Archive for the ‘Armamento’ Category

Ministro da Defesa acaba com regime de contrapartidas nas compras militares

domingo, agosto 7th, 2011

O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar Branco, assumiu o fim do regime das contrapartidas nesta área. “Trata-se de Portugal seguir as boas práticas europeias nesta matéria, e o governo vai no sentido correto”, disse aos jornalistas à margem do America´s Cup, prova de vela que teve início em Cascais e cuja largada foi feita pelo ministro.

“Resolvemos seguir as boas práticas europeias e a necessidade de se fazer a transcrição da directiva europeia foi assumida como uma das nossas prioridades”, disse o ministro. As contrapartidas são compensações acordadas entre o Estado e os fornecedores de material de defesa com o objectivo de contribuir para o desenvolvimento industrial da economia portuguesa.

Questionado sobre a notícia de hoje no semanário Expresso que dava conta do fim da comissão das contrapartidas, o ministro disse que  “para o futuro a lógica da directiva” aponta para a não existência de contrapartidas. “Acontece que muda a lógica deste tipo de negociações e vai ao encontro de não existir as contrapartidas. O que está para trás mantém-se, fica salvaguardado”, frisou.

MRA Alliance/Público

China faz primeiro voo com avião furtivo e incomoda EUA

quarta-feira, janeiro 12th, 2011

Avião furtivo chinês J-10A China testou na terça-feira o J-20, coincidindo com a presença no país do ministro da Defesa dos Estados Unidos, Robert Gates, noticiou a CNN. O governante norte-americano afirmou à imprensa, em Pequim, ter questionado directamente o presidente chinês sobre a coincidência, ao que este lhe garantiu que não tinha nada a ver com a visita pois o teste já estava planeado.

O analista militar Richard Fischer disse à CNN que “este é um exercício clássico de projecção de poder”, acrescentando que a China “quer que o presidente Obama e o novo Congresso vejam Hu Jintao, que os visita na próxima semana, como líder da próxima superpotência militar, cujas exigências devem ser acomodadas”.

Os analistas, adianta a CNN, entendem que este avião furtivo chinês terá as mesmas capacidades de escapar à detecção por radar dos aviões norte-americanos de quinta geração, como os F-22 e os F-35.

MRA Alliance/DN

Ana Gomes apresenta queixa contra submarinos em Bruxelas

terça-feira, dezembro 21st, 2010

A eurodeputada socialista Ana Gomes entregou, na segunda-feira, uma queixa na Comissão Europeia contra os contratos de aquisição dos dois submarinos pela Marinha portuguesa, que diz estarem «eivados de subornos, fraudes, documentos forjados, falsas contrapartidas, lavagem de dinheiro e evasão fiscal».

«As contrapartidas favoreceram um determinado grupo de empresas que nunca se submeteram a um concurso internacional», nomeadamente na indústria automóvel e de novas tecnologias, disse Ana Gomes na conferência de imprensa onde anunciou a sua iniciativa. «A forma como foram seleccionadas é completamente distorcedora das regras do mercado interno», acrescentou.

Ana Gomes considera que no processo dos submarinos existem «aspectos absolutamente lesivos dos interesses do Estado», como o facto de se ter entregue a negociação do contrato «a uma empresa privada, a ESCOM, do grupo BES – que também é o grupo que depois financia a aquisição dos submarinos».

«Altamente suspeitos são também os termos dos contratos, tanto de aquisição, como de contrapartidas, como o facto de o Estado ter prescindido do recurso aos tribunais em caso de litígio e de se prever apenas a via da arbitragem», sublinhou.

A eurodeputada assume que «está preparada» para enfrentar as consequências deste passo e acusa que, nos últimos dois dias, o seu e-mail do Parlamento Europeu foi violado, alguns textos relacionados com o assunto desapareceram e verificaram-se dificuldades de envio de mensagens electrónicas. Por isso, esclareceu, vai apresentar queixa na Procuradoria-Geral da República e no Parlamento Europeu.

MRA Alliance/Agências

NATO: Escudo anti-míssil custará mil milhões de euros

sábado, novembro 20th, 2010

O ministro da Defesa, Augusto Santos Silva, na sequência da reunião da Cimeira da NATO sobre o Afeganistão, reconheceu que os 200 milhões de euros apontados como custo aproximado do futuro escudo anti-míssil para a Europa são apenas um custo adicional a que acrescem os gastos já existentes de mais 800 milhões.

Mas defendeu que “comparados com os benefícios que trazem, estes custos são perfeitamente suportáveis e vantajosos” pois resultam da combinação de dois sistemas de defesa.

Sublinhando não ser ainda este o momento adequado para abordar os custos do escudo de protecção anti-míssil que sai do novo conceito estratégico da NATO para os próximos dez anos, Santos Silva reconheceu que os 200 milhões somados aos 800 milhões referidos resultam da integração de dois sistemas complementares da Aliança e dos EUA.

MRA Alliance/DE

Desnuclearização do Médio Oriente na agenda da ONU

domingo, maio 30th, 2010

armas_nucleares11.jpgAo fim de 15 anos de esforços, os países árabes conseguiram nas Nações Unidas, em Nova Iorque, um acordo sobre proliferação nuclear que abre caminho a uma conferência de desnuclearização do Médio Oriente.

O acordo envolveu 189 países e os Estados Unidos aceitaram incluir uma referência a Israel, o que motivou a resposta irritada dos israelitas, que acusam a declaração final de “hipocrisia”, pois não menciona Irão ou Coreia do Norte.

A conferência de acompanhamento do Tratado de Não Proliferação (TNP), que se realizou na sede da ONU, resultou na aprovação de uma declaração de 28 páginas onde uma única frase refere o Estado de Israel, repetindo uma posição anterior de que este país se deve juntar ao Tratado.

Existe acordo para a realização em 2012 de uma conferência que visa estabelecer no “Médio Oriente uma zona livre de armas nucleares e todas as outras armas de destruição maciça”. Foram também aprovadas linhas de acção em cada uma das áreas do TNP: desarmamento, verificação dos programas nucleares dos países e uso pacífico da energia nuclear.

MRA Alliance/DN

Desarmamento: Cimeira histórica entre Obama e Medvedev

quinta-feira, abril 8th, 2010

Os presidentes americano e russo assinam hoje em Praga um acordo de redução de armamento nuclear que substitui um tratado de 1991, o START, e representa a diminuição de um terço no potencial atómico de cada país. Barack Obama e Dmitri Medvedev terão na capital checa um encontro bilateral onde se espera que o tema da discussão seja o programa nuclear iraniano.

A assinatura do START-2 é um triunfo diplomático para ambos os presidentes e deverá marcar uma melhoria na relação entre EUA e Rússia. Mas os problemas não estão todos resolvidos. A delegação russa quer incluir uma cláusula de saída do tratado, caso seja desenvolvida tecnologia antimíssil capaz de reduzir a eficácia do seu arsenal. A questão tem prejudicado o relacionamento russo-americano, como se provou na polémica do escudo anti-míssil que a anterior administração de George W. Bush tentou erguer na Europa Oriental, projecto entretanto abandonado.

O acordo START-2 também coincide com uma nova postura estratégica americana de uso do arsenal nuclear, ontem divulgada. Esta doutrina prevê mais limitações ao uso das bombas atómicas e o seu anúncio incluiu avisos sérios a Teerão, que reagiu ontem de forma desafiadora. A única excepção ao uso pelos americanos de armas nucleares são casos como Irão ou Coreia do Norte.

MRA Alliance/DN

Angolagate: Mão pesada da justiça francesa para políticos e empresários

quarta-feira, outubro 28th, 2009

O Tribunal Correccional de Paris condenou hoje várias figuras tutelares da política e do universo dos negócios em França por envolvimento no tráfico de armas para Angola de 1993 a 1998. Entre as personalidades julgadas estão os empresários Pierre Falcone e Arcadi Gaydamak, o senador Charles Pasqua e Jean-Christophe Mitterrand, filho do antigo Presidente socialista.

Sete meses depois das últimas diligências do processo conhecido como Angolagate, que teve início no final do ano passado, o Tribunal Correcional de Paris condenou a seis anos de prisão efectiva o empresário e representante de Luanda na UNESCO Pierre Falcone e o israelita Arcadi Gaydamak, julgado à revelia por se encontrar refugiado na Rússia, o seu país de origem.

Ao todo foram julgadas 42 pessoas do mundo dos negócios e da elite política de França no processo relativo ao comércio de armas do antigo bloco soviético para Angola entre 1993 e 1998, em plena guerra civil e a expensas de um embargo imposto pelas Nações Unidas. Os valores da operação de tráfico de armamento ascenderam a 790 milhões de dólares (626 milhões de euros).

Para além de Falcone e Gaydamak, condenados pela venda de armas sem a autorização do Governo de Paris, a justiça francesa sentenciou o antigo ministro do Interior Charles Pasqua a três anos de prisão – dois anos de pena suspensa e um ano de prisão efectiva – e ao pagamento de uma indemnização de 100 mil euros por “tráfico de influências”.

O filho e conselheiro para os assuntos africanos do antigo Presidente François Mitterrand, Jean-Christophe, foi condenado a dois anos de prisão com pena suspensa e a uma indemnização de 375 mil euros por “abuso de bens sociais”. Ambos estavam acusados de facilitar o tráfico de armamento com destino a Angola, sem participação directa no esquema.

Pierre Falcone foi imediatamente detido após a leitura da sentença, apesar da imunidade diplomática que lhe é conferida pelo cargo de representante de Angola na UNESCO. O Tribunal entendeu que aquela prerrogativa não abrange condenações como a de hoje.

Segundo os investigadores, o negócio da venda de armas terá envolvido três dezenas de responsáveis angolanos. Contudo, nenhum dos cidadãos angolanos referenciados na fase de instrução foi levado à justiça. As autoridades de Angola exigiram, logo na abertura do processo, em Outubro de 2008, a remoção de peças consideradas incriminatórias, invocando “o respeito pelos segredos de defesa de um país estrangeiro”. O Tribunal descartou sempre os argumentos de Luanda.

Em 1993, no auge da guerra civil travada por UNITA e MPLA, a França recusou-se a fornecer armamento para as tropas do Presidente angolano, José Eduardo dos Santos. A acusação do processo “Angolagate” concluiu que Luanda teria encetado, então, contactos oficiosos com Pierre Falcone e Arcadi Gaydamak, que abriram um canal para a expedição de equipamento militar pesado para o território angolano: 420 tanques, 150 mil granadas de obus, 12 helicópteros e seis navios de guerra.

Os sócios Falcone e Gaydamak não desmentiram as remessas de material bélico. Negaram, no entanto, a entrega de 170 mil minas a Luanda. E alegam que o negócio dispensava uma autorização das autoridades francesas, uma vez que a sociedade envolvida, a ZIS Osos, tinha sede na Eslováquia. Para a acusação, porém, a ZTS Osos constituía uma mera fachada para esconder o envolvimento da sociedade Brenco, com sede em Paris.

Entre os acusados do processo figuram ainda o romancista Paul-Loup Sulitzer, condenado a 15 meses de prisão com pena suspensa e ao pagamento de 100 mil euros de indemnização, e Jean-Charles Marchiani, antigo autarca e personalidade próxima do senador Charles Pasqua. Este último foi condenado a três anos de prisão, com 21 meses de pena suspensa, por cumplicidade no tráfico de influências e “abuso de bens sociais”.

O consultor Jacques Attali, antigo conselheiro de François Mitterrand, foi ilibado de todas as acusações.

MRA Alliance/Agências

Divergências Sarkozy-Obama sobre Turquia têm a ver com armas e geopolítica

domingo, abril 5th, 2009

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, reafirmou hoje a oposição à entrada da Turquia na União Europeia, após Barack Obama ter apelado à integração, durante uma  entrevista ao canal de televisão TF1, em Praga, onde ambos participam na primeira cimeira bilateral depois da tomada de posse da nova administração americana.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, deu cobertura aos desejos americanos favoráveis à adesão turca que são tudo menos inocentes.

“Eu trabalho em cooperação com o presidente Obama – disse Sarkozy – mas quando se trata da União Europeia, são os países membros da União que devem decidir” (…) “Eu sempre me opus a esta entrada e continuo com a mesma opinião. Penso poder afirmar que a imensa maioria dos países membros [da UE] estão de acordo com a posição da França”, frisou.

Antes, o presidente norte-americano afirmara que a entrada da Turquia na União Europeia seria “um sinal importante” enviado aos países muçulmanos e um meio para atrair aqueles países para esfera de influência europeia.

As palavras de Obama, porém, visam um intuito não declarado. A Turquia é um dos mais vorazes e fiéis compradores armamento americano através de contratos regulares no valor de milhares de milhões de dólares e acolhe bases militares dos EUA no seu território.

O importante lóbi turco nos Estados Unidos mantém fortes ligações ao Pentágono, CIA e a alguns congressistas e senadores com posições chave nas comissões que fiscalizam a política do executivo em matéria de venda de armas e estratégias de defesa e de segurança. Desde 2007, os turcos têm pressionado Washington para levar a UE a aprovar a sua entrada como Estado-membro do clube dos “27”.

Face ao reduzido sucesso do lóbi turco, o governo de Ancara liderado pelo sunita e anti-fundamentalista islâmico Recep Erdogan iniciou manobras de aproximação à Rússia. 

Os líderes russos Vladimir Putin e Dmitri Medvedev, entre 12 e 15 de Fevereiro, receberam com pompa e circunstância o presidente da Turquia, Abdullah Gul, durante uma visita oficial que enervou o complexo industrial-militar americano pela qualidade política e empresarial da comitiva e pela agenda dos encontros bilaterais – Energia e Segurança – que pode ameaçar a estratégia de longo prazo dos EUA no Médio Oriente e na Eurásia, por nós abordada em Setembro passado.

MRA Alliance

Pedro Varanda de Castro, Consultor

Petrodiplomacia e armamento reforçam laços Pequim-Moscovo

quinta-feira, fevereiro 19th, 2009

A China vai conceder à Rússia um crédito no valor de USD 25 mil milhões/ bilhões em troca de petróleo russo durante 20 anos, anunciou o vice-primeiro-ministro russo, Igor Setchin. Vários pacotes de cooperação económica e financeira foram formalizados esta semana, com a assinatura de contratos entre as duas partes. O crédito chinês será canalizado para as empresas russas Rosneft e Transneft.

No iníco da semana, em Pequim, a Rússia e a China tinham assinado um acordo sobre a retoma da construção do maior oleoduto do mundo – 5.200 km – ligando a Sibéria Oriental ao Pacífico que também será usado para abastecer o Japão e a Coreia do Sul.

Na terça-feira, o presidente russo Dmitri Medvedev sublinhou o interesse de Moscovo em reactivar negociações para o abastecimento de gás russo à China, numa mensagem enviada ao seu homólogo chinês, Hu Jintao. Moscovo pretende fornecer 30 mil milhões de metros cúbicos de gás por ano à China, através de um gasoduto que atravessará a fronteira na região Noroeste de Xinjiang a partir de 2011.

Segundo um comunicado do Kremlin, na mensagem enviada a Hu Jintao, Medvedev sublinhou a importância de «acelerar as reuniões” entre a companhia estatal de gás russo Gazprom e a petrolífera chinesa CNPC para o abastecimento de gás e de energia eléctrica.

Mais USD 20 mm/bi em armas

O consórcio russo Rosoboronexport, monopólio público que controla a exportação de armas, tem em carteira encomendas de US$ 20 bilhões, revelou na segunda-feira
Nikolai Dimiduk. O administrador do coglomerado industrial russo disse que a maioria das encomendas são da China e da Índia. 

Numa situação de crise mundial, a Rosoboroexport oferece uma variedade de formas de financiamento, incluindo empréstimos, permutas ou depósito antecipado de 30% dos recursos para que a empresa adquira metais para cumprir o contrato.

MRA Alliance/Agências

Corrida Armamentista: Rússia testa primeiros mísseis desde 1984

terça-feira, outubro 7th, 2008

O Exército da Rússia começou hoje os primeiros testes da frota de bombardeiros estratégicos, desde à 25 anos, composta por 20 caças armados com míssieis cruzeiro, noticiou hoje a agência russa RIA Novosti. Este será o maior exercício militar do género realizado desde o colapso da União Soviética. As manobras, que durarão uma semana, destinam-se a testar a capacidade e prontidão das tropas para o uso de armamento de dissuasão nuclear. Integradas no exercício “Estabilidade-2008”, a aviação russa está equipada com caças Tu-160 Blackjack e Tu-95MS Bear-H tendo instruções para disparar a carga máxima de mísseis a bordo. As manobras decorrem dois meses após o início da guerra com a Geórgia e do endurecimento das relações militares com a NATO. MRA Dep. Data Mining

Rússia vai instalar novo sistema de defesa nuclear

sábado, setembro 27th, 2008

O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, anunciou planos para a construção de um novo sistema de defesa nuclear, operacional a partir de 2020, equipado com um sistema de defesa aeroespacial e modernos submarinos nucleares equipados com mísseis. Os comandantes militares russos apresentarão os planos ao executivo liderado por Vladimir Putin, até ao final do ano. O anúncio é a resposta da Rússia ao reforço das operações da NATO na Europa de Leste, após o conflito Rússia-Geórgia, e um acto de retaliação à recente corrida armamentista de Washington, com o anúncio da instalação de um escudo de defesa antimísseis na Polónia. Um analista ocidental, citado pela Reuters, desvalorizou a iniciativa sublinhando que as vulnerabilidades russas são evidentes na área do armamento convencional e não nos sistemas de dissuasão nuclear. “Eu diria que isto é um golpe de teatro contra o Ocidente, idêntico ao envio para a Venezuela de bombardeiros estratégicos. (…) Isto impressiona apenas a audiência doméstica, não o Ocidente“, disse o tenente-coronel Marcel de Haas, especialista em questões russas e de segurança do Instituto de Relações Internacionais Clingendael, na Holanda. MRA Dep. Data Mining

Bush negou apoio a Israel para atacar Irão, diz Guardian

sexta-feira, setembro 26th, 2008

O presidente George W. Bush negou o apoio dos Estados Unidos a um ataque militar de Israel a instalações nucleares iranianas na Primavera passada, noticiou hoje o jornal “Guardian“. Citando “diplomatas ocidentais”, o diário britânico acrescenta que Bush terá informado o então primeiro-ministro israelita, Ehud Olmert, durante a sua viagem oficial a Washington, em 14 de Maio, que aquela posição seria mantida até 20-01-2009, dia da tomada de posse do próximo presidente americano. A decisão foi comunicada na mesma altura em que o Complexo Industrial-Militar (CIM) americano concluía negócios no valor de USD 24 mil milhões/bilhões para o rearmamento de Israel e dos seus aliados árabes. MRA Dep. Data Mining

Indústria americana de armamentos floresce e ignora crise financeira global

quarta-feira, setembro 17th, 2008

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos (EUA) solicitou ao Congresso, entre 15-07-2008 e 09-09-2008, a aprovação da venda a Israel e aliados árabes – de um vasto pacote de armas e equipamentos militares no valor global de USD 24,08 mil milhões/bilhões (mm/bi). O fornecimento destinado ao estado judaico inclui mil bombas GBU-39 (USD 77 milhões) que, segundo o diário “Jerusalem Post”, “podem ajudar Israel num possível ataque contra instalações nucleares do Irão, algumas das quais estão protegidas por estruturas tipo bunker.” Em Agosto, o ministro israelita da Defesa, Ehud Barak, insistiu que o Estado judaico recusa aceitar que o Irão desenvolva capacidades nucleares e excluiu a possibilidade de quaisquer concessões. Lista parcial de fornecimentos da Agência de Cooperação Segurança e Defesa para diversos aliados dos EUA no Médio Oriente, que aguarda aprovação do Congresso:

Israel — Modernização de sistemas para mísseis Patriot (USD 164 milhões); Bombas anti-bunker GBU-39 (USD 77 milhões); Armas ligeiras antitanque M72A7 (USD 89 milhões); Aviões C-130J-30 (USD 1,9 mm/bi); Corvetas LCS/ Littoral Combat Ships (USD 1,9 mm/bi); Combustíveis – Gasolina sem chumbo, Combustível JP-8 para aviões e gasóleo (USD 1,3 mm/bi) — Total: USD 5,43 mm/bi;

IraqTanques M1A1 e actualização dos tanques M1A1M Abrams (USD 2,16 mm/bi); Blindados ligeiros LAV/Light Armored Vehicles (USD 3 mm/bi); Helicópteros e respectivas munições (USD 2,4 mm/bi); Veículos blindados de segurança ASV/Armored Security Vehicles (USD 206 milhões); Aviões C-130J-30 (USD 1,5 mm/bi); Assistência técnica para a construção de infra-estruturas e instalações (USD 1,6 mm/bi) — Total: USD 10,86 mm/bi

Arábia SauditaHelicópteros APACHE AH-64D (USD 598 milhões); Modernização da Guarda Nacional (USD 1,8 mm/bi) — Total: USD 2,4 mm/bi

United Arab EmiratesHelicópteros UH-60M BLACK HAWK (USD 774 milhões); Mísseis Ar-Ar de médio alcance SL-AMRAAM/Surfaced Launched Advanced Medium Range Air-to-Air Missile (USD 445 milhões); Sistemas de defesa anti-aérea antimísseis THAAD/Terminal High Altitude Air Defense (USD 6,95 mm/bi; Sistemas avançados de mísseis PATRIOT (USD 121 milhões); Unidades de artelharia AVENGER e VMSLP (USD 737 milhões) — Total: USD 9,0 mm/bi;

Egipto — Cartuchos de explosivos tracejantes HE-T 120mm (USD 69 milhões); Helicópteros UH-60M BLACK HAWK (USD 176 milhões); Mísseis teleguiados antitanque TOW 2A (USD 319 milhões) — Total: USD 564 milhões;

Jordânia — Programa de Segurança FonteiriçaUSD 390 milhões;

Koweit Mísseis Ar-Ar de médio alcance AMRAAM/Advanced Medium-Range Air-toAir Missile AIM-120C-7 — USD 178 milhões;

Marrocos — Armamento e assistência, caças F-16USD 155 milhões.

Na semana passada, o New York Times publicou um artigo sobre a realidade do Complexo Industrial-Militar (CIM) no crepúsculo dos oito anos de administração Bush/Cheney: “Os fornecimentos das encomendas agora confirmadas continuarão durante vários anos, talvez como um dos legados mais duradouros do presidente Bush. (…) Os fornecedores militares americanos trabalham em íntima cooperação com o Pentágono, actuando este como intermediário e comprador de armamento para clientes estrangeiros, através do programa de Vendas Militares Externas. (…) As licenças de exportação emitidas no exercício fiscal de 2008 atingiram USD 96 mm/bi. Em 2005, geraram USD 58 mm/bi, de acordo com informações do Departamento de Estado. (…) Anualmente, cerca de 60 países recebem USD 4,5 mm/bi de ajuda militar dos Estados Unidos, para que possam comprar armamento americano. Israel e o Egipto recebem cerca de 80% daquela ajuda. (…) Porém, a maior parte das armas são pagas pelos compradores sem financiamento dos EUA.” O diário novaiorquino acrescenta que “de há muito que os EUA” são o principal fornecedor mundial de armamento, tendo a lista de clientes “aumentado bastante” nos últimos anos. Entre os mais recentes contam-se Argentina, Azerbeijão, Brasil, Geórgia, Índia, Iraque, Marrocos e Paquistão. Entre 2001 e 2004, aqueles países adquiriram ao CIM americano armas, equipamentos e serviços militares no valor de USD 870 milhões. Nos quatro últimos exercícios fiscais, o total das vendas subiu para os USD 13,8 mm/bi – um crescimento de quase 1600%. “Em muitos casos – sublinha o NYTas vendas representam uma mudança cultural já que, nações como Roménia, Polónia e Marrocos, que durante muito tempo compraram caças MIG-17 russos, compram agora novos F-16 fabricados pela Lockeed Martin.” Os principais fornecedores dos contratos para Israel e os países aliados dos EUA no Médio Oriente são os seguintes: Armatec London, Ontario, Canada; Bell Helicopter Textron, Inc., Hurst, Texas; BAE Systems London, United Kingdom; Boeing Integrated Defense Systems, Seattle, Washington; Boeing Aerospace Company, Huntsville, Alabama; Boeing Company, St. Louis, Missouri; Boeing Integrated Defense Systems, St. Louis, MO; Boeing Corporation, Mesa, Arizona; DRS Corporation in Gaithersburg, Maryland; FPI Ladson, South Carolina; General Electric of Lynn, Massachusetts; General Electric Aircraft Company of Lynn, Massachusetts; General Electric Company of Fairfield, Connecticut; General Dynamics Ordnance Tactical Systems; St. Petersburg, Florida; General Dynamics Land Systems Division; Sterling Heights, Michigan; General Dynamics Warren, Michigan; General Dynamics, Armament Systems, Burlington, VT; General Motors Allison Transmission Division; Detroit, Michigan; Honeywell International; Lockheed Martin Space Systems Corporation; Sunnyvale; Lockheed Martin Missile and Fire Control, Dallas, Texas; Lockheed Martin Aeronautics Company; Fort Worth, Texas; Lockheed Martin Corporation, Palmdale, California; Lockheed Martin Maritime Systems and Sensors, Moorestown, NJ; Lockheed Martin Maritime Systems and Sensors, Eagan, MN; Oshkosh Trucks Oshkosh, Wisconsin; Raytheon Corporation, Waltham, Massachusetts; Raytheon Missile Systems of Tucson, Arizona; Raytheon Company, Tucson, AZ; Raytheon Corporation, Andover, MA; Raytheon Company Equipment Division, Andover, MA; Raytheon Integrated Defense Systems, Waltham, MA; Rolls-Royce Corporation, Indianapolis, Indiana; Schweizer Aircraft Company; Horseheads, New York; Sikorsky Aircraft Corporation, Stratford, Connecticut; Sikorsky Aircraft (United Technologies) Corporation; Stratford, Connecticut; Talley Defense; Mesa, Arizona; Thales Raytheon, Fullerton, California; Vinnell Arabia Corporation, Herndon, VA. USACE/United States Army Corps of Engineers, Washington, D.C.

MRA Dep. Data Mining

Pedro Varanda de Castro, Consultor

Irão lançou foguetão, Casa Branca reagiu com preocupação

segunda-feira, agosto 18th, 2008

Shahab 3O Irão anunciou o lançamento de um foguetão capaz de transportar satélites, suscitando uma imediata reacção norte-americana, que considerou o facto “inquietante”. “O desenvolvimento e teste de foguetões pelo Irão é uma fonte de inquietação e levanta novas questões quanto às suas intenções”, afirmou Gordon Johndroe, porta-voz da Casa Branca. O mesmo responsável adiantou que a iniciativa iraniana desrespeita as determinações do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Citando um “alto responsável” iraniano , a agência AFP deu a notícia do lançamento do engenho iraniano. A fonte anónima referiu que o foguetão não incluiu o satélite Omid, desmentindo informações da imprensa local. O chefe de Estado Maior da Força Aérea iraniana acrescentou que o Irão tem aviões de combate com capacidade para cobrir uma distância de 3.000 quilómetros, atingir Israel e regressar sem reabastecimento. “Nós não queremos atacar outro país (…) mas queremos defender-nos de uma agressão”, afirmou o o brigadeiro-general Ahmad Mighani, citado pela agência oficial Isna. Os mísseis Shahab 3 iranianos também têm capacidade para atingir Israel. MRA Dep. Data Mining

General ameaça Polónia e Rússia planeia retaliação contra escudo antimíssil

sexta-feira, agosto 15th, 2008

O general Anatoly Nogovitsyn disse à imprensa russa que a decisão da Polónia de aceitar a instalação no seu território de bases antimísseis americanas a expõe a ataques com armas nucleares. A declaração foi interpretada por analistas ocidentais como a mais forte ameaça dirigida por um alto quadro militar russo contra a iniciativa dos EUA em ex-países do Pacto de Varsóvia. Firmeza idêntica foi usada pelo presidente russo, Dmitry Medvedev, durante uma conferência de imprensa no final da reunião com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, em Sochi, no mar Negro. “A instalação de forças antimíssil tem como alvo a Federação Russa”, disse o presidente. “O momento foi escolhido a dedo e, portanto, os contos de fadas para justificar a acção de Estados adversários não funcionam mais”, enfatizou Medvedev. “Vamos continuar a trabalhar sobre essa questão e estamos prontos para dar seguimento a negociações com todos os envolvidos. Claramente, porém, esta decisão não acalma as coisas”, sublinhou o chefe de Estado russo. A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, em Tbilisi, na Geórgia, reafirmou que as armas nucleares não têm por alvo a Rússia. Recorde-se que, no princípio do mês, o embaixador russo em Minsk, Alexander Sulikov, informou que, em retaliação, Moscovo deverá instalar sistemas antimísseis Iskander na Bielorrússia, ou enviar aviões para as fronteiras com a Polónia, no Báltico. Washington insiste que o sistema antimíssil é defensivo e visa proteger os EUA e os aliados europeus de eventuais ataques com mísseis de longo alcance por parte do Irão ou de grupos extremistas islâmicos, como a al-Qaeda. O Kremlin considera o escudo uma ameaça à sua segurança o que levou o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, a cancelar ontem a viagem marcada para Varsóvia, em Setembro. MRA/Agências

Coreia do Norte: Negociações sobre desarmamento nuclear entraram na fase decisiva

quarta-feira, julho 23rd, 2008

A secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, e os seus homólogos das duas Coreias, China, Rússia e Japão examinaram hoje, em Singapura, o processo sobre o desarmamento nuclear norte-coreano, na primeira reunião conjunta informal desde o início das negociações multilaterais, há cinco anos. “Esta é realmente a primeira reunião informal entre as seis partes”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Yang Jiechi, no início do encontro. Yang destacou que os seis países superaram várias dificuldades para chegar à “terceira fase” e enfatizou a necessidade da realização, nos próximos meses, de uma reunião ministerial formal. “Isto mostra que as seis partes têm a vontade política de que o processo de negociações avance”, acrescentou o ministro chinês. Os negociadores dos seis países estiveram reunidos em Pequim (10-12 de Julho) onde finalizaram a criação de um mecanismo de verificação do arsenal da Coreia do Norte. Segundo uma proposta dos EUA, uma equipe de especialistas deverá visitar as instalações nucleares norte-coreanas, analisar os documentos e manter reuniões com os engenheiros nucleares do regime de Pyongyang, a fim de verificar a declaração. A reunião de Singapura realizou-se na véspera do Fórum Regional da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), onde serão discutidos assuntos de segurança. MRA/Agências

Pentágono vende USD 4.2 mil milhões em armas e combustível a aliados

quarta-feira, julho 16th, 2008

Míssil AMRAAMO Departamento de Defesa dos Estados Unidos revelou ontem que aguarda autorização do Congresso para vender diverso armamento, bombas, mísseis e combustível, no montante de USD 4.2 mil milhões/bilhões para sete países aliados incluindo Israel, Marrocos e Qatar. O Pentágono informou que o estado judaico poderá adquirir diversos tipos de combustível militar no valor de USD 1.3 mil milhões. Marrocos poderá ser comprador de sistemas AMRAAM (míssil avançado ar-ar de médio alcance) e Sidewinder (míssil ar-ar de curto alcance), bem como vários tipos de bombas, num contrato avaliado em USD 155 milhões . Os principais fornecedores são a Lockheed, Raytheon e a Boeing. O Qatar poderá adquirir apoio logístico e treino para dois aviões de transporte C-17, no valor total de USD 400 milhões. A Boeing será o principal fornecedor. MRA/Agências

Cidadão americano preso por espionagem nuclear para Israel

terça-feira, abril 22nd, 2008

Míssil PatriotO Departamento de Justiça dos Estados Unidos (EUA) ordenou hoje a prisão de um engenheiro suspeito de fornecer a Israel segredos sobre armamento nuclear, aviões de caça e mísseis de defesa aérea, durante os anos 80. De nacionalidade americana, Ben-Ami Kadish, de 84 anos, confessou os actos de espionagem durante um inquérito do FBI/Federal Buro of Investigation por convicção de estar a ajudar o Estado judaico. Kadish, nascido no Connecticut, foi engenheiro mecânico no Centro de Engenharia, Desenvolvimento e Investigação da marinha americana, em Dover, Nova Jérsia. Segundo a acusação, ele retirou da biblioteca do Centro entre 50 a 100 documentos secretos, fornecendo-os ao contacto israelita para serem fotografados. Entre o material visado encontrava-se armamento nuclear e mísseis “Patriot”. O mesmo funcionário governamental israelita, não identificado, esteve ligado a Jay Pollard, outro cidadão americano condenado a prisão perpétua, em 1985, também sob a mesma acusação. Tom Casey, do Departamento de Estado, recordou que “depois do «caso Pollard» sublinhámos que este não era o tipo de comportamento que esperávamos de amigos e aliados. Vinte anos depois, a nossa opinião sobre o assunto não mudou.” Pollard declarou-se culpado, em 1986. Dez anos depois Israel concedeu-lhe a nacionalidade israelita. Em 1998, reconheceu que antigo analista dos serviços secretos da marinha americana era um dos seus espiões. Desde então o governo israelita tem tentado, sem sucesso, a sua libertação. MRA/Agências

Iraque/Sérvia: Negócios escuros levantam suspeitas de corrupção no exército

domingo, abril 13th, 2008

munO diário New York Times denuncia hoje um negócio secreto montado por funcionários governamentais iraquianos para a compra de armamento à Sérvia no valor de USD 833 milhões. O facto revela o nível de corrupção e ineficiência que campeiam na intendência militar do Iraque no sector de compras de equipamento de defesa. O jornal cita funcionários do governo Bush/Cheney afirmando que o exército iraquiano tem muito que aprender sobre como gastar dinheiro de forma inteligente. Em 2005, os iraquianos malbarataram USD 1.3 mil milhões/bilhões (mm/bi) em material militar de qualidade duvidosa, grande parte do qual nunca chegou a ser fornecido. O negócio com a Sérvia aparente ser mais um golpe para iludir as leis anticorrupção vigentes no país ocupado pelas tropas anglo-americanas.

MRA – Dep. Data Mining

Argentina e Brasil reforçam parcerias energéticas e militares

sábado, fevereiro 23rd, 2008

lula_cristina kircherOs presidentes do Brasil e da Argentina, Lula da Silva e Cristina Kircher anunciaram na sexta-feira, em Buenos Aires, a construção de uma empresa mista de enriquecimento de urânio e firmaram acordos nos sectores aeronáutico e militar, durante a visita oficial do presidente brasileiro a Buenos Aires. A empresa compromete-se a enriquecer urânio, para fins pacíficos, e a desenvolver um reactor nuclear que satisfaça as necessidades energéticas dos dois países.

Os problemas de abastecimento do gás natural boliviano ao Brasil e à Argentina serão hoje (sábado) debatidos com o presidente boliviano Evo Morales. Lula defendeu ontem uma maior integração regional das políticas energéticas, reconhecendo que todos os países sul-americanos enfrentam problemas nesta área.

Na cooperação aeronáutica os argentinos fornecerão peças para os modelos 170/190 da Embraer e os brasileiros contribuirão com transferência de tecnologia e know-how. Em 2009, será iniciada a produção industrial conjunta do veículo militar “Gaucho”. A produção e lançamento conjunto de um satélite para observação dos oceanos foram também debatidos.

A parceria estratégica Brasil-Argentina visa impulsionar “projectos emblemáticos” que estimulem a entrada de outros países do Cone Sul Americano no bloco político- económico regional Mercosul. (pvc/agências)

Governo Blair com medo de Israel

sexta-feira, fevereiro 22nd, 2008

Blair em IsraelO diário britânico The Guardian publicou ontem (21/02/2008) factos sobre manipulações a favor do Estado de Israel, em Setembro de 2002, pelo ministério dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido (Foreign and Commonwealth Office /FCO). O governo pressionou a eliminação das referências a Israel num documento sobre Armas de Destruição Maciça (ADM’s), alegadamente em poder do Iraque, para não afectar as relações anglo-israelitas. Na altura o governo britânico era chefiado pelo trabalhista Tony Blair. Mais…