e do Eurostat, uma empresa pública só fica de fora do défice se gerar receitas próprias que permitam cobrir pelo menos 50% dos seus custos. Este critério passou a ser aplicado a mais empresas públicas: Refer e metros de Lisboa e Porto, sendo um dos factores que levou à revisão em alta do défice público no ano passado pelo Eurostat e pelo INE.

MRA Alliance/ionline

Da apendicite grega ao tumor hispano-italiano

quarta-feira, agosto 10th, 2011

A bolsa nova-iorquina interrompeu ontem um ciclo de quedas consecutivas, ao fechar com valorizações de mais de quatro por cento nos principais índices. Pouco antes do fecho da sessão, aconteceu a repentina valorização após a Reserva Federal (Fed) norte-americana ter anunciado que manterá as taxas de juro de referência próximas de zero por mais dois anos.

Entre os índices de referência, o Nasdaq Composite Index, que agrega empresas de base tecnológica, foi o que mais disparou: 5,295 por cento (para 2,482.520 pontos). O índice Standard and Poor’s 500 Index cresceu 4,741 por cento (para 1,172.530 pontos) e o industrial Dow Jones avançou 3,977 por cento (para 11,239.770 pontos).

Porém, o dia foi marcado por uma acentuada volatilidade nas bolsas europeias e norte-americanas. Wall Street abriu positiva, mas o disparo só foi visível no final da sessão, após o anúncio do Fed.

Imediatamente a seguir à divulgação da notícia, os mercados reagiram com apetite pelo risco. O Nasdaq subia pouco mais de um por cento, o índice S&P 500 valorizava 0,2 por cento e o Dow estava em terreno negativo. Os minutos finais da sessão foram determinantes para a recuperação.

Mas a recuperação de ontem será de curta ou de média duração? Em nossa opinião, os fundamentais das economias nacionais e das empresas cotadas nas bolsas dos dois lados do Atlântico não enganam: estamos na antecâmara de uma nova fase da crise sistémica de que temos vindo a falar, desde 2007 (ver  exemplos aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, ou aqui).

Contrariamente à reacção de ontem das bolsas norte-americanas, outras praças indicam que entraram no território dos mercados recessivos (bear market). Em Londres, o índice de referência FTSE 100 recuou 20%, desde Fevereiro. De 6091 pontos escorregou para 4855 pontos. O mesmo aconteceu em Hong Kong. O índice Hang Seng recuou 23% desde o último máximo, registado em 8 de Novembro passado.  Idêntica situação aconteceu na brasileira Bovespa  (-31%). Por outro lado, refira-se que o entusiasmo de ontem nas praças americanas está ensombrado pela acelarada perda de 18% nas cotações do índice S&P 500 registada nos últimos meses…

A decisão da agência de rating Standard & Poor´s de baixar a notação da dívida norte-americana de AAA para Aaa, na sexta-feira, na sequência do recente aumento, pelo Congresso, do tecto da dívida federal acima da fasquia de USD 14,3 trillion, apesar de ter precipitado a presente situação, é apenas mais um episódio do colossal descontrolo financeiro norte-americano. A crise não está controlada. Longe disso.

A decisão do Fed agora anunciada de manter as taxas de juro próximas de zero até 2013 é tudo menos uma boa notícia. Dinheiro fácil e escandalosamente barato é mau conselheiro. É um viveiro de bolhas especulativas. Das dotcom às hipotecas subprime insistimos em trilhar um caminho perigoso. De bolha em bolha até à definitiva implosão do sistema financeiro global. Sem pretendermos ser exaustivos, propomos uma olhada sobre os sinais. Alguns têm tanto de elucidativos como de preocupantes:  

  • Na bolsa de futuros Comex, após o anúncio do Fed,  as posições relativamente aos contratos de ouro subiram 1,8%,  fixando-se no novo recorde histórico de  1740 dólares a onça;
  • O banco J.P. Morgan emitiu ontem uma nota segundo a qual a cotação do ouro deverá atingir os 2500 dólares a onça até ao final do ano, enquanto o Goldman Sachs prevê que esteja nos 1730 dólares dentro de seis meses e nos 1900 dólares dentro de 12 meses;
  • O metal amarelo prossegue a sua escalada enquanto activo à prova de crises. Continua a ser o refúgio mais seguro que o dinheiro pode comprar nos tempos que correm. Esta opinião é partilhada por alguns governadores de importantes bancos emissores;
  • Nos dois últimos meses, o banco central da Coreia do Sul comprou 25 toneladas de ouro, aumentando em 17 vezes as suas reservas de metal amarelo. No mesmo período, também o banco central da Tailândia aumentou as suas reservas de ouro em 15,5%, tendo passado de 3523 milhões de onças, em Maio, para 4,07 milhões, em Junho. No princípio do ano, a Tailândia já adquirira 9,3 toneladas de ouro. A Rússia comprou 41,8 toneladas e o México 99,2 toneladas. A China anunciou no início do ano que pretende, até 2020, aumentar drasticamente as suas reservas de ouro.   Das actuais 1054 toneladas quer chegar às 8-10 mil toneladas;
  • Os juros implícitos (yield)  dos títulos dos EUA a dez anos baixaram de 2,32% para 2,28%, entre segunda e terça-feira;
  • Até agora, perante a visível deterioração do clima económico nos sete países mais industrializados (G7) e a profunda crise das dívidas soberanas europeias,  a maioria dos investidores e especuladores comprava, devido ao risco quase inexistente,  títulos do tesouro americano na expectativa de que se valorizassem. Porém, se em vez disso eles se depreciarem, como já está a acontecer,  tal pode significar que a bolha do mercado das obrigações norte-americanas está prestes a rebentar. As consequências serão trágicas para a economia global;
  • Desde 24 de Julho, o pânico generalizado em todos os mercados mundiais gerou perdas globais de USD 8,1 trillion (mais de metade do PIB dos EUA). Este valor  corresponde  a 14,8% da capitalização bolsista do mundo;
  • Em apenas cinco anos (2008-2012), o montante das obrigações de dívida vencidas, emitidas pelo Tesouro norte-americano, atingirá o gigantesco volume de USD 5,6 trillion.   A totalidade do crescimento da dívida do país, entre 1776 (ano da declaração de independência) e 2008, foi de 4,6 trillion. Obama vai ultrapassar em apenas cinco anos o que o conjunto dos seus 43 antecessores fez em… 232 anos!!!
  • O custo global das ajudas financeiras aos bancos e empresas financeiras dos EUA e da Europa, desde 2008, na realidade, ascende a quase USD 24 trillion, segundo a estimativa de Neil Barofsky, o inspector-geral do TARP (Troubled Asset Relief Program), o mega programa de resgate aprovado pela administração Bush e continuado pela administração Obama. Se compararmos este número com o do défice reconhecido pelo Tesouro (USD 14,7 trillion) ficamos com uma ideia mais realista da enormidade dos problemas a resolver quando for apresentada a factura para liquidação; 
  • Se tivermos em conta que o rácio dívida/PIB da Grécia já atingiu os 150%, e que os EUA estão a caminho de ultrapassar rapidamente a psicológica barreira dos 100%, as perspectivas para o biénio 2012-2013 são ainda mais negras. Os efeitos sobre a evolução do crescimento e do emprego serão devastadoras. Também o dólar, enquanto reserva cambial mundial,  terá o seu canto do cisne;

E o que nos reserva a Europa dos 17 (Zona Euro),  ou dos 27 (UE)? Será que o sonho europeu, idealizado nos anos 50 pelo eixo Bona-Paris, poderá, meio século depois,  vir a transformar-se no pesadelo do eixo Berlim-Paris? A prazo é bem possível. Para já, é avisado estarmos preparados para o pior (desintegração da UE e fim do euro).

Os altos dirigentes dos países membros mais ricos e a elite dos eurocratas têm pautado a sua actuação pela incapacidade de gerar consensos, de elaborar discursos coerentes, de afirmar um projecto europeu credível e sustentável e de ter a noção dos timings certos para agir.

Se no debate sobre a subida do tecto da dívida federal, os congressistas norte-americanos e o Presidente Obama deram aquele risível espectáculo de marcar o golo (chegar a acordo) no período de descontos (praticamente no fim do prazo), o que dizer dos líderes europeus? Com os sucessivos avanços e recuos e os constantes desmentidos das promessas feitas na véspera, uns e outros colocaram a Europa a jeito da voracidade vampírica dos mercados (leia-se especuladores).

O que ontem era uma simples apendicite grega, passou hoje a ser um desconfortável pólipo luso-irlandês, o qual, num futuro próximo, ameaça evoluir para um fatal carcinoma hispano-italiano. 

Deste lado do Atlântico, os meteorologistas da política e do dinheiro têm o dedo no botão de alerta de tsunami, atentos a alguns sinais dos chamados “mercados”:

  • Um editorialista do Financial Times escreveu ontem que o futuro da Europa depende da qualidade da defesa da Espanha e da Itália pelo triunvirato UE/BCE/FMI.
  • Embora  Madrid tenha apresentado “bons resultados” no combate ao défice e na flexibilização do mercado de trabalho, o articulista elege como positivo o facto de registar um superávit primário e de os seus empréstimos terem maturidades confortáveis. Como aspecto negativo é sublinhado o elevado peso da dívida (a terceira maior da Zona Euro), as tímidas medidas de combate ao défice e a crónica incapacidade do governo Berlusconi para fazer crescer a economia,  melhorar a capacidade  competitiva e combater o excesso de burocracia;
  • Esta análise, em nossa opinião,  peca por benigna já que passa ao lado de uma variável essencial da equação – a estratégia dos especuladores e as ferramentas de que dispõem para desestabilizar qualquer economia ou moeda, independentemente do seu peso e dimensão;
  • A manipulação pelos especuladores (privados e institucionais) de instrumentos derivativos, designadamente os famigerados seguros de incumprimento financeiro – Credit Default Swaps (CDS) -, levou à falência do banco Lehman Brothers, à nacionalização da seguradora AIG, à insolvência da Islândia e a severas crises cambiais nos anos 90 que atiraram para as cordas as moedas da Rússia, da Malásia, da Coreia do Sul, do México e por aí fora;
  • Ninguém sabe ao certo qual o montante global dos tóxicos CDS que infectam os balanços de sonantes nomes da banca europeia – do germânico Deutsche Bank, ao britânico Barclays, ao francês Paribas, passando pelo espanhol Santander e pelo italiano Unicredit – mas diversos especialistas dividem-se entre estimativas estratosféricas (trillions ou quadrillions);  
  • Certo é que, contrariamente ao que tem sido vertido em muitas páginas de jornais e revistas especializadas, existe o perigo real de um ou mais bancos europeus de grande dimensão poderem vir a ser atacados pelo vírus Lehman Brothers. Quando chegar a hora, lembrem-se  de trautear “Don’t cry for me Argentina”;
  • A França, para alguns inesperada e injustamente, está na berlinda desde sexta-feira, dia em que a S&P despromoveu a qualidade da dívida norte-americana. Comparativamente a outros países com notações triple A, os juros implícitos, os CDS e os níveis do défice que afectam a economia gaulesa são variáveis consideradas excessivas pelas maiores agências de rating;
  • Na próxima sexta-feira, a França publicará dados estatísticos sobre o crescimento da economia no segundo trimestre. A generalidade dos analistas prevê números desanimadores da ordem dos 0,2%, ou seja 0,7% abaixo do valor registado no primeiro trimestre;
  • Caso se confirmem as previsões, as campainhas de alarme alertarão para a dificuldade de a França conseguir, em 2013, atingir a prometida meta de reduzir o actual défice (7,15% do PIB) para menos de 3%;
  • O facto de os CDS sobre a dívida francesa serem superiores aos pagos pelos compradores de dívida emitida pelas autoridades do Peru, Indonésia, África do Sul e da República Eslovaca é motivo de preocupação não apenas para o governo francês. As lideranças da UE, do BCE e do FMI receiam que a equacionável perda pela França da notação AAA possa pôr em causa toda a arquitectura do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e inviabilizar futuros resgates;
  • De  resto, os recursos do FEEF (750 mil milhões de euros) são considerados insuficientes para fazer face às necessidades prováveis dos resgates. Chegam para atender o conjunto dos actuais três “clientes” – Grécia, Irlanda e Portugal e eventualmente de Chipre.  Caso a Espanha ou a Itália sejam forçadas a usá-lo precisaria de ser generosamente recapitalizado.  De resto, há mesmo quem pense que o resgate da terceira e da quarta economias da UE, a Itália e a Espanha respectivamente, necessitaria de um novo Plano Marshall, mas agora com a inclusão dos países emergentes do G20 (China, Índia, Brasil, Arábia Saudita, etc.);
  • Para apimentar o cenário, o mês de Setembro promete ser crítico. A troika irá a Atenas fazer a avaliação de desempenho do governo na aplicação dos programas de resgate em curso e em fase de implementação. A instabilidade política e social em que a Grécia está mergulhada faz temer a obtenção de resultados aquém dos desejados pelos credores, com efeitos negativos na evolução da crise europeia;
  • Na Alemanha, a Chanceler Merkel enfrenta uma resiliente frente de forças políticas e de individualidades da coligação que lidera (CDU/FDP) que discordam abertamente dos acordos pró-resgate por ela validados em Bruxelas. O regresso de férias dos deputados do Bundestag promete acessos debates.
  • Conhecida a sua propensão para o “nim”, bem como para protelar até ao limite decisões urgentes, a senhora Merkel poderá viver dias difíceis e voltar a dar sinais errados aos mercados de dívida. Qualquer sinal de instabilidade e de laisser-faire dado pela Alemanha pode complicar ainda mais as já ténues possibilidades de controlo da situação;
  • Também em Setembro, algumas “cajas de ahorros” espanholas irão ao mercado tentar obter empréstimos. Num cenário de eleições antecipadas, de escalada dos juros da dívida soberana e de insuficientes taxas de crescimento económico, para além de uma elevada taxa de desemprego (superior a 20%), este segmento da banca espanhola terá uma missão espinhosa e de resultados duvidosos;

Se, como tudo indica, nada de enérgico e proactivo for feito, em Agosto, pelos líderes europeus que ditam as políticas da UE – Merkel e Sarkozy – chegaremos a Setembro com uma situação mais degradada. Talvez irremediavelmente…

Nesse caso, e se persistirem os ataques especulativos contra as dívidas espanhola e italiana, com uma insustentável subida das taxas de juro e dos CDS, o último trimestre promete ser um osso duro de roer.

Neste momento, ninguém, do BCE ao FMI, passando por outras instituições de idêntico calibre, dispõe de recursos para resgatar financeiramente países como a Espanha e a Itália. Se tal for imperativo, como vão os mandantes da economia mundial resolver o problema?

A resposta é simples. Ninguém sabe. Nem eles…

Pedro Varanda de Castro, Consultor

MRA Alliance

EUA: Dívida de latão com rating de ouro

quarta-feira, julho 13th, 2011

A dívida pública dos EUA ultrapassa os 14 triliões (mil biliões) de dólares, quase igual ao Produto Interno Bruto (PIB), mas as finanças do país goza do rating mais elevado do mundo por poder fabricar dólares a seu bel prazer.

Os Estados Unidos registam uma dívida equivalente a 98% da riqueza produzida e um défice orçamental de 9%. No entanto, as três agências de rating que dominam o mercado mundial – S&P, Moody’s e Fitch – dão-lhe a nota máxima (AAA), considerando practicamente nula a possibilidade de o país não pagar o que deve aos credores.

Este ano, a dívida pública norte-americana deverá ultrapassar os 15 triliões (mil biliões)  de dólares, devendo crescer até aos 20 triliões (mil biliões), em 2016.

De acordo com as previsões orçamentais da administração Obama, o défice norte-americano vai atingir o valor mais alto de sempre este ano. A redução só começará a partir de 2012, sobretudo à custa do aumento da receita.

MRA Alliance/AF

Portugal: Défice de 2010 revisto em alta para 9,1%

sábado, abril 23rd, 2011

As negociações em curso com a ‘troika’ precipitaram uma revisão em alta do défice português do ano passado. O Instituto Nacional de Estatística (INE) reviu hoje, a um sábado, o défice de 2010 para 9,1% do PIB, devido ao impacto de três contratos de parcerias público privadas (PPP).

No final de Março, o défice do ano passado tinha sido calculado em 8,6% devido a novas regras metodológicas do Eurostat que obrigaram ao reconhecimento das perdas com o BPN e o BPP e à integração de algumas empresas de transportes no perímetro das administrações públicas. Sem esse efeito, o défice teria ficado em 6,8%.

O valor oficial hoje divulgado – 9,1% do PIB – está muito longe do objectivo traçado pelo governo para esse ano, de 7,3%. A meta não foi conseguida mesmo com a integração do fundo de pensões da Portugal Telecom (PT) no universo estatal. O rácio dívida pública/PIB também foi revisto para 93%.

MRA Alliance/DE

Défice fura meta e chega a 8,6% em 2010

quinta-feira, março 31st, 2011

O défice orçamental atingiu os 8,6% em 2010, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística. O valor ficou acima da meta de 7,3% prometida pelo Governo em Bruxelas, devido à contabilização dos prejuízos com o BPN – avaliados em cerca de dois mil milhões de euros – e à integração de algumas empresas de transporte no perímetro das administrações públicas.

O reporte do procedimento dos défices excessivos, enviado a Bruxelas e divulgado há minutos, revê em alta todos os valores do défice desde 2007. Os novos números mostram que Portugal furou todos os anos o limite de 3% imposto por Bruxelas desde 2004.

O documento do INE explica que o défice do ano passado subiu 0,5 pontos (793 milhões de euros) devido à integração da Refer, e dos Metropolitanos de Lisboa e Porto. Os prejuízos do BPN fizeram aumentar o número em um ponto do PIB, o equivalente a 1.800 milhões de euros. Foram ainda contabilizados 450 milhões de euros de execução de garantias do Estado ao BPP (0,3 pontos do PIB).

MRA Alliance/DE

Bruxelas questiona contas públicas de Portugal em 2010

quarta-feira, março 23rd, 2011

O défice orçamental de 2010 está em risco de ser corrigido, ultrapassando claramente o valor inferior a 7% que tem sido adiantado pelo Governo, e furando a meta prometida ao país, à Comissão Europeia e aos mercados de dívida. Segundo apurou o Diário Económico, os gastos com as empresas públicas de transporte e o buraco do BPN justificam as dúvidas do Eurostat, que está em conversações com o Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre o assunto.

Afinal, o défice do ano passado – o primeiro do longo caminho de consolidação orçamental a que a economia portuguesa está obrigada – poderá superar os 8%, mesmo depois de incorporado o Fundo de Pensões da PT. O Governo poderá ser assim obrigado a reconhecer perante as instituições internacionais que não cumpriu o objectivo do primeiro ano do horizonte de consolidação. Esta má notícia junta-se à crise política instalada, que poderá precipitar a confirmação de eleições antecipadas hoje mesmo, com o chumbo da actualização do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC), pelos partidos da oposição.

A dúvida sobre as contas públicas portuguesas é do Eurostat e vai além da questão da contabilização do impacto financeiro da nacionalização do BPN – que está avaliado neste momento em cerca de dois mil milhões de euros. Em causa estão também os gastos com as empresas públicas de transportes que não têm contratos de gestão com o Estado.

MRA Alliance/DE

“Não vejo razão para mudar PEC” português, diz presidente do Eurogrupo

segunda-feira, março 21st, 2011

Jean-Claude JunckerO presidente do Eurogrupo disse hoje em Bruxelas que não vê motivos para mexer no programa já aprovado pelas instituições europeias. Jean-Claude Juncker falava no final da reunião dos ministros das Finanças da zona euro, em Bruxelas, a dois dias do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) ser debatido no Parlamento.

“Não vejo razão para mudar o PEC” português, disse o responsável europeu, sinalizando que o documento já foi aprovado pela Comissão Europeia e pelo BCE.

Pedro Passos Coelho já fez saber que o Governo não conta com o PSD para debater nem aprovar o PEC IV. A concretizar-se, o Governo demite-se.

MRA Alliance/DE

As novas medidas de austeridade em 2012 e 2013

sábado, março 12th, 2011

O ministro das Finanças apresentou hoje novas medidas de austeridade para reforçar os esforços de consolidação orçamental de Portugal.

Redução da despesa: 2,4% do PIB (1,6% em 2012 e 0,8% em 2013)

– Congelamento do Indexante de Apoios sociais e suspensão da aplicação das regras de indexação de pensões, o que na prática se traduz num congelamento das pensões;

– Contribuição especial aplicável a todas as pensões (com impactos semelhantes à redução dos salários da Administração Pública), o que se traduz num corte das pensões acima dos 1.500 euros;

– Redução de custos com medicamentos e sub-sistemas públicos de saúde, aprofundamento da racionalização da rede escolar, aumento da eficiência no aprovisionamento e outras medidas de controlo de custos operacionais na Administração Pública;

– Redução da despesa com benefícios sociais de natureza não contributiva;

– Redução de custos no Sector Empresarial do Estado e Serviços e Fundos Autónomos: revisão das indemnizações compensatórias, dos planos de investimento e custos operacionais;

– Redução de transferências para autarquias e regiões autónomas;

– Redução da despesa de capital

Medidas de aumento da receita: 1,3% do PIB (0,9% em 2012 e 0,4% em 2013)

– Revisão e limitação dos benefícios e deduções fiscais, designadamente em sede de IRS e IRC, o que na prática se irá traduzir num aumento destes impostos em 2011 e 2013;

– Racionalização da estrutura de taxas do IVA;

– Actualização dos impostos específicos sobre o consumo;

– Conclusão da convergência no regime de IRS de pensões e rendimentos do trabalho, o que na prática se traduzirá num novo aumento do IRS para os pensionistas;

– Combate à informalidade e evasão fiscal: controlo de facturas e cruzamento de declarações de volume de negócios com pagamentos automáticos

Com estas medidas, o impacto estimado das medidas adicionais de consolidação em 2012 e 2013 é de 3,7% do PIB (2,4% via despesa e 1 3% via receita).

MRA Alliance/DE

EUA: Obama quer reduzir défice para metade até final do mandato

segunda-feira, fevereiro 14th, 2011

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, quer reduzir o défice público norte-americano para metade antes do fim do seu mandato. Segundo a Reuters, a proposta prevê cortar cerca de 1,1 biliões de dólares nas despesas do Estado durante 10 anos, «atirando» assim o défice orçamental para a casa dos três por cento, em 2015.

De acordo com o responsável pelo Orçamento da Casa Branca, Jacob Lew, o défice orçamental deste ano deverá saldar-se em 1,5 biliões de dólares. Note-se que da lista de cortes constam  inúmeros programas do Governo, da Segurança Social à Educação, entre outros.

MRA Alliance/Agências

“Portugal não reúne condições para que FMI tenha sucesso”, diz Granadeiro

terça-feira, fevereiro 1st, 2011

Henrique Granadeiro disse hoje que Portugal não reúne actualmente as condições para que uma intervenção do FMI tivesse sucesso. “Não temos nenhuma das condições para que uma intervenção do Fundo [Monetário Internacional] possa vir a ser um sucesso”, afirmou Henrique Granadeiro na conferência ‘Portugal 2011: Vir o Fundo ou ir ao fundo?’, a decorrer na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Recordando as condições verificadas na última intervenção do FMI em Portugal, o presidente do conselho de administração da PT disse que este tipo de ajuda externa só é bem sucedido quando há uma solução política forte. “A nossa última experiência demonstra que só há sucesso desde que haja uma solução política forte, porque não é uma autoridade externa que pode mobilizar a opinião pública.”(…) “À pergunta ‘Vir o Fundo?’ a minha resposta é: “Não, obrigado”, acrescentou Granadeiro.

O presidente do conselho de administração da PT disse que a ajuda externa não teve efeitos no caso da Grécia e da Irlanda. “A Grécia e a Irlanda em nada foram ajudadas com a intervenção do Fundo. Não houve uma melhoria do risco sistémico”, declarou. Granadeiro afirmou também que “o sistema bancário [português] continua a ter capacidade de captação da confiança dos depositários, o que não acontece nem na Grécia, nem na Irlanda” e que “o abandono do euro seria uma tragédia”.

MRA Alliance/DE

BCE trava a fundo compra de dívidas soberanas europeias

segunda-feira, janeiro 24th, 2011

O Banco Central Europeu (BCE) reduziu drasticamente – menos 94% – o ritmo de compra de títulos de dívida de países da zona euro na última semana. No total, a instituição liderada por Jean-Claude Trichet adquiriu 146 milhões de euros em dívida, um valor que compara com os 2.313 milhões de euros que tinha desembolsado na semana anterior.

Segundo dados divulgados hoje, e citados pela Reuters, o BCE já adquiriu um total de 76,5 mil milhões de euros em dívida dos países da zona euro, desde que começou o programa de compra de obrigações por parte da instituição, em Maio do ano passado. A estratégia faz parte do plano do banco central para travar a crise de dívida europeia e recuperar a confiança dos investidores.

MRA Alliance/DE

“Serão necessários mais 4 a 5 anos de consolidação orçamental” em Portugal, diz quadro do Citigroup

segunda-feira, janeiro 24th, 2011

O economista-chefe do Citigroup diz que o transferência do fundo de pensões da PT é “uma operação de cosmética”, mas que o Governo está agora a fazer um “esforço sério” para a redução do défice.

Willem Buiter desvalorizou hoje o facto de o défice de 2010 ficar abaixo dos 7,3% previstos, conforme já anunciou o Governo, pelo facto de a redução ter sido realizada com recurso a uma receita extraordinária: a transferência do fundo de pensões da Portugal Telecom para a Segurança Social. “A redução deve-se a uma operação de cosmética”, afirmou Willem Buiter, numa conferência do Citigroup, que teve hoje lugar em Lisboa.

Para convencer os mercados tem de existir uma consolidação fiscal efectiva. Um processo que vai demorar vários anos e exigir um compromisso entre os partidos. “Esses exercícios ficam bem no papel, mas sob a luz fria do dia, criam dúvidas sobre quão sérios estão a ser os governos sobre a consolidação fiscal”, disse o professor da London School of Economics.

“Serão necessários mais 4 a 5 anos de medidas de consolidação orçamental”. E é preciso que exista um compromisso político” para as aplicar, defendeu Willem Buiter. O economista afirmou que, entretanto, estão já em curso medidas que representam “um esforço sério” para a redução do défice, com cortes na despesa pública e aumento da receita.

Buiter, diz que Portugal “tem as piores perspectivas de crescimento da zona euro” e que “está em risco de solicitar ajuda externa”, face às perspectivas pouco animadoras para a economia, variáveis que colocarão entraves à correcção das contas públicas nacionais.

Para o economista, citado pelo Diário Económico, Portugal tem “possivelmente as piores perspectivas de crescimento de toda a zona euro”. “É difícil fazê-lo se a economia não estiver a crescer”, referiu Buiter na conferência do Citigroup.

MRA Alliance/JdN

Portugal: Défice do Estado em 2010 superior ao de 2009

quinta-feira, janeiro 20th, 2011

O défice do subsector Estado atingiu em 2010 os 14.249 milhões de euros, um valor ligeiramente superior ao registado em 2009. A diferença atinge cerca de 200 milhões de euros e foi hoje anunciada pela Direcção-Geral do Orçamento.

O défice do subsector Estado atingiu em 2010 os 14.249 milhões de euros, um valor ligeiramente superior ao registado em 2009. A diferença atinge cerca de 200 milhões de euros e foi hoje anunciada pela Direcção-Geral do Orçamento.

Segundo o boletim de execução orçamental, que fecha o ano de 2010, a despesa do Estado cresceu 3,7% e a receita aumentou 4,6%. Ou seja, os gastos terão derrapado no último mês do ano mas as receitas também terão registado uma performance melhor do que até Novembro.

Para o aumento do défice do Estado contribuiu a incorporação do encargo financeiro associado à regularização de responsabilidades pela entrega de 2 submarinos, no montante de 1.001 milhões de euros, refere a DGO.

No cômputo geral, e considerando todas as unidades incluídas no perímetro das Administrações Públicas para as quais já há dados de Dezembro – Estado, Fundos e Serviços Autónomos e Segurança Social – o saldo negativo das contas acabou por ficar mais curto do que em 2010 em 1.397 milhões de euros. O défice terá assim atingido um valor em torno dos 6,5% do PIB.

Este número é apurado na óptica da contabilidade pública, que não leva em conta empresas do Estado nem compromissos assumidos mas ainda não pagos. Falta também apurar os valores finais das contas das Autarquias e Regiões Autónomas.

MRA Alliance/JdN

UE pondera duplicar fundo de resgate financeiro para 1,5 biliões

quinta-feira, janeiro 13th, 2011

Os países da UE estão em conversações para duplicar a ajuda aos países da zona euro, para 1,5 biliões de euros. Em entrevista à agência de notícias francesa, Didier Reynders defendeu que “duplicar o montante [do fundo de apoio à zona euro] seria um objectivo perfeitamente razoável e lógico”.

A União Europeia aprovou em maio passado um plano de apoio aos países da união monetária em dificuldades, para evitar a propagação da crise grega, com um valor total de 750 mil milhões de euros, constituído de um fundo de garantia de empréstimo de 440 mil milhões de euros dos Estados da zona euro, 250 mil milhões do Fundo Monetário Internacional e 60 mil milhões da Comissão Europeia.

Se a ideia de duplicar avançar, “significará duplicar as garantias da zona euro, que é atualmente de 440 mil milhões de euros”, explicou o ministro belga.

MRA Alliance/DE

PM Sócrates anunciou satisfeito um défice abaixo de 7,3% em 2010

quarta-feira, janeiro 12th, 2011

José Sócrates - 1º ministro de PortugalPortugal cresceu mais  e terá um défice menor em 2010 mas o Banco de Portugal diz que não chega e pede novas medidas no mercado laboral, revela hoje o Diário de NotíciasO Governo deve estar preparado para adoptar medidas de austeridade e concretizar uma série de reformas profundas em 2011, em especial no mercado de trabalho, insiste o Banco de Portugal (BdP), contrariando o optimismo do primeiro-ministro José Sócrates ao anunciar um défice público inferior a 7,3% do PIB e uma folga de 800 milhões de euros no Orçamento de 2010.

De manhã, o chefe do Governo e o ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, apresentaram números da execução orçamental de 2010 para mostrar “obra” feita aos “mercados” e garantir que Portugal “não vai pedir” ajuda externa (do fundo de estabilização europeu e do FMI) para se financiar. A apresentação dos números surtiu algum efeito, já que as taxas de juro da dívida pública (obrigações do Tesouro a dez anos) recuaram ligeiramente: estavam acima dos 7% e corrigiram até 6,9%. O facto de o BCE ter continuado a comprar obrigações portuguesas também terá sido decisivo para aliviar a pressão sobre o custo da dívida soberana.

Visivelmente irritado com os rumores que dão como quase certa a entrada da UE e do FMI em Portugal, Sócrates frisou que “Portugal não vai pedir nenhuma ajuda financeira, nenhuma assistência financeira, pela simples razão de que não é necessário.” E atacou aqueles que, nos últimos dias, ventilaram “rumores, expressões, declarações e especulações motivados por questões políticas que em nada ajudam o País”.

Sócrates anunciou que a despesa do Estado avançou 1,7% em 2010, contra uma estimativa de 2,5%, e as receitas terão crescido 5,3% contra os 4,5% esperados. O excedente da Segurança Social também “surpreendeu”: deverá chegar aos 720 milhões de euros, contra a estimativa anterior de 605 milhões de euros. Assim, o Governo passa a contar com uma “folga” de 800 milhões de euros (0,5% do PIB) no Orçamento do ano transacto, o que ajudará o défice a ficar a baixo da meta oficial dos 7,3%. As contas finais serão anunciadas em Março pelo INE.

Mas para o Banco de Portugal as medidas previstas para este ano podem não ser suficientes para prolongar a “obra” conseguida pelo Governo em 2010.

Para a autoridade liderada por Carlos Costa, há “necessidade de melhor especificação das medidas de consolidação orçamental, nomeadamente no quadro do OE de 2011”, e de “medidas adicionais que se revelem necessárias para cumprir os objectivos do défice traçados para 2011 e 2012”.

MRA Alliance 

Resgate de Portugal deve custar entre 60 a 80 mil milhões de euros

domingo, janeiro 9th, 2011

É crescente a pressão por parte de Alemanha, França, Finlândia e Holanda para que Portugal procure ajuda financeira da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse este domingo à agência Reuters uma fonte sénior de Bruxelas não identificada.

Algumas discussões preliminares sobre a possibilidade de Portugal pedir ajuda, caso os seus custos de financiamento nos mercados se tornem demasiadamente elevados, acontecem desde julho, segundo a mesma fonte. Nenhuma negociação formal em matéria de auxílios começou ainda, afirmaram outras fontes da zona do euro citadas pela agência, mas a pressão aumenta no seio do Eurogrupo, que reúne os ministros das Finanças da Zona Euro.

Sobre a estimativa das necessidades para resgatar Portugal a fonte citada pela Reuters adiantou: “Mais de 50 mil milhões e menos que 100 mil milhões de euros. Estima-se algures entre os 60-80 mil milhões, mas este valor depende das necessidades do setor bancário português que por enquanto desconhecemos.”

Portugal é visto por muitos economistas como o país periférico da zona do euro mais provável a seguir Irlanda e Grécia, que pediram ajuda e enfrentam uma batalha para reduzirem suas dívidas e os custos dos empréstimos.

A ajuda a Lisboa teria como objetivo proteger a Espanha, que pode ser a próxima da fila. No entanto, as necessidades de financiamento de Madrid levariam a capacidade de auxílio do atual fundo de resgate da zona do euro ao limite. “A verdadeira batalha será a da Espanha, mas não acho que temos muito maiores chances de sucesso”, disse a fonte.

Lisboa fará na próxima semana mais um leilão de títulos de dívida pública, no qual tentará vender até 1.250 milhões de euros em obrigações com vencimento em outubro de 2014 e junho 2020. “Esse leilão vai ser monitorado de perto”, disse a primeira fonte. As taxas a cinco anos da dívida portuguesa no mercado secundário é de 6,43 por cento e os contratos de 10 anos estão nos 7,26 por cento.

MRA Alliance/pvc

Portugal deve recorrer à ajuda externa “rapidamente”, aconselha executivo do Deutsche Bank

domingo, janeiro 9th, 2011

O economista-chefe do Deutsche Bank espera que Portugal procure auxílio da Europa e do FMI, perante a subida dos juros da dívida do País, revela hoje o Diário Económico. “Olhando para o comércio de títulos da dívida pública portuguesa, acho, no entanto, que não vão conseguir ganhar a confiança suficiente dos mercados para poderem agir autonomamente”, afirma Thomas Mayer, economista-chefe do Deutsche Bank, o maior banco alemão, em entrevista à Lusa, considerando que, “por isso, é melhor agirem rapidamente, e pedirem ajuda de forma pró-activa”.

Para o economista do banco alemão, o problema de Portugal é ter tido taxas de crescimento inferiores à média da zona euro, e pouco acima do 1%, desde 2001. Além disso, diz Thomas Mayer, ressaltam as dificuldades em conter o défice orçamental, e um grande endividamento dos particulares e das empresas, “superior até ao da Grécia”. Assim, os mercados levantam “grandes interrogações sobre Portugal, e esperam que, mais cedo ou mais tarde, o País tenha de recorrer ao fundo de resgate europeu, e acham que devia fazê-lo rapidamente”, referiu.

No que se toca à possibilidade de Portugal escapar ao destino da Grécia e da Irlanda, que também tiveram de recorrer á ajuda europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), graças à compra de obrigações do tesouro pela China, Meyer mostrou-se céptico. “Acho que isso não resolve o problema, o interesse da China é, no fundo, um lance de xadrez político muito hábil, para conseguir investimentos em empresas e infra-estruturas no mercado europeu, o que está impedida por lei de fazer nos Estados Unidos”, comentou. “Não consigo imaginar que a China esteja interessada no mercado português de ‘bonds’, porque face aos 1,5 mil biliões de dólares que eles têm para aplicar, é demasiado pequeno e desinteressante”, rematou Mayer.

MRA Alliance

Risco de crédito da Europa não pára de subir e banca ibérica sob pressão

sexta-feira, janeiro 7th, 2011

O preço dos seguros que protegem os investidores contra o eventual incumprimento das maiores empresas europeias está hoje a subir 6% e, pela primeira vez, o risco das obrigações soberanas europeias é superior ao risco das obrigações de mercados emergentes.

De acordo com o índice Markit iTraxx Europe, que acompanha a evolução dos ‘credit default swaps’ (CDS) das obrigações a 5 anos das 125 companhias europeias com o ‘rating’ de risco de crédito mais elevado, está hoje a subir 6% depois de ontem ter valorizado 2,28%.

Este índice é uma referência do custo de protecção das obrigações contra um eventual incumprimento do emitente e uma valorização do índice aumenta o sinal de percepção de deterioração por parte dos investidores sobre a qualidade do crédito das empresas visadas.

No mesmo sentido segue o risco das obrigações soberanas dos países da Europa Ocidental que, pela primeira vez, é mais elevado que o risco dos títulos de dívida dos países emergentes. “Os receios acerca da periferia [da zona euro] estão a puxar para baixo a Europa Ocidental”, referiu Harpreet Parhar, estratega do Credit Agricole à Bloomberg, frisando que “os mercados emergentes têm histórias de crescimentos sólidos e não estão directamente expostos aos assuntos da periferia.”

A Moddy’s revela também hoje que os ‘spreads’ dos CDS dos bancos espanhóis e portugueses estão actualmente em linha com os ‘spreads’ dos CDS praticados pelos bancos com uma classificação de risco de crédito 10 e 12 notas de ‘rating’ abaixo das instituições portuguesas e espanholas.

Na prática, significa que os investidores estão dispostos a pagar por um seguro contra um eventual incumprimento por parte do BCP, BES e Caixa um preço semelhante ao que o mercado está a cotar os CDS de um banco com uma classificação de crédito de 10 e 12 níveis inferiores.

Para a Moody’s, este desfasamento entre o risco de incumprimento e o preço dos CDS de bancos espanhóis e portugueses só poderá ser mitigado “quando o caminho para uma credível reestruturação e/ou resolução for colocado em prática.”

Os especialistas da Moody’s referem ainda que “qualquer melhoramento sustentável nos ‘spreads’ só é possível quando bancos e países conseguem financiar-se nos mercados.” E esta, é uma situação que não está a ocorrer.

MRA Alliance/DE

BCE não pode solucionar “irresponsabilidade dos Governos”, avisa Trichet

sexta-feira, janeiro 7th, 2011

Jean Claude TrichetJean Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu (BCE), disse esta sexta-feira que a entidade não pode ser um meio usado para solucionar a irresponsabilidade dos Governos da União Europeia (UE) em matéria orçamental, noticia a agência Bloomberg.

“A responsabilidade política monetária” do BCE “não pode substituir a irresponsabilidade dos Governos” de alguns países da UE em termos de matéria financeira, disse o presidente da entidade, que pediu esforços “mais ambiciosos” nas reforma das regras orçamentais.
 
Jean Claude Trichet referiu que a “Europa não se pode dar ao luxo de descansar a meio caminho” e tem de ser “mais ambiciosa”, alertando que as propostas que vêm de Bruxelas “não vão longe o suficiente, na opinião do BCE”.

MRA Alliance/Fábrica de Conteúdos

Crise de crédito pode voltar a afectar Europa já em Fevereiro, alerta Bloomberg

segunda-feira, janeiro 3rd, 2011

Uma crise de crédito poderá atingir os mercados europeus em Fevereiro, devido aos receios decorrentes do aumento do volume de títulos que vai ser vendido pela banca e os governos em 2011, divulgou a Bloomberg em vários artigos publicados hoje.

Só os bancos europeus devem refinanciar-se em cerca de 400 mil milhões de euros em títulos de dívida no primeiro semestre do ano. A este valor acrescem mais de 500 mil milhões de euros que os governos europeus devem substituir no mesmo período, salienta a agência norte-americana de informação económica.

Segundo a Bloomberg, àqueles valores há que adicionar ainda outras centenas de milhões de euros em dívida garantida por créditos à habitação, o que poderá funcionar como o motor de arranque do caos nos mercados de dívida e a reedição dos apertos do crédito vividos desde 2008.

Um especialista em mercados de crédito citado pela Bloomberg garante que, por enquanto, “os governos têm sido capazes de retardar o processo, mas os problemas não vão embora”, alertando que “permanecem triliões de dólares de dívida que deve ser refinanciada ou vendida”.

Neste contexto, prevê que possa haver “uma corrida” para vender activos, parecida com a deu origem à crise do crédito no Verão de 2007.

Na semana passada, o Centro para as Ciências Económicas e Investigação de Negócios (CEBR), advertiu para o facto de poder voltar a acontecer uma crise na zona euro no início de 2011.

A probabilidade de a zona euro existir nos moldes actuais dentro de uma década é de 20 por cento, devido à incapacidade de os governos tomarem medidas para contrabalançar os desequilíbrios, sublinhou o CEBR. Citado pela agência Bloomberg, o CEBR considerou igualmente a possibilidade de ocorrer na zona euro uma nova crise da dívida na Primavera. Esta situação poderá ocorrer quando a Espanha e a Itália tiverem de se financiar em mais de 400 mil milhões de euros.

MRA Alliance

Défice: Portugal deve pedir ajuda externa num futuro próximo

segunda-feira, dezembro 27th, 2010

Portugal foi aconselhado e deve procurar ajuda externa num futuro próximo tal como fizeram a Grécia e a Irlanda, disse ontem o economista chefe do maior banco alemão, o Deutsche Bank, Thomas Mayer. Em entrevista publicada na edição de domingo do jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung, Mayer disse não ficar surpreendido se Portugal tomasse essa decisão quando a crise do défice continua a prejudicar a confiança dos mercados.

O jornal sublinha que Mayer revelou que o Governo português foi mesmo aconselhado a actuar rapidamente no âmbito do fundo de ajuda europeu no valor de 750 mil milhões de euros.

Já numa opinião pessoal sobre outras economias europeias, o banqueiro alemão reconhece que Espanha, Itália e Bélgica estão em melhor posição e não necessitam para já de ajuda externa para reequilibrar o seu défice.

MRA Alliance

Portugal: Défice caíu, mas despesa continua a crescer

terça-feira, dezembro 21st, 2010

Ainda não foi desta que o governo conseguiu travar o crescimento da despesa pública. Apesar de ter desacelerado, a despesa do Estado cresceu 2,6% entre Janeiro e Novembro deste ano. No entanto, o avanço das receitas provenientes de impostos, permitiram que o défice do Estado diminuísse pela primeira vez este ano, em cerca de cem milhões.

“O défice do Subsector Estado, no período de Janeiro a Novembro de 2010, registou um valor provisório de 12 939 milhões de euros, que representa, pela primeira vez este ano, uma diminuição face ao período homólogo”, pode ler-se no comunicado do Ministério das Finanças sobre o Boletim de Execução Orçamental até Novembro.

A melhoria do défice é explicada por um aumento menos expressivo da despesa e uma aceleração da receita. Depois de ter crescido 2,8% entre Janeiro e Outubro, a despesa do Estado cresceu menos 0,2 pontos percentuais em Novembro (2,6%). “A variação homóloga da despesa reflecte, por um lado, o aumento das transferências correntes do OE para a Segurança Social, no âmbito da respectiva lei de bases, e para o Serviço Nacional de Saúde”, esclarecem as Finanças.

A evolução dos gastos também reflecte factos não recorrentes como o pagamento de 115 milhões de euros de responsabilidades do Estado na área da concessão de infra-estruturas rodoviárias. Este pagamento foi feito à Ascendi (concessionária do Grupo Mota-Engil) no quadro do reequilíbrio financeiro da concessão assinado em 2009. O valor contabilizado em Novembro é a segunda tranche de uma compensação de 155 milhões de euros.

Quanto às receitas, registou-se um crescimento de 4%, um valor para o qual muito contribuiu a subida de 5% das receitas fiscais (acima dos 1,2% estimados no OE 2011). O IVA cresceu 11,8%, contribuindo com mais 1,189 mil milhões de euros. “O IVA sem dúvida nenhuma é o imposto que pesa mais no seu conjunto e também o que dá o maior contributo no crescimento da receita fiscal”, admitiu à Lusa o secretário de Estado do Orçamento, Emanuel dos Santos.

O Imposto sobre o Tabaco (IT), por exemplo, aumentou 23,4% em relação ao ano anterior e o Imposto sobre Veículos (ISV) cresceu 17,2%, devido a um aumento das vendas de automóveis.

O Boletim de Execução Orçamental permite observar ainda uma redução das despesas com pessoal. Emanuel dos Santos justifica a descida com uma elevada procura de reformas e o congelamento das admissões.

Ontem também surgiram notícias sobre a execução orçamental da Grécia. Apesar de o governo grego ter conseguido reduzir em 27,1% o défice das contas públicas, de 25,6 mil milhões de euros em 2009 para 18,7 mil milhões este ano. Apesar de impressionante, o número fica aquém da meta estabelecida pelo governo de 33,2% até ao final do ano.

O executivo grego atribuiu a descida do défice ao corte na despesa pública. Se não forem contabilizados os custos com juros, o défice foi reduzido em 57%.

MRA Alliance/ionline

Mecanismo europeu de gestão de crises operacional em 2013

sexta-feira, dezembro 17th, 2010

Os líderes dos 27  chegaram ontem a acordo sobre a modificação do Tratado de Lisboa para a criação de um mecanismo permanente de gestão de crises que deverá estar operacional a partir de 2013.

Um ano depois de entrar em vigor, o tratado sofreu a primeira modificação, mas os chefes de estado e de governo desenharam uma solução que encaixa na chamada revisão simplificada, evitando a obrigatoriedade de efectuar referendos existente em alguns países .

O novo mecanismo destina-se a apoiar financeiramente Estados que se encontrem em dificuldades, como já aconteceu com a Grécia e a Irlanda, mas a formulação acordada esta noite em Bruxelas estabelece explicitamente que esse apoio será sujeito a uma condicionalidade estrita. Ou seja, os estados-membros que a solicitem deverão comprometer-se a levar a cabo rigorosos planos de consolidação orçamental.

O esboço inicial deste mecanismo e a especulação em torno do seu alcance, nomeadamente a possibilidade de os investidores privados poderem ser penalizados pela reestruturação da dívida de um país que entre em incumprimento, é apontada como uma das causas da recente escalada da crise da dívida.

MRA Alliance/RR 

França deve ser a próxima vítima da crise de dívida, diz presidente da Bolsa de Londres

terça-feira, dezembro 7th, 2010

Xavier Rolet, presidente da Bolsa de Londres, diz que a França deve ser a próxima economia da zona euro a sucumbir à crise de dívida da região. “Não deve demorar muito para que os investidores em dívida pública se voltem para França depois de terem acabado de fazer o mesmo com Portugal e Espanha”, disse Rolet, citado pela CNBC.

“O défice do país é muito, muito maior do que se possa pensar. Ninguém, nem mesmo a França, se pode continuar a esconder por mais tempo”, acrescentou.Já François Mallet, director do Kepler Capital Markets, considera que não há razões para grandes preocupações em relação ao défice francês. “Não acredito que devam existir grandes preocupações em relação à situação francesa, uma vez que o défice do país já é mais baixo do que a maioria dos parceiros europeus”, comentou à CNBC.O défice francês é de 7,5%, muito abaixo do défice de mais de 11% da Grécia, Irlanda e Espanha, e a dívida pública da economia liderada por Sarkozy é de 78% do PIB, o que compara com os 115% da Grécia e os 73% da Alemanha, nota o mesmo especialista.

MRA Alliance/DE

Europa está em “negação” e testes de stress foram “patéticos”, diz ex-quadro do FMI

terça-feira, dezembro 7th, 2010

Kenneth Rogoff, antigo economista-chefe do FMI, não poupa críticas ao modo como Bruxelas está a enfrentar a crise. “Eles só podem estar num estado de negação.

Eles tentaram garantir tudo, dizendo ‘bem, a Alemanha e o FMI estão por detrás disto e é inconcebível para um membro da zona euro reestruturar a sua dívida'”, disse hoje Rogoff, professor na Universidade de Harvard, à Bloomberg.Para Rogoff a actual crise da dívida soberana resultará muito provavelmente numa reestruturação das dívidas grega, irlandesa e portuguesa. “Seremos muito sortudos se se evitar a reestruturação”, declarou, antecipando que os problemas europeus se vão manter em “2011, 2012 e 2013”, embora talvez num ambiente de retoma mais robusta.

O antigo economista-chefe do FMI classificou ainda como “patéticos” os testes de ‘stress’ à banca europeia. “Disseram-nos que todos estão bem e que não há motivos para preocupação”, notou, concluindo que “agora a sua credibilidade é a mais baixa de sempre”.

MRA Alliance/DE 

MetLife paga 200 milhões para se proteger contra incumprimento de Portugal

segunda-feira, dezembro 6th, 2010

A maior seguradora norte-americana do ramo vida pagou 200 milhões de dólares num ‘seguro’ contra eventual incumprimento de Portugal. A MetLife investiu o equivalente a 150,62 milhões de euros em ‘credit-default swaps’ (CDS) sobre obrigações portuguesas, um sinal de que a gigante americana admite que Portugal pode falhar no pagamento dos seus compromissos.Ao comprar CDS indexados a dívida portuguesa, a MetLife garante assim que receberá parte do dinheiro investido em Portugal se o País entrar em ‘default’. O anúncio foi feito hoje pelo ‘Chief Investment Officer’, Steven Kandarian, numa apresentação em Nova Iorque, citada pela Bloomberg, onde também se revela que a exposição da empresa a Portugal é de 379 milhões de dólares e à Grécia de 735 milhões.

MRA Alliance/DE

UE: FMI quer mais dinheiro para «engordar» fundo de resgate

domingo, dezembro 5th, 2010

O FMI vai pedir aos governos da Zona Euro, na reunião de amanhã do Eurogrupo, o reforço das verbas do fundo de resgate europeu, actualmente com 750 mil milhões de euros. O FMI aconselha igualmente o BCE a comprar mais dívida para evitar que esta crise faça «descarrilar» ainda mais a recuperação económica.

As recomensações fazem parte do relatório que o secretário-geral do FMI vai apresentar aos ministros das Finanças da Zona Euro. «Há um forte argumento para aumentar os recursos disponíveis para essa rede de segurança e tornar o seu uso mais flexível, inclusive para a finalidade de fornecer um apoio mais eficaz aos sistemas bancários».

A instabilidade que se vive nos países periféricos do euro constitui «um risco negativo grave», diz o relatório, a que a Reuters teve acesso. Mesmo depois do resgate irlandês, a pressão não pára de aumentar em relação ao possível contágio a Portugal, Espanha e a outros países endividados.

O plano de compra de Obrigações do Tesouro posto em prática pelo BCE deverá ser também «expandido» até que as incertezas sistémicas diminuam. As operações de dívida levadas a cabo pelo BCE têm surtido efeito. No que toca a Portugal, os juros da dívida voltaram a baixar da barreira «psicológica» dos 7%.

MRA Alliance/AF

Governo espanhol aprovou novas medidas anti-crise

sexta-feira, dezembro 3rd, 2010

O governo espanhol aprovou hoje novas medidas anti-crise, que incluem uma baixa de impostos para as pequenas e médias empresas, aumentos de taxas sobre o tabaco e a privatização parcial da gestão de aeroportos e lotarias.A ministra da Economia, Elena Salgado, anunciou as novas medidas afirmando que pretendem “melhorar a competitividade da economia” e que “facilitarão o desenvolvimento da atividade empresarial”.

O executivo espanhol decidiu também hoje marcar para 28 de janeiro a aprovação em conselho de ministros da reforma do sistema de pensões, com aumento da idade de aposentação dos 65 para os 67 anos, para posterior debate no parlamento.

MRA Alliance/Lusa