Archive for the ‘BCE’ Category
segunda-feira, agosto 29th, 2011
O Nobel da Economia em 2001 apela ao Banco Central Europeu (BCE) para baixar a taxa de juro directora. Em entrevista ao diário alemão Handelsblatt, Joseph Stiglitz defende que “o BCE deve recuar nos aumentos anteriores”.
A 7 de Julho, o BCE subiu a taxa de juro directora em 0,25 pontos para 1,5% depois de também em Abril ter aumentado a taxa de referência da zona euro para 1,25%, ao fim de 23 meses no mínimo histórico de um por cento.
O economista, conhecido pelas duras críticas liberais, considera que a instituição de Frankfurt deverá ter em conta a decisão da instituição homóloga norte-americana, a Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed), que decidiu manter as taxas de juro inalteradas, nos zero por cento, durante dois anos.
“A actual política monetária do BCE impulsiona o euro e prejudica os exportadores alemães”, argumenta o economista, citado pelo jornal.
Os economistas esperam que o banco central não volte a aumentar novamente este ano a taxa de juro na zona euro, devido à nova eclosão da crise da dívida soberana, numa altura em que a instituição parece determinada em tornar a sua política monetária mais rígida já no Outono.
MRA Alliance/DE
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segunda-feira, agosto 15th, 2011

Depois de 19 semanas fora do mercado, o BCE regressou em força à compra de obrigações soberanas dos países do euro, cumprindo a promessa de ser agressivo no mercado secundário. Na semana que terminou a 12 de Agosto a autoridade monetária europeia gastou 22 mil milhões de euros na compra de dívida soberana dos países do euro que estão no olho do furacão.
Este valor semanal é o mais elevado de sempre, superando os 16,5 mil milhões de euros que o BCE tinha gasto na primeira semana deste programa de compra de activos, em Maio do ano passado. Superou também largamente as previsões dos economistas consultados pela Bloomberg, que apontavam para um valor na ordem dos 15 mil milhões de euros.
Os 22 mil milhões de euros hoje anunciado pelo BCE contabilizam também as compras efectuadas na semana anterior, altura em que o BCE, de acordo com as agências de notícias, foi ao mercado comprar dívida portuguesa e irlandesa.
Depois de 19 semanas de ausência do mercado secundário, o BCE tinha decidido que ia ter uma postura agressiva na compra de dívida dos países do euro, para travar o contágio da crise a Itália e Espanha. A acção da autoridade monetária foi determinante para a descida dos juros que os investidores exigem para comprar dívida destes dois países, retirando pressão sobre Espanha e Itália.
O BCE terá também comprado dívida de Portugal e Itália, contribuindo para a descida pronunciada das “yields” das obrigações portuguesas, que estão agora longe dos recordes fixados em Julho.
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sexta-feira, agosto 12th, 2011

A troika fez uma avaliação positiva à implementação das medidas por parte de Portugal. Assim, o País deverá receber uma nova tranche da ajuda externa, no valor de 11,5 mil milhões de euros, em Setembro. “A conclusão desta revisão vai permitir a disponibilização de 11,5 mil milhões de euros”, revela a troika (constituída pelo BCE, pela Comissão Europeia e pelo FMI) em comunicado.
A nota enviada adianta que a disponibilização deste valor “pode ocorrer em Setembro”, ainda que esteja sujeito “à aprovação” da direcção do FMI, do Ecofin e do Eurogrupo.
O líder da missão do FMI, Poul Thomsen, afirmou hoje, em conferência de imprensa que o programa estipulado para Portugal “está no bom caminho” e por isso os responsáveis que estiveram no País a avaliar a situação vão fazer recomendações de forma a que a nova tranche do pacote financeiro seja libertado.
Ainda assim, Jurgen Kroeger, o chefe de missão da Comissão Europeia, reconhece que a troika gostaria de já ter visto mais cortes na despesa. O representante da CE reconheceu que gostaria que o Governo tivesse feito mais cortes do lado da despesa do que fez até agora.
A troika foi confrontada com a adopção de uma receita extraordinária este ano – a transferência do fundo de pensões dos bancários para a Segurança Social – que o Governo justificou com outras despesas extraordinárias não esperadas: 320 milhões de euros do BN e 277 milhões a um desequilíbrio orçamental na Madeira.
O relatório de avaliação da troika criticará esta opção, embora reconheça que se tratam de receitas extraordinárias para cobrir despesas extraordinárias.
Também Poul Thomsen, do FMI, foi claro sobre a importância de cortes de despesa: “Terá de haver cortes substanciais de despesa no Orçamento de 2012” embora tenha avisado que isso não chega: “Para os cortes serem sustentáveis, duradouros e não terem impacto no crescimento é essencial que sejam suportados também em reformas estruturais”.
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segunda-feira, agosto 8th, 2011
A reunião de emergência, via teleconferência, do Banco Central Europeu, segundo o relato de uma fonte citada pela Reuters, abordou as medidas a tomar para suster ataques especulativos contra as dívidas soberanas de Itália e da Espanha.
A Itália já é vista como a próxima vítima da crise de dívida com a taxa de juro a dez anos a superar, na sexta-feira, a ‘yield’ dos títulos espanhóis da mesma maturidade.
Segundo aquela fonte, o BCE deverá começar a comprar obrigações de Espanha e Itália no mercado secundário para evitar que o contágio acelere a crise de dívida. No final da semana passada, o Governo italiano garantiu que o BCE prometeu iniciar a compra de obrigações do país no mercado secundário a partir de hoje.
“O sistema do euro vai intervir de uma forma muito significativa nos mercados e responder de uma forma coesa”, afirmou a fonte, acrescentando que brevemente o BCE divulgará um comunicado.
Também hoje a chanceler alemã Angela Merkel e o Presidente francês Nicolas Sarkozy emitiram um comunicado conjunto onde reafirmam o seu compromisso com as decisões tomadas na cimeira extraordinária da zona euro de Julho. Entre elas está a possibilidade de o fundo europeu de estabilização financeira (FEEF) comprar dívida dos países intervencionados no mercado secundário. Nesse sentido, os dois líderes sublinharam ainda a importância de os parlamentos nacionais aprovaram as medidas até ao fim de Setembro.
Merkel e Sarkozy congratularam-se com os recentes esforços de consolidação orçamental decidos por Madrid e Roma, frisando que “a rapidez de implementação das medidas anunciadas é fundamental para restaurar a confiança nos mercados”.
O executivo italiano anunciou ontem que vai acelerar as medidas de austeridade para cortar o défice orçamental para um valor abaixo dos 3% já em 2013, um ano antes do previsto. Berlusconi prometeu ainda introduzir na lei o mecanismos de equilíbrio orçamental orçamentos equilibrados, liberalizar o mercado de trabalho e vender activos.
A ministra de a Economia espanhola, Elena Salgado, garantiu este domingo que o Conselho de Ministros vai aprovar novas medidas para combater o défice, ainda em Agosto. Madrid quer introduzir melhorias na gestão do imposto sobre sociedades e flexibilizar o contrato a tempo parcial.
MRA Alliance/DE
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quinta-feira, agosto 4th, 2011
O Banco Central Europeu comprou dívida pública portuguesa e irlandesa, noticia hoje a agência financeira Bloomberg, citando três pessoas com conhecimento das transações, e que acrescentam não ter visto o banco central a comprar dívida de outros países.
O presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, lembrou hoje em conferência de imprensa que, apesar de não haver notícias sobre compra de títulos de dívida pública há cerca de quatro meses, o programa não tinha sido interrompido e deixou até no ar a ideia de que poderia comprar títulos de dívida dos países da zona euro ainda hoje.
“Eu nunca disse que o programa destinado a comprar títulos de dívida nos mercados tinha sido interrompido e vão ver aquilo que fazemos”, afirmou o banqueiro central, acrescentando que “não ficaria surpreendido se até ao final desta teleconferência vocês vissem qualquer coisa no mercado”.
MRA Alliance/Lusa
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quarta-feira, julho 27th, 2011
As equipas da troika internacional, que a partir de Setembro vão estar em permanência nos bancos portugueses a avaliar os créditos destas instituições, vão integrar técnicos dos Bancos de Espanha, França e Bélgica, apurou o Jornal de Negócios junto de fontes financeiras.
Quer isto dizer que, os bancos centrais espanhol, francês e belga vão, indirectamente, verificar a validação que o próprio Banco de Portugal já fez da forma como os activos da banca nacional estão registados nos respectivos balanços.
MRA Alliance
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segunda-feira, julho 25th, 2011
O Banco Central Europeu (BCE) manteve em ‘hibernação’ o seu programa de compra de dívida dos países da zona euro pela 17ª semana seguida. A decisão de continuar fora da compra títulos de dívida surge depois de os líderes europeus terem acordado, na passada quinta-feira, um novo pacote de ajuda à Grécia no valor de 109 mil milhões de euros. O novo pacote aliviou os receios em torno dos países periféricos, levando a fortes quedas dos juros no mercado secundário.
Além disso, os responsáveis da zona euro flexibilizaram o fundo europeu de estabilização financeira (FEEF), melhorando as actuais condições dos empréstimos concedidos à Grécia, Portugal e Irlanda e passando a intervir no mercado secundário de dívida.
Recorde-se que o BCE iniciou o programa de compra de títulos de dívida dos países mais problemáticos da zona euro em Maio do ano passado, tentando dessa forma travar a escalada dos juros.
MRA Alliance/DE
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sexta-feira, julho 22nd, 2011
O BCE devia adotar uma «posição mais ativa» face à crise soberana na zona euro, diz hoje o Nobel Joseph Stiglitz, enquanto Paul Krugman acusa a instituição de estar a piorar a situação.
Num artigo de opinião publicado no Financial Times, o Nobel da Economia Joseph Stiglitz escreve que «se o Banco Central Europeu (BCE) está preocupado que um evento de crédito vai levar a agitação nos mercados financeiros, deve tomar uma posição mais ativa para abordar os problemas de base, eliminando a falta de transparência nas trocas de derivados, garantindo que os bancos estão adequadamente capitalizados e prevenindo os bancos de estarem excessivamente interligados».
Por seu lado, o também Nobel da Economia Paul Krugman escrevia no New York Times, num artigo intitulado «A depressão menor» (aquilo que denomina como a «era prolongada de elevado desemprego que começou com a grande recessão de 2007-2009 e continua até hoje»), com sarcasmo: «Terei eu mencionado que o BCE — ainda que, felizmente, não a Reserva Federal — parece determinado em piorar as coisas ao aumentar as taxas de juro?»
MRA Alliance/DD
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sexta-feira, julho 22nd, 2011
Os termos do segundo programa financeiro que os líderes da zona euro acordaram ontem para a Grécia pressupõe uma entrada em incumprimento parcial da dívida e levará a uma descida do rating para esse nível, confirmou hoje a agência de notação Fitch, citada pelo Público.
Apesar de considerar “positivo” o acordo sobre o pacote grego, a agência norte-americana frisa que os termos do plano prefiguram uma alteração das condições iniciais dos empréstimos já concedidos a Atenas. Segundo os critérios de avaliação da Fitch, isto representa um incumprimento parcial da dívida.
O novo pacote inclui uma modificação das regras do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) com um empréstimo de 109 mil milhões de euros por este fundo de socorro que inclui uma contribuição dos credores privados (50 mil milhões), através da reestruturação da dívida. O reescalonamento ou a renovação da dívida são considerados pelas agências de rating como provas de entrada em incumprimento.
David Riley, o analista da Fitch que assina a nota emitida hoje sobre os termos do novo pacote europeu, sublinha, no entanto, que a revisão da nota da dívida da Grécia – avaliada actualmente pela agência em CCC, correspondente a default – será seguida de novas atribuições de rating aos títulos de dívida helénica que forem emitidos. Isso significa que o efeito positivo (de que fala a agência) que resulta do prolongamento das maturidades da dívida grega será tido em conta em novas notações. Durante o período de vigência do acordo caberá ao FEEF a emissão de garantias sobre os títulos de dívida helénica.
A concordância dos termos do acordo pelo BCE e pelos bancos privados, deram à cimeira de ontem a capacidade para viabilizar o cumprimento imparcial da dívida grega sem abrir novas guerras com as agências norte-americanas de avaliação de risco.
MRA Alliance
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quinta-feira, julho 14th, 2011
O Banco Central Europeu está sob forte pressão da Alemanha para mudar de tom e explicar como vai manter a torneira aberta à Grécia mesmo que o país não honre as suas obrigações e seja forçado a entrar em incumprimento parcial.
Este braço-de-ferro ficou bem exposto no recente Eurogrupo, onde se abriram várias portas a uma reestruturação grega, e continua a subir de tom com a indicação de que a chanceler Angela Merkel se recusa a participar numa cimeira sem resultados. A revisão do Fundo de socorro europeu ainda não está concluída e o encontro seria sempre inconclusivo se o BCE não validasse um ‘default’ grego.
Analistas e fontes diplomáticas recordavam ontem que há várias soluções no quadro da actuação dos bancos centrais para segurar a economia grega após um incumprimento. O problema, como já alertou o membro do BCE, Lorenzo Bini-Smaghi, é que um ‘default’ sairia muito mais caro aos contribuintes europeus. A nível técnico, a primeira solução de financiamento pode vir de uma assistência de emergência de liquidez através dos bancos centrais.
Herman Van Rompuy, presidente do Conselho Europeu, insiste na reunião. Tentou apresentar esta cimeira extraordinária em Madrid e depois em Lisboa, apontando para sexta-feira, mas Berlim continua a invocar problemas. Wolfgang Schaüble, o ministro alemão das Finanças, disse ontem que não há razão para tomar “decisões apressadas” visto que a Grécia tem “financiamento garantido até Setembro”, mas admite que um tal encontro pode ser preciso para dar “um sinal psicológico” aos mercados, caso não o tenham percebido com a declaração do Eurogrupo.
Mas os mercados devem ter percebido bem esse sinal porque continuaram ontem a penalizar os países periféricos, receando que estes sigam o caminho da Grécia – depois de rotular a dívida portuguesa como “lixo”, a Moody’s fez o mesmo à Irlanda.
A irritação entre os líderes dos periféricos é patente nas palavras do líder espanhol que acusou de forma velada a Alemanha de atiçar o contágio. Mas a consequência é mais aperto, até porque estes países não têm, nesta fase, qualquer margem negocial no Conselho. Por exemplo, a ministra espanhola, Elena Salgado, aceitou a contragosto empurrar a Grécia para o incumprimento e quando chegou a Madrid admitiu necessidade de novos cortes. “O tecto de despesa [para 2012] pode ser inferior ao apresentado agora” que já implica um corte de 3,8%. “É mais necessário do que nunca demonstrar o nosso compromisso com a austeridade”, explicou, saudando o facto de o país não ter previsto ir ao mercado esta semana.
MRA Alliance/DE
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sexta-feira, julho 8th, 2011
Desde ontem, quem contratou um crédito à habitação de 150 mil euros, em Junho de 2010, está agora a pagar mais 70,27 euros por mês do que há um ano, depois de o BCE (Banco Central Europeu) ter subido ontem a sua principal taxa de juro para 1,5% sinalizando que vêm í novos aumentos.
Antecipando as decisões do BCE, a Euribor, o indexante mais usado nos empréstimos à habitação, iniciou há vários meses uma tendência de subida, que desde Março se tem mantido crescente e constante.
Para os milhares de famílias com crédito hipotecário a taxa variável (a opção em mais de 80% dos casos) este movimento tem um reflexo imediato nos seus bolsos pelo aumento da prestação mensal, quando chega o momento da revisão. Simulações realizadas pelo DN/Dinheiro Vivo mostram que quem contraiu um crédito de 150 mil euros, a 30 anos, com revisões semestrais, viu a prestação de Junho ser fixada em 751,05 euros, o que reflecte um agravamento de 70,05 euros.
Pela segunda vez este ano o BCE decidiu mexer na sua principal taxa de referência, subindo-a novamente 0,25 pontos percentuais e a expectativa é de que a instituição liderada por Jean-Claude Trichet decida novos aumentos ao longo dos próximos meses. Na habitual conferência de imprensa após estas reuniões mensais, o presidente do BCE referiu que a “política monetária permanece acomodatícia”, precisando ainda ser “essencial que os recentes desenvolvimentos quanto a preços não venham a dar origem a pressões de inflação generalizadas no médio prazo”.
Trichet recusou adiantar o sentido das próximas decisões – “vão ver o que fazemos quando chegar o momento” -, mas o mercado habituou-se a ler nas expressões como “acomodatícia”, “monitorização”, sinais de que novos aumentos estão na calha.
MRA Alliance
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sexta-feira, julho 8th, 2011
Jean-Claude Trichet avançou hoje que o Banco Central Europeu (BCE) vai continuar a aceitar dívida portuguesa como colateral nas operações de refinanciamento dos bancos, apesar da notação da República ter sido reduzida para “lixo” pela agência Moody’s.
“Hoje o conselho de governadores decidiu suspender a aplicação do requisito mínimo para crédito em relação a obrigações garantidas pelo governo português”, disse Jean Claude Trichet. O programa de ajustamento adoptado pelo governo portugues é “apropriado”, disse o presidente do BCE.
Trichet falava na habitual conferência de imprensa que se segue à reunião mensal de política monetária, que hoje decidiu subir os juros em 25 pontos base para 1,50%. Esta “excepção” hoje anunciada para Portugal também já tinha sido accionada para a Grécia e a Irlanda, os outros países do euro que também pediram assistência financeira e que também fora alvo de sucessivos ‘downgrades’ por parte das agências de ‘rating’.
Isto significa que mesmo que as quatros agências decidam baixar o ‘rating’ de Portugal para notação conhecida como lixo, no seguimento da decisão da Moody’s esta semana, o BCE vai continuar a aceitar a divida soberana portuguesa como boa para continuar a fornecer liquidez ao sistema bancário.
A decisão de classificar como “lixo” as opiniões dos raters norte-americanos foi tomada hoje unanimemente pelo conselho de governadores do BCE em Frankfurt.
MRA Alliance/DE
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segunda-feira, junho 20th, 2011
O Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que a zona euro está a recuperar e que o BCE deve por isso começar a subir os juros gradualmente. “Devido à trajectória esperada da recuperação, a normalização das taxas de juro deve prosseguir gradualmente”, diz o FMI num relatório divulgado hoje. O objectivo, de acordo com a instituição agora liderada por John Lipsky, é manter a inflação controlada na zona euro, que já está acima de 2% há cinco meses consecutivos. Recorde-se que, ontem, o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, voltou a dizer que o banco central está determinado em assegurar a estabilidade de preços na zona euro.
No mesmo relatório, o FMI nota que a crise de dívida da zona euro é uma ameaça à recuperação económica da região e que os países do euro devem cooperar mais para conter a crise e consolidar as contas públicas para restaurar a confiança dos mercados. “Prossegue uma recuperação alargada, mas a crise de dívida nos periféricos ameaça afectar estas perspectivas favoráveis, e ainda falta muito fazer”, escreve o FMI no relatório.
John Lipsky é um produto da banca de Wall Street e do próprio FMI, de acordo com a sua biografia oficial. Foi o quadro superior do fundo residente no Chile, então sob a ditadura de Augusto Pinochet, entre 1978 e 1980, após o que regressou à sede da instituição em Washington, D.C. encarregado de desenvolver procedimentos relacionados com os mercados internacionais de capitais. Entre 1984-1998 foi quadro superior do banco Solomon Brothers, em Nova Iorque e Londres. A partir de 1994 foi o economista-chefe do SB, em Nova Iorque. Em 1998 foi contratado pelo JP Morgan para ocupar a mesma posição acumulando-a com o cargo de Administrador Executivo. Quando saiu, em 2006, Para ocupar a actual posição no fundo, era vice-presidente do banco de investimento de Wall Street.
No dia 12 de de Maio de 2011, anunciou formalmente a sua recusa em renovar o contrato de nº 2 do FMI, informando que abandonaria a organização a partir do próximo dia 31 de Agosto. O escândalo sexual que envolveu, três dias depois, e que posteriormente levou à inevitável demissão do seu superior hierárquico – o francês Dominique Strauss-Kahn – catapultou Lipsky para a primeira linha da finança internacional.
Actualmente com 64 anos, o economista norte-americano Lipsky, descendente de emigrantes judeus russos, é membro do Council on Foreign Relations (CFR), a organização elitista que. juntamente com o grupo Bilderberg e Comissão Trilateral, desde 1921, fez eleger vários presidentes e vice-presidentes dos Estados Unidos e forneceu centenas de altos membros das administrações americanas, das multinacionais, das organizações multilaterais e das chefias superiores das Forças Armadas norte-americanas.
MRA Alliance/DE
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domingo, junho 19th, 2011
O presidente do Banco Central Europeu recebeu hoje do Instituto de Estudos Económicos de Kiel (Alemanha) o Prémio de Economia Mundial e aproveitou a ocasião para fazer a defesa do euro e deixar um alerta. O alargamento dos desequilíbrios entre as economias mundiais que, segundo o líder do BCE, se vai seguir à actual crise financeira terá consequências a nível global.
O chefe máximo do Banco Central Europeu procurou deixar de lado a crise grega – que hoje será abordada numa reunião especial dos ministros das Finanças da Zona Euro -, preferindo sublinhar a força da Zona Euro.
Por outro lado, com a Europa a atravessar um período de forte incerteza, Trichet retomou um dossier que, assegura, continua a ser a principal tarefa do BCE: o controle da inflação e a defesa da estabilidade dos preços.
“O que os cidadãos esperam do BCE é que garanta a estabilidade dos preços”, sublinhou o banqueiro-chefe, que deixaria ainda uma nota sobre receios que se avolumam para o período pós crise quanto à possibilidade de estar em marcha o aprofundamento global dos desequilíbrios.
Na opinião de Trichet, os desequilíbrios – foram já responsabilizados por contribuir para e por agravar os efeitos da crise de 2008 e 2009 – que poderão estabelecer-se a nível mundial constituirão um dos maiores desafios para a economia global.
“A preocupação é que, depois de uma redução parcial operada durante a crise, os desequilíbrios começam de novo a alargar-se”, apontou o banqueiro europeu, para acrescentar que este é um facto que devia colocar em alerta as agências mundiais, nomeadamente para a necessidade de uma vasta cooperação monetária e fiscal.
MRA Alliance/Agências
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quinta-feira, junho 2nd, 2011
O vice-presidente do BCE, o português Vítor Constâncio, concorda com Trichet sobre a criação de um Ministério das Finanças Europeu.
Jean-Claude Trichet sugeriu a criação de um Ministério das Finanças Europeu, que “teria responsabilidades directas em pelo menos três domínios” e “não teria necessariamente” que gerir “um orçamento federal”.
O presidente do BCE explicou ainda que esse Ministério das Finanças Europeu teria de “vigiar as políticas orçamental e de competitividade” dos Estados-Membros do euro, intervir directamente em países desequilibrados e seria ainda dotado de poderes relacionados com o sistema financeiro.
A ideia da criação de um de Ministério das Finanças Europeu foi apoiada por Vítor Constâncio, o número dois do BCE.
Sobre a Grécia, Constâncio afirmou que o BCE não se opõe à participação do sector privado num novo acordo para ajudar Atenas, mas reiterou que a instituição está contra uma reestruturação completa da dívida helénica.
MRA Alliance/DE
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sábado, abril 30th, 2011
A missão internacional que negoceia com o Governo o pacote de ajuda externa a Portugal está a estudar o aumento do rácio ‘core capital’ dos bancos, para um valor mínimo de 10%, apurou o Económico junto de fontes ligadas às negociações.
Se a medida constar do acordo final, que deverá ser anunciado na próxima semana, a maior parte dos bancos portugueses deverá necessitar de novos reforços de capital, o que poderá ser feito através da venda de activos, da realização de aumentos de capital ou do recurso à intervenção estatal.
A ‘troika’ formada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia (CE) poderá propor que, até ao final de 2011, os bancos portugueses tenham um nível mínimo de capital em função dos requisitos de fundos próprios decorrentes dos riscos associados à sua actividade (rácio ‘Core Capital Tier One’) de 10%. Porém, as negociações prosseguem e a decisão final não está ainda tomada, até porque o Governo e o Banco de Portugal querem impedir esse cenário, frisaram os mesmos responsáveis. O acordo final entre o Governo e a missão internacional deverá ser formalizado e anunciado dentro de dias.
O Banco de Portugal anunciou a 7 de Abril que os bancos nacionais teriam de aumentar os seus rácios ‘core tier one’ para um valor mínimo de 8%, bastante acima da média europeia. Mas esta proposta da ‘troika’ internacional, que vai no sentido de uma medida idêntica formulada aquando do resgate da Irlanda (neste caso, para 12%), obrigará a maioria dos bancos portugueses a reforçarem ainda mais os seus capitais.
Por este facto, os banqueiros portugueses têm se mostrado contra novas exigências de capital. “Os bancos portugueses não arruinaram o País, ao contrário do que os irlandeses fizeram à Irlanda”, disse na quarta-feira Carlos Santos Ferreira, presidente do BCP.
Tal como o líder do maior banco privado português, vários outros responsáveis do sector ouvidos pelo Diário Económico salientaram que o caso português não é comparável ao da Irlanda. Alguns mostraram mesmo descrença de que tal exigência seja colocada pela ‘troika’ internacional, uma vez que o problema da banca portuguesa é de liquidez e não de solvabilidade.
MRA Alliance
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quarta-feira, abril 20th, 2011
Os ‘spreads’ cobrados pelos maiores bancos a operar no mercado nacional dispararam já este mês e vão continuar a aumentar revela hoje o Diário Económico. As instituições estão a reflectir nos clientes a impossibilidade de recorrerem a financiamento no mercado externo, fruto dos sucessivos cortes de ‘rating’ após o estalar da crise política e pedido de ajuda externa.
O potencial de subida dos ‘spreads’ a curto e médio prazo vai depender, segundo os economistas contactados, da evolução do custo do financiamento nos mercados e dos termos do acordo do resgate a Portugal, sobretudo, das exigências feitas pela ‘troika’ à banca.
De acordo com os preçários das 12 instituições analisadas – CGD, BCP, BES, BPI, Santander Totta, Montepio Geral, Barclays, Banif, Crédito Agrícola, Banco Popular, Deutsche Bank e BBVA -, a média do ‘spread’ mínimo cobrado é agora de 1,55%, o que compara com 1,51% no início do mês. Para os clientes com maior perfil de risco, o custo médio aumentou de 4,35% para 4,67%.
Por estas razões, segundo o Diário Económico, os representantes do FMI, Comissão Europeia e Banco Central Europeu que se encontram em Portugal preparam-se para impor o ressurgimento da aposta no arrendamento imobiliário e diminuir o endividamento das famílias.
“Os organismos internacionais pretendem que a economia portuguesa seja mais flexível para que possa crescer mais. Sabendo-se que a existência de muitas casas próprias é um obstáculo à mobilidade e flexibilidade económica, o programa de auxílio tenderá a reduzir a necessidade de aquisição de casa própria, através da flexibilização da solução de arrendamento (como aliás o PEC IV já sugeria)”, defende Cristina Casalinho.
A economista-chefe do BPI recorda que o excesso de crédito à habitação em Portugal resulta de “uma distorção de mercado, cuja correcção deverá fazer com que os níveis de crédito à habitação regressem, desejavelmente, a patamares mais alinhados com o passado português e com a média europeia”.
Para ilustrar a distorção basta regressar a 2007, ano em que os bancos concorriam pelo melhor “spread zero” do mercado e relembrar que a lei do arrendamento urbano não vingou.
MRA Alliance
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quarta-feira, abril 20th, 2011
A ‘troika’ que está a negociar a ajuda externa deverá apresentar as propostas para o memorando de entendimento com Portugal até ao final da próxima semana, disse ontem o secretário-geral da UGT no final da reunião com o Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional.
“O que nos foi apresentado foi um calendário apertado, que até ao final da próxima semana eles apresentarão propostas tendo em vista a levar uma proposta final ao conselho do Ecofin a realizar em meados de Maio”, disse João Proença, citado pela agência Lusa, à margem do encontro que contou com técnicos do Governo mas não com a presença de governantes.
MRA Alliance/DE
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domingo, abril 17th, 2011
Ewald Nowotny, membro do Conselho de Governadores do Banco Central Europeu, voltou a sinalizar que a instituição deverá mexer novamente no preço do dinheiro até ao final do ano.
Apesar de Jean-Claude Trichet ter afirmado, na conferência de imprensa que sucedeu à última reunião de política monetária, que a subida em 0,25% da taxa refi não precedia uma série de aumentos, a verdade é que a não é a primeira vez que um membro do Conselho de Governadores do BCE sinaliza que a instituição deverá mexer no preço do dinheiro novamente.
Os mercados antecipam uma subida do juro em 0,5% até ao final do ano, depois de o BCE ter mantido, durante quase dois anos, a taxa refi no mínimo histórico de 1%.
“As expectativas têm fundamento” disse ontem Nowotny, em Washington, citado pela Bloomberg, quando questionado sobre se o BCE poderia subir os juros em mais 0,5% até ao final do ano.
“Não quero comentar um valor exacto, mas a tendência é perfeitamente perceptível. A altura em que vai acontecer, no entanto, vai depender da situação económica”, referiu. Um comentário que faz os especialistas acreditar que um novo aumento pode acontecer já durante o próximo mês.
MRA Alliance/DE
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quinta-feira, março 24th, 2011
O presidente do BCE juntou-se ao coro de vozes que, ao longo do dia, tem vindo a reclamar em Bruxelas um “consenso nacional” em torno das metas do PEC IV, que ditou ontem a queda do Governo. “É essencial que Portugal confirme o plano que foi concebido e aprovado”, disse Jean-Claude Trichet.
O presidente do Banco Central Europeu (BCE) falava à margem da cimeira europeia que decorre em Bruxelas, e que está a ser dominada pela crise política portuguesa, que coloca agora o país mais próximo de um pedido de ajuda externa que todos gostariam de evitar.
Ao longo do dia, a chanceler alemã assumiu de novo papel de pivot, tentando uma derradeira solução para que Portugal não acabe resgatado como a Irlanda e a Grécia. De manhã, Angela Merkel esteve reunida com Pedro Passos Coelho, no âmbito da reunião do Partido Popular Europeu (ao qual pertencem o PSD português e CDU alemã); e à tarde encontrou-se também a sós com José Sócrates, numa altura em que a agência de rating Fitch tornava público que baixou o “rating” de Portugal.
A chanceler desdobrou-se em declarações de apoio às decisões “corajosas” do agora primeiro-ministro demissionário e lamentado que o Parlamento português não tivesse dado seguimento às medidas “correctas” contidas no PEC IV. Perante a crise política instalada em Portugal, a chanceler alemã insistiu que a prioridade agora é enviar mensagens muito firmes de que, independentemente de quem venha a liderar o próximo Governo, as metas prometidas de redução do défice serão mantidas, de modo a tentar sossegar os mercados e evitar uma intervenção externa – dada como cada vez mais incontornável.
É preciso que “todos os responsáveis nacionais confirmem que Portugal está comprometido com os objectivos desse programa”, disse Merkel, referindo-se às metas de redução do défice para 4,6% neste ano, 3% em 2012 e 2% em 2013, ano em que também a dívida pública terá de ser reduzida, invertendo a trajectória de crescimento dos últimos anos.
Também o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, avisou que é “indispensável” Portugal esclarecer que há um “consenso nacional” quanto à necessidade de cumprir os objectivos traçados para a redução do défice orçamental e da dívida pública. “Importante é que, tão depressa quanto possível, Portugal esclareça aquilo que me parece ser indispensável: que há um consenso nacional quanto à necessidade de cumprir os objectivos com os quais Portugal já se comprometeu”. “Se isso não for feito, com certeza haverá consequências bastante negativas”, advertiu o antigo primeiro-ministro e ex-líder do PSD.
MRA Alliance/JdN
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sábado, março 12th, 2011
O jornal alemão Financial Times Deutschland (FTD) noticia hoje que a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu (BCE) descobriram um buraco de financiamento nas contas públicas portuguesas durante a deslocação efectuada a Lisboa há duas semanas.
O FTD não entra em detalhes, mas a ser verdade, o primeiro ministro José Sócrates, será hoje submetido a uma pressão reforçada dos restantes líderes dos países da zona euro, durante a cimeira que decorre em Bruxelas, para anunciar novas medidas de austeridade de modo a restaurar a confiança dos mercados financeiros.
O que acontece é que, face às medidas tomadas e às expectativas que a Comissão tem de andamento da economia e das receitas que o Governo pode obter com o quadro orçamental que encontraram, os técnicos que vieram a Lisboa encontraram uma discrepância face ao que seria expectável.
O Governo garantiu, no entanto, que não há qualquer buraco e que as contas públicas portuguesas são totalmente transparentes. A haver diferenças, diz, terão a ver com o quadro macro-económico subjacente às previsões de receitas e despesas, porque a Comissão Europeia e o BCE têm previsões para o crescimento da economia menos favoráveis que o Governo.
Sócrates disse ontem na Assembleia da República que o Governo “tudo fará para pôr rapidamente as contas públicas em ordem” e que vai assumir o compromisso junto dos parceiros do euro de assegurar “uma consolidação orçamental sem falhas” até 2013. Já hoje de manhã, o ministro das finanças anunciou medidas de austeridade adicionais que visam garantir um impacto positivo no défice deste ano da ordem dos 0,8 por cento do PIB.
MRA Alliance/Público
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sábado, março 5th, 2011
Depois de o presidente do Banco Central Europeu (BCE) ter dado a entender que iria subir as taxas de juro de referência já no próximo mês, a Euribor reagiu ontem com uma aceleração acentuada. A taxa a seis meses – a mais utilizada no crédito à habitação em Portugal – registou ontem um dos maiores aumentos de sempre, o maior em quase três anos.
A Euribor a seis meses disparou assim para os 1,475%, o que representa uma subida de nove pontos base em relação à sessão do dia anterior. Desde a sua criação, apenas se registaram oito saltos superiores. O maior de todos foi a 12 de Abril de 2001, quando aumentou 17,7 pontos base. Desde o início do ano, a Euribor nunca tinha aumentado mais que 1,5 pontos. Os 1,475% atingidos ontem são também o valor mais elevado desde Junho de 2009. Em termos relativos esta é mesmo a maior subida de sempre. Os nove pontos base representam uma variação de 6,5%.
As taxas a três e 12 meses também reagiram ao anúncio de Trichet, subindo para 1,162% e 1,924%, respectivamente. Os valores mais elevados em pelo menos um ano em ambos os casos.
“O mercado está a antecipar o ajuste do BCE. No entanto, ainda não é possível saber se a Euribor vai estabilizar ou se entrámos num novo ciclo de subida”, explicou ao ionline Zinay Pranjizan, técnico da “Deco Proteste”. “Os créditos revistos em Abril ou Maio já terão uma prestação mais elevada, em comparação com os revistos este mês, por exemplo.”
MRA Alliance
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segunda-feira, fevereiro 21st, 2011
O Banco Central Europeu (BCE) comunicou hoje que voltou a comprar dívida soberana da zona euro na passada semana, no total de 711 milhões de euros, incluindo, segundo a Bloomberg, dívida portuguesa.
A compra da dívida portuguesa, segundo disseram à agência de informação financeira três fontes com conhecimento das operações, foi feita a 10 de Fevereiro, mas ainda não tinha sido consolidada a 11 de Fevereiro, a data final para o anúncio das operações de compra na passada semana.
O total de dívida soberana que o BCE comprou desde que iniciou, em Maio, o programa de aquisição de dívida dos países da zona euro, chega assim aos 77 mil milhões de euros, segundo o banco central.
A última vez que o BCE tinha comprado dívida pública tinha sido na semana terminada a 22 de Janeiro, quando adquiriu 146 milhões de euros em obrigações.
O diferencial (spread) entre a dívida portuguesa a dez anos e a alemã com o mesmo prazo atingiu hoje os 426 pontos base, contra 412 de há uma semana.
MRA Alliance/Público
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sexta-feira, fevereiro 11th, 2011
A ameaça do FMI voltou ontem a adensar-se sobre Portugal, com os juros da dívida a subirem vertiginosamente rumo aos 8%. Foi necessária a intervenção do BCE, que há já duas semanas não ia ao mercado secundário comprar dívida soberana, para que os investidores começassem a aliviar a pressão sobre os juros portugueses, já no seu máximo histórico de 7,64% para as obrigações do Tesouro a 10 anos, quando a Bloomberg noticiou que a autoridade monetária voltara a adquirir obrigações portuguesas. Os juros acabariam por ficar nos 7,296% no final da sessão, ligeiramente abaixo dos 7,361% a que os títulos com aquela maturidade cotavam na véspera, mas o susto está longe de ultrapassado.
O DN apurou que ontem, durante todo o dia, houve múltiplos contactos entre responsáveis do BCE, do Banco de Portugal e o ministro Teixeira dos Santos. Esta situação de crise impediu, aliás, que o ministro das Finanças pudesse estar presente, como previsto, no debate no Parlamento.
Desde o dia 2 deste mês que os juros das obrigações a 10 anos – as mais comercializadas no mercado secundário e o indicador mais utilizado para medir a confiança dos investidores na capacidade de Portugal saldar os seus compromissos -, então nos 6,901%, não paravam de subir, atingindo ontem a quinta sessão consecutiva acima da limite de 7% fixado pelo ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, para Portugal pedir a ajuda da UE/FMI.
Nas 30 sessões desde o início do ano, os juros portugueses fecharam em metade delas acima dos 7%. No caso da Grécia, bastaram sete dias acima daquela taxa para recorrer ao apoio externo, enquanto a Irlanda esteve 15 dias a fechar acima dos 7% antes do pedido formal de ajuda à UE/FMI.
MRA Alliance
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terça-feira, fevereiro 8th, 2011
Os empréstimos do Banco Central Europeu (BCE) aos bancos portugueses voltaram a aumentar em Janeiro, totalizando 41 mil milhões de euros. De acordo com os dados divulgados pelo Banco de Portugal, os bancos portugueses aumentaram em 109 milhões de euros a sua exposição junto do BCE.
O total acumulado de empréstimos da autoridade monetária à banca nacional atingiu, assim, os 41 mil milhões de euros em Janeiro. É o valor mais alto desde Agosto de 2010, mês em que os empréstimos junto do BCE atingiram o máximo histórico de 49,1 mil milhões de euros.
Desde esse pico, vinha a registar-se uma tendência de desaceleração das ajudas do BCE à banca nacional. Contudo, em Dezembro e agora novamente em Janeiro, as cedências de liquidez voltaram a aumentar.
O recurso da banca nacional ao BCE disparou em Maio, mês em que rebentou a crise da dívida pública na Grécia. Esta crise fez congelar o mercado interbancário, dificultando o acesso ao financiamento nos mercados internacionais dos bancos nacionais e das instituições de outros países com problemas orçamentais como a Espanha, Irlanda ou Grécia. Foi neste contexto que o BCE optou por disponibilizar liquidez ilimitada à banca, fixando juros bastante mais baixos, de um por cento.
Apesar de estar longe do recorde registado em Agosto, Portugal permanece como um dos países que mais se tem mostrado dependente do financiamento do BCE. Comparando com os níveis de há um ano, o valor dos empréstimos da banca junto do banco central é quase três vezes superior.
MRA Alliance/Público
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segunda-feira, janeiro 24th, 2011
O Banco Central Europeu (BCE) reduziu drasticamente – menos 94% – o ritmo de compra de títulos de dívida de países da zona euro na última semana. No total, a instituição liderada por Jean-Claude Trichet adquiriu 146 milhões de euros em dívida, um valor que compara com os 2.313 milhões de euros que tinha desembolsado na semana anterior.
Segundo dados divulgados hoje, e citados pela Reuters, o BCE já adquiriu um total de 76,5 mil milhões de euros em dívida dos países da zona euro, desde que começou o programa de compra de obrigações por parte da instituição, em Maio do ano passado. A estratégia faz parte do plano do banco central para travar a crise de dívida europeia e recuperar a confiança dos investidores.
MRA Alliance/DE
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sexta-feira, janeiro 21st, 2011
O banco de investimento Goldman Sachs dá como certo que os problemas de financiamento de Portugal se alastrem a Espanha. A melhor solução, diz a instituição norte-americana, passa por um pacote de apoio a Lisboa e por uma linha de crédito a Madrid.
Os custos de financiamento dos países periféricos da zona euro continuam “elevados”, nota a Goldman em comunicado emitido hoje, pelo que, neste quadro, o Estado português “ver-se-á obrigado a recorrer ao fundo estabilidade financeira do euro (EFSF) mais cedo ou mais tarde”. Mas a verdadeira incógnita é saber se “as tensões nos mercados de financiamento obrigarão a Espanha a pedir ajuda externa”. Embora acompanhe a crítica feita aos líderes europeus por não terem sabido responder à crise atempadamente, este é um cenário que a Goldman afasta, dizendo que Espanha não representa risco de insolvência, tanto que os políticos europeus, acredita, “continuarão a intervir de maneira decisiva para evitar qualquer restrição de liquidez”. Se Espanha caísse, avalia a Goldman, “colocaria em risco o conjunto do sistema do euro pela dimensão da sua economia”.
Em entrevista à televisão da agência financeira Bloomberg, citada pela Lusa, o economista chefe da instituição para a Europa, Erik Nielsen, declarou que, no pior cenário, “a dívida pública [espanhola] em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) atingiria um valor a rondar os 90 por cento. É um número grande, isso não representa um problema de solvência”.
Os Dezassete têm discutido um aumento da capacidade de financiamento do EFSF, posição da qual Erik Nielsen discorda. Actualmente, o fundo está dotado de 440 mil milhões de euros atribuídos a título indicativo pelos estados membros da zona euro, dos quais apenas 250 mil milhões são direccionados a empréstimos.
MRA Alliance/Público
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sexta-feira, janeiro 7th, 2011
Jean Claude Trichet, presidente do Banco Central Europeu (BCE), disse esta sexta-feira que a entidade não pode ser um meio usado para solucionar a irresponsabilidade dos Governos da União Europeia (UE) em matéria orçamental, noticia a agência Bloomberg.
“A responsabilidade política monetária” do BCE “não pode substituir a irresponsabilidade dos Governos” de alguns países da UE em termos de matéria financeira, disse o presidente da entidade, que pediu esforços “mais ambiciosos” nas reforma das regras orçamentais.
Jean Claude Trichet referiu que a “Europa não se pode dar ao luxo de descansar a meio caminho” e tem de ser “mais ambiciosa”, alertando que as propostas que vêm de Bruxelas “não vão longe o suficiente, na opinião do BCE”.
MRA Alliance/Fábrica de Conteúdos
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quarta-feira, dezembro 29th, 2010
O Banco Central Europeu inicia hoje a primeira de três etapas do aumento de capital que deverá estar terminado em finais de 2012. A operação, sem precedentes na história do BCE, arranca com um reforço de cinco mil milhões de euros. No final da operação, a recapitalização do banco ascenderá a um total de 10,6 mil milhões.
O aumento do capital social do banco foi justificado com a necessidade de ultrapassar a volatilidade das taxas de câmbio, de crédito e riscos de crédito, assim como da «necessidade de garantir uma base de capital adequada a um sistema financeiro que cresceu consideravelmente».
MRA Alliance/Agências
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domingo, dezembro 19th, 2010
O problema de acesso a financiamento será o grande desafio que a banca tem pela frente em 2011, diz Nuno Amado, presidente do banco Santander Totta , em entrevista ao Diário Económico. “infelizmente, se as condições do mercado se mantiverem, eu não vejo outra forma senão a de que o financiamento no BCE volte a aumentar”, precisou Amado.
“Se acho que durante 2011 a banca portuguesa vai ter de manter algum financiamento no BCE? Vejo muito difícil que isso não suceda, porque, contrariamente ao que aconteceu em outros países, não foram os bancos que afectaram mais o risco soberano, foi e é o risco soberano que afectou e está a afectar a situação dos bancos. Em Portugal é isto que está a acontecer”, sublinhou Amado.
MRA Alliance/DE
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