Archive for the ‘Ameaças/Riscos’ Category

Ratings de três grandes bancos franceses em risco

segunda-feira, setembro 12th, 2011

Os bancos franceses BNP Paribas, Société Générale e Credit Agricole poderão esta semana ser objecto de um corte na notação da sua saúde financeira por parte da agência de rating norte-americana  Moody’s.

Fontes próximas do processo revelaram à agência financeira de notícias Bloomberg que a Moody’s, após ter colocado as três instituições bancárias francesas sob observação negativa, em Junho, prepara-se para cortar o ‘rating’ destes bancos devido à exposição que têm à dívida e a activos gregos.

Quando colocou o ‘rating’ em revisão, a Moody’s explicou que iria analisar “uma potencial inconsistência” entre o impacto de  uma eventual reestruturação da dívida soberana grega, ou de uma situação de incumprimento das autoridades helénicas no pagamento dos juros aos credores, com as notações de risco daqueles bancos.

MRA Alliance/DE

Obama precisa de plano “B” após paralização das negociações sobre a dívida federal

quarta-feira, julho 27th, 2011

O plano republicano para reduzir o défice norte-americano enfrentou ontem forte oposição e o seu debate foi adiado para amanhã (5ª feira), aumentando a ansiedade dos investidores e dos contribuintes norte-americanos para a obtenção de um compromisso que evite um default da dívida.

Os líderes republicanos e democratas, profundamente dividos, estão com dificuldades para chegar a um consenso a menos de uma semana de ser atingido o limite de crédito aprovado pelo Congresso, que deixaria o governo sem dinheiro para pagar os seus compromissos e atiraria os mercados globais para uma crise sem precedentes.

Mesmo se for evitada uma moratória, qualquer plano que não contemple um forte corte no défice resultará num corte do rating da dívida soberana dos EUA, que fará subir os custos de financiamento e impedirá já de si anémica recuperação económica.

As chances de um acordo diminuíram depois de a votação sobre um plano de défice proposto pelo líder republicano do Congresso ter sido adiada por mais um dia, realizando-se amanhã. John Boehner, apressou-se  a ajustar a sua proposta após um analista concluir que o plano cortaria cerca de 350 mil milhões de dólares a menos do que os por ele pretendidos 1.200 biliões de dólares , durante os próximos 10 anos.

MRA Alliance/Agências

ONU declara crise de fome na Somália

quinta-feira, julho 21st, 2011

A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou oficialmente, ontem, situação de crise de fome em Bakool e Baixo Shabelle, no sul da Somália. O coordenador dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas para a Somália disse, numa conferência de imprensa, em Nairobi, Quénia, que “em cada dia que nos atrasamos a dar assistência é, literalmente, uma questão de vida ou morte para as crianças e as famílias afectadas pela crise de fome”.

Mark Bowden advertiu que “se não agirmos agora, a crise de fome vai estender-se às oito regiões do sul da Somália nos próximos dois meses, devido às pobres colheitas e aos surtos de doenças infecciosas”.

O responsável humanitário da ONU sublinhou que a crise “representa a mais grave situação de insegurança alimentar no mundo, com os índices de desnutrição mais elevados, que chegam a 50 por cento em algumas zonas do sul do país”.

Os dados divulgados pelo dirigente das Nações Unidas mostram que quase metade da população da Somália, cerca de 4 milhões de pessoas, se encontra em situação de crise humanitária. Quase três milhões estão no sul do país, que se encontra sob o controlo da milícia islâmica Al Shabab, vinculada à Al Qaeda.

MRA Alliance/Agências

PEC: Portugal pode vir a ser economicamente afectado por uma onda de choque, diz Teixeira dos Santos

terça-feira, março 23rd, 2010

O ministro das Finanças considera que “Portugal corre o risco de vir a ser afectado por uma onda de choque” devido à instabilidade nalgumas economias da zona euro, caso o PEC não seja aprovado.

Na comissão de Orçamento e Finanças, onde Teixeira dos Santos está hoje a explicar o programa de estabilidade e crescimento, o ministro afirmou que, não sendo a situação portuguesa comparável à Grécia, “Portugal corre o risco de poder ser afectado por essa onda de choque que poderá ocorrer na zona euro”.

Por isso “exige-se que a par dos desafios que temos de enfrentar, tenhamos de começar a corrigir as contas públicas para assegurar o financiamento”.

MRA Alliance/Diário Económico

FAO: Compra de terras em África é uma ameaça para os pobres

terça-feira, maio 26th, 2009

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) alertou ontem para o perigo de agravamento da fome e da pobreza devido à crescente compra de terras em países africanos por parte de governos e empresas privadas internacionais, noticia a Lusa.
Segundo a FAO, o fenómeno, que está a aumentar em “África e em outros continentes”, implica um risco acrescido para os pobres, que “se vêem desapropriados ou impedidos do acesso à terra, à água e a outros recursos”.

O organismo, que se apoia num relatório do Instituto Internacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, reconhece que as aquisições de terras em países pobres podem abrir muitas oportunidades, como a criação de saídas comerciais, emprego ou investimento em infra-estruturas. No entanto, acrescenta, poderá ter um efeito perverso se excluir a população local da tomada de decisões sobre as questões fundiárias.

Para a FAO, a motivação para o investimento em terras em países pobres prende-se com a segurança alimentar dos países investidores e com as oportunidades de negócio exploradas pelas empresas para a produção de produtos agrícolas básicos para a indústria.

MRA Alliance/Lusa

Construtora Teixeira Duarte em risco de falência

sexta-feira, março 6th, 2009

A Teixeira Duarte fechou 2008 com prejuízos de 415 milhões de euros, devido à queda das acções da Cimpor e do BCP. Foi o pior resultado de sempre. Segundo o Diário Económico (DE), a construtora explica que excluindo o efeito da desvalorização das acções, o resultado teria sido positivo em 40,38 milhões de euros.A Teixeira Duarte detém 22% da Cimpor e 7,5% no BCP, empresas que terminaram 2008 com perdas em bolsa de 69% e 42%, respectivamente. No total, a desvalorização dos activos disponíveis para venda penalizou as contas da Teixeira Duarte em 390,1 milhões de euros em 2008.Os títulos da construtora fecharam a sessão a cair 2,1% para 0,42 euros.Recorde-se que há um mês, os bancos Santander e BPI divulgaram as notas de uma análise feita à Teixeira Duarte. Os aanalistas cortaram para um terço a avaliação da empresa devido às perdas nas participações no capital do BCP e da Cimpor. “Usando as cotações actuais destas empresas, o valor atribuído à construtora é inferior ao da dívida, o que a deixa numa potencial falência técnica”, referiu na altura o Jornal de Negócios (JdN).

De acordo com aquele periódico, o Santander emitiu um research onde baixa o preço alvo da Teixeira Duarte, para o final do ano, de 0,70 para os 0,25 euros.

MRA Alliance/DE/JdN

Schwarzenegger declara estado de emergência na Califórnia devido à seca

sábado, fevereiro 28th, 2009

O governador Arnold Schwarzenegger declarou hoje o estado de emergência na Califórnia devido à seca e admitiu a possibilidade de ordenar racionamento de água. “A Califórnia enfrenta o terceiro ano seguido de seca e devemos estar preparados para o pior – um quarto, um quinto ou mesmo um sexto ano de seca”, afirmou.

As autoridades estaduais advertiram que a falta de chuvas pode lançar no desemprego mais de 100 mil trabalhadores do sector agrícola. O desemprego na Califórnia, com uma taxa acima de 10%, é um dos mais altos do país.

Em 2009, calcula-se que as perdas para o sector devido à seca possam superar USD 3 mil milhões/bilhões (mm/bi).

Schwarzenegger, que propôs uma série de medidas para aumentar a conservação dos recursos hídricos, pediu aos autarcas do estado que reduzam o uso de água ou que adoptem medidas de racionamento, que poderão começar já em Março.

A Califórnia é o centro de produção de mais da metade das frutas e verduras consumidas nos Estados Unidos.

MRA Alliance/Agências

Crise: Economistas, políticos e militares prognosticam revoltas violentas

sábado, fevereiro 21st, 2009

O número dos especialistas e burocratas que prevê um clima de instabilidade social, revoltas e violência induzido pela degradação do clima económico, nos Estados Unidos e no resto do mundo, não pára de aumentar.

Depois do líder da Organização Mundial de Comércio, Pascal Lamy, do director-geral do FMI, Dominique Strauss-Kahn, do senador democrata Christopher Dodd, dos economistas Nouriel Roubini e John Williams e do especialista em prospectiva Gerald Celente, novas vozes engrossaram recentemente ao coro dos cépticos. 

Zbigniew Brzezinski, antigo Conselheiro Nacional de Segurança na administração Carter, advertiu: “Vai haver um aumento dos conflitos entre classes sociais e se as pessoas estão desempregadas e realmente em apuros poderão mesmo verificar-se tumultos sociais.” (MSNBC, Morning Joe, 17-02-2009 

O almirante Michael Mullen, presidente da superestrutura da chefia militar conjunta dos EUA – Joint Chiefs of Staff – disse  que a presente crise  financeira é a maior ameaça à segurança nacional do país e alertou para o perigo de “maior instabilidade”. Em Novembro passado, a Academia Militar dos Estados Unidos, publicara um documento no mesmo sentido. Nele as chefias militares advertiam para a necessidade de as tropas estarem preparadas para “perturbações violentas dentro dos EUA”, possivelmente provocadas por um “imprevisto colapso económico”, com a manifestações de “resistência popular” incluindo a desestabilização da “ordem política e jurídica”.

O director e coordenador da comunidade dos serviços secretos, Dennis C. Blair considerou que as “crises económicas aumentam os riscos de instabilidade para o regime caso se prolonguem por um período de um a dois anos.”

“A instabilidade pode afectar os precários ambientes da lei e da ordem nos países em desenvolvimento, podendo transbordar de forma perigosa para a comunidade internacional”, frisou Blair.

MRA Alliance

Brasil: Violência urbana igual ao Iraque atrasa desenvolvimento

domingo, setembro 14th, 2008

Algumas das cidades mais violentas do Brasil têm o mesmo índice de homicídios que o Iraque, de acordo com estatísticas do Ministério da Justiça do Brasil. A cidade de Vitória, regista 70 assassínios por 100 mil habitantes. Um estudo sobre violência global financiado pelo Governo da Suíça indica que a taxa brasileira é equivalente à do Iraque. O estudo foi divulgado ontem, em Genebra. O ministro da Justiça do Brasil, Tarso Genro, participou na cerimónia. O relatório afirma que o Brasil regista cerca de 10% dos homicídios mundiais, com 48 mil/ano. A nível planetário os números serão da ordem dos 490 mil/ano, ultrapassando largamente as mortes registadas nos países em guerra, como o Afeganistão, a Colômbia e o Iraque. Os conflitos regionais geram por ano cerca de 52 mil mortes, de acordo com o estudo suíço. “A situação da violência no Brasil é corrosiva. A violência é um sério obstáculo ao desenvolvimento do país”, afirmou Keith Krause, autor do relatório. A América do Sul e a África, são as regiões líderes nos homicídios, a nível mundial. A média de Vitória é dez vezes superior à global. No Rio de Janeiro, a média é de 40 assassínios por 100 mil habitantes. “Dentro de quatro anos, queremos chegar a níveis chilenos, de cerca de 15 por cada 100 mil”, disse Genro. Segundo o estudo, a América Latina também lidera os sequestros com quase 700/ano. O Brasil regista ainda elevados casos de violações/estupros. “Hoje, a violência armada é o quarto motivo de mortes no mundo”, disse Krause. Governos e especialistas estão preocupados pois o número de mortos é bastante superior ao registado nos países em guerra. “O impacto económico da violência no mundo cresce e preocupa os governos que querem o desenvolvimento. O custo chega a USD160 mil milhões/bilhões por ano em produtividade perdida e outros fatores”, frisou Krause. MRA Dep. Data Mining

Irão lançou foguetão, Casa Branca reagiu com preocupação

segunda-feira, agosto 18th, 2008

Shahab 3O Irão anunciou o lançamento de um foguetão capaz de transportar satélites, suscitando uma imediata reacção norte-americana, que considerou o facto “inquietante”. “O desenvolvimento e teste de foguetões pelo Irão é uma fonte de inquietação e levanta novas questões quanto às suas intenções”, afirmou Gordon Johndroe, porta-voz da Casa Branca. O mesmo responsável adiantou que a iniciativa iraniana desrespeita as determinações do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Citando um “alto responsável” iraniano , a agência AFP deu a notícia do lançamento do engenho iraniano. A fonte anónima referiu que o foguetão não incluiu o satélite Omid, desmentindo informações da imprensa local. O chefe de Estado Maior da Força Aérea iraniana acrescentou que o Irão tem aviões de combate com capacidade para cobrir uma distância de 3.000 quilómetros, atingir Israel e regressar sem reabastecimento. “Nós não queremos atacar outro país (…) mas queremos defender-nos de uma agressão”, afirmou o o brigadeiro-general Ahmad Mighani, citado pela agência oficial Isna. Os mísseis Shahab 3 iranianos também têm capacidade para atingir Israel. MRA Dep. Data Mining

Bush volta a avisar o Irão sobre eventual ataque militar

quinta-feira, junho 12th, 2008

Os Estados Unidos alertaram mais uma vez o Irão reafirmando que “todas as opções estão sobre a mesa” para conter o programa nuclear do país. Javier Solana, chefe da diplomacia da União Europeia (UE), irá a Teerão no fim desta semana para apresentar a proposta das grandes potências: concessão de benefícios políticos e comerciais em troca do abandono do programa de enriquecimento de urânio por parte de Teerão. A República Islâmica, porém, insiste em não ceder à pressão americana e europeia. O país dos aiatolas repetiu que o programa nuclear iraniano é pacífico e contestou os três pacotes de sanções da ONU. Nesta semana, o presidente dos EUA, George W. Bush, afirmou que “um Irão com uma arma nuclear seria incrivelmente perigoso para a paz mundial”, durante a última visita como chefe de Estado à Europa, em curso até ao dia 16. Ontem, reuniu-se com a chanceler alemã Angela Merkel, em Meselberg (nordeste da Alemanha). “A primeira escolha da chanceler e minha, é claro, seria resolver isso diplomaticamente…, mas todas as opções estão sobre a mesa”, precisou Bush, numa ostensiva ameaça de um ataque militar a desencadear em breve. Os aliados europeus alinham com a postura militarista embora se interroguem sobre a bondade da estratégia de Bush, cujo mandato termina em 20 de Janeiro de 2009. Em Bruxelas, Solana manifestou a esperança que o Irão aceite a solução diplomática do problema. “Esperamos muito que haja um resultado positivo da visita e que não seja só uma visita. Queremos um processo que reinicie a tentativa de encontrar uma solução diplomática para a crise”, afirmou. Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU – EUA, Grã-Bretanha, França, Rússia e China – acompanhados pela Alemanha, decidiram no mês passado alargar o conjunto de benefícios oferecidos a Teerão a troco do fim do programa nuclear. MRA/Agências

Países emergentes com maior e menor risco político

domingo, junho 8th, 2008

As crises energética, alimentar e financeira provocaram climas de instabilidade política em alguns países asiáticos, africanos e latino-americanos, devido à deterioração das condições económicas, de acordo a análise mensal de riscos políticos elaborado pelo Euroasia Group, em associação com o Wall Street Journal. A classificação, publicada em Junho, refere os dados referentes a Maio. Numa escala de zero (alto risco) a cem (baixo risco) os países com os piores desempenhos foram: Paquistão (43), Irão (50), Venezuela (51), Nigéria (51), Filipinas (55), Arábia Saudita e Indonésia (56), Ucrânia (58), Egipto (59) e Colômbia (60). As quatro principais economias emergentes (BRIC) tiveram desempenhos mistos: Brasil (67), Rússia (64), Índia (61) e China (64). A China subiu 7 pontos relativamente a Abril. A Argentina, Turquia e Tailândia são também alguns dos países com risco elevado. O Eurasia Group divulgou que as crescentes tensões entre governo e oposição fizeram com que aqueles países – bem como a Índia, Egipto e Argélia – tivessem um mau desempenho nos critérios de avaliação. “A incerteza política continua alta nestes países”, sublinha o relatório, que avalia como um Estado consegue lidar com a volatilidade do seu sistema político. De todos os países analisados a Hungria (77), Coreia do Sul (76), Polónia (74), Bulgária (71) e Brasil (67) foram os mais bem classificados. MRA/Agências

UE: Alerta nuclear devido a falha de reactor na Eslovénia

quinta-feira, junho 5th, 2008

Central nuclear-Krsko-EslovéniaA União Europeia accionou ontem à noite o sistema comunitário de alerta de acidentes nucleares na sequência de uma avaria na central de energia atómica de Krsko, sudoeste da Eslovénia, revelou a Comissão Europeia, num comunidado distribuído a partir de Bruxelas.

Pouco antes, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), em Viena, informou que a Eslovénia a notificara sobre a ocorrência de um “evento incomum” em Krsko (às 17H20, de Lisboa), com um “nível mínimo de emergência”. A nota da AIEA esclareceu que este tipo de incidente é a definição do nível emergência, numa escala de quatro, definido pela Direção Eslovena de Segurança Nuclear (SNSA).

Por seu turno, a Comissão Europeia referiu não existirem por enquanto sinais de qualquer contaminação no meio ambiente. “Não há perigo para a população nem para o meio ambiente”, acrescentou também a porta-voz da Presidência eslovena da UE, Maja Kocijancic, ao ressaltar que o derrame envolve água e não material radioactivo. “O sistema de resposta de emergência ECURIE da Comissão recebeu uma mensagem de alerta da Eslovénia. Uma perda de líquido refrigerante foi registrada no sistema de refrigeração da fábrica nuclear de Krsko”, precisou Bruxelas. “Na altura da publicação deste comunicado, a potência do reactor encontrava-se a 22% da sua capacidade e o seu encerramento estava em curso”, acrescentou.

A UE criou o sistema de alerta ECURIE em 1987, após a explosão da central soviética de Chernobyl (Ucrânia), para que os Estados membros informem sobre “acidentes nucleares maiores ou emergências radioactivas”, precisou a Comissão. O porta-voz da UE, encarregado de questões energéticas, Ferran Tarradellas, reconheceu porém que embora o sistema seja utilizado com frequência, raramente um incidente deste género é classificado como suficientemente grave para ser tornado público.

A central nuclear de Krsko (120 km a leste de Liubliana) – explorada em conjunto pela Eslovénia e pela Croácia – foi construída pelo consórcio americano-japonês Westinghouse e entrou em funcionamento em 1983. Em Novembro passado esteve sujeita a operações de manutenção. Após ter voltado à actividade plena passou a produzir 20% e 15% da electricidade hoje consumida na Eslovénia e na Croácia, respectivamente. MRA/Agências

Inflação agro-alimentar e petróleo acentuam desigualdades, pobreza e ameaçam paz mundial

terça-feira, abril 29th, 2008

Especialistas internacionais, da ONU/FAO à OMC passando pela OCDE, convergem num ponto: a combinação da inflacão agro-alimentar e energética vai tornar o mundo mais inseguro, mais pobre e mais desigual. Os ambiciosos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) para 2015 não estão apenas comprometidos. São inexequíveis e pura ficção. Os profetas do crescimento e do desenvolvimento perpétuos atiraram o mundo para um beco sem saída.

Ou consumimos menos e de forma mais inteligente, ou dentro de alguns decénios não teremos dinheiro suficiente para comprar comida, combustíveis e medicamentos para tratarmos as doenças que, crescentemente, vão diminuir a nossa qualidade de vida. Mais…

MRA – Dep. Data Mining

China provoca subida dramática dos preços dos fertilizantes

quinta-feira, abril 17th, 2008

Escassez de alimentosO governo chinês abriu os cordões à bolsa e aceitou pagar o triplo, em 2008, pelo carbonato de potássio que importa do Canadá para melhorar a sua produtividade agrícola, num sinal de que o preço da fileira agro-industrial vai continuar o ciclo de subida. O grande beneficiário foi o fornecedor Potash Corp. do Canadá, o mais produtor de fertilizantes do mundo, cujas acções não têm parado de se valorizar na bolsa de Toronto. A Potash Corp. passou a ser a segunda empresa canadiana com maior capitalização bolsista – atrás da Research In Motion e à frente do Royal Bank of Canada e Manulife Financial. O seu valor de mercado é actualmente de 62 mil milhões de dólares canadianos (CAD). Desde 2003, as acções da empresa tiveram uma valorização de 1 000%.

Contratos idênticos estão a ser assinados entre a China e empresas russas como de outros países à escala global. A procura de fertilizantes à base de potássio deverá crescer 4% ao ano, de acordo com fontes do sector. Os preços das commodities agrícolas – trigo, milho, soja e arroz – não param de subir. Mais caras e escassas estão a provocar tensões sociais em muitos países em desenvolvimento, africanos e asiáticos, em particular no Zimbabué, Uganda, Quénia, Sudão, República do Congo, Burundi e Ruanda, bem como nas Filipinas, Indonésia, Índia e China and India. MRA/Agências

Alerta Brasil: UE deverá rever em baixa a taxa de consumo de biocombustível

segunda-feira, abril 14th, 2008

bioenergia vs. alimentosA Agência Europeia de Ambiente (AEE) pediu hoje à Comissão Europeia que suspenda o objectivo de atingir 10% de consumo de biocombustíveis no segmento dos transportes até que novos estudos científicos forneçam dados mais rigorosos sobre os riscos ambientais da decisão. O aviso coincide com a entrada do Banco Mundial no grupo dos críticos sobre o aumento da produção de biofuel. A Comissão Científica de AEE já havia classificado a obrigatória meta de 10% como “uma experiência demasiado ambiciosa (…) cujos indesejados efeitos são difíceis de prever e de controlar”. MRA/Agências

Globalização está a enervar as pessoas, diz Mandelson

quinta-feira, abril 10th, 2008

A globalização e o livre comércio enfrentam um cepticismo crescente por parte da opinião pública, disse o comissário europeu do Comércio, Peter Mandelson, durante uma conferência, em Watford, Grã-Bretanha, sobre modelos avançados de governação. “Apesar de estarmos rodeados por benefícios da globalização, as pessoas ainda estão cépticas”, disse o eurocrata britânico, a despeito das enormes vantagens e de ter distribuído riqueza a mais de mil milhões (um bilhão) de pessoas anteriormente mais pobres. Mendelson atribuíu o facto à transferência de poder e influência económica do ocidente para o oriente. “Sem dúvida é isto que está a enervar as pessoas”, acrescentou.
O comissário europeu aconselhou os governos a evitarem o isolacionismo e o proteccionismo como resposta a estas mudanças. A mensagem dirigiu-se aos líderes ocidentais numa altura em que, face à crise financeira mundial, têm aumentado as pressões para que as negociações sobre a liberalização do comércio mundial – Ronda de Doha – sejam rapidamente reactivadas. Desde 2004, altura em que deveriam ter terminado, o diálogo de surdos entre países ricos e pobres sobre o desarmamento comercial, tem afectado o crescimento e o desenvolvimento global. Fonte: MRA-Dep. Data Mining

Putin: “Kosovo estilhaça sistema de relações internacionais”…

sábado, fevereiro 23rd, 2008

Putin avisaA independência do Kosovo cria um “precedente horrível” que se atravessará “na garganta” dos ocidentais, declarou ontem, em Moscovo, o presidente russo, Vladimir Putin, durante um encontro com os dirigentes da Comunidade de Estados Independentes (ex-URSS sem Estados bálticos).“O precedente do Kosovo é horrível. De facto, fez voar em estilhaços todo o sistema das relações internacionais existente não apenas há décadas mas séculos”, disse Putin.

Evocando os países que já reconheceram a proclamação da independência do Kosovo, o presidente russo estimou que a situação terá “consequências imprevisíveis”. “Eles não pensam nas consequências do que fazem. No final, é como um pau de dois bicos e um dia uma das pontas vai ficar-lhes atravessada na garganta”, acrescentou Putin dirigindo-se aos países ocidentais.

A Rússia, membro permanente do Conselho de Segurança da ONU e tradicional aliado da Sérvia, opõe-se inflexívelmente à independência do Kosovo. (pvc/agências)

Perigo nuclear está fora de controlo, diz ex-agente duplo

sexta-feira, fevereiro 1st, 2008

UE: Kosovo é uma questão especial e de urgente solução, diz presidência eslovena

quarta-feira, janeiro 16th, 2008

Kosovo - A bomba de relógio europeiaO Kosovo está no centro das prioridades da presidência eslovena da União Europeia. Esta quarta-feira, no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, o primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa, relembrou que a actual província separatista sérvia gozava, no tempo da Federação Jugoslava, de uma autonomia semelhante à da Sérvia. Porém, disse, o então líder sérvio Slobodan Milosevic pôs-lhe termo. Neste contexto, o chefe do governo da Eslovénia defende uma solução rápida que evite complicações diplomáticas decorrentes de uma independência não negociada do Kosovo, ignorando os interesses geopolíticos em presença.

Não parece possível um acordo no Conselho de Segurança [da ONU] num futuro próximo. Por outro lado, todos sabemos que atrasar a solução poderia desestabilizar drasticamente a região dos Balcãs. A situação actual não é sustentável e o Kosovo representa um problema especial que não pode ser comparado a nenhuma outra situação no mundo”, enfatizou.

A declaração foi interpretada por analistas europeus como uma mensagem dirigida a alguns países que se opõem à independência do Kosovo, designadamente a Rússia, Chipre ou a Grécia, para além da própria Sérvia. Todos, pelas mesmas razões, receiam que a independência kosovar alimente sentimentos separatistas dentro dos seus territórios. Janez Jansa confirmou o envio de uma missão de paz para a região, conforme a decisão dos Chefes de Estado e de Governo, tomada durante o Conselho Europeu de Lisboa, no final da Presidência portuguesa da União Europeia, no mês passado. (pvc/agências)

Alerta Brasil: UE vai dificultar introdução de biocumbustíveis no mercado europeu

segunda-feira, janeiro 14th, 2008

Biocombustíveis brasileiros sob escrutínio europeuA União Europeia vai estabelecer critérios mais rígidos para regular a produção e o comércio de biocombustíveis após constatar que a pressão para produzir combustíveis a partir de matéria-prima vegetal causou danos imprevistos, disse hoje o Comissário europeu do Ambiente, Stavros Dimas em entrevista à BBC. O eurocrata confessou à emissora pública britânica que a UE substimou os perigos para as florestas tropicais e os riscos de pressionar a subida dos preços dos bens alimentares ao estabelecer objectivos ambiciosos para substituir a energia fóssil por biocombustíveis.

“Constatamos que os problemas ambientais causados pelo biodiesel e os problemas sociais que lhe estão associados são mais graves do que inicialmente pensámos. Portanto devemos avançar com muita cautela”, afirmou Dimas, ao elaborar sobre o futuro das políticas europeias sobre o assunto: “Devemos estabelecer critérios para salvaguardar a sustentabilidade , incluindo questões sociais e ambientais, uma vez que existem alguns benefícios a retirar dos biocombustíveis”, disse.

Recorde-se que a Comissão Europeia, em Março de 2007, estabeleceu como objectivo o uso mínimo de 10% de biocombustíveis no sector dos transportes até 2020. Agora o Comissário defende que é preferível não atingir aquele objectivo para não prejudicar populações pobres e danificar o ambiente. (pvc)

Moody’s ameaça aumentar a notação de risco do Bank of America

sábado, janeiro 12th, 2008

Moody'sA agência estadunidense de classificação de risco Moody’s admitiu ontem a possibilidade de baixar o rating do Bank of America após a compra da Countrywide Financial Corporation, o maior banco hipotecário dos EUA. Actualmente, o grau de risco do Bank of America é praticamente nulo, com a notação “Aa1”, a apenas um ponto da nota máxima.

A Moody’s considera que a operação “dá ao comprador uma posição dominante no crédito hipotecário, mas impõe-lhe desafios, entre os quais a integração, a avaliação de activos hipotecários de alto risco” geradores de “volatilidade”. Os “potenciais contenciosos jurídicos” com boa parte dos cerca de nove milhões de clientes da Countrywide, foi outro constrangimento referido num comunicado da avaliadora de riscos.

As suas outras grandes concorrentes, Standard & Poor’s e Fitch, mantiveram inalteradas a notação do Bank of America. Contudo, a S&P revelou preocupação com o baixo nível dos fundos próprios do banco, após a aquisição, e a necessidade urgente da sua recapitalização. (pvc/agências)

Crise global afectará mais os países industrializados do que as economias emergentes, diz economista do BM

sexta-feira, janeiro 11th, 2008

World Bank - Sede - Washington, D.C.As economias dos países em desenvolvimento deverão aguentar os impactos directos, nos próximos dois anos, da crise hipotecária ou de uma recessão da economia dos EUA, afirmou um economista sénior do Banco Mundial, citado pelo boletim electrónico EETimes, especializado em Tecnologias de Informação (TI’s). Andrew Burns, economista-chefe e autor do último relatório do Banco Mundial – “Global Economic Prospects 2008: Technology Diffusion in the Developing World” afirmou ontem, durante uma entrevista em Bengaluru (Índia), que “a crise hipotecária estadunidense afectará levemente os países em desenvolvimento devido à sua intrínseca resiliência que está a ajudar a reduzir o impacto do arrefecimento da economia dos EUA.” Burns, considera que apesar de não serem completamente imunes à crise financeira global, o dinamismo daquelas economias, designadamente na região Ásia-Pacífico, parece ser suficiente para não serem gravemente afectados.

As principais vítimas serão as economias dos países industrializados. “Os mercados de capitais sofrerão perdas substanciais e, em 2008, o preço real do dinheiro pode aumentar em cerca de 200 pontos base,” prognosticou Hans Timmer, gestor do World Bank Development Prospects Group. As consequências, em sua opinião, serão um pronunciado aperto do crédito, drástica redução do investimento pelas empresas, aumento do desemprego, retracção do consumo e um período prolongado de queda dos preços. Esta opinião contradiz a de outros analistas que, face à subida dos preços do petróleo e de outras matérias primas minerais e agro-alimentares, prevêem a aceleração da espiral inflacionista. (pvc)

2008: A crise nos EUA e as reacções em cadeia

sábado, janeiro 5th, 2008

Economia americanaReputados economistas e analistas norte-americanos, de várias escolas e doutrinas, são unânimes: 2008 será um ano de grande aperto e de stresse económico-financeiro para os Estados Unidos. As principais ameaças e riscos são: 1) Aumento dos preços da energia; 2) Instabilidade no Médio Oriente; 3) Subida das matérias primas agrícolas e dos produtos agro-alimentares; 4) Deterioração dos mercados financeiros; 5) Arrefecimento da economia chinesa.

Robert Shiller, um dos mais famosos economistas mundiais, da Universidade de Yale, traçou um quadro sombrio sobre as perspectivas económicas, para os norte-americanos. “As pessoas ainda não estão assustadas. Mas quando tudo isto [a precaridade da economia real] começar a manifestar-se, aí, elas vão assustar-se.” Segundo as suas previsões o mercado imobiliário vai continuar a sangrar “durante anos”. As actuais previsões de prejuízos da ordem do bilião/trilhão de dólares pecam por defeito: na realidade serão o triplo. Shiller, que ganhou fama com a previsão exacta do rebentamento da bolha tecnológica (1999), estima que os EUA vão atravessar um período de deflação semelhante ao do Japão, com uma prolongada crise imobiliária. “O cenário é realista,” e explicou as razões: “Simultaneamente a esta desaceleração, o mercado bolsista está sobreavaliado e os preços do petróleo estão numa fase de escalada. Existe um conjunto de factores negativos. A possibilidade de uma grande recessão é substancial”, previu o prefessor. Em Nova Jérsia, Pensilvânia e no Estado de Nova Iorque um leiloeiro de imóveis, confirmou as tendências do académico. Há três anos os seus pregões eram maioritariamente lançados sobre propriedades agrícolas ou imóveis públicos. Agora os leilões são de construtoras que não conseguem vender as suas casas/apartamentos e de bancos desesperados para “limpar” os balanços de “lixo imobiliário.” Carl Weinberg, economista-chefe de uma empresa de consultoria, também afirmou que “um arrefecimento do crescimento na China terá grandes repercussões para nós. Os riscos podem ser horríveis.”

MRA/Dep. Data Mining

Superávit comercial do Brasil caiu pela 1ª vez em dez anos

quinta-feira, janeiro 3rd, 2008

Brasil está atento às más notíciasO superávit comercial do País registrou diminuição de 13,8% no ano de 2007, causada pelo grande crescimento das importações brasileiras. A queda no saldo é a primeira desde 1997. Durante todo o ano passado, a balança comercial acumulou saldo positivo de US$ 40,039 bilhões, em comparação com US$ 46,074 bilhões de 2006. O valor é o menor desde 2004, quando o superávit foi de US$ 33,640 bilhões. O grande aumento das importações foi influenciado pelo forte desvalorização do dólar frente ao real em 2007, de 16,8%, e por um aumento no consumo interno.O saldo comercial indica que o Brasil exporta menos do importa. A balança comercial registrou uma diminuição no tradicional superávit durante todo o ano de 2007. Fonte: Estadão

Alemanha: 500 páginas politicamente explosivas sobre os muçulmanos no país

sexta-feira, dezembro 21st, 2007

Mesquita na AlemanhaUm estudo sobre os muçulmanos na Alemanha apresenta um cenário sombrio: 40% são fundamentalistas e 6% partidários da violência. O número dos inimigos do Estado de Direito é tão elevado quanto entre os alemães não muçulmanos. Políticos e especialistas estão chocados com os números e consideram-nos realistas, revela o semanário germânico Spiegel na última edição. O trabalho, encomendado pelo ministério alemão do Interior, resultou de uma sondagem telefónica a 1750 crentes, um número nunca antes atingido em anteriores inquéritos sobre a comunidade muçulmana, a nível nacional. Em 500 páginas, o estudo “Muçulmanos na Alemanha”, realizado pelos cientistas de Hamburgo Katrin Brettfeld und Peter Wetzels, investigou temas como orientação religiosa, relações com o Estado de Direito, conhecimentos linguísticos, educação e predisposição para a violência. (pvc/Spiegel)

“Todo o Homem deveria ter o mesmo direito de produzir Co2”, diz líder da AIE

sexta-feira, dezembro 21st, 2007

A visão dos cientistas sobre os efeitos das emissões de Co2/Aquecimento GlobalO líder da Agência Internacional de Energia (AIE), Nobuo Tanaka, apelou aos chefes de governo para serem mais arrojados na redução das emissões de Co2. A poupança de energia, só por si, poderá reduzir em um terço as necessárias reduções de dióxido de carbono, disse o japonês, em entrevista concedida à revista alemã Spiegel. “Se nada for feito -afirmou – o ser humano produzirá cerca de 42 mil milhões/bilhões de toneladas (mm/bi, ton) de Co2 no ano 2030, em lugar das actuais 27 mm/bi tons. A China lidera com 11 mm/bi tons. No longo prazo as temperaturas subirão até 6 graus, com tudo o que isso implica. A este cenário nós chamamos-lhe ‘rotina quotidiana’. A Índia e a China, em particular, contruirão centenas de ineficientes centrais eléctricas que terão uma vida útil de 50 a 60 anos. Porém, este é um cenário que se pode evitar.”

Sobre as soluções possíveis, Tanaka, pôs o dedo na ferida: “Para já, poupar, poupar, poupar. Se na China os electrodomésticos, como frigoríficos e ar condionado, fossem tão eficientes como no Ocidente o país poderia evitar a construção de dois mega projectos do tamanho da ‘Barragem das Três Gargantas’. Em seu lugar, o dinheiro poderia ser aplicado em educação e investigação científica. Por outro lado, existe outro tipo de medidas eficazes que poderiam ser postas em prática imediatamente. Bastava acabar com as lâmpadas eléctricas que consomem muita energia para pouparmos 500 milhões de toneladas de Co2, por ano, em todo o mundo.”

Numa das passagens da entrevista refere que “não cabe à AIE julgamentos precipitados sobre a situação mas, pessoalmente, considero convincente o argumento de que qualquer ser humano deve ter o mesmo direito de produzir dióxido de carbono. Os limites máximos devem ser definidos consensualmente pelos metereologistas”. (pvc/Spiegel)

Brasil reduziu para menos de 30% a dívida interna de curto prazo

quinta-feira, dezembro 20th, 2007

Brasil atento - Menos Dívida, menos riscoO governo brasileiro conseguiu reduzir a parcela da dívida interna em títulos a vencer em 12 meses para um patamar inferior a 30% considerado por membros do executivo como um sinal “muito importante” para melhorar o perfil do endividamento público. Este é um dos principais indicadores que as agências de classificação de risco (rating) usam para avaliar o risco de financiamento da dívida no curto prazo. A parcela da dívida a vencer em 12 meses corresponde à dívida de curto prazo. (pvc/Estadão)

Economias latino americanas enfrentarão teste de fogo em 2008

terça-feira, dezembro 18th, 2007

América Latina - 2008 o ano das incertezasEstudos recentes referidos pela Knowledge@Wharton prevêem quebras de até 2% nas taxas de crescimento dos países da América Latina em 2008, comparativamente aos desempenhos registados durante o corrente ano. A desacelaração do crescimento nas economias mais industrializadas, provocada pela financeira global e a deterioração dos termos de troca, afundanço do dólar e encarecimento do crédito são uma ameaça real. Para 2008, o FMI antecipa que o crescimento regional flutuará na banda dos 3-4% no México, Equador e Uruguai. O Brasil oscilará entre os 4-5%, sendo acompanhado pelo Chile, Colômbia e Paraguai. Com crescimentos mais robustos (5,5-6%) são premiados o Perú, Venezuela, Bolívia e Argentina.

Analistas locais, mantêm a confiança de que o desempenho continuará a ser positivo. Os fundamentais das economias são francamente melhores do que há uma década atrás, com excedentes comerciais, mais rigor fiscal e orçamental e fortes exportações para países carentes de matérias primas do sub-continente, como a China e a Índia, com taxas de crescimento muito superiores e que devem ter ligeiros recuos. Apesar da crise financeira global as perspectivas de que as economias latino americanas conseguirão resistir às pressões de arreficimento económico global.

No último relatório sobre a evolução das economias da região o FMI considera que “2008 será o primeiro teste real à capacidade da América Latina para recuperar dos choques sofridos no princípio da década.” (pvc/thestreet.com)

Governo do Reino Unido volta a perder dados pessoais de milhões de cidadãos

terça-feira, dezembro 18th, 2007

Equipamento para guarda de informação confidencialO governo britânico vive um novo pesadelo sobre a incompetência da Administração Pública do país para garantir a segurança dos dados pessoais dos seus cidadãos. A Secretária dos Transportes do Reino Unido, Ruth Kelly, informou ontem (2.ª feira) o parlamento britânico que desapareceu um disco, com informação confidencial de três milhões de candidatos à obtenção da carta de condução drive. A base de dados informática estava armazenada nos EUA, numa empresa especializada em guardar informação, sedeada no estado de Iowa, com os respectivos nomes, moradas e endereços de correio electrónico. Este tipo de incidentes começa a ser preocupantemente frequente por parte das autoridades britânicas.

No mês passado, o fisco perdeu informação sensível sobre o histórico fiscal e bancário de cerca de metade da população. Desapareceram de dois discos de computadores à guarda dos departamentos que superintendem os serviços fiscais e de assistência social, com os nomes, moradas, números da segurança social e, nalguns casos, informação bancária ,de 25 milhões de cidadãos britânicas (adultos e crianças). O caso terá acontecido quando os ficheiros da base de dados estavam a ser transferidos via internet.

A sensibilidade e gravidade dos dois estranhos casos deverão ter comprometido o projecto do primeiro-ministro Gordon Brown relativo à criação de um novo sistema nacional de cartões de identidade com o argumento de ser essencial para a segurança interna e controlo da emigração. “A confiança na capacidade do governo para gerir a informação está feita em cacos,” disse Phil Booth, dirigente de uma organização – No2ID – que se opõe aos novos projectos de indentificação dos cidadãos britânicos. “O povo não acredita no governo enquanto guardião de dados sensíveis,” acrescentou Booth. (pvc/Forbes-AP)