Archive for the ‘Custos’ Category

Gastos com contratação de médicos e enfermeiros aumentaram 500%

domingo, agosto 21st, 2011

Os gastos das Administrações Regionais de Saúde com a contratação de médicos e enfermeiros através de empresas aumentaram cinco vezes entre 2009 e 2010, passando de 3,7 milhões para 20,8 milhões de euros, revela um relatório da Administração Central dos Sistemas de Saúde.

Apesar de se ter verificado uma redução na rubrica Custos com Pessoal entre 2009 e 2010, o recurso a “trabalhos especializados – serviços técnicos de recursos humanos prestados por empresas, foi muito significativo, decorrente essencialmente, da contratação de médicos e de enfermeiros, através de empresas”, refere o relatório da actividade dos Agrupamentos de Centros de Saúde em 2010, divulgado no site da Administração Central dos Sistemas de Saúde (ACSS).

MRA Alliance/JN

Factura média da electricidade e gás aumenta 10 euros por mês

sexta-feira, agosto 12th, 2011

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, anunciou hoje que a partir de Outubro o IVA sobre a electricidade e gás passa de 6% para 23%, antecipando uma das medidas de consolidação orçamental programadas para 2012.

A factura média de electricidade dos portugueses ronda actualmente os 40 euros mensais. Segundo as contas feitas pelo Jornal de Negócios, retirando o imposto de 6% chega-se a uma conta da luz de 37,75 euros. Aplicando a este montante a nova taxa de IVA de 23% chega-se a 46,34 euros. O que implica o pagamento de mais 6,43 euros por mês. Isto significa que entre Outubro e Dezembro os portugueses vão, em média, desembolsar mais 19 euros pela electricidade.

Numa factura de gás de 25 euros, valor médio para um casal com filhos, o cliente paga agora 1,4% em IVA. Com o imposto a 23%, paga 5,42 euros. O que significa que a conta final passa dos 25 para os 29 euros. São mais quatro euros por mês, e 12 no acumulado do último trimestre. Tudo somado são mais 10,4 euros por mês entre luz e gás, o que dá um aumento de 16%. São mais 31,2 euros entre Outubro e Novembro.

MRA Alliance

Estado deve 30 milhões aos advogados oficiosos

quarta-feira, agosto 3rd, 2011

A Ordem dos Advogados anunciou esta quarta-feira que o Estado deve cerca de 30 milhões de euros aos advogados que prestam apoio judiciário e que vai realizar uma assembleia geral extraordinária em Setembro para discutir esta questão.

Num documento dirigido à classe, divulgado no seu site na Internet, a ordem lembra que a 29 de Julho passado o bastonário dos advogados, Marinho Pinto, e a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, reuniram-se e decidiram “proceder a uma auditoria conjunta aos processos registados no âmbito do apoio judiciário”.

Essa decisão foi tomada depois de a ministra ter apresentado “um relatório que concluía pela existência de irregularidades nos pedidos de pagamento de honorários formulados por um número significativo de advogados”.

Segundo a ordem, “tal conclusão alicerçava-se no confronto que havia sido feito entre a informação introduzida pelos advogados na plataforma informática SinOA com a informação constante dos respectivos processos judiciais”.

No documento dirigido aos advogados, Elina Fraga, 1.ª vice-presidente do Conselho Geral da OA, realça que, da mesma forma que “a Ordem dos Advogados manifestou disponibilidade” para colaborar na auditoria para “total apuramento da verdade”, também “colocará igual empenho na obtenção do pagamento dos honorários em dívida”, que ascendem a “29.610.034,29 euros”, só nos processos registados no sistema informático SinOA.

Assim, a ordem vai exigir ao Ministério da Justiça “o pagamento imediato de, pelo menos, todas as notas de honorários lançadas na plataforma Citius e todas as notas de honorários do SinOA, nas quais o advogado apenas reclame o pagamento dos honorários/compensação do processo, sem qualquer acréscimo remuneratório”.

A ordem considera que “quer nas notas de honorários lançadas no Citius (da inteira responsabilidade das secretarias judiciais), quer nas notas de honorários do SinOA, não há qualquer possibilidade de o advogado ter reclamado uma quantia indevida ou que dependa de qualquer verificação dos actos praticados, o que, desde logo, deve obstar ao protelamento de tais pagamentos”.

Por outro lado, entende a ordem que deve ser dada prioridade à análise dos processos com pagamentos pendentes, reportados ao período de Janeiro a Junho de 2011, para que “sejam regularizados, com urgência, também estes honorários já em falta”.

Elina Fraga anuncia aos colegas a convocação de uma assembleia geral extraordinária para 24 de Setembro próximo, para “discutir e apreciar os atrasos do Estado no pagamento dos honorários no âmbito do Sistema do Acesso ao Direito”.

Entretanto, vários foram os advogados que prestam apoio judiciário que utilizaram a rede social Facebook para pedir ao bastonário que suspenda esse apoio no início do ano judiciário, em Setembro, caso os pagamentos do Estado relativos ao primeiro semestre deste ano não sejam cumpridos.

Isabel Marcelino, a prestar apoio judiciário na Comarca de Sintra, é uma defensora desta posição, concordando, contudo, com a auditoria.

E desafia o bastonário Marinho Pinto a “suspender a colaboração da Ordem dos Advogados e obviamente a dos advogados inscritos no SinOA até que sejam efectivamente pagos os valores em dívida e já vencidos correspondentes ao 1.º semestre do ano de 2011”.

“Fazendo cessar as nomeações e as intervenções em escala, para já durante todo o mês de Setembro, espero eu, seria a ministra da Justiça forçada a ter uma postura diferente relativamente ao trabalho de todos nós”, considera.

MRA Alliance/JN

Aumento dos transportes públicos pode abrir vaga de fundo contra austeridade

quinta-feira, julho 21st, 2011

O ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, foi chamado pela oposição de esquerda a ir ao Parlamento dar esclarecimentos sobre os aumentos de 15% nos transportes públicos, num clima de forte contestação por parte dos sindicatos e das organizações de utentes que querem avançar com protestos públicos.

O PCP classificou a medida como um “colossal aumento” que afecta a população com menores rendimentos.  O BE quer saber que futuro o governo planeia para o sector. A deputada do Bloco de Esquerda Catarina Martins argumentou que “o aumento de 15% nos tarifários é escandaloso e inaceitável. Estamos a falar de um aumento quase cinco vezes superior ao da inflação”, afirmou, considerando que só “o extremismo ideológico do Governo e da `troika”” justificam a medida.

O PS criticou a decisão do Governo considerando que incentivará o uso do carro particular e agravará o défice externo, através do aumento da factura dos combustíveis.

O executivo contra-argumenta com números. Segundo o ministério da Economia, a dívida total das empresas públicas do sector ascendeu a 16,8 mil milhões de euros, um valor que triplicou nos últimos dez anos e que representa 10% do PIB.  O montante anual de encargos com juros, em 2010, ascendeu a 590 milhões de euros. No mesmo ano, o prejuízo de todas as empresas atingiu os 940 milhões de euros.

MRA Alliance/Agências

Aumento do petróleo baralha cálculos do crescimento português

sexta-feira, fevereiro 4th, 2011

O aumento do preço do petróleo, caso continue ao longo do ano, vai criar dificuldades acrescidas ao crescimento da economia portuguesa, com efeitos sobre o consumo, as exportações e sobre a receita pública, disseram hoje analistas à Lusa.O preço do petróleo atingiu hoje máximos de 28 meses, ultrapassando os 103 dólares, com a violência entre apoiantes e opositores do presidente do Egito, Hosni Mubarak, a espalhar no mercado medos de que a instabilidade egípcia se espalhe aos países do Médio Oriente.

Concordando que é ainda necessário esperar para ver se a tendência deste início de ano se manterá ao longo de 2011, o economista João Duque, Rui Serra, economista-chefe do Montepio e Agostinho Alves, analista do BPI, estão também de acordo que os preços atuais, a continuar, criam novos dificuldades ao crescimento da economia portuguesa.

MRA Alliance/DD

Portugal: Cortes salariais de 104 milhões em 15 empresas públicas

domingo, janeiro 23rd, 2011

As entidades do Sector Empresarial do Estado (SEE) começaram ontem a revelar mais pormenores sobre os planos de contenção salarial, face à exigência explícita de “cumprimento imediato” por parte do ministério das Finanças, revela hoje o jornal Público. Só em 15 destas empresas públicas, incluindo a CGD, a TAP e os CTT, a redução de, pelo menos, cinco por cento das remunerações totais ilíquidas vai permitir uma poupança superior a 104 milhões de euros.

O Governo impôs que o SEE não iria escapar aos cortes, mas permitiu, através de uma resolução do Conselho de Ministros, regimes de adaptação a cada entidade, desde que fosse respeitado o tecto dos cinco por cento de redução total e isentados os trabalhadores com salários inferiores a 1500 euros brutos. Aproveitando a oportunidade, algumas empresas públicas fizeram chegar às Finanças os seus planos de contenção e aguardavam uma resposta da tutela para poderem avançar.

Ontem, o ministério de Teixeira dos Santos admitiu que essas propostas ainda não foram validadas, mas frisou que isso não serve de justificação para evitar os cortes. E, por isso, exigiu o “cumprimento imediato” das medidas, alertando que a sua aplicação será “monitorizada”.

É na CGD, onde trabalham 22.237 pessoas, que as reduções vão gerar maiores ganhos, chegando a 38,5 milhões de euros. A TAP, com 14.000 trabalhadores, é a segunda na lista das maiores poupanças, que atingem 19 milhões de euros por ano. Nos CTT, onde as reduções salariais podem gerar ganhos de 14 milhões de euros, vão ser diminuídas as remunerações de 2800 trabalhadores, seguindo a tabela da função pública (que varia entre os 3,5 e os dez por cento). Foi o que fizeram muitas outras entidades do SEE, como a CP, que vai poupar 5,1 milhões de euros, e a gestora aeroportuária ANA, que, além de poupanças de 4,4 milhões com os cortes de remunerações, pondera retirar os prémios de desempenho.

Ainda não se sabe de que forma estes ganhos vão contribuir para a redução do défice. Contactado pelo Público, o Ministério das Finanças não explicou se o Estado ganhará indirectamente, através de um aumento dos dividendos, por exemplo, ou se está a estudar uma solução alternativa.

MRA Alliance

Famílias portuguesas vão gastar mais 900 euros por ano em bens essenciais

sexta-feira, janeiro 14th, 2011

O custo de vida vai pesar ainda mais sobre as carteiras das famílias portuguesas em 2011. Com a escalada já esperada nos preços dos bens essenciais são mais 900 euros que teremos de desembolsar, para além do até agora habitual orçamento familiar para o prazo de um ano.

As contas foram feitas pela DECO, Associação de Defesa do Consumidor, pegando nos aumentos já anunciados, como a electricidade, o gás ou os tarifários dos telemóveis, e também aqueles que são previsíveis – como por exemplo um acréscimo de 12% no preço do pão.

De qualquer modo, os cálculos não têm em conta as despesas com o crédito à habitação. Mas também estas vão agravar-se com o aumento das taxas de juro. Quer isto dizer que os gastos das famílias serão, na realidade, ainda maiores. A verdade é que só os bens essenciais pesam quase 80% no orçamento de um agregado deste tipo.

MRA Alliance/AF 

Combate à crise em Portugal custou 20 mil milhões

segunda-feira, dezembro 7th, 2009

Portugal concedeu no ano passado ajudas de Estado no valor de 20 mil milhões de euros para ajudar a combater a crise económica e financeira, segundo dados hoje divulgados pela Comissão Europeia.

Segundo o último Painel de Avaliação dos Auxílios Estatais da Comissão Europeia, o valor das ajudas aprovadas por Bruxelas para 2008 é equivalente a 0,26% do produto interno bruto (PIB) português, enquanto a média europeia é de 1,7% do PIB.

Considerando as ajudas de Estado concedidas para o combate à crise até 11 de Novembro último, o valor sobe para os 24,45 mil milhões de euros.

MRA Alliance/Agências 

Starbucks vai encerrar 600 coffee-houses desconhecendo-se os planos para Portugal

quarta-feira, julho 2nd, 2008

A cadeia de cafés Starbucks, Seattle, EUA, supreendeu o mercado ao anunciar que, em lugar das 100 inicialmente previstas, irá encerrar 600 das 7 100 lojas nos EUA (- 8.5%) e despedir 12 000 empregados devido à crise do consumo. A franquia global tenta desta forma reduzir custos e amortizar no próximo balanço trimestral activos não lucrativos no montante de USD 200 milhões. Nos últimos 12 meses as acções da empresa caíram cerca de 40%. “O actual ambiente de negócios é o pior na história da companhia. A queda dos preços imobiliários, os custos crescentes da energia e dos consumíveis da marca – produtos alimentares e outros – estão a ter um impacto negativo nos nossos consumidores”, disse Howard Schultz, co-fundador, presidente e CEO da multinacional. A Starbucks que opera em 44 países, previa no início do ano juntar Portugal e a Bulgária ao seu universo global. Schultz declarou no primeiro trimestre de 2008, que a empresa planeava focalizar as actividades na Europa diminuindo, simultaneamente, o ritmo de abertura de novos cafés nos Estados Unidos. Fora do país de origem, a Starbucks contava abrir em 2008 mais 975 lojas, num investimento total superior a 700 milhões de euros. O DN, há uma semana, revelou que “a Starbucks já está a contratar pessoal em Portugal com vista à abertura da primeira loja, cujo local ainda não é conhecido.” Actualmente com cerca de 16 mil unidades espalhadas pelo Mundo, a Starbucks arrancou em 1971. Em 1992, quando passou a ser cotada em bolsa, a rede detinha apenas 165 lojas. No final do primeiro trimestre de 2008 obteve 108,7 milhões de dólares de lucros, uma reducção de 28% face a idêntico período de 2007. O expansionismo agressivo da empresa a nível mundial e os decepcionantes resultados levaram ao despedimento, em Janeiro passado, do CEO Jim Donald e ao regresso de Schulz ao cargo, após um hiato de oito anos.

MRA Dep. Data Mining

Brasil: Inflação ameaça, «cesta básica» sobe 30% no 1.º semestre

terça-feira, julho 1st, 2008

Cesta Básica - Autoria Spon Holz/BRO preço da cesta básica já subiu quase 30% no primeiro semestre de 2008. Um estudo do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) mostra que o preço do cabaz alimentar brasileiro aumentou em todas as 16 capitais pesquisadas. O maior aumento foi verificado em Recife (29,24%) e João Pessoa (25,37%). As menores subidas ocorreram nas cidades de Aracaju (12,03%), Goiânia (11,83%) e Belém (10,47%). No mês de Junho, a inflação corrente dos alimentos atingiu o preço da cesta básica em 14 das 16 capitais. Os maiores aumentos no conjunto de produtos verficaram-se em Goiânia (10,64%), Brasília (6,43%), Rio de Janeiro(5,93%) e Salvador (5,38%). As únicas quedas aconteceram em Vitória (1,13%) e em Fortaleza (0,35%). Sinais ameaçadores e economicamente difíceis de entender num país que é independente em termos energéticos e alimentares e possuiu fundamentais macroeconómicos dos mais estáveis e consistentes do continente sul americano. MRA Dep. Data Mining

Goldman Sachs prevê petróleo a USD 175,00/barril

sábado, março 15th, 2008

crise petrolíferaO banco de investimento norte-americano alertou hoje para o facto dos preços das matérias-primas poderem registar “subidas explosivas” nos próximos dois anos, com os preços do petróleo a atingirem os 175 dólares por barril. Segundo um relatório hoje emitido pelo Goldman Sachs, as decisões políticas sobre os fluxos de capital, trabalho e tecnologia estão a “restringir de modo substancial o crescimento dos fornecimentos” das matérias-primas. Na sessão de ontem, os preços do petróleo atingiram o valor recorde de 111 dólares, sendo que as estimativas de 175 dólares por barril “representam o nível de preços requerido para manter o crescimento económico face às nossas previsões de crescimento anémicas, assumindo que o crescimento dos EUA volta a acelerar no início do ano que vem”, refere a nota do banco americano. Fonte: Diário Económico