Archive for the ‘China’ Category

Rússia e China boicotam reunião da ONU sobre repressão na Síria

sexta-feira, agosto 26th, 2011

As delegações de Rússia e China boicotaram nesta quinta-feira uma reunião do Conselho de Segurança da ONU referente à situação política na Síria e reiteraram, assim, sua rejeição à proposta de Estados Unidos e Europa para que a organização adote um pacote de sanções contra a Síria.

Um diplomata ocidental confirmou que nem o representante da Rússia nem o da China compareceram a um encontro que o Conselho tinha convocado para analisar o projeto de resolução sobre a Síria que europeus e americanos fizeram circular na terça-feira. “Nem Rússia nem China se apresentaram, mas esperamos que se unam às negociações de maneira construtiva o mais rápido possível”, indicou o mesmo diplomata, que evitou detalhar se já se falou sobre alguma data concreta para apresentar oficialmente a resolução e submetê-la a votação.

A mesma fonte assinalou, no entanto, que europeus e americanos mantêm “conversas construtivas” com os demais membros do Conselho de Segurança e destacou a vontade dessas delegações em convencer russos e chineses de que “não é possível fazer vista grossa diante da terrível situação que vive a Síria”.

MRA Alliance/Terra Brasil

Fórum Macau defende união dos países lusófonos e facilitação do comércio com a China

quinta-feira, agosto 18th, 2011

O secretário-geral do Fórum Macau defendeu ontem a união dos países de língua portuguesa e a adoção de medidas com vista à facilitação do comércio entre a China e a Lusofonia para fazer face à crise mundial.

Perante “a complicada situação do ambiente económico mundial e as influências negativas, os países participantes do Fórum Macau devem ajudar-se mutuamente, adotando melhores medidas, opondo-se ao conservadorismo comercial em conjunto, promovendo a elevação do nível de facilitação do comércio e criando regimes e ambientes favoráveis ao alargamento das trocas comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa”, disse o secretário-geral do Fórum Macau, Chang Hexi.

As declarações foram proferidas na cerimónia de encerramento do colóquio sobre facilitação do comércio para os Países de Língua Portuguesa, decorrido em Pequim, Shenzhen e Macau, entre 28 de julho e 17 de agosto, e contou com a participação de 22 técnicos e diplomatas de cinco países lusófonos, designadamente Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e Portugal.

MRA Alliance/ionline

Dívida dos EUA sob forte ataque da China

domingo, agosto 7th, 2011

A China “tem agora todos os direitos de exigir que os Estados Unidos tratem do problema estrutural da sua dívida”, após a diminuição do rating da dívida soberana pela Standard & Poor’s, argumentou ontem a agência oficial Nova China, citada pelo Diário Económico.

“Os dias em que o Tio Sam, cheio de dívidas, podia facilmente esbanjar quantidades infinitas de empréstimos do estrangeiro parecem contados”, adiantou a Nova China, num primeiro comentário depois da agência de notação financeira ter diminuído para ‘AA+’ a classificação da dívida norte-americana. A S&P mantém o ‘outlook’ negativo, o que indicia a possibilidade de novas descidas.

A China, de longe o maior credor estrangeiro dos Estados Unidos, já tinha criticado o plano que evitou o incumprimento no pagamento aos credores do Tesouro dos EUA, afirmando que os problemas estruturais da dívida permanecem sem solução.

A S&P, a maior agência de notação do Mundo, deu a notação máxima [‘triple A’] aos EUA, pela primeira vez, em 1941, e não mais mexeu na avaliação da sua qualidade. Até à passada sexta-feira o ‘rating’ da dívida manteve a nota máxima ‘AAA’.

A S&P tinha avisado em 14 de Julho de que poderia castigar os EUA pelo contínuo decontrolo da despesa federal. Na altura, a agência ameaçou cortar o ‘rating’ “face à inexistência de um plano credível para baixar o défice” após o Congresso ter aprovado a subida do tecto de endividamento, superior a 14,3 biliões/triliões de dólares.

“A decisão de baixar o ‘rating’ reflecte a nossa opinião de que o processo de consolidação orçamental recentemente aprovado pelo congresso e pela Administração não é suficiente para estabilizar a dinâmica da dívida a médio prazo”, justificou agência numa nota enviada aos mercados.

MRA Alliance

Agência chinesa vai baixar o rating dos EUA

domingo, julho 31st, 2011

A agência chinesa de rating Dagong confia num acordo sobre a dívida norte-americana até terça-feira, mas alerta que vai baixar a nota dos EUA, atualmente de A+, devido à capacidade «insuficiente» do país de criar riqueza real.

Em entrevista à Agência Lusa por telefone a partir de Macau, o presidente da Dagong, Guan Jianzhong, afirmou acreditar que democratas e republicanos «irão tentar as medidas que forem necessárias para chegarem a um acordo» sobre o aumento do teto da dívida, evitando que os EUA entrem em incumprimento pela primeira vez na sua história.

«Penso que poderão alcançar um compromisso antes de 02 de agosto, caso contrário as consequências serão extremamente graves, pensamos que serão mesmo mais graves do que a crise financeira de 2008, porque todo o sistema financeiro e de crédito iria entrar em colapso», observou.

MRA Alliance/DD

Brasil virou ‘Meca do trabalho’ para estrangeiros, diz ministro Lupi

quinta-feira, junho 16th, 2011

O Brasil está a passar de emissor a recetor de imigrantes, com o número de pedidos de vistos de trabalho a aumentar cada vez mais, afirmou ontem o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.

“A quantidade de chineses que está a pedir vistos para trabalhar no Brasil é enorme (…) O Brasil está a tornar-se uma Meca do trabalho para os estrangeiros”, disse Lupi durante uma reunião em Genebra. 

MRA Alliance/Lusa

China diz que é “um investidor de longo prazo” no mercado de dívida europeu

quinta-feira, junho 16th, 2011

A China disse hoje que no mercado europeu de títulos do tesouro numa perspectiva de longo prazo e manifestou o desejo que a Grécia registe um crescimento estável. A “China é um investidor de longo prazo no mercado de valores europeu”, disse um porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, Hong Lei, ao ser questionado sobre uma eventual assistência financeira da China à Grécia.

Referindo-se especificamente àquele país, o porta-voz indicou que “a China espera que a Grécia consiga alcançar estabilidade e desenvolvimento através da cooperação entre a União Europeia e a comunidade internacional”.

MRA Alliance/Lusa

China corta ‘rating’ de Portugal

quarta-feira, março 9th, 2011

A agência de risco chinesa Dagong cortou em uma nota a classificação da dívida nacional. Depois de ter considerado que o ‘outlook’ da economia portuguesa está hoje mais nebuloso, como resultado de um conjunto de incertezas quanto à aplicação de reformas orçamentais e por o país estar a enfrentar um fraco crescimento económico, os especialistas da agência de ‘rating chinesa Dagong revelaram hoje que cortaram o ‘rating’ da dívida portuguesa em uma nota para “BBB+”.

Para a maior agência de notação de risco chinesa, sediada em Pequim, “as expectativas de um risco de incumprimento [de Portugal] são actualmente baixas e o País apresenta um risco de ‘default’ no médio prazo.” De acordo com o relatório da agência chinesa, “será mais difícil do que era esperado para Portugal fazer reformas estruturais e melhorar o seu actual défice orçamental.”

Para os especialistas da Dagong, “em situações normais, a capacidade de pagamento das responsabilidades financeiras é considerada adequada, enquanto sobre condições económicas e de negócio adversas os riscos de incumprimento são mais propensos a existir sob essa escala”, lê-se na definição do ‘rating’ “BBB” na escala classificativa da Dagong.

Os analistas da agência de risco chinesa consideram ainda que Portugal “vai enfrentar grandes pressões de liquidez e de qualidade de activos no seu sistema bancário”.

É ainda de ressalvar que o ‘rating’ da dívida nacional conferido pela Dagong é actualmente inferior à classificação dada pelas agências de crédito norte-americanas Standard & Poor’s e Fitch de “A-” e “A+”, respectivamente.

A Dagong classifica o risco da dívida de empresas chinesas desde 1994 e, no ano passado, conferiu um ‘rating’ de “AA” aos EUA, abaixo da classificação de “AA+” conferida à China, refere a Reuters.

MRA Alliance/DE

China confirma compra de dívida de países europeus

segunda-feira, março 7th, 2011

O ministro dos Negócios Estrangeiros da China, Yang Jiechi, disse hoje que o seu país tem comprado obrigações do tesouro de alguns países europeus relevantes, estando a seguir a crise da dívida na Europa.

“A China acompanhou atentamente a crise da dívida soberana de alguns países europeus”, disse o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Yang Jiechi, numa conferência de imprensa no âmbito da reunião anual da Assembleia Nacional Popular, em Pequim.

“Acreditamos que os passos dados pela China foram bem recebidos pelos países e povos da Europa, particularmente pelos desses governos e povos”, disse Yang Jiechi à agência Xinhua, citado no site do jornal China Daily. Há cerca de três semanas, pela primeira vez, o China Daily indicou que a China poderia aumentar a sua carteira de títulos do Tesouro de Portugal e de outras nações europeias.

“A China prometeu comprar 6000 milhões de euros de títulos do Tesouro espanhol e manifestou interesse em comprar dívida portuguesa e grega”, disse o jornal a 17 de Fevereiro.

MRA Alliance/Público

China: Primeiro-ministro admite que o povo está desconte

sábado, março 5th, 2011

Wen JiabaoO primeiro-ministro chinês Wen Jiabao reconheceu hoje no Parlamento, o descontentamento popular na China, associado à inflação, que deseja limitar a 4% em 2011, ao mesmo tempo que fixou a meta de crescimento de 8% para a segunda economia mundial.

“Alguns problemas que são objeto de reações iradas da população não foram resolvidos completamente”, admitiu o chefe de Governo perante os 3000 delegados da Assembleia Nacional Popular (ANP), reunidos durante 10 dias em Pequim. “A pressão da inflação se acentuou e devemos considerar a estabilização dos preços como a prioridade de nossa política económica”, destacou Wen.

O objetivo para o índice de preços ao consumidor, que alcançou 4,9% em janeiro em ritmo anual, foi fixado em mais ou menos 4% para 2011, contra 3% ano passado, enquanto a meta de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) foi mantida em 8%.

O PIB da China é o segundo maior do planeta em 2010, superando o Japão, mas atrás dos Estados Unidos. No ano passado, a inflação alcançou 3,3% e o crescimento do PIB 10,3%.

Wen Jiabao qualificou a alta dos preços e os temores da inflação como “problemas que afetam diretamente o nível de vida da população, a situação geral e a estabilidade do país”.

No passado, a inflação provocou agitação social na China. A alta dos preços afeta em particular as classes desfavorecidas pela influência que tem no custo dos alimentos. Também reduz a renda dos chineses, que é elevada, mas mal distribuída.

Para 2011, o governo chinês “seguirá aplicando uma política de reativação”, segundo Wen, mas com redução do déficit orçamental, que deve ser mantido por volta de 2% do PIB.

Os gastos prioritários serão destinados ao “desenvolvimento do mundo rural, a melhorar o nível da população e a desenvolver os setores sociais”, segundo o discurso do chefe de Governo, que estabelece as grandes orientações oficiais do país para o ano em curso. “Faltam recursos pedagógicos e médicos de qualidade, e a sua distribuição continua  desigual”, afirmou o chefe do governo de Pequim.

“As contradições sociais provocadas pela requisição ilegal de terrenos e a demolição irregular de casas multiplicaram. A segurança alimentar deixa a desejar, enquanto certos setores são vulneráveis à corrupção”, disse ainda Wen Jiabao, antes de destacar “um aumento excessivo dos preços do setor imobiliário em algumas cidades”.

Apesar dos problemas, o primeiro-ministro insistiu no “avanço irresistível e firme” do povo chinês, que “tem boas razões para estar orgulhoso de suas realizações”.

No plano internacional, Wen disse que a China está “confrontada com uma situação extremamente problemática, devido à política monetária laxista dos países desenvolvidos e ao fluxo de capitais especulativos para os mercados emergentes, o que alimenta a inflação”.

MRA Alliance/AFP

Galp pode ser moeda de troca na compra de dívida nacional pela China

segunda-feira, fevereiro 14th, 2011

A Jefferies International subiu o ‘target’ da Galp para 17 euros e sugeriu que a China poderá estar interessada na petrolífera. “É difícil acreditar que não haja uma petrolífera chinesa na corrida”, lê-se numa nota de análise libertada hoje, onde a equipa de analistas liderada por Daniel Ekstein sublinha que vários negócios entre a Repsol Brazil e a Sinopec, e também entre a Ineos e a Petrochina, mostram que o gigante asiático já se tornou fundamental para a realização de investimentos estratégicos nas diversas áreas de actuação da Galp.

A Jefferies lembra a recente “cooperação” entre Lisboa e Pequim e sugere que o negócio da Galp poderá servir de moeda de troca à compra de dívida pública portuguesa por parte da China. “A relação política entre Portugal e a China tem-se tornado cada vez mais cooperante, com a China a assumir-se com um forte comprador de dívida soberana portuguesa. Se a China acordou ajudar a economia portuguesa, então talvez a Galp vá emergir como o ‘quid pro quo’ nesse entendimento”, refere.

No entanto, para a casa de investimento a ENI não está disponível para vender a sua participação na Galp abaixo do valor de mercado. À cotação actual, a posição de 33% da ENI vale cerca de 4,3 mil milhões de euros. Ainda sobre a venda da posição da ENI, a Jefferies diz mesmo que “ou o negócio acontece com condições favoráveis para a ENI e, consequentemente, provoca uma valorização da Galp no mercado, ou não acontece de todo”.

A empresa norte-americana informa ainda que subiu o preço-alvo da petrolífera nacional de 16 euros para 17 euros, mantendo a recomendação de ‘comprar’ para as acções. Este ‘target’ implica um ‘upside’ de 7,6%. A suportar esta decisão estão também os resultados positivos apresentados pela Galp, que na sexta-feira reportou um lucro de 306 milhões de euros, o que representa uma subida de 43% face a 2009.

MRA Alliance/DE

Hu Jintao diz que China não quer hegemonia global nem é ameaça para os EUA

quinta-feira, janeiro 20th, 2011

Hu Jintao com Barack ObamaO presidente da China, Hu Juntao, disse hoje em Washington que o seu país não tem interesse numa corrida armamentista, nem quer obter uma posição hegemónica no mundo.

“Não nos envolvemos em nenhuma corrida armamentista ou numa ameaça militar dirigida a nenhum país”, declarou Hu Jintao nesta quinta-feira perante o Comitê nacional para as relações sino-americanas em Washington. “A China nunca procurará a hegemonia nem uma política expansionista”, acrescentou.

Hu também fez um apelo aos Estados Unidos, pedindo que o país respeite a soberania reivindicada por Pequim sobre o Tibete e Taiwan e advertindo para os riscos de “tensões” entre as duas potências do Pacífico. “A história de nossas relações mostra que elas terão um desenvolvimento regular e sem enfrentamentos, enquanto ambos os países saibam como tratar os assuntos nos quais o outro tem interesses maiores”, declarou Hu durante um discurso em Washington. “Sem isso, nossas relações terão problemas constantemente – ou seja, haverá tensões”, afirmou. “Os assuntos relacionados a Taiwan e ao Tibete dizem respeito à soberania e à integridade territorial da China, e representam o centro dos interesses chineses”, destacou.

A questão da suposta manipulação cambial do iuan por parte da China não foi discutida nesta quinta durante encontro entre parlamentares americanos e o presidente chinês, disse o presidente da Câmara, John Boehner. Boehner também disse que manifestou a Hu Jintao a necessidade de maior proteção da propriedade intelectual e a melhoria da situação dos direitos humanos na China.

O republicano também disse que se disse preocupado com o “comportamento agressivo” da Coreia do Norte. Hu Jintao procurou convencer os parlamentares de que a China é um agente de crescimento e não uma ameaça ao poder dos Estados Unidos.

MRA Alliance/G1

China comprou obrigações do tesouro espanholas e portuguesas

quinta-feira, janeiro 13th, 2011

A China admitiu ter comprado hoje dívida pública espanhola em leilão, depois de ter feito o mesmo por Portugal na quarta-feira, num gesto que visa dar aos investidores confiança nas economias dos dois países. “Estes são tempos complicados e estamos a adoptar um papel positivo”, disse um vice-presidente do Banco Popular da China, Li Gang, citado pelo jornal inglês “The Guardian”.

“Somos e continuaremos a ser compradores consistentes e temos um plano de investimento na Europa a longo prazo”, acrescentou. O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, dizia ontem que 80% da dívida portuguesa tinha sido comprada por investidores estrangeiros. À CNN, o governante admitiu que a China possa ter sido um dos compradores, mas não especificou montantes.

Hoje, o Governo espanhol conseguiu vender hoje três mil milhões de euros em dívida, mas vai pagar juros mais altos que em emissões anteriores. A dívida a cinco anos vai custar 4,5%. Ontem, o Tesouro português colocou obrigações a dez anos com uma taxa de juro de 6,716%, inferior à da emissão anterior, tendo tido uma procura 3,2 vezes superior à oferta.

MRA Alliance/RR

China faz primeiro voo com avião furtivo e incomoda EUA

quarta-feira, janeiro 12th, 2011

Avião furtivo chinês J-10A China testou na terça-feira o J-20, coincidindo com a presença no país do ministro da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, noticiou a CNN. O governante norte-americano afirmou à imprensa, em Pequim, ter questionado directamente o presidente chinês sobre a coincidência, ao que este lhe garantiu que não tinha nada a ver com a visita pois o teste já estava planeado.

O analista militar Richard Fischer disse à CNN que “este é um exercício clássico de projecção de poder”, acrescentando que a China “quer que o presidente Obama e o novo Congresso vejam Hu Jintao, que os visita na próxima semana, como líder da próxima superpotência militar, cujas exigências devem ser acomodadas”.

Os analistas, adianta a CNN, entendem que este avião furtivo chinês terá as mesmas capacidades de escapar à detecção por radar dos aviões norte-americanos de quinta geração, como os F-22 e os F-35.

MRA Alliance/DN

Chineses querem entrar no negócio do petróleo da Galp no Brasil

segunda-feira, janeiro 10th, 2011

Os activos petrolíferos da Galp no Brasil estão na mira de grandes multinacionais chinesas, nomeadamente da Petrochina, da Sinopec e da CNOOC.

Um interesse que, de acordo com as informações recolhidas pelo Diário Económico, já foi manifestado às autoridades portuguesas e que ganha particular relevância numa fase em que Portugal tem Pequim entre os seus possíveis aliados para resolver o problema da dívida pública.

O próprio presidente da China, Hu Jintao, admitiu durante a sua visita a Lisboa, no passado mês de Outubro, estudar a possibilidade de apoiar a economia nacional.

Em Dezembro, o ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, deslocou-se ao Oriente para se encontrar com o seu homólogo chinês, Xie Xuren, e com o governador do Banco Central da China, Zhou Xiaochuan, tendo como tema de fundo este ‘dossier’, precisa o jornal.

MRA Alliance

China diz que vai continuar a comprar dívida espanhola

segunda-feira, janeiro 3rd, 2011

A China vai continuar a comprar títulos do tesouro espanhol e “confia na capacidade de Espanha” para ultrapassar a crise e relançar a sua economia, anunciou o “número 2” do governo chinês, Li Keqiang, num artigo publicado hoje.

“Temos confiança no mercado financeiro de Espanha, o que se traduziu na compra da sua dívida pública, iniciativa que prosseguiremos no futuro”, escreveu o vice-primeiro-ministro executivo chinês no jornal espanhol El País.

O artigo saiu na véspera de Li Keqiang chegar a Madrid, primeira etapa de um périplo europeu de oito dias, que inclui a Alemanha e o Reino Unido.

MRA Alliance/DE

China já tem quase 130 bilionários e mais de 380 mil milionários

quarta-feira, dezembro 29th, 2010

A China é o maior mercado importador da marca Rolls-RoyceO número de bilionários saltou de 79, no ano passado, para 128, em 2010. O número de milionários chineses aumentou para 383 mil em apenas um ano e regista agora uma riqueza acumulada de 10 mil milhões de yuan (1.144 milhões de euros), mais 16% que em 2009.

A maioria dos milionários chineses tem menos de 50 anos e 11,8% nasceram já na década de 1980, depois de o Partido Comunista Chinês ter adoptado a política de «Reforma Económica e Abertura ao Exterior», segundo as listas elaboradas pela revista norte-americana Forbes.

No final do ano passado, a China tinha 331 mil milionários e este ano surgiram mais 52 mil. No entanto, um conhecido comentador político, Wang Xiaodong, disse ao jornal Global Times que o número é ainda maior.

Mais de um quinto dos milionários (22,6%) tem «um património substancial» fora do continente chinês, nomeadamente em Hong Kong, e «a tendência na China é investir no estrangeiro», diz o jornal, citado pela Lusa.

Cerca de 53% dos nomes citados na referida lista estão concentrados em Pequim, Xangai e nas províncias de Guangdong, Zhejiang e Jiangsu, possuindo no conjunto mais de 70% da riqueza do «clube». Comércio e indústria transformadora são os principais sectores de actividade, a área das finanças representa 12,3% e 11,6% ganham dinheiro no imobiliário.

Pelas estatísticas oficiais, em 2009, o rendimento anual «per capita» nas zonas urbanas subiu 9,8% em relação ao ano anterior, para 17.175 yuan (1.970 euros), mais de o triplo das áreas rurais, onde a maioria dos chineses ainda vive. O salário mínimo vai subir 20% em Janeiro, em Pequim. Ainda assim, vai ser de apenas 133 euros (1.160 yuan).

MRA Alliance

China sobe taxas de juro para conter inflação

domingo, dezembro 26th, 2010

A China aumentou ontem as taxas de juro 0,25 pontos percentuais. É a segunda vez em dois meses que o Banco Popular da China sobe as taxas de juro para combater as pressões inflacionistas. 

Os juros anuais dos empréstimos e dos depósitos estão agora em 5,81% e 2,75%, respectivamente, indicou o banco emissor chinês.

Em Outubro passado, pela primeira vez em quase três anos, o banco central chinês tinha aumentado as taxas de juro em 0,25 pontos percentuais.

MRA Alliance/Diário do Povo

China toma “medidas concretas” para ajudar Europa

terça-feira, dezembro 21st, 2010

Banco da China - Sede - PequimA China disse hoje apoiar os esforços da União Europeia no combate à crise da dívida soberana, segundo disse o vice-primeiro-ministro da China esta manhã. O país apoia as medidas do Fundo Monetário Internacional e diz que “tomou medidas concretas para ajudar alguns Estados-Membros para a contrariar a crise da dívida soberana”, disse Wang Qishan, responsável do governo chinês à entrada da terceira Cimeira de Diálogo Económico e Comercial.

Declarações que animaram os investidores e levaram a moeda única europeia a valorizar face a 14 das 16 principais divisas com que negoceia. A suportar os ganhos do euro está a expectativa de que as medidas do governo chinês, que detém 2,65 biliões de dólares em reservas estrangeiras, venha a abrandar a crise orçamental no Velho Continente e a suportar os ganhos da bolsa nacional.

MRA Alliance/JdN

Coreias: EUA, Japão e Coreia do Sul revelam incompetência geopolítica

quinta-feira, dezembro 2nd, 2010

Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão vão reunir-se segunda-feira em Washington para concertarem uma resposta ao alegado bombardeamento da ilha de Yeonpyeong a 23 de Novembro pela artilharia norte-coreana, no primeiro ataque a alvos civis desde 1987.

A reunião em Washington evidencia “a coordenação estreita” entre as três capitais, lê-se num comunicado do Departamento de Estado que marca a data do encontro. A notícia coincide com o fim das importantes manobras conjuntas de forças aeronavais americanas e sul-coreanas que decorreram desde domingo até ontem no mar Amarelo.

O encontro tripartido na capital americana deverá estabelecer os contornos de uma resposta às escaramuças de 23 de Novembro, quando a República Popular da China está a bloquear, no Conselho de Segurança das Nações Unidas, a aprovação de uma resolução de condenação da Coreia do Norte.

Diversas agências referiam ontem, citando fontes diplomáticas, que Pequim considera inaceitável o uso de vocábulos como “condenar” ou “Conselho expressa preocupação”. Pequim, por outro lado, tem insistido no reatamento do mecanismo conhecido como as negociações a seis, que envolve as duas Coreias, EUA, Japão, Rússia e China.

O regresso a este formato diplomático na actual conjuntura é considerado desajustado por Washington, Seul e Tóquio. As três partes acham que sentarem-se à mesma mesa com representantes de Pyongyang equivaleria a reconhecerem uma vitória do regime de Kim Jong-il, que acusam de ter abandonado as negociações em Abril de 2009.

O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, insistia ontem ser “dever e obrigação” de Pequim “pressionar a Coreia do Norte a desistir da atitude beligerante”.

Gibbs omitiu um dos principais factos da escalada do conflito na ilha de Yeonpyeong, em  23 de Novembro. O primeiro tiro foi disparado pela Coreia do Sul.

De acordo com a tradição oriental, será impossível que a China, a potência regional que detém a chave da solução do problema coreano, aceite o veredicto dos norte-americanos e respectivos aliados no Extremo Oriente.

Se o fizesse Pequim perderia a face e, desta forma, alienaria a sua legitimidade moral e política na gestão do conflito.

MRA Alliance/Agências/pvc

China aceita a reunificação pacífica das duas Coreias

quarta-feira, dezembro 1st, 2010

O fim da separação entre a Coreia do Norte (comunista) e a Coreia do Sul (capitalista) foi tema de conversa entre diplomatas chineses e americanos e poderá acontecer a prazo, de acordo com documentos revelados pela Wikileaks, a organização fundada pelo australiano Julian Assange.

Quarenta e oito horas após a organização ter iniciado a publicação de milhares de documentos diplomáticos americanos, confidenciais e secretos, ontem as surpresas continuavam a suceder-se. Ao que parece, para Pequim, a Coreia do Norte já não tem valor como um estado-tampão com o Ocidente.

O conteúdo dos telegramas diplomáticos, tornados públicos pela organização do cidadão australiano, revela conversas pormenorizadas entre responsáveis dos Estados Unidos e diplomatas chineses, e entre responsáveis sul-coreanos e os seus homólogos do Império do Meio.

O documento referenciado avança que tal diálogo aconteceu, em Junho de 2009 e durante um jantar de três horas em Astana, capital do Cazaquistão. Então, e referindo-se às Coreias, o diplomata chinês em Astana confiou ao embaixador americano Richard Hoagland que Pequim “deseja uma reunificação pacífica a longo prazo, mas espera que os dois países se mantenham separados para já”.

A perspectiva de uma intervenção militar da China em caso de colapso da Coreia do Norte foi também posta de parte por diplomatas que sublinham que as estratégias económicas de Pequim estão agora mais vocacionadas para EUA, Japão e Coreia do Sul.

MRA Alliance/DN

China e Rússia abandonam dólar no comércio bilateral

quarta-feira, novembro 24th, 2010

Vladimir Putin e Wen Jiabao assinam acordos entre a Rússia e a ChinaA China e a Rússia deram ontem mais um passo decisivo para o que o dólar perca a médio prazo o estatuto de moeda âncora do sistema financeiro mundial e de divisa de referência nas trocas comerciais globais. A decisão foi anunciada pelos chefes dos governos chinês e russo, Wen Jiabao e Vladimir Putin, respectivamente, durante um encontro realizado em São Petersburgo. 

“Sobre os acordos comerciais, decidimos usar as nossas próprias divisas [rublo e yuan]” disse Putin na conferência de imprensa que marcou o final das conversações com Wen. Os dois países assinaram 12 acordos comerciais e de cooperação, designadamente nas áreas da energia, minérios, aviação e transportes ferroviários, no valor de centenas de biliões de rublos.

Desde a agudização da crise financeira global, em Setembro de 2008, foi crescendo o número de especialistas chineses e russos, nas mais altas esferas da governação, que preconizam o abandono do dólar como moeda de referência global devido aos elevados riscos de volatilidade e de forte instabilidade da divisa americana, exacerbados pela colossal dívida pública e pelos gigantescos défices orçamentais crónicos dos Estados Unidos.

Sun Zhuangzhi, um destacado investigador da Academia Chinesa de Ciências Sociais, em Pequim, considera que a decisão agora tomada segue uma tendência generalizada a nível mundial após as vulnerabilidades do dólar terem sido evidentes desde 2008. Por seu turno, Pang Zhongying, especialista de política internacional na Universidade Renmin, disse que o acordo cambial não pretende desafiar o dólar mas tão somente diminuir os riscos associados à divisa dos EUA.

No mercado interbancário chinês o yuan já está a ser trocado contra o rublo. O mesmo acontecerá em breve no mercado interbancário russo nas transacções rublo-yuan. Esta situação foi caracterizada por Putin como “um passo importante no comércio bilateral” que resulta “da consolidação de sistemas financeiros de países com dimensão global”.

Wen elogiou o facto de as relações entre Pequim e Moscovo “terem um nível sem precedentes” e prometeu que os dois países “nunca serão inimigos um do outro”. “A China continuará firme no caminho do desenvolvimento pacífico e no apoio ao renascimento da Rússia como grande potência”, disse o chefe do governo de Pequim.

Hoje, Wen Jiabao está em Moscovo para um encontro com o presidente russo Dmitry Medvedev.

MRA Alliance/People’s Daily

Portugal quer exportar mais, China disponível para ajudar

domingo, novembro 14th, 2010

Wen Jiabao com José SócratesO primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, disse ontem estar confiante que Portugal pode ultrapassar a actual turbulência financeira. Na resposta, José Sócrates garantiu que leva “muito a sério” a parceria com Pequim e que Portugal precisa de exportar mais para a China.

Num encontro de meia hora em Macau com o primeiro-ministro português, à margem da III conferência ministerial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que termina hoje, Wen disse que o seu país está disponível para auxiliar Portugal, “caso necessário”. “Acreditamos plenamente que Portugal tem capacidade para ultrapassar as dificuldades” que está a atravessar, disse. “Caso necessário, a China está disposta a prestar total apoio”, prometeu.

José Sócrates afirmou que o Governo português leva “muito a sério” a parceria com a China e quer “desenvolvê-la e ampliá-la”. Mais tarde, em declarações aos jornalistas, o primeiro-ministro português recordou o objectivo de duplicar o volume das trocas comerciais entre a China e Portugal até 2015. Sócrates enfatizou a necessidade da relação económica entre os dois países se tornar “mais equilibrada”, nomeadamente através do aumento das exportações.

Ontem, Pequim anunciou a criação de um fundo de cooperação entre a China e os países de língua portuguesa no valor de 730 milhões de euros, totalmente financiado pela banca chinesa.

No plano bilateral, Basílio Horta, presidente da AICEP, Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, mostrou-se favorável à entrada do Industrial and Commercial Bank of China (ICBC), o maior banco chinês, no capital do Millenium BCP. Isso poderia ser “muito útil”, uma vez que o ICBC “está a pensar” em abrir uma filial em Lisboa, afirmou.

Quanto ao receio de que a maioria do capital de empresas estratégicas portuguesas, como é o caso da EDP, possa ficar nas mãos de investidores estrangeiros, Basílio Horta diz que, “hoje em dia, já não faz sentido”. “No mundo globalizado em que nós estamos, os centros de decisão são onde estão as competências”, defendeu o presidente da AICEP.

“Portugal é uma economia aberta, estamos a tentar atrair investimento estrangeiro. Se os chineses querem entrar na EDP, por que não? Esse não será seguramente um obstáculo”, disse. A companhia eléctrica China Power International revelou recentemente o interesse em entrar no capital da EDP.

Pelo menos no BES, os investidores chineses “são bem-vindos”, assegura o presidente do BES Investimento do Brasil, Ricardo Espírito Santo. “Se houver bancos chineses que queiram comprar acções no BES, nós ficaremos muito satisfeitos com esse investimento, que mostra uma aposta e confiança na gestão do banco”, afirmou Espírito Santo.

MRA Alliance/Público

China investe biliões de dólares nas relações com CPLP

sábado, novembro 13th, 2010

O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, propôs aumentar o comércio entre os países lusófonos para 100 mil milhões de dólares (73,04 mil milhões de euros) até 2013. Este valor é dez vezes superior ao valor registado há uma década, na abertura da III Conferência Ministerial do Fórum Macau para a Cooperação Económica e Social entre a China e a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

Para além dos 100 mil milhões de dólares de aumento do comércio até 2013, a China propôs a criação de um  fundo de mil milhões de dólares (730 milhões de euros) para desenvolver a cooperação com os países de língua portuguesa.

O primeiro-ministro chinês realçou que as economias da China e da CPLP são “altamente complementares”, existindo “grandes potencialidades  para aumentar as trocas comerciais”. “A nossa cooperação tem-se alargado à educação, à cultura e outras áreas.  (…) Temos de explorar novas áreas de cooperação, e não apenas as tradicionais.”

De acordo com os números indicados por Wen Jiabao, nos primeiros nove meses deste ano, o comércio entre a China e os países lusófonos aumentou  57 por cento.

Em 2003, quando foi criado o fórum Macau, o comércio entre a China e os países lusofonos tinha um peso de 10 mil milhões de dólares (7,3 mil milhões de euros), sendo agora de 68,2 mil milhões de dólares (49,8 mil milhões de euros).

O primeiro-ministro chinês considera que Macau “desempenha plenamente o papel de plataforma entre a China e  os países de língua portuguesa e de ponto de encontro entre as culturas ocidental e oriental”.

A China vai ainda conceder créditos de 1.600 milhões de yuan (176 milhões  de euros) para os países lusófonos de África e Ásia.

MRA Alliance/CM 

China compra dívida pública portuguesa

segunda-feira, novembro 8th, 2010

Hu JintaoA China já é dona de parte da dívida pública nacional. O acordo ainda não é oficial, mas a TVI noticiou que a compra está a ser feita de forma gradual. O presidente da China, Hu Jintao, de visita a Lisboa este fim-de-semana, após a reunião com o primeiro-ministro, José Sócrates, assinou vários acordos a nível institucional e empresarial.

O encontro antecedeu as reuniões técnicas entre as duas comitivas, onde foram ultimados os quatro acordos institucionais e os nove acordos entre empresas assinados entre os dois países. Grupos como EDP, PT, BCP e BPI confirmaram a assinatura de protocolos de entendimento com grandes empresas chinesas.

Hu Jintao sublinhou ser intenção de Pequim duplicar as trocas comerciais com Portugal até 2015. Pelas contas chinesas, nos primeiros nove meses deste ano, o comércio bilateral cresceu 40,7% em relação a igual período de 2009, atingindo 2.396 milhões de dólares (cerca de 1,69 milhões de euros). As exportações portuguesas aumentaram 61,4%, para 549,9 milhões de dólares (perto de 390,9 milhões de euros).

«A China valoriza muito a relações com Portugal» disse Hu, sublinhando que, «perante o cenário internacional complexo», o governo de Pequim «está disposto em trabalhar com o lado português», no sentido de «elevar a parceria estratégica [entre os dois países] para um patamar ainda mais elevado».

Ontem foi assinado um memorando de entendimento entre o Industrial and Commercial Bank of China e o BCP, para utilização preferencial recíproca das redes em diferentes áreas de negócio e cooperação a vários níveis, revelou a instituição liderada por Carlos Santos Ferreira em comunicado.

Sobre a EDP, «a China tem manifestado o interesse em entrar no capital da eléctrica portuguesa», disse à Lusa fonte próxima das negociações, sem adiantar, no entanto, nem percentagens de capital nem datas. A EDP e a empresa chinesa «China Power Holding International» (CPI) assinaram no segundo dia e último dia da visita do presidente chinês a Portugal, um acordo de cooperação nas novas energias em projectos na Ásia, Europa, África e Brasil.

O presidente da EDP, António Mexia esclareceu à Lusa que o protocolo assinado entre as duas eléctricas prevê «a eventual entrada, enquanto acionista de referência, no capital da EDP».   «A entrada [no capital] faz-se através do mercado», disse ainda António Mexia, afirmando que a CPI, até agora, só manifestou intenção. «O que está a aqui em causa para virem a ser sócios de referência é ter o mínimo de 2%», disse Mexia, citado pela TSF.

MRA Alliance/AF

Maior banco chinês negoceia compra de dez por cento do BCP

domingo, novembro 7th, 2010

O Banco Comercial Português (BCP) e o Industrial and Commercial Bank of China (ICBC) têm mantido contactos com vista à tomada de posição do maior banco chinês no capital do grupo português. O negócio deverá ser abordado entre as autoridades oficiais portuguesas e chinesas no quadro dos encontros bilaterais planeados para hoje e amanhã durante a visita do Presidente da China, Hu Jintao, a Portugal, e no próximo fim-de-semana, quando José Sócrates se deslocar a Macau.

A negociação promete ser um dos temas-chave da visita. São mais de 30 as entidades e empresas chinesas que acompanham o Presidente chinês, que chega a Portugal depois de uma visita a França, onde foram assinados protocolos superiores a 14 mil milhões de euros.

O porto de Sines é outro tema que estará em cima da mesa. Nas últimas semanas o Governo português tem estado a negociar com Governo chinês a possível entrada da China no parque logístico do porto de Sines, soube o PÚBLICO junto de fonte governamental. As negociações não estão fechadas e têm-se centrado nos últimos dias nas infra-estruturas, disse outra fonte governamental.

A contrapartida de investimentos seria a compra de dívida pública, como a China fez recentemente na Grécia. A vice-ministra dos Negócios Estrangeiros chinesa, Fu Ying, disse recentemente que a China estava disponível para comprar mais títulos do Tesouro nacional e “participar no esforço de recuperação económica e financeira de Portugal”.

A entrada do maior banco chinês no maior banco privado português será uma das contrapartidas desses investimentos. O presidente do BCP, Carlos Santos Ferreira, e quadros de topo do ICBC, o megagrupo financeiro chinês, com capitais públicos, têm negociado essa aquisição. Admite-se que o ICBC possa vir a acompanhar a dimensão dos interesses angolanos, representados pela Sonangol. Detentora de mais de 10 por cento do BCP, a Sonangol já pediu autorização para reforçar essa posição até 20 por cento. E seria esta a quota que Santos Ferreira gostaria de ver o ICBC ter, para equilibrar o peso angolano. O ICBC é o maior banco comercial chinês, com 18 mil balcões, 400 mil empregados e 200 milhões de clientes.

MRA Alliance/Público

China: Hu Jintao é o líder mais poderoso do mundo, diz a Forbes

sexta-feira, novembro 5th, 2010

Hu Jintao - Presidente da ChinaO presidente da China Hu Jintao, que realiza uma visita de Estado a Portugal nos próximos dias 6 e 7 do corrente mês,  foi considerado pela revista Forbes como o líder mais poderoso do mundo. Segundo a revista norte-americana, Hu Jintao «exerce um controlo quase ditatorial sobre 1,3 mil milhões de pessoas, um quinto da população mundial.

Em segundo lugar a revista colocou o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, recentemente abalado com a meia vitória republicana nas eleições intercalares. “Depois de ter promulgado importantes reformas durante os primeiros dois anos do seu mandato, Obama será nos próximos dois anos testado pela oposição para aplicar o seu programa”, refere a Forbes.

O rei Abdallah da Arábia Saudita, Vladimir Putin, primeiro-ministro da Rússia, Bento XVI e a chanceler alemã Angela Merkel ocupam por esta ordem as posições seguintes do ranking.

A presidente eleita no Brasil, Dilma Rousseff ocupa a 16ª posição e o presidente francês a 19ª. Já Osaba Bin Laden, líder da organização terrorista Al-Qaeda surge em 57º lugar.

O último lugar é ocupado por Julian Assange, fundador do site Wikileaks, especializado em difundir documentos militares secretos, em particular as relacionadas com as operações norte-americanas e dos seus aliados nas guerras em curso no Afeganistão e no Iraque.

MRA Alliance/ionline

China quer comprar dívida soberana portuguesa

sexta-feira, outubro 29th, 2010

A China está disposta a comprar títulos da dívida pública portuguesa e a “participar no esforço de recuperação económica e financeira” do País, admitiu ontem a vice-ministra dos Negócios Estrangeiros chinesa, Fu Ying. Uma decisão nesse sentido poderá ser tomada já no final da próxima semana, no âmbito da visita a Lisboa do presidente chinês, Hu Jintao, nos dias 6 e 7, que deverá ficar marcada por vários acordos e contratos de investimento. Estes poderão ser uma espécie de “moeda de troca” para o apoio ao financimento da depauperada República Portuguesa.

“A situação económica e financeira em Portugal tem sido sempre o centro das nossas atenções”, explicou aquela governante em Pequim, acrescentando que o seu Governo tem “vontade de participar nos esforços dos países europeus para recuperar da crise”.

E, a avaliar pelas estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), dinheiro não é problema: a economia chinesa deverá crescer 10,5% este ano. E embora continue a assumir-se com “um país em vias de desenvolvimento”, a China possui neste momento as maiores reservas em divisas do mundo: 2,65 mil milhões de dólares, que equivalem a 1,92 mil milhões de euros.

Cerca de um terço daquele valor está investido em títulos do tesouro norte-americano, pelo que a investida chinesa nos mercados euopeus faz também parte de uma estratégia de diversificação das suas reservas demasiado expostas às flutuações do dólar.

Nesse sentido, um professor do Banco Central chinês, Wang Yong, defendeu a compra de dívida pública de Portugal e de outros países europeus, não só para ajudar a Europa a sair da crise, como para tentar limitar a 3% a valorização da moeda chinesa reivindicada pela administração norte-americana, que lhe prejudica as exportações.

MRA Alliance/DN

China sobe taxas de juro pela primeira vez em três anos

terça-feira, outubro 19th, 2010

O banco central chinês subiu hoje as taxas de juro de referência para travar as pressões inflacionistas e a expansão de bolhas especulativas no mercado imobiliário. A decisão surge depois de a taxa de inflação ter acelerado para 3,5% em Agosto, atingindo o valor mais elevado em quase dois anos.

A taxa de juro a que o banco central remunera os depósitos da banca subiu de 2,25% para 2,5%. Já a taxa de cedência de liquidez aumentou de 5,31% para 5,56%.


A última vez que as autoridades monetárias chinesas subiram as taxas de referência foi em Dezembro de 2007.

Este aumento tenderá a desacelerar a pressão no sector imobiliário, onde os preços têm vindo a subir fortemente, mas poderá encorajar o ingresso de capitais estrangeiros especulativos.

MRA Alliance/JdN

Atribuição do Nobel da Paz ao dissidente Liu Xiaobo irrita Pequim

sexta-feira, outubro 8th, 2010

Liu Xiaobo - Prémio Nobel da PazA China considera a atribuição do Nobel da Paz ao dissidente Liu Xiaobo uma “obscenidade” que é “totalmente contrária aos princípios” do prémio e prejudicará as suas relações com a Noruega. “É uma obscenidade contra o prémio da paz”, refere uma reacção do porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ma Zhaoxu.

“Liu Xiaobo é um criminoso condenado pelo sistema judicial chinês por ter enfrentado as leis chineses”, reagiu o Ministério. “Atribuir o prémio Nobel da Paz a uma tal pessoa é totalmente contrário aos princípios desse prémio, e constitui uma perversão.” Para a China, Liu Xiaobo “violou e blasfemou” os princípios do Nobel.

A atribuição do prémio acontece quando estão em curso negociações bilaterais para um acordo de livre comércio entre a Noruega e a China. No final de Setembro, o secretário do comité Nobel, Geir Lundestad, disse que o vice-ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Fu Ying, em visita a Oslo, lhe fizera saber que a distinção de um dissidente seria vista como “inamigável”.

A atribuição do Nobel da Paz ao Dalai Lama, líder espiritual dos tibetanos, em 1989, provocou também então a ira do Governo de Pequim

Os cinco membros do comité são designados pelo Parlamento norueguês, mas são independentes do Governo e da câmara.

MRA Alliance/Público

Pequim promete apoiar euro mas recusa valorizar yuan

quinta-feira, outubro 7th, 2010

Wen Jiabao com Durão BarrosoO primeiro ministro chinês, Wen Jiabao, foi claro na mensagem que deixou hoje aos europeus, na cimeira bilateral de Bruxelas: a China vai continuar a apoiar o euro mas não cede às pressões para valorizar o yuan. Wen garantiu que a China é “o verdadeiro amigo da Europa”, como demonstra o facto de “não se manter de parte quando alguns países da Zona Euro tiveram dificuldades” durante a crise de dívida que eclodiu na primavera.“Comprámos uma quantia importante de títulos [de dívida] europeus na época mais difícil, entre eles da Grécia, da Irlanda, de Espanha, de Portugal e de Itália”, recordou o primeiro ministro chinês, assegurando que vai continuar com esta política enquanto “os países do euro tiverem problemas”.

No entanto, pediu aos líderes políticos e empresariais europeus que parem de pressionar a China para que permita uma maior flutuação da sua moeda, uma vez que, consideram os chineses, uma valorização do yuan poderia provocar uma crise no gigante asiático, provocando a perda de milhares de empregos e um “desastre” para a economia de Pequim.

A valorização da moeda chinesa é uma exigência reiterada tanto dos Estados Unidos como da Europa, que defendem que um yuan baixo favorece as exportações chinesas mas penaliza os produtos norte-americanos e europeus.

Wen Jiabao, por seu lado, entende que os desequilíbrios comerciais entre a Europa e a China respondem mais à estrutura do comércio internacional do que ao baixo valor do yuan, como prova o facto de o excedente comercial chinês se ter multiplicado nos últimos anos, apesar da subida controlada do valor da sua divisa.

No encontro, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, exigiu às autoridades chinesas uma “apreciação do yuan ampla e ordenada” para evitar danos na recuperação económica da União Europeia.

MRA Alliance/Lusa