Archive for the ‘Comércio Mundial’ Category
quarta-feira, julho 27th, 2011
A ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, afirmou hoje na Assembleia da República que o Governo vai revitalizar a marinha mercante em Portugal e promover um registo aligeirado para estes navios.
«O Governo pretende retomar e desenvolver a atividade da marinha mercante em Portugal e quer promover um regime aligeirado para o registo destes navios», disse a governante na sua primeira audição na Comissão de Agricultura e Mar.
MRA Alliance/Agências
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quarta-feira, dezembro 8th, 2010
As exportações alemãs registaram uma queda de 1,1% no mês de Outubro, contra as previsões dos analistas, devido a uma desaceleração no comércio mundial. O gabinete de estatística da Alemanha disse que a queda de 1,1% nas exportações da maior economia europeia acontece após um crescimento de 3% em Setembro.
Os analistas previam que as exportações da Alemanha – o segundo maior exportador do mundo, depois da China – iriam “estagnar nos 0,1%”. As importações, no entanto, subiram 0,3% depois de uma queda de 1,5% em Setembro.
O resultado é um saldo da balança comercial de 14,3 mil milhões de euros em Outubro, abaixo dos 16,8 mil milhões em Setembro.
MRA Alliance/DE
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quarta-feira, outubro 13th, 2010
O ministro alemão da Economia, Rainer Bruederle, disse ontem ao chegar à China que está iminente uma guerra comercial a nível global, com a desvalorização das moedas a servir como arma de ataque para os países promoverem as suas exportações e incentivarem a recuperação económica.
Na sequência de uma reunião do Fundo Monetário Internacional, que não produziu nenhum acordo no passado fim-de-semana, países asiáticos como a Tailândia, Japão e China anunciaram ontem medidas que poderão confirmar as previsões do ministro alemão e fazer regressar à região a crise financeira asiática de 1997, que se alastrou a todo o mundo.Na Tailândia, o governo chegou a acordo para implementar um novo imposto de 15% sobre os juros e ganhos de capital obtidos por investidores estrangeiros no mercado de obrigações do país, como parte de um pacote de medidas para limitar a rápida valorização da moeda tailandesa, o bath (subiu 11% em 2010).
Por seu lado, o ministro japonês das Finanças, Yoshihiko Noda, disse ontem que o governo adoptará medidas “decisivas” para travar a constante apreciação do iene face ao dólar, o que poderá significar uma nova intervenção de Tóquio no mercado cambial.Face ao iene, o dólar permanece nos níveis mais baixos dos últimos 15 anos, uma situação que alimenta a deflação no Japão, prejudica os as exportações e põe em perigo a manutenção da recuperação da economia japonesa, já ultrapassada pela China. Em Setembro, o governo de Tóquio interveio no mercado cambial pela primeira vez em seis anos e meio, para desvalorizar o iene.
Entretanto, o ministro da Economia do Brasil pediu ontem que o G20 chegue a um acordo na sua próxima reunião, na Coreia do Sul, para pôr fim à “guerra cambial” e evitar uma batalha comercial. Guido Mantega defendeu que, na reunião do G20, “os líderes possam discutir a questão cambial e tentar algum tipo de acordo para organizar esta disputa, que, no final das contas, é uma disputa comercial”. Falando numa iniciativa que decorreu no Conselho das Américas, em Nova Iorque, em parceria com a Câmara de Comércio Brasil-EUA, o ministro disse que, sem um acordo na área cambial, o mundo corre “o risco de ter um proteccionismo comercial e restrições para o livre fluxo de capitais”.MRA Alliance/Diário Económico
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segunda-feira, julho 19th, 2010
O Bundesbank antevê um forte crescimento da maior economia da Europa para o segundo trimestre, justificado pelo aumento global da procura e das exportações.
As vendas alemãs ao exterior ficaram muito acima das estimativas dos economistas inquiridos pela Bloomberg em Maio, chegando mesmo a mais do que duplicar a suas previsões. Já a confiança dos investidores, em Junho, subiu para o nível mais alto dos últimos dois anos.
O Bundesbank, que já havia aumentado, no mês passado, as previsões de crescimento para a Alemanha, diz agora que a economia irá crescer 1,9% este ano e 1,4% em 2011.
MRA Alliance/JdN
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domingo, janeiro 10th, 2010
O Departamento do Comércio chinês informou hoje que as exportações do país subiram 17,7% em Dezembro, face ao mesmo mês de 2008, altura em que este indicador foi fortemente afectado devido ao agravamento da crise de crédito global. Foi o primeiro aumento em 14 meses.
As exportações chinesas atingiram em Dezembro 130,7 mil milhões de dólares (90,7 mil milhões de euros), o quarto maior valor de sempre. Com o aumento registado em Dezembro, a China ultrapassa a Alemanha e assume o primeiro lugar do ‘ranking’ das exportações mundiais.
A puxar pelas exportações da China esteve a desvalorização do yuan. Uma situação que torna os produtos das empresas chinesas mais competitivos face aos que são comercializados em dólares.
Também as importações aumentaram 55,9% no último mês de 2009 para 112,3 mil milhões de dólares, um recorde histórico.
Os ganhos das exportações e das importações ficaram bastante acima das projecções dos economistas sondados pela Bloomberg.
MRA Alliance/Agências
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segunda-feira, setembro 21st, 2009
O comércio mundial vai contrair-se 18 por cento em 2009 e “recuperar ligeiramente” no próximo ano, indicam as últimas projecções da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) relativas à União Europeia divulgadas hoje, em Paris.
No documento “Economic Survey of the European Union” que analisa as principais tendências e desafios na Europa até 2011, a OCDE considera que “as mais recentes projecções indicam um declínio do comércio mundial de 18 por cento em 2009, a maior queda em décadas, e uma recuperação ligeira em 2010”.
A contracção do comércio e as consequências internas em termos de combate ao comércio livre estão entre as preocupações da OCDE, que afirma que um dos principais desafios da União Europeia e dos Governos dos Estados-membros é a resistência à pressão para a adopção de medidas proteccionistas.
[A queda no comércio mundial] “está a pôr pressão em muitos países para aumentarem a protecção às empresas nacionais, o que implica que os próximos anos são um desafio à implementação de políticas de comércio global”.
Nas recomendações avançadas pelos peritos da organização aos Governos europeus e à Comissão Europeia, encontram-se o “aprofundamento da liberalização do comércio multilateral” e o apoio ao sucesso das negociações de Doha – através de uma “redução dos subsídios internos, que distorcem a concorrência”, e da “eliminação dos subsídios à exportação”).
MRA Alliance/Agências
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quarta-feira, julho 22nd, 2009
O volume de trocas comerciais mundiais vai diminuir 10% ainda este ano, apesar da recuperação da Ásia no comércio global, de acordo com a previsão da Organização Mundial do Comércio (OMC).Durante uma conferência em Singapura sobre o comércio na Ásia, o Director Geral, Pascal Lamy, sublinhou que os números mostram que «os países asiáticos podem estar a liderar uma recuperação do comércio global». As exportações dos países em desenvolvimento no comércio mundial cresceram 38%, em 2008, um aumento recorde, segundo a OMC.
Apesar da perspectiva ligeiramente optimista quanto a este continente, Pascal Lamy alertou que «ainda é cedo para perceber se as medidas para impulsionar o financiamento do comércio estão a funcionar». Os dados da OMC mostram que em 2008, o comércio cresceu 2% em termos de volume, um decréscimo de 4% em relação ao ano anterior, que registou uma subida de 6%.
No ano passado, a Alemanha liderou as exportações, atingindo 1,47 mil milhões de dólares, enquanto a China ficou ligeiramente atrás, com um valor de 1,43 mil milhões de dólares. Quanto às importações, 13, 2% pertenceram aos EUA, com gastos de 2,17 mil milhões de dólares , seguido da Alemanha, cujas importações atingiram 1,21 mil milhões de dólares.
No total, as importações aumentaram 15 %, superando as exportações.
MRA Alliance/Agências
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sexta-feira, julho 10th, 2009
As exportações da República Popular da China registaram decréscimo homólogo de 21,4%, em Junho, somando 95,4 mil milhões de dólares, indicam dados oficiais divulgados hoje.Abrandando o ritmo de descida face à queda de 26,4%, em Maio, as vendas chinesas para o exterior completaram o oitavo mês consecutivo de queda.
Por seu lado, as importações diminuíram 13,2%, menos do que os 25,2% de Maio.
MRA Alliance/Agências
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domingo, junho 14th, 2009
A Confederação Europeia protestou em Bruxelas, junto da Comissão Europeia, pelo facto de a China e o Vietname continuarem a exportar calçado a preços inferiores ao custo das matéria-primas e exigem a prorrogação das taxas anti-dumping até 2012.
A indústria europeia de calçado anunciou estar disposta a tomar as medidas necessárias defender os seus interesses, incluindo o recurso aos tribunais, e a combater o lóbi dos importadores – sobretudo do Centro e Norte da Europa – que se opõe a medidas proteccionistas.
O preço médio do calçado de couro produzido pelas empresas portuguesas é de 19,99 euros contra 9,63 euros da China e 9,85 euros do Vietname.
Em Portugal, o sector emprega mais de 34 mil trabalhadores. As 1 368 empresas portuguesas exportam calçado no valor de 1,3 mil milhões de euros.
MRA Alliance/Agências
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segunda-feira, junho 8th, 2009
A crise económica mundial afectou seriamente o sector marítimo-portuário, tendo paralisado no primeiro trimestre do ano cerca de 11% da frota mundial de navios porta-contentores, disse à Lusa o presidente da Comunidade Portuária de Lisboa (CPL).
João Carvalho, economista e presidente da Associação de Armadores da Marinha de Comércio, diz que a situação se agravou por os armadores, durante o ciclo alto do mercado, terem feito muitas encomendas de novos navios, que demoram ano e meio a dois anos a serem entregues”. A entrada de novos navios no mercado coincidiu com a crise, e este “aumento da capacidade de transporte traduziu-se por um excesso de oferta”, sublinhou.
Noventa por cento do transporte internacional de mercadorias é feito por mar. O indicador Baltic Dry Index (BDIY), que mede o preço internacional do transporte de mercadorias em contentores, revelou grande volatilidade nos últimos 12 meses.
Depois de uma violenta quebra , em 2008, este ano voltou a recuperar. Entre 2 de Janeiro e 6 de Junho de 2009 passou de 773 para 3 840 pontos. Porém, em 10 de Junho de 2008, a sua cotação chegou a atingir 11 409 pontos.
MRA Alliance/Agências
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quarta-feira, maio 27th, 2009
O Japão registou um excedente comercial de 68,9 mil milhões de ienes (cerca de 530 milhões de euros), em Abril, evidenciando uma queda de 85% comparativamente a 2008, anunciou hoje o ministério nipónico das Finanças.O excedente anunciado surpreendeu favoravelmente os economistas, cujas projecções apontavam para um défice comercial. O resultado deveu-se à estabilização na queda das exportações.
As vendas homólogas japonesas recuaram 39% (-45,6% em Março) pelo sétimo mês consecutivo. Por seu lado, as importações também sofreram uma contracção significativa (35,8%).
MRA Alliance/Agências
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quinta-feira, março 26th, 2009
O comércio mundial deverá registar em 2009 a pior contracção desde 1945 e recuar 9%em volume devido aos efeitos da recessão mundial, segundo as previsões da Organização Mundial do Comércio publicadas ontem.”A queda da procura mundial provocou a mais grave recessão económica registada em décadas levará a uma redução das exportações de 9% em volume em 2009″, afirmam os economistas da Organização Mundial do Comércio (OMC) referindo que a quebra “não tem precedentes depois da II Guerra Mundial”.
A contracção “será particularmente vincada nos países desenvolvidos que registarão este ano um recuo de 10% nas suas exportações”, prevêem os analistas da organização. Nos países em desenvolvimento, cujo crescimento depende mais do comércio, as exportações não subirão mais de 2%-3%, em 2009.
Para 2008, segundo estimativas preliminares, os economistas da OMC apontam para uma taxa de crescimento do comércio mundial a rondar os 2%, contra um aumento de 5,5%, em 2007.
Em Março de 2008, a taxa de crescimento do comércio mundial atingiu os 4,5%.
A queda acentuada no crescimento do comércio mundial a partir de Março de 2008 explica-se, segundo os economistas da OMC, pela queda inesperada e muito acentuada da produção mundial durante o quarto trimestre de 2008.
MRA Alliance/Agências
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segunda-feira, novembro 3rd, 2008
O fabricante alemão de automóveis BMW suspendeu a produção esta semana e mandou para casa cerca de 40 mil trabalhadores na Alemanha, face à quebra na venda de veículos em todos os mercados.
De acordo com um porta-voz da empresa, as linhas de produção em Munique, Regensburg e Dingolfing vão permanecer encerradas até sexta-feira. Na semana passada, a BMW suspendera por quatro dias a produção na fábrica de Leipzig e por um dia na de Berlim.
O fabricante alemão prevê que este ano a produção automóvel seja reduzida em cerca de 25 mil veículos. As vendas da BMW em Setembro caíram 14,6%. Nos últimos 12 meses, as acções registaram uma desvalorização de 52,4%. MRA Dep. Data Mining
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quinta-feira, agosto 21st, 2008
O Ministério das Finanças do Japão informou que as exportações cresceram 8,1% desde Junho de 2007, com a China a consumir mais 16,8% e os EUA a registarem uma queda de 11,5%. Pequim passou a ser o maior cliente de bens e serviços nipónicos posição até agora detida pelos Estados Unidos. As vendas do Japão para os mercados da Ásia cresceram 12,7%, atingindo o recorde histórico de 3,86 milhões de biliões (trilhões) de ienes. As exportações para a Europa aumentaram 4,1%, a primeira subida em três meses. O encarecimento dos produtos petrolíferos provocou uma queda abrupta (-87%) dos excedentes da bança comercial. Masamichi Adachi, economista sénior do banco JPMorgan Chase, afirmou à Bloomberg que “a emergência da China é um alerta aos exportadores japoneses para que pensem como poderão expandir para mercados emergentes após anos de orientação para o mercado americano.” Contudo, o economista japonês enfatizou que “a procura da China não é suficientemente forte para impulsionar as exportações num quadro de arrefecimento global da economia.” Opinião idêntica foi manifestada por Hiroaki Muto, economista sénior do fundo Sumitomo Mitsui Asset Management. “A economia global entrou numa fase de abrandamento. Portanto a tendência será uma contração do crescimento das exportações. (…) A deterioração dos termos de troca continuará a afectar negativamente a economia.” Um painel de 18 economistas estimou em 5,% o crescimento médio das exportações japonesas, em 2008. MRA Dep. Data Mining
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quarta-feira, julho 30th, 2008
A Organização Mundial do Comércio (OMC) – após o fracasso de ontem de um acordo entre países ricos e pobres para encerrar a Ronda de Doha e avançar na liberalização global do comércio – sai com menos poder e influência devendo remeter-se nos próximos anos a um período de hibernação. A cara superestrutura do comércio mundial vai limitar-se à arbitragem de conflitos enquanto se aguarda a eleição de um novo governo nos Estados Unidos (EUA) e os desenvolvimentos no seio da União Europeia (EU) – eleições para o Parlamento Europeu (Junho/2009) e um novo mandato da Comissão Europeia (Outubro/2009). Até lá assistiremos a movimentações dos 154 países membros da OMC para a celebração de acordos no plano bilateral já que, no âmbito multilateral, predominam o autismo e o proteccionismo. “Devemos preparar-nos para o ataque dos que vão declarar que isto é o fim da OMC. Tal posição é um absurdo. A OMC é o árbitro do sistema comercial baseado em regras e vai continuar a ser o local para futuras negociações, amplas ou específicas”, sublinhou num comunicado a Associação Nacional das Indústrias dos EUA, aparentemente confortada. Pascal Lamy, director-geral da OMC, prometeu não desistir e disse que vários ministros lhe pediram para retomar em breve as negociações. Porém, admitiu ser preciso deixar assentar a poeira, mantendo entretanto activos os mecanismos de consulta com os países membros. Celso Amorim, o chefe da diplomacia brasileira, estimou em “três a quatro anos” o tempo necessário para reiniciar o diálogo. O comissário europeu do Comércio, Peter Mandelson, actualmente, considera insanáveis os diferendos entre países ricos e pobres sobre a abertura dos mercados agrícolas, dos bens industriais e dos serviços. Os países em desenvolvimento defenderam um mecanismo especial de salvaguardas para pequenos agricultores contra surtos de importações. A intransigência dos EUA e da Europa para a manutenção dos subsídos agrícolas agrava o desentendimento. Mendelson, um britânico defensor da reforma da Política Agrícola Comum (PAC) e do desmantelamento progressivo do proteccionismo, considerou que o resultado de Genebra foi “um revés significativo para todo o sistema comercial internacional. Todos saríamos ganhadores com um acordo. Sem ele, todos perdemos”. Por seu turno, Lamy lamentou não se ter conseguido avançar no sentido de uma política global contra o proteccionismo. “A minha esperança é que, devido à elasticidade do sistema, ele possa resistir à estrada esburacada que temos pela frente”, afirmou. Os litígios sobre o comércio de carnes, bananas e algodão continuarão a alimentar a pressão dos países em desenvolvimento, enquanto a exigência para o desarmamento fiscal e alfandegário para os bens industriais e serviços será o cavalo de batalha dos países industrializados. Resta à OMC o papel de árbitro. Em declarações à agência Reuters, David Woods, da empresa de consultadoria World Trade Agenda e ex-porta-voz do Gatt/Acordo Geral de Tarifas e Comércio, antecessora da OMC, considerou que o falhanço de Doha “é uma oportunidade perdida”. Porém, adiantou, “a OMC vai continuar a servir para resolver disputas [área] onde a sua integridade está intacta.” MRA Dep. Data Mining
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segunda-feira, julho 21st, 2008
A Organização Mundial de Comercio (OMC) inicia hoje, na Suiça, mais um esforço tendente a um acordo para a liberalização do comércio global, Ronda de Doha, iniciada em 2001 mas, desde há anos, num beco sem saída. A resistência dos países industrializados em abrirem os seus mercados aos países em desenvolvimento, em acabarem com os subsídios a sectores das suas economias, designadamente à agricultura, tem encontrado uma forte resistência por parte dos maiores países emergentes – China, Índia, Brasil, Argentina, México, Indonésia e África do Sul. Numa entrevista ao periódico argentino Clarín, em Genebra, na véspera do reinício das negociações, o director geral da OMC, Pascal Lamy, defendeu que o momento actual oferece “uma janela de oportunidades” para um acordo entre os 152 países membros, mas recusou-se a prognosticar se tal será possível até ao final do ano. “Achamos que a situação económica piorou e vair continuar a degradar-se nos próximos meses”, disse. O líder da OMC classificou a organização como “uma espécie de seguro colectivo contra o proteccionismo” lembrando que “quando o risco de acidentes aumenta também aumenta a apólice do seguro.” Sobre as actuais crises financeira, energética e alimentar, Lamy considerou que a alta dos preços “gera tentações ou impulsos proteccionistas” sendo que, no caso dos alimentos, a “única solução é aumentar a oferta” para reduzir as tensões regionais e globais. Sobre a postura dos países ricos, particularmente da União Europeia, Lamy foi claro: “Na mesa de negociações da OMC, 3/4 dos países são pobres e todos querem uma redução dos subsídios nos países ricos (…) e a redução das tarifas aduaneiras. São eles quem eu escuto. Que os europeus digam o que é bom ou mau para os outros é interessante mas, na OMC, são os países pobres que negoceiam por si próprios e não os europeus.” MRA/pvc
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quinta-feira, maio 29th, 2008
O director-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Pascal Lamy, disse na quinta-feira que a Rodada de Doha de negociações comerciais globais têm 60% de chance de sucesso. A probabilidade foi apresentada em resposta a uma consulta de deputados do Parlamento Europeu. “Eu diria 60%, que é mais que 50%, mas bem menos que 100”, afirmou. O objectivo da Ronda de Doha, lançada em 2001, é reduzir as barreiras comerciais no mundo. Os principais obstáculos são as tarifas e subsídios agrícolas dos países desenvolvidos. Na semana passada, mediadores publicaram propostas que podem servir de base para as negociações ministeriais em Junho ou Julho. MRA/Agências
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sexta-feira, maio 9th, 2008
As companhias americanas de biodiesel lançaram uma agressiva campanha de lóbi junto da OMC (Organização Mundial de Comércio) para a abertura de um processo judicial contra os produtores da União Europeia, agravando as tensões comerciais transatlânticas no segmento agro-energético. Os concorrentes europeus, na semana passada, solicitaram à Comissão Europeia a imposição de taxas aduaneiras de emergência sobre as importações americanas. O argumento assenta na concessão de subsídios pela administração Bush o que torna o produto deslealmente competitivo e distorçe o processo de fixação de preços. Os americanos argumentam que as especificações técnicas impostas pela UE, designadamente sobre a resistência do à oxidação, violam as regras da OMC e discriminam os produtores dos Estados Unidos. Os europeus queixam-se que o biodiesel americano é produzido a partir de soja e óleo de palma cujas propriedades químicas diferem dos produtos europeus (fabricados a partir da beterraba).
O lóbi americano apresentou pareceres jurídicos e técnicos que, alegadamente, dão consistência aos argumentos de que as especificações europeias visam boicotar a importação de biodiesel dos EUA, violando as regras impostas pela OMC. A Comissão Europeia e as associações sectoriais da indústria comunitária rebatem os argumentos jurídicos e técnicos e vão investigar em que medida os subsídios aos produtores americanos afectam irregularmente a indústria europeia. Washington subsidia cada galão de biodiesel com um dólar quando misturado com combustíveis fósseis. Os europeus desconfiam que os americanos misturam uma pequena percentagem do seu biodiesel com carburantes de países latino-americanos, obtêm benefícios fiscais e depois exportam-no para o mercado europeu, o maior consumidor mundial. MRA/Agências
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quinta-feira, abril 24th, 2008
Alemães e franceses uniram-se ontem na rejeição de cortes nos subsídios agrícolas, num clima de encarecimento global dos produtos alimentares, e dando argumentos aos que defendem que o eixo Paris-Bona não quer a liberalização global do comércio, paralizada na “Ronda de Doha”, sob os auspícios da OMC – Organização Mundial de Comércio. O ministro alemão da Agricultura Horst Seehofer argumentou que a fome nos países pobres e o aumento dos preços dos bens alimentares não são razões para reduzir os subsídios aos agricultores da UE. Cerca de 40% do orçamento da europa comunitária (EUR 115 mil milhões/bilhões) é absorvido anualmente por apoios financeiros a uma agricultura cara e não competitiva. A decisão franco-alemã foi tomada no mesmo dia em que o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso e o primeiro-ministro do Japão, Yasuo Fukuda, manifestaram a sua “profunda preocupação” pela alta dos preços dos alimentos, do petróleo e de outras commodities, na cimeira anual EU-Japão. MRA/Agências
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sexta-feira, março 28th, 2008
O Mercosul e a União Europeia (UE) retomarão em Abril as negociações iniciadas em 1999 para um acordo de associação política e comercial, disse hoje o chefe da delegação da Comissão Européia (CE) na Argentina, Gustavo Martín Prada. Os negociadores técnicos dos 27 países da UE e o bloco integrado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com a Venezuela em processo de adesão, terão reuniões em Bruxelas e Buenos Aires. Caso se verifiquem progressos, os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE e Mercosul reúnem-se em Maio, eventualmente com a presença dos presidentes dos respectivos países.
O acordo de associação abrange um capítulo político, outro de cooperação e um de âmbito económico-comercial. Neste último, as negociações entre UE e Mercosul estavam estagnadas desde o fim de 2006 pelas divergências principalmente nos capítulos do comércio de bens industriais – onde os europeus querem mais aberturas para a exportação – e de bens agrícolas que os sul-americanos entendem ser prejudicados pela imposição de barreiras técnicas, aduaneiras e alfandegárias.
Prada disse hoje que o “vínculo” entre Doha e a negociação UE-Mercosul “continua de pé”, só que agora há uma visão “positiva” sobre um avanço substancial na reunião ministerial no âmbito da OMC, programada para breve.
Os resultados dessa maratona negocial indicarão a europeus e sul-americanos, em meados de Maio, as regras adoptadas no âmbito da «Ronda de Doha» para o comércio de bens industriais e agrícolas numa perspectiva de “longo prazo”. (MRA/Agências)
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sexta-feira, janeiro 25th, 2008
O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse hoje, em Davos (Suiça) que o melhor remédio contra a possível recessão nos Estados Unidos e respectivos impactos negativos na economia mundial seria um acordo para a abertura comercial na chamada Ronda de Doha, sob a égide da Organização Mundial do Comércio (OMC). Amorim, que chegou hoje ao Fórum Económico Mundial, iniciado na quarta-feira na estância de inverno suiça, afirmou que os países ricos devem resistir à tentação do proteccionismo económico durante a actual crise económica e financeira para não repetirem os erros cometidos em 1929, quando as restrições ao comércio mundial ajudaram a agravar a crise global.
A mesma opinião foi defendida por outros representantes dos bloco de países emergentes conhecido por BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China. O ministro indiano do Comércio e da Indústria, Kamal Nath, um dos negociadores envolvidos nas negociações da OMC que também participa na reunião globalista de Davos, admitiu que os países ricos podem ser forçados a ceder mais para permitir um acordo por uma maior liberalização e abertura do comércio mundial. “Sinto que existe um desejo maior por um acordo, principalmente devido ao actual momento”, disse Nath à BBC Brasil.
Na abertura do Fórum, Tony Blair, que este ano co-preside ao evento, manifestou a esperança que os negociadores da Ronda Doha, que se reunirão no próximo sábado, em Davos, “ajude na tentativa de relançamento das negociações sobre comércio mundial, que estão actualmente num impasse”.
As negociações, que se arrastam desde 2001, encontram-se num ponto-morto. Os países em desenvolvimento querem que os países ricos reduzam os subsídios agrícolas aos seus produtores e abram o mercado à competição dos países mais pobres. Os estados industrializados não farão quaisquer cedências , caso os países mais pobres não aceitem liberalizar os seus mercados à entrada dos produtos industriais e serviços do primeiro e segundo mundos. A generalidade dos analistas, face às eleições nos EUA, considera pouco provável que o governo Bush/Cheney mude de política antes da eleição de um nova administração americana.
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segunda-feira, janeiro 14th, 2008
O banco estadunidense Goldman Sachs reviu hoje em baixa a sua previsão de crescimento económico para a China, em 2008. No final de 2007 o banco de investimento de Wall Street estimou aquele valor em 10,3% reduzindo-o agora para 10%. O previsível impacto da recessão que o banco americano prevê venha a afectar o maior cliente de produtos chineses – os Estados Unidos – foi a razão apresentada numa nota ao mercado. “Dada a significativa contribuição para o crescimento decorrente das exportações líquidas, uma importante desaceleração na procura global –em resultado da recessão nos EUA– terá um visível impacto sobre o crescimento da China e a rendibilidade das empresas”, disse Hong Liang, economista do Goldman Sachs, especializado no mercado da China. O analista estima também uma quebra de 0,2% no peso das exportações líquidas para o Produto Interno Bruto (PIB) chinês neste ano. A previsão anterior de 1,8 % passou agora para os 1,6 %.
(pvc)
pvc
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quinta-feira, janeiro 3rd, 2008
O superávit comercial do País registrou diminuição de 13,8% no ano de 2007, causada pelo grande crescimento das importações brasileiras. A queda no saldo é a primeira desde 1997. Durante todo o ano passado, a balança comercial acumulou saldo positivo de US$ 40,039 bilhões, em comparação com US$ 46,074 bilhões de 2006. O valor é o menor desde 2004, quando o superávit foi de US$ 33,640 bilhões. O grande aumento das importações foi influenciado pelo forte desvalorização do dólar frente ao real em 2007, de 16,8%, e por um aumento no consumo interno.O saldo comercial indica que o Brasil exporta menos do importa. A balança comercial registrou uma diminuição no tradicional superávit durante todo o ano de 2007. Fonte: Estadão
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terça-feira, dezembro 18th, 2007
Estudos recentes referidos pela Knowledge@Wharton prevêem quebras de até 2% nas taxas de crescimento dos países da América Latina em 2008, comparativamente aos desempenhos registados durante o corrente ano. A desacelaração do crescimento nas economias mais industrializadas, provocada pela financeira global e a deterioração dos termos de troca, afundanço do dólar e encarecimento do crédito são uma ameaça real. Para 2008, o FMI antecipa que o crescimento regional flutuará na banda dos 3-4% no México, Equador e Uruguai. O Brasil oscilará entre os 4-5%, sendo acompanhado pelo Chile, Colômbia e Paraguai. Com crescimentos mais robustos (5,5-6%) são premiados o Perú, Venezuela, Bolívia e Argentina.
Analistas locais, mantêm a confiança de que o desempenho continuará a ser positivo. Os fundamentais das economias são francamente melhores do que há uma década atrás, com excedentes comerciais, mais rigor fiscal e orçamental e fortes exportações para países carentes de matérias primas do sub-continente, como a China e a Índia, com taxas de crescimento muito superiores e que devem ter ligeiros recuos. Apesar da crise financeira global as perspectivas de que as economias latino americanas conseguirão resistir às pressões de arreficimento económico global.
No último relatório sobre a evolução das economias da região o FMI considera que “2008 será o primeiro teste real à capacidade da América Latina para recuperar dos choques sofridos no princípio da década.” (pvc/thestreet.com)
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segunda-feira, dezembro 17th, 2007
A Cimeira do Mercosul, realizada na capital uruguaia, será o cenário da assinatura do primeiro Tratado de Livre Comércio (TLC) do bloco fora deste continente no início desta semana. O acordo vai ser assinado com Israel apois dois anos de negociações. O acordo prevê a eliminação faseada, durante a próxima década 90% das barreiras alfandegárias entre o Mercosul e Israel. Em 2007, o Mercosul tem um PIB (paridade do poder de compra/ppp) estimado em USD 2,78 milhões de biliões (trilhões/mb/tri). O estado judaico possui uma economia, com um PIB/ppp da ordem dos USD 232,7 mil milhões/bilhões (mm/bi). Em termos bilaterais, em 2007, o comércio atingiu a fasquia dos USD 11 mm/bi. Com o acordo, produtos industrializados e agrícolas do Mercosul e de Israel cicularão entre si, sem a sobrecarga de tarifas aduaneiras.
Um pacote de idênticos TLC’s será brevemente negociado entre o bloco sul-americano e dois homólogos regionais – SACU (União Aduaneira da África do Sul) e CCG ( Conselho de Cooperação do Golfo). Com a Índia as negociação assumirão a forma de um APF (Acordo de Preferências Fixas).
(pvc/agências)
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sábado, dezembro 15th, 2007
A Organização Mundial do Comércio tornou público o seu relatório relativo ao ano de 2007.
Trata-se de um documento de leitura obrigatória para quem se interesses pelas questões do comércio internacional, porque nos dá uma imagem clara da evolução do comércio a nível global e do quadro de tensão relativo aos conflitos de interesses entre os paises desenvolvidos e os países pobres.
Especialmente interessante a informação relativa às negociações sectoriais em curso.
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sábado, novembro 10th, 2007
A Cimpor e o governo provincial de Shanting (China) assinaram um contrato de cooperação no valor de 100 milhões de euros.O negócio, feito com a empresa chinesa da Cimpor – Shandong Liuyuan New-Type Cement Development (NLG) -visa a construção de uma nova fábrica integrada de clínquer e cimento. O contrato tem a duração de 50 anos, divididos em duas fases distintas. Na primeira fase, com clusão prevista para 2009, a linha de produção de clínquer de 5.000 tons/dia ficará operacional. Uma segunda linha, com idêntica capacidade, entrará em construção, logo que o governo provincial execute um conjunto de programas, aprovado pelo governo central, em Pequim, que eliminará as actuais unidades de produção que usam tecnologias e processos fabril fortemente poluidoras. A informação foi fornecida pela Cimpor à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Na bolsa lisboeta, ontem, as acções da Cimpor valorizaram-se 0,67%, fechando nos 6,05 euros. (pvc/cimpor)
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sábado, novembro 3rd, 2007
Certamente alertados pelas movimentações brasileiras, com o apoio do presidente Lula, para a produção de biocombustíveis que não afectem negativamente a cadeia alimentar, os estados-maiores da União Europeia e dos Estados Unidos vão assinar na cimeira do próximo dia 9, em Washington, um acordo preliminar para dinamizar o comércio e o investimento na área dos carburantes biológicos. O anúncio será feito, formalmente, no primeiro encontro do recém-criado Conselho Económico Transatlântico UE-EUA, no encontro entre o presidente Bush e a chanceler alemã Angela Merkel, em Abril passado. O objectivo é chegar a um alargado consenso: normas técnicas, desarmamento alfandegário e fiscal, investigação tecnológica, patentes e propriedade industrial, quadros comuns de financiamento, modelos contabilísticos e desburocratização de processos e metodologias. Boyden Gray, o embaixador americano junto da União Europeia, é o mais empolgado dinamizador do projecto que, caso não avance, trará dificuldades acrescidas aos parceiros atlânticos “nos negócios com a China e as economias emergentes”. A afirmação é citada na edição de hoje do jornal britânico Financial Times. “Isto não deve ser entendido como uma posição anti-chinesa mas antes pró-crescimento económico”, sublinhou o diplomata ao FT.
Pinhão Manso: A arma (quase) secreta
O jornal britânico sustenta que uma das oleaginosas que irá romper o paradigma da beterraba, cana-de-açúcar, mamona, milho etc., é a “‘jatropha’, uma obscura planta que se dá em climas tropicais e subtropicais. Alguns produtores consideram-na uma das mais indicadas para produções agrícolas orientadas para os biocombustíveis. “Jatropha curcas”, nome científico de pinhão-manso, é a planta que Lula tinha na mão quando, em Fevereiro passado, inaugurou uma fábrica de biodiesel, da empresa Brasil Ecodiesel, em Cratéus. A investigação científica brasileira sobre a planta, remonta aos anos 80 do século passado, iniciada por especialistas da EPAMIG, depois abandonada e retomada desde 2003. A planta, segundo os técnicos e produtores brasileiros, não é uma cultura mecanizada e precisa de mão de obra o ano inteiro. Por isso, ganha importância social. Pela mesma razão é politicamente atraente para um presidente-sindicalista, enfeudado aos princípios do pleno emprego e da criação e distribuição da renda e da riqueza produzida no país. Até agora, no Brasil, o pinhão-manso ainda só ocupa uns milhares de hectares. Porém, os primeiros resultados parecem encorajadores. A oleaginosa tem a vantagem de não ser comestível e de posssuir os elementos essenciais para produzir biodiesel de boa qualidade sem desequlibrar a balança agro-alimentar. (pvc/Financial Times/Biodiesel)
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quinta-feira, novembro 1st, 2007
O secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação, António Castro Guerra, criticou na terça-feira, durante uma visita oficial à China, a política monetária do governo de Pequim acusando-o de desvalorizar artificialmente a moeda do país para beneficiar as exportações. Ao mesmo tempo acusou as as empresas industriais portuguesas de terem medo da globalização e da internacionalização por não apostarem nos mercados externos, refugiando-se no mercado interno. Castro Guerra faz assim eco das acusações dos Estados Unidos e da União Europeia (UE), que afirmam que Pequim manipula o câmbio do yuan para que os exportadores chineses façam concorrência desleal nos mercados globais, tornando mais caras as mercadorias que importa e tornando as exportações chinesas mais baratas. “Esta taxa [cambial] é artificialmente mantida para projetar as exportações e para não importar inflação”, afirmou o governante português à agência Lusa, durante um fórum político-empresarial, que começou do dia 30/10, em Pequim. A Comissão Europeia informou recentemente que o défice europeu no comércio com a China cresceu mais de 23 por cento nos primeiros cinco meses de 2007, depois de ter atingido os 130 milhões de euros em 2006. A manter-se a tendência, o défice europeu no comércio com a China deverá subir para os 170 milhões de euros, no final de 2007.
Castro Guerra, sublinhou que a questão do acesso das marcas europeias ao mercado chinês “é uma prioridade da Presidência portuguesa da UE”. “Temos de continuar a batalhar na China como uma oportunidade de mercado, porque se o país é uma ameaça exportadora, como está a ser e como foi para Portugal durante algum tempo, é também um grande mercado [consumidor]“, acrescentou. “O que disse aos chineses foi que, quer no contexto da África, quer no contexto da Europa, nós somos um parceiro que não lhes faz frente, e que eles têm de passar da fase dos restaurantes e das pequenas superfícies para investir em dimensões mais integradas no nosso país”, afirmou o secretário de estado da Indústria e da Inovação. Castro Guerra, defende que Portugal pode ser um destino atrativo de investimento e uma plataforma de negócios para a China nos mercados da Europa, África e Brasil. Castro Guerra foi particularmente crítico e céptico relativamente à capacidade dos industriais portugueses para competirem globalmente ultrapassando a visão estreita e pouco ambiciosa de preferirem os mercados domésticos, geográfica e culturalmente mais próximos, por terem medo da internacionalização. “Portugal precisa de mais grandes empresas nos setores transacionáveis, é uma das grandes insuficiências do nosso sistema econômico” disse Castro Guerra na entrevista á Lusa. “Há uma distância psíquica e psicológica das nossas empresas em relação ao Oriente. Nunca tivemos relações econômicas com o Oriente como, aliás, não estamos a ter com os países do leste europeu”, disse.
O secretário de Estado, considerou que “a China é o mercado mais dinâmico do mundo”, e que, por isso, o governo de Lisboa aposta na criação de plataformas comerciais para as exportações portuguesas, como a que será desenvolvida em Zhuhai, cidade da província meridional de Guangdong, fronteira com Macau. O secretário de estado lidera a delegação portuguesa à Reunião Ministerial sobre Pequenas e Médias Empresas do Processo de Diálogo Informal entre a Europa e a Ásia (Asem), um fórum inter-regional que reúne os 27 países da União Européia, os 10 membros da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês), a China, o Japão e a Coréia do Sul.
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