Archive for the ‘Bolsas’ Category

Bolsas afundam com incerteza política e riscos de recessão

terça-feira, setembro 6th, 2011

Praças europeias sofreram ontem um ‘mini-crash’, pressionadas por indefinições políticas europeias e receios de estagnação da economia norte-americana. A agenda política europeia é preenchida para este mês e os mercados receiam as decisões que possam vir a ser tomadas.

Ontem, as bolsas europeias continuaram em queda livre, com o índice que mede a pulsação às ‘praças’ do ‘Velho Continente’, o Stoxx Europe 600, a resvalar 4,14%. Isto após ter cedido 2,44% na sexta-feira, as piores sessões desde Maio de 2009. O PSI 20 conseguiu limitar as perdas, descendo 2,82% na sessão. No entanto, nenhuma empresa cotada resistiu às perdas.

A justificar as quedas estão, segundo o administrador da Fincor, Pedro Pereira Coutinho, “as incertezas a nível económico e político, tanto na Europa como nos EUA, e os receios de estagnação do crescimento da maior economia do mundo”.

As descidas de ontem ocorreram após o partido da chanceler alemã, Angela Merkel, ter perdido mais umas eleições regionais. A derrota “faz com que a oposição ganhe mais poder político, tornando o processo associado a mais pedidos de ajuda ou pedidos adicionais mais complicado de aprovar”, explicou o analista da IG Markets, Duarte Caldas, ao Diário Económico. Isto, nas vésperas do Tribunal Constitucional alemão se pronunciar sobre o processo legislativo da ajuda à Grécia.

“Os riscos políticos irão dominar o resto do mês”, referiram ontem os economistas do Barclays Capital num relatório.

MRA Alliance/DE

Recessão volta a arrasar bolsas mundiais

sexta-feira, agosto 19th, 2011

O banco Morgan Stanley, com a publicação de previsões desapontadoras do crescimento económico mundial, contribuiu ontem para mais uma quinta-feira negra nas bolsas, agravada pelo incontornável desânimo dos investidores perante o anúncio de indicadores desfavoráveis aos Estados Unidos .

As praças de Frankfurt, Madrid, Londres, Paris e Milão registaram perdas entre 4% e 6% no dia, o pior registo desde Março de 2009. A fuga dos investidores foi de tal forma generalizada que em 600 acções europeias do Stoxx Europe apenas quatro subiram. Em Portugal, o principal índice bolsista tombou 4,12%, com os 20 títulos do PSI-20 a serem fustigados. Do outro lado do Atlântico, os mercados também sucumbiram ao tsunami europeu, ao iniciarem a sessão com uma desvalorização de 4%.

“Contribuíram para a queda novos medos de abrandamento, substanciados por um research da Morgan Stanley que colocava a possibilidade de recessão nos EUA, acrescidos de uma nova vaga de dados económicos piores do que o esperado, como foram as vendas de casas usadas e o índice Philadelphia Fed muito abaixo do esperado”, explicou Paulo Santos, analista da XTB ao jornal ionline.

A este quadro, segundo o espescialista da XTB, acrescem os “receios relacionados com a possibilidade de alguns bancos europeus poderem vir a enfrentar problemas de solvabilidade no curto prazo, devido à desvalorização da dívida pública periférica”. Ontem, o “Wall Street Journal” escrevia que a Reserva Federal está “preocupada” com a liquidez dos bancos europeus presentes nos EUA.

O sector financeiro foi por isso dos mais penalizados, ao cair 6,7%. Entre os bancos portugueses, o BCP derrapou quase 4,2% para 0,253 euros, depois de ter renovado um novo mínimo histórico ao bater nos 0,251 euros. “Quanto ao BCP, por mais que custe dizer, a tendência é de queda e não se consegue dizer onde vai parar, porque não há histórico, não há referências, o BCP está a valores nunca vistos”, refere Tiago Pereira, gestor de activos do Banco Carregosa.

Além da banca, as utilities (distribuição de energia, por exemplo) desceram 5,8% e as telecomunicações, habitualmente mais seguras, desvalorizaram 3,6%.

“É a ressaca da cimeira Merkel/Sarkozy, que veio confundir e desestabilizar ainda mais os investidores, e é a continuação de um mercado que continua a testar os limites”, acrescenta Tiago Pereira. A tendência é para descer e, na dúvida, vende-se, o que agrava ainda mais a tendência. “De vez em quando, alguns rumores espalham o pânico. Faz lembrar o pós-11 de Setembro em que todos os dias havia notícias negativas e que parecia que o mundo ia acabar.”

O resultado da soma da crise da dívida à crise de liderança política na Europa vai além da queda das bolsas. Os juros dos títulos de dívida de quase todos os países europeus subiram, à excepção da Alemanha.

Os receios levam os investidores a procurar activos refúgio, como as obrigações alemãs e o ouro. O metal amarelo subiu para 1.820 dólares por onça e “vai continuar a subir até existirem sinais seguros de que os EUA e a Europa estão a regressar à normalidade”, afirmou à Bloomberg, Afshin Nabavi, vice-presidente da MKS Finance.

O dólar valorizou e os sinais de abrandamento económico pressionaram o preço do petróleo que, em Nova Iorque, recuou mais de 5%.

MRA Alliance

CMVM alerta para `short-selling´ ilegal na bolsa de Lisboa

sexta-feira, agosto 12th, 2011

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) alertou esta sexta-feira para operações de vendas a descoberto ilegais últimos depois de ter registado nos últimos dias um aumento das falhas de liquidação em operações de `short-selling´ na bolsa de Lisboa.

Numa circular enviada aos membros do mercado, o regulador diz ter detectado «situações que consubstanciam infracção das normas em vigor, o que constitui prática de contra-ordenação muito grave e em relação às quais instaurará os respectivos processos».

A CMVM refere ainda que «reforçou os procedimentos de monitorização das vendas curtas», de modo a assegurar «a boa liquidação das operações e a evitar a prática proibida do short selling descoberto, cujas consequências, quer sistémicas, quer em valores mobiliários específicos, podem ser muito nefastas para os mercados».

MRA Alliance/Agências

EUA: Bolsas sobem 4% com redução dos pedidos desemprego

sexta-feira, agosto 12th, 2011

O índice industrial Dow Jones avançou ontem 3,95% para pontos. Melhor desempenho tiveram o tecnológico Nasdaq e o S&P 500, que dispararam 4,69% e 4,63%, respectivamente.

A animar as praças norte-americanas estiveram sobretudo dois factores: por um lado, o relatório do desemprego publicado pelo Departamento do Trabalho norte-americano, que revelou que número de pedidos de subsídio de desemprego caiu inesperadamente na semana que terminou a 6 de Agosto para 395.000.

Por outro, a Cisco e a News Corp reportaram hoje lucros acima das previsões dos analistas. A líder mundial em soluções e equipamentos para redes de comunicações registou um lucro de 0,40 dólares por acção no quarto trimestre fiscal, acima dos 0,38 dólares estimados.

A proprietária do canal de televisão Fox e do Wall Street Journal anunciou que obteve um resultado líquido de 0,26 dólares por acção. Os títulos das duas empresas dispararam 16% e 18%, respectivamente.

“Os mercados estão a tentar estabelecer-se”, disse James Paulsen, especialista da Wells Capital, à Bloomberg. “O número dos pedidos de subsídio de desemprego acalmou a tempestade. E serviu para lembrar que, apesar da crise de dívida na Europa, se a economia norte-americana não entrar em recessão, não há razão para vender as acções”, acrescentou.

MRA Alliance/DE

Bolsas: Banca portuguesa falha recuperação do sector na Europa

sexta-feira, agosto 12th, 2011

O índice de referência para a Europa, Stoxx 600, subiu 3,16% , depois de ter chegado a negociar em mínimos de dois anos. O sector da banca não portuguesa acabou por subir 3,90%, numa sessão em que chegou a prolongar as fortes perdas de ontem e depois de ter chegado a pressionar a negociação na Europa.

Os bancos nacionais falharam a recuperação dos pares europeus mas encerraram longe dos mínimos que fixaram hoje durante a sessão. Depois de descer a um novo mínimo histórico nos 0,252 euros, o BCP fechou nos 0,268 euros, caindo 0,74%. O BES perdeu 1,6% para 2,221 euros e o BPI recuou 2,49% para 0,823 euros, depois de terem negociado em mínimos de 1993 e 1995, respectivamente. O Banif recuou 0,46% para 0,429 euros.

Durante parte da sessão, as bolsas europeias negociaram pressionadas pelas preocupações dos investidores em torno da solidez financeira do sistema bancário de França e Itália, que assolaram os mercados ontem. Os dois países anunciaram hoje, segundo a CNBC, citada pelo Jornal de Negócios, que vão banir o “short-selling” nos seus mercados bolsistas. Assim, a partir de sexta-feira deixará de ser possível especular na queda de acções, diz a CNBC citando a Autoridade Europeia dos Mercados de Valores Mobiliários (ESMA na sigla em inglês). Outros países membros da Zona Euro poderão tomar idêntica decisão.

A operação de “short selling” consiste na venda de acções por parte de um investidor que as pede antes emprestado. O objectivo passa por recomprá-las mais tarde (a um preço inferior), entregar a quem as emprestou e ficar com a diferença. Esta operação exerce uma pressão negativa sobre os títulos e terá sido utilizada nas últimas sessões para que os investidores ganhem com a queda dos títulos da banca.

Este terá sido o motivo que levou as acções europeias encerraram em alta, com os investidores a voltarem a comprar acções do Velho Continente e levando as acções a registarem a maior valorização desde Maio de 2010.

“As acções estão baratas”, disse o estratega sénior do Nordea Bank, Henrik Drusebjerg, à Bloomberg. “Não existem notícias que sugiram que os investidores se devam preocupar menos do que ontem”, acrescentou.

Os ganhos generalizaram-se pelos diversos índices europeus. O madrileno IBEX valorizou 3,56% para 8.249,40 pontos, o alemão DAX encerrou em alta de 3,28% para 5.797,66 pontos e o parisiense CAC-40 progrediu 2,89% para 3.089,66 pontos. A excepção foi o índice grego FTSE/ASE20 que perdeu 0,59%.

MRA Alliance

Nervosismo na banca e incertezas europeias empurram bolsas para o fundo

quinta-feira, agosto 11th, 2011
Os dias negros voltaram aos mercados accionistas nos dois lados do Atlântico. As acções do Velho Continente caíram e levaram as principais bolsas europeias a quedas entre os 3% e 6,5%. O sector da banca teve o pior desempenho desde Março de 2009, no dia em que Sarkozy interrompeu as férias para reunir com o seu executivo e os rumores sobre a frágil situação do país se avolumaram.
O índice de referência para a Europa, Stoxx 600, declinou 3,75% para 223,50 pontos, com cerca de sete oitavos das acções a perderem território.

Os sector da banca representado no índice, recuou 6,7% com os bancos franceses a liderarem as quedas.  O presidente Nicolas Sarkozy interrompeu as férias para uma reunião de emergência com o seu executivo e para reiterar o compromisso gaulês com as metas do défice.

A Société Générale sofreu uma queda violenta, ao desvalorizar 14,74%, o BNP Paribas caiu 9,47%  e o Crédit Agricole perdeu 11,81%.  

A França é, entre os membros da Zona Euro com rating  AAA,  o que enfrenta maiores custos com os seguros de incumprimento financeiro – “credit default swaps” (CDS) – um produto financeiro derivado muito utilizado pelos especuladores. Depois do corte do rating da dívida norte-americana, os especuladores apontam agora as baterias sobre a  França na expectativa de que seja o próximo país a sofrer uma redução da qualidade de crédito por parte das três maiores agências de notação financeira.

Na eventualidade de tal acontecer o sistema bancário do país será o sector mais penalizado pois os bancos serão obrigados a contabilizar  imparidades, acumulando prejuízos até agora escondidos nos balanços e afectando seriamente os seus rácios de solvabilidade. Apesar dos rumores apontarem nesse sentido, as agências de “rating” e o Governo francês apressaram-se a negar que o “rating” do país vá ser cortado.

“A ameaça ao triple A  da França é preocupante”, disse o analista de obrigações do Grupo ING, Padhraic Garvey, entrevistado pela Bloomberg. “O nosso modelo de classificação notação da dívida identifica França como um dos emitentes [de obrigações] mais frágeis” entre os países europeus com o “rating” máximo, ou seja, “AAA”, acrescentou.

Os CDS da Société Générale são os mais dispendiosos entre os bancos do país e este foi também o banco mais penalizado entre as empresas cotadas no Stoxx 600. Os rumores de que o banco iria precisar de ajuda estatal também foram desmentidos pela administração.

“A Société Générale emitiu um aviso recentemente, o que o torna mais vulnerável aos rumores de mercado e é por isso que as acções estão hoje a ser penalizadas”, disse o analista do ETX Capital, Marcus Huber, à Bloomberg. No dia 3 de Agosto o banco francês avisou que poderia falhar as metas de 2012 depois de ter sofrido uma quebra de 31% dos lucros na primeira metade do ano.

Na Itália, aconteceu igualmente uma quebra generalizada dos títulos da banca. O Intesa Sanpaolo depreciou 13,72% e a UBI Banca recuou 10,17%. O o índice bolsista transalpino perdeu 6,65%. A bolsa de Milão foi a que registou maiores perdas na Europa.

O índice espanhol IBEX caiu 5,49% para 7.966 pontos e o parisiense CAC-40 recuou 5,45%. O alemão DAX encolheu 5,13% e o britânico Footsie 100 baixou 3,05%. O Banco Santander perdeu 8,33% e o britânico HSBC recuou 5,28%. 

Wall Street não conseguiu resistir à razia europeia. As quedas dos índices norte-americanos foram superiores a 4%. O Dow Jones fechou a perder 4,64%, o Nasdaq baixou 4,09% e o S&P 500 caiu 4,43%. 

A queda abrupta nas praças norte-americanas seguiu-se à corrida de ontem que gerou valorizações superiores a 4%, a maior subida desde Março de 2009. As bolsas dos EUA beneficiaram do anúncio da Reserva Federal (Fed) dos EUA, que revelou que a taxa de juro do país – que se encontra entre zero e 0,25% – se manterá em níveis baixos até 2013. Mas, como prevíramos ontem, foi sol de pouca dura.

A acentuar a espiral de perdas estiveram rumores sobre alegadas vulnerabilidades sobre a solvência e liquidez do banco Société Générale bem como sobre o rating da dívida francesa. A banca foi um dos sectores mais penalizados devido ao perigo de contágio da crise europeia. Três dos maiores bancos americanos registaram perdas acentuadas – o Citigroup caiu 10,47%, o Bank of America 10,92% e o Goldman Sachs 10,10%.

MRA Alliance/Agências

MRA Alliance

Bolsa saudita cai 5,5 % um dia após o corte no rating dos EUA

domingo, agosto 7th, 2011

O principal índice da bolsa da Arábia Saudita, a primeira praça financeira a reagir à redução da notação da dívida soberana dos Estados Unidos, perdeu ontem 5,46% no fecho do mercado. A bolsa saudita, a mais importante do mundo árabe, funciona aos sábados. 

Segundo a agência France Presse, a forte baixa no índice TASI deve-se ao nervosismo dos investidores face à decisão tomada na passada sexta-feira pela agência de notação financeira Standard & Poor’s, de reduzir o “rating” dos Estados Unidos de AAA (nota máxima) para AA+.

Pela primeira vez na história, a notação da dívida soberana dos EUA foi reduzida por uma  das três agências de “rating” globais, sinalizando que é mais arriscado investir em títulos de dívida daquele país.

Entre os países árabes exportadores de petróleo, a Arábia Saudita é o maior credor dos EUA. No seu conjunto, os países da OPEP, em Maio passado, tinham investidos quase 230 mil milhões de dólares naqueles instrumentos financeiros, segundo dados do Departamento do Tesouro.

MRA Alliance/Agências

Pânico nas bolsas com Lisboa a derrapar mais de 9% numa semana

sexta-feira, agosto 5th, 2011

Uma semana de nervosismo nos mercados financeiros com os receios de contágio da crise da dívida aos grandes da zona euro fez recuar as praças europeias para mínimos. O principal índice da bolsa de Lisboa perdeu, numa semana, 9,37 por cento do seu valor. Hoje, cedeu 1,2 por cento, revela o diário Público.

A queda acumulada compara os valores de fecho da sessão da última sexta-feira com o último valor final da sessão de hoje. Em mais um dia de inquietação nos mercados de capitais, o PSI-20 acabou por fechar novamente no “vermelho”, depois de uma sessão muito volátil nas praças europeias, que chegaram a estar em alta, mas acabaram por resvalar na hora de fecho.

Ao terminar nos 6.249,21 pontos, o índice de referência nacional caiu para mínimos de Abril de 2009. A Sonae desvalorizou pela terceira sessão consecutiva, fechando hoje no último lugar do índice com uma quebra de 5,07 por cento (para 0,543 euros por acção). Entre as maiores quedas ficou ainda a EDP Renováveis, que abrandou 4,16 por cento (para 4,121 euros por título).

Apenas três empresas – REN, BES e EDP – encerraram em alta. Deste lote, só a eléctrica cresceu acima de um por cento, tendo terminado com as acções a valerem 2,25 euros cada uma. A PT e a Sonaecom conseguiram segurar as acções, fechando com os títulos em valores inalterados em relação a ontem.

Na banca, ao contrário do BES, as restantes três instituições com presença no PSI-20 terminaram a desvalorizar mais de um por cento. O Banif derrapou mesmo 3,92 por cento (para 0,49 euros) e o BPI desvalorizou 1,66 por cento (para 0,886 euros por título). Já o BCP, conhecendo um recuo de 1,41 por cento, ficou com as acções a valerem apenas 28 cêntimos cada.

Na Europa, as bolsas abriram a sessão em forte queda, algumas chegaram a inverter a trajectória negativa, mas acabaram por voltar às perdas. O Dax, de Frankfurt, cedeu 2,78 por cento; a bolsa de Londres terminou com o Footsie-100 a recuar 2,71 por cento; o parisiense CAC 40 caiu 1,26 por cento, mais do que o FTSE Mib, de Milão, que contraiu 0,70 por cento, e do que o Ibex 35, que desvalorizou 0,18 por cento.

Nos Estados Unidos, apaesar da ligeira queda do desemprego em Julho, anunciada hoje, o medo de agravamento do clima recessivo penalizou os principais índices no agregado da semana.

A bolsa tecnológica Nasdaq acumulou uma perda semanal de 8%, tendo hoje caído 0,94%. O Dow Jones, que fechou hoje a subir 0,54%, registou a pior semana desde Março de 2009. Desde segunda-feira perdeu 5,8% e, desde Julho, já encolheu 10%. O S&P 500, referência para os fundos de investimento, caiu hoje 0,1%. durante a semana recuou 7,2% e desde 22 de Julho encolheu 10,8% ininterruptamente.

MRA Alliance

Itália: Procuradores fazem buscas aos escritórios da Moody’s e S&P

quinta-feira, agosto 4th, 2011

A agências de ‘rating’ são suspeitas de estarem envolvidas em movimentos anómalos nas cotações de acções italianas.  A  justiça  iniciou por isso uma investigação à Moody’s e à Standard & Poor’s por as agências de ‘rating’ serem suspeitas de envolvimento em movimentos anómalos nas cotações de acções italianas, segundo a Reuters.

Segundo um membro do Ministério Público, citado pela Reuters, a medida justifica-se para “verificar se estas agências respeitam os regulamentos enquanto desenvolvem o seu trabalho”. Os procuradores italianos pediram ainda informações ao regulador financeiro do país sobre a actividade das agências de ‘rating’.

Em reacção, a Moody’s referiu que irá cooperar com as autoridades e a S&P disse que irá defender a sua integridade e a dos seus analistas. A investigação acontece depois do Ministério Público ter recebido queixas, em 2010, sobre o impacto dos relatórios das duas agências nas cotações da bolsa italiana.

Em Portugal, a Procuradoria-Geral da República também abriu uma investigação às agências de ‘rating’, depois de uma queixa de um grupo de economistas sobre a responsabilidade destas entidades na crise financeira nacional.

MRA Alliance/DE

Accionistas da PT votam fim da golden share

terça-feira, julho 26th, 2011

Os accionistas da Portugal Telecom votaram hoje em Assembleia Geral, por esmagadora maioria (99%), o fim dos direitos especiais que o Estado mantinha na empresa, conhecidos como golden share, marcando assim o fim da influência do Estado na empresa de telecomunicações.

O Estado deverá manter, no entanto, as quinhentas acções que ainda detém na PT, mas agora sem os direitos especiais que elas garantiam até hoje. Assim, essa posição vale agora pouco mais de 3 mil euros.

O fim das chamadas “golden share” é uma das medidas acertadas com a Troika. Depois da PT, e até final do mês, também a EDP e a GALP devem acabar com os direitos especiais do Estado.

MRA Alliance/Agências

Bolsas afundam, euro treme e ouro atinge máximo histórico

segunda-feira, abril 18th, 2011

Apreensão na bolsa de Wall StreetA tensão latente no arranque da semana nos mercados é cada vez mais preocupante. Rumores sobre reestruturação da dívida grega até ao Verão e ameaça da Standard & Poor’s (S&P) ao intocável ‘rating’ ‘AAA’ norte-americano ditaram quedas superiores a 2% nas bolsas, atiraram os juros dos periféricos para novos recordes e motivaram uma depreciação de 1,67% do euro face ao dólar.Lisboa não foi excepção. O PSI 20 emagreceu 2,35% e ficou com todas as cotadas negativas – numa sessão em que o ouro se reafirmou como um dos refúgios preferidos dos investidores: a onça do metal amarelo está a um pequeno passo dos 1.500 dólares.

A manhã começou com novos rumores de que a reestruturação da dívida helénica é inevitável. Atenas desmente, Bruxelas descarta essa hipótese, mas os mercados parecem acreditar nela: Madrid, Frankfurt, Londres e Paris escorregaram mais de 2%, com o sector financeiro a liderar as perdas. O mesmo aconteceu em Lisboa: BES, BCP e BPI fecharam a cair mais de 2%.

Outro sintoma de que a renegociação da dívida grega poderá em breve ser uma realidade é o nervosismo que se instalou nos mercados de dívida, com as ‘yields’ dos periféricos a acelerarem até novos máximos históricos. A taxa portuguesa a dois anos, por exemplo, superou hoje, pela primeira vez, a barreira dos 10%. Há um ano estava em 2,2%. O euro também sofria com perdas de 1,67% para 1,4189 dólares. No mesmo sentido, o barril de ‘brent’ recuava 1,9% em Londres para cotar nos 121 dólares.

Tudo ficou (ainda) pior logo ao início da tarde, com o aviso da S&P de que o ‘rating’ dos EUA está em risco por falta de acordo entre democratas e republicados para contrariar a deterioração orçamental da maior economia do mundo. A ameaça da agência atirou Wall Street ao tapete – Dow Jones, Nasdaq e S&P 500 cediam quase 2% – e fez o índice VIX, um barómetro do pânico em Wall Street, disparar 18%. Por cada cotada que subia em Nova Iorque, cinco estavam em queda e nem os resultados do Citigroup, que saíram melhores que o previsto, conseguiam contrariar a pressão vendedora.

O resultado final em Lisboa foi o segundo maior tombo em 2011 do índice PSI 20, que tem agora saldo anual negativo. Sete cotadas fecharam hoje com tombos acima de 3% e apenas três (Cimpor, PT e REN) caíram menos de 1%. As atenções dos investidores em Lisboa continuam a estar centradas nas negociações com o FMI, das quais devem sair novidades nos próximos dias.

MRA Alliance/DE

Investidores ignoram ameaça de chumbo do PEC, crise japonesa e guerras no Médio Oriente

segunda-feira, março 21st, 2011

Depois de uma semana marcada pelo agravar do conflito nos países árabes, que culminou com o ataque ocidental à Líbia, e pelas consequências do sismo nipónico, acontecimentos que monopolizaram a atenção dos investidores mundiais, o PSI 20 fechou o dia em alta, a aumentar 1,48 por cento, em linha com as restantes grandes praças mundiais.

Em termos gerais, e apesar de o agravar da crise política, com a oposição a contestar as novas medidas de austeridade e a pedir a queda do governo, o PSI20 não vacilou. No dia em que o Governo entrega o PEC no Parlamento, com todos os partidos a manifestarem intenção de o chumbar, o mercado lisboeta voltou a fechar em alta e a indiciar que os investidores interiorizaram que “a austeridade já cá está”.

Na Europa, e num dia que os ministros das Finanças da zona Euro realizam uma reunião extraordinária em Bruxelas para ultimar a reforma do fundo de resgate, o alemão DAX fechou a subir 2,28 por cento, o francês CAC 2,47 por cento e o espanhol Iberx 2,38 por cento. Já o inglês Fotsie valorizou 1,19 por cento. Nos EUA o índice industrial Dow Jones abriu a ganhar 0,53 por cento, o S&P 500 avança 0,71 por cento e o Nasdaq valoriza 1,23 por cento.

À medida que foram interiorizando que a situação no Japão estava controlada, acompanhando os esforços das autoridades para arrefecer os reactores nucleares danificados no complexo nuclear de Fukuchima, os investidores ganharam fôlego.

Mas apesar da intervenção articulada no final da semana passada das sete maiores economias do mundo, o G7, para combater as especulações à volta do iene, e a decisão o governo nipónico de injectar fundos (que podem ascender a 130 mil milhões de euros) para reanimar a economia (que sofreu danos estimados até 166 mil milhões de euros), estarem também a dar ânimo aos investidores, a entrada do Japão em recessão é dada como inevitável.

Mas a sua dimensão depende da celeridade com que se contiverem os problemas nucleares nipónicos. A disseminação da radiação implicará atrasos na retoma da produção que ficou parcialmente paralisada (estima-se que 10 por cento da capacidade industrial esteja inoperacional).

Os mercados internacionais estão também a reagir positivamente ao facto de a situação no Médio Oriente parecer, do ponto de vista dos investidores, controlada com a intervenção da coligação dos países ocidentais. O recrudescimento dos conflitos na Líbia, e noutros países árabes (Iémen), parece estar a ter sobretudo influência no preço dos combustíveis, com o petróleo negociar-se acima des 119 dólares.

Os investidores aproveitaram ainda as notícias que surgiram nos EUA, com aquisição por parte da maior empresa de telecomunicações dos EUA, a AT&T de 49 por cento da rede móvel da T-Mobile, pertencente à alemã Deutsche Telekom (que disparou em bolsa, levando as restantes operadores mundiais pelo mesmo caminho. A PT subiu mais de cinco por cento). Os investidores dão assim sinais de acreditar que a politica monetária expansionista dos EUA pode criar oportunidades para novas grandes aquisições e fusões.

MRA Alliance/Público

BCP confirma reforço da Sonangol para 15%

sábado, março 12th, 2011

O BCP informa num comunicado enviado à CMVM que os angolanos controlam actualmente 14,59% do capital do banco. O BCP revela que os angolanos são agora titulares de 685.138.638 acções do banco, representativas de 14,59% do seu capital social.

Os angolanos compraram assim mais 5% do BCP e, segundo fonte próxima da petrolífera, pretendem chegar até aos 20%, limite que os obriga a comunicarem a sua posição ao mercado.

O momento tem sido favorável à compra de acções da instituição, dado que o preço dos títulos continua muito baixo (0,63 euros), pelo que é provável que a Sonangol continue a reforçar a sua posição no banco até à Assembleia-Geral anual, prevista para Maio.

MRA Alliance/DE

Dívida pública poderá vir a ser transaccionada em bolsa

quinta-feira, janeiro 27th, 2011

A dívida pública poderá vir a ser transaccionada em bolsa, tal como hoje acontece com as acções. A ideia é da Euronext Lisboa e a proposta já foi apresentada ao Governo. Desta forma, os particulares poderão vender e comprar dívida do Estado, tal como os grandes investidores institucionais, como os bancos.

Para o Estado poderá significar novas formas de financiamento, numa altura de crise na dívida. A “bolsa da dívida” poderá ser mais uma das alternativas para financiar as finanças públicas.

Recorde-se que a crise já fez estragos na bolsa portuguesa. Em 2010, o PSI20 desceu 10 por cento e este ano o desempenho depende das decisões governamentais, quer em Portugal, quer na União Europeia.

MRA Alliance/AF

Kerviel condiderado culpado no escândalo da Société Générale

terça-feira, outubro 5th, 2010

Jérôme KervielO tribunal de Paris declarou hoje culpado o ex-corretor da Société Générale que lesou o banco francês em quase cinco mil milhões de euros. O francês Jerome Kerviel enfrenta agora uma pena máxima de cinco anos de prisão e uma multa de 375 mil euros, apesar de a Société Générale ter reivindicado a sua parte de 4,9 mil milhões de euros, um montante que alega ter perdido a sua culpa.

O tribunal responsabilizou o ex-corretor por “esconder” várias operações fictícias”, que também foi julgado por mais dois crimes – falsificação de documentos e entrada fraudulenta de dados num sistema de computador. A defesa do ex-corretor alegou que o banco sabia sobre o risco da operação.

“Os itens identificados pela defesa não permitem a inferência de que a Société Générale conhecia as actividades fraudulentas de Jérôme Kerviel (…)”, disse o presidente do Tribunal de Justiça.

O francês começou a ser julgado no início deste ano sobre alegadas apostas, no valor de 50 mil milhões de euros de dinheiro da Societé Générale, sem o conhecimento do banco.

“Kerviel conscientemente foi além de sua missão de corretor,” afirmou no tribunal o juiz Dominique Pauthe.

MRA Alliance/Diário Económico 

PT compra Oi e cede Vivo à Telefónica após intervenção de Lula

quarta-feira, julho 28th, 2010

A Portugal Telecom prepara-se para aprovar a venda da Vivo à Telefónica e a entrada no capital da brasileira Oi. A Telefónica vai pagar 7,5 mil milhões à PT para ficar com a Vivo e a PT paga 3,75 mil milhões para comprar 23% da Oi. Apenas um accionista da Oi, o Grupo Jereissati, que controla quase 20% da holding Telemar, se opõe claramente ao negócio patrocinado pelo Presidente Lula.

Nos termos deste negócio, depois da venda da Vivo e da compra da Oi, a PT fica ainda 3,75 mil milhões de euros de ‘cash’. O acordo deverá ficar formalizado ao longo desta semana, havendo possibilidade de haver luz verde ainda hoje (quarta-feira).

O semanário Económico apurou que o acordo prevê a venda da Vivo aos espanhóis por um valor ligeiramente acima dos 7,15 mil milhões que constavam da última proposta da operadora espanhola.

Com estas duas operações, a administração da PT consegue uma solução salomónica que poderá agradar aos accionistas e ao Governo de José Sócrates – que já afirmou que a PT tem de continuar no Brasil – que na última assembleia-geral utilizou a ‘golden share’ para vetar a venda da Vivo à Telefónica.

Na altura, em cima da mesa estava uma proposta da Telefónica para comprar os 50% que a PT detém na Brasilcel por 7,15 mil milhões de euros. A Brasilcel é uma ‘holding’ que controla 60% do capital da Vivo. Na altura, a proposta da Telefónica mereceu a aprovação de 75% dos accionistas presentes na assembleia-geral de 30 de Junho.

O argumento dado pelo Governo para vetar o negócio foi a necessidade de manter a PT com uma dimensão internacional. O negócio da PT no Brasil já representa mais de metade da facturação da empresa.

Com esta nova solução, Henrique Granadeiro e Zeinal Bava vão de encontro à vontade da maioria dos accionistas, sem afrontar o poder político, já que a entrada da PT na Oi permitirá à operadora nacional manter uma presença num mercado com 170 milhões de utilizadores móveis.

A solução da Oi tem vindo a ser defendida por accionistas de referência. Ainda esta semana, na apresentação das contas, Ricardo Salgado do BES, actualmente o maior accionista da PT, disse que a Oi “tem com certeza um grandíssimo potencial”, recordando ainda as palavras do presidente brasileiro Lula da Silva que afirmou querer que a PT continue no Brasil.

Ontem, a imprensa brasileira deu conta das movimentações entre Lula da Silva e de José Sócrates para a concretização do negócio e surgiram as primeiras notícias sobre as razões estratégicas da oposição do Grupo Jereissati.

MRA Alliance

Bancos perderam em bolsa 3,2 mil milhões em seis meses

domingo, julho 18th, 2010

O sector bancário foi o que registou pior desempenho na bolsa nacional no primeiro semestre com os três bancos cotados a caírem quase 30%, enquanto o PSI 20 perdeu cerca de 18%, pressionados pelos mercados de financiamento monetário e de dívida, refere hoje o Jornal de Notícias.

O principal índice português PSI 20 perdeu 17,86% de Janeiro a Junho. As perdas dos três bancos cotados foram bem maiores: o BES perdeu 29,44%, o BPI caiu 28,77% e o BCP derrapou 28,28%. Em conjunto, os bancos nacionais valem, em Bolsa, 8 mil milhões de euros, menos 3,2 mil milhões que no final de 2009. Ou seja: perderam, em média, mais de 500 milhões de euros por mês.

A maioria das empresas nacionais sofreu perdas. A Mota-Engil foi a cotada que mais caiu no primeiro semestre (-43,30%), penalizada pela incerteza em torno dos grandes planos de investimento e obras públicas. Entre vários concursos, perdeu a sua primeira tentativa de entrada no mercado portuário indiano. Em contra-ciclo, a Sonaecom foi a empresa que mais valorizou (+37,11%). Os ganhos não foram acompanhados pelo restante sector (PT subiu 0,17% e Zon caiu 23%).

Segundo Bruno Costa, da GoBulling, a empresa do grupo Sonae beneficiou dos bons resultados apresentados no início do ano, onde registou a maior margem de sempre nas operações móveis (32.6%). A PT registou ganhos ligeiros influenciada pelo interesse da Telefónica em adquirir a participação que a operadora nacional detém na brasileira Vivo. “Facto que contribuiu para um aumento do volume de transacção no título entre Maio e Junho, recuperando das perdas que registava desde o início do ano”, afirmou o analista da GoBulling.

O peso pesado EDP desvalorizou 2 mil milhões de euros nos primeiros seis meses do ano, mas continua a ser a empresa que mais vale em bolsa (11 mil milhões). A forte dependência do mercado interno e ibérico condicionou o título. “Portugal e Espanha sofreram as consequências dos fortes níveis de dívida face ao PIB, obrigando a medidas de austeridade que condicionam a despesa pública e privada”.

MRA Alliance�

Telefónica poderá tentar dissolver a proprietária da Vivo

domingo, julho 18th, 2010

O próximo passo da Telefónica poderá ser o recurso aos tribunais para conseguir a dissolução da Brasilcel – a empresa em que participa a PT e que detém 60% da Vivo. A hipótese é suscitada na edição de hoje do diário espanhol El Pais, que também relata detalhes desconhecidos da negociação de bastidores terminada na 6º feira.

Segundo o artigo assinado por Ramón Muñoz e Miguel Jiménez, o fim das negociações, na noite de 6ª feira, e a posterior reiteração por parte da Telefónica do cancelamento da sua oferta foram precedidos por uma proposta do grupo espanhol de aumentar, ainda uma vez, essa oferta até ao valor de 7.500 milhões de euros e de acordar com a PT a estratégia a adoptar para a Vivo (“un acuerdo industrial”, chamam-lhe os autores do artigo, que citam neste passo fontes não identificadas da Telefónica). Em contrapartida, o grupo espanhol queria por parte da PT algum tipo de compromisso com a oferta. Sem esse compromisso, não haveria prorrogação do prazo.

A PT, como já era sabido desde ontem, pedia essa prorrogação do prazo por mais 12 dias, até 28 de Julho. Mas, quanto ao compromisso de aceitação da oferta da Telefónica, argumentava que nem tinha mandato do conselho para aceitá-la, nem podia colocar o Governo português perante um facto consumado. A PT não se considerava, portanto, com margem de manobra para oferecer as contrapartidas pretendidas pela Telefónica.

As “fontes próximas da PT” citadas no artigo consideram além disso que a Telefónica “actuou de forma agressiva frente a um sócio de mais de uma década e não tomou em conta a especial sensibilidade portuguesa perante as companhias espanholas”. Consideram além disso que em Portugal caíram muito mal “as ameaças de uma OPA hostil contra a PT ou as de fechar a torneira aos dividendos da Vivo para asfixiar a [companhia] portuguesa”.

E prossegue o artigo: “Os portugueses censuram à Telefónica ter apresentado uma polítca de factos consumados. Só no final a Telefónica estendeu a mão a um verdadeiro diálogo, interpretam, e embora estivesse próximo um acordo, a [empresa] espanhola não acedeu em ampliar o prazo”.

Os autores apontam o contraste entre a inclinação conciliadora de Zapatero e a dureza relativa de Sócrates, que, apesar da condenação do Tribunal Europeu e das “pressões de accionistas de referência como o Banco Espírito Santo e a Ongoing”, não mudou em nada a sua resolução de invocar a golden share.

Zapatero, pelo contrário, fez sentir à Telefónica que preferia uma solução acordada e o seu ministro da Indústria, Miguel Sebastián, justificou a invocação da golden share por parte de Sócrates como “um acto de soberania”. Ainda assim, o que está em jogo não é uma questão de princípio, obstáculo intransponível a qualquer entendimento, e sim uma atitude do Governo português “que exigiu mudanças substanciais na oferta”.

Do lado da PT mantêm-se as pressões favoráveis ao negócio e dificilmente se pode encarar a ruptura por parte da Telefónica como definitiva. Isto, não só por aquilo que os accionistas deixam de ganhar com a recusa da mais recente oferta da Telefónica (7.150 milhões de euros), como também pela baixa de cotações que ameaça os papéis da PT e que já começou a manifestar-se com uma perda de 4,5% no fecho de 6ª feira.

E uma das armas da Telefónica para aumentar a pressão sobre as cotações e os accionistas da PT é o recurso aos tribunais para que dissolvam a sociedade holandesa Brasilcel, que é dona da Vivo e, ao mesmo tempo, propriedade da PT, que nela detém 50%.

MRA Alliance/RTP

Braço-de-ferro Estado-Telefónica só deixa perdedores

sábado, julho 17th, 2010

A Telefónica comunicou hoje aos reguladores e ao mercado que a oferta de 7,15 mil milhões de euros pela operadora brasileira telecomunicações móveis Vivo expirou. César Alierta, presidente da telecom espanhola, já tinha avisado que o prazo da oferta – que terminava à meia-noite do dia 16 de Julho – não seria prolongado.Da reunião do conselho de administração da PT de ontem não saiu uma decisão final sobre a proposta. Segundo o Diário Económico, a PT ainda terá tentado negociar um prolongamento do prazo da oferta mas os espanhóis não cederam. Assim, a Telefónica resolveu sair de cena por a administração da PT não ter aceitado a proposta dentro do prazo definido.

Em cima da mesa estavam 7,15 mil milhões de euros para comprar os 50% da PT na Brasilcel que detém 60% da Vivo. A proposta chegou a ser aprovada por mais de 70% dos accionistas que participaram na assembleia-geral de 30 de Junho, mas o Estado acabaria por vetar o negócio, fazendo uso da sua ‘golden share’.A venda da Vivo contava com o apoio do maior accionista da PT, o BES. Ontem, Ricardo Salgado reafirmou considerar que a parceria com a Telefónica na Vivo está “esgotada” e que é “impossível” de gerir.

No extremo oposto está o Estado português. Também ontem, após o conselho de ministros, Pedro Silva Pereira avisou que, se necessário e se a proposta não fosse alterada, o Estado voltaria a vetar o negócio.

Várias casas de investimento já anteciparam uma descida das acções da PT caso o negócio não se concretize. Na próxima segunda-feira, os mercados confirmarão o que pensam do braço-de-ferro entre o estado português e a operadora espanhola. Para já, no longo prazo, só se vislumbram perdedores.

MRA Alliance

“Golden share” do Estado na PT é ilegal, diz tribunal europeu

quinta-feira, julho 8th, 2010

O Tribunal de Justiça da União Europeia considera ilegal a posse da “golden-share” por parte do Estado na PT motivo pelo qual deu razão à Comissão Europeia. O acórdão do tribunal tornado público esta quinta-feira, no Luxemburgo, conclui que a detenção de acções douradas por parte do Estado na PT “constitui uma restrição não justificada à livre circulação de capitais”. O tribunal da UE não aceitou qualquer das justificações apresentadas pelo Governo português, nem mesmo as evocadas por razões de segurança pública.

Os juízes consideram mesmo que a detenção de “acções com privilégios” confere a Portugal “uma influência sobre as tomadas de decisão da empresa, susceptível de desencorajar os investimentos por parte de operadores de outros estados-membros”, destacando que a “influência” do Estado potrtuguês na gestão da PT não é justificada pela limitadíssima amplitude da sua participação no capital da empresa – 500 acções do tipo A.

Refutando os argumentos portugueses, o tribunal refere que a invocada segurança pública só se justifica “em caso de ameaça real e suficientemente grave que afecte um interesse fundamental da sociedade”. Por isso, e na falta de justificação “pelas quais considera que a detenção das “golden shares” permitiria evitar uma violação da segurança pública, o Tribunal diz que “esta justificação não pode ser acolhida”.

MRA Alliance/JN

Sócrates acusa UE de «posições ideológicas ultraliberais»

domingo, julho 4th, 2010

José Sócrates - Primeiro-ministro de PortugalO primeiro-ministro voltou a defender a validade do veto à compra da participação da PT na Vivo pela Telefónica e acusa a Comissão Europeia (CE) de, nestas matérias, manter «posições ideológicas ultraliberais». Em entrevista ao jornal espanhol El País, Sócrates garante que o uso da golden share respeitou a lei e não lesou «os interesses de ninguém».

Recusando-se a «antecipar cenários» sobre a decisão que o Tribunal Europeu de Justiça irá divulgar no próximo dia 8 de Julho, José Sócrates afirma que «a queixa da Comissão Europeia contra o Estado português reflecte, também, um certo preconceito contra a posição accionista dos Estados». «Aqui não há economia, mas muita ideologia», acusou.

«Há muitos anos que as posições da Comissão Europeia derivam não só de posições económicas, mas também de posições ideológicas ultraliberais contra a presença do Estado», declarou.

MRA Alliance/Agências

PT/Telefónica: Citi sobe avaliação para 9,2 euros e prevê nova oferta espanhola

terça-feira, junho 15th, 2010

Para o Citigroup o próximo passo da Telefónica deverá ser subir a oferta pela Vivo em vésperas da assembleia-geral de 30 de Junho. O banco norte-americano reviu em alta, de 8,5 para 9,2 euros, a sua avaliação para a Portugal Telecom (PT), ‘target’ que atribui um potencial de valorização de 6% à operadora portuguesa e deixa antever as estratégias para o xeque-mate do negócio que está a animar a bolsa lisboeta. 

Sobre a disputa pela Vivo, o Citigroup escreve que “o próximo passo da Telefónica poderá ser aumentar a oferta, condicionando a nova proposta a uma recomendação da administração da PT, provavelmente em vésperas da assembleia-geral”. Nas condições actuais, com um preço de 6,5 mil milhões de euros, o Citigroup mostra-se céptico quanto ao negócio, em parte porque assume que a Telefónica não poderá votar com os 10% que controla na PT. “O apoio de outros accionistas [da PT] é difícil de percepcionar e poderá ser insuficiente [para viabilizar o negócio]”, lê-se na nota de análise.

O grupo espanhol pode melhorar a sua oferta até à assembleia, até porque a proposta que será levada à votação já refere a possibilidade de ser apresentado um valor superior. Nestas circunstâncias, as fontes ouvidas pelo Diário Económico consideram que a hipótese mais provável será a suspensão da assembleia, a pedido da administração. A alternativa será a convocatória de uma nova assembleia, se se justificar, também a pedido do conselho de administração, uma vez que o presidente da mesa e os investidores não o poderão fazer.

Este ponto assume especial relevância, uma vez que, quanto mais tarde a Telefónica subir a oferta, mais poder negocial terá face à administração e aos accionistas da PT. Se apresentar uma proposta ‘irresistível’ na própria assembleia, o efeito surpresa poderá garantir a vitória à Telefónica, uma vez que a gestão da PT e os accionistas de referência portugueses não terão margem de manobra para exigirem nova subida do preço. A menos que, no dia da assembleia, já exista um acordo entre a PT e a Telefónica, no âmbito das discussões que as duas empresas têm mantido sobre o futuro da Vivo.

MRA Alliance/DE

Telefónica/PT: Vivo foi “subavaliada” e analistas falam em 8 mil milhões

quarta-feira, junho 9th, 2010

“A Telefónica tem consistentemente subavaliado o valor intrínseco da Vivo”, escreve Zeinal Bava num e-mail citado pela Bloomberg, onde acrescenta que “quando a Telefónica fala sobre sinergias, eles estão usando estimativas de mercado, e não as deles próprios.”

O valor da Vivo “O valor de um activo com o potencial de crescimento futuro da Vivo não pode ser medido apenas através de um critério meramente financeiro (…) é também um valor estratégico, e é assim que tem que ser equacionado”, sustenta o CEO da PT.

As declarações surgem num dia em que várias casas de investimento anteciparam uma nova revisão em alta do preço da oferta. Para assegurar o sucesso da operação, diz o espanhol BBVA, “a actual oferta tem ainda que ser melhorada para ganhar o apoio da administração da PT”. O banco diz que a Telefónica poderá subir a oferta para sete mil milhões de euros.

Já os analistas do JPMorgan esperam que a Telefónica “aumente modestamente a oferta para assegurar o sucesso da operação até 30 de Junho”, dia da assembleia-geral, para 7,3 mil milhões de euros.

O Citigroup acredita que o valor da oferta pode chegar aos 7,5 mil milhões enquanto que para o Banif “um valor justo das potenciais sinergias devem levar a Telefónica a um aumento de preço entre 7,5 mil milhões e 8,2 mil milhões de euros”.

A Telefónica aumentou na semana passada a sua oferta inicial, de 5,7 milhões para 6,5 mil milhões de euros. A intenção é assumir 100% da Brasilcel, a ‘holding’ que controla a maior operadora da América Latina.

O conselho de administração presidido por Zeinal Bava rejeitou imediatamente a primeira oferta, mas preferiu convocar uma assembleia – como desejava a Telefónica – para que os accionistas possam pronunciar-se.

Na sessão bolsista de hoje, ao princípio da tarde, as acções da Portugal Telecom perdiam 0,77% para 8,38 euros, enquanto que os papéis da Telefónica desvalorizavam 0,83% para 14,91 euros.

MRA Alliance/DE

“Golden share” da PT acirra guerra entre Sócrates e CE; Accionistas buscam alternativas à Telefónica

sexta-feira, maio 28th, 2010

A Comissão Europeia (CE) insistiu hoje que a “golden share” que o Estado português detém na Portugal Telecom é «incompatível» com as leis europeias, desafiando as declarações de ontem do primeiro-ministro José Sócrates, no mesmo dia em que os accionistas de referência, liderados pelo BES, anunciaram acções para encontrar investidores estrangeiros interessados em fazer uma contra-OPA à Telefónica pelo controlo da operadora brasileira Vivo. 

Bruxelas avisa que vai continuar a acompanhar a situação e fica à espera que o Tribunal se pronuncie sobre o caso. Por considerar tal incompatibilidade, a CE decidiu apresentar queixa no Tribunal de Justiça da União Europeia e espera agora uma decisão.

Recorde-se que a Telefónica admitiu, quarta-feira, a possibilidade de lançar uma OPA hostil sobre a PT, na sequência da recusa desta última em vender a sua posição na operadora brasileira Vivo por 5,7 mil milhões de euros. Na sequência desta hipótese o primeiro-ministro José Sócrates lembrou, quinta-feira, que «as “golden shares” existem para ser utilizadas, se for caso disso».

«Para Portugal, a PT é uma empresa estratégica. É por isso aliás que temos uma ‘golden share’. É para nós estratégica se for uma empresa grande, se tiver uma ambição de participar naquilo que é a economia global, de estar presente em vários continentes, como está a PT, presente em África, no Brasil», disse Sócrates, citado pela edição online do jornal i. «Queremos que ela continue assim. Porque só continuando assim, com dimensão e com escala fomenta em Portugal os projectos que são essenciais na área da inovação, na área da engenharia, na área industrial, na área da ciência e do desenvolvimento».

Entretanto, também hoje, o presidente do BES Investimento, accionista de referência da PT, anunciou que a operadora nacional está em conversações com investidores do Médio Oriente e da Ásia para tentar lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a participação da espanhola Telefónica na operadora brasileira Vivo.

«Estou absolutamente seguro de que existe uma enorme potência na Ásia e no Médio Oriente para investimentos nesta região do mundo, tanto em África como na América Latina. Esta digressão que a PT vai fazer será muito interessante. Ali vai poder encontrar muitos interessados numa alternativa atraente para os interesses da PT e de Portugal», declarou José Maria Ricciardi, numa entrevista à agência financeira Bloomberg.

MRA Alliance/Agências

PT/Vivo: Estado deve «accionar a golden share» caso haja OPA

quarta-feira, maio 26th, 2010

O presidente do BES, Ricardo Salgado, considerou hoje que o Estado português deve accionar a golden share que tem na Portugal Telecom caso se concretize a eventual OPA (Oferta Pública de Aquisição) hostil da espanhola Telefónica. «Sim, o governo deve accionar a golden share», respondeu o banqueiro aos jornalistas, à margem da visita de 16 gestores de grandes empresas cotadas no PSI20 e do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, à bolsa de Nova Iorque para promover o investimento em Portugal, refere a Lusa.

Esta tarde, em resposta a um pedido de informação da CMVM, a Telefónica adiantou que não descarta lançar uma OPA sobre a PT, embora ainda não tenha tomado qualquer decisão sobre essa eventualidade.

O eventual lançamento de OPA surge depois da administração liderada por Zeinal Bava ter recusado a oferta espanhola para comprar a participação da PT na operadora móvel brasileira Vivo por 5,7 mil milhões de euros.

MRA Alliance/Agências 

Telefónica estuda OPA sobre a Portugal Telecom

segunda-feira, março 22nd, 2010

A espanhola Telefónica estuda todas as hipóteses possíveis para resolver o impasse na VIVO – a parceria ibérica na rede móvel brasileira – incluindo o lançamento de uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre a PT, noticía hoje o Diário Económico online. 

Os jornais Financial Times e Expansión, no final de Fevereiro, deram eco a rumores segundo os quais, a multinacional espanhola liderada por César Alierta está tão desesperada por integrar os seus negócios móvel e fixo no Brasil que admite soluções radicais para desfazer esse nó górdio, incluindo a compra da Telecom Italia ou da própria PT, empresa onde já detém 10% do capital.

Segundo os jornais, Alierta apenas avançará com uma oferta sobre a sua parceira portuguesa na Vivo se tiver luz verde do Governo de Lisboa para concretizar a aquisição, algo que admite ser muito difícil de conseguir.

Comprando a PT, a Telefónica integraria a Vivo com os seus restantes negócios no Brasil, aproveitando ao máximo as potencialidades da convergência fixo-móvel. E a PT, que vale cerca de 10 mil milhões de euros em bolsa, seria mais barata do que a Telecom Italia, cujo controlo custaria mais de 15 mil milhões. Além disso, comprar a PT significa ficar com a Vivo, que é líder no Brasil, enquanto a Telecom Italia apenascontrola o terceiro operador móvel brasileiro (TIM).

Contactada pelo Diário Económico, fonte oficial da Telefónica não fez qualquer comentário sobre estas notícias. No entanto, fontes do núcleo accionista da operadora afirmaram levar a sério esta possibilidade, colocando a questão no preço da oferta.

MRA Alliance/DE

Crise financeira no sul da Europa afunda bolsas e trava retoma portuguesa

quinta-feira, dezembro 10th, 2009

Aumento dos receios em torno das economias grega e espanhola penalizou as principais praças mundiais no fecho da sessão de ontem. Os alarmes soaram nos mercados mundiais perante os receios em relação à saúde financeira dos países do sul da Europa. Grécia, Espanha e Portugal estão em destaque, depois de terem sido alvo de revisões em baixa por parte das principais agências de notação internacionais.

A bolsa de Lisboa liderou as quedas na Europa. As notícias negativas vindas do exterior penalizaram as acções dos principais bancos portugueses, que desvaloriram mais de 3%. O PSI 20 caiu 2,09% e fechou nos 8.059,54 pontos, um mínimo de Setembro, com dezanove dos vinte títulos que o compõem a perderem valor. Foi neste contexto que os vários indicadores do mercado de dívida mostraram um aumento da percepção de risco por parte dos investidores.

A degradação das opiniões das agências internacionais sobre as contas públicas dos três países levou também ontem os investidores a exigirem remunerações mais altas antes de comprarem dívida emitida pelo Estado português. As consequências chegarão mais cedo ou mais tarde aos bolsos das famílias e das empresas nacionais que terão de pagar mais pelo crédito e verão adiada a incipente retoma da economia.

Em Atenas, o principal índice grego chegou a tombar 4,76% durante a sessão de ontem, depois da Fitch ter descido o ‘rating’ da Grécia e a Standard & Poor’s (S&P) ter colocado a dívida do país sob vigilância negativa.

As duas agências internacionais justificaram os ‘downgrades’ com o receio de que a Grécia possa entrar em incumprimento, numa altura em que apresenta o défice mais elevado da UE, de 12,7%, tendo também já ultrapassado a Itália como a nação mais endividada da região, com uma dívida avaliada em 113% do PIB até final do ano.

MRA Alliance/Diário Económico

Bolsa: Empresas do PSI-20 perderam 19% dos lucros até Setembro

segunda-feira, novembro 23rd, 2009

As cotadas portuguesas lucraram, nos primeiros nove meses deste ano, mais de 3 000 milhões de euros, menos 362 milhões face a igual período do ano passado, contabilizou o Diário de Notícias a partir dos resultados apresentados por 17 das 20 empresas que integram o PSI-20.

A descida foi de 19% no total, já que apenas nove destas companhias viram o seu lucro crescer. Apesar do bom desempenho de sectores como a banca, cujos lucros continuam a aumentar, as quedas registadas em empresas como a Galp Energia, Portugal Telecom (PT) e até a EDP fizeram com que o “tombo” fosse maior.

MRA Alliance/DN

Exuberância dos mercados bolsistas é perigosa, diz Roubini

sexta-feira, outubro 9th, 2009

O economista norte-americano Nouriel Roubini, amplamente reconhecido por ter previsto a actual crise financeira, diz que já estamos “a plantar as sementes da próxima crise”. O professor da Universidade de Nova Iorque, disse à cadeia pública britânica BBC que está preocupado com o fosso crescente entre o “efervescente” mercado accionista e a economia real.A avaliar pela subida espectacular do preço das acções nos últimos meses, é de pensar que os investidores apostam em que a bonança está prestes a chegar, o que Roubini não subscreve: “A crise ainda não acabou”, disse à BBC.

O índice Dow Jones Industrial, um indicador de referência para a Bolsa de Nova Iorque, subiu cerca de 45 por cento nos últimos seis meses e o PSI 20, referência para as acções portuguesas, já subiu mais de 25 por cento nos últimos 12 meses.

Para Roubini, a economia tem agora consumidores que estão “enterrados em dívidas” e têm de cortar no consumo para poupar mais. “O sistema financeiro está danificado… e não vejo muito investimento do sector empresarial, porque há falta de capacidade.”

O economista norte-americano, também acredita que os preços das casas nos EUA ainda vão cair mais, comprometendo a frágil recuperação na América. O preço médio das casas encolheu quase 13 por cento face há um ano, atingindo agora 178 mil dólares (120 mil euros).

Bolsa: Lisboa já perdeu 20 mil milhões de euros com a crise

sexta-feira, julho 17th, 2009

O principal índice da bolsa portuguesa, PSI 20, negociava há dois anos nos 13.702 pontos, com um valor de mercado acima dos 42 mil milhões de euros, tendo desvalorizado 48 por cento desde essa altura, revela hoje a agência Lusa.

Em apenas 24 meses, a maior crise económico-financeira mundial desde o colapso bolsista de 1929 tirou 20,1 mil milhões de euros às 20 maiores empresas portuguesas cotadas. Ainda assim, a recuperação de 25 por cento das cotações, desde o início de Março, permitiu atenuar as quebras da praça lisboeta.

O valor recorde do PSI 20 foi alcançado a 17 de Julho de 2007, mas evaporou-se rapidamente desde que estalou a bolha imobiliária nos Estados Unidos da América (EUA), em Agosto do mesmo ano. Conhecida por ‘subprime’, a crise provocou um efeito dominó que ainda se faz sentir em muitos mercados e desencadeou uma recessão económica à escala planetária.

MRA Alliance/Agências