O primeiro-ministro de Tailândia, Abhisit Vejjajiva, declarou hoje o estado de emergência na cidade de Pattaya, e em toda a província de Chomburi, no leste do país, após o cancelamento da cimeira que reunia líderes de 16 países asiáticos para debater a crise económica mundial num país paralizado por uma profunda crise política e institucional.
A instabilidade na Tailândia, que se arrasta há vários meses, levou muitos observadores a considerarem a cimeira da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), iniciada ontem, uma “reunião de alto risco” face às precárias condições de segurança interna.
Fortemente contestado por milhares de activistas anti-governamentais fiéis ao antigo primeiro-ministro tailandês no exílio, Thaksin Shinawatra, o conclave asiático iniciou-se 48 horas depois de em Banguecoque, mais de 100 mil pessoas terem exigido a demissão do executivo.
“Devido a esta situação extremamente séria, o Governo decidiu tomar medidas para proteger os delegados estrangeiros que estão a sair do país”, disse Vejjajiva. Os dirigentes estrangeiros foram evacuados da zona de conflito, em helicópteros.
Um grupo de mil manifestantes forçou as barreiras policiais frente ao edifício, partiu as portas de vidro e invadiu o recinto da cimeira de Pattaya, um dos principais pólos turísticos da Tailândia.
A cimeira, consagrada essencialmente à crise económica mundial, deveria reunir até domingo os dirigentes dos dez países da ASEAN – Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Filipinas, Singapura, Tailândia e Vietname) e também os líderes da China, Japão, Coreia do Sul, Índia, Austrália e Nova Zelândia.
MRA Alliance/Agências