Archive for the ‘commodities’ Category

Bolsas afundam, euro treme e ouro atinge máximo histórico

segunda-feira, abril 18th, 2011

Apreensão na bolsa de Wall StreetA tensão latente no arranque da semana nos mercados é cada vez mais preocupante. Rumores sobre reestruturação da dívida grega até ao Verão e ameaça da Standard & Poor’s (S&P) ao intocável ‘rating’ ‘AAA’ norte-americano ditaram quedas superiores a 2% nas bolsas, atiraram os juros dos periféricos para novos recordes e motivaram uma depreciação de 1,67% do euro face ao dólar.Lisboa não foi excepção. O PSI 20 emagreceu 2,35% e ficou com todas as cotadas negativas – numa sessão em que o ouro se reafirmou como um dos refúgios preferidos dos investidores: a onça do metal amarelo está a um pequeno passo dos 1.500 dólares.

A manhã começou com novos rumores de que a reestruturação da dívida helénica é inevitável. Atenas desmente, Bruxelas descarta essa hipótese, mas os mercados parecem acreditar nela: Madrid, Frankfurt, Londres e Paris escorregaram mais de 2%, com o sector financeiro a liderar as perdas. O mesmo aconteceu em Lisboa: BES, BCP e BPI fecharam a cair mais de 2%.

Outro sintoma de que a renegociação da dívida grega poderá em breve ser uma realidade é o nervosismo que se instalou nos mercados de dívida, com as ‘yields’ dos periféricos a acelerarem até novos máximos históricos. A taxa portuguesa a dois anos, por exemplo, superou hoje, pela primeira vez, a barreira dos 10%. Há um ano estava em 2,2%. O euro também sofria com perdas de 1,67% para 1,4189 dólares. No mesmo sentido, o barril de ‘brent’ recuava 1,9% em Londres para cotar nos 121 dólares.

Tudo ficou (ainda) pior logo ao início da tarde, com o aviso da S&P de que o ‘rating’ dos EUA está em risco por falta de acordo entre democratas e republicados para contrariar a deterioração orçamental da maior economia do mundo. A ameaça da agência atirou Wall Street ao tapete – Dow Jones, Nasdaq e S&P 500 cediam quase 2% – e fez o índice VIX, um barómetro do pânico em Wall Street, disparar 18%. Por cada cotada que subia em Nova Iorque, cinco estavam em queda e nem os resultados do Citigroup, que saíram melhores que o previsto, conseguiam contrariar a pressão vendedora.

O resultado final em Lisboa foi o segundo maior tombo em 2011 do índice PSI 20, que tem agora saldo anual negativo. Sete cotadas fecharam hoje com tombos acima de 3% e apenas três (Cimpor, PT e REN) caíram menos de 1%. As atenções dos investidores em Lisboa continuam a estar centradas nas negociações com o FMI, das quais devem sair novidades nos próximos dias.

MRA Alliance/DE

Milho em máximos de 30 meses

segunda-feira, abril 4th, 2011

O anúncio de que o nível das reservas de cereal caiu no mês de Março está a provocar uma escalada no preço do milho. O Governo norte-americano anunciou hoje que as reservas de milho caíram para 6,5 mil milhões de alqueires, em Março, o nível mais baixo em quatro anos, devido às fracas colheitas e também ao crescente aumento da procura.

A impulsionar os preços do milho estão ainda as condições climatéricas no Midwest, a principal região produtora nos EUA, que poderão fazer atrasar a colheita de primavera, contribuindo ainda mais para o encolher das reservas cerealíferas.

Dados compilados pela Bloomberg mostram que os agricultores deverão semear, este ano, cerca de 92 milhões de acres (cerca de 37 milhões de hectares), o que representará a maior área semeada desde 1944. No entanto, o aumento da procura por bens alimentares e por cereais para fabrico de biocombustíveis podem condicionar as reservas mundiais.

Os contratos de milho para entrega em Maio apreciavam 2,1% para 7,5175 dólares o alqueire, depois de já terem tocado nos 7,5675 dólares. O milho é a colheita mais valiosa dos EUA, tendo sido avaliada em 66,7 mil milhões de dólares em 2010, segundo dados do Governo norte-americano.

MRA Alliance/DE

Retoma do têxtil ameaçada pela subida do algodão mas optimismo mantém-se

domingo, março 6th, 2011

“A subida vertiginosa das matérias-primas, que nos últimos meses duplicaram de preço,” é a grande ameaça que paira sobre a recuperação do sector têxtil, vestuário e calçado, considera João Costa, presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP). A mesma opinião tem Joaquim Fernandes, administrador da Mundifios, a empresa que lidera o ‘ranking’ das PME Líder deste sector: “O principal factor de apreensão é o forte aumento das matérias-primas, nomeadamente do algodão, que obriga a um esforço financeiro muito superior ao normal por parte dos produtores”.

Joaquim Fernandes alerta ainda que “nos casos de uma elevada dependência de capitais alheios, uma elevada necessidade de crédito muito superior à disponível acaba por originar reduções forçadas de produção e a jusante um maior desequilíbrio entre a oferta e a procura”.

Mundifios perspectiva para 2011 “um crescimento sustentado, alicerçado na constante aposta em novos produtos e no desenvolvimento das exportações”, através do amadurecimento da posição em alguns mercados e também pela entrada em novas geografias, adianta Joaquim Fernandes. Para João Costa, este ano pode ser “um ano de crescimento”, nomeadamente pela aposta já feita em 2010 na diversificação dos mercados de exportação. “A avaliar pela tendência positiva do primeiro mês do ano na colocação de encomendas, 2011 será um ano de crescimento”, reforça o presidente da ATP.

Segundo João Costa, o ano passado “foi um ano de melhoria, com crescimentos na exportação da ordem dos 6%”. Embora ainda não hajam números finais, em 2010, o sector do têxtil e vestuário deverá ter exportado quase 3.700 milhões de euros, que corresponde a perto de 70% das vendas globais do sector.

MRA Alliance/DE 

Ouro, prata e zinco são as grandes apostas para 2011

terça-feira, dezembro 28th, 2010

barras e moedas de prata e ouroA Bloomberg sondou mais de 100 analistas, traders e investidores para tentar antecipar quais serão os melhores investimentos em 2011. Para a maioria dos inquiridos as matérias-primas são a grande aposta para o próximo ano, apesar dos elevados ganhos conquistados ao longo de 2010 e do mercado estar a antecipar uma valorização do dólar face ao euro que, teoricamente, tornaria as commodities menos atractivas.

Nesta classe de activos, a onça de prata será o investimento com maior retorno em 2011, segundo a sondagem da Bloomberg, esperando-se uma apreciação de 37% do metal precioso. Seguem-se a onça de ouro (23%), que deverá atingir os 1.700 dólares, e ainda o zinco (21%), que fechará 2010 com um dos desempenhos mais fracos entre os metais. Trigo (17%) e milho (14%) também devem somar ganhos de dois dígitos em 2011.

Na base destas previsões estão sobretudo as expectativas de que a China cresça 9% no próximo ano, face aos 10% esperados para 2010, mas também uma recuperação mais acentuada da economia norte-americana. Os economistas sondados pela Bloomberg apontam para uma progressão de 2,5% do PIB americano no primeiro trimestre e de 3,5% nos últimos três meses do ano.

Os peritos também notam que enquanto os mercados accionistas mundiais estão ainda a 11 biliões de dólares da capitalização recorde obtida em 2007, o montante aplicado em matérias-primas nesse período aumentou em 80%.

MRA Alliance/DE

Dramático aumento do preço do ferro ameaça retoma europeia

sexta-feira, abril 2nd, 2010

Transporte de minério de ferroA crescente importância do mercado chinês levou os maiores produtores mundiais de ferro a mudar o sistema de fixação de preços daquela matéria-prima. Uma decisão que poderá levar a aumentos na ordem dos 80 a 100 por cento, ameaçando a retoma das economias europeias.

A mudança no sistema de fixação do preço do ferro, já mereceu uma queixa da Eurofer (que representa a indústria europeia do aço) junto dos serviços da Concorrência da União Europeia. Para aquela associação, a concentração de mercado nas mãos de três grandes grupos – Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), Rio Tinto e BHP, que, juntos, controlam ¾ do mercado – desequilibra o mercado.

«É urgente que as autoridades da concorrência mundiais olhem para o comportamento das três companhias que dominam o negócio», disse ao Diário Económico Ian Christmas, director-geral da Worldsteel, que representa cerca de 180 siderúrgicas, responsáveis por 85 por cento da produção mundial.

MRA Alliance/DE

China: Espionagem da Rio Tinto custou € 72 000 milhões às siderúrgicas chinesas

segunda-feira, agosto 10th, 2009

Um relatório da agência chinesa de protecção de segredos de Estado contabilizou em 72 mil milhões de euros os danos causados por actos de espionagem da Rio Tinto, uma das maiores empresas mundiais de exploração de minérios, para encarecer as matérias primas usadas pela indústria transformadora da China.

Segundo o jornal Shanghai Daily, as siderúrgicas chinesas pagaram em excesso cerca de 72 mil milhões de euros devido à alegada obtenção ilegal de segredos industriais e comerciais por parte de representantes da companhia anglo-australiana, nos últimos seis anos.

As autoridades da República Popular chegaram a esta conclusão após um processo de investigação iniciado na sequência da prisão, a 5 de Julho, de cinco executivos da Rio Tinto então acusados de espionagem e roubo de segredos do Estado chinês.

As acusações, que também incluem práticas de suborno, ficaram provadas pela análise aos dados dos computadores apreendidos aos quadros da Rio Tinto, que continuam detidos no país.

MRA Alliance/Agências�

Palop’s vão acompanhar África na retracção econonómica até 2010

sexta-feira, junho 13th, 2008

O crescimento económico dos países africanos de língua oficial portuguesa deverá acompanhar o abrandamento global do continente, que cairá de 6,3 por cento este ano para 5,6 por cento em 2009, segundo o Banco Mundial (BM). Nos termos do relatório “Desenvolvimento Global”, divulgado pelo BM à margem da conferência anual da organização dedicada ao desenvolvimento (ABCDE), que terminou ontem na Cidade do Cabo, África do Sul, o crescimento económico em Moçambique descerá de 7,2 por cento em 2008, para 6,7 por cento em 2009 e 6,6 por cento em 2010. Em Cabo Verde a tendência será semelhante: 7,1 por cento de crescimento este ano, 6,9 por cento em 2009 e 6,4 por cento em 2010. Angola terá, nas previsões do BM, a queda mais acentuada, passando de uma previsão de crescimento de 25,4 por cento este ano para 6,7 por cento em 2009, voltando a subir para 10,2 por cento em 2010. A oscilação, de acordo com Hans Timmer, co-autor do relatório, reflecte “quase integralmente o desempenho da produção petrolífera”. A Guiné-Bissau será o único país lusófono africano a crescer, embora timidamente, nos próximos anos, de acordo com o BM – 2,9 por cento em 2008, 3,3 por cento em 2009, 3,4 por cento em 2010. No relatório, o BM realça que a taxa e crescimento prevista para o continente africano em 2008, 6,3 por cento, é, ainda assim, “a mais elevada em 38 anos”. O crescimento previsto para 2010, 5,9 por cento, está “ligeiramente acima da média dos últimos cinco anos”.

MRA/Agências

EUA: Soros adverte senadores para perigos da bolha energética

quarta-feira, junho 4th, 2008

George SorosGeorge Soros alertou ontem o congresso americano que a subida dos preços do petróleo pode desencadear uma recessão nos Estados Unidos e acelerar um grave colapso bolsista. O depoimento foi prestado perante uma comissão do senado encarregada de averiguar o papel dos especuladores nos mercados das «commodities» e de adoptar normas mais rigorosas para a respectiva regulação. O bilionário Soros, mega-especulador nos mercados da dívida, matérias-primas e taxas de câmbio, esclareceu os senadores que a subida dos preços do «crude» não é apenas provocada por movimentos especulativos. Eles “reforçam a pressão sobre os preços”, mas são “distintamente prejudiciais” à economia, disse. Em sua opinião, a inflação do «crude» assenta na conjugação de quatro factores: 1) Encarecimento da descoberta de novas reservas; 2) Défice da oferta; 3) Subsídios aos preços dos produtos petrolíferos nos países produtores; 4) Especulação. Conjugadamente – disse Soros – todos contribuíram para a actual “bolha” que, provavelmente, só rebentará quando os preços do petróleo atingirem níveis suficientemente elevados para empurrarem a economia para uma recessão. Ontem, numa antevisão do depoimento, o Financial Times afirmou que Soros acha que “está a crescer uma bolha” nos mercados das matérias primas e que os respectivos “índices não são uma classe legítima de activos para investidores institucionais” actuarem nos mercados futuros. MRA/Agências/FT

Especulador G. Soros vai ao Congresso denunciar manipulação das «commodities»

segunda-feira, junho 2nd, 2008

George SorosO gestor de fundos de cobertura de investimentos (hedge funds) George Soros e um executivo de topo da bolsa de mercadorias «Chicago Mercantile Exchange» irão depor, na próxima terça-feira, no Senado americano, sobre a alegada manipulação dos mercados energéticos que está a inflacionar o preço do petróleo e de outras «commodities». Soros, que virou lenda após a sua bem sucedida especulação contra a libra esterlina, em 1992, alertou recentemente para o papel que os «traders» financeiros estão a ter nos mercados das matérias primas. Numa entrevista ao canal britânico Telegraph TV, Soros afirmou que o preço do petróleo está a ser afectado por manipulações e movimentos especulativos que, em sua opinião, estão a criar “uma super bolha” que afecta igualmente os bens alimentares e agrava a recessão mundial. Na terça-feira, a Comissão do Senado para o Comércio, Ciência e Transportes tentará identificar quais os factores que a Comissão Federal do Comércio deverá ter em conta, no processo de regulação, para prevenir a manipulação dos preços do «crude» e dos produtos refinados. A investigação é vista pelos analistas como um acto “sem precedentes” nos Estados Unidos. MRA

Preços de cereais não voltarão a baixar para níveis de 2006, diz comissária UE

quinta-feira, maio 29th, 2008

A comissária europeia para a Agricultura disse hoje em Lisboa que os preços dos cereais vão estabilizar nos próximos tempos num valor alto e não voltarão a atingir os montantes baixos de 2006. “Já houve uma descida dos preços [dos cereais], embora ainda estejam acima de 2006 (…) Não voltaremos a ter os preços baixos de 2006″, resultado de várias descidas que não se vão repetir afirmou a comissária europeia para a Agricultura e Desenvolvimento Rural, Mariann Fischer Boel. A comissária recordou que a União Europeia já avançou algumas medidas para tentar minorar as consequências da subida dos preços dos cereais como a abolição do pousio que vai acrescentar o terreno cultivado em cerca de 10 por cento, o equivalente a uma produção entre 13 e 15 milhões de toneladas. Outra decisão foi a suspensão temporária das tarifas de importação de cereais. “Queremos modernizar a agricultura europeia para que seja mais competitiva e mais simples”, concluiu. Mariann Fischer Boel está em Portugal, para uma visita de três dias, a fim de conhecer melhor a realidade agrícola do país. MRA/Agências

BID: 500 milhões de dólares para combater crise alimentar

quinta-feira, maio 29th, 2008

O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) anunciou uma nova linha de crédito de 500 milhões de dólares para ajudar países da América Latina e Caribe a combaterem os efeitos da crise global de alimentos. O BID disse que a actual crise de alimentos pode levar novamente à condição de pobreza extrema milhões de pessoas na região. Os governos podem usar os créditos para reforçar programas de protecção social para famílias pobres e financiar projectos que aumentem a produtividade rural. “O risco que a região enfrenta é muito concreto”, disse o presidente do BID, Luiz Alberto Moreno. “Se não fizermos nada, podemos perder o terreno ganho na luta contra a pobreza no últimos cinco anos”, acrescentou. O preço dos alimentos tem aumentado globalmente numa média de 68% desde janeiro de 2006, afirmou o BID. Um aumento sustentado de 30% nos seis produtos de consumo básico, como farinha, milho, carne, soja, açúcar e arroz, significaria que pelo menos 26 milhões de pessoas na região cairiam novamente na pobreza extrema, estimou o banco. MRA/Agências

Inflação agro-alimentar e petróleo acentuam desigualdades, pobreza e ameaçam paz mundial

terça-feira, abril 29th, 2008

Especialistas internacionais, da ONU/FAO à OMC passando pela OCDE, convergem num ponto: a combinação da inflacão agro-alimentar e energética vai tornar o mundo mais inseguro, mais pobre e mais desigual. Os ambiciosos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) para 2015 não estão apenas comprometidos. São inexequíveis e pura ficção. Os profetas do crescimento e do desenvolvimento perpétuos atiraram o mundo para um beco sem saída.

Ou consumimos menos e de forma mais inteligente, ou dentro de alguns decénios não teremos dinheiro suficiente para comprar comida, combustíveis e medicamentos para tratarmos as doenças que, crescentemente, vão diminuir a nossa qualidade de vida. Mais…

MRA – Dep. Data Mining

Russia e Mongólia acordam exploração de urânio e cooperação militar

sábado, abril 12th, 2008

Urânio - MongóliaA Rússia fechou ontem um acordo, em Moscovo, com o governo mongol para a exploração das ricas jazidas de urânio com o antigo satélite soviético, assinado pelos primeiros-ministros Viktor Zubkov e Bayar Sanjaa. A agência nuclear russa Rosatom informou que o compromisso estabelece o novo quadro da cooperação do complexo industrial-nuclear e militar russo na exploração, extracção e processamento do minério de urânio na Mongólia e na modernização das suas infra-estruturas de defesa e segurança. O aumento das encomendas para a construção de novas centrais nucleares em todo o mundo acentua a importância estratégica do acordo bilateral reinicia um período cooperação praticamente interrompido desde o colapso do império soviético, em 1991. O presidente russo Vladimir Putin, que teve uma reunião a sós com Sanjaa, no Kremlin, revelou que o tempo perdido nas relações diplomáticas e no intercâmbio comercial entre os dois países será recuperado rapidamente. O chefe do governo mongol agradeceu a cooperação militar russa e manifestou o seu interesse futuro “em desenvolver esta esfera de cooperação.”

MRA – Dep. Data Mining

Chinalco e Alcoa deram o primeiro passo para a compra da poderosa Rio Tinto

sábado, fevereiro 2nd, 2008

Rio Tinto - Minério de Ferro - AustráliaAs acções da empresa mineira global Rio Tinto subiram ontem 12,8%, com o anúncio de que a gigante chinesa de alumínio Chinalco e a norte-americana Alcoa formaram uma parceria para a compra de uma participação (12%) no conglomerado anglo-australiano, por um valor de USD 14,5 mil milhões/bilhões (mm/bi). Segundo o comunicado conjunto, as duas empresas informaram que “não pretendem actualmente fazer uma oferta” para adquirir a totalidade da Rio Tinto. No entanto, ambas podem mudar de estratégia caso a administração da Rio Tinto aprove o negócio ou se a BHP Billiton apresentar uma nova oferta com “termos melhorados”, relativamente à apresentada no ano passado. Recorde-se que há dois meses, a BHP fizera uma oferta de cerca de USD 130 mm/bi para adquirir 100% da Rio Tinto. A proposta foi rejeitada por o valor ter sido considerado demasiado baixo. O Painel de Aquisições do Reino Unido estabeleceu o próximo dia 6 para que a BHP faça uma oferta formal de aquisição ou desista do negócio.

Pequim considera esta fusão estratégicamente perigosa para a defesa dos interesses chineses no segmento das indústrias extractivas, temendo que a concentração BHPBilliton/Rio Tinto, as duas líderes globais do sector dos recursos minerais, possa encarecer ainda mais os preços das matérias-primas. O seu peso no segmento do minério de ferro, pode afectar o crescimento industrial chinês face à sua dependência deste recurso natural.

A Chinalco classificou a compra de 12% da Rio Tinto como o seu maior investimento estrangeiro até agora. Os chineses admitem a possibilidade de poderem fazer uma oferta para a compra total da companhia anglo-australiana caso algum concorrente tente o controlo accionista do conglomerado mineiro cotado em Londres e Melbourne. A Alcoa investiu apenas USD 1,2 mm/bi no negócio. (pvc/agências)

A economia britânica vai ser contaminada pela crise financeira em 2008, diz a CBI

sábado, janeiro 5th, 2008

CBI-Confederação da Indústria BritânicaA Confederação da Indústria Britânica advertiu no final da semana que o clima de negócios no Reino Unido, em 2008, enfrentará um período difícil face à crise global de crédito e ao aumento dos preços dos alimentos e da energia. Richard Lambert, director-geral do lóbi industrial britânico, exigiu que os bancos centrais vejam reduzida a sua autoridade para baixarem as taxas de juro, devido às ameaças inflacionistas provocadas pela subida dos preços das metérias-primas. Lambert considera inevitável a contaminação da economia real pelo impacto da crise creditícia uma vez que o sector financeiro representa quase 10% do PIB britânico. O porta-voz dos interesses da indústria, porém, mostrou-se optimista quanto à possibilidade de o Reino Unido conseguir “uma aterragem suave” no actual ciclo económico descendente, após vários anos de sólido crescimento. Lambert rejeitou a possibilidade de a economia entrar em recessão por duas razões: o início da fase de depreciação da libra esterlina e a flexibilidade do mercado de emprego.

MRA/Dep. Data Mining

Petróleo encerrou acima dos 99 dólares em Nova Iorque

quinta-feira, janeiro 3rd, 2008

Crude responde com forte subida à queda do dólarDepois de tocar pela segunda vez nos 100 dólares no mercado novaiorquino, hoje o preço do barril de crude fechou a sessão acima dos 99 dólares. O ligeiro recuo deveu-se ao anúncio da redução das reservas petrolíferas nos Estados Unidos pela sétima semana consecutiva. Desta forma, a aliviar dos valores mais altos de sempre, o barril de Brent (petróleo de referência na Europa) para entrega em Fevereiro encerrou no ICE de Londres a desvalorizar 28 cêntimos para os 97,49 dólares. Também o contrato de futuros do West Texas Intermediate (petróleo de referência nos Estados Unidos) fechou no NYMEX de Nova Iorque a perder 44 cêntimos, fixando-se nos 99,18 dólares.

O Departamento de Energia (DoE) dos Estados Unidos anunciou que as reservas de petróleo da maior economia do mundo registaram na semana passada uma queda superior à esperada pelos analistas, em 4 milhões de barris, contra os 1,7 milhões previstos pelos analistas. Fonte: Diário Económico

Cotações dos metais valorizam-se antecipando ciclo de alta nas «commodities» industriais

sábado, novembro 24th, 2007

Paládio - MinérioNa New York Mercantile Exchange (NYMEX) os metais foram hoje os grandes vencedores – o ouro (ver post anterior) foi acompanhado por outras «commodities» deste importante segmento, nos contratos fechados para entregas em Dezembro. O seu preço indica as tendências futuras em muitas indústrias globais. A prata valorizou-se em USD 0,315 fechando a USD 14,735/onça. O cobre subiu USD 0,103 passando a valer USD 2,991/ pound (454 gr.). O paládio subiu USD 3,55 fechando a USD 361,5/onça. Como curiosidade refira-se que este metal é muito usado na indústria eléctrica (contactos em sistemas electromecânicos/relays). Na indústria química e farmacêutica é usado como catalisador de reacções de hidrogenização. Na indústria automobilística é usado no fabrico de catalizadores para a redução das emissões de CO2. A indústria petrolífera usa-o no processo de produção de petróleo destilado. A medicina dentária recorre ao paládio para a produção de certo tipo de ligas. Na joalharia, combinado com o ouro, produz o chamado “ouro branco”. É classificado por investidores e traders profissionais como um dos minérios do século XXI. (pvc/agência/enciclopédia)

Petróleo a USD 200/barril foi a núvem negra que escureceu a cimeira da OPEP

domingo, novembro 18th, 2007

Chavez - OPEC - Ryad - 17/11/2007Os líderes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) na cimeira da organização em Riyad, Arábia Saudita, assistiram a alguns discursos inflamados sobre a possibilidade de o petróleo atingir os USD 200dólares/barril, designadamente o proferido, no sábado. pelo presidente da Venezuela Hugo Chavez. No seu estilo, Chavez apelou aos 13 países membros do cartel que assumam um protagonismo mais activo na geopolítica global e usem o petróleo como “arma diplomática”. Partiu do líder venezuelano a sibilina ameaça: “Se os Estados Unidos forem suficientemente loucos para atacar o Irão, ou agredir a Venezuela, o preço do barril de petróleo pode atingir os 150 ou até mesmo os 200 dólares.” O rei Abdullah da Arabia Saudita, na sua qualidade de aliado de Washinton no Golfo Pérsico, teve um discurso apaziguador frisando que “o petróleo é uma energia para construir e não um instrumento de conflito.”

Embora a conciliadora posição de Riyad e dos seus aliados do Golfo tenha prevalecido até agora na condução da estratégia pró-ocidental da OPEP, nos últimos anos acumularam-se os sinais de mudança. Os países moderados – Arábia Saudita, Emiratos Árabes Unidos, Iraque (sob ocupação militar), Koweit e Qatar – têm sido ultrapassados pelos países não alinhados ou claramente hostis aos países/blocos ocidentais – Venezuela, Irão, Argélia, Indonésia, Líbia, Nigéria, Angola (2007) Equador (readmitido em 2007). Em breve serão admitidos o México (que alinhará com os moderados), a Bolívia, Sudão e Síria (que engrossarão o grupo anti-ocidental). O cartel dos hidro-carbonetos está claramente a acompanhar a macrotendência da globalização: a erosão do domínio político-militar da Aliança Atlântica e a transferência dos centros de poder e de decisão para os grupo dos países emergentes.

Em Nova Iorque, o barril de light sweet crude para entrega em Dezembro fechou na sexta-feira a valer 95,10 dólares, uma subdia de 1,67 dólares. Em Londres, o barril de Brent para entrega em Janeiro encerrou a subir 1,39 dólares, nos 91,62 dólares. O movimento dos preços foi claramente influenciado pela declaração da OPEP de que que já não controla os preços do crude.

Barril de crude nos UDS 100 até sexta-feira?

quarta-feira, novembro 7th, 2007

petróleo contra dólarOs preços do crude encontram-se hoje em forte alta nas praças de Nova Iorque e Londres. A queda do USD face ao Euro e a tempestade que afectou a produção no Mar do Norte, afectando a actividade da BP de da ConocoPhilips, são as principais causas para a vigorosa e imparável valorização da commodity. A agência Bloomberg citando a ‘Wealth Daily’, adimitiu a possibilidade de, caso a metereologia no Mar do Norte prolongue o seu comportamento, a barreira dos 100 dólares por barril poder ser atingida no final desta semana.

Ouro passa a barreira psicológica dos USD 800 e promete subir ainda mais

quinta-feira, novembro 1st, 2007

Barras de ouro - Banco Central - AustráliaHoje na Austrália, os investidores iniciaram uma nova corrida ao ouro. A procura de títulos (acções, opções e futuros) relacionados com a cadeia de valor do metal amarelo explodiu após a cotação ter batido o recorde de 1980. Há horas atrás, o preço “spot” do ouro nos mercados asiáticos chegou aos USD 799,30, após ter ultrapassado a barreira dos USD 800 no overnight da bolsa novaiorquina de mercadorias NYMEX (New York Mercantile Exchange), a cotação mais alta registada nos últimos 28 anos.
David Moore, estrategista de commodities do banco australiano Commonwealth Bank revelou que a conjugação simultânea de três factores – persistente queda do dólar estadunidense, subida em flecha dos preços do petróleo e o novo corte na taxa de juros de referência decidida ontem para Reserva Federal (Fed) – impulsionaram a fuga dos investidores para um dos portos mais seguros dos mercados financeiros – ouro. Em declarações à Associated Press da Austrália (AAP), Moore manifestou-se convencido de que “no curto prazo, é possível que o ouro ainda se valorize mais se, como tudo indica, o dólar continuar a cair.” (pvc/aap)