O banco britânico Barclays, que opera no Zimbabué há mais de um século, conta entre os seus principais clientes com Elliot Manyika, ministo sem pasta e Nicholas Goche, ministro da Administração Pública, revelou ontem o diário londrino, “The Times“. Os dois ministros, ambos acusados de graves violações contra os Direitos Humanos integram a lista negra que obriga os bancos europeus a congelarem as respectivas contas, acrescentou o jornal. Manyika e Goche, estarão alegadamente envolvidos em actos de violência política, desde 2000 até ao presente, incluindo sangrentas perseguições a agricultores e a eleitores zimbabueanos. Parlamentares e oposicionistas acusam o banco inglês de fugir à sua “responsabilidade moral” e de utilizar “subterfúgios jurídicos” para legitimar negócios não permitidos pelas autoridades.
O Times acrescenta que o banco tem conseguido iludir as sanções e embargos internacionais contra o regime de Harare alegando que a sua subsidiária na ex-colónia britânica – Barclays Bank of Zimbabwe, Ltd. – detida em 67% pelo Barclays Bank PLC, está registada fora da jurisdição do Reino Unido e da União Europeia. O Barclays Bank PLC, está registado em Inglaterra – n.º 1026167 – com a sede oficial em 1 Churchill Place, London, E14 5HP, United Kingdom. A actividade financeira do Barclays Bank PLC, cotado na Bolsa de Londres, é fiscalizada pelo regulador britânico Financial Services Authority. MRA Dep. Data Mining