Archive for the ‘Aquecimento Global’ Category

Cúpula do clima surpreende com pacote para combater aquecimento global

domingo, dezembro 12th, 2010

Com protestos da Bolívia, os quase 200 países reunidos na Conferência do Clima da ONU (COP-16), em Cancún, no México, aprovaram no encerramento da reunião, na madrugada de ontem, um pacote para combater o aquecimento global no mundo.

Entre as decisões está a criação de um Fundo Verde para permitir que os países em desenvolvimento recebam recursos das nações industrializadas para poderem reduzir suas emissões de CO2. Também foi estabelecido o mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (Redd), relevante para países com florestas, como o Brasil. Por meio dele, pode haver a compensação financeira para quem mantiver suas matas.

As medidas não têm a ambição considerada necessária para resolver o problema. O resultado, porém, foi visto como importante para a manutenção das negociações multilaterais e como um passo fundamental em direção ao fechamento de um acordo com valor jurídico no futuro.

Para a Bolívia, porém, as decisões do chamado Acordo de Cancún representam um recuo em vez de um avanço. O embaixador Pablo Solón, representante boliviano, declarou que as medidas permitirão um aumento da temperatura de até 4º C – os cientistas avaliam que para evitar os perigos das mudanças climáticas é necessário limitar a elevação a 2ºC. Solón tentou bloquear a adoção do acordo ao alegar falta de consenso.

“Consenso não significa unanimidade”, respondeu Patrícia Espinosa, presidente da COP-16 e ministra das Relações Exteriores do México. E bateu o martelo, anunciando a decisão de adotar o acordo.

MRA Alliance/Estadão

Camada do ozono mantém-se estável desde 2000

sexta-feira, setembro 17th, 2010

Camada de ozonoA camada de ozono não sofreu alterações na última década, garante um estudo realizado pelas Nações Unidas. Trata-se da primeira actualização sobre esta matéria em quatro anos, adiantando o documento que o escudo protector da Terra recupere para níveis de 1980 antes de meados deste século.

A diminuição da camada de ozono, que protege o planeta dos níveis nocivos de raios ultravioletas, pode ter efeitos muito negativos na saúde das pessoas, nomeadamente ao nível da visão e da pele. Também são susceptíveis da sua variação colheitas, peixes e o plâncton de que estes se alimentam.

No entanto, e depois de anos de alarme, os especialistas do Programa das Nações Unidas para o Ambiente e da Organização Mundial de Meteorologia (OMM, igualmente uma agência da ONU) vêm garantir que o ozono se manteve no mesmo nível desde o início do século.

Referem os responsáveis pelo relatório, hoje apresentado na cidade suíça de Genebra, que a regulamentação e diminuição de substâncias consideradas nefastas para a camada de ozono foi fundamental para manter os níveis estáveis ao longo dos últimos 10 anos.

MRA Alliance/RTP

ONU admite erro nas estimativas sobre aquecimento global

sexta-feira, janeiro 22nd, 2010

A maior autoridade mundial em mudanças climáticas admitiu ontem que foram cometidos erros no cálculo das estimativas sobre um dos principais indicadores de aquecimento global: o desaparecimento dos glaciares nos Himalaias. O Painel Intergovernamental para as Mudanças Climáticas (IPCC) reconheceu em comunicado que no seu quarto relatório, publicado em 2007, certos “padrões de provas não foram aplicados correctamente”.

Esta admissão de erro surge semanas depois do fracasso da Cimeira de Copenhaga e após a polémica que ficou conhecida por Climategate. Esta controvérsia, que começou com a divulgação de e-mails pondo em causa dados científicos, afectou profundamente a posição dos defensores da tese do aquecimento global. A semana já tinha sido marcada por notícias contraditórias sobre os glaciares no Alasca. Embora estes glaciares tenham perdido 42 quilómetros cúbicos de água entre 1962 e 2006, esse valor é um terço inferior ao previsto.

Mas o erro sobre os Himalaias deverá ser politicamente mais sensível. Em 2007, o IPCC divulgou uma relatório onde se afirmava que estes glaciares podiam desaparecer até 2035. A informação foi citada em todo o mundo, incluindo pelo DN. No entanto, segundo o britânico Sunday Times, a previsão sobre 2035 foi baseada numa história publicada na revista New Scientist, que por sua vez citava um cientista indiano que entretanto afirma que tudo não passou de “especulação”.

A situação é mais grave tendo em conta o que afirma o autor da peça jornalística da New Scientist. Ele diz ter entrevistado Syed Hasnain após ler um artigo num jornal indiano. O cientista referiu a data de 2035, apesar da não a incluir no relatório científico, na altura (1999) ainda não publicado em revistas especializadas. Nesse relatório, Hasnain mencionava que as suas observações diziam respeito a uma parte dos glaciares, não a toda a região. A parte mais inacreditável desta história é como informação tão pouco sólida se transformou numa posição do IPCC.

O artigo do Times que levou o IPCC a retratar-se cita um cientista britânico que faz contas muito simples em relação aos glaciares da região: alguns têm 300 metros de espessura e se derretessem a uma média de cinco metros por ano, o seu desaparecimento levaria mesmo assim 60 anos. Ora, eles estão a perder gelo a um ritmo de decímetros ou mesmo centímetros por ano. Apesar da data ser irrealista e haver acusações de que se tratava de “ciência vudu”, o IPCC ignorou as críticas.

O eventual desaparecimento dos glaciares nos Himalaias teria consequências gravíssimas no abastecimento de rios que servem um sexto da população mundial. Há 15 mil glaciares na região dos Himalaias e a sua superfície total ronda meio milhão de quilómetros quadrados. O IPCC insiste contudo tratar-se de “apenas” um erro em 3 mil páginas.

MRA Alliance/DN

UE não avança sozinha para redução de Co2 em 30%

sábado, janeiro 16th, 2010

A Europa está comprometida com a redução de 20% das emissões de dióxido de carbono e só avançará para um valor de 30% quando estiver definida a posição dos outros países.

O acordo saiu hoje reforçado da reunião informal dos ministros europeus do Ambiente, que em Sevilha analisaram o cenário pós-Copenhaga e o que a Europa quer fazer para reforçar a sua liderança em matéria ambiental antes da próxima cimeira sobre o clima, em Novembro, no México.�

Apesar deste princípio de acordo de posições ainda se evidenciam diferenças no que toca ao calendário de implementação, com alguns estados-membros a temerem que, sem os esforços paralelos de redução dos restantes países, as nações europeias fiquem numa posição de desvantagem comparativa.�

Uma análise informal da própria Comissão Europeia reconhece que, sem avanços mais fortes de países como os Estados Unidos e a Rússia, não se cumprem os critérios para avançar para os 30%.�

Outros, porém, insistiram que avançar já para o nível de 30% poderia dar a vantagem de “primeiros” aos Estados-membros da UE e ao espaço em bloco.�

“Há um apoio unânime, há ideia de que os valores de reduções de 20 e 30 são um compromisso real e conhecido já da UE”, explicou depois do encontro, aos jornalistas, a secretária de Estado da Alteração Climática espanhola, Teresa Ribera.

MRA Alliance/RR

Cimeira climática termina com acordo pífio

sábado, dezembro 19th, 2009

O acordo sobre alterações climáticas entre a comunidade internacional, anunciado hoje em Copenhaga, não é vinculativo e frustrou seriamente as ambições da ONU, dos líderes dos principais países do G7 e dos banqueiros internacionais que apostavam na criação do primeiro imposto global sobre as emissões de dióxido de carbono (CO2).

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi a Copenhaga com objectivos ambiciosos, mas o desejado acordo esbarrou na recusa do primeiro-ministro chinês Wen Jiabao de permitir que a China seja monitorizada internacionalmente.

No entanto, numa segunda reunião entre Obama e os líderes dos quatro principais países emergentes (Brasil, África do Sul, Índia e China), responsáveis por 40% das emissões mundiais de CO2 e considerados chave para um sucesso em Copenhaga, foi alcançado um acordo mínimo.

As partes acordaram que, até ao final de 2010, tem de estar preparado um tratado sobre o clima. O acordo de princípio prevê um objectivo global de reduzir em 50% as emissões de gases de efeito de estufa até 2050, 80% para os países industrializados. O aumento das temperaturas médias deve também estar limitado a 2º centígrados, em relação à era pré-industrial, com uma revisão para valores inferiores, em 2016. Neste acordo, as metas para 2020 não foram abordadas. Segundo os diplomatas, esses marcos serão discutidos em Janeiro do próximo ano.

O presidente dos EUA assumiu as limitações das negociações na capital dinamarquesa, mas realçou que elas devem ser ponto de partida para que o mundo avance para um compromisso mais ambicioso.

Obama admitiu que as decisões saídas de Copenhaga não serão legalmente vinculativas, mas prometeu que os EUA vão cumprir com as metas a que se haviam proposto, independentemente de terem consideradas insuficientes pelas organizações ambientalistas.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy considerou que o acordo alcançado na capital dinamarquesa inclui toda a comunidade internacional. O chefe de Estado gaulês salientou que todos os países, incluindo a China, irão entregar por escrito os cortes de emissões de CO2 com que se comprometem até Janeiro de 2010.

A chanceler alemã Angela Merkel organizará negociações em Bona, «dentro de seis meses», para preparar a próxima conferência climática no México, em finais de 2010, revelou ainda Sarkozy, que acabou por considerar que o acordo desta sexta-feira é uma «decepção».

MRA Alliance/Agências

“Aquecimento Global” virou uma “Vigarice Global” apadrinhada por Al Gore

segunda-feira, novembro 30th, 2009

Aquecimento Global e Al Gore“Os meios de comunicação social anglo-saxões e a blogosfera continuam cheios de informações, análises e debates acerca do Climategate. Mas em Portugal, ao contrário, os media escondem tanto quanto podem esta tragédia da ciência.

A tentativa de silenciamento deste escândalo de enormes proporções, que se abateu tanto no campo científico como no campo político, não honra os media portugueses.

Convém recapitular os factos: Um ou mais hackers, por enquanto desconhecidos, tornaram públicos quase sete mil ficheiros com cerca de mil emails da unidade de investigação CRU (Climate Research Unit) da Universidade de East Anglia, Norwich, Reino Unido.

Por sua vez, a CRU está intimamente ligada a outro centro de investigação Hadley Center (daí a existência do acrónimo HadCRU) na reconstrução do índice das temperaturas médias globais da superfície do planeta obtidas a partir de observações termométricas.

Assim, o correio electrónico, os ficheiros e os códigos informáticos sacados pelos hackers valem uma autêntica fortuna pois revelam a extensão conspirativa dos que tramaram o mito do aquecimento global.

O material revelado cobre algo mais do que uma dúzia de anos (de 1996 a 2009). Seria desejável saber como todo este material foi tornado público e porque o foi. Uma dissidência interna de cientistas que se mantêm escrupulosos?Curiosamente, os hackers tiveram o cuidado de explicitar o objectivo da sua acção ao escreverem no cabeçalho do arquivo a seguinte nota explicativa:«Pensamos que, actualmente, a ciência do clima é demasiado importante para que se mantenha secreta. Por isso, tornamos público correspondência, códigos e documentos escolhidos aleatoriamente. Esperamos que isto abra os olhos para se ver em que ponto está esta ciência e como ela é utilizada por estes responsáveis.»Outra curiosidade reside na designação que os hackers deram ao nome do arquivo que é um tesouro informático: FOI2009. Não foi por acaso que se escolheu este nome. Para os anglo-saxões FOIA é o acrónimo de Freedom of Information Act, a lei da liberdade de informação.Deste modo, os hackers, sabedores de que violavam uma lei sobre pirataria informática, quiseram dar a entender que, antes deles, o CRU violou uma outra lei, a lei da liberdade de informação, uma lei sagrada para os anglo-saxónicos.Dado o cuidado com que o pacote informático foi preparado para divulgação pública na internet, tudo leva a concluir que os hackers são pessoas dentro dos meandros de toda esta questão.Será algum cientista da própria Universidade de East Anglia, do CRU ou mesmo do Hadley Center? Seja quem for, é alguém que ficou deveras chocado com os procedimentos sem escrúpulos dos “cientistas” envolvidos neste processo: a maior impostura científica de toda a história da Ciência.

Se tivesse sido um hacker vulgar, poder-se-ia perguntar qual a razão por que ele não atacou os servidores informáticos de James Earl Hansen ou de Michael Mann. Ou de Gavin Schmidt, braço direito de Hansen.

Até agora nenhum emissor ou receptor da correspondência electrónica negou a genuidade da documentação publicada na internet. Alguns até reconheceram a autoria dos emails.

Foi o caso de Michael Mann e Kevin Trenberth, segundo o Washington Post. Mas outros dos apanhados com a boca na botija apresentam desculpas esfarrapadas e procuram minimizar o significado dos seus escritos.Alguns, quando não conseguem dar respostas aos jornalistas, dizem que “já não se lembram de ter escrito ou recebido tais emails…”. Tais respostas são, na realidade, uma confirmação de que têm culpas no cartório.Os responsáveis do CRU não se atrevem a afirmar que os emails não são verdadeiros ou que foram fabricados pelos hackers. Há múltiplas cópias desses emails em muitos servidores da internet, tanto no Reino Unido como nos EUA.Torna-se evidente que algumas das personagens envolvidas nesta tragédia da ciência deverão ser levadas a depor em julgamento, pelo menos nos EUA. No Reino Unido, o perjúrio acarreta também uma pena pesada.

Com tantas pessoas envolvidas, é provável que alguém diga toda a verdade ao invés de correr o risco de ir parar à prisão por perjúrio. Mas quanto mais prevaricarem após o rebentamento do escândalo mais probabilidades têm de ser castigados quando forem chamados a depor. Alguns dos prevaricadores sabem que têm a espada pronta a cair em cima da cabeça. Um deles é Phil Jones.

A prevaricação é por demais evidente. Os juízes não vão perdoar o facto de eles não terem querido fornecer – como é norma da lei – os dados pedidos por Steve McIntyre. Nem perdoarão o facto de terem apagado ou tentado apagar dados.

McIntyre está agora em condições de, a partir dos códigos informáticos, reproduzir as curvas das temperaturas e verificar aquelas que foram manipuladas. Este tipo de coisas acontece quando um cientista se escusa de fornecer os dados e os códigos.

Tenhamos esperança de que, a partir de agora, o escândalo coíba futuros comportamentos anti-éticos e atentados à idoneidade científica. Deve-se exigir que os dados e os códigos sejam públicos a fim de poderem ser replicados os resultados. As consequências deste processo para as tomadas de decisão política – com efeitos na vida do cidadão comum – assim o exigem.

A fraude do Climagate corrobora plenamente tudo o que diziam os cépticos do aquecimento global. Tal trapaça deveria fazer reflectir políticos como os do governo português e da União Europeia.

Sem entenderem nada do assunto, estes políticos deram endosso total e acrítico às teses do global warming. Eles gastaram rios de dinheiro com a patranha do aquecimento global, além de deformarem gravemente a política energética dos países da UE pois a mesma foi posta a reboque dos impostores climáticos.

in Mitos Climáticos

Afinal os “teóricos da conspiração”, mais uma vez, tinham razão.

A desonestidade intelectual, a arrogância e despudor de umas centenas de “cientistas”, vendidos aos obscuros interesses do Grupo Bilderberg, Comissão Trilateral e Council on Foreign Relations – para citar apenas alguns dos governos-sombra que mandam no planeta – ajudam a expor um vasto lamaçal de cumplicidades conspirativas envolvendo também muitos “editores”, “chefes de redacção” e “jornalistas” que, obstinadamente, ao arrepio de todos os códigos deontológicos, participam activamente na trapaça e são fiéis à máxima do propagandista nazi Josef Göbbels – “Uma mentira dita mil vezes transforma-se em verdade”.

A subserviência do Comité Nobel norueguês aos poderes globais, após a atribuição, em 2007, do Nobel da Paz ao ex-vice presidente norte-americano Al Gore, o verdadeiro “padrinho” desta aldrabice global, apenas confirma a macrotendência vigente no que ainda resta do império anglo-americano – todos os fins justificam quaisquer meios. A atribuição do Nobel da Paz, este ano, ao neófito presidente afro-americano dos Estados Unidos, Barack Obama, que, nos próximos dias, se prepara para dar luz verde a uma violenta escalada da guerra no teatro de operações afegão, apenas confirma a desvergonha das elites que nos governam.

Gore: Um exemplo de más práticas

Al Gore, ex-vice de Bill Clinton, autor e protagonista do famoso documentário “An Inconvenient Truth” (Uma Verdade Inconveniente), para além de reforçar com mais uns milhões a sua conta bancária, rivaliza com um qualquer “Don Corleone” na montagem deste arremedo pseudo científico baptizado de “aquecimento global”.

Aldrabão e manipulador, Gore usou os dados que lhe convinham para temperar a sua mentira conveniente com ingredientes q.b. para espalhar a confusão, lançar o pânico e criar as condições para que, com a proficiente cooperação de opacos burocratas arregimentados pela ONU, de banqueiros e políticos sem escrúpulos, coadjuvados por cientistas e jornalistas venais, a população mundial aceite candidamente a criação de um imposto global sobre as emissões de dióxido de carbono – o alegado causador do famigerado “aquecimento global”.

Para além de mentiroso e cientificamente indefensável, o argumento, afinal, mais não pretende do que transformar Gore no “bilionário do carbono”, como relataram os jornais The New York Times,  The Independent, The Telegraph e foi corroborado pelo think tank norte-americano “National Center for Public Policy Research”.

Para além do evidente conflito de interesses, ao arrecadar milhões com os investimentos que faz em empresas produtoras de tecnologias para a redução das emissões de dióxido de carbono da atmosfera, ao mesmo tempo que é o arauto do nicho de mercado que ele próprio criou, Al Gore não apenas manipula a opinião pública mundial como não faz nada do que preconiza para a populaça deste infeliz planeta. As suas práticas “ambientais” e “energéticas” são um bom exemplo de cinismo e hipocrisia.

Tennessee Center for Policy Research (TCPR), em Fevereiro de 2007, com base em registos do consumo de energia eléctrica fornecidos pelo Nashville Electric Service, refere que na residência oficial da família do ex-vice presidente é consumida 20 vezes mais electricidade do que na média dos domicílios do país.”

Para quem, eventualmente, achar que esta prosa é um exagero, aconselhamos vivamente a visualização, entre outros, dos seguintes vídeos: “An Inconvenient Truth” “Global Warming or Global Governance?” e “Global Warming: The Greatest Scam in History“.

MRA Alliance, Dep. Data Mining

Pedro Varanda de Castro, Consultor

P.S.: Cenas poucos edificantes 1; imprensa portuguesa começa a reagir… 2; jornais ingleses voltam ao ataque 3.

Vaticano convertido à energia solar

quarta-feira, novembro 26th, 2008

O Estado do Vaticano aderiu hoje à energia solar com a inauguração da sua primeira instalação de energias “limpas” no telhado da moderna sala Paulo VI, a dois passos da basílica de São Pedro. Os 2400 painéis solares instalados no telhado da sala, de cinco mil metros quadrados, permitirão fornecer 300 megawatts (MW) por ano, com picos de 221 KW/hora, segundo o Vaticano.

A energia produzida servirá para as necessidades daquela sala – que acolhe regularmente audiências gerais do Papa, congressos e concertos – e a dois edifícios vizinhos. Permitirá economizar o equivalente a 80 toneladas de petróleo por ano. A cidade do Vaticano desenvolve ainda outros projectos de energia renovável nos seus 44 hectares, entre eles uma instalação de aquecimento solar na “zona industrial”, que reúne os serviços técnicos do Estado pontifício. O objectivo é produzir energia renovável suficiente para satisfazer 20 por cento das necessidades até 2020. Esta meta corresponde aos objectivos fixados pela União Europeia.

Desde o Verão de 2007, o Vaticano está envolvido na plantação de uma floresta na Hungria, gerida pela Planktos-Klimafa, uma empresa mecenas americana-húngara. A reflorestação pretende colocar o Vaticano entre os primeiros Estados neutros a nível de emissões de gás carbónico. No âmbito do Protocolo de Quioto, um Estado pode obter créditos de emissão de gases com efeito de estufa ao investir em projectos sustentáveis em outros países.

A ecologia surge frequentemente nas intervenções do Papa Bento XVI. Durante a sua viagem à Austrália, o Sumo Pontífice apelou a uma sensibilização para responder ao “grande desafio” que representa a protecção do ambiente.

MRA Dep. Data Mining/Agências

Ártico é uma ilha pela primeira vez na história da Terra

quinta-feira, setembro 4th, 2008

Ilha Ártico - NASA - SatéliteNo passado fim-de-semana a NASA registou imagens de satélite que assinalam, pela primeira vez na história do planeta, a abertura da passagem norte-ocidental do Ártico e a dissolução da última calota de gelo que o ligava à Terra pela Sibéria, transformando-o numa ilha. Mark Serreze, um especialista em mares polares do Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve (NSIDC, em inglês) dos Estados Unidos, afirmou que as imagens sugerem que o Ártico pode ter entrado numa “fase terminal” provocada pelo aquecimento global. As companhias de navegação já iniciaram planos para a pioneira exploração das novas rotas desde o início da Idade do Gelo, há 125 mil anos. MRA Dep. Data Mining

EUA: Aquecimento global afecta segurança nacional

sábado, junho 28th, 2008

Um relatório de várias agências secretas norte-americanas alertou esta semana o Congresso para as consequências do aquecimento global em matéria de segurança nacional. Nenhum país, segundo o documento, conseguirá evitar os efeitos das mudanças climáticas. Secas, inundações, doenças, fome e escassez de alimentos atingirão severamente as regiões do mundo classificadas como mais vulneráveis – África sub-Sahariana, Médio Oriente, Ásia Central e Sudeste asiático. A comunidade norte-americana dos serviços secretos aponta a emigração ilegal, catástrofres humanitárias e a desestabilização de governos fracos como problemas inevitáveis, nas próximas duas décadas. O complexo industrial-militar estadunidense, sempre que for forçado a intervir, será confrontado com problemas operacionais, o que dificultará a já stressada missão do novo comando militar estacionado no continente africano. A tropa americana enfrentará “extensivas e novas necessidades operacionais”, causadas por violentos conflitos étnicos relacionados com questões fundiárias. “O impacto noutros países tem potencial suficiente para afectar seriamente os interesses dos EUA em matéria de segurança nacional”, enfatiza o documento.

Presidente da Lufthansa lança violento ataque à política ambiental da UE

sábado, junho 28th, 2008

O presidente do Conselho de Administração da Lufthansa, Wolfgang Mayrhuber, classificou de “lunáticas” as medidas da União Europeia que visam ampliar à indústria aeronáutica as normas relativas aos créditos carbono. Em declarações publicadas pelo diário “Bild”, o gestor advertiu que tais decisões provocarão um dramático aumento dos preços dos bilhetes. “O que Bruxelas está a planear é uma tolice”, disse Mayrhuber.

Pólo Norte sem gelo este Verão pode gerar problemas geopolíticos

sábado, junho 28th, 2008

O Pólo Norte poderá ficar sem gelo este Verão devido ao aquecimento global, alertaram investigadores do Centro de Dados sobre Gelo e Neve dos Estados Unidos. Os cientistas alertam para a possibilidade do gelo que cobre o Ártico derreter mais de 50%. A camada espessa de gelo, que durante muitos anos cobriu a região, foi substituída por uma placa de gelo fino, que facilmente poderá derreter-se durante este Verão. Os cientistas receiam que, por aquele motivo, os oceanos absorvam mais calor e agravem as consequências do aquecimento global. A dimensão do fenómeno terá consequênciais não apenas ambientais como geopolíticas. As nações com territórios no Oceano Glaciar Ártico serão tentadas a aceder aos valiosos e ainda não explorados recursos naturais daquela zona do planeta.

MRA-Dep. Data Mining

Pólo Norte: Acordo de cooperação na Cimeira do Árctico

quinta-feira, maio 29th, 2008

Os cinco países ribeirinhos do Árctico, reunidos na Gronelândia, afirmaram a vontade de cooperar para proteger o ambiente marinho da região, no final de um encontro ministerial para discutir os diferendos sobre as suas pretensões territoriais. Na declaração final, os ministros e representantes do Canadá, Dinamarca, Estados Unidos, Noruega e Rússia «comprometeram-se a tomar medidas em conformidade com as leis internacionais e nacionais para assegurar a protecção e a preservação do frágil ambiente marinho do Oceano Árctico». O encontro visou apaziguar os diferendos dos últimos anos entre os vizinhos árcticos numa zona onde o aquecimento global descongela o acesso a importantes riquezas naturais e abre novas rotas marítimas. A corrida às riquezas potenciais do Árctico acelerou-se em consequência das alterações climáticas, que, se prosseguirem, criarão boas condições para os transportes marítimos e a exploração de recursos ainda inexplorados no subsolo marinho. MRA/Agências

UE dividida sobre ambiciosa estratégia dos biocombustíveis

sexta-feira, março 14th, 2008

ciclo do dióxido de carbonoA União Europeia admitiu a possibilidade de rever em baixa a taxa de integração de biofuel nos combustíveis fósseis devido a pressões de que os objectivos estabelecidos podem ter efeitos preversos na inflação dos preços alimentares e no ambiente. O presidente em exercício da UE, o chefe do governo eslovaco Janez Jansa, admitiu hoje em Bruxelas “a possibilidade de termos que reduzir os nossos objectivos” fazendo depender a decisão de análises mais aprofundadas sobre o tema. O aumento dos preços dos alimentos, o desmatamento de florestas tropicais e o rácio do balanço energético relacionado com as emissões de dióxido de carbono são os motivos para a eventual revisão dos objectivos comunitários. A UE estabeleceu em 10% a quantidade de biofuel a misturar nos carburantes fósseis até 2020.

Comissão Europeia negou legitimidade do imposto ecológico proposto por Londres

sexta-feira, março 14th, 2008

EU-imposto verdeA Comissão Europeia anulou o plano britânico para baixar impostos sobre o consumo de produtos ecológicos, sugerido pelo primeiro-ministro Gordon Brown, como incentivo para dinamizar a poupança de energia. O presidente da Comissão, Durão Barroso, argumentou ontem, em Bruxelas, que não há unanimidade entre os 27 Estados Membros da União Europeia para apoiar o plano, nem existem provas da sua eventual eficácia.

Brown sugeriu os cortes tributários numa conversa com jornalistas ontem, antes do início da cimeira de Chefes de Estado e de Governo da UE para discutir medidas contra o aquecimento global, que termina hoje. Entre as medidas propostas por Brown incluiam-se a redução do IVA sobre electrodomésticos,produtos eléctricos sistemas de ar condicionado com baixos consumos energéticos.

Decisões sobre tributação, designadamente sobre o IVA, dependem exclusivamente da CE, mas exigem a concordância dos 27. “Temos informação de que alguns países membros não aceitam a idéia”, disse Durão Barroso na conferência de imprensa após o primeiro dia da cimeira. Recorde-se que, anteriormente, a Comissão tentou aprovar, sem sucesso, uma lei para penalizar a tributação sobre veículos mais poluentes. BBJ/Reuters

Arranca «Pacto dos Presidentes de Câmaras Municipais» da UE contra o CO2

sábado, fevereiro 2nd, 2008

co2_mata_green_peace A Comissão Europeia lançou esta semana o “Pacto dos Presidentes de Câmaras Municipais”. Trata-se, até à data, da iniciativa mais ambiciosa visando envolver os cidadãos europeus na luta contra o aquecimento global. O Pacto será um compromisso formal entre as cidades aderentes em ultrapassarem os objectivos da UE relativos à redução de emissões de carbono (C02) através da eficiência energética e das energias renováveis. O projecto envolve cerca de 100 cidades europeias, incluindo 15 capitais nacionais, que previamente lhe expressaram o seu apoio. (pvc/agências)

Lóbi germano-espanhol na Economia e no Clima

sexta-feira, fevereiro 1st, 2008

Merkel-ZapateroO primeiro-ministro espanhol José Luís Zapatero e a chanceler alemã Angela Merkel expressaram ontem a necessidade de a União Europeia “concretizar medidas” para “uma regulação mais activa”, que torne “mais transparente” o funcionamento dos mercados em situações como a presente conjuntura económica, declarou o chefe do Governo de Madrid no final da XXI Cimeira hispano-alemã, em Palma de Maiorca.

Apesar da crise financeira «subprime» e da ante-câmara de recessão EUA ambos insistiram que, na Europa, os “fundamentos da economia permanecem sólidos”, mas “é necessário antecipar os problemas nos sistemas financeiros”, explicou Zapatero, através de uma regulação “mais activa”. Zapatero e Merkel afirmaram a necessidade da UE actuar com mais visibilidade em África, continente para o qual anunciaram projectos comuns na área “das mudanças climáticas e das energias alternativas”.

A chanceler informou Zapatero dos resultados da mini-cimeira de terça-feira em Londres dos países europeus do G8 (Alemanha, França, Grã-Bretanha e Itália). Sobre o Kosovo, Alemanha e Espanha divergiram. Berlim defende a independência do território sérvio de maioria albanesa. Madrid mantém reservas, o que se compreende perante reivindicações semelhantes no País Basco e na Catalunha. (pvc/agências)

“Todo o Homem deveria ter o mesmo direito de produzir Co2”, diz líder da AIE

sexta-feira, dezembro 21st, 2007

A visão dos cientistas sobre os efeitos das emissões de Co2/Aquecimento GlobalO líder da Agência Internacional de Energia (AIE), Nobuo Tanaka, apelou aos chefes de governo para serem mais arrojados na redução das emissões de Co2. A poupança de energia, só por si, poderá reduzir em um terço as necessárias reduções de dióxido de carbono, disse o japonês, em entrevista concedida à revista alemã Spiegel. “Se nada for feito -afirmou – o ser humano produzirá cerca de 42 mil milhões/bilhões de toneladas (mm/bi, ton) de Co2 no ano 2030, em lugar das actuais 27 mm/bi tons. A China lidera com 11 mm/bi tons. No longo prazo as temperaturas subirão até 6 graus, com tudo o que isso implica. A este cenário nós chamamos-lhe ‘rotina quotidiana’. A Índia e a China, em particular, contruirão centenas de ineficientes centrais eléctricas que terão uma vida útil de 50 a 60 anos. Porém, este é um cenário que se pode evitar.”

Sobre as soluções possíveis, Tanaka, pôs o dedo na ferida: “Para já, poupar, poupar, poupar. Se na China os electrodomésticos, como frigoríficos e ar condionado, fossem tão eficientes como no Ocidente o país poderia evitar a construção de dois mega projectos do tamanho da ‘Barragem das Três Gargantas’. Em seu lugar, o dinheiro poderia ser aplicado em educação e investigação científica. Por outro lado, existe outro tipo de medidas eficazes que poderiam ser postas em prática imediatamente. Bastava acabar com as lâmpadas eléctricas que consomem muita energia para pouparmos 500 milhões de toneladas de Co2, por ano, em todo o mundo.”

Numa das passagens da entrevista refere que “não cabe à AIE julgamentos precipitados sobre a situação mas, pessoalmente, considero convincente o argumento de que qualquer ser humano deve ter o mesmo direito de produzir dióxido de carbono. Os limites máximos devem ser definidos consensualmente pelos metereologistas”. (pvc/Spiegel)

Emissões CO2: Portugal vai propor cortes até 80% na UE, faseados em 40 anos

sábado, dezembro 1st, 2007

CO2 - Gás com efeito de estufa - Aquecimento globalO ministro da Economia, Manuel Pinho, apresentará na segunda-feira, em Bruxelas, ambiciosas metas para o sector energético europeu, entre as quais a redução entre 60 a 80% das emissões de C02 até 2050.A presidência portuguesa da União Europeia (UE) propõe assim que a meta definida para 2020, redução das emissões de dióxido de carbono (C02) em 20%, mais do que triplique até 2050.

Lisboa argumenta que União Europeia tem de agir de imediato e de forma concertada para evitar um problema sério a nível energético, afirmou à Lusa/Dinheiro Digital fonte oficial do Ministério da Economia. O relatório prospectivo «Vision Paper» será um documento complementar do Plano Tecnológico para a Energia, elaborado pela Comissão Europeia, de carácter estratégico definindo metas para várias áreas do sector: renováveis, emissões de C02 e eficiência energética. (pvc/Dinheiro Digital)